terça-feira, 15 de julho de 2025

Capacitação nos EUA marca avanço na introdução do UH-60M Black Hawk no Exército Brasileiro

0 comentários

Capacitação reforça modernização da Aviação do Exército Brasileiro e prepara instrutores para nova frota de aeronaves

O Major Costa Mendes, piloto da Aviação do Exército, concluiu recentemente um intenso programa de qualificação nos Estados Unidos para operar a aeronave UH-60M Black Hawk, considerada a versão mais moderna do consagrado helicóptero multimissão. Durante sete meses, o oficial participou dos cursos Aircraft Qualification Course - Transition (AQC-T) e Instructor Pilot Course (IPC), ambos voltados para pilotos militares que operarão o modelo UH-60M.

O curso AQC-T tem como objetivo habilitar o piloto a voar o Black Hawk na sua versão mais avançada, capacitando-o tecnicamente para as missões previstas com o novo vetor. Já o IPC vai além: testa os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos e prepara o oficial para atuar como instrutor. O treinamento inclui simulações de manobras de emergência, táticas operacionais com uso de Óculos de Visão Noturna (OVN) e procedimentos sob Regras de Voo por Instrumento (IFR – Instrument Flight Rules), realizados em voos reais e sob condições variadas.

A qualificação do Major Costa Mendes faz parte de um processo estratégico do Exército Brasileiro para expandir suas capacidades operacionais. A instituição está em fase de aquisição de 12 helicópteros UH-60M Black Hawk, que irão ampliar significativamente o poder de mobilidade e resposta das tropas, especialmente em operações aeromóveis, transporte de tropas, evacuação médica e apoio logístico.

Segundo o Comando de Aviação do Exército (CAvEx), a formação de pilotos-instrutores como o Major Costa Mendes é essencial para disseminar o conhecimento sobre o novo modelo entre os demais militares da força. “A atualização dos nossos pilotos não apenas amplia os horizontes de atuação, mas também aperfeiçoa os procedimentos e capacidades de toda a Aviação do Exército”, destacou.

Com a introdução do UH-60M, o Exército Brasileiro dá mais um passo importante em direção à modernização de sua frota aérea, investindo em tecnologia, interoperabilidade e qualificação profissional para atender com excelência às exigências das missões do século XXI.


GBN Defense - A informação começa aqui

com Exército Brasileiro


Continue Lendo...

5ª Brigada de Cavalaria Blindada realiza exercício para certificação como Força de Prontidão

0 comentários

Com o objetivo de garantir sua certificação como Força de Prontidão (FORPRON), a 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda C Bld) está realizando, entre os dias 30 de junho e 18 de julho, um grande exercício militar no município de Ponta Grossa, no Paraná. A atividade reúne mais de 1.240 militares, 110 viaturas blindadas e 108 não blindadas, em uma das maiores ações de adestramento do Comando Militar do Sul em 2025.

Participam do exercício 12 organizações militares da Brigada, distribuídas pelas guarnições de Ponta Grossa, Curitiba, Castro, Rio Negro (todas no PR) e Porto União (SC). A operação também conta com a presença da 1ª Companhia Anticarro da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, de Osasco (SP), equipada com os modernos mísseis Spike LR2, de quinta geração, capazes de engajar alvos com precisão superior a 5 km.

Simulação realista com tecnologia de ponta

O exercício simula situações de combate com alto grau de realismo, utilizando dispositivos eletrônicos de simulação que registram, em tempo real, disparos, impactos e “baixas” no campo de batalha. Trata-se de um adestramento em nível de unidade, envolvendo uma Força-Tarefa Blindada completa, além de diversos módulos de apoio ao combate e apoio logístico.

A atividade é acompanhada por Observadores e Controladores do Adestramento (OCA) de diferentes organizações subordinadas à 5ª Divisão de Exército, responsáveis por monitorar e avaliar o desempenho da tropa.

Avaliação sob responsabilidade do Centro de Adestramento Sul

O exercício conta com o suporte do Centro de Adestramento Sul (CA-Sul), sediado em Santa Maria (RS), unidade subordinada ao Comando Militar do Sul e vinculada ao Comando de Operações Terrestres (COTER) e ao Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx).

Especializado em simulações construtivas, vivas e virtuais, o CA-Sul é uma referência no preparo das tropas mecanizadas e blindadas do Exército Brasileiro. A missão do centro é avaliar, de forma técnica e pedagógica, o nível de prontidão das unidades designadas como FORPRON, assegurando que estejam aptas para atuar em curto prazo em missões reais.

Força de Prontidão: pronta para agir a qualquer momento

As Forças de Prontidão (FORPRON) representam a elite do Exército Brasileiro, composta por unidades de pronto-emprego capazes de atuar rapidamente em situações de crise, apoio à população, combate convencional ou ações conjuntas com outras Forças. Para obter essa certificação, a 5ª Brigada precisa demonstrar elevado grau de operacionalidade, mobilidade, disciplina e interoperabilidade.

Com esse exercício, a 5ª Brigada de Cavalaria Blindada reafirma seu preparo e importância estratégica no contexto da defesa nacional, mostrando-se pronta para cumprir qualquer missão atribuída pelo Comando do Exército.


GBN Defense - A informação começa aqui

com Exército Brasileiro.


Continue Lendo...

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Análise: Nova Ofensiva Russa em Larga Escala na Ucrânia - Estratégia, Desafios e o Cenário Internacional

0 comentários

A Rússia se prepara para uma ofensiva de grande escala na Ucrânia, que promete ser decisiva na tentativa de consolidar o controle sobre territórios ainda não ocupados e sobretudo, isolar a Ucrânia do Mar Negro. Com Odessa como alvo estratégico, o Kremlin busca uma vitória que reverbere politicamente, diante das crescentes pressões internas e do desgaste que a guerra tem imposto às suas forças.

Por trás desse movimento militar está um complexo jogo de fatores que combinam limitações logísticas, desgaste das tropas, capacidade tecnológica e a influência do apoio externo, em especial, de aliados como o Irã e a Coreia do Norte, cuja relação com Moscou mostra nuances que refletem diretamente no curso da guerra.

Objetivos da ofensiva: além do campo de batalha, a disputa geopolítica

O plano russo é claro e ambicioso. Consolidar uma "zona tampão" mais profunda, ampliando o controle nas regiões de Sumy, Kharkiv e Dnipropetrovsk, e tomar Odessa para cortar o acesso marítimo ucraniano são metas que buscam garantir vantagem territorial e estratégica antes da chegada do outono europeu.

Essa ofensiva visa não apenas ganhos militares, mas também pressionar politicamente a Ucrânia e seus apoiadores, criando condições para uma negociação favorável a Moscou. Controlar o Mar Negro significa restringir economicamente a Ucrânia, afetando sua capacidade de exportação e importação, um golpe direto à resistência do país.

Desafios em campo: logística, forças e supremacia aérea

Por mais planejada que seja, a ofensiva enfrenta obstáculos severos:

  • A infraestrutura das regiões-alvo é precária, e as chuvas do outono prometem transformar estradas em atoleiros, dificultando o deslocamento de blindados e equipamentos essenciais para o avanço rápido.

  • O desgaste das tropas é uma realidade. A substituição de soldados experientes por guardas de fronteira e até por contingentes norte-coreanos revela a dificuldade russa em manter um efetivo qualificado e numeroso para operações complexas.

  • No ar, a Rússia não garante o domínio absoluto do espaço aéreo. A incapacidade de isolar completamente a retaguarda ucraniana através de operações aéreas limita a ofensiva terrestre e aumenta a vulnerabilidade dos seus avanços.

  • A Ucrânia tem investido pesado em guerra eletrônica e no uso de drones, elevando sua capacidade de reconhecimento e dificultando as operações russas. Essa resistência tecnológica e tática impõe um custo elevado ao esforço invasor.

Apoio externo: o peso do Irã e da Coreia do Norte

No tabuleiro internacional, Moscou conta com o apoio de aliados que reforçam sua capacidade, mas que também enfrentam suas próprias limitações.

A Coreia do Norte tem contribuído com munição, armamentos e possivelmente com soldados, ajudando a suprir as lacunas do exército russo, mas seu impacto permanece mais simbólico do que estrutural.

Já o Irã, parceiro histórico, mantém fornecimento de drones e munições, mas a relação tem se mostrado mais complexa. Após as sucessivas falhas dos sistemas russos S-300 na defesa iraniana contra ataques israelenses, Teerã buscou na China uma alternativa tecnológica mais confiável. Essa aproximação sinaliza um desgaste na confiança do Irã na indústria de defesa russa e potencialmente, uma limitação futura do suporte iraniano a Moscou.

Este fato transcende o campo de batalha ucraniano e indica uma mudança no eixo das parcerias militares globais, com a China ganhando protagonismo no Oriente Médio e diminuindo a influência russa.

Implicações para a ofensiva e para o futuro da guerra

Com esses elementos em jogo, a ofensiva russa é uma jogada de risco e urgência. Moscou precisa demonstrar força e obter vitórias rápidas, mas suas limitações internas e a dinâmica de apoio externo impõem restrições importantes.

A resistência ucraniana, sustentada por tecnologias e treinamento ocidentais, segue firme, e a guerra eletrônica, a mobilidade e o conhecimento do terreno favorecem a defesa. Ao mesmo tempo, o desgaste da indústria de defesa russa, evidenciado no Oriente Médio, repercute diretamente na capacidade de Moscou para manter operações ofensivas eficazes e de longo prazo.

A aproximação do Irã com a China, o apoio limitado da Coreia do Norte e a dificuldade em manter a superioridade aérea indicam que a Rússia enfrenta um momento delicado, em que ganhos territoriais e políticos são essenciais, mas difíceis.

A ofensiva russa na Ucrânia é o próximo capítulo de um conflito que extrapola as fronteiras da Europa. É uma tentativa desesperada de garantir espaço e poder num cenário cada vez mais adverso, marcado pela resistência ucraniana e pelo desgaste das capacidades militares russas.

O sucesso dessa ofensiva dependerá não só da capacidade militar em campo, mas também da habilidade do Kremlin em manter suas alianças e contornar limitações técnicas e logísticas. O papel do Irã, agora mais alinhado à China, e o apoio da Coreia do Norte indicam que a Rússia caminha numa trilha cada vez mais solitária, pressionada por um cenário internacional que exige respostas rápidas e eficazes, sob pena de perder influência e controle em uma região estratégica para seu futuro.


Por Angelo Nicolaci


GBN Defense - A informação começa aqui


Continue Lendo...

Rússia prepara nova ofensiva de grande escala na Ucrânia

0 comentários

O Kremlin pode estar prestes a abrir uma nova fase do conflito na Ucrânia. De acordo com informações divulgadas pelo jornal alemão Bild, com base em postagens de blogueiros militares russos com fontes dentro das Forças Armadas, generais teriam sugerido ao presidente Vladimir Putin o lançamento de uma grande ofensiva ainda neste verão europeu. O plano, segundo essas fontes, envolve uma série de ataques coordenados em várias frentes, com o objetivo de ampliar a zona de controle russo até as fronteiras administrativas das regiões reivindicadas e impedir que a Ucrânia mantenha qualquer saída para o Mar Negro.

A operação incluiria ações militares nas regiões de Sumy, Kharkiv e Dnipropetrovsk, que até então não estavam entre os territórios formalmente reclamados pela Rússia, e teria como principal alvo a cidade portuária de Odessa, cuja captura representaria um golpe logístico e simbólico para Kiev.

Plano de ofensiva envolve redesenho estratégico e reforço com tropas estrangeiras

Segundo o blogueiro Maxim Kalashnikov, o Estado-Maior russo teria elaborado uma proposta para avançar sobre essas áreas antes do início das chuvas de outono, que historicamente dificultam operações móveis no leste europeu. O plano contemplaria também a substituição de tropas regulares por guardas de fronteira, criando uma reserva estratégica que poderia ser utilizada na ofensiva e abrindo espaço para a inserção de tropas estrangeiras, entre elas militares norte-coreanos.

Eles propõem que guardas de fronteira sejam designados para a operação, o que substituiria os soldados norte-coreanos”, afirmou Kalashnikov.

De acordo com as fontes citadas, o próprio Putin teria sido informado diretamente sobre a proposta pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas.

Ainda segundo Kalashnikov, o plano prevê uma zona-tampão militar nas regiões que serviriam como corredor de penetração para o avanço russo, enquanto operações aéreas simultâneas seriam realizadas para tentar paralisar a retaguarda das forças ucranianas. No entanto, ele demonstra ceticismo quanto à eficácia da estratégia.

Nossa superioridade numérica não resolve o problema. Não colocamos nossas forças em ordem, portanto, não podemos garantir o isolamento das zonas de combate”, escreveu o analista.

Odessa: o principal objetivo estratégico

A tentativa de capturar Odessa, embora arriscada, representa uma oportunidade estratégica de longo alcance para o Kremlin. Trata-se de um dos principais portos ucranianos, essencial para o escoamento de grãos e produtos industriais. Sua perda não apenas prejudicaria severamente a economia ucraniana, como também transformaria a Ucrânia em um país sem acesso direto ao mar, enfraquecendo sua posição geopolítica no Mar Negro e nas futuras negociações de paz.

Além disso, o controle de Odessa permitiria à Rússia estabelecer uma ligação terrestre contínua entre a Crimeia, o Dombass e o sul da Ucrânia, consolidando sua presença na costa e abrindo possibilidades logísticas para o envio de suprimentos e tropas.

Aliança com a Coreia do Norte se consolida com envio de armas e combatentes

O plano de ofensiva ganha novo peso diante da aproximação entre Moscou e Pyongyang. O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, visitou recentemente a Coreia do Norte e foi recebido por Kim Jong-un, que declarou apoio incondicional à Rússia na guerra contra a Ucrânia.

Segundo Lavrov, o regime norte-coreano tem fornecido munições, mísseis, armamentos diversos e até milhares de soldados, que já teriam sido empregados em combates na região russa de Kursk, próximo à fronteira com a Ucrânia.

Essa colaboração, embora sem reconhecimento oficial por parte da Rússia ou da Coreia do Norte nos fóruns internacionais, acirra tensões globais e sinaliza o surgimento de um eixo militar entre potências revisionistas, incluindo ainda o Irã e, em parte, a China.

Putin teria confirmado ofensiva a Trump

As informações divulgadas pelos blogueiros russos são reforçadas por uma reportagem do site norte-americano Axios, segundo o qual Putin teria informado ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que lançaria uma grande ofensiva nos próximos 60 dias. A conversa teria ocorrido recentemente e, conforme apurado, levou Trump a endurecer seu discurso contra Moscou, inclusive durante reuniões com líderes europeus.

Putin mencionou que nos próximos 60 dias retomará os esforços para ocupar territórios até as fronteiras administrativas das regiões ucranianas onde a Rússia tem uma posição estratégica”, afirma a matéria.

O próprio Trump teria dito ao presidente francês Emmanuel Macron: Ele quer tomar tudo”.

Análise do GBN: o conflito na Ucrânia em 2025 e as perspectivas para o segundo semestre

Cenário militar: estagnação tática e tentativa de mudança russa

Desde o segundo semestre de 2023, o conflito entrou em uma fase de estagnação militar, com ofensivas localizadas, desgaste contínuo de equipamentos e recursos, e altas taxas de baixas para ambos os lados. A Ucrânia enfrenta dificuldades para manter seu ritmo de defesa sem os volumes de ajuda militar que recebia anteriormente, enquanto a Rússia busca formas de recuperar a iniciativa operacional sem comprometer a estabilidade política interna.

A nova ofensiva seria uma tentativa do Kremlin de quebrar esse impasse, especialmente antes das eleições presidenciais russas de 2026.

Capacidade russa: superioridade em números, não em qualidade

Apesar de contar com maior volume de tropas, indústria bélica ativa e apoio externo, a Rússia ainda sofre com problemas logísticos, comando fragmentado e ausência de supremacia aérea. O fracasso em suprimir a defesa aérea ucraniana nas ofensivas anteriores limitou os ganhos territoriais.

Sem avanços aéreos consistentes, uma nova ofensiva terrestre corre o risco de repetir o padrão dos anos anteriores: ganhos iniciais, seguidos de contra-ataques e elevado custo humano.

A Ucrânia: dependência do Ocidente e risco de isolamento no sul

A Ucrânia permanece resiliente, mas cada vez mais dependente de ajuda militar e financeira dos EUA, União Europeia e aliados da OTAN. O envio de sistemas como Patriot, NASAMS, HIMARS, Leopard 2 e F-16 ajudou a equilibrar o campo de batalha, mas a escassez de munições e a dificuldade de reposição de tropas treinadas comprometem sua capacidade de manter linhas de frente extensas.

Se perder Odessa, a Ucrânia pode ver seu acesso ao comércio internacional drasticamente reduzido, obrigando-se a depender de rotas terrestres via Polônia e Romênia.

A aliança Rússia-Coreia do Norte e riscos de escalada

A entrada da Coreia do Norte como parceira militar ativa da Rússia representa um marco perigoso. O envio de tropas e armamentos para um teatro de guerra europeu pode ser interpretado por países como Japão, Coreia do Sul e EUA como um desafio direto à estabilidade da Ásia e da ordem internacional.

Além disso, essa aliança fortalece o chamado “eixo antiocidental”, ao lado de Irã e, em menor grau, China, consolidando um bloco de resistência às sanções e ao modelo liberal de segurança internacional promovido pelo Ocidente.

A possível nova ofensiva russa representa mais do que uma operação militar: é uma tentativa estratégica de reverter a maré da guerra, consolidar ganhos territoriais e aumentar o poder de barganha do Kremlin em um futuro processo de paz. O envolvimento da Coreia do Norte adiciona uma dimensão internacional alarmante ao conflito, que pode afetar não apenas a Europa, mas também o equilíbrio de poder na Ásia.

Com a janela de ação se fechando antes do outono, as próximas semanas serão decisivas para o rumo da guerra, e para o futuro da ordem Global.


GBN Defense - A informação começa aqui

com agências de notícias




Continue Lendo...

Brasil promove sua Base Industrial de Defesa na F-AIR Colômbia 2025

0 comentários

O Ministério da Defesa do Brasil, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), marca presença na Feria Internacional Aeronáutica y Espacial (F-AIR) 2025, realizada entre os dias 9 e 13 de julho, na cidade de Rionegro, na Colômbia. O objetivo da participação é claro: promover os produtos da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira e ampliar sua inserção no competitivo mercado internacional de defesa e aeroespacial.

A F-AIR é um dos eventos mais relevantes do setor na América Latina, reunindo cerca de 170 expositores de empresas nacionais e internacionais, que apresentam o que há de mais moderno em tecnologias, equipamentos e serviços voltados à aviação civil e militar. Durante o evento, a Seprod acompanha de perto atividades voltadas ao desenvolvimento científico e tecnológico, além de negociações envolvendo importantes produtos de defesa brasileiros, como o avião de transporte KC-390 Millennium, os helicópteros H-125 e H-145, a embarcação NPa-200, os caças Gripen E/F, e sistemas de radares desenvolvidos com tecnologia nacional.

Segundo o General de Divisão Helder de Freitas Braga, diretor do Departamento de Promoção Comercial (Depcom) do Ministério da Defesa, a F-AIR é uma plataforma estratégica para fortalecer vínculos comerciais. “É muito importante porque a gente pode visitar outras indústrias e ver a viabilidade de futuros negócios”, ressaltou o oficial.

Além da feira de negócios, a F-AIR também encanta o público com shows aéreos, exposições de aeronaves, drones e sistemas anti-drones. A expectativa da organização é de que o evento receba cerca de 50 mil visitantes ao longo dos cinco dias.

A participação brasileira na feira faz parte de uma política mais ampla do Ministério da Defesa de apoiar a BID, fortalecendo sua competitividade internacional, atraindo investidores e consolidando a imagem do Brasil como fornecedor confiável e inovador de produtos de defesa. A presença na F-AIR reforça, ainda, a diplomacia de defesa e os laços estratégicos entre Brasil e Colômbia, ampliando oportunidades para acordos bilaterais e cooperação tecnológica.


GBN Defense - A informação começa aqui

com Ministério da Defesa

Continue Lendo...

ADTECH recebe visita do Diretor-Geral do DCTA e reforça compromisso com a inovação nacional

1 comentários

Na última terça-feira, 8 de julho, a ADTECH teve a honra de receber o Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert, Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A visita reforça a importância da aproximação entre a indústria nacional de defesa e os centros de desenvolvimento tecnológico do Brasil. 

Durante a visita, o Tenente-Brigadeiro Neubert conheceu de perto o portfólio de soluções da ADTECH, com destaque para as tecnologias de aeronaves remotamente pilotadas HARPIA. Foram apresentadas as capacidades de inovação e desenvolvimento da empresa, que atua com foco na entrega de soluções 100% nacionais, pensadas para atender aos desafios operacionais das Forças Armadas e de instituições estratégicas. 

O encontro também marcou o fortalecimento do diálogo entre a empresa e a Força Aérea Brasileira (FAB), especialmente no contexto recente do programa de transferência de tecnologia, que abre novas perspectivas para parcerias e projetos conjuntos. 

A ADTECH, sediada em São José dos Campos (SP), cidade que também abriga o DCTA e um dos principais polos de inovação aeroespacial do país, reafirma com esta aproximação, seu compromisso em contribuir ativamente para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e no desenvolvimento de soluções de alto valor agregado, com tecnologia genuinamente nacional. 

A visita do Tenente-Brigadeiro Neubert não apenas valoriza o trabalho desenvolvido pela ADTECH, mas também sinaliza a importância de manter o alinhamento entre a indústria e as instituições de defesa, ampliando o ecossistema de inovação no setor aeroespacial e de defesa. 

Portfólio Completo para Segurança e Defesa 

A ADTECH é uma empresa 100% brasileira, reconhecida pelo Ministério da Defesa como Empresa de Defesa (ED). Especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para defesa, segurança pública, defesa territorial e inspeções patrimoniais, a ADTECH investe em inovação, integração de sistemas autônomos e alta performance, consolidando-se como referência no setor. 

O portfólio da ADTECH inclui soluções integradas para o setor de Defesa e Segurança: 

  • SARP HARPIA 
  • Sistemas de monitoramento de sinais de rádio Interceptação de sinais celulares 
  • Soluções anti-drone (C-UAS) 
  • Radares ativos 
  • Projetos de microssatélites para sensoriamento remoto e comunicação estratégica 

A combinação dessas tecnologias fortalece a capacidade nacional de proteção territorial, inteligência e vigilância.  


GBN Defense - A informação começa aqui

Continue Lendo...

domingo, 13 de julho de 2025

Reino Unido e França aprofundam cooperação em defesa com protagonismo da MBDA

0 comentários

Durante a 37ª Cúpula Franco-Britânica, realizada recentemente, o Reino Unido e a França reafirmaram seu compromisso com a integração estratégica em defesa ao firmarem a Declaração Lancaster House 2.0, que moderniza e amplia os acordos de cooperação militar estabelecidos entre os dois países. O encontro, copresidido pelo presidente francês Emmanuel Macron e pelo primeiro-ministro britânico Sir Keir Starmer, marcou o início de uma nova fase de colaboração no desenvolvimento de sistemas avançados de armamentos, com forte protagonismo da MBDA, principal grupo europeu de mísseis.

Durante a visita oficial, o Secretário de Defesa britânico, John Healey, e o Ministro das Forças Armadas da França, Sébastien Lecornu, estiveram nas instalações da MBDA em Stevenage, na Inglaterra. Lá, foram apresentados aos principais projetos conjuntos em curso, entre eles o ambicioso Future Cruise/Anti-Ship Weapon (FC/ASW), atualmente em desenvolvimento e que envolve mais de 750 engenheiros dos dois países. O FC/ASW promete ser uma nova geração de mísseis de cruzeiro de longo alcance, voltada a missões antiacesso/negação de área (A2/AD) e contra alvos de alto valor estratégico (HVAA), ampliando a capacidade de resposta e a dissuasão militar da Europa.

Além disso, os ministros acompanharam de perto o ambiente de simulação e desenvolvimento digital utilizado pela MBDA para o projeto do sucessor do míssil Meteor, outro destaque da cooperação bilateral. Equipado com um motor ramjet, o Meteor revolucionou o combate aéreo além do alcance visual e é atualmente utilizado por aeronaves como o Eurofighter, o Rafale e o Gripen E/F. Com a nova fase de estudos, os dois países buscam manter a liderança tecnológica em mísseis ar-ar de próxima geração, com foco na integração de sensores modernos e maior resistência a contramedidas eletrônicas.

A visita incluiu também uma passagem pela linha de montagem dos mísseis Storm Shadow/SCALP, que têm sido decisivos em operações recentes, como no conflito na Ucrânia. O Reino Unido e a França anunciaram a aquisição de novos lotes desses mísseis, o que impulsionará a capacidade de produção da MBDA e gerará centenas de empregos qualificados, tanto na empresa quanto em sua cadeia de suprimentos.

Como parte do novo arranjo institucional, foi criado um Escritório Conjunto de Portfólio de Armas Complexas, vinculado à Organização Conjunta de Cooperação em Armamento (OCCAR). Este órgão será responsável por coordenar os projetos conjuntos, reduzir a duplicação de esforços e identificar futuras áreas de colaboração em sistemas de defesa complexos. Inicialmente, a coordenação se concentrará no Storm Shadow, mas já estão em pauta novas iniciativas, incluindo sistemas de defesa aérea integrada e antimísseis (IAMD), com potencial para englobar o uso de mísseis CAMM, CAMM-ER e o SAMP/T NG, baseados na bem-sucedida família ASTER.

A MBDA, por sua vez, celebrou o reforço da parceria como um marco que reafirma sua estrutura multinacional como um modelo eficiente de cooperação europeia em defesa. Com presença industrial e tecnológica no Reino Unido, França, Itália e Alemanha, a empresa destaca-se como a única fora dos Estados Unidos capaz de oferecer uma linha completa de sistemas de mísseis para forças aéreas, terrestres e navais, uma vantagem estratégica cada vez mais valorizada num cenário geopolítico em constante transformação.

A Declaração Lancaster House 2.0 simboliza, portanto, não apenas o fortalecimento das relações entre Londres e Paris, mas também um avanço significativo rumo a uma Europa mais autônoma, preparada e tecnologicamente soberana em matéria de defesa.


GBN Defense - A informação começa aqui

Continue Lendo...

Gripen avança na América do Sul com protagonismo brasileiro - Colômbia e Peru seguem os passos do Brasil

0 comentários

A América do Sul vive um momento de renovação em sua aviação de combate, e no centro dessa transformação está o caça Gripen E/F, desenvolvido pela sueca Saab com forte participação da indústria de defesa brasileira. A decisão da Colômbia de adquirir o Gripen para substituir seus vetustos Kfir israelenses marca um novo capítulo para a aeronave na região, consolidando o Gripen como uma das escolhas mais atrativas para forças aéreas que buscam tecnologia de ponta, baixos custos operacionais e autonomia estratégica.

Colômbia escolhe o Gripen e se aproxima do Brasil

O anúncio feito pelo governo colombiano prevê a chegada do primeiro exemplar do Gripen em 14 a 18 meses, como parte do plano de modernização da Força Aérea Colombiana (FAC). Segundo o ministro da Defesa da Colômbia, Iván Velásquez, a aquisição garante uma "capacidade de superioridade" com modernos sistemas de armas e representa um passo rumo à independência tecnológica do país.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, também enfatizou a importância de reduzir a dependência externa em assuntos de defesa. A mensagem, vista como uma crítica indireta à tradicional influência dos EUA, veio acompanhada de um gesto diplomático: a FAC visitou o Brasil para conhecer de perto o programa Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB), buscando absorver experiências e boas práticas.


Brasil: primeiro operador do Gripen E/F no mundo

O Brasil foi o primeiro país a optar pelo Gripen E/F, uma decisão estratégica iniciada em 2014 com o contrato assinado entre o governo brasileiro e a Saab. Desde então, a Força Aérea Brasileira tem desempenhado papel de liderança regional, tanto na operação quanto no desenvolvimento do caça.

Hoje, o Brasil já opera dez caças F-39E Gripen e mantém uma linha de montagem final em Gavião Peixoto (SP), sob responsabilidade da Embraer. O primeiro caça completamente montado em solo brasileiro está em fase final de produção, demonstrando a maturidade da parceria tecnológica entre o Brasil e a Suécia.

Durante a F-AIR Colômbia 2025, dois exemplares do F-39E da FAB voaram ao lado de um cargueiro KC-390, representando o país em um dos maiores eventos aeronáuticos da América Latina e reafirmando a presença do Gripen como vetor de dissuasão e cooperação regional.

“O F-39E Gripen é reconhecido por sua eficiência, baixo custo operacional e alta disponibilidade. Equipado com tecnologia de ponta e capaz de realizar missões de defesa aérea, ataque ao solo e reconhecimento, esta aeronave representa um avanço operacional significativo para a Força Aérea Brasileira”, destacou a FAB em nota.

Peru também sinaliza interesse

No Peru, os sinais também são claros. A presidente Dina Boluarte recebeu em Lima o presidente do conselho da Saab, Marcus Wallenberg, e deve se reunir com o ministro da Defesa sueco, Pål Jonson, nos próximos dias. A imprensa local indica que o país deve adquirir 24 exemplares do Gripen, seguindo os passos de Brasil e da Colômbia.

Embora não haja confirmação oficial, fontes ligadas ao Ministério da Defesa peruano indicam que a decisão já foi tomada, em substituição à antiga frota de Mirage 2000. A opção sueca venceu propostas concorrentes como o F-16 Block 70 dos EUA e o Dassault Rafale da França, com destaque para os diferenciais do Gripen: transferência de tecnologia, financiamento competitivo e operação de baixo custo.

Por que o Gripen ganha espaço na América do Sul

Apesar de não ter ainda sido testado em combate real, o Gripen E/F é uma plataforma moderna, com capacidades comprovadas em testes e simulações. Equipado com radar AESA, suíte avançada de guerra eletrônica, datalink tático e sensores de última geração, o caça é projetado para operar em ambientes desafiadores com alta taxa de disponibilidade e manutenibilidade simplificada.

Além disso, sua filosofia de integração multinacional e parcerias industriais tem sido um diferencial importante para países que, como o Brasil, desejam não apenas comprar, mas desenvolver capacidades em defesa.

Um futuro comum e integrado na aviação de combate sul-americana

A crescente adesão ao Gripen E/F na América do Sul aponta para um futuro mais integrado no campo da defesa aérea regional. Com Brasil, Colômbia e possivelmente o Peru como operadores da mesma plataforma, aumentam as possibilidades de cooperação logística, intercâmbio operacional e desenvolvimento conjunto de capacidades, elementos fundamentais para o fortalecimento da segurança hemisférica.

Neste contexto, o Brasil assume um papel estratégico, não apenas como cliente do Gripen, mas como polo tecnológico, logístico e político da Saab na América Latina. O sucesso do programa no país serve de exemplo para outros governos, que buscam modernizar suas forças sem abrir mão da autonomia nacional.


GBN Defense – A informação começa aqui


Continue Lendo...

Exército Brasileiro adota míssil anticarro MAX 1.2 AC desenvolvido pela SIATT

0 comentários

O Exército Brasileiro oficializou, por meio de portaria publicada pelo Estado-Maior do Exército, a adoção do Míssil Superfície-Superfície MAX 1.2 AC como armamento de dotação da Força Terrestre. A decisão representa um avanço significativo rumo à autonomia em sistemas de armas de alta tecnologia, fruto de um projeto nacional desenvolvido pela brasileira SIATT.

A medida é resultado da 2ª Reunião Decisória do projeto, concluída em 26 de março de 2025, e segue as diretrizes do ciclo de vida de sistemas militares, com a adoção formal autorizada pelo Chefe do Estado-Maior do Exército. O Comando de Operações Terrestres (COTER), o Comando Logístico (COLOG) e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) já foram designados para conduzir as etapas de incorporação, distribuição e operação do sistema.

Um sistema nacional de alta precisão

O MSS MAX 1.2 AC é um sistema de mísseis anticarro portátil, guiado por laser beam rider (comando semi-automático via linha de visada), projetado para atuação em diversos cenários de combate terrestre. Sua concepção modular permite tanto o emprego por tropas a pé quanto sua instalação em plataformas blindadas, como viaturas M113BR, EE-9 Cascavel e futuras viaturas nacionais.

Principais características técnicas:

  • Alcance: mínimo de 200 metros e máximo superior a 3 km

  • Velocidade: 240 m/s

  • Cabeça de guerra: carga oca com 2,2 kg de explosivo, capaz de perfurar mais de 700 mm de blindagem RHA

  • Guiagem: comando semi-automático por feixe laser (laser beam rider)

  • Espoleta: por impacto

  • Propulsão: sólido, dois estágios, baixa emissão de fumaça

  • Óptica: com magnificação de 7x e compatibilidade com sistemas térmicos

  • Resistência: operação em condições climáticas adversas e imune a interferências eletrônicas (jamming)

Com essas capacidades, o MAX 1.2 AC se posiciona como uma solução eficaz contra blindados modernos e fortificações, sendo altamente preciso mesmo contra alvos móveis. Sua operação é simples e intuitiva, exigindo pouco treinamento, e o sistema pode ser operado por apenas dois militares, o que garante flexibilidade tática.

SIATT: tecnologia de ponta desenvolvida no Brasil

A SIATT, empresa brasileira responsável pelo projeto, tem se destacado como um dos pilares da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) do Brasil. Com ampla experiência em mísseis, guiagem, controle e integração de sistemas complexos, a empresa já participa de programas estratégicos como o míssil antinavio MANSUP da Marinha do Brasil.

O desenvolvimento do MAX 1.2 AC é um reflexo direto da capacidade da indústria nacional de entregar soluções modernas, seguras e eficazes, promovendo soberania tecnológica e reduzindo a dependência de armamentos estrangeiros.


Integração à Força Terrestre

A partir da adoção oficial, o Exército iniciará uma nova fase no projeto, com foco na capacitação de operadores, testes operacionais avançados e definição de doutrina de emprego. O sistema será incorporado progressivamente em unidades de infantaria e cavalaria mecanizada, e deverá reforçar a capacidade de resposta do Exército Brasileiro em contextos de guerra convencional e cenários assimétricos.

Com o MAX 1.2 AC, o Brasil passa a contar com um sistema anticarro nacional à altura dos desafios modernos, combinando autonomia estratégica, economia de recursos, geração de empregos qualificados e potencial para exportação a países aliados.


GBN Defense – A informação começa aqui

com Exército Brasileiro

imagens GBN Defense


Continue Lendo...

REMAX 4 da ARES é padronizada pelo Exército Brasileiro

0 comentários

O Exército Brasileiro deu um passo significativo rumo à consolidação de sua capacidade de combate moderno com a padronização oficial do Sistema de Armas Remotamente Controlado (SARC) REMAX 4, desenvolvido pela brasileira Ares Aeroespacial e Defesa. A decisão foi formalizada por meio de portaria assinada pelo Comandante do Exército, autorizando o uso geral do sistema em toda a Força Terrestre, enquanto o equipamento permanecer integrado à estrutura de apoio logístico do EB.

A medida reforça o processo de modernização da Força, alinhado aos eixos estratégicos do Exército Brasileiro que envolvem a atualização de meios, a valorização da indústria de defesa nacional e o aprimoramento doutrinário. Mais do que apenas um avanço técnico, a adoção plena do REMAX 4 representa a evolução do conceito de combate mecanizado e da capacidade de resposta em ambientes operacionais diversos.

Da padronização à doutrina: REMAX 4 em experimentação no M113BR

A importância do sistema foi ainda ampliada com a publicação de uma nova diretriz do Comando de Operações Terrestres (COTER), que autoriza e estrutura oficialmente a Experimentação Doutrinária do SARC REMAX 4 embarcado na Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113BR.

Essa experimentação doutrinária tem como objetivo avaliar o comportamento do sistema em uma nova plataforma, que embora tradicional, foi amplamente modernizada para manter sua relevância no campo de batalha. O M113BR, viatura consagrada da infantaria mecanizada brasileira, vem passando por atualizações estruturais e eletrônicas, e agora poderá receber o que há de mais moderno em armamento remoto.

Com essa decisão, o Exército busca analisar taticamente como o REMAX 4 opera em um veículo sobre lagartas, diferente das plataformas 4x4 como o VBMT-LSR Guaicurus, onde o sistema já se encontra em operação plena. A experimentação irá levantar dados técnicos e operacionais, contribuindo com a doutrina, os treinamentos e os protocolos de uso tático em diversas situações de combate, desde patrulhamento urbano até ações em ambientes hostis e de alta letalidade.

REMAX 4: tecnologia de ponta com DNA brasileiro

O REMAX é um sistema estabilizado de armas remotamente operadas, controlado a partir do interior da viatura, e que permite o uso seguro e preciso de metralhadoras calibre 7,62 mm ou .50 (12,7 mm). A versão REMAX 4, atualmente em processo de incorporação mais amplo, se destaca por trazer melhorias em sensores, estabilidade, integração com sistemas de comando e controle (C²), além de operação diurna e noturna com elevada acurácia.

Produzido pela Ares, empresa brasileira e subsidiária da multinacional Elbit Systems, o REMAX é um dos exemplos mais bem-sucedidos de desenvolvimento tecnológico e fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID). Sua produção local representa ganhos não apenas operacionais, mas também estratégicos, promovendo autonomia tecnológica e segurança logística para o Exército Brasileiro.

Entre suas principais características técnicas, destacam-se:

  • Câmeras diurnas/noturnas e térmicas de alta resolução;

  • Telêmetro a laser;

  • Estabilização em dois eixos;

  • Capacidade de disparo com o veículo em movimento;

  • Interface de operação ergonômica e segura para o atirador;

  • Registro de dados e apoio à consciência situacional.


Caminho para a interoperabilidade e padronização logística

A adoção definitiva do REMAX 4 e a ampliação de sua integração com veículos como o M113BR seguem uma lógica operacional clara: maximizar a eficiência, padronizar a logística e ampliar a interoperabilidade entre diferentes viaturas blindadas do Exército Brasileiro. Ao adotar um único sistema de armas remoto em múltiplas plataformas, a Força reduz custos operacionais, simplifica treinamentos e facilita o apoio técnico e logístico em campo.

Além do M113BR e do Guaicurus, o REMAX já é empregado no projeto Guarani, sendo uma das principais soluções de combate do programa de modernização da força blindada brasileira. Isso posiciona o sistema como pilar tecnológico essencial na estrutura de defesa terrestre nacional, seja para ações convencionais, operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), missões de paz ou cenários de combate simétrico.

A importância da doutrina na transformação da força

Com a diretriz aprovada pelo COTER, a doutrina militar passa a ser adaptada à nova realidade tecnológica, algo fundamental para que a modernização de meios não ocorra de forma isolada. As experiências operacionais obtidas com a instalação do REMAX 4 no M113BR irão gerar dados que contribuirão para a atualização de manuais, instruções de emprego tático, estruturação de cursos, e possivelmente, novos requisitos para sistemas futuros.

A experimentação, prevista nas normas que regem a elaboração de publicações padronizadas do Exército, é parte essencial do ciclo de transformação que se dá do campo de provas ao campo de batalha real. O processo reforça o profissionalismo da tropa e a cultura organizacional da inovação dentro da Força Terrestre.

Um passo adiante na modernização e na soberania

A padronização e a experimentação do REMAX 4 representam a continuidade de um esforço institucional por um Exército mais moderno, letal, protegido e eficaz. Em tempos de cenários estratégicos complexos e mudanças tecnológicas aceleradas, a adoção de soluções como o REMAX fortalece a capacidade dissuasória do Brasil, ao mesmo tempo que promove a indústria nacional e a independência operacional. A iniciativa demonstra, mais uma vez, o compromisso do Exército Brasileiro com a modernização inteligente e com o preparo para os desafios do presente e do futuro.


GBN Defense – A informação começa aqui

com Exército Brasileiro

Continue Lendo...

Rússia pode dar adeus ao seu único navio-aeródromo - O fim da era do "Admiral Kuznetsov"?

0 comentários


Após mais de sete anos de reformas e incidentes, o futuro do navio-aeródromo Admiral Kuznetsov, único navio do tipo em operação na Marinha Russa, tornou-se incerto. Os trabalhos de modernização foram oficialmente suspensos por tempo indeterminado, e fontes do alto escalão militar russo já discutem abertamente a possibilidade de aposentadoria definitiva do emblemático navio-aeródromo. Para muitos analistas, trata-se do epílogo de uma era, e talvez de uma mudança irreversível na doutrina naval da Rússia.

Uma trajetória marcada por problemas

Admiral Kuznetsov foi comissionado em 1991, ainda sob a bandeira da União Soviética. Considerado um "cruzador pesado porta-aviões", o navio foi concebido para operar caças embarcados, como os Su-33, além de mísseis de cruzeiro, numa tentativa de equilibrar poder aéreo e capacidade ofensiva de longo alcance. Ao longo de sua carreira, participou de missões no Mar Mediterrâneo e no Atlântico, com destaque para a campanha síria em 2016, quando conduziu operações de combate real.

No entanto, a partir de 2017, o navio foi retirado de operação para passar por uma ampla modernização no Estaleiro nº 35, em Murmansk. O objetivo era atualizar sistemas de combate, propulsão e estrutura, prolongando sua vida útil até pelo menos 2030. Mas desde então, o que se seguiu foi uma série de incidentes e atrasos: em 2018, a doca flutuante PD-50, onde o navio estava atracado, afundou repentinamente, danificando sua estrutura. Um guindaste caiu sobre o convés do porta-aviões. Em 2019, um incêndio de grandes proporções atingiu o compartimento de máquinas, matando dois militares e ferindo outros 14. E em 2022, novo foco de incêndio foi registrado.

No último mês, em junho de 2025, a situação se agravou. Segundo o jornal Izvestia, os trabalhos foram suspensos por tempo indeterminado e uma decisão sobre o destino final do navio será tomada entre o Comando da Marinha e a Corporação Unida de Construção Naval. A publicação fala, inclusive, em descarte do navio por considerá-lo “moral e fisicamente obsoleto”.

Um colosso fora do tempo

De fato, há um consenso crescente entre os estrategistas navais russos de que o Kuznetsov representa uma doutrina ultrapassada. Em entrevista recente, o almirante Sergei Avakyants, ex-comandante da Frota do Pacífico, declarou que “porta-aviões são armas caras e ineficazes, facilmente neutralizadas por sistemas modernos de mísseis hipersônicos e drones de longo alcance.” Para ele, os recursos da Marinha deveriam ser realocados para submarinos, sistemas de guerra eletrônica e embarcações mais ágeis.

As críticas não são infundadas. O Admiral Kuznetsov sempre operou com limitações: sua propulsão a vapor e óleo combustível é arcaica, a capacidade aérea é limitada (apenas cerca de 15 aeronaves operacionais) e a ausência de catapultas compromete o desempenho dos caças embarcados, que precisam de decolagens assistidas por rampa (ski-jump). Além disso, o navio tem sido alvo de piadas na OTAN por sempre navegar acompanhado de um rebocador, reflexo de sua confiabilidade questionável.

Corrupção e desafios logísticos

O prolongamento dos trabalhos de modernização, associado aos altos custos (estimados em mais de 1,5 bilhão de dólares), levanta suspeitas de má gestão e corrupção. Analistas apontam que parte do orçamento pode ter sido desviado, e a falta de fiscalização contribuiu para o abandono gradual do projeto. A doca PD-50 nunca foi recuperada, limitando severamente as possibilidades de grandes intervenções na estrutura do navio.

Em março de 2024, o FSB revelou ter frustrado um plano de sabotagem contra o navio. Segundo informações oficiais, agentes ucranianos tentaram recrutar um marinheiro por redes sociais para realizar um ataque a bordo. Embora o ataque tenha sido evitado, o episódio expôs a fragilidade da segurança interna do programa.


O que esperar do futuro?

A possível retirada de serviço do Admiral Kuznetsov deixa a Rússia sem qualquer meio de projeção aérea embarcada. Em contraste, potências como Estados Unidos, China, França e até Índia e Türkiye avançam com a construção de novos navios-aeródromo, muitos deles com propulsão nuclear e plataformas adaptadas para operar aeronaves de 5ª geração e drones.

Ainda que setores do Ministério da Defesa defendam o desenvolvimento de um novo porta-aviões russo, a realidade orçamentária imposta pela guerra na Ucrânia torna improvável o lançamento de um projeto dessa magnitude no curto prazo. A prioridade atual do Kremlin está centrada em manter a capacidade de dissuasão nuclear, apoiar as forças terrestres em operações prolongadas e expandir sua frota de submarinos.

O provável fim do Admiral Kuznetsov representa não apenas o encerramento de um capítulo da história naval da Rússia, mas também o reconhecimento de que a era dos grandes porta-aviões pode estar chegando ao fim para países que enfrentam limitações financeiras e operacionais. Para Moscou, a aposta agora parece recair sobre armas assimétricas, como mísseis hipersônicos, guerra eletrônica e meios não tripulados, tecnologias mais alinhadas ao cenário contemporâneo de combate.

Projeto 23000 - "Storm"

Ainda assim, o fim do Kuznetsov deixa um vazio simbólico. Por décadas, o navio foi um dos principais instrumentos de prestígio e projeção de poder do Kremlin. Seu abandono definitivo marca uma virada estratégica e talvez ideológica nas ambições navais da Rússia.


Por Angelo Nicolaci


GBN Defense – A informação começa aqui 

Continue Lendo...

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Exército Brasileiro apresenta o balanço da megaoperação de segurança da Cúpula do BRICS 2025

0 comentários

As Forças Armadas concluíram com êxito a Operação Redentor, que garantiu a segurança durante a Reunião de Ministros das Finanças e a Cúpula de Líderes do BRICS 2025, realizadas no Rio de Janeiro entre os dias 4 e 7 de julho. Os eventos reuniram chefes de Estado, delegações estrangeiras e autoridades nacionais, exigindo um dos maiores esquemas de segurança do país nos últimos anos.

Coordenada pelo Ministério da Defesa, a operação foi conduzida pelo Comando Operacional Conjunto Redentor (C Op Cj Redentor), estrutura que reuniu Exército, Marinha e Força Aérea em ações integradas de defesa e segurança. As atividades envolveram patrulhamento terrestre e aéreo, proteção de infraestruturas críticas, defesa cibernética, escoltas e controle de acessos, além de ações contra ameaças aéreas e operações especializadas em Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN).

Ao todo, cerca de 21 mil militares foram mobilizados, sendo 17 mil do Exército, além de 2 mil da Marinha e 2 mil da Força Aérea. O efetivo foi distribuído em pontos estratégicos da cidade, com foco nas zonas sul e oeste, atuando para preservar a segurança tanto das autoridades quanto da população local.

Entre os meios empregados na operação, destacam-se o uso de veículos blindados, helicópteros, radares, navios, embarcações, viaturas e motocicletas. Também foram ativados sistemas antiaéreos, equipamentos antidrone e recursos de guerra eletrônica. Durante a operação, aviões de caça mantiveram-se em alerta, sob coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).

Os números da operação refletem sua magnitude:

  • 17 mil militares empregados em ações terrestres;

  • 60 blindados e 500 viaturas em operação;

  • 147 motocicletas, seis helicópteros e três radares mobilizados;

  • Mais de 50 mil quilômetros de vias urbanas patrulhadas;

  • Cerca de 300 varreduras DQBRN realizadas;

  • Mais de 80 atividades de escolta;

  • Proteção de 60 infraestruturas consideradas estratégicas;

  • Estabelecimento de mais de 100 pontos de controle;

  • Interceptação e neutralização de 10 drones por meio de interferência eletromagnética;

  • Patrulhamento naval com mais de 1.800 milhas náuticas navegadas e 430 embarcações inspecionadas.

As atividades foram realizadas de forma integrada com órgãos de segurança pública e agências de defesa, evidenciando o nível de coordenação entre as Forças Armadas e demais instituições envolvidas na operação.

O Comando Militar do Leste, responsável pela condução local das ações, destacou o alto nível de preparo e a capacidade de resposta demonstrada pelas tropas, que atuaram de maneira eficiente para garantir a segurança durante o evento. A operação reforçou a capacidade nacional de conduzir eventos internacionais de grande porte, assegurando proteção ampla e eficiente às autoridades e à sociedade.



GBN Defense - A informação começa aqui

com Exército Brasileiro

Continue Lendo...

COP Internacional 2025: O maior congresso latino-americano de operações policiais volta a São Paulo com foco em inovação e integração

0 comentários

De 23 a 25 de outubro de 2025, o São Paulo Expo será palco da 5ª edição do Congresso de Operações Policiais, COP Internacional, considerado o principal evento latino-americano dedicado à segurança pública e às atividades policiais. O evento tem como missão estreitar a relação entre a sociedade civil, as forças de segurança, o setor político e o sistema de justiça do Brasil, promovendo um ambiente de informação, inovação e negócios.

A edição 2025 do COP Internacional terá como tema central “Inteligência Artificial e Drones Policiais”, refletindo as rápidas transformações tecnológicas que estão redefinindo as operações de segurança em todo o mundo. A expectativa é que o congresso se consolide como o epicentro de debates estratégicos, troca de conhecimento e apresentação de soluções tecnológicas que moldarão o futuro da segurança pública.

Com mais de 80 expositores nacionais e internacionais confirmados, o evento reunirá empresas líderes no segmento, como CBC, Taurus, Springfield Armory, Condor, Axon, Glock, Benelli, Hyterra, Tait Communications, e muitas outras. Esses expositores apresentarão inovações em equipamentos, sistemas e tecnologias voltadas para segurança e defesa, atraindo a atenção de agentes públicos, autoridades e da sociedade em geral.

Além da exposição, o COP Internacional 2025 contará com uma agenda robusta de palestras e painéis conduzidos por importantes especialistas do setor. Entre os temas previstos estão o crescimento dos conflitos entre facções criminosas no Brasil, as estratégias de enfrentamento adotadas pelas forças policiais, operações aéreas em segurança pública, a atuação dos grupos táticos nas polícias judiciárias e a gestão dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Nomes de destaque já confirmaram presença para compartilhar suas experiências e visões, incluindo Guilherme Derrite, Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Artur Dian, Delegado-Geral da Polícia Civil de São Paulo, Dra. Camila Pintarelli, Diretora de Gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública, além de autoridades e líderes das polícias militares e civis de diferentes estados.

O evento também será ponto de encontro para mais de 15 delegações de órgãos estratégicos, como a Câmara Técnica de Inteligência de Segurança Pública, a Secretaria Nacional de Políticas Penais, o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública e o Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polícias Militares, entre outros. Esses grupos realizarão encontros para debater políticas, operações e modernização das forças policiais brasileiras.

João Sansone, idealizador e organizador do COP Internacional, destaca a relevância do congresso: “Estamos preparando um evento com muita inovação, buscando superar o recorde da última edição, que contou com mais de 12 mil participantes e gerou mais de R$100 milhões em negócios efetivados”. O congresso é aberto ao público maior de 18 anos, com inscrições gratuitas para membros da segurança pública, e promete movimentar o setor durante os três dias.

Patrocinado por grandes empresas do segmento de segurança e defesa, como Springfield Armory, Taurus, CBC, Condor e Linkmesh Technology, o COP Internacional 2025 reafirma seu papel como o maior evento do gênero na América Latina, impulsionando a integração entre tecnologia, operações policiais e a sociedade civil.

Para participar, as inscrições já estão abertas no site oficial do evento: https://cop.international/.


GBN Defense - A informação começa aqui

Continue Lendo...
 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger