segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

A Austrália e seu audacioso e bilionário programa de defesa

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O cenário mundial de defesa e geopolítica aponta para um claro momento em que as principais potencias buscam modernizar e atualizar suas capacidades tecnológicas de defesa, sendo uma das grandes premissas deste novo reaparelhamento a busca pela capacitação da indústria local e a absorção de novas tecnologias, visando principalmente alcançar um determinado grau de independência em relação aos fornecedores, assim reduzindo os riscos logísticos e de suprimento de sua cadeia de suprimentos.

Esse tem sido o caminho adotado por inúmeros países, dentre os quais podemos citar a Índia, Brasil e Austrália dentre os que mais se destacam na busca pela capacitação de sua industria local através dos programas de reaparelhamento de suas forças armadas.

Nesta primeira matéria, pretendemos apresentar o "case" australiano, o qual tem se destacado pelo vultoso investimento em diversos programas que visam recompor a capacidade de defesa daquela nação e eleva-la tecnologicamente a um novo patamar. Onde podemos citar os bilionários programas que visam a construção local de modernos submarinos, aquisição de aeronaves de quinta geração e diversos novos meios que elevarão não apenas a capacidade militar australiana, mas a capacidade do parque industrial de defesa do país, o que além de objetivar suprir as necessidades locais em um primeiro momento, tem como alvo projetar sua industria no competitivo mercado internacional de defesa.

Recentemente noticiamos aqui no GBN News o contrato bilionário assinado entre o governo Australiano e a França, onde a Naval Group irá não apenas construir localmente uma versão convencional de seu submarino Barracuda, mas irá transferir tecnologia à industria local, criando uma cadeia de suprimento e tornando a industria local um importante parceiro no programa que visa a obtenção por construção de 12 novos submarinos, a futura Classe "Attack", conhecidos como Shortfin Barracuda, um contrato que supera os 50 bilhões de dólares, superando o programa de obtenção de nove fragatas baseadas nas Type 26 britânicas, denominadas na Royal Australian Navy como Classe "Hunter", um programa estimado em 35 bilhões de dólares, que envolve não apenas a aquisição de nove fragatas, mas a construção local com transferência de tecnologia.

Além do programa de submarinos e meios de superfície, a Austrália desenvolve um audacioso programa de modernização de seu poder aéreo, tendo como principal programa a obtenção de 72 aeronaves F-35A, os quais deverão substituir os vetustos F/A-18 A/B Hornet, sendo um dos países que integram o programa multinacional Joint Strike Fighter, tendo sua industria uma parcela significativa na cadeia de componentes e suprimentos para construção e manutenção não apenas da frota pertencente à Royal Australian Air Force (RAAF).

O Programa "Jericho", tem por objetivo transformar a RAAF em uma moderna força aérea capaz de operar no moderno conceito de rede, levando a RAAF ao novo conceito de combate amparado em redes de informação. Esse programa concebera uma importante capacidade de processamento de dados e o aumento da consciência situacional, o que proporcionará uma importante capacidade de defesa e ataque, principalmente à medida que entrarão em operação modernas aeronaves. Além da aquisição de 72 aeronaves F-35 A, que visam substituir os vetustos F/A-18 A/B Hornet, conforme já citamos, passando a se tornar a principal aeronave de combate da RAAF, contando ainda com 24 aeronaves F/A-18 F e 11 aeronaves de guerra eletrônica EA-18G Growler.

A aposentadoria dos F/A-18 A/B deverá se dar por completa em 2022, e resultará na transferência das células em melhor estado ao Canadá, que já demonstrou interesse em adquirir aproximadamente 25 destas aeronaves, as quais deverão complementar a atual dotação daquele país até que se chegue a decisão sobre qual vetor irá reaparelhar aquela nação, além de obter alguns exemplares destinados a canibalização. 

A reestruturação das poderio aéreo australiano alcança um espectro muito maior, resultando em um verdadeiro salto em capacidades nos vários campos do poder aéreo, dentre os quais figuram a capacidade de patrulha e guerra anti-submarina, adotando modernos meios, como é o caso da substituição dos AP-3C Orion, pelos modernos P-8 Poseidon e VANTs MQ-4C Triton, conferindo uma ampla capacidade de monitoramento marítimo de superfície e submarino. 

Dentre os meios voltados ao monitoramento marítimo, a RAAF já conta com sete aeronaves P-8A Poseidon, sendo previsto o recebimento de outras oito aeronaves, os VANTs MQ-4C Triton, devem ser entregues a partir de 2023, sendo prevista a aquisição de 6 aeronaves do tipo.

No campo terrestre, os australianos já iniciaram estudos com vista a modernização seus MBT's, contando hoje com uma força composta por 58 MBTs M1A1 Abrams que foram incorporados em 2007, substituindo os antigos Leopard 1A4, conhecidos como Leopard 1AS. Segundo informações, a Austrália deverá iniciar o programa de modernização de sua frota de M1A1 por volta de 2025, onde segundo estudos, deverá ser adotado o atual padrão dos M1 Abrams em operação com o US Army.

As viaturas ASLAV-25 também deverão ser substituídas no âmbito do programa de reaparelhamento das forças armadas australianas, devendo abrir espaço para chegada de 211 viaturas BOXER que começam a ser entregues este ano, as quais substituirão as atuais 257 viaturas ASLAV-25, com processo de baixa tendo inicio em 2021 e sendo concluído em 2026, um investimento na casa dos 12 bilhões de dólares, compreendendo não apenas a aquisição de 211 novas viaturas, mas a transferência de tecnologia e a produção local destas novas viaturas que deverão modernizar as capacidade do exército australiano.

As cerca de 431 viaturas M-113 em suas variadas versões, também são objeto do programa de reaparelhamento, devendo dar lugar a um moderno IFV, o qual ainda não foi definido, tendo tido a concorrência lançada em agosto de 2018.  

A Austrália com esse audacioso investimento, passa a se tornar uma dos mais poderosos players regionais da Ásia-Pacífico, sendo um dos principais aliados norte americanos na região e tendo ativamente atuado em importantes operações no Oriente Médio e Ásia. Ressaltamos que o bilionário investimento feito pelo governo australiano, visa não apenas trazer suas forças armadas para o moderno campo de batalha, mas tornar sua industria capacitada e capaz de desenvolver e lançar soluções no mercado mundial de defesa, além de se tornar um importante polo de suprimento para a industria de defesa mundial, tendo em vista que é cada dia mais comum ver a cadeia de suprimentos da industria de defesa ser distribuída ao redor do mundo, o que tornar mais acessível e barata a logística de produção e suporte pós-venda.

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domingo, 24 de fevereiro de 2019

Marinha do Brasil inicia programa de obtenção do novo Navio de Apoio Antártico

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A Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM), comunica que iniciou o Projeto de Obtenção do Navio de Apoio Antártico com a publicação de Aviso de Chamamento Público específico, no Diário Oficial da União, em 22 de fevereiro de 2019, 

As empresas interessadas em fornecer as respostas ao documento intitulado "Solicitação de Informações" ("Request For Information" - RFI), seguindo as orientações contidas no DOU, poderão retirá-lo na própria DGePM, no período compreendido entre 09h00, do dia 25 de fevereiro de 2019 e 15h00, do dia 13 de março de 2019.

O Novo navio deverá substituir o atual H-44 "Ary Rongel", conforme já noticiamos aqui anteriormente em nossa análise de possíveis aquisições da Marinha do Brasil.

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Com informações do CCSM 
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O Brasil é militarmente superior a Venezuela?

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Foto: Angelo Nicolaci - GBN News
O Brasil é superior aos seus vizinhos? Segundo uma matéria publicada pela Exame, nossas forças armadas estariam em desvantagem diante de um hipotético conflito com a Venezuela. Mas isso esta certo? O GBN News na qualidade de mídia independente comprometida com a transparência e qualidade de seu conteúdo, resolveu responder tal matéria tendenciosa e distante da realidade.

Na qualidade não apenas de jornalista, mas de analista e consultor no campo de geopolítica e defesa, detendo vasto conhecimento no setor, quer seja pelo estudo contínuo e aprofundado através de fontes acadêmicas, quer seja pela convivência com a atividade militar e a industria de defesa, além de possuir reconhecimento por parte de vários comandos das forças armadas brasileiras, tendo realizado inúmeras pautas de imersão na rotina e doutrina de preparo e emprego militar nas forças brasileiras, inclusive acompanhando exercícios que envolveram unidades estrangeiras, membro da Associação de Veteranos do Corpo de Fuzileiros Navais, SOAMAR (Sociedade de Amigos da Marinha), detentor da medalha "Amigo da Marinha", medalha "Jubilei de Ouro da Vitória na Segunda Guerra", ambas outorgadas em reconhecimento pelo meu relevante trabalho e reconhecimento dado pela Marinha do Brasil e Exército Brasileiro, correspondente do Canal Arte da Guerra, acredito que me qualifique para contrapor algumas posições e afirmações infundadas apresentadas pela Exame em sua matéria: "Como se comparam as capacidades militares de Brasil e Venezuela".


Foto: Angelo Nicolaci - GBN News
O primeiro ponto que tenho a discordar com o exposto em tal matéria, tem relação com a experiencia brasileira em conflitos, onde primeiro quero salientar que somos uma das poucas nações que podem se orgulhar de nunca ter sido derrotada em um conflito o qual tenha participado, lembrando da grande atuação brasileira na fria e longínqua Itália durante a Segunda Guerra Mundial, situação em que nossas tropas enfrentaram um inimigo teoricamente superior e melhor equipado diante de um clima muito diferente do encontrado no Brasil e um teatro de operações complexo, no qual saímos vitoriosos, reconhecidos pelo espírito aguerrido de nossos combatentes e o profissionalismo de nossas tropas durante a breve ocupação das cidades libertadas pela nossa gloriosa FEB.


Foto: Angelo Nicolaci - GBN News
Ainda tratando deste primeiro ponto, temos que lembrar as bem sucedidas atuações de nossas forças em operações de estabilização sob a égide das Nações Unidas, onde cito o bem sucedido caso haitiano. Outro ponto que é ignorado pelos especialistas ouvidos, é o fato de nossas forças estarem em constante treinamento e realiza anualmente diversos exercícios e manobras no Brasil e no exterior, neste segundo caso, por diversas vezes surpreendemos países muito mais "preparados e capazes" com nosso profissionalismo e doutrinas de emprego que superam os desafios e tem como resultado vitórias inusitadas contra meios e tropas teoricamente superiores e com tecnologias mais avançadas que as empregadas por nossas forças. Neste sentido, acompanhei pessoalmente importantes manobras realizadas pela Força de Fuzileiros da Esquadra, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira, além de exercícios combinados que aperfeiçoam a capacidade de interoperabilidade entre as três forças brasileiras.

Com relação ao orçamento destinado à defesa, fomos buscar os dados oficiais divulgados pelo Ministério da Defesa, o qual apresenta a seguinte dotação orçamentária no ano de 2018:



Para termos um panorama dos últimos anos do orçamento de defesa, procuramos mais uma vez dados diretamente na fonte oficial:



Com relação ao contingente, segundo nossa pesquisa junto as fontes oficiais, a Marinha do Brasil conta, atualmente, com cerca de 70 mil homens e mulheres em seu quadro de ativos. Para o cumprimento da missão constitucional de defesa da pátria, o Exército Brasileiro conta com quadro superior a 222 mil homens e mulheres preparados e adestrados, enquanto a Força Aérea Brasileira  conta hoje com mais de 68 mil homens e mulheres em seu efetivo, o que somado significa um contingente de aproximadamente 360 mil homens e mulheres, lembrando que neste contingente há combatentes, intendentes e outros efetivos.

Vamos agora realizar uma breve descrição de nossos principais meios:

Marinha do Brasil

Meios da Esquadra:

1 Porta-Helicópteros Multipropósito - A-140 "Atlântico"
1 Navio Doca Multipropósito - G-40 "Bahia"
6 Fragatas Classe Niterói
2 Fragatas Classe Greenhalgh
2 Corvetas Classe Inhaúma
1 Corveta   Classe Barroso
Foto: Angelo Nicolaci - GBN News
4 Submarinos Classe Tupi
1 Submarino  Classe Tikuna
3 Navios de Desembarque de Carros de Combate (NDCC)
1 Navio Tanque

Aviação Naval:

4   Aeronaves AF-1 (A-4KU) Skyhawk
6 Helicópeteros UH 14 - Super Puma
16 Helicópeteros UH 15 - Super Cougar (Caracal)
6   Helicópteros SH-16 - Seahawk
12 Helicopteros AH-11 Super Linx

Foto: Angelo Nicolaci - GBN News
Fuzileiros:

35 CLANF
22 Piranha III
25 M113
06 ASTROS AV-LMU
24 Obus 105mm/155mm
Sistema Antiaéreo MISTRAL
Sistema Antiaéreo RBS70
Sistema Antiaéreo Bofors L/70
Missil Anticarro AT-4







Exército Brasileiro

39   MBT Leopard 1A1
216 MBT Leopard 1A5
26   MBT M-60 A-3TTS
340 VBTP-MR Guarani
390 EE-9 Cascavel
98   EE-11 Urutu
386 M113
120 M-109
25 ASTROS AV-LMU
1200 (?) peças de artilharia diversos calibres
36 Gepard 
Sistema Antiaéreo RBS70
Sistema Antiaéreo Igla
Sistema Antiaéreo Bofors L/70 
34 HM-1 Panther
16 H-60 Blackhawk


Força Aérea

48 F-5 EM/FM
46 AMX A-1
97 A-29 Super Tucano
98 AT-27 Tucano
8 E-99/R-99
8 P-3AM
12 AH-2 Sabre
2 KC-130 Hércules
13 C-130 Hércules

Lembrando que só apresentei os meios mais relevantes e considerados principais, não detalhando por completo a dotação de equipamentos das forças brasileiras, em especial a artilharia que possui meios diversos e em centenas.

A máxima “Na guerra é sempre mais fácil defender do que atacar”, usada na materia, não condiz com o moderno teatro de operações militares, sendo a defesa hoje algo muito mais complexo e difícil que o ataque, tendo em vista o vasto poder conferido aos meios aéreos e a precisão dos ataques de artilharia, que hoje contam com satélites e Drones que coletam valiosas informações sobre o posicionamento e movimentação das forças inimigas, além da supressão de sistemas de defesa conferidas pelos modernos sistemas de Guerra Eletrônica (EW), além do controle do espaço aéreo realizado por modernas plataformas AEW&C, as quais dispomos e operamos com grande eficacia, o que anula a capacidade de resposta aérea inimiga, possibilitando não apenas interferir nas comunicações inimigas, como orientar uma força de resposta a ameaças.

O artigo ainda afirma que "o Brasil perde em quantidade e potência dos equipamentos". Mas observando a lista básica que expus acima, vemos que não é bem assim, lembrando que os venezuelanos possuem modernos caças Su-30, porém, desconhecemos o nível de disponibilidade e a capacidade de seus pilotos de extrair o melhor da aeronave, pois a experiência conta muito mais que ter um equipamento de primeira linha, como já mostramos em vários exercícios internacionais, onde por diversas vezes nossos pilotos venceram oponentes na arena aérea, como caças F-16, F-15, F/A-18, Rafale e outros em combate simulado, o que mostra a eficiência e treinamento de nossos pilotos.

A matéria ainda deixou de esclarecer que nosso Exército e Fuzileiros possuem as mais bem preparadas forças especiais do continente, sendo tropas extremamente capazes e bem equipadas para atuar atrás das linhas inimigas.

Nosso editor acompanhando manobras com a FFE
“O Brasil não tem, há muitos anos, a tradição de se preparar para a guerra. A Venezuela, ao contrário, sempre teve forte presença dos militares e da Guarda Nacional Bolivariana na defesa da soberania”, afirmou a pesquisadora Carolina Pedroso. A mesma deve desconhecer que as forças armadas brasileiras realizam dezenas de exercícios e manobras ao longo do ano, onde exercitam variados cenários hipotéticos em diversas regiões do país, o que derruba essa afirmação feita por ela sobre o preparo de nossas forças para guerra. Temos uma forte tradição militar, onde o combatente brasileiro recebe todo tipo de preparo e adestramento que possibilite o mesmo a defender a soberania de nosso país frente a qualquer ameaça. Aqui trago a memória a "Operação Traíra", realizada nos anos 90, onde em resposta á um ataque de guerrilheiros das FARC á uma guarnição do Exército Brasileiro, o mesmo adentrou o território colombiano, localizou e neutralizou completamente a força guerrilheira que havia atacado a guarnição brasileira, executando a missão com sucesso sem qualquer perda entre as forças brasileiras envolvidas.

Operação Dragão no âmbito da Operação Atlântico, as FAs atuam em conjunto
É realmente muito decepcionante para pessoas que conhecem os meandros da defesa e a posição geopolítica brasileira, ler matérias como esta publicada pela EXAME, a qual não teve o devido suporte de especialistas que possuam mais profundidade e conhecimento no assunto. Mas infelizmente esse é um fato cada vez mais raro dentre a grande mídia, a qual não conta com especialistas quando se trata de falar de geopolítica e defesa, um ativo em falta no mercado e nas principais redações. Para nós do GBN News a credibilidade e a qualidade da informação, estão acima de qualquer fator, onde buscamos de forma séria e independente trazer sempre um conteúdo com a marca de nossa credibilidade e fundamentado em dados oficiais, respaldado em um vasto conhecimento na análise militar, geopolítica e de defesa, contando com uma década de atuação neste complexo campo jornalístico. Aqui não abrimos espaço ao sensacionalismo e especulações infundadas ou superficiais. Pois nosso lema já diz: GBN News, a informação começa aqui!!!


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança.

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Reconstrução Estação Antártica Comandante Ferraz se aproxima de sua conclusão

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A Marinha do Brasil está bem próximo de finalizar a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz, que sofreu um grande incêndio em 2012, no qual cerca de 70% das instalações da estação de pesquisas brasileira foi destruída. O cronograma sofreu algumas alterações ao longo dos últimos sete anos, sendo um enorme desafio logístico e técnico, o qual requer capacidade técnica e monitoramento das condições climáticas locais, um fator dificultante para as obras de reconstrução. 

Em março deste ano, uma etapa importante da reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) marca o término da montagem do prédio principal e a conclusão dos módulos isolados. 

O prédio principal é composto por três blocos, distribuídos da seguinte forma: 

• Bloco Leste: destinado às pesquisas, convívio e serviços da EACF. Nele, estarão 14 laboratórios, refeitórios, cozinha, setor de saúde, sala de secagem e oficinas; 

• Bloco Oeste: será o lugar privativo onde estão sendo instalados, no nível superior, os 32 camarotes, biblioteca, ginásio e sala de vídeo/auditório e, no nível inferior, paióis de mantimentos e tanques de aguada e de combate a incêndio;

• Bloco Técnico: garagem e praça de máquinas da estação, onde estarão localizados os geradores, quadros elétricos, caldeiras, estação de tratamento de água e esgoto, incinerador, entre outros. 

A montagem dos blocos técnico, leste, parte do bloco oeste e demais unidades isoladas estão sendo realizadas no período de outubro de 2018 a março de 2019. 

Os módulos isolados que foram concluídos são os de telecomunicações, de Meteorologia/Ozônio, de VLF (Very Low Frequency), de lavagem de sedimentos, de mergulho e o paiol de resíduos perigosos. 

Fases da reconstrução 

As obras de reconstrução da EACF foram planejadas para serem executadas em quatro fases distintas e consecutivas, sendo duas de fabricação e pré-montagem na China e duas de montagem na Antártica. 

Na primeira fase de pré-montagem, ocorrida de março a novembro de 2016, a China National Electronics Imports and Exports Coporation (CEIEC) montou o canteiro de obras em Xangai, onde todas as fundações do prédio principal, composto dos blocos oeste, leste e técnico (garagem, estação de tratamento de água e esgoto, caldeiras, incinerador e geradores) foram pré-montadas e montado um modelo em escala natural (MOCKUP). 

Na segunda fase, ocorrida de dezembro de 2016 a março de 2017, a CEIEC montou essas fundações na Antártica e instalou também um canteiro de obras, um alojamento para 72 pessoas e uma plataforma com guindaste, que proporcionou agilidade ao desembarque de material do navio fretado pela empresa. Essa fase foi concluída ao término do verão antártico, conforme previsto. 

A terceira fase, realizada em Xangai, de março a novembro de 2017, consistiu na fabricação e pré-montagem dos pilares, estruturas e contêineres que constituem os blocos leste, oeste e técnico, além dos Módulos Isolados. Essa fase foi concluída no dia 15 de novembro, após a desmontagem, catalogação e embarque dos diversos itens e o suspender do navio “Magnólia”, fretado pela CEIEC. 

A quarta fase, que previa a montagem de toda a EACF no local da antiga estação, só foi iniciada após a chegada do navio fretado à baía do Almirantado, no dia 25 de dezembro de 2017. 

Hoje, trabalham na reconstrução da EACF 268 operários da CEIEC e sete fiscais designados pela Secretaria da Comissão Interministerial de Recursos do Mar (SECIRM), sendo cinco Engenheiros Navais da Marinha e dois do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), com o apoio do Grupo-Base composto de 16 militares. 

É um motivo de grande orgulho para nós brasileiros manter presença e uma estação de pesquisas na Antártida, sendo o PROANTAR um programa que se iniciou nos idos de 1982, fruto do tratado internacional ao qual o Brasil aderiu em 1975, o qual exige que cada país membro do ICAR (Comitê Científico para Pesquisas Antárticas) realize “substancial atividade de pesquisa científica” para manter seu direito ao voto. Assim em 1984 foi instalada na Península Keller a Estação Antártica Comandante Ferraz, tendo como objetivo principal desenvolver pesquisas nas áreas de oceanografia, glaciologia, biologia e meteorologia.

Mesmo após o incêndio que destruiu praticamente toda estação, as pesquisas não cessaram, tendo sido construído laboratórios provisórios ao lado da antiga estação, uma amostra da perseverança e compromisso brasileiro no que tange as pesquisas realizadas pelo programa.

A Marinha do Brasil conduz ao longo de mais de três décadas o PROANTAR, e o GBN News espera em breve poder enviar uma equipe para acompanhar uma faina de abastecimento da EACF. Lembrando que as fainas de abastecimentos são realizados no período entre outubro e março, época em que há melhores condições para navegação e voo à EACF. Além da Marinha do Brasil, a Força Aérea Brasileira também presta apoio ao programa com voos que levam suprimentos e pessoal à estação de pesquisas brasileira, um verdadeiro desafio logístico em prol da ciência e pesquisa.

Solicitamos a Marinha do Brasil algumas imagens da reconstrução da EACF, e publicamos nesta matéria do GBN News as imagens fornecidas pela Marinha do Brasil, onde aproveitamos para agradecer a toda equipe do CCSM pelo apoio e informações fornecidas sobre este importante investimento no campo de pesquisa, o qual ao longo destes sete anos chegou a casa dos 99,6 milhões de dólares. Não esquecendo de render uma justa homenagem à todos os homens e mulheres que ao longo de mais de três décadas dedicaram suas vidas ao PROANTAR, em especial homenageamos o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, dois heróis que deram suas vidas no combate ao incêndio que destruiu a EACF em 2012.

Mas é preciso que o governo volte os olhos ao Programa e destine recursos para que seja dada continuidade as pesquisas realizadas no continente gelado, sendo algo de grande urgência a destinação de recursos orçamentários ao programa, afim de manter as equipes de pesquisadores e cientistas trabalhando nas inúmeras pesquisas e estudos em andamento.

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

EXCLUSIVO: Instituições assinam Carta de Compromisso, visando “Ações de Preservação e Despoluição da Baía de Guanabara”

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No último sábado (16), estivemos mais uma vez à bordo do Rebocador "Laurindo Pitta", onde ocorreu a assinatura da Carta de Intenções para propor “Ações de Preservação e Despoluição da Baía de Guanabara”, a qual sucede o primeiro encontro ocorrido em 15 de setembro de 2018, quando se reuniram instituições e parte dos atuais parceiros, lançando ali a base da proposta que visa reunir pessoas com competência e conhecimento sobre o assunto, tendo servido para estreitar os laços entre as parcerias e divulgar o tema em voga.

Muito do que foi discutido e apresentado no primeiro encontro, serviu de alicerce para criação da atual Carta de Compromisso, sendo assinada pelos signatários, dentre os quais citamos o Ministério do Meio Ambiente, através do Ministro Ricardo Salles, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, através da Secretária Ana Lucia Santoro, o GBN News através do seu editor Angelo Nicolaci, a Fundação SOS Mata Atlântica, AquaRio, o Museu do Amanhã, o Deputado Federal Professor Joziel do PSL-RJ e o Instituto Rumo Náutico dentre outros signatários, confirmando através deste documento o interesse dos parceiros na criação de uma agenda permanente para discussão e o acompanhamento de ações concretas para a despoluição e preservação da Baía de Guanabara.

A situação é preocupante e requer atenção e medidas concretas para lidar com décadas de descaso e abandono que resultaram no atual cenário caótico em que se encontra nossa Baía de Guanabara. Para termos uma noção da delicada situação, dos trinta e cinco rios que escoam para Baía de Guanabara, apenas cinco deles estão vivos, com os demais tendo sido transformados em canais e "valas de esgoto", com grande parte do esgoto gerado nos municípios sendo despejados diretamente na baía através destes rios, o que causa um impacto catastrófico no meio ambiente, destruindo o bioma e levando a drástica redução de espécimes que vivem neste habitat, atingindo diretamente a economia do estado em vários segmentos, como o turismo e pesca, além de outros fatores. Se faz primordial que haja um pesado e contínuo investimento em melhorias nas condições de saneamento básico dos municípios que se localizam no entorno da Baía de Guanabara. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) que tivemos acesso através de informe fornecido pela Marinha do Brasil na véspera deste evento, no ano de 2015, apenas 83% dos brasileiros eram atendidos com abastecimento de água tratada, 50% da população tinha acesso à coleta de esgoto e apenas 42% do esgoto do país era tratado. Esses números provam ainda hoje enfrentamos um problema crônico de despejo de esgoto diretamente nos rios e afluentes, que consequentemente conduzem essa poluição diretamente para nossa baía e ao mar.

Mas tais medidas não cabem apenas as instituições e parcerias signatárias do compromisso, mas de cada um de nós brasileiros e fluminenses diretamente, pois é preciso que cada uma assuma sua parcela de responsabilidade nesta luta pela preservação e despoluição de nossas águas. Todos podemos e devemos assumir nosso papel como condutor das mudanças, primeiramente abandonando a velha postura de se colocar na platéia e assumir a posição de protagonista, como fez a pequena Mariana, que já foi apresentada aqui no GBN News por sua iniciativa que contou com o apoio de seus pais, juntos promovendo mutirão para limpeza da Praia de Pedrinhas no município de São Gonçalo, e cabe ressaltar que Marina tinha apenas CINCO anos de idade! Um verdadeiro exemplo para pessoas de todas as idades.

Não é preciso um grande esforço individual, basta que cada um de nós não joguemos mais lixo de qualquer especie nas ruas, rios e encostas, pois esse lixo vai parar em nossas praias e baías. Quando for a praia, aproveite o passeio e retire não apenas o lixo que você produziu, mas o que estiver ao seu redor e no caminho. Se cada um fizer sua parte, teremos uma sociedade mais consciente e ativa na defesa do seu maior tesouro. É hora de parar de olhar para os problemas de nosso país, estado, cidade e rua, achando que não são nossos, sim eles são seus problemas também! Todos temos nossa parcela de responsabilidade, agora cabe a você leitor decidir abandonar a mentalidade mesquinha e retrograda do "não é problema meu", ou " não fui eu que fiz", arregaçar as mangas e fazer a diferença.

Durante esse importante encontro, apesar da manhã chuvosa, navegamos rumo a Ilha de Paquetá, onde tivemos o prazer de conhecer um pouco mais sobre a biodiversidade de nossa Baía de Guanabara, o mangue do Recôncavo da Baía de Guanabara, o qual possui uma zona de preservação que chega aos 14 mil hectares, dos quais 4 mil são mangue, onde há décadas atrás esteve a beira de ser extinto pela extração de madeira para alimentar as olarias, mas que graças ao trabalho realizado pelo ICMBio ao longo de anos, levou a recuperação de uma vasta área que estava comprometida.

Nosso editor teve a oportunidade de entrevistar o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que nos concedeu uma Live em nossa plataforma no Facebook.

"A prioridade do Ministério é a agenda de qualidade ambiental urbana, e entre os temas da agenda esta cuidar do mar, tirar o lixo e realizar o saneamento, que foram de fato esquecidos até então e são de fundamental importância não só para preservação do meio ambiente, mais para a saúde e qualidade de vida das pessoas...", disse Ricardo Salles, que prosseguiu dizendo que o evento é um marco da parceria entre o Governo Federal, a Marinha do Brasil e a sociedade civil que se unem pelo bem de todos. 

Aproveitando a oportunidade, questionamos o ministro sobre qual sua visão sobre os desafios que o novo governo enfrenta diante de tantos problemas que tem se arrastado ao longo de décadas na pasta ambiental, tendo resultado em catástrofes como a de Mariana e Brumadinho, que resultaram não apenas em danos ambientais, mas na perda de brasileiros, vítimas do descaso e omissão do poder público brasileiro, questionando sobre a necessidade de uma postura mais enérgica e ativa do estado na fiscalização e prevenção destes acidentes, o combate a poluição e as medidas de conscientização e preservação ambiental.

"O tema Meio Ambiente, é extremamente importante em todas essas frentes, mas em todas elas se não tivermos eficiência, gestão, metas e metodologia que trate dos temas que demandam ser acompanhados, não teremos um bom resultado. Para além do mérito de todas as frentes, é preciso ter uma metodologia que seja voltada para alcançar resultados, só o discurso não resolve, tem que ter prática, e a prática passa por uma boa gestão de recursos", disse o ministro Ricardo Salles.

Dentre as autoridades que se mobilizaram para apoiar o programa de despoluição e preservação da Baía de Guanabara, contamos com o apoio do Deputado Federal Prof. Joziel, eleito pelo PSL-RJ, o representante fluminense em Brasília, nos concedeu entrevista, onde falou sobre a importância que tem tido hoje as questões ambientais, e como isso tem sido tratado em Brasília pelo Congresso Federal.

"Em Brasília a questão tem sido levada muito à sério, em virtude das respostas que a natureza tem dado à omissão as questões ambientais, que foi tratado sempre em segundo ou terceiro plano, mas estes alertas que temos tido da natureza, estão suscitando na visão legislativa como na população e um comportamento diferenciado, pois temos que entender que não dá para andar em dissonância com a natureza. Isso passa pela ação do cidadão, pela educação ambiental e sobretudo pela legislação já existente no país, bem como os dispositivos necessários para que funcione, essa é uma pauta de grande importância nesse governo que se inicia", disse Joziel.

"Brumadinho nos alertou sobre a importância de termos mais rigor na fiscalização e cumprimento delas, bem como os licenciamentos ambientais, é preciso ter mais rigor quanto aos processos e fiscalização, principalmente de mineradoras e industrial que trabalham com material que apresentam alto risco de contaminação e poluição do meio ambiente, esse cenário de tragédias que vivenciamos, com certeza irá resultar em mudanças profundas nos processos e rigor no cumprimento das leis e regras, mudando essa imagem negativa que infelizmente conquistamos no cenário internacional com duas grandes tragédias envolvendo barragens em curto espaço de tempo, e um contra senso, pois o Brasil foi sede da Rio 92 e o Rio +20, sendo palco principal das discussões ambientais na esfera global", respondeu Joziel complementando. 

Na chegada à Paquetá, foi realizada a cerimonia de assinatura da Carta de Compromisso, da qual o GBN News figura como a primeira mídia signatária, mostrando nossa posição clara e séria com relação ao compromisso que assumimos enquanto veículo de informação e produção de conteúdo, servindo de exemplo as demais mídias, para que as mesmas possam se unir a nós nesta causa e disseminar o debate e a informação, contribuindo para criação de uma mentalidade mais responsável por parte de nosso público e assim contribuindo para educação ambiental não apenas no âmbito fluminense, mas no Brasil e todos os países que acompanham nosso trabalho. A Marinha do Brasil é um dos grandes parceiros deste programa de despoluição da Baía de Guanabara, tendo papel fundamental em apoiar a fiscalização e atividades que estão dentre suas atribuições constitucionais, apesar de possuir um vasto vácuo jurídico no que tange ao seu papel na repressão de atividades que fogem de sua atribuição como entidade fiscalizadora, algo que deveria ser revisto no congresso e senado, conferindo maior liberdade de ação e repressão de atividades que degradam nosso meio ambiente.

Após desembarcarmos na bela Ilha de Paquetá, seguimos para outro cais, onde mesmo sob uma fina garoa, embarcamos em lanchas e flexboat para conhecer de perto o mangue e o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo ICMBio. Onde nos surpreendeu o fato de boa parte da Baía de Guanabara estar sofrendo com assoreamento, o que dificulta o deslocamento de embarcações e também representa um grande problema a fauna deste importante bioma. Simplesmente fantástico, o mangue é de uma beleza ímpar, e o contato direto com essa realidade nos leva a pensar sobre nosso papel enquanto cidadão e brasileiro. É um grande desafio fiscalizar aquela região e os rios que escoam ali ainda mantendo viva a nossa Baía, ressaltando que estes últimos cinco rios "vivos", representam o maior volume de água despejado na Guanabara, sendo ainda água limpa, ajudando a renovar as águas e nos dando esperança de conseguirmos reverter décadas de omissão e descaso que estão levando a quase extinção da população local de Botos Cinza, onde o número de indivíduos da especie caiu de mais de 800 na década de 80, para menos de 100 animais nos dias de hoje, assim como várias outras especies.

O mangue cobre uma vasta área, e através de seu "labirinto" chegamos a base da ICMBio em Guapimirim, onde assistimos uma apresentação sobre o trabalho e desafios enfrentados na preservação desta reserva e encerramos nossa missão, sendo a única mídia especializada presente e participante do evento.

Em breve traremos mais artigos tratando desse tema que faz parte do tema correlato à geopolítica e defesa, apresentando a participação da Marinha do Brasil que tem realizado um trabalho ímpar.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

F-35 está fora da disputa na Alemanha

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O Ministério da Defesa da Alemanha descartou oficialmente o F-35 como uma opção para substituir sua envelhecida frota de Tornado.

Um funcionário do ministério confirmou que o F-35 não é um dos finalistas da competição, que busca um substituto para a frota de 90 aeronaves. A notícia foi relatada pela primeira vez pelo site alemão AugenGeradeaus.

O movimento não é de todo surpreendente. Berlim há algum tempo tem favorecido oficialmente uma versão atualizada do Eurofighter Typhoon de quarta geração, construído pelo consórcio Airbus, Leonardo e BAE Systems, como o substituto do Tornado. O principal argumento é manter as empresas europeias envolvidas na construção de aeronaves de combate e, talvez mais importante ainda, evitar o incômodo momento franco-alemão na cooperação em matéria de armamentos.

No entanto, a decisão deixa em aberto a questão da certificação de armas nucleares. O Typhoon não é certificado para transportar as bombas nucleares fabricadas nos Estados Unidos, que a Alemanha, como parte de sua postura estratégica, deve ser capaz de carregar suas aeronaves.

Com a eliminação do F-35, a competição fica entre o Europeu Typhoon é o norte americano F/A-18E/F Super Hornet da Boeing.

Antes que o MD alemão confirmasse que o F-35 estava oficialmente fora da disputa, a Reuters informou na quinta-feira (7) que o ministério estava considerando dividir a compra entre o Typhoon e o F-35 ou Super Hornet.

A encomenda do Typhoon e de uma aeronave americana facilitaria o prosseguimento da missão nuclear da OTAN, ao mesmo tempo em que apoiaria a base industrial europeia. No entanto, isso poderia complicar a logística, adicionando mais despesas e forçando a Força Aérea Alemã a manter duas cadeias de suprimentos.

Vale a pena notar que apesar das reclamações sobre o custo de manter o envelhecido Tornados voando, manter um certo número deles sempre esteve sob consideração, sendo uma proposta dolorosa, mas não impossível, entre alguns especialistas em defesa. Esse é especialmente o caso da missão nuclear.

"Não precisa ser um substituto com capacidade nuclear para o Tornado", disse Karl-Heinz Kamp, presidente do instituto de pesquisa Federal Academy for Security PolicyEle observou que qualquer governo alemão é extremamente avesso à publicidade em torno dos possíveis bombardeiros atômicos de Berlim.

"É por isso que eles continuarão voando os Tornados, apesar do preço e apesar de terem perguntado sobre uma certificação nuclear do Eurofighter em Washington", previu Kamp na época.

Autoridades de defesa alemãs na noite de quinta-feira (7) enfatizaram que nenhuma decisão foi tomada além de reduzir a disputa entre o F/A-18 e o Eurofighter Typhoon. O Ministério da Defesa solicitará informações adicionais dos respectivos fabricantes, Boeing e Airbus, sobre as questões de operações, viabilidade econômica e cronograma, disseram as autoridades.

A decisão da Alemanha parece ter sido uma surpresa para a Lockheed Martin, fabricante de F-35, que não foi informada pelo ministério do anúncio iminente.

"Nós não fomos oficialmente notificados de uma decisão sobre o futuro caça da Alemanha", disse o porta-voz da Lockheed, Mike Friedman. “O F-35 oferece valor inigualável como a aeronave com melhor capacidade de vida útil e menor custo, enquanto oferece as melhores oportunidades econômicas e industriais de longo prazo em comparação a qualquer caça no mercado. Como a base da próxima geração aérea da OTAN, o F-35 é a aeronave mais avançada do mundo atualmente, e inclui capacidades de ataque eletrônico muito além de qualquer aeronave especializada de quarta geração ”.

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 com agências
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