sábado, 5 de agosto de 2017

Qatar fecha compra de navios na Itália

O Qatar assinou na quarta-feira (2) um acordo de 5,9 bilhões de dólares para compra de sete navios da Itália, uma demonstração do poder de compra do pequeno estado do Golfo, apesar do bloqueio imposto por países vizinhos.

O ministro das Relações Exteriores do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, anunciou o acordo de defesa em uma conferência de imprensa conjunta em Doha com o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Angelino Alfano. Eles não forneceram mais detalhes sobre o acordo, apenas enfatizando a cooperação de defesa entre os dois países.

O Qatar é o maior exportador de gás natural liquefeito do mundo, e como outros países árabes do Golfo possuem modernos equipamentos de defesa. Os acordos assinados ao longo dos anos com os aliados EUA e a Europa ajudaram a consolidar os laços bilaterais, mas também fizeram com que as consequências diplomáticas em torno do Qatar fossem politicamente mais sensíveis. O Qatar também hospeda o centro de operações dos EUA contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

As tensões tiveram início em junho, quando a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein cortaram laços diplomáticos e de transporte com o Qatar. A Arábia Saudita também fechou a única fronteira terrestre do Qatar, afetando uma importante fonte de importações de alimentos e impedindo o uso de seu espaço aéreo, o que obrigou a principal companhia aérea do Qatar a realizar suas rotas sobre o Irã.

A crise ocasionou uma série de visitas e encontros internacionais para tentar resolver os impasses.

No início desta semana, o quarteto disse que estão abertos ao diálogo com o Qatar se aceitarem suas reivindicações para mudar suas políticas na região primeiro. Eles também insistiram que o Qatar cumpra uma ampla lista de 13 reivindicações, bem como seis princípios mais amplos que se centram em reprimir o financiamento do terrorismo.

Nas declarações durante a coletiva de imprensa de quarta-feira (2), Al Thani insistiu que qualquer conversa respeite a soberania do Qatar e disse que seu país nunca apresentou condições para o diálogo. Ele também disso que nos últimos comentários do quarteto que o Qatar cumpre suas reivindicações.

"Não estamos prestando atenção a decisões que não produzem nada de novo", disse ele. "Todos os dias trazem algo que contradiz o outro, então o Qatar não vai se cansar de ficar a par do que o "quarteto" vê como soluções para resolver a crise".

Os quatro estados árabes acusam o Qatar de apoiar os extremistas e interferir nos seus assuntos apoiando os grupos islâmicos da oposição. O Qatar nega as acusações e vê-las como politicamente motivadas.

Eles estão exigindo que o Qatar pare o financiamento ao terrorismo, mas também que encerre sua rede de notícias emblemática, a Al Jazeera, que o quarteto diz ter sido usada pelo Qatar para promover suas políticas. Outras exigências incluem o fechamento de uma base militar turca no Qatar, limitando os laços com o Irã, expulsando figuras políticas islâmicas e pagando restituição às vítimas do terrorismo supostamente ligadas ao Qatar.

O Qatar rejeita a lista, encarando como uma afronta à sua soberania, mas prometeu combater o financiamento ao terrorismo e nas últimas semanas, emitiu um decreto de revisão das leis antiterroristas do país.


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com agências
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