quarta-feira, 29 de setembro de 2021

PILOTOS ALEMÃES SERÃO TREINADOS NA ITÁLIA COM A FORÇA AÉREA ITALIANA E A LEONARDO

0 comentários


Dois pilotos da Força Aérea Alemã estão começando a Fase IV de seu treinamento de voo na aeronave T-346A, na Itália. Os pilotos irão se juntar aos do Catar, que já estão no estágio final do Treinamento Avançado de Introdução para Piloto de Caça na escola italiana.

A International Flight Training School (IFTS) segue recebendo novos estudantes. Dois pilotos da Força Aérea Alemã iniciaram recentemente a fase avançada de seus treinamentos, conhecida como Fase IV ou Treinamento para Piloto de Caça, na 61ª Base Aérea da Força Aérea Italiana, em Lecce Galatina, no Sul da Itália. Isso é em concordância com um acordo firmado entre o General do Esquadrão Aéreo Alberto Rosso, Chefe do Estado- Maior da Força Aérea Italiana, e o Maj. Gen. Klement, Comandante das Unidades de Voo da Força Aérea Alemã.

O treinamento oferecido aos pilotos alemães segue as atividades realizadas pelos pilotos da Força Aérea do Catar que já haviam iniciado no IFTS em junho. Estes últimos concluíram os módulos de treinamento por simulassão tanto no Partial Task Trainer (PTT), quanto no Full Mission Simulator (FMS) - dois dos simuladores ultra-tecnológicos integrados ao sistema de treinamento baseado na aeronave T-346A. Os pilotos já iniciaram o treinamento de instrução em vôo. O acordo entre as Forças Aéreas Italiana e Alemã para serviços de treinamento de vôo avançado prevê a possibilidade de estender a colaboração para a Fase III no futuro, o que leva o cadete à qualificação de piloto militar.

O IFTS é o resultado de uma colaboração estratégica entre a Força Aérea Italiana e a Leonardo, que visa o estabelecimento de um centro de treinamento de voo avançado, uma referência internacional para o treinamento de pilotos militares, particularmente na Fase IV, que corresponde ao Treinamento Avançado de Introdução para Piloto de Caça. Isso inclui também uma parceria industrial entre Leonardo e a CAE para a manutenção e suporte da frota de aeronaves e simuladores. O IFTS é um exemplo de colaboração e sinergia para o país, capaz de atender à crescente demanda dos países parceiros pela formação de seus pilotos. Este projeto reúne duas excelências nacionais: a expertise e a tradição da Força Aérea Italiana e as capacidades de Leonardo no setor de treinamento.

A decisão da Força Aérea do Catar e agora da Força Aérea Alemã de enviar seus pilotos para treinar na Itália no IFTS demonstra o reconhecimento do sistema de treinamento italiano e atesta o potencial deste ambicioso projeto internacional.

Um novo campus mais amplo da IFTS está em construção na Base Aérea de Decimomannu, na Sardenha, uma academia de voo com capacidade para hospedar alunos e equipe técnica, além de acomodações, áreas de lazer, refeitório e instalações esportivas. Sua infraestrutura garantirá a operação da frota de 22 aeronaves M-346 (designadas como T-346A pela Força Aérea Italiana). Todo um edifício abrigará o Ground Based Training System (GBTS), com salas de aula e a instalação de um moderno sistema de treinamento, que se baseia em dispositivos de simulação de última geração.

Continue Lendo...

domingo, 26 de setembro de 2021

Atuação das Forças Armadas é em prol da sociedade, reforça Ministro da Defesa

0 comentários


Com a agenda repleta de compromissos no Rio Grande do Sul, o Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, foi recebido, na quarta-feira (22), no Comando Militar do Sul, pelo Comandante da 6ª Divisão do Exército, General de Divisão Rollemberg Ferreira da Cunha, representando o Comandante Militar do Sul, General de Exército Valério Stumpf Trindade. No mesmo dia, o Ministro e a comitiva prestigiaram ações prioritárias para a Pasta da Defesa e as Forças Armadas na capital gaúcha.

Entre os compromissos, o titular da Pasta e sua comitiva acompanharam o trabalho da Engenharia do Exército nas obras de duplicação da BR-116, entre os municípios de Guaíba e Tapes. Foram vistoriados os trabalhos de terraplanagem nas proximidades de Barra do Ribeiro, local a 45 km da capital dos gaúchos. Com o envolvimento de cerca de 300 militares do 1º Batalhão Ferroviário, sediado em Lages (SC), que trabalham dia e noite, a expectativa é a entrega de 10 km até o fim deste ano, somando-se a outros 25 km já concluídos, do total de 50,8 km que cabem aos militares construírem.

O Ministro Braga Netto comentou ter ficado impressionado com o trabalho de terraplanagem que está sendo feito pelos militares. “Isso nos ajuda a manter a tropa de engenharia adestrada, capacitada e a realizar um trabalho em prol da sociedade civil nesta obra, que faz parte de projeto do Ministério da Infraestrutura”, destacou o Ministro.


Da estrada, seguiram para a sede da empresa AEL Sistemas. Essa empresa integra a Base Industrial de Defesa (BID) no Estado, juntamente com outras 12 companhias gaúchas. No mercado desde 1982, a AEL atua em soluções de alta tecnologia com foco nos segmentos de sistemas para aviões, drones, guerra eletrônica e comunicações táticas, entre outros. No portfólio da empresa está, por exemplo, o desenvolvimento de display panorâmico do avião de caça F-39 Gripen.

Ao fim da visita, o Ministro disse estar impactado com o que viu e que o seu papel é contribuir “para facilitar a atuação da indústria de defesa com a retirada de entraves”. Ainda, falou da importância do emprego dual dos produtos de Defesa “que possam ser empregados tanto pelas Forças Armadas quanto para fins civis”.


Antes dos compromissos na estrada e na empresa de produtos de Defesa, o grupo esteve no Museu Militar do Comando Militar do Sul, localizado no preservado Centro Histórico de Porto Alegre, na mesma região onde ficam os quartéis. O Museu, que foi reinaugurado em julho deste ano, conta com 6 mil itens que levam a um passeio pela história do Exército Brasileiro. De lá, participaram de solenidade no 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, onde o Ministro Braga Netto teve o primeiro contato com a tropa do Comando Militar do Sul, como Ministro da Defesa.

Na quinta-feira (23), o Ministro e a comitiva seguiram para acompanhar execução de tiro de diversas viaturas, armas e equipamentos e de sistemas de simulação no Campo de Instrução de Santa Maria, organização militar localizada em município com o mesmo nome, a quase 300 quilômetros da capital gaúcha.


Por Margareth Lourenço

Fotos: divulgação/Comando Militar do Sul

Fonte: Ministério da Defesa


Continue Lendo...

sábado, 25 de setembro de 2021

Ares apresenta morteiro SPEAR ao COTER

0 comentários


A Ares esteve em Brasília na semana passada, onde apresentou ao Comando de Operações Terrestres (COTER) do Exército Brasileiro o morteiro de recuo atenuado SPEAR –que montado sobre uma viatura fornece as forças terrestres maior mobilidade, letalidade e precisão uma vez que se enquadra em uma ampla gama de cenários operacionais. 

A apresentação contou com a participação do representante pelos sistemas de Morteiros da Elbit Systems Land, uma das empresas líderes mundiais no fornecimento de sistemas de Defesa, da qual a Ares faz parte desde 2010.

A comitiva da Ares foi recebida pelo Chefe do Centro de Doutrina do Exército, General de Divisão Sérgio Luiz Tratz, e representantes do Departamento de Ciências e Tecnologia (DCT), Diretoria de Material (DMAT), Escritório de Projetos do Exército (EPEx) e Estado Maior do Exército (EME). 

O COTER tem como missão orientar e coordenar o preparo e o emprego da Força Terrestre, em conformidade com as políticas e diretrizes estratégicas do Exército e do Estado-Maior do Exército.

O objetivo da visita ao COTER foi apresentar a Ares e suas capacidades instaladas no Brasil, os programas e projetos que a empresa tem participado em parceria com o Exército Brasileiro, as características e vantagens do SPEAR, e os “cases” de transferência de tecnologia e incrementado índice de nacionalização nos seus projetos.

A empresa evidenciou ainda as vantagens na aquisição de um sistema provado em combate em outros exércitos, que acumula mais de 1000 (hum mil) sistemas em uso em outros exércitos, com o apoio de uma empresa subsidiária sediada no Brasil, e a possibilidade de replicar o modelo de Suporte Logístico do REMAX que é reconhecido como um modelo sucesso e vem garantindo altos índices de disponibilidade do equipamento na Tropa. 

A Ares enfatizou ainda que o grupo tem vasta experiência em programas que contemplam transferência de tecnologia e no caso da munição para morteiros de 120 mm, está apta a transferir conhecimento de fabricação para as granadas de morteiro, e identifica a IMBEL como uma possível parceira nessa área de atuação.

Atualmente, a Ares vem apoiando o Centro tecnológico do Exército (CTEx) e a IVECO nos estudos de integração do sistema na viatura VBC Mrt no âmbito do Programa Guarani.

A primeira versão do morteiro da família CARDOM foi apresentado no stand da Ares na edição de 2011 da feira de Defesa e Segurança LAAD. Em 2019 foi apresentada a versão mais moderna do sistema, contemplada coma solução para municiamento semi-automático, que reduz significativamente o desgaste dos militares no uso do sistema.

Em 2019 o Exército Brasileiro enviou uma comitiva liderada pelo comandante do Exército à época, o General de Exército Leal Pujol, que presenciou a demonstração dos Sistemas SPEAR e ATMOS em uso no deserto de Neguev. 

Hoje, a Ares como parceiro do Exército nos projetos estratégicos e membro integrante do grupo Elbit Systems, atua como principal canal de acesso entre o Exército Brasileiro e as tecnologias da divisão terrestre do grupo – Elbit Systems Land. Além do morteiro SPEAR apresentado nessa oportunidade, a Ares vem trabalhando na promoção da solução de artilharia propulsada do grupo, o sistema ATMOS.


GBN Defense - A informação começa aqui

Com informações da Rossi Comunicação

Continue Lendo...

Ministro da Defesa conhece capacidades e produtos estratégicos da AEL Sistemas

0 comentários


O Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, esteve na quarta-feira, dia 22, na AEL Sistemas, empresa brasileira dedicada ao desenvolvimento, fabricação, manutenção e gestão logística de sistemas eletrônicos para aplicações militares e aeroespaciais. Durante a visita, o Ministro teve a oportunidade de conhecer os diversos equipamentos desenvolvidos pela empresa, entre eles a mira tática Red Dot GUARÁ, que está sendo entregue ao Exército Brasileiro.

Nesta oportunidade, o Ministro Braga Netto recebeu uma unidade da mira GUARÁ. O Ministro também conheceu os laboratórios da AEL, onde são desenvolvidos e testados os produtos que fazem parte dos Programas Estratégicos das Forças Armadas, como é o caso do WAD (display panorâmico inteligente), e o display integrado ao capacete (HMD) que compõem o novo caça da FAB, o F-39 Gripen. Também foi possível conhecer o desenvolvimento e produção de alguns dos sistemas aviônicos destinados à nova aeronave KC-390 da FAB, onde a AEL é fornecedora de cinco diferentes sistemas.

Ao Ministro Braga Netto também foram apresentadas as ações sobre o desenvolvimento do Sistema Link-BR2, um sistema de Data Link tático para tráfego de informações em tempo real entre aeronaves e estações de solo.

Durante a visita, a AEL apresentou as Aeronaves Remotamente Tripuladas (ARPs) Hermes 450 e 900, nas quais a empresa é responsável pelo fornecimento e suporte logístico, que inclui o reparo de componentes, fornecimento de consumíveis e de peças de reposição, além da disposição, em tempo integral, de uma equipe de técnicos e engenheiros altamente qualificados atuando em conjunto ao Esquadrão Hórus (responsável pela operação do equipamento na Força Aérea Brasileira).

No que tange o Exército Brasileiro, foram apresentados os equipamentos eletro-ópticos utilizados pelo Programa SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), assim como o programa RDS-Defesa (Rádio Definido por Software), um projeto liderado pelo Centro Tecnológico do Exército – CTEx e de responsabilidade do Ministério da Defesa em que a AEL Sistemas atua como contratada principal em conjunto com seus parceiros Kryptus e CPQD. Outra solução apresentada ao Ministro foi o Sistema Torch-X Dismounted, que foi avaliado recentemente pelo Exército para emprego no projeto COBRA (Combatente Brasileiro).

Ao final da visita, o Ministro da Defesa destacou que escolheu visitar a AEL Sistemas porque “trata-se de uma empresa referência nacional e internacional no setor de Defesa”. Ele ainda comentou que seguirá empenhado em fomentar o setor de Defesa.

“Trabalhamos pensando no país, especialmente, nas três Forças Armadas e no Ministério da Defesa, que precisam de uma indústria forte”.

Durante o encerramento da visita, o Ministro Braga Netto, dirigiu algumas palavras ao time da AEL Sistemas, salientando a relevância da empresa no contexto de Defesa do Brasil, assim como a importância que ele enxerga na necessidade de desenvolvimento e retenção de talentos da indústria de Defesa nacional.


GBN Defense - A informação começa aqui

Com informações da AEL Sistemas

Continue Lendo...

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Rolls-Royce foi escolhida para substituir os motores do B-52

0 comentários

 
A USAF (Força Aérea dos EUA)concedeu à Rolls-Royce um contrato IDIQ (tempo e quantidade indeterminados) estimado de US$ 500 milhões ou mais com um período base de seis anos para substituir os motores dos bombardeiros B-52, de substituição com um prêmio total potencial superior a 2 bilhões de dólares e 608 motores, mais peças sobressalentes, se todas as opções forem exercidas.

O GBN falou deste programa: Aposentadoria? B-52H receberá novos motores e vai operar até 2050.

O Departamento da Força Aérea concedeu um contrato de $ 2.604.329.361 para a Rolls-Royce Corporation, Indianapolis, Indiana, para motores comerciais derivados militares B-52H Stratofortress.

O contrato de concessão única competitivo prevê 608 motores comerciais derivados militares, mais motores sobressalentes, equipamento de suporte associado e dados de engenharia comercial, incluindo atividades de sustentação, para serem usados ​​na frota de bombardeiros B-52H.

O motor Rolls-Royce F130 substituirá o TF33-PW-103, que alimenta o B-52 desde 1960, e está projetado para não ser mais suportável após 2030. O fabricante do equipamento original do B-52, Boeing, é responsável por integrar os motores na aeronave. A Força Aérea planeja finalizar as atividades de integração e entregar o primeiro lote de aeronaves B-52H modificadas até o final de 2028.

“O B-52 CERP (Commercial Engine Replacement Program, programa de substituição por motor comercial) é uma atualização complexa que não apenas atualiza a aeronave com novos motores, mas atualiza a cabine de comando, suportes e nacelas ”, disse o brigadeiro. Gen. John Newberry , oficial executivo do programa de bombardeiros da Força Aérea.

“Nossos esforços atuais de prototipagem digital virtual estão nos dando a oportunidade de integrar os motores e outras mudanças ao B-52 antes de fazer qualquer modificação física. Isso nos permitiu desenvolver a solução com melhor custo-benefício e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo entre o conceito e a produção ”.

O B-52H é um bombardeiro pesado de longo alcance que pode realizar ataques estratégicos, suporte aéreo aproximado, interdição aérea, contra-aviões ofensivos e operações marítimas. O bombardeiro é capaz de voar em altas velocidades subsônicas em altitudes de até 50.000 pés. Pode transportar ordenanças convencionais guiadas com precisão nuclear ou com capacidade de navegação de precisão mundial.

Espera-se que os novos motores dos B-52s permaneçam no B-52H até pelo menos 2050, aumentem a eficiência do combustível, aumentem o alcance, reduzam as emissões de hidrocarbonetos não queimados e reduzam significativamente os custos de manutenção.

“O Programa de Substituição do Motor Comercial B-52 é a atualização mais importante e abrangente para o B-52 em mais de meio século”, disse o General Jason Armagost , diretor de Planos Estratégicos, Programas e Requisitos do Quartel-General da Força Aérea Global Strike Comando , Base da Força Aérea Barksdale , Louisiana. “O B-52 é o carro-chefe da força de bombardeiros do país e essa modificação permitirá que o B-52 continue sua missão crítica convencional e de impasse até 2050.”

Os dois primeiros B-52s totalmente modificados têm previsão de entrega até o final de 2025 e serão submetidos a testes em solo e em vôo. O primeiro lote de B-52s operacionais com os novos motores está projetado para entregar até o final de 2028 com toda a frota modificada até 2035.

Continue Lendo...

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

50 anos do Lynx - Conheça a história do Lynx na Marinha do Brasil

0 comentários

 

Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense

Há 50 anos o primeiro protótipo do helicóptero Westland WG.13 alçava voo pela primeira vez, o protótipo XW835 decolou de Yeovil, no Condado de Somerset na Inglaterra, no dia 21 de março de 1971. O “Lynx” pintado na cor amarela iniciava ali a gênese de uma das mais fantásticas e icônicas aeronaves de asas rotativas, que até hoje continua evoluindo, mantendo suas garras bem afiadas, tornando-se os olhos e ouvidos dos navios de escolta em várias partes do mundo.

O audacioso programa de desenvolvimento buscava atender o nicho de mercado para helicópteros utilitários, com suas características e desempenho chamando a atenção do mercado militar, onde o projeto ganhou notoriedade e se tornou um marco da indústria aeronáutica militar britânica, dando origem a diversas variantes, destinadas a cumprir um grande leque de missões, seja em operações navais ou operações sobre terra, o “Lynx”  atuou em vários teatros de operações ao longo dos mais de 40 anos de serviço com exército britânico e a Royal Navy (Marinha Britânica), com seu batismo de fogo acontecendo aqui no Atlântico Sul, durante a Guerra das Malvinas/Falklands.

O “Lynx” detém ainda hoje o título de helicóptero mais rápido do mundo em sua categoria, sendo extremamente manobrável. A aeronave criada pela britânica Westland Helicopters, superou as expectativas e permanece ainda hoje em sua mais recente versão como uma aeronave naval letal, confiável e no “estado-da-Arte”.

Na Marinha do Brasil o “Lynx” se tornou um ícone inconteste há quase 43 anos, com sua história se fundindo a do esquadrão que foi criado exatamente para operá-lo, o 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (EsqdHA-1 “Lince”). 

O Lynx e o Brasil: Conhecendo sua história

A história do “Lynx” no Brasil surgiu no final dos anos sessenta, época em que a Marinha do Brasil passava por um período de renovação da esquadra, e elaborava os requisitos de projeto dos seus novos escoltas, o que resultou nas fragatas da Classe Niterói.

Há época, o “Lynx” estava em fase final de desenvolvimento, sendo parte de uma nova doutrina de emprego, com a Royal Navy começando a introduzir novos conceitos na aviação naval, onde o “Lynx” surgia como aeronave padrão do sistema de armas de seus novos navios de escolta. Dentro da nova doutrina, a aeronave passava a atuar como extensão do sistema de armas do navio, ampliando o alcance dos sensores e a oferecendo maior capacidade de esclarecimento e resposta dos escoltas frente as ameaças no teatro de operações ao qual operava. Este novo conceito em desenvolvimento chamou atenção do Comando da Marinha do Brasil, a qual possui grande similaridade no que diz respeito a doutrina de emprego do poder naval com a britânica Royal Navy.

Assim, uma das exigências colocadas entre os requisitos da nova classe de escoltas Brasileiras, era ter capacidade de operar com helicóptero de pequeno/médio porte que se integrasse ao sistema de armas do navio e que o mesmo tivesse hangar para operar com aeronave orgânica. Após um criterioso estudo, a Marinha do Brasil optou pela aquisição por construção de seis fragatas baseadas no projeto Vosper Mk.10, assinando o contrato com estaleiro Vosper Thornycroft em setembro de 1970, dando origem a Classe Niterói.

Primeiro voo do "Lynx"

Ainda no âmbito da aquisição das novas fragatas, os britânicos atentos as necessidades e requisitos brasileiros, ofertaram através da Westland o Westland WG.13 “Lynx” (Como era denominado o “Lynx” durante o desenvolvimento), como resposta aos requisitos brasileiros, sendo este um dos mais recentes desenvolvimentos de sua indústria.

O “Lynx” ainda nem havia realizado seu primeiro voo, mas as características e capacidades oferecidas pela aeronave despertaram o interesse brasileiro, levando a Marinha do Brasil a apostar no binômio Vosper MK.10/Westland WG.13 “Lynx” como resposta para o reaparelhamento da esquadra e a concepção de uma nova doutrina de emprego que garantiria capacidades inéditas, projetando o poder naval brasileiro a um nível nunca antes alcançado.

SAH-11 "Lynx", a primeira versão operada pela Marinha do Brasil

Juntamente com a definição do projeto que daria forma a classe Niterói, foram encomendados inicialmente nove aeronaves Westland WG-13 Lynx, que a época ainda não havia tido nem o primeiro protótipo construído, o qual só viria a tomar forma e realizar seu primeiro voo no ano seguinte.

Um dos fatores que contribuíram para definição do “Lynx” como aeronave orgânica das novas fragatas brasileiras, era o fato da mesma ter sido projetada exatamente para operar embarcadas em fragatas do projeto Vosper Mk.10 dentre outros projetos britânicos, o que dispensaria qualquer necessidade de adaptações ao projeto do navio para acomodar a nova aeronave, e principalmente a integração aos sistemas do navio. A Marinha do Brasil foi o primeiro cliente de exportação do Lynx, fato que coloca o Brasil como um importante protagonista nesses 50 anos do primeiro voo do Lynx.

A aquisição dos novos meios levou a necessidade de criar uma estrutura para atender o novo conceito de emprego do poder naval através das aeronaves embarcadas nas fragatas da Classe Niterói. Assim, em 15 de maio de 1978 foi criado o 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque Antissubmarino (denominação inicial do EsqdHA-1, a qual foi alterada em 1997 para 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque), que inicialmente estava ocupando as instalações do EsqdHS-1, enquanto as novas instalações do esquadrão, apelidada de “Toca dos Linces”, não ficava pronta. O esquadrão passou a receber os primeiros exemplares do Westland “Lynx” Mk.21 ainda no primeiro semestre daquele ano.

A variante adotada inicialmente pela Marinha do Brasil foi a Mk.21 “Sea Lynx”, denominados aqui como SAH-11 “Lynx”, sendo a versão de exportação que tinha como base a variante britânica HAS Mk.2. Esta variante era a inicial de produção para a Royal Navy (Marinha Real Britânica e a marinha francesa.


Os novos “Lynx” Mk.21 eram capazes de realizar missões de ataque  de superfície (ASuW), equipados com quatro mísseis “Sea Skua”, além da capacidade de guerra antissubmarino (ASW), contando para esta missão com dois torpedos e cargas de profundidade, neste perfil operando vetorados pelos sensores das fragatas.

O Esquadrão foi finalmente ativado em 17 de janeiro de 1979, neste período a esquadra já contava com três fragatas da Classe Niterói incorporadas, porém, ainda sem contar com elemento aéreo orgânico. O primeiro pouso de um “Lynx” a bordo de uma fragata classe Niterói, ocorreria apenas em 20 de março do ano seguinte, no convoo da fragata “Constituição” (F42).

Inicialmente o “Lynx” era operado exclusivamente pelas fragatas Classe “Niterói”, o que perdurou até o princípio da década de noventa, com a chegada das fragatas Type-22, a Classe “Greenhalgh”, o EsqdHA-1 “Lince” passou a operar também a bordo destas fragatas, ampliando o emprego dos “Lynx” a outros navios de escolta, incluindo os saudosos Contra-torpedeiros da Classe “Pará”, além operar a bordo das corvetas Classe “Inhaúma” e a corveta da Classe “Barroso”, representando um desafio superado, com o convoo destas classes sendo os menores no mundo homologados para operar aeronaves da classe do “Lynx”.


O SAH-11 “Lynx” da Marinha do Brasil, foi a primeira aeronave de asas rotativas a introduzir misseis ar-superfície na América Latina, com o míssil “Sea Skua” da MBDA representando uma nova era nas capacidades de combate aeronaval, conferindo uma solução ímpar de ataque às fragatas brasileiras. Como curiosidade, o batismo de fogo do “Lynx” ocorreu com os britânicos durante a Guerra das Malvinas/Falklands, com envio de 24 aeronaves Lynx HAS Mk2 da Royal Navy realizando inúmeras surtidas e ataques contra as forças argentinas, marcando também o primeiro emprego em combate dos mísseis “Sea Skua”, que fizeram naquele conflito suas primeiras vítimas.

O Super Lynx

A Marinha do Brasil nos anos 90 identificou a necessidade de ampliar as capacidades do EsqdHA-1, principalmente após a incorporação de novos navios de escolta, como as fragatas Type-22 adquiridas junto à Royal Navy, e a incorporação das novas corvetas da Classe Inhaúma, entregues entre 1989 e 1994. O aumento da força de superfície, somados as perdas sofridas pelos “Lynx” desde sua entrada em serviço, levaram a decisão de adquirir novos exemplares da aeronave em 1995, desta vez a nova variante denominada Agusta/Westland Mk.21A “Super Lynx”.

O “Super Lynx” era mais avançado que seu antecessor, trazendo importantes inovações, como os novos motores GEM-42 e o radar Seaspray 3000 com cobertura em 360° sob o nariz, dando novas capacidades ao EsqdHA-1, que entre 1992 e 1996 contava apenas com cinco aeronaves remanescentes da primeira variante operada pela MB (os cinco exemplares sob registro N-3021, N-3023, N-3025, N-3026 e N-3027).

Foto: Luiz Padilha

O primeiro AH-11A “Super Lynx”, sob registro N-4001 chegou ao Brasil em 9 de setembro de 1996, seguido pelo segundo lote de duas aeronaves (N-4002 e N-4003) em 27 de janeiro de 1997, o terceiro lote com outro par de aeronaves (N-4004 e N-4005) foi recebido em 26 de fevereiro de 1997, as aeronaves N-4006 e N-4007 foram entregues em 21 de julho de 1997 e os dois últimos exemplares, N-4008 e N-4009 chegaram a Macega no dia 11 de agosto de 1997. Posteriormente, os cinco AH-11 “Lynx” remanescentes foram modernizados, sendo elevados ao padrão AH-11A “Super Lynx”, com EsqdHA-1 passando a contar então com 14 aeronaves do tipo em seu inventário.

Como todo sistema de armas, a plataforma do “Super Lynx” brasileiro (Mk.21A) não parou no tempo, introduzindo diversos melhoramentos ao longo de seu ciclo operacional. Entre essas melhorias implementadas aos AH-11A brasileiros, em março de 2003 foram adquiridos e instalados kits de tanques-suplementares para ampliar a autonomia de voo das aeronaves. O novo sistema aumentou em 300kg a capacidade de combustível do “Super Lynx”, o que representou um ganho de aproximadamente uma hora de voo em sua autonomia.


Em 2009, os “Linces” receberam novas atualizações, passando a contar com uma torreta FLIR Star SAFIRE III na parte superior do nariz. O “Super Lynx” passou a empregar novos armamentos, com variadas configurações. Entre as opções poderia receber duas metralhadoras FN Herstal MAG calibre 7,62 mm ou M3M (GAU-21) calibre 12.7 mm (.50) nas portas laterais para missões de patrulha e interdição, além dos mísseis ar-superfície MBDA “Sea Skua” para emprego contra alvos de superfície. Apesar de não ser sua missão principal, o AH-11A também poderia empregar torpedos e cargas de profundidade para atacar submarinos se vetorados pelas fragatas conforme já citamos anteriormente. O sistema de navegação e busca de alvos era feito pelo radar Marconi Seaspray Mk.3000 instalado na parte inferior do nariz.

“Lince Selvagem” a nova geração Wild Lynx

A última variante do “Lynx” conhecida como “Wild Lynx”, começa esta entrando em operação, com oito células originalmente construídas no padrão “Super Lynx” sendo elevadas a nova variante, a qual introduz diversos melhoramentos e modificações, com as células sendo submetidas a um extenso programa de modernização realizado pela unidade da Leonardo em Yeovil, no Condado de Somerset na Inglaterra, o berço dos Lynx.

WildLynx a mais moderna aeronave de esclarecimento e ataque naval do continente - Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense
 

Os motores LHTEC CTS800-4N representam um importante ganho em termo de confiabilidade, segurança e desempenho. Segundo o Capitão de Fragata Bruno Tadeu Villela, Comandante do EsqdHA-1, a nova motorização adotada pelo “Wild Lynx” representa um ganho de aproximadamente 40% em potência à aeronave, que entrega 1,563hp de potência, além de se tratar de um motor de arquitetura moderna, a qual reduz o trabalho da equipe de manutenção, resultando no menor custo hora/voo e maior índice de disponibilidade da aeronave.

Oito células do AH-11A “Super Lynx” foram selecionadas para passar pelo processo de modernização, fruto do contrato firmado em 2014 com a Agusta/Westland (hoje Leonardo). Dentre os pontos críticos mais relevantes do programa, está a substituição dos motores Rolls-Royce GEM-42 de 1.120hp, pelos motores LHTEC CTS800-4N da joint-venture composta pela Rolls-Royce e Honeywell, uma nova e moderna suíte aviônica baseada na arquitetura de cabine “Full Glass Cockpit”, compatível com Óculos de Visão Noturna (OVN), um novo processador tático, sistema de navegação baseado em satélite, Sistema de prevenção de colisões (TCAS), sistema de identificação automático (AIS), sistema RWR integrado com dispensadores de contra medidas, além de um novo guincho de resgate acionado eletricamente.

Capitão de Fragata Bruno Tadeu Villela, Comandante do EsqdHA-1

A nova cabine “Full Glass Cockpit” traz avanços tecnológicos que reduzem a carga de trabalho para tripulação, e diferente de muitos projetos de modernização ou integração de configurações “Glass Cockpit”, seu layout respeita a disposição de instrumentos encontrada no AH-11A, onde o gráfico e disposição remetem aos mesmo que haviam no “Super Lynx”, com isso reduzindo o tempo necessário para adaptação dos tripulantes na nova aeronave, além de proporcionar melhor interface homem/máquina, com conforto e importante ganho em segurança operacional.

O “Wild Lynx” já vem com a cabine equipada para operar com Óculos de Visão Noturna (OVN), mas o equipamento ainda levará algum tempo até ser objeto de qualificação das equipagens de voo, pois no atual cenário operativo, os navios de escolta hoje em operação, não contam com sistemas de operação noturna com uso de OVN, o que não coloca a qualificação das tripulações em voo com OVN uma prioridade.

No horizonte não muito longínquo, com a construção das novas fragatas da Classe “Tamandaré”, a qualificação em operações noturnas com uso de OVN será uma realidade com a incorporação e entrega das novas fragatas ao setor operativo da Esquadra, tendo em vista que a configuração destas escoltas conta com sistema de operação noturna que possibilita o emprego de óculos de visão noturna.

                                                                                                                                                                                               Foto: Angelo Nicolaci - GBN Defense

As “garras” do Lince continuam afiadas, e devem passar a integrar novos armamentos, com o “Sea Skua” podendo dar lugar aos modernos e letais mísseis israelenses Rafael Spike-ER, com as negociações para aquisição e integração do novo armamento bem adiantadas.

Atualmente já chegaram à Macega quatro exemplares da variante “Wild Lynx”, das quais duas (N-4001 e N-4004) já estão em operação, enquanto o AH-11B N-4005 está na fase final do processo de avaliações e aceitação, e o quarto exemplar (N-4003) em fase final de montagem para iniciar o processo de avaliação e aceitação. Outras quatro células já estão em Yeovil onde estão sendo submetidas ao programa de modernização, devendo em breve concluir o processo previsto pelo programa.

Ainda não há qualquer previsão no horizonte para substituição do “Lynx” como aeronave orgânica da Marinha do Brasil em suas escoltas, com EsqdHA-1 “Lince” no meio do processo de recebimento da mais moderna variante do “Lynx”, a qual continuará sendo os olhos e as garras da força de superfície da Marinha do Brasil.


Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN Defense, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio, leste europeu e América Latina, especialista em assuntos de defesa e segurança. Membro honorário da "Ordem do Lince".

MATÉRIA TAMBÉM PUBLICADA NA EDIÇÃO DE "A MACEGA", REVISTA DA FORÇA AERONAVAL BRASILEIRA


GBN Defense - A informação começa aqui


Continue Lendo...

Royal Navy vai desenvolver um substituto para os Astute

0 comentários


Em seu site oficial, a Royal Navy anunciou que escolheu as empresas para desenvolver a nova classe de submarinos nucleares, SSN-R (SSN-Replacement), que deverão substituir os atuais submarinos da Classe Astute.

BAE Systems, Babcock e Rolls-Royce realizarão trabalhos de concepção e design para os submarinos da Marinha Real.

Foram assinados dois contratos, num total de £170 milhões (cerca de 1 bilhão de reais) para o desenvolvimento da nova geração de submarinos nucleares ingleses.

Com o anúncio de que a Austrália deve adquirir submarinos nucleares junto à Inglaterra e aos EUA, já existem especulações de participação australiana e/ou americana no desenvolvimento do SSN-R, mas ainda não há confirmação oficial de tal acordo.

O desenvolvimento do SSN-R foi anunciado pouco depois do plano de investimentos em Defesa, totalizando mais de £24 bilhões nos próximos anos, o projeto grande aumento após vários anos de cortes nos investimentos.

Por Renato Oliveira

Continue Lendo...

Argentina vai de JF-17?

2 comentários

Ao que parece, a Argentina escolheu o JF-17 para ser seu novo caça, algo que o GBN já suspeitava. Resta saber como contornar os embargos britânicos ao negócio; o mais provável é que, assim como foi feito com os JL-8 da Bolívia, seja oferecida uma versão personalizada, sem componentes ingleses, como o assento ejetor.

No dia de ontem, foi publicado que o Congresso argentino recebeu uma solicitação de recursos da ordem de 664 milhões de dólares, dos quais 20 milhões são para infraestruturas, o que provavelmente seria o bastante para adquirir 12 unidades do JF-17, cujo preço unitário médio deve ser da ordem de 50 milhões de dólares.

Como já comentamos no GBN, a situação da Aviação de Caça da Argentina é bastante preocupante, com a FAA (Força Aérea Argentina) dispondo apenas de um punhado de A-4 Skyhawk, e o COAN (Comando Aéreo Naval) dispondo apenas de um punhado de Super Étendard.

Embora a solicitação ao Congresso não signifique, necessariamente, que o negócio foi fechado, é um forte indicador de que a escolha foi feita, e em em vista dos antigos atritos com o Chile voltando à tona, pode-se dizer que o momento é muito propício para a aquisição.

*Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)

Continue Lendo...

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

FAB vai receber mais quatro caças Gripen este ano

0 comentários


A sueca Saab anunciou que pretende entregar mais quatro exemplares do F-39E Gripen à Força Aérea Brasileira no final deste ano, evento previsto para novembro. Duas aeronaves já estão prontas e outras duas unidades estão em fase final de produção na unidade da Saab em Linköping, segundo afirmou o vice-presidente de marketing e vendas da área de negócios aeronáuticos da Saab, Mikael Franzén, em entrevista ao Valor.

O primeiro exemplar brasileiro do Gripen E continua em processo de certificação no Brasil, onde desembarcou há quase um ano para o programa de certificação. Os dois exemplares serão transportadas de navio, assim como o primeiro exemplar. Esta opção de translado por via marítima foi definida no fim de novembro entre a FAB e a Saab. Por questões de segurança, o lote de quatro aeronaves virão separadas, com outras duas transladadas numa data posterior.

“Temos um simulador integral de voo em Gavião Peixoto (SP), o único fora da Suécia, e estamos apoiando a FAB na introdução das aeronaves. Um piloto de testes está aqui em Linköping agora mesmo, trabalhando com a nossa equipe, há dois pilotos de testes da FAB e outros dois da Embraer no interior de São Paulo”, disse o executivo, ressaltando que o pacote não envolve apenas a entrega dos equipamentos.

“Quando se fala de um caça, não é exatamente como comprar um carro. Compra-se a manutenção, as armas, os simuladores, o treinamento. Também estão sendo treinados cinco pilotos operacionais.”



GBN Defense - A informação começa aqui

Com informações do "Valor"





.
Continue Lendo...

Arábia Saudita está considerando comprar sistemas israelenses de defesa contra mísseis

0 comentários

A Arábia Saudita está começando a considerar seriamente a compra de um sistema de defesa antimísseis de fabricação israelense, como o Iron Dome. (Foto IDF)

A Arábia Saudita entrou em contato com Jerusalém sobre a possibilidade de adquirir sistemas de defesa antimísseis de fabricação israelense, em um momento em que os sistemas americanos nos quais o Reino confiou por tanto tempo foram removidos, descobriu a Breaking Defense.

Fontes aqui confirmaram um relatório da AP do fim de semana de que as baterias americanas THAAD e Patriot foram discretamente removidas da Base Aérea Prince Sultan, localizada fora de Riyadh. Esses ativos foram transferidos para o Reino após o ataque de 2019 nas instalações de produção de petróleo da Arábia Saudita; embora reivindicado pelas forças Houthi no Iêmen, as autoridades americanas avaliaram que na verdade era o Irã que estava por trás do ataque.

Embora a retirada dos meios de defesa aérea da região fosse esperada há vários meses, não estava claro exatamente quando os meios dos Estados Unidos seguiriam para outro lugar. Agora, dizem fontes israelenses, a Arábia Saudita está considerando seriamente suas alternativas. Entre eles: China, Rússia e, em uma mudança que poderia parecer impossível alguns anos atrás, Israel.

Especificamente, os sauditas estão considerando o Iron Dome, produzido pela Rafael, que é melhor contra foguetes de curto alcance, ou o Barak ER, produzido pela IAI, que é projetado para interceptar mísseis de cruzeiro. Fontes da defesa israelense disseram ao Breaking Defense que tal acordo seria realista, desde que ambas as nações recebessem a aprovação de Washington; uma fonte acrescentou que "o interesse dos sauditas nos sistemas israelenses atingiu uma fase muito prática".

Essas mesmas fontes dizem que os sauditas têm mantido negociações de baixo nível com Israel há vários anos sobre esses sistemas, mas que as negociações começaram a adquirir mais energia assim que ficou claro que os Estados Unidos retirariam seus recursos de defesa aérea do Reino.

O general (res) Giora Elland, ex-diretor do Conselho de Segurança Nacional de Israel e ex-chefe do Departamento de Planejamento das Forças de Defesa de Israel, disse à Breaking Defense que espera "que Washington não se oponha à venda desses sistemas israelenses a países amigos do Golfo".

Embora a Arábia Saudita não tenha feito parte dos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, fontes do governo dizem que mesmo sem relações formais os dois trocaram informações de segurança por alguns anos.

Se os sauditas comprassem os sistemas israelenses, isso poderia abrir a opção de forma mais completa para as nações cobertas pelos acordos de Abraão. Em uma entrevista de novembro para o Defense News, Moshe Patel, chefe da Organização de Defesa de Mísseis de Israel, disse sobre essa possibilidade: “Já que temos os mesmos inimigos, talvez tenhamos alguns interesses mútuos. Acho que há potencial para ampliar nossa parceria de defesa no futuro com países como Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Acho que isso pode acontecer, claro, no futuro. Haverá mais parcerias militares. Mas, novamente, nada que pudesse acontecer amanhã. É algo que precisa ser processado passo a passo.”

Em resposta a um pedido de informações, um porta-voz do Departamento de Estado disse apenas que “a Arábia Saudita e Israel são importantes parceiros de segurança dos EUA. Nos comunicamos com os respectivos países para comentários sobre seus planos de compras de defesa.”

Ameaças aumentadas

retirada americana do Afeganistão já tem parceiros regionais em estado de alerta, e o movimento de novas forças da região provavelmente fará pouco para acalmar os nervos.

“A retirada dos sistemas de defesa aérea Patriot da Arábia Saudita é algo que não pode ser explicado. Não é apenas mais uma deserção de um país amigo, mas uma cusparada na cara”, disse uma fonte sênior da defesa israelense ao Breaking Defense.

Em um comentário à AP, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, reconheceu “a redistribuição de certos meios de defesa aérea”, mas enfatizou o compromisso “amplo e profundo” com o Oriente Médio.

Sublinhando a questão: as forças Houthi aumentaram seus ataques contra alvos sauditas nas últimas semanas, tanto no Iêmen quanto dentro das fronteiras do Reino, com a mistura de UAVs e mísseis que seriam potencialmente cobertos pela dupla Iron Dome / Barak.

Em 29 de agosto, os Houthis atacaram a base aérea de Al-Anad ao norte de Aden, onde as forças da coalizão lideradas pelos sauditas estão estacionadas. O ataque matou mais de 30 pessoas e feriu mais de 60. Isso foi seguido por um ataque com um 'drone' (VANT) e um míssil contra vários alvos sauditas, incluindo a cidade oriental de Dammam, não muito longe do Bahrein. O alvo era uma instalação do Acampamento Residencial Aramco.

Então, em 11 de setembro, um ataque foi lançado ao recém-reformado e inaugurado porto de Al-Makha, localizado na costa do Mar Vermelho, com cinco drones e um míssil balístico. O ataque danificou a infraestrutura estratégica do porto, bem como armazéns de agências de ajuda internacional. Nenhuma organização assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Os Emirados Árabes Unidos estão usando o porto para transportar armas para o Iêmen e, nos dias anteriores ao ataque, os veículos foram transferidos para as forças que lutavam contra os houthis na área de Hadramaute, em Cartum. É possível que o ataque ao porto tenha como objetivo sinalizar aos Emirados Árabes Unidos que seu envolvimento continuado nos combates no Iêmen, apesar da redução de forças, tem um preço.

Em março de 2021, os Houthis introduziram uma grande variedade de armas, incluindo drones, mísseis e foguetes de vários tipos, morteiros, rifles de precisão, minas navais e carga oca e uma carga moldada para a montagem de dispositivos explosivos não tripulados, de acordo com o tenente-coronel. (res) Michael Segal, um especialista militar regional. Essas capacidades, escreve Segal , significam que o Irã transformou o Iêmen em uma força militar eficaz e dissuasora contra a Arábia Saudita.



Observação: o Presidente Joe Biden sinalizou que deseja voltar aos acordos com o Irã, o JCPOA, inclusive retirando os Houthis da lista de organizações consideradas como terroristas. O efeito direto disso é aumentar ainda mais a aproximação dos países árabes do Golfo Pérsico e Israel.

Tradução e adaptação: Renato Henrique Marçal de Oliveira*


*Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)

GBN Defense - A informação começa aqui

Continue Lendo...

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Ares firma parceria com Curso de Material Bélico para criação de espaço de instrução na AMAN

0 comentários


A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e a Ares firmaram uma parceira com o objetivo de estreitar o processo de transferência de conhecimento, que é extremamente importante para as Forças Terrestres. 
O espaço que está sendo preparado servirá de ambiente de aprendizado, principalmente, para a operação e manutenção do sistema REMAX. 

Essa importante parceria com o Exército Brasileiro vai possibilitar que a empresa tenha uma instalação permanente na AMAN, beneficiando os alunos do curso de Material Bélico. A AMAN tem a responsabilidade de formar os oficiais do Exército Brasileiro.

Com essa instalação, a Ares pretende contribuir com a formação dos cadetes, os quais poderão operar e simular manutenções no sistema REMAX, principal sistema de armas do projeto Guarani. Assim, os futuros oficiais, quando chegarem na tropa com esse conhecimento, poderão colaborar significativamente com suporte ao ciclo de vida do equipamento.

O novo sistema de treinamento da AMAN

O STARMAX é uma suíte de treinamento virtual 3D que permite capacitar os operadores da REMAX para treinar todas as funcionalidades e procedimentos da estação de armas real, em um ambiente virtual 3D controlado. A solução permite alcançar alto nível de capacitação para os operadores da REMAX. 

A interface gráfica permite aos operadores o treinamento de motricidade, treinos de movimento com alvos e cenários que simulam situações reais, garantindo maior controle e avaliação de todos os treinamentos.


Sua operação e integração é feita através de um case de transporte que comporta o sistema e permite sua conexão com o REMAX. A solução é modular e permite que os treinamentos sejam realizados em ambiente imersivo – dentro da viatura ou em salas de aula.

A brasileira ARES é um dos centros de tecnologia da Base Industrial de Defesa, com mais de 50 anos de experiência comprovada no País, atendendo com às Forças Armadas Brasileiras no desenvolvimento, produção, fornecimento e  suporte logístico de produtos que incrementam suas capacidades operacionais. Orientada para inovação, a ARES tem como uma de suas marcas o constante investimento em qualificação e capacitação de seus colaboradores, acrescentando valor e produtividade à força de trabalho.

A empresa estruturou o primeiro Centro de Excelência, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, no desenvolvimento e fabricação de Estações de Armas e Torres no Brasil, mantendo sempre a cooperação no desenvolvimento de novas tecnologias e soluções em conjunto com as Forças Armadas e parceiros.


GBN Defense - A informação começa aqui

com informações da ARES via Rossi comunicação

Continue Lendo...

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Competição pelo motor do F-35 deve se acirrar nos próximos anos

0 comentários

Um dos principais fatores nos custos operacionais e na disponibilidade de qualquer aeronave é o motor. Não é possível que uma aeronave obtenha sucesso com motores inadequados.

Não é diferente com o F-35 - boa parte dos altos custos operacionais, e da disponibilidade abaixo do programado, são pelo menos em parte por conta do Pratt & Whitney (PW) F135, o motor mais avançado já instalado em um caça, mas que vem sofrendo com custos acima do esperado.

Uma das formas de solucionar o problema é o programa AETP (Programa de Transição para Motores Adaptáveis), que está perto de entrar em produção seriada.

O AETP tem como objetivo permitir um aumento significativo de performance do motor, e promete aumento de potência, redução de consumo e melhor gerenciamento térmico, ou uma combinação destas melhorias.

Inicialmente, o AETP visa o F-35 e também pode acabar sendo usado no F-22, caso haja uma decisão neste sentido.

Outra solução proposta é o investimento em um motor da General Electric (GE). Isso já aconteceu antes: o motor PW F100, que era o único modelo para o F-15 e o F-16, também apresentou vários problemas durante o início da vida operacional, e decidiu-se por investir em um motor alternativo, o GE F110, e atualmente temos aeronaves com um ou outro modelo de motor.

Entretanto, a aeronave tem que sair de fábrica com um dos motores, não sendo possível mudar - ou seja, se a aeronave sair da fábrica com o F110 não poderá usar o F100, e vice-versa.

Originalmente previa-se que o F-35 teria dois motores, o F135 e o GE F136, mas o Pentágono resolveu cancelar o desenvolvimento do F136, embora o conceito fosse mais refinado que no caso da dupla F100/F110 - qualquer F-35 poderia utilizar qualquer um dos motores, mesmo na linha de frente, sem maiores dificuldades.

Com os problemas do F135, porém, o Pentágono está reavaliando a questão, especialmente porque as duas fabricantes estão com motores AETP prestes a entrar em produção - a GE com o XA100 e a PW com o XA101.
GE XA100

O JPO (Escritório Conjunto do Programa F-35) está definindo os critérios para a adoção das tecnologias AETP no F-35. Até o momento parece que o esperado é uma combinação de 10% a mais de potência e redução de 10% no consumo, junto com uma melhora considerável na gestão térmica do motor.

A PW diz que é possível incorporar os avanços do AETP no F135, o que seria mais econômico, segundo ela, mas não seria surpresa se o Pentágono decidisse abrir caminho para o XA100 ou um derivado.

Ainda não está claro qual será a decisão do JPO, mas uma coisa é certa, o caça de quinta geração em breve terá um motor de sexta geração, o que deve aumentar ainda mais a eficiência do F-35 e (espera-se) reduzir ainda mais seus custos operacionais, que já estão praticamente no mesmo patamar dos atuais caças de quarta geração como o F-15EX.


*Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)

GBN Defense - A informação começa aqui












Continue Lendo...
 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger