sábado, 30 de novembro de 2013

Porta-aviões chinês atraca pela primeira vez no Mar da China Meridional

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O porta-aviões chinês Liaoning atracou nesta sexta-feira pela primeira vez em uma base militar no Mar da China Meridional, onde o país asiático mantém reivindicações territoriais com países vizinhos e no meio de um aumento das tensões regionais.
Segundo a agência oficial Xinhua, o Liaoning partiu na terça-feira do porto oriental de Qingdao, cruzou ontem o estreito de Formosa e chegou hoje à base de Sanya, na província chinesa de Hainan.
 
Em sua primeira missão fora de sua base original no Mar Amarelo, o porta-aviões está acompanhado pelos contratorpedeiros Shenyang e Shijiazhuang e pelas fragatas Yantai e Weifang.
A viagem da pequena frota acontece durante o aumento das tensões regionais, depois que a China anunciou a ampliação de sua zona de defesa aérea, que passou a incluir as ilhas Diaoyu/Senkaku, controladas pelo Japão, mas cuja soberania é reivindicada por Pequim há décadas.
Em sua viagem a Hainan, o Liaoning cruzou o Mar da China Oriental, onde ficam as ilhotas Diaoyu/Senkaku.
No Mar da China Meridional, Pequim também mantém reivindicações territoriais, neste caso pelos arquipélagos Spratly e Paracel, disputado com Vietnã, Filipinas e outras nações do sudeste asiático.
Tanto no caso das Diaoyu/Senkaku, como nas ilhas meridionais, o conflito esconde interesses econômicos, pois se acredita na existência de ricas reservas de petróleo e gás nas águas próximas dos arquipélagos.
Fonte: EFE
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Acordo nuclear pode ser fatal para Israel, diz embaixador no Brasil

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No último domingo, um grupo de potências ocidentais formado pelos membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha chegou a um acordo histórico com o Irã: o regime dos aiatolás reduzirá suas atividades nucleares em troca da redução das sanções econômicas impostas pelo Ocidente ao país.
Se para parte significativa da comunidade internacional o passo – ainda que inicial e frágil – seja considerado um sucesso diplomático, para Israel é visto com receio. Tel Aviv não demorou a reagir. O premiê Benjamin Netanyahu taxou o acordo como “erro histórico”.
Em entrevista ao Terra, o embaixador israelense no Brasil, Rafael Eldad, fala sobre o que chama de “preocupação”. Para ele, o acordo ideal seria um no qual Teerã concordasse em extinguir seu programa nuclear. “O que buscamos não está estar menos preocupados, o que queremos é acabar com essa preocupação”, afirma.
Diplomata há 35 anos, Eldad já atuou na missão israelense junto a ONU, passou pela embaixada de Israel na Turquia e em países da América Latina, além de ter ocupado diversos cargos no Ministério das Relações Exteriores. Ele chefia o corpo diplomático israelense em Brasília desde 2011.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista.

Terra – Por que esse acordo das potências ocidentais com o Irã é perigoso?
Embaixador Rafael Eldad – Se tenho que caracterizar a situação na qual Israel está, a palavra chave é preocupação. Israel está preocupado. As razões são conhecidas e óbvias. A nossa pergunta é se esse acordo a que chegaram agora vai levar o Irã a ser um país sem armas nucleares. Se for assim, está bom. Mas temos preocupação de que o Irã esteja buscando enganar.
 
Terra - De que maneira? Eldad - Temos de perguntar por que o Irã tem de enriquecer urânio. Porque para produzir energia não é preciso. Está no mercado de maneira mais acessível, barata e fácil de conseguir. Outra coisa que temos de perguntar: por que um país tão rico em petróleo precisa produzir energia nuclear? Temos todas as razões de suspeitar. Em Israel, estamos preocupados que isso (o acordo) pode levar o Irã a ganhar tempo, a enganar o mundo. Um dia, vamos despertar quando for tarde demais. Isso, para muitos outros países pode ser preocupante. Para Israel é outra coisa: pode ser fatal.

Terra - Qual seria a alternativa que Israel acharia plausível? Apenas endurecer as sanções sem diálogo não poderia justamente levar o Irã a produzir armamento nuclear?
Eldad - Esse acordo não assegura que eles renunciaram (de armas nucleares). O Irã deu palavra e recebeu vantagens. O problema com um acordo nuclear é que um país como o Irã pode decidir chegar a uma etapa na qual falta pouco para desenvolver armas nucleares. E quando o mundo estiver dormindo, rapidamente, em poucos meses, podem se tornar uma potência nuclear.
 
Terra - Quando o governo iraniano se comprometeu a limitar seu enriquecimento de urânio em 5% ele não se distancia da margem para produção de armamento?
Eldad - Eles acordaram parar o processo durante seis meses, mas eles não acordaram em destruir o que têm.
Terra - O senhor disse que o Irã deu palavra em troca de vantagens. Há algum indício concreto contra o Irã? Não se trata também apenas de suspeitas israelenses?
Eldad - Quando é para uso pacífico da energia, não há problema. Por isso perguntamos por que o Irã precisa enriquecer urânio dentro do Irã. Por que necessitam dezenas de milhares de centrífugas para enriquecer? Não precisam de tudo isso para produzir energia. Não precisam. Por isso as suspeitas têm razões. É como sempre falamos: se alguém está lhe fazendo ameaças e um dia você vê essa pessoa em uma loja de armas comprando um revólver, é um pouco delicado, não? O mesmo se passa com Israel.
Terra - Com a mudança de presidentes, o senhor não vê mudanças na postura de Teerã
Eldad - Pode ser que seja boa, mas ainda temos de ver. O que vimos até agora são sorrisos e lindas palavras. É muito melhor do que Ahmadinejad, que falava como... Melhor não dizer como o que. Mas aqui temos que julgar com fatos. O assunto é tão delicado, pode ser fatal para Israel, que não podemos confiar somente em sorrisos e boas palavras.
Terra - A negociação foi realizada pelo Grupo 5 + 1 (membros permanente do Conselho de Segurança mais a Alemanha), isto é, potencias ocidentais. Não faltou a participação no foro de países do Oriente Médio, que são vizinhos do Irã?
Eldad – Eu não conheço em profundidade o assunto, mas acho que as potências fizeram consultas a aliados. Não é só apenas Israel que está preocupado. A Arábia Saudita não está menos preocupada, nem outros países do Golfo Pérsico. Acho que consultaram a todos. Foi bom que foi um grupo reduzido, porque quando é um grupo de 80 ou 100 países, nunca terminam de debater.
 
Terra - Como está o cenário doméstico em Israel? Há posições mais moderadas ou o sentimento geral é de preocupação?
Eldad - Temos uma piada: ‘a cada dois judeus, há três opiniões’. Estamos debatendo tudo em Israel. Sobre esse assunto, tenho de dizer que pelo menos na política israelense quase todos os partidos concordam com essa linha de preocupação. Nessa linha há um cuidado para o Irã não avançar para armas nucleares. A oposição no parlamento, que muitas vezes ataca o governo de uma maneira terrível, está acompanhando o governo.
Terra - Há tons diferentes, não é? O presidente Shimon Peres, por exemplo, fez declarações muito mais ponderadas do que a do premiê Benjamin Netanyahu.
Eldad - São maneiras de expressar. Cada pessoa tem sua maneira de expressar. Mas no fundo, no essencial, todos concordam com a mesma preocupação. Todos estão muito preocupados com o Irã.

Terra - Teerã concordou com inspeções frequentes e a presença de agentes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Essas condições não reduzem a preocupação israelense sobre o eventual desenvolvimento de armamento nuclear?
Eldad - O assunto é tão importante para nosso futuro, para nossa existência, que é difícil dizer se é um pouco mais ou menos. O que buscamos não está estar menos preocupados, o que queremos é acabar com essa preocupação. Não é natural que um povo tenha de viver com um medo constante porque outro país quer lhe apagar do mapa.
 
Terra - Acabar com a preocupação seria o abandono definitivo do programa nuclear? Eldad - É muito simples. Acho que é o mesmo que está buscando o Grupo 5 + 1. Esse grupo está buscando exatamente isso. Mas pensamos que tem de conseguir isso mostrando ao Irã um pouco mais de firmeza. E não deixar que o Irã pense que pode enganar.

Terra - E quanto ao argumento da autodeterminação e o direito soberano de produzir energia a partir da matriz que se queira?
Eldad - Cada direito tem limites que dependem do outro. Eles podem ter todos os direitos do mundo, mas não têm direito de ameaçar ou de preparar para exterminar a outro povo. Esse não é um dos direitos humanos. Se eles estão falando de direitos, primeiro têm de dar direito de expressão dentro do Irã, direitos às mulheres... Se falamos de direitos, o caminho é longo. É um pouco cínico da parte do Irã falar desses direitos.
 
Fonte: Terra
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As empresas francesas querem trabalhar aqui

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No Brasil desde julho passado, o embaixador da França, Denis Pietton, tem ocupado postos importantes da diplomacia de seu país. Fluente em árabe, representou o governo francês em Jerusalém e Beirute. Antes de mudar-se para Brasília, chefiou o gabinete do ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius. Na entrevista a seguir, Pietton comenta o caso de espionagem do governo dos EUA revelado por Edward Sowden, a concorrência para vender os caças para o Brasil, a entrada da francesa Total no consórcio que levou o campo de Libra e a presença da China na economia global. “A França investe no Brasil, criamos empregos aqui, transferimos tecnologia, somos o quarto país em investimentos e o décimo parceiro comercial, ou seja, investimos muito mais em comparação com o comércio. A China, por sua vez, vende muito, mas no fim das contas investe pouco em outros países.”
 
CartaCapital: Como a França avalia as ações de espionagem do governo norte-americano?
 
Denis Pietton: Quando surgiram as informações sobre a espionagem norte-americana na Europa, na França, na Alemanha, em todo o mundo, tanto o presidente Hollande como o ministro das Relações Exteriores disseram que elas eram inaceitáveis e que a amplitude e a natureza dessa espionagem era um problema, tratando-se de países aliados. O ministro pediu que o embaixador norte-americano em Paris fosse convocado a ir ao ministério, e o assunto se impôs na agenda do Conselho Europeu que reúne os chefes de Estado e os ministros de Defesa. No conselho ficou decidido que a França e a Alemanha deveriam discutir a questão com os EUA, para chegarmos a novas práticas que sejam aceitáveis e respeitem a soberania dos demais países e das liberdades públicas. O tema também teve muito destaque no Brasil, a presidenta Dilma Rousseff reagiu vivamente em sua fala na Organização das Nações Unidas. E existe este projeto apresentado pelo Brasil, Japão e Alemanha na ONU (para dar mais segurança à internet), que a França irá apoiar.
 
CC: Recentemente a presidenta Dilma Rousseff disse que ainda aguardava um pedido formal de desculpas por parte dos EUA. No caso francês, houve esse pedido?
 
DP: O secretário de Estado da França declarou recentemente que a espionagem norte-americana foi longe demais. As desculpas se referem sempre ao passado, mas o que nos interessa, e ao Brasil também, é mais voltado para o futuro. Pretendemos chegar a um tratado internacional que leve em conta as soberanias nacionais e o respeito às liberdades individuais, no contexto do monitoramento eletrônico digital, com um quadro bem definido com essas prioridades respeitadas. Mas o que passou, passou, e o que importa é o futuro, ainda que possamos esperar desculpas e o reconhecimento de terem ido longe demais. Mas o mais importante é que não aconteça novamente.
 
CC: Recentemente surgiu a informação de que um dos desdobramentos do caso Snowden teria sido a desistência do governo brasileiro de comprar os aviões dos EUA. A França considera que surgiu aí uma oportunidade para a venda dos caças da Rafale?
 
DP: Prefiro olhar para este assunto com uma abordagem diferente. O caso da espionagem levou a uma consequência, o adiamento da visita que a presidenta Dilma Rousseff faria aos EUA. Eu não soube que uma decisão foi tomada pelo Brasil na compra dos caças. O que nos importa é que a proposta francesa para a venda dos Rafale está na mesa ainda. Acreditamos que são aviões multifuncionais com várias vantagens e possibilidades de uso, mas ainda em fase de desenvolvimento. De qualquer forma, é um avião que existe e já foi usado em operações militares, por exemplo, no Afeganistão. Consideramos que a proposta francesa é interessante e corresponde aos interesses brasileiros. Mas sabemos que se trata de uma decisão que cabe à presidenta, que decidirá sobre o melhor momento para a compra do avião, se agora ou mais tarde, bem como quais os caças.
 
CC: Na construção do submarino nuclear, o Brasil e a França são parceiros. O fato de a França e os EUA serem aliados afeta a transferência da tecnologia do projeto para o Brasil?
 
DP: Existem duas frentes de cooperação, uma para a construção de um submarino convencional e outra para o de propulsão nuclear. Ambos avançam muito bem. Estive na base de Itaguaí, onde os projetos estão sendo desenvolvidos normalmente. São projetos muito complexos, por isso são muitos os problemas que surgem, praticamente todos os dias, mas tive a confirmação da Marinha brasileira de que o contrato está sendo cumprido de maneira satisfatória. Em relação aos EUA, uma característica da França é que quando decidimos exportar produtos com tecnologias sensíveis não temos obrigação de pedir autorização para ninguém. E isso porque a França é dos poucos países a dominar todo o conjunto dessas tecnologias, e isso vale para a construção dos submarinos, mas também para a construção aeronáutica. A palavra da França é suficiente para garantir o nosso compromisso integral, sem levar em conta quaisquer interferências.
 
CC: No leilão do campo de Libra, a francesa Total entrou no consórcio vencedor com a Petrobras. Aqui no Brasil houve muitas críticas em relação ao chamado regime de partilha, em que a participação estatal seria, segundo esses críticos, excessiva. Como o sr. avalia a participação da Total e essas críticas?
 
DP: Para nós, a participação da Total no consórcio é evidentemente uma boa notícia. A Total é uma das maiores empresas petrolíferas com presença internacional, com toda a tecnologia de exploração de petróleo. E recentemente ela adquiriu vários blocos para exploração petrolífera na região Norte do Brasil. E agora estamos mudando de dimensão. Existem indicações bem precisas segundo as quais há muito petróleo no pré-sal. Para a Total, será um grande investimento. A empresa terá de transferir para o Brasil nos próximos anos de 20 a 30 bilhões de dólares, trata-se de um investimento de longo prazo no Brasil. Como embaixador da França, só posso considerar essa uma boa notícia porque se trata de um elemento estrutural nas relações entre os dois países. O fato de a Total decidir aceitar essa participação mostra a plena confiança na PPSA, que será a operadora dos campos do pré-sal, e Petrobras. E o fato de existirem pessoas competentes do lado brasileiro foi decisiva para a Total se comprometer com esse investimento de uma maneira tão forte.
 
CC: As empresas francesas possuem vários investimentos na economia brasileira, notadamente no setor industrial, caso da indústria automobilística. Quais críticas o sr. faria ao ambiente de negócios no Brasil?
 
DP: Tenho constatado que as empresas francesas querem trabalhar aqui, de modo geral com a criação de subsidiárias no País. Mas nunca é fácil, há de modo geral muita demora para se instalar de fato, isso antes de começar a atuar no mercado brasileiro. Mas, uma vez instaladas no País, elas se tornam sociedades brasileiras e, de modo geral, estão muito satisfeitas em trabalhar no Brasil. É isso que explica o fato de o estoque de investimentos franceses no Brasil cresceu muito. Éramos o quinto país com mais investimentos aqui e, a partir do investimento em Libra, provavelmente somos agora o quarto colocado. As empresas francesas também estão satisfeitas porque o mercado brasileiro é enorme, além da posição que o Brasil ocupa na América do Sul.
 
CC: E como enfrentar a concorrência chinesa?
 
DP: A China é um concorrente comercial, mas é também uma grande parceira. É uma grande parceira para o Brasil e para a França também, particularmente no setor aeronáutico e nuclear. Em relação à China, não podemos fazer avaliações simplistas. No caso das relações com o Brasil, há uma diferença: a França investe no Brasil, criamos empregos aqui, transferimos tecnologia, somos o quarto em investimentos e o décimo parceiro comercial, ou seja, investimos muito mais em comparação com o comércio. A China, por sua vez, ela vende muito, mas no fim das contas ela investe pouco em outros países. E quando investe às vezes é complicado, por isso, para o Brasil, são relações muito diferentes.
 
Fonte: Carta Capital
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O Galeão pode se tomar outro hub internacional

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Uma semana após o lance bilionário que despertou euforia do mercado, o grupo Changi Airports, parceiro da Odebrecht na operação do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, começa a dar pistas da estratégia que adotará para tornar viável a exploração do terminal arrematado por R$ 19 bilhões na sexta-feira, dia 22.
 
Considerado o melhor do mundo nos últimos cinco anos, o Aeroporto de Cingapura, operado pelo grupo, é também o maior hub (centro de distribuição) de voos internacionais na Ásia, e este deve ser o trunfo adotado pelos novos operadores do Galeão.
 
De acordo com o vice-presidente executivo do grupo, See Ngee Muoy, em entrevista exclusiva, por e-mail, o terminal tem grande potencial de crescimento e pode se tornar um hub, com foco nos países asiáticos cuja demanda deve crescer junto com os grandes eventos que serão realizados no Rio de Janeiro.
 
Muoy também afirma que a expectativa de expansão da malha aérea do terminal justifica o alto lance apresentado no leilão. "Estamos muito confortáveis. O lance reflete a nossa visão sobre o enorme potencial de crescimento do aeroporto", afirma.
A seguir, os principais trechos da entrevista.
 
O leilão ocorreu em um momento difícil para o mercado de aviação no País. Como o grupo avalia o setor e as expectativas para os próximos anos?
Acreditamos que o mercado de aviação no Brasil tem um bom potencial, sustentado por fortes perspectivas de crescimento econômico a médio e longo prazos. O Brasil é um grande país. A indústria da aviação também deverá crescer fortemente no futuro, catalisada por grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de Verão em 2016. Há potencial para o Galeão se tornar outro "gateway" internacional para o país. Galeão pode complementar a conectividade dos outros aeroportos nacionais e vice-versa. Acreditamos que o Rio de Janeiro, com a segunda maior cobertura no país, também pode ter uma importante rede de voos internacionais. Continuaremos a ampliar o tráfego no Galeão, aproveitando a demanda de viagens de saída do mercado asiático.
 
O Lance oferecido, para alguns analistas, pode representar um retorno limitado para a concessão. Em quanto tempo é esperado um retorno sobre o investimento?
Estamos muito confortáveis com o valor do nosso lance. Reflete a nossa visão sobre o enorme potencial de crescimento do aeroporto e sua captação e do Brasil. Somos um investidor de longo prazo. Investimentos em aeroportos normalmente levam um longo período de gestação. Nossa prioridade agora é construir o aeroporto e fortalecer os negócios e a qualidade de serviço. Quanto à terceira pista, não é uma obrigação contratual com data definida. Vai depender, única e exclusivamente, do aumento da demanda do aeroporto.
 
A construção da terceira pista pode resultar na remoção de favelas da região. As disputas judiciais podem comprometer o negócio e seu retorno financeiro?
O consórcio vai abordar esta questão no seu devido tempo, com todo o cuidado que merece, quando a terceira pista for construída. Com base em um estudo preliminar, este certamente não será um grande problema. É até possível não haver impacto. Mas, se houver, como socialmente responsável, o consórcio vai avaliar todas as soluções técnicas e se esforçar para atenuá-lo, e abordar a questão com muita atenção e respeito máximo aos moradores afetados. E do nosso interesse estabelecer um diálogo permanente com as comunidades.
 
Como começaram as conversas para a parceria com a Odebrecht?
Nossa parceria com a Odebrecht começou há alguns anos, quando participamos de outra rodada de privatização de aeroportos no Brasil. Conversamos com muitas empresas. Nós e a Odebrecht decidimos que temos comunhão de intenções e visão de trabalhar juntos. Temos as competências especializadas e complementares necessárias para gestão e operação do aeroporto e para a realização imediata dos importantes investi; mentos que serão feitos ali.
 
Quais os investimentos e intervenções mais imediatas?
O consórcio só vai assumir o Galeão em agosto, após a Copa do Mundo. Antes disso, faremos arranjos, preparando as condições para que, uma vez assumido o aeroporto, possamos implementar imediatamente uma série de ações que atendam às queixas mais comuns dos passageiros. As primeiras medidas serão melhorar a limpeza, segurança e serviços em geral. Queremos trabalhar em parceria com as companhias aéreas e, sempre que possível, com o envolvimento do governo do Estado e com a prefeitura do Rio de Janeiro.
 
Fonte: Estadão
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Um reforço vigoroso na Defesa

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A indústria de Defesa deve crescer dez vezes no prazo de seis anos, caso seja implementada toda a agenda prevista para o setor no Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa e no Brasil Maior. A estimativa é do presidente da Associação Brasileiras das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), Sami Youssef Hassuani, acrescentando que toda a cadeia do setor fatura em torno de R$ 4 bilhões anualmente.
 
O primeiro passo concreto foi dado ontem, com a publicação, no Diário Oficial da União, das portarias que habilitam as primeiras 26 empresas consideradas estratégicas para o governo brasileiro na venda de seus produtos para as Forças Armadas com desoneração de IPI, PIS e Confins, conforme estabelece Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid).

Hassuani diz, porém, que a desoneração sozinha não é suficiente para impulsionar a indústria bélica. “ O setor tem condição de aumentar em dez vezes o seu faturamento e a geração de empregos com essa e outras medidas realizadoras que estão por vir", afirma o empresário. “Tudo dependerá do ritmo com que os novos projetos se concretizem”,completa, ao citar estímulo às exportações, ao consumo interno e à formação de recursos humanos.

A medida, celebrada com pompa ontem no Ministério da Defesa, precisou de sete anos para sair do papel. A discussão teve início em 2007, no âmbito da Estratégia Nacional de Defesa. Em março de 2012 foi sancionada a Lei 12.598, que prevê os benefícios, mas somente em outubro a legislação foi regulamentada, para agora saírem as portarias certificando as empresas.

Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, o estímulo à indústria da Defesa será fundamental para incrementar o parque brasileiro como um todo. “Na Defesa, não há desenvolvimento industrial e estímulo à inovação sem forte participação estatal", afirmou o ministro, após citar que a lei permite não apenas a desoneração de impostos, mas também privilegia a compra preferencial de produtos nacionais por parte das Forças Armadas.

“Em nenhum país a indústria da Defesa conseguiu se desenvolver sem a forte presença do Estado", afirmou. Amorim lembrou que até a Organização Mundial do Comércio (OMC) reconhece como legítimo o tratamento protecionista quando se trata de questões de Defesa. Entre os setores que mais comemoram está o da segurança cibernética, que sofre forte concorrência internacional, especialmente dos EUA.

“No passado enfrentávamos a concorrência internacional de maneira até predatória", lembrou Fábio Ramos, diretor de tecnologia da Axur, especializada em identificação e reação à ameaça cibernética.
 
Ministério da Defesa certifica primeiras 26 empresas estratégicas

O Ministério da Defesa certificou hoje (28) as primeiras 26 empresas consideradas estratégicas para o setor de defesa. Com isso, elas serão beneficiadas pelo Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid), regulamentado em outubro, e poderão obter desonerações que variam de 13% a 18%, especialmente para produtos das áreas de transporte, cibernética, química, armas e de insumos.

A certificação é um desdobramento da regulamentação das normas legais que instituíram mecanismos para tornar empresas nacionais do setor mais competitivas, tanto no mercado interno quanto no externo. “Este é mais um passo concreto para a conquista de tecnologia para a defesa nacional. Ao credenciar as primeiras empresas estratégicas brasileiras, iniciamos um novo ciclo de competitividade para as empresas nacionais. Com isso, ajudaremos a consolidar a indústria nacional de defesa”, disse o secretário de Produtos de Defesa do ministério, Murilo Marques Barbosa.

De acordo com o Ministério da Defesa, a balança comercial contabiliza déficit nas relações de comércio de produtos do setor. O Brasil exporta US$ 1,5 bilhão e importa US$ 2,5 bilhões. A expectativa é que, ao estimular a indústria nacional, caia a diferença. O setor de defesa tem potencial para gerar cerca de 60 mil empregos diretos e 240 mil indiretos, estima o ministério.

 
Fonte: Brasil Econômico / Agência Brasil
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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Aprovado plano de privatização da IMI

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O governo de Israel está planejando uma licitação internacional para privatizar a Israel Military Industries (IMI ), após uma decisão unânime do comitê ministerial para privatizar a empresa de defesa mais antiga do país .
A aprovação ministerial, parece encerrar uma disputa de 20 anos entre MoD , o Tesouro e poderosos sindicatos de Israel sobre os termos e as condições para privatizar a endividada , mas estrategicamente importante e potencialmente lucrativa indústria de defesa.
Com uma carteira de 1,41 bilhões dólares que se estende até 2016 segundo informou a empresa, com vendas anuais de 560 milhões, o governo avalia o preço inicial para compra da IMI em cerca de 650 milhões.
Fundada antes da independência de Israel , em 1948 , a IMI é especializada em uma ampla gama de produtos blindados , incluindo o novo sistema de proteção ativa Iron Fist para veículos terrestres . Ela produz cerca de 40% dos MBT's Merkava Mk4 de Israel ; tem um extenso portfólio de foguetes , morteiros e armas de precisão e fornece engenharia e aperfeiçoamentos para um amplo espectro de sistemas de guerra.
Enquanto pequenos detalhes ainda não estão concluídas e ainda tem que assinar o plano, a decisão tomada em 27 de novembro em acordo entre os ministro das Finanças Yair Lapid , o ministro da Defesa, Moshe Yaalon , líderes sindicais e o conselho da IMI  são elementos essenciais ao plano.
Especificamente , o IMI vai se aposentar 1.170 funcionários - cerca de um terço de sua força de trabalho; evacuar imóveis privilegiados no centro do país , e consolidar todo o expertise, mas tecnologias críticas e programas em uma empresa nova , livre de dívidas chamada Sistemas IMI , realocados no sul de Israel .
Programas e tecnologias críticas em desenvolvimento, como a propulsão para mísseis balísticos e veículos de lançamento pesado , permanecerá nas mãos do governo em uma nova entidade provisoriamente chamada Tomer.
A venda de vastas propriedades da empresa deverá render ao governo cerca de 25 bilhões de shekels  (700 milhões de dólares) , uma parte irá subscrever obrigações previdenciárias decorrentes de um acordo de 1990 que transformou a IMI a partir de um ramo do Ministério da Defesa de Israel em uma indústria de propriedade estatal .
Outras receitas imobiliárias vão cobrir os custos da transferênca da IMI para um complexo industrial  de alta tecnologia no sul , o reinvestimento em novas instalações de produção e a criação de uma rede de segurança de 230 milhões dólares para os funcionários veteranos que não podem ser retidos pelo licitante vencedor .
De acordo com nota da IMI , espera-se que a proposta de privatização a ser encaminhada ao premier israelense no próximo mês.
Paralelamente, funcionários do governo vão preparar uma oferta competitiva que será aberta a empresas nacionais e internacionais aprovados pelo ministério da defesa. Empresas globais que competem para comprar a IMI terão de estabelecer uma equipe de gerenciamento de Israel e submeter-se a fiscalização por bureau Malmab de segurança industrial do MoD .
O major-general Udi Adam , presidente da IMI , estima que todo o processo de privatização levaria cerca de 18 meses .
"No final deste processo , em um ano e meio , a IMI irá operar como uma empresa de defesa de propriedade privada focada em recursos básicos e as principais tecnologias adaptadas ao mercado dinâmico e em mudança. "
O governo disse que potenciais compradores não terão permissão para escolher setores de atividade específicos da IMI .
Em vez disso, a nova empresa a ser criada será vendida apenas como um pacote único que abrange todas as divisões da IMI e unidades de negócios , incluindo ashot Ashkelon Industries, uma subsidiária da IMI especializada em suspensão , sistema de transmissão e sistemas relacionados.
Ya'alon , o ministro da Defesa de Israel , disse que a privatização da IMI terá " enorme importância para a economia israelense " , continuando a fornecer para a defesa israelense.
" Eu louvo a aprovação da privatização da IMI . É um passo que deveria ter sido implementado há anos, mas foi impedido devido a diferentes disputas " , disse em um comunicado Ya'alon em 27 de novembro .
Ele acrescentou: " A IMI é uma empresa que , por um lado tem sido sobrecarregada com grandes dívidas que não podemos mais sustentar , mas por outro lado, desenvolve e produz excelentes produtos que ajuda a salvaguardar a segurança do Estado de Israel."
Inri Tov, ex-diretor de orçamento do MoD que se especializa em assuntos da indústria de Israel , disse que o plano de privatização , se totalmente implementado, promete "benefício extraordinário " para o potencial comprador , bem como o governo.
" Se a empresa está livre de dívidas, sua estrutura de capital é boa, e o governo fornece uma rede de segurança para os trabalhadores , será uma bonança para todos os lados ", disse Tov.
 
Fonte: GBN com agências de notícias
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Os 15 países com maior dívida externa bruta

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Muito se fala sobre dívida externa, balança comercial e outros assuntos ligados a economia, onde temos as economias gigantes como EUA e UE com seus países membros saltando frente as demais nações do globo. Porém a outra face da moeda é por muitos desconhecida e quando explode uma crise financeira de grande vulto, muitos se perguntam: Como pode uma economia tão forte enfrentar uma crise dessas?
O GBN realizou uma pesquisa, onde de acordo com dados publicados recentemente vamos apresentar aos nossos leitores a lista com as 15 maiores dívidas externa do mundo hoje. Não pense que o Brasil esta nesta, pois nossa nação passa muito longe destas economias gigantes que vivem em meio a uma dívida absurda, mantendo-se de pé graças a especulação financeira, o jogo das bolsas de valores e uma robusta politica externa.
 
Isoladamente encabeçando a nossa lista vem os EUA, possuindo hoje uma dívida externa na ordem dos 15,98 trilhões de dólares, país que ainda enfrenta uma enorme crise financeira interna com o alto individamento público que recentemente quase quebrou a maior potência do mundo, tendo aumentado em carater de urgência o teto do individamente público e realizado uma série de cortes nos gastos do governo.
 
Ocupando a segunda colocação no ranking encontramos o Reino Unido, possuindo uma dívida externa de 9,34 trilhões de dólares. Nação que diferente dos EUA esta conseguindo controlar sua economia de modo que não corra o risco de uma crise em larga escala.
 
A terceira posição no ranking fica com a Alemanha, uma das líderes da UE e que possui uma divida de 5,56 trilhões de dólares, conseguindo se equilibrar diante da turbulenta crise financeira que abala toda a europa.
 
Colada na quarta posição encontramos um dos principais parceiros do Brasil na europa, a França possui hoje uma dívida externa de 5,4 trilhões de dólares, e luta contra a crise financeira que tem abalado o continente. Possuindo grandes negócios junto ao Brasil no campo de defesa, a França visa estreitar os laços com o Brasil e aumentar seus laços economicos e industriais com o maior país da América do Sul e uma das maiores economias emergentes. Além de acordos economicos que visam ampliar o fluxo economico entre os dois países, a França tenta se firmar como um dos mais importantes fornecedores de tecnologia ao Brasil, mantendo-se na disputa por importantes programas militares brasileiros que visam não apenas a aquisição de equipamentos, mas a obtenção de tecnologia diante de uma parceria para pesquisa e desenvolvimento entre as duas nações.
 
Luxemburgo ocupa a quinta colocação com uma dívida de 3,04 trilhões de dólares.
 
A sexta posição é ocupada pelo Japão, país asiático que vem se recuperando de uma recente crise financeira. Possui uma dívida externa de 2,5 trilhões de dólares
 
A Itália vem a ocupar a sétima colocação, sendo uma das economias que enfrentam mais incertezas diante da crise européia, com uma dívida externa de 2,49 trilhões.
 
A Holanda ocupa a oitava colocação com uma dívida externa na ordem de 2,4 trilhões de dólares.
 
A nona colocação esta com a Espanha, que deve hoje cerca de 2,24 trilhões de dólares.
 
A Irlanda vem em décimo lugar com a dívida de 2,14 trilhões de dólares.
 
Suíça em décimo primeiro com 1,53 trilhões de dólares.
 
A Bélgica com uma dívida de 1,3 trilhões de dólares ocupa a décima segunda posição.
 
Canadá vem logo em seguida na décima terceira posição com uma dívida de 1,3 trilhões de dólares.
 
A Austrália ocupa a décima quarta posição com 1,24 trilhões de dólares.
 
Encerrando nossa lista esta Singapura com uma dívida externa de 1,19 trilhões de dólares.
 
 
Se observarmos bem, a maioria dos países que ocupam esta lista figuram entre os protagonistas da crise financeira européia e mundial.
 
Fonte: GBN

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Aviões militares do Japão e Coreia desafiam zona defensiva chinesa

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Aviões militares japoneses e sul-coreanos sobrevoaram uma zona aérea disputada no mar do Leste da China sem informar Pequim, disseram autoridades na quinta-feira (28), desafiando uma nova zona defensiva estabelecida pela China, a qual elevou as tensões na região e gerou temores de uma confronto acidental.
 
Antes, os EUA já haviam rejeitado a exigência de que aviões comerciais e militares notificassem a China ao sobrevoar a área disputada. Na terça-feira, dois bombardeiros B-52 norte-americanos desarmados sobrevoaram essa região sem informar Pequim.
A China anunciou no fim de semana que imporia uma nova zona de vigilância aérea na área compreendida por ilhas disputadas no mar do Leste da China, chamadas de Senkaku pelo Japão e Diaoyu pela China. A decisão, além de desafiar a reivindicação japonesa pelas ilhas, foi vista como uma afronta ao domínio dos EUA na região.
Washington não se posiciona sobre a soberania das ilhas, mas reconhece o controle administrativo do Japão sobre as ilhas desabitadas, mas potencialmente ricas em recursos.
Também na quinta-feira, a China rejeitou uma solicitação sul-coreana para revogar a zona de vigilância, mas aparentemente abrandou sua exigência de que aviões comerciais notifiquem as autoridades militares sobre seus sobrevoos. As duas maiores companhias aéreas japonesas já haviam sobrevoado a área sem notificar Pequim.
 
Fonte: Reuters
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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Israel prepara maior exercício de manobras aéreas de sua história

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Israel realiza nesta semana as maiores manobras aéreas de sua história com mais de 50 equipamentos de quatro países praticando situações de combate e ataque a superfície sobre o deserto do Neguev, no sul do país.
 
As manobras, denominadas Blue Flag e que pela primeira vez serão realizadas em território israelense, incluem aviões F-15, F-16, Tornado e AMX das forças aéreas de Israel, EUA, Grécia e Itália.
 
Após rejeitar o acordo alcançado neste fim de semana em Genebra sobre o programa nuclear iraniano, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que Tel Aviv reserva o direito de se defender se Teerã obtiver armas nucleares.
 
Fonte: EFE
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Bombardeiros dos EUA invadem zona de defesa aérea chinesa

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Dois aviões bombardeiros americanos B-52 entraram na polêmica zona de defesa aérea disposta pela China, sem informar Pequim, segundo dirigentes americanos nesta terça-feira. Os aviões, que não levam qualquer tipo de armamento, decolaram na segunda-feira da ilha de Guam no Pacífico. Seu voo estava previsto há tempos e faz parte de um exercício na zona, segundo a fonte.
"Ontem à noite (segunda-feira), realizamos um exercício que estava planejado há tempos. Envolveu duas aeronaves que partiram de Guam", afirmou o porta-voz do Pentágono, coronel Steven Warren, aos jornalistas. O plano de voo não foi entregue às autoridades chinesas com antecedência e a missão transcorreu sem incidentes, afirmou Warren.
Os dois aviões permaneceram menos de uma hora na zona aérea de identificação decretada unilateralmente no sábado pelo governo chinês, acrescentou. Um funcionário da defesa americana, que pediu para não ser identificado, confirmou que os aviões usados foram dois bombardeiros B-52.
A China anunciou a zona de defesa aérea em meio a uma disputa com o Japão por ilhas que os dois países reivindicam no Mar da China Oriental.
 
Fonte: AFP
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Forças Armadas recebem segunda brigada de sistemas de mísseis Iskander

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A cada ano, duas brigadas de sistemas Iskander-M, composta cada uma por 12 lançadores autopropulsados e uma frota de veículos de apoio, devem ser entregues ao Exército.  
 
As Forças Armadas russas receberam a segunda brigada de sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que será estacionada na região de Krasnodar, no sul do país. A primeira brigada entregue às Forças Armadas no último verão foi instalada em Birobidjan, no Extremo Oriente. Embora os detalhes não tenham sido divulgados, sabe-se que o programa federal de armamentos até 2020 prevê a criação de 10 brigadas de sistemas Iskander-M. A cada ano, duas brigadas destes sistemas, composta cada uma por 12 lançadores autopropulsados e uma frota de veículos de apoio, devem ser entregues ao Exército.
 
Os Comandos Militares do Centro e do Oeste contam com batalhões especiais de Iskander-M, mas as brigadas de Iskander-M só estão, por enquanto, em serviço nos Comandos Militares do Sul e do Leste.
 
Além da Rússia, nenhum país do mundo possui o Iskander-M, concebido para ser entregue a um país do Oriente Médio, possivelmente à Síria. Seu apelido, Iskander, significa Alexandre Magno em árabe. O sistema, no entanto, não chegou a ser entregue a seu destinatário devido à retomada das relações diplomáticas entre a Rússia e Israel no início dos anos 1990 e ao pedido do governo israelense para não entregá-lo ao Oriente Médio.
 
Mesmo assim, a versão de exportação do Iskander-M existe, a Iskander-E. Seus mísseis têm alcance máximo de 300 km. Conforme as normas fixadas por acordos internacionais, os mísseis destinados à exportação não podem ter um alcance superior a 300 km. Além do Iskander-E, a Rússia possui os sistemas Iskander-M e Iskander-K.
 
O Iskander-M leva mísseis balísticos com um alcance máximo de 500 km. Um alcance maior é proibido pelo Tratado INF (Tratado de Eliminação dos Mísseis de Médio e Curto Alcance entre a Rússia e os EUA). O Iskander-K conta com dois mísseis de cruzeiro supersônicos, que são extremamente difíceis de detectar por sistemas de defesa antiaérea e antimíssil.
 
Todavia, a principal vantagem dos mísseis Iskander é que eles voam em uma trajetória irregular e imprevisível. O míssil lançado pelo Iskander-M segue uma trajetória de míssil balístico depois voa como míssil de cruzeiro e, em seguida, retoma a trajetória balística para se aproximar do alvo a uma velocidade supersônica. O mesmo acontece com os mísseis de cruzeiro. Os mísseis dos sistemas Iskander podem ser equipados com ogivas explosivas, de fragmentação e nucleares.
 
As ogivas nucleares são armazenadas nos depósitos do Ministério da Defesa. Mas se a proposta da Rússia de retirar todas as armas nucleares para os territórios nacionais dos países detentores endereçada sobretudo aos EUA, que mantêm na Europa cerca de duzentas bombas atômicas B61, não for aceita, não podemos descartar que as ogivas nucleares passem a ser armazenadas perto dos locais de estacionamento dos Iskander.
 
Um aspecto deve ser assinalado. As brigadas de sistemas Iskander não possuem equipamento de reconhecimento. Sua função é cumprir missões de combate fixadas pelo comando de um exército ou de um Comando Militar de área. Portanto, recebem as coordenadas de alvos dos comandantes superiores, que, por sua vez, recebem informações de satélites, aviões de reconhecimento aéreo, aeronaves não tripuladas e outras fontes. Nesse nível, é elaborado um termo de informação e compatibilidade tecnológica único, que inclui uma nomenclatura, formato e o algoritmo uniformes de recepção e transmissão de informações para os sistemas de combate de todos os ramos das Forças Armadas do país.
 
Segundo o comandante das tropas de mísseis e de artilharia do Exército, general Mikhail Matvéevski, suas unidades utilizam não só os meios de reconhecimento tradicionais, mas também aeronaves não tripuladas, que permitem identificar alvos inimigos em tempo real.
 
Fonte: Gazeta Russa
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Marinha Russa recebe novos MIG-29K/KUB

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A marinha russa recebeu  seus primeiros quatro MiG-29K/KUB de série para dotar seu porta-aviões , segundo o Ministério da Defesa divulgou nesta segunda-feira (25) .

" A MiG entregou dois MiG- 29K monoposto e dois biposto MiG- 29KUB ", disse um porta-voz.

O Ministério da Defesa da Rússia assinou um contrato com a MiG em fevereiro de 2012 para a entrega de 20 MiG- 29K e quatro caças MiG- 29KUB até 2015 .

A aeronave será implantada no único porta aviões em serviço na Rússia, o “Almirante Kuznetsov” , baseado em Murmansk com a Frota do Norte .
O “Kuznetsov” opera atualmente caças Sukhoi Su -33 naval.

O MiG- 29K é uma variante naval do MiG -29 Fulcrum, e possui asas dobráveis ​​, um gancho de parada e uma estrutura reforçada, dotado de capacidade multirole graças à sua suíte avionica com radar Zhuk - ME.

Ao contrário do Su -33 , que é capaz apenas de desempenhar missões de defesa aérea , o MiG- 29K pode ser armado com uma ampla variedade de sistemas de armas ar -ar e ar -superfície , bem como armas de precisão com designação laser.
Fonte: GBN com agências de notícias
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Angola irá receber SU-30K

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A Rússia vai entregar 12 caças Su- 30K para uma nação na África, segundo anunciado na última sexta-feira (22).

Em sequência a uma visita da delegação russa no início deste ano , foi amplamente divulgado nos meios de comunicação russos que Moscou concordou em fornecer 18 caças para Angola.

" Essas aeronaves serão entregues a um país sul-Africano.
Para a primeira etapa , estamos inclinados a entregar 12 das 18 unidades ", disse Mikhail Zavaliy , um alto executivo da Rosoboronexport, sem especificar de que país ele estava falando.

As seis aeronaves restantes serão fornecidas em uma data posterior , disse Zavaliy .

Os 12 caças Su- 30K em questão são de um lote de aeronaves inicialmente fornecido para a Índia na década de 1990 , antes da Índia receber os mais avançados Su- 30MKI.
Eles foram devolvidos para a Rússia em 2007 e desde então ficaram ociosos em uma fábrica de reparação bielorrussa , de acordo com uma reportagem do jornal Vedomosti no mês passado.

Angola tem estreitos laços diplomáticos e militares com a Rússia.

Fonte: GBN com agências de notícias
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Ancara provoca confrontação entre Pequim e Washington

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Pelos vistos, a Turquia terá de comprar, em termos menos vantajosos em relação aos chineses, um sistema americano de defesa antimíssil promovido à força por lobistas. Foi assim que o diretor do Centro de Pesquisas Sócio-Políticas, Vladimir Evseev, comentou a recente declaração do chanceler turco, Ahmet Davutoglu, feita em Washington. O ministro salientou, contudo, que o seu país ainda “não fez a opção definitiva quanto ao sistema de defesa antimíssil chinês, podendo rever a sua decisão a favor dos EUA”.
Em setembro de 2013 a companhia norte-americana Raytheon perdeu o concurso para a empresa chinesa de maquinaria CPMIEC. Deste modo, a China obteve o direito de fornecer à Turquia complexos de artilharia antiaérea HQ-9, ou seja, uma cópia do conhecido sistema russo S-300P. Claro que os resultados do concurso deverão ser aprovados pelo executivo turco. Esta derrota amarga veio provocar a forte pressão de Washington sobre Ancara. Os americanos lembraram que a empresa chinesa é alvo de sanções devido à colaboração com o Irã, a Coreia do Norte e a Síria. Além disso, a Casa Branca ressalvou que a criação conjunta de um sistema será incompatível com os padrões da OTAN e irá enfraquecer a força dos aliados de Ancara, podendo até abalar um dos princípios básicos da Aliança Atlântica.
Na sequência disso, o chefe da diplomacia turca anunciou que, perante uma nova proposta conveniente, Ancara irá assinar um contrato com uma companhia estadunidense ou europeia.
Ao que parece, a Turquia se viu numa situação difícil e os EUA irão fornecer-lhe seus sistemas DAM, anunciou à Voz da Rússia Vladimir Evseev:
“Muita coisa está em jogo. Se calhar, os turcos queriam, à custa dos chineses, abater o preço. Mas, tudo indica que a Turquia acabará por optar pelo sistema americano. Ao menos, devido ao fato de pertencer à OTAN. Por outro lado, terá de, para manter as aparências, se mostrar independente e, ganhar assim as melhores condições para o contrato em causa.”
A China também está prosseguindo seu jogo, tentando tirar dividendos comerciais e políticos, adianta Vladimir Evseev:
"No essencial, a China começa a lidar com os países-membros da OTAN. Pode, pela primeira vez, propor sistemas DAM, que podem ser vendidos aos países industrializados. Tal aposta é realmente séria. A China é capaz de aceitar condições de venda vantajosas para a Turquia, prometendo-lhe benefícios no pagamento gradual. Do ponto de vista econômico, os termos do contrato, propostos pela China, são mais favoráveis em comparação com os americanos. Todavia, os EUA têm mais possibilidades relacionadas com os lobistas políticos. Tomando em conta que os equipamentos militares turcos foram todos produzidos pelos EUA, Ancara não vai correr riscos para receber o sistema antimíssil chinês."
Enquanto isso, Washington não tem certeza que a forte pressão política sobre a Turquia seja suficiente para suplantar a China. As empresas Raytheon e Lockheed Martin têm travado conversações intensas nos meios industriais e junto do governo norte-americano quanto à alteração de suas propostas já feitas à Turquia. O objetivo é fazer com que essas sejam mais atraentes em termos de competitividade. Calculam-se ainda projetos de produção conjuntos. A China não logrou fazê-lo na primeira etapa. Além disso, Pequim propôs a Ancara condições vantajosas de investir os meios obtidos com contrato na economia turca. Os americanos estão tentando avançar com variantes mais aliciantes. Segundo uma fonte, a Turquia pretende obter tecnologias de lançamento de foguetes espaciais. Porém, não está claro se a administração dos EUA irá aprovar a exportação de tais tecnologias no quadro das propostas já formuladas.

Fonte: Voz da Rússia
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Poderá a guerra na Síria “passar” para o Ocidente?

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Os dirigentes de várias agências de inteligência ocidentais têm expressado preocupação de que cidadãos da Europa e dos Estados Unidos retornando da guerra na Síria irão criar uma ameaça à segurança em casa. Em vídeos no YouTube, militantes realmente prometem que após a Síria seu próximo alvo serão os países que outrora abrigaram seus pais.
Assim, em 20 de novembro, um cidadão dos EUA jurou frente à câmara de vídeo: “Nós vamos matar todos em nosso caminho”. No entanto, apenas alguns minutos depois, seus planos pessoais foram perturbados por um projétil disparado por um canhão do exército sírio regular. Mas além dele na Síria ainda permanecem “europeus” e “norte-americanos” com tais ideias. Será que as ruas das cidades europeias e norte-americanas se tornarão semelhantes às ruas de Bagdá e Aleppo de hoje?
Não. Na verdade, o terror é há muito um companheiro constante da civilização. Na Europa e nos Estados Unidos ele apareceu muito antes do surgimento lá de células jihadistas. Elas são apenas um episódio de uma longa história cheia de todo tipo de “abaladores de fundações” que ameaçavam mudar o mundo à força. E no lugar de extintos apareciam novos para depois também desaparecer sem deixar vestígios. Houve tanto perigosos inimigos secretos como jovens exaltados que se abriam imprudentemente e revelavam suas intenções. Quantos deles haverá hoje na Síria para uma “grande guerra” contra o Ocidente?
Dos 5-10 mil militantes “estrangeiros” na Síria, têm o caminho aberto para o Ocidente cerca de mil “jihadistas” com passaportes de países europeus (segundo um relatório secreto da inteligência alemã (Der Spiegel, 21 de outubro). Mas esses mil são compostos de dezenas, no máximo de centenas, de cidadãos de diferentes países. Alguns serão mortos na Síria, outros não quererão voltar. E aqueles que se atreverão a voltar, irão se dispersar por suas casas, e centenas novamente se desintegrarão em unidades. A grande maioria dos que comprarem bilhetes de regresso, segundo especialistas, terá perdido para sempre o desejo por aventuras perigosas depois das lições cruéis de uma guerra real. Eles sabem que em seus países as agências de segurança são eficazes, e o número de confederados confiáveis é imensamente pequeno.
Obviamente, a ameaça permanecerá mesmo que apenas algumas dessas pessoas continuarão sendo perigosas. Com seus passaportes, eles realmente podem se mover livremente na Europa e nos Estados Unidos. Segundo o ex-analista da CIA, Michael Scheuer, “eles regressam para casa com uma lista de contatos de camaradas mujahidin que podem tanto aconselhar como prestar ajuda financeira”.
Hoje em dia, para um “cidadão europeu de sangue não-europeu” o caminho para os cuidados de serviços secretos começa no momento em que ele se manifesta, por exemplo, ao comprar um bilhete para Istambul. Se ele voltar, ele será vigiado até o fim da vida. Por todo o mundo.
Desde o início da guerra global contra o terrorismo o sistema de luta contra seus potenciais portadores também se tornou global. E está constantemente a ser melhorado. Desde o início do século, os militantes conseguiram apenas uma vez demonstrar suas capacidades quando, em 2004, eles realizaram atentados em Madrid exatamente 911 dias após o chamado “9/11” – os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York. Já em 2005, nos atentados de Londres, foi implementada apenas uma parte dos planos maliciosos. Hoje em dia, serviços de segurança, com raras exceções, neutralizam esses ataques em conjunto com bastante sucesso. Nem vale a pena falar do Ocidente quando parte dos talibãs, por sua própria admissão, se mudaram para guerrear na Síria porque as agências de inteligência paquistanesas não lhes permitiam fazer isso em casa.
As ameaças de “jihad” no Ocidente, como sempre, são evidência de mais uma derrota de seus apoiantes no Oriente. Assim, em 20 de novembro a agência Reuters transmitiu da Síria a confissão de uma fonte anônima na Frente al-Nusra: “O regime (de Bashar al-Assad) tem mais chances de ganhar.” Não é surpreendente: a implementação na prática de ideias estranhas e cruéis de ordem mundial aqui também levou inevitavelmente a elas serem rejeitadas.
Finalmente, não devemos esquecer que estão agora voltando para casa também os agentes especiais de quase todos os países europeus, com experiência em combate de luta contra o terror em suas fortalezas. Policiais assim já não podem ser apanhados de surpresa.
E as expressões de preocupação dos serviços secretos em nossos tempos agitados são uma advertência útil de que devemos permanecer atentos. O tempo de terroristas, infelizmente, ainda não passou. Mas a era do caos, felizmente, ainda não chegou.
Fonte: Voz da Rússia
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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Brasil não terá artilharia antiaérea de médio alcance na Copa, diz general

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O Brasil não terá um sistema de artilharia antiaérea de média altura – com alcance de 15 km de altitude – na Copa do Mundo de 2014. O general José Carlos de Nardi, coordenador das Forças Armadas, afirmou ao G1 que esse tipo de equipamento não é uma exigência da Fifa, contrariando o que afirmou em 2012 o general Marcio Roland Heise, comandante do setor de artilharia à época.
Imagem"Esta informação da média altura não procede, não teve nada da Fifa neste ponto específico", disse José Carlos de Nardi. "É uma necessidade nossa que foi percebida antes mesmo da Copa, está sendo tratada como uma demanda emergencial do governo. Claro que ajudaria na defesa do espaço aéreo se chegasse [até o Mundial]".
Procurado pelo G1, o general Marcio Roland Heise disse que, na época em que coordenava as tratativas para a compra do equipamento, tinha a informação de que o sistema de média altura era uma recomendação da entidade organizadora. Na série de reportagens que o G1 fez sobre a o sucateamento do Exército, em agosto do ano passado, Heise havia dito que o objetivo era "adquirir tudo o que precisamos até a Copa" e que a Força estava "conduzindo um projeto para reformular material e também conceitos de uso, buscando também a capacidade de alvo a média altura".
Na época, outros generais do Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter) também ressaltaram que a artilharia de média altura era pré-requisito para o Mundial. Em entrevista concedida em 2012, questionado sobre a necessidade do sistema como exigência da Fifa, o general Mário Lucio Alves de Araújo, do Estado-Maior do Exército, salientou que o governo estava empenhado em "suprir os vácuos e equipar as tropas para atender às necessidades exigidas nos grandes eventos esportivos".
O Ministério da Defesa informou que a exigência da Fifa não se refere especificamente ao termo média altura, mas que a organização pede um sistema de controle e segurança do espaço aéreo. Ainda segundo a Defesa, esse sistema inclui, entre outras coisas, o controle do tráfego e a defesa aérea.
Procurados pela reportagem, a Fifa e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo não dizem quais são as exigências em relação à defesa nem falam se há alguma exigência em relação ao sistema aéreo. Ambos disseram que o tema é tratado pelo governo federal e que a questão é individualizada com cada país hospedeiro do evento.
Possibilidade para a Olimpíada de 2016
Em fevereiro, quando a presidente Dilma Rousseff encontrou o premiê Dmitri Medvedev em Brasília, foi dado início à negociação da compra de três baterias russas Pantsir-S1, de médio alcance, avaliadas em cerca de US$ 1 bilhão (R$ 2,29 bilhões). O acordo, no entanto, ainda não foi fechado. Atualmente, o país possui apenas canhões e mísseis para baixa altura, com alcance de até 3 km.
De acordo com o general José Carlos de Nardi, "há uma possibilidade" de que alguns carros do modelo Pantsir cheguem ao Brasil até a Olimpíada. Em fevereiro de 2014, militares vão à Rússia verificar na prática o modelo, segundo o militar. Para se ter uma ideia da importância do sistema de média altura, todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contam com essa tecnologia.
O processo de compra dos equipamentos russos envolve três fases: na primeira, chamada de "exploratória", que é a atual, os militares desenvolvem requisitos técnicos conjuntos para Marinha, Aeronáutica e Exército para a compra e o uso do sistema. Depois disso, haverá a fase de negociação e, por fim, o fechamento do contrato.
"Estas negociações envolvem muitos interesses e setores. É importante ir com calma e tranquilidade", afirma o general Guido Amin Naves, comandante da Artilharia Antiaérea do Exército. Ele disse desconhecer o andamento das tratativas com a Rússia e também a exigência da Fifa porque o assunto é tratado pela Defesa. Procurado para comentar o atraso na chegada da artilharia, o general Marcio Roland Heise também disse que o processo agora está com o Ministério da Defesa.
Em setembro de 2013, uma portaria publicada no Diário Oficial da União pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, determinou que a aquisição dos equipamentos russos de médio alcance passasse a ser responsabilidade da Aéronáutica.
"País à mercê de ataques terroristas"
O general da reserva Nelson Santini Júnior, que comandou a brigada antiaérea e iniciou os trabalhos para renovação do equipamento para os grandes eventos esportivos que o Brasil vai receber em 2014 e 2016, afirmou ao G1 que o país ficará à mercê de ataques terroristas sem o Pantsir. Segundo ele, o sistema de média altura é exigência de países que participam da competição da Copa.
"Média altura é uma exigência de alguns países mais preocupados, como Estados Unidos, Israel, Inglaterra, que normalmente pedem recursos compatíveis com o risco", disse Santini. "Este atraso compromete a segurança dos estádios. Vamos ficar com uma defesa aérea bastante vulnerável, com pouca capacidade de reação. Sem média altura, não existe defesa aérea", completou.
Por e-mail, o Ministério da Defesa disse não ter informação, até o momento, sobre pedidos feitos por países que vão disputar o Mundial em relação à defesa aérea.
"Se um monomotor se aproximar do Maracanã durante um jogo com 10 quilos de explosivos a bordo, que são capazes de derrubar uma casa, você não terá como abatê-lo com o caça a média altura. Com um míssil, a baixa altura, causará um grande estrago, com muitas mortes. É como defender sua casa de um ladrão armado com pistola com seguranças usando apenas cassetete", comparou o general Santini.
O general Guido Amin Naves garante a proteção dos estádios. [O sistema de média altura] É uma capacidade que não temos e que estamos negociando há muito tempo. Tendo-a, seria muito bom, mas se não chegar a tempo, coordenamos com a Força Aérea os sistemas de radares e acionamento de aviões e caças para dar um jeito para isso. O importante é que o evento transcorra da melhor maneira possível."
Parceria com a Rússia
Segundo o general De Nardi, a proposta da Rússia para o Ministério da Defesa envolve uma "parceria". Informalmente, a Rússia corre por fora no projeto FX-2, que pretende adquirir um novo caça para o Brasil. Os russos ofereceram à FAB o modelo Sukhoi. O melhor avião de combate do país, o Mirage, será aposentado dia 31 de dezembro. Até agora não há decisão sobre o seu sucessor.
Além das três baterias Pantsir-S1, o governo quer comprar também duas baterias do modelo Igla, com mísseis portáteis, que podem ser lançadas por apenas um homem, sistema que o Exército já possui. Em fevereiro, oito oficiais brasileiros, especialistas na área, irão à Rússia "para verificar na prática" o funcionamento do Pantsir, segundo o Ministério da Defesa.
 
Fonte: G1
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domingo, 24 de novembro de 2013

O símbolo mais barulhento da Guerra Fria

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Primeiro bombardeiro intercontinental soviético se tornou instrumento fundamental para atacar locais estratégicos de potenciais inimigos.  
 
Em novembro de 1952, o Tu-95, o último avião construído por ordem de Iossif Stálin, realizou o seu primeiro voo. Quando a criação do Tu- 95 estava apenas começando, foram analisadas as opções de equipar o bombardeiro com motores turboélices e a jato ou apenas com seis motores a jato. No primeiro protótipo, denominado de 95/1, foram instalados oito motores turboélice que giravam hélices de quatro pás com 5,6 metros de comprimento, com uma eficácia recorde em todos os modos de voo.
 
A construção dessas hélices e a grande potência do motor fizeram com que o Tu-95 fosse uma das aeronaves mais barulhentas do mundo, cujo som era captado até mesmo pelos sistemas sonar de submarinos.
 
Mas o Tu-95 é também o avião a hélice mais rápido do mundo e o único bombardeiro turboélice fabricado em série. Ele reparte a sua longevidade nos céus com o norte-americano B-52: ambas as aeronaves levantaram voo pela primeira vez em 1952 e continuam a ser fabricadas até os dias de hoje.
 
No total, em toda a sua história, o Tu-95 sofreu mais de 20 modificações. Além disso, com base neste avião, a Tupolev construiu várias outras aeronaves. Por exemplo, em 1957, fez o Tu-116, avião de transporte das lideranças soviética em viagens internacionais. A diferença estava apenas no compartimento de carga, que recebera uma cabine hermética com duas salas para 20 pessoas, cozinha e espaços de trabalho.
 
Um pouco mais tarde começou a ser fabricado em série o avião de passageiros Tu-114, de longo curso, cuja base inicial, novamente, foi o Tu-95. Uma vez que fora pensado para voos longos, havia nele um compartimento equipado com camas e uma cozinha que, obrigatoriamente, implicava sempre na presença de um cozinheiro a bordo.
 
Tsar Bomba e outros testes
 
Durante os testes, o Tu-95 tinha como função transportar armamento nuclear e termonuclear para bases militares. Em casos de situação de combate, a aeronave é equipada com uma plataforma de lançamento de seis mísseis de cruzeiro Kh-55 no seu compartimento de carga. Além do compartimento de carga, o Tu-95 pode transportar dez mísseis sob as asas.
 
Para os testes do dispositivo termonuclear AN602, com capacidade de 60 megatons e apelidado de Tsar Bomba, foi construído um exemplar único, o Tu-95B. A bomba, junto com o sistema de paraquedas, pesava mais de 27 toneladas e não cabia no compartimento de carga. Por isso, foi necessário instalar um suporte bem forte no avião, assim como remover as portas de lançamento. Além disso, o corpo do aparelho foi todo pintado com tinta branca reflexiva.
 
No momento da explosão da bomba, em 30 de outubro de 1961, o Tu-95B se encontrava a uma distância de 39 km. Mais tarde, já em terra, descobriu-se durante a inspeção que a fuselagem e as asas do aparelho tinham sido seriamente queimadas, e as peças de alumínio sobressaídas, derretido e se deformado. A tripulação da aeronave, comandada por Andrei Durnovtsev, ficou feliz por não ter usado o terceiro estágio da bomba, o que teria aumentado a sua capacidade para 100 megatons.
 
No ano seguinte, o Tu-95B, com a mesma tripulação, participou de vários outros testes termonucleares. Nos anos 1970, o avião foi usado novamente para levar urgentemente o supersônico Tu-144 de Moscou a Novosibirsk. O Tu-144 foi fixado na mesma estrutura que antes levara a Tsar Bomba.
 
Vida militar
 
Durante a era soviética, o Tu-95 era responsável pela vigilância e prontidão militar em caso de necessidade de atacar locais estratégicos do potencial inimigo. Pressupunha-se que tal eventual ataque seria feito pelo caminho mais curto, isto é, através do Polo Norte. Para tal, blocos de gelo à deriva estavam equipados com aeródromos de apoio.
 
Em 1958, dois Tu-95 aterrissaram com sucesso em uma dessas áreas; a única dificuldade encontrada foi para frear o aparelho na superfície de gelo. Mas, com o desenvolvimento da técnica de reabastecimento em voo, não havia mais necessidade de aeródromos flutuantes.
 
As tarefas do bombardeiro em serviço incluíam, nomeadamente, a intimidação dos porta-aviões norte-americanos. “Recebíamos a tarefa: no Atlântico, em tal e tal coordenada, foi detectada a atividade de um porta-aviões e levantávamos voo. Muito antes de chegarmos ao local, já baixávamos o avião até os 200 metros de altitude para que ele não fosse detectado pelos radares e aí chegávamos mais perto. Sobrevoávamos o convés do porta-aviões, tirávamos fotos e exibíamo-nos para assustar”, conta o veterano da aviação de longo alcance, Vitáli Volkov.
 
“Uma vez, no entanto, o tiro nos saiu pela culatra: o porta-aviões America, ao largo dos Açores, decolaram quatro caças que nos cercaram e obrigaram a gente a seguir em direção aos Estados Unidos. O comandante contatou a base e relatou o sucedido. A ordem da base foi para escapar. Bem, aí aceleramos e escapamos subindo em direção às nuvens”, finaliza Volkov.
 
Fonte: Gazeta Russa
 
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