sexta-feira, 30 de junho de 2017

USS Fitzgerald - US Navy estuda meios de recuperar o DDG, investigações continuam

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A colisão que resultou na morte de sete marinheiros no "USS Fitzgerald", abriu um grande buraco no casco do contratorpedeiro da Classe "Arleigh Burke", o que o deixará fora de operação por um longo período.

O "bulbo" do "ACX Crystal" abriu um buraco de 12x17 pés abaixo da linha d'água, segundo relataram fontes na US Navy, um buraco causou a inundação rápida de três compartimentos do DDG-62. Os marinheiros tiveram cerca de um minuto para evacuar as instalações, e vários foram acordados pela água que invadiu o dormitório onde grande parte da tripulação descansava.

Não há nenhuma indicação de que tenham soado o alarme de colisão á bordo do "USS Fitzgerald", o que teria alertado os membros da tripulação que dormiam, o que teria evitado a morte de sete membros da tripulação que não conseguiram abandonar os compartimentos abalroados e alagados. Esses detalhes, no entanto, são objeto de uma investigação em curso pela US Navy. 



A colisão também prejudicou significativamente a superestrutura do navio e a plataforma do radar SPY-1 em seu lado de estibordo, tendo inundado o espaço principal de engenharia e uma central de rádio, tornando inúteis milhões de dólares em equipamentos. 

Enquanto os investigadores tentam desvendar as causas do trágico acidente, a Marinha está resolvendo um complicado problema de engenharia: como garantir o deslocamento do navio com o casco comprometido pela água. E eles têm que descobrir o quão grande é o dano, e se pode ser consertado e onde serão realizados os reparos. 

Os engenheiros da Marinha conseguiram avaliar a maioria dos espaços e estão trabalhando em uma área do casco avariado, disse o porta-voz da  Frota Clay Doss. 

"O "USS Fitzgerald" está se preparando para entrar na doca seca no início do próximo mês para conduzir inspeções e reparos", disse Doss. "Uma transferência de munição foi concluída em 25 de junho. Preparações adicionais incluem a drenagem, desembarque e instalação de um reparo temporário no casco. Uma vez que o navio esteja ancorado, começará uma avaliação técnica que informará as opções para realizar reparos de longo prazo nos Estados Unidos ". 

Desde o início, a Marinha tem a intenção de consertar o navio. Em uma coletiva de imprensa imediatamente após a colisão em 17 de junho, o vice-intendente da frota, Vice-Alm. Joseph Aucoin, disse aos jornalistas que seria um processo demorado. 

"Com esperança, menos de um ano", disse ele. "Você verá o "USS Fitzgerald" de volta". 

Reparando Fitzgerald 

A ênfase nos estágios iniciais será estabilizar o navio o suficiente para tirá-lo da água, o que a Marinha diz que provavelmente ocorrerá entre 6 e 8 de julho. Uma vez que esteja fora da água, a Marinha realizará uma avaliação completa do navio. 

Uma das principais preocupações, de acordo com autoridades da Marinha, é que a força da colisão possa ter torcido a superestrutura e criou um problema de alinhamento do radar SPY-1 do navio. Reparar isso poderia adicionar uma quantia enorme à conta do reparo e poderia até mesmo ser proibitivo, mas essas avaliações ainda não foram concluídas. 

Só colocar o navio fora da água já é uma grande tarefa por si só, disse o capitão aposentado Gordan Van Hook, que era o engenheiro chefe da fragata "Samuel B. Roberts" quando a mesma atingiu uma mina em 1988. 

"Todo navio tem um plano de docagem para quando você entra na doca seca", disse Van Hook em uma entrevista. "Isso envolve colocar blocos debaixo da quilha para suportar o peso do navio. Mas se grandes partes do casco foram comprometidas ou avariadas, pode criar muitas cargas e tensões que o navio não deveria suportar, se você não fizer isso corretamente, você pode dobrar a quilha ou danificar as longarinas". 

Isso significa que o plano de docagem do navio precisa ser refeito por conta do casco danificado. Os funcionários acreditam com base em avaliações preliminares que a quilha do DDG-62 não foi atingida pela colisão. Reparar uma quilha quebrada seria outro enorme custo, embora a Marinha conseguisse reparar o "Sammy B", que tinha uma quilha completamente fraturada. 

O financiamento para os reparos provavelmente viria de um financiamento suplementar, disse o empresário aposentado Robert Natter, que era o chefe do Comando das Forças da Frota dos Estados Unidos quando o "USS Cole" foi atacado por terroristas no Iêmen e precisou de reparos. 

"O fundo para a Marinha obter o dinheiro para os reparos seria o "Fundo de Operações de Contingência no Exterior", disse Natter. 

USS Cole após ser atacado por extremistas
Quando a Marinha teve que dispor de quase um quarto de bilhão de dólares para consertar o "USS Cole", a Marinha tomou o financiamento suplementar. O Senador John Warner da Virginia, usou a legislação para obter para a Marinha o dinheiro necessário para consertar o navio, disse Natter. 

Uma vez que o navio esteja em doca seca, a Marinha completará uma avaliação do real status do navio e obterá estimativas sobre o quanto isso vai custar. No caso do "USS Cole", custou à Marinha cerca de 250 milhões, ou cerca de dois F-35 e meio para completar os reparos. 

O cenário mais provável para o reparo é que a Marinha terá que enviar o DDG-62 para os EUA em uma embarcação semi-submersível, disse Bryan Clark, um submarinista aposentado e analista do Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias. 

"Não há como consertá-lo no exterior", disse Clark. "O que eles estão fazendo agora é tentar determinar se ele pode ser reparado o suficiente para retornar aos EUA por conta própria ou se eles deveriam colocá-lo em um navio, levantar o navio e levar de volta aos EUA. Lá, ele vai entrar em um longo período de reparo em um dos estaleiros privados ". 

Clark disse que a General Dynamics NASSCO em San Diego seria o lugar lógico para fazer o reparo. 

O "USS Cole" foi levado para o estaleiro Ingalls em Pascagoula, Mississippi, onde foi construído, a bordo do Heavy Lift Ship Blue Marlin. 

No "USS Cole", a Ingalls cortou a seção danificada do navio, refabricou a nova seção e soldou-a de volta ao navio. Em todo o reparo foi substituida 550 toneladas de aço e ambos os motores principais, segundo um comunicado á imprensa em 2002. 

Quanto à tripulação do navio, eles estão voltando a trabalhar gradualmente e começando a voltar a sua rotina normal, disse Doss. 

"A equipe está retomando sua rotina normal de forma gradativa, colocando alguns em serviços no porto, bem como nas preparações do dique seco", escreveu Doss."Os engenheiros do "USS Fitzgerald" estão conduzindo o processo de desenvolvimento agora. 

"Toda a US Navy tem apoiado os marinheiros e suas famílias e gostaria de enfatizar que retomar sua rotina a um ritmo gradativo é uma parte importante do processo de cura". 

GBN seu canal de informação e notícias
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Israel ataca posições militares na Síria

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A força aérea de Israel visou uma posição militar síria com um ataque aéreo, depois que um projétil foi lançado contra Israel atingindo Golan, anunciaram as Forças de Defesa de Israel.

O anúncio do ataque israelense ocorreu apenas 45 minutos depois que as IDF disseram que um "projétil dos combates sírios" atingiu uma área aberta em Golan e que nenhum ferido havia sido relatado.

O ataque aconteceu apenas dois dias depois que a IDF disparou de forma semelhante contra as posições do exército sírio, depois que um projétil também atingiu uma área no norte de Golan.

Meia hora depois que o projétil caiu, a IDF anunciou que " visaram a posição militar síria que disparou o projetil".

No sábado, aviões de guerra israelenses dispararam contra dois tanques sírios em resposta a 10 projéteis que atingiram a região de Golan. No entanto, o governo sírio disse que a IDF atingiu um estacionamento e um prédio residencial, causando vítimas civis.

Apenas um dia depois, no domingo (25), a IDF atingiu duas viaturas de artilharia e um caminhão de munição no lado sírio da fronteira, depois que "vários projéteis sírios " atingiram o território israelense sem causar baixas.

Em resposta ao ataque lançado pela IDF na quarta-feira (28), o diretor do grupo de reflexão britânico Gnosos, Ammar Waqqaf, disse que considerava que a resposta da IDF era "injustificada".

"A IDF descreve que os disparos eram provenientes das colinas de Golan. Não é um erro. Nos casos anteriores, poderiam ter sido facilmente lançados por comandantes rebeldes leais a Israel, porque eles estão apoiando-os, provavelmente lançando alguns projéteis contra as colinas de Golan ", disse Waqqaf.

GBN seu canal de informação e notícias
com agências
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ALBERGUE EM SARAJEVO OFERECE EXPERIÊNCIA DE GUERRA

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Arian Kurbasic montou o "albergue da guerra". Ele nasceu em Sarajevo em 1992, em plena guerra da Bósnia. Seu hostel reconstitui como foi o cerco à capital da Bósnia e Herzegóvina. Ele recebe os hóspedes usando colete à prova de balas e capacete de guerra.


O pernoite no salão de dormir, com colchões de espuma e cobertores militares, custa dez euros. Como opção para leitura, são oferecidos jornais da época. Dos alto-falantes, saem sons intermitentes de tiros e explosões, inclusive à noite.


A energia para as poucas lâmpadas do estabelecimento vem de uma bateria de carro. À noite, são usadas velas. Não há água corrente e a única fonte de calor no inverno é um pequeno forno à lenha.

O revestimento plástico nas janelas é o mesmo que foi distribuído pela organização de refugiados das Nações Unidas durante a guerra. Assim os moradores isolavam as janelas depois que os vidros foram quebrados por explosões de bombas.


Arijan Kurbasic conta que seu estabelecimento é mais do que um simples albergue. Seu pai lutou na Guerra da Bósnia, de 1992 a 1995, e as experiências vividas são passadas aos hóspedes. "Tenha cuidado" foi a terceira coisa que Arijan aprendeu a falar depois de "mamãe" e "papai".

Após a Eslovênia e a Croácia se tornarem independentes da então Iugoslávia, aconteceram movimentos pela separação na Bósnia e Herzegóvina. Mas não havia consenso entre os grupos étnicos. Enquanto bósnios e croatas queriam a independência, os sérvios eram contra. A situação se acirrou quando alguns países reconheceram a soberania da Bósnia e Herzegóvina em 1992.


O cerco à capital, Sarajevo, durou quase quatro anos. O acesso dos 380 mil moradores a alimentos, água, calefação e eletricidade foram cortados. Para garantir o abastecimento, foi criada uma ponte aérea. Para se protegerem de franco-atiradores e bombardeios, muitos viviam em porões. Mais de 11.500 pessoas morreram em Sarajevo, incluindo 1.600 crianças.


Evitar novas guerras


Em um bunker que construiu embaixo de seu hostel aos moldes de outros da cidade, Arijan mostra documentários sobre esse tempo. "Uma guerra só pode ser evitada com prevenção", diz o dono do albergue. Ele conta que a educação é a melhor forma de fazer isso, e que, após uma ou duas noites no hostel, muitos hóspedes mudaram seus pontos de vista.


Fonte: Deutsche Welle
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França afirma que Sarin foi usado na Síria

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A França afirmou nesta sexta-feira (30) que um relatório da agência mundial de armas químicas afirma que o gás nervoso sarin foi usado em um ataque na Síria lançado em abril é "inequívoco", e que os membros da organização devem agir com firmeza em reação às revelações.
Depois de entrevistar testemunhas e testar amostras, uma missão investigativa da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) concluiu que "um grande número de pessoas, algumas das quais morreram, foram expostas ao sarin ou a uma substância como o sarin", segundo o relatório.
"As conclusões deste relatório são incontestáveis", disse o Ministério das Relações Exteriores francês em comunicado. "A Opaq e seus membros devem assumir suas responsabilidades e condenar, nos termos mais fortes, esta violação intolerável do regime de não proliferação".
O ataque de 4 de abril, no qual dezenas de pessoas foram mortas na cidade de Khan Sheikhoun, localizada em Idlib, província do norte sírio, foi o mais letal da guerra civil do país em mais de três anos. 
Agora uma investigação conjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Opaq, pode analisar o incidente para determinar de quem é a culpa.
Serviços de inteligência ocidentais acusaram o governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, pelo ataque, mas autoridades sírias vêm negando repetidamente o uso de toxinas proibidas no conflito.
A Rússia, principal apoiadora de Assad, disse nesta sexta-feira (30) que as descobertas da Opaq se basearam em indícios duvidosos.
Desde a posse do presidente Emmanuel Macron, a França vem buscando uma cooperação mais estreita com Moscou, especialmente no tocante à Síria, e disse que o diálogo com os russos sobre o cumprimento de uma resolução de 2013 do Conselho de Segurança da ONU para evitar o uso de armas químicas é uma de suas prioridades.
O ataque de Khan Sheikhoun motivou os Estados Unidos a dispararem mísseis contra uma base aérea síria que os norte-americanos disseram ter sido empregada para lançar a operação. A França disse que qualquer novo ataque seria um "limite" que poderia provocar ataques aéreos franceses unilaterais.

"Aqueles que provocaram as atrocidades de Khan Sheikhoun e outros ataques com armas químicas devem enfrentar a justiça por seus crimes", disse a chancelaria.
Mas há de se investigar de onde realmente partiu tal ataque, uma vez que os extremistas que dominaram por um longo período vastas áreas do território sírio podem ter tido acesso ao arsenal químico o qual dispunha o governo sírio, ponto no qual esta amparada a defesa de Assad em relação ao suposto ataque.

GBN News e Reuters
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Forças do Iraque atacam reduto do Estado Islâmico após declararem fim de califado

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Forças do Iraque apoiadas pelos Estados Unidos atacaram o último reduto do Estado Islâmico na Cidade Velha de Mosul nesta sexta-feira, um dia depois de capturarem a mesquita histórica que simbolizava o poder dos insurgentes e declararem oficialmente o fim do califado autoproclamado pelo grupo radical.
Dezenas de civis fugiram na direção das forças iraquianas, a maioria mulheres e crianças, algumas feridas por disparos dos rebeldes, sedentas e cansadas.
Comandantes do Serviço Contraterrorismo do Iraque alertaram que, como a maioria dos militantes não iraquianos do Estado Islâmico estão entrincheirados entre os civis e provavelmente irão lutar até a morte, a batalha que se anuncia será desafiadora.
O general Maan al-Saadi disse à Reuters que podem ser necessários de quatro a cinco dias de combates para tomar o reduto dos insurgentes próximo do rio Tigre, defendido por cerca de 200 militantes.
"O avanço continua rumo ao bairro de Midan", disse. "Controlá-lo significa que chegamos ao rio Tigre".
Os militantes do Estado Islâmico negam os contratempos – sua publicação semanal afirma que o Exército iraquiano foi abalado por grandes baixas.
O grupo, cujo líder declarou um califado sobre partes do Iraque e da Síria quase três anos atrás, ainda ocupa uma área do tamanho da Bélgica através dos dois países, de acordo com uma estimativa.
A queda de Mosul representaria o fim da metade iraquiana do califado, embora o grupo ainda controle territórios a oeste e leste da cidade onde governa centenas de milhares de pessoas.

O bastião sírio do Estado Islâmico, Raqqa, também está sob cerco. As forças auxiliadas pelos EUA cercaram a cidade depois de fecharem a última saída dos militantes pelo sul, informou o grupo de monitoramento Observatório Sírio dos Direitos Humanos na quinta-feira.

Fonte: Reuters
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China expressa revolta com plano de venda de U$1,42 bi em armas dos EUA para Taiwan

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A China pediu que os Estados Unidos revoguem imediatamente a "decisão equivocada" de vender a Taiwan 1,42 bilhão de dólares em armas, dizendo que a medida contradiz um "consenso" a que o presidente chinês, Xi Jinping, chegou com o líder dos EUA, Donald Trump, durante conversas em abril na Flórida.
As vendas enviariam uma mensagem errada às forças de "independência de Taiwan", disse a embaixada da China em Washington em um comunicado.
Na quinta-feira, uma porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que o governo comunicou o Congresso a respeito de sete vendas propostas a Taiwan, as primeiras da gestão Trump.
"O governo chinês e o povo chinês têm todo direito de estarem ultrajados", disse a embaixada.
Pequim vê a autogovernada Taiwan como uma província rebelde e jamais renunciou ao uso da força para submetê-la a seu controle. Os nacionalistas chineses fugiram para a ilha depois de perderem a guerra civil para os comunistas em 1949.
Os EUA são os únicos fornecedores de armas de Taiwan.
"O gesto errado do lado dos EUA contraria o consenso obtido pelos dois presidentes e ímpeto de desenvolvimento positivo da relação China-EUA", disse a embaixada.
O Ministério da Defesa chinês disse que Taiwan é "o tema central mais importante e mais delicado dos laços entre China e EUA", alertando Washington a interromper tais vendas para evitar prejudicar ainda mais a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan.
Trump fez críticas à China durante sua bem-sucedida campanha presidencial de 2016, mas sua reunião com Xi em seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida, criou a esperança de um relacionamento mais caloroso.
Mais tarde Trump ressaltou sua relação pessoal com Xi, que classificou como um "homem bom", e enfatizou a necessidade da ajuda chinesa para conter o desenvolvimento da armas e mísseis nucleares da desafiadora Coreia do Norte.

O pacote proposto pelos EUA a Taiwan inclui auxílio técnico para radares de alerta precoce, mísseis antirradiação de alta velocidade, torpedos e componentes de mísseis.

Fonte: Reuters
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"Fake news" é tema de debate em congresso de jornalismo

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O combate à disseminação de notícias falsas nas redes sociais foi um dos temas centrais dos debates do primeiro dia do 12.º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em São Paulo.
No evento, que começou nesta quinta-feira, 29, e se estenderá até este sábado, 1.º, a Abraji também homenageou o repórter Carlos Wagner, que ganhou mais de 30 prêmios em sua carreira ao longo de 31 anos no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e Sérgio Gomes, do projeto Repórter do Futuro (Instituto Oboré).
No principal painel desta quinta-feira, Luis Renato Olivalves, diretor de Parcerias de Mídia do Facebook, Sérgio Dávila, editor executivo do jornal Folha de S.Paulo, e Carlos Eduardo Lins da Silva, responsável pela edição brasileira da Columbia Journalism Review, discutiram os efeitos da chamada “pós-verdade” na sociedade e a credibilidade da atividade jornalística. A mediação foi de Angela Pimenta, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor).
Olivalves apontou iniciativas do Facebook para reduzir a disseminação de informações falsas. As providências foram tomadas depois que a plataforma foi usada para espalhar inverdades na última campanha presidencial nos Estados Unidos.
Uma delas, segundo o diretor do Facebook, é acabar com os incentivos econômicos para a publicação de informações falsas. Outra iniciativa é o desenvolvimento de novos produtos com o objetivo principal de combater as chamadas “fake news” e ampliar a exposição dos leitores a fontes confiáveis de notícias. Dávila destacou que o fenômeno das notícias falsas não é novo. “O que mudou foi a facilidade de disseminação”, afirmou o editor executivo.
Diretor da Sucursal de Brasília do Estado, Marcelo Beraba mediará o debate “Abraji Talks: boas histórias”, nesta sexta-feira, 30, às 16h.

Fonte: Estadão
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quinta-feira, 29 de junho de 2017

China lança maior e mais moderno destróier de toda a Ásia

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A China deu nesta quarta-feira um novo passo para a criação de uma marinha mais forte com o lançamento da primeira unidade de uma nova geração de destróieres, o maior e mais avançado navio deste tipo entre as forças navais de toda a Ásia.
A primeira unidade da classe 055, de 10 mil toneladas de deslocamento, está equipada com novos sistemas de luta antiaérea, antissubmarino e antinavio, bem como de defesa contra mísseis, detalhou a agência "Xinhua".
O destróier conta com elevadas capacidades para coletar informações eletrônicas e constitui "um símbolo do desenvolvimento estratégico das forças navais chinesas", indicou o jornal do exército, "PLA Daily", em seu site.
O navio, desenvolvido integralmente na China e atracado em Xangai, é consideravelmente maior e superior à geração anterior de destróieres chineses: a classe Luzhou, de 7 mil toneladas e cuja primeira unidade entrou em serviço em 2005,
A nova geração se assemelha em tamanho à última série da classe Arleigh Burke de destróieres americanos, que começou em 8.500 toneladas e terminou nas 10 mil.
A China colocou em operação no final de abril seu primeiro porta-aviões desenvolvido integralmente no país, em um novo passo de seu objetivo para estabelecer uma poderosa marinha de alto mar, capaz de desenvolver missões distantes do seu território. 

Fonte: EFE
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Otan vai aumentar presença no Afeganistão

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O contingente de tropas dos países da Otan no Afeganistão, onde treinam e prestam consultoria às forças de segurança do país como parte da missão "Apoio Resoluto", aumentará, anunciou nesta quinta-feira o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.
"Posso confirmar que aumentaremos nossa presença no Afeganistão", afirmou Stoltenberg antes de uma reunião com os 29 ministros da Defesa da Otan em Bruxelas que deve abordar temas como os gastos militares ou a ciberdefesa.
O ex-premier norueguês não antecipou um número determinado de soldados e disse apenas que as autoridades afegãs solicitaram "alguns milhares". Mas ele explicou que a presença no Afeganistão "não é para realizar operações de combate".
"O objetivo é ajudar os afegãos a combater e assumir a plena responsabilidade de segurança", completou secretário-geral da Otan, para quem as prioridades seriam reforçar as unidades especiais do exército, o apoio ao desenvolvimento das Forças Aéreas e a formação de seus comandos.
Desde a retirada da maioria das tropas ocidentais no fim de 2014, a operação Apoio Resoluto conta com 13.500 homens, metade deles dos Estados Unidos.
Fontes diplomáticas indicaram as autoridades estudam um aumento de 3.000 soldados. Os aliados pretendem abordar a questão com o secretário americano de Defesa, Jim Mattis, mas Stoltenberg disse que não espera números concretos na reunião.

Fonte: AFP
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Crise no Qatar: Origens e consequências

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A crise em curso que cerca o Qatar é o mais grave conflito surgido entre estados árabes do Golfo desde o fim da Guerra Fria. Enquanto esses petromilionários e autocráticos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) historicamente sempre foram na maioria aliados de conveniência unidos por medos partilhados (da URSS, de Saddam Hussein, do Irã, etc.), a desconfiança nunca antes cresceu entre eles, a ponto de algum deles exigir nada menos que rendição incondicional de outro 'colega' de OPEP. Vários traços interessantes dessa crise imediatamente saltam aos olhos.

Primeiro, o rompimento de relações diplomáticas, pela Arábia Saudita e várias outras potências regionais, inclusive o Egito, privando o Qatar da licença para usar rotas terrestres e aéreas de transporte que cruzem território da Arábia Saudita e de outros estados do Golfo, inclusive o Egito, aconteceu de repente, sem qualquer aviso. Não há disputas que se vejam entre o Qatar e qualquer de seus vizinhos, nem qualquer grande movimento recente de provocação. Tudo isso sugere que o movimento foi premeditado e planejado pela Arábia Saudita e parceiros.

Embora ainda não se veja claramente qual o papel dos EUA na crise, é extremamente improvável que Arábia Saudita tenha tomado qualquer medida tão drástica sem coordenação com os EUA, sobretudo porque o movimento surge literalmente nos calcanhares da visita muito noticiada de Trump aos sauditas. Embora se tenha mantido calado de início, o presidente Trump depois se serviu do Twitter para apoiar os sauditas contra o Qatar, apesar de os EUA ainda manterem presença militar importante naquele país.

As acusações feitas contra o Qatar são extremamente graves, nada menos que isso. Ambos os líderes de EUA e Arábia Saudita acusaram o Qatar de todos os piores crimes disponíveis, dentre os quais, por exemplo, apoiar o extremismo islamista violento. Trump chegou a dizer que uma mudança de políticas do Qatar seria grande passo para resolver o problema do terrorismo.

A natureza da crise sugere que ali se manifestem tensões que há muito tempo fervilhavam sob a superfície, mas agora afinal apareceram à tona. O confronto entre sauditas e qataris, e os movimentos da facção pró-sauditas, sugerem que aí operem vários fatores.

Um desses fatores, dentre os nada triviais, é a queda, nos anos recentes, nos preços da energia. As caras guerras da Arábia Saudita na Síria e no Iêmen só agravam esse problema. Dado que a principal linha de negócios do Qatar é o gás natural, cuja produção está fora da 'supervisão' pela OPEP, é possível que a Arábia Saudita esteja tentando forçar o Qatar, cujo PIB per-capita é o mais alto do mundo, a partilhar parte dessa riqueza com a falida monarquia saudita.

Esse passo dramático provavelmente não seria necessário, se, nesse momento, as ambições de sauditas e qataris na Síria já se tivessem realizado. O objetivo afinal de contas era construir gasodutos e oleodutos que atravessariam território sírio, e também encampar os campos de petróleo da Síria usando o ISIS como 'representante local', sobretudo e sempre com o apoio tácito do governo Obama. Apesar de o resultado da guerra na Síria ainda não estar decidido, já é perfeitamente claro que falharam os esforços de sauditas e qataris para expandir a própria riqueza à custa da Síria.

Os sauditas também estão tentando estabelecer o próprio domínio político na região, como parte do conceito "OTAN sunita". A política externa independente do Qatar, que sempre ignorou e até minou os objetivos sauditas na Síria e na Líbia, foi obviamente um obstáculo para que aqueles objetivos fossem alcançados. Sobretudo, a independência do Qatar também parece ser a razão pela qual países como Egito e Israel estão hoje apoiando os movimentos sauditas. O Qatar é um dos principais patrocinadores da Fraternidade Muçulmana e do Hamás, que são os principais agentes irritantes dos mesmos Egito e Israel respectivamente.

Outra das principais manifestações da independência dos qataris foi sua política para o Irã, que também está em clara oposição à linha dura dos sauditas. Dado que a "OTAN sunita" visa diretamente o Irã, se a Arábia Saudita conseguir esmagar a independência do Qatar, ela se terá inquestionavelmente plantado como poder político dominante dentro da Península Árabe. O violento, duro ataque ao Qatar, para humilhar e disciplinar a dissidência, também serve como alerta de longo prazo a qualquer outro poder menor no Golfo que pense em ter e defender qualquer política externa independente do que decida a Arábia Saudita. 

A importância do Irã para o conflito sauditas-qataris tem sido claramente demonstrada pela disposição do Irã para fornecer alimento ao Qatar, contra o bloqueio saudita; e pelo ataque terrorista em Teerã, que autoridades iranianas atribuíram aos sauditas. Teerã também abriu seu espaço aéreo aos aviões da Qatar Airways e expandiu esforços não oficiais para atrair Doha para sua própria esfera de influência.

Com isso em mente, a recente visita de Trump à Arábia Saudita, que culminou na cerimônia bizarra da "esfera luminosa", adquire novo significado. Embora ainda não se saiba quanto de 'autonomia' Washington está dando a Riad em seus contatos com Doha, nem quanto de coordenação e comunicação há entre os dois poderes, o comportamento de Trump na Arábia Saudita visou, provavelmente, a mandar um 'aviso' de que a Arábia Saudita conta com plena confiança dos EUA, embora, evidentemente, o Qatar não tenha tomado conhecimento do 'aviso'. Se a ação saudita resultar em o Qatar abandonar a Fraternidade Muçulmana e o Hamás, ajudará os EUA a recompor parte do seu prestígio político na região, arrastando Israel e, especialmente, o Egito, para mais próximo dos EUA. 

A esterilização do Qatar promete também, além do mais, forçar as guerras, não só na Síria, mas também na Líbia, a rápida conclusão, pela eliminação de ator significativo que persegue objetivo independente. Por último, mas não menos importante, o Qatar também tem melhores relações que a Arábia Saudita com ambas, Rússia e Turquia, o que certamente desperta medos adicionais em Washington de que a Rússia esteja próxima de tomar o lugar dos EUA, como potência externa mais influente no Oriente Médio. 

A emergência de uma constelação de Rússia-Irã-Turquia-Qatar como resultado da diplomacia russa e das próprias ambições regionais da Turquia é cenário de total pesadelo para ambas, Riad e Washington.

Ainda não se sabe claramente se o governo Trump forçou a Arábia Saudita a assumir o atual curso, ou se Trump ficou sem outra saída que não fosse aprovar e promover o curso de ação determinado pelos sauditas, com algumas acomodações em relação aos interesses dos EUA delineados acima. Por um lado, Trump poderia facilmente aplicar contra os sauditas o mesmo pretexto do "apoio ao terrorismo" que aplicou aos qataris. Por outro lado, o poder do lobby saudita em Washington e a ausência de potência supletiva capaz de fazer à Arábia Saudita o que a Arábia Saudita está fazendo ao Qatar significa que os sauditas não estão simplesmente seguindo ordens de Washington.

Contudo, à luz da próxima visita de Trump à Polônia e de sua participação na cúpula da chamada Iniciativa Três Mares [ing. Three Seas Initiative], deve-se também considerar a possibilidade de os EUA terem visto no Qatar um concorrente não desejado no mercado do gás natural liquefeito. 

Vai-se tornando aparente que os EUA continuarão a expandir o próprio papel como exportador futuro de hidrocarbonetos, que evidentemente os porá em conflito não só com a Rússia, mas também com o Qatar e até com a Arábia Saudita. Vai também se tornando aparente que pelo menos parte daquela expansão acontecerá na Europa, ou que o mercado ao qual o Qatar esperou ganhar acesso ao patrocinar jihadistas na Síria pavimentará o caminho para os gasodutos dos EUA até a Europa.

O confronto entre EUA e Qatar parece ter tido o efeito de 'mostrar' tudo isso aos líderes do Qatar, os quais, evidentemente com medo de que qualquer sinal de fraqueza possa levar à queda do governo e até à morte dos governantes, meteram o pé nos freios e puseram-se a procurar apoio de fontes não ortodoxas. Esse processo, por sua vez, mostrou aos dois lado a extensão do sentimento anti-sauditas na região e os limites da influência dos EUA. 

O presidente Erdogan da Turquia saiu fortemente em apoio ao Qatar, e chegou a reafirmar a aliança militar Turquia-Qatar e mandar soldados para o Qatar. O Paquistão, igualmente, decidiu enviar força militar ao Qatar. Coletivamente essas ações são aparentemente suficientes para dissuadir qualquer aventureirismo militar saudita, possivelmente em cooperação com facções insatisfeitas dos militares qataris. Nesse estágio, será necessária uma intervenção militar direta dos EUA para derrubar o governo qatari, mas os EUA claramente preferem deixar o serviço mais sujo para 'representantes' locais. Acima de tudo, não há sinais de qualquer esforço para interditar ou bloquear o trânsito dos navios-tanques de gás natural liquefeito do Qatar. O Egito, por exemplo, uniu-se à coalizão anti-Qatar, mas não bloqueou o trânsito de navios-tanques de transporte de gás natural liquefeito do Qatar que viajam pelo Canal de Suez.

Ainda assim, os líderes do Qatar preocuparam-se muito, a ponto de enviar seu ministro de Relações Exteriores a Moscou para consultas. Mesmo assim, considerando que a Arábia Saudita respondeu ao apoio da Turquia ao Qatar mediante o apoio que ofereceu à causa curda - até aqui só verbal -, parece, sim, que Rússia, Turquia e muitos outros países na região não querem ver o Qatar posto de joelhos. 

Porta-vozes militares russos também observaram que enquanto isso a intensidade da guerra na Síria caiu muito, porque os militantes apoiados por Qatar e Arábia Saudita estão agora em situação muito confusa, sem poder ver com clareza quem seria o inimigo deles, se forças sírias ou outros grupos rebeldes. Mas, a situação avançando, é extremamente improvável que os qataris venham a colaborar intimamente em qualquer esquema saudita. Muito mais provável, isso sim, é que o Qatar afaste-se cada vez mais das políticas sauditas e reforce seus laços com a Turquia, e assim, indiretamente, também com Rússia e Irã.

Como nota final, não se pode deixar de pensar que, sim, se trata de confronto grave e muito perigoso entre, afinal de contas, dois aliados crucialmente importantes dos EUA. Considerando que ambos Qatar e Arábia Saudita são membros do "Mundo Livre" (sic) cujo líder não confrontado são os EUA, o fato de que uns poucos desacordos políticos entre esses membros já não possam ser geridos nem com medidas tão próximas de um bloqueio e de ameaças de guerra não depõe a favor da habilidade dos EUA para defender o próprio império. 

Por mais que a violência do conflito sauditas-qataris não tenha precedentes, de modo algum é o único conflito interno no "Mundo Livre" que os EUA parecem não ter forças para resolver. Já aconteceu o Brexit; crescem a divisão entre "União Europeia de duas velocidades" e os rachas Turquia/UE e Turquia/OTAN; goraram os dois acordos comerciais multilaterais que ainda mantinham os EUA como centro, os acordosTTIP e TPP. E há muitos outros sinais do enfraquecimento dos EUA. 

Terem usado a Arábia Saudita contra o Qatar sugere que os EUA estejam andando rumo a um modo diferente de governança imperial, a saber, "dividir para governar" também seus próprios estados-clientes. No curto prazo é bem possível que funcione. Mas a consciência de que o processo é exatamente esse, entre os próprios estados-clientes dos EUA, os está levando a procurar a ajuda dos russos. E isso, afinal, é que está gerando cada vez mais frequentemente as narrativas de "intromissão russa". Que já surgiram também no caso do Qatar.

Fonte: PRAVDA
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