segunda-feira, 31 de maio de 2021

EUA aprovarão se a Indonésia optar pelo pacote completo dos mais recentes F-16

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A Lockheed Martin confirmou que o governo dos Estados Unidos não impedirá que a Indonésia adquira a versão mais recente dos caças F-16 e seu sistema de armamento avançado.

A Força Aérea da Indonésia opera aeronaves F-16 há décadas e outra aquisição destas aeronaves multifuncionais seria muito mais econômico para o programa de defesa do país no longo prazo, de acordo com Mike Kelley.

A Lockheed Martin está oferecendo os caças F-16 Block-72 para Indonésia, a versão mais recente com tecnologia de ponta, a configuração mais avançada do F-16 atualmente no mercado. 

“Se a Indonésia escolhesse uma aeronave diferente do F-16, seria muito mais caro construir esse novo ecossistema para suportar outra plataforma, desde a infraestrutura no solo até o treinamento de pilotos e equipes de manutenção”, disse Kelley em recente entrevista à vários meios de comunicação indonésios, incluindo The Jakarta Globe

“Com o F-16, essa infraestrutura e conhecimento já está lá. Isso economiza custos significativos, bem como o tempo que leva para acelerar. ”

Ele disse que o governo dos EUA continua sendo o tomador de decisões nas exportações de armas, e neste caso a Indonésia recebeu luz verde.

“A Indonésia foi aprovada pelo governo dos EUA para receber todas as capacidades e armas avançadas solicitadas pela Força Aérea Indonésia (IDAF) para o F-16 Block 72, incluindo o avançado radar AESA”, disse ele, acrescentando que a Lockheed Martin não faz parte dessa tomada de decisão.

O radar Active Electronically Scanned Array (AESA) é um conjunto de infusão de tecnologia aviônica, incluindo computadores de missão e processadores de exibição, um display de grande formato 6x8 de alta resolução, um sistema interno de guerra eletrônica, uma rede de dados de alto volume e alta velocidade e incorpora um Data-link sofisticado, de acordo com a Lockheed Martin.

“O processo de Vendas Militares Estrangeiras, ou o que você pode ouvir referido como “FMS”, é o programa do governo dos EUA para tomar essas decisões, bem como a contratação e transferência real dos produtos e programas de defesa”, explicou Kelley. 

“Basicamente, isso significa que o parceiro internacional tem um contrato com o governo dos Estados Unidos para suas compras de defesa, e o governo dos Estados Unidos, por sua vez, trata desse contrato com a Lockheed Martin. Isso garante um processo altamente transparente que define claramente todos os aspectos do programa e da parceria ”, acrescentou. 

Lars Hubert, um piloto veterano de F-16, disse que uma grande vantagem que vem com o F-16 Block 72 é a familiaridade dos pilotos indonésios.

“O que isso significa para os pilotos indonésios? A transição deles será mais rápida e certamente mais eficiente ”, disse Hubert.

Tendo pilotado o F-16 durante a maior parte de sua carreira de 25 anos na USAF, Hubert disse que existem essencialmente mais de 200 atualizações que ele viu nesta aeronave nos últimos anos.

“O radar AESA oferece uma capacidade incrível, vendo alvos em distâncias mais longas. E posso obter uma qualidade de faixa de cada uma dessas detecções, o que é mais preciso ”, disse Hubert, cujo indicativo é Yeti quando no ar. 

A Indonésia possui cerca de 30 aeronaves F-16, todos fabricados na década de 1980. 

Em outubro de 2019, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, o marechal Yuyu Sutisna, disse que o governo cogitou a aquisição de “dois esquadrões” de F-16 do Block-72, mas o plano não se concretizou quase dois anos após suas declarações. Cabe salientar que a Indonésia opera um mix de aeronaves de variadas origens, inclusive caças Sukhoi da Rússia.


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com Jakarta Globe

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Teste de defesa contra mísseis falha após a presença de um navio espião russo

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Um teste de defesa de mísseis dos EUA no Havaí foi atrasado no início desta semana devido à presença de um navio de vigilância russo, após o episódio com "espião", o teste foi realizado no último domingo (31) com uma salva de mísseis SM-6 disparados pelo navio, porém, não conseguiu interceptar o míssil balístico de médio alcance empregado como alvo.

A Agência de Defesa de Mísseis, em cooperação com a US Navy, disse que realizou o que chamou de Flight Test Aegis Weapon System 31.

"O objetivo do teste foi demonstrar a capacidade do Aegis configurado para atuar na defesa contra mísseis balísticos (BMD), realizando as etapas de detecção, rastreamento, engajamento e interceptação do míssil balístico de médio alcance com uma salva de dois mísseis Standard Missile-6 Dual II (SM-6DII). No entanto, uma interceptação não foi alcançada", segundo um comunicado à imprensa.

A equipe do programa iniciou uma "revisão extensa" para determinar as causas que possam ter ocasionado na falha em interceptar o míssil balístico.

Um navio espião russo operava próximo em águas internacionais, o que resultou no atraso do teste. A Frota do Pacífico disse em comunicado que estava ciente da presença da embarcação russa operando em águas internacionais nas proximidades do Havaí e manteve a mesma sob monitoramento durante todo tempo, empregando para isso aeronaves de patrulha marítima e navios de superfície.

Um oficial disse anteriormente que o teste foi adiado porque os Estados Unidos não queriam que o navio russo "coletasse" dados sobre os testes e desempenho do SM-6 DII.

A Agência de Defesa de Mísseis disse que os testes foram executados dentro da janela de teste, então não houve atrasos. Não ficou imediatamente claro se o navio russo havia partido das ilhas havaianas.

O visitante indesejado tratava-se do navio de coleta de inteligência SSV-535 "Kareliya" da Marinha Russa, pertencente a classe "Vishnya". O navio com base em Vladivostok é um dos sete navios especializados em inteligência de sinais operados pela Rússia.

"A Rússia está testando armas hipersônicas e talvez buscando informações sobre nossos sistemas de mísseis que possam aumentar a capacidade de suas armas hipersônicas em penetrar em nossas defesas", disse o capitão Carl Schuster, ex-diretor de operações do Centro de Inteligência Conjunto do Comando do Pacífico e professor adjunto da Hawaii Pacific University. Ele acrescentou que o teste de defesa antimísseis "é uma oportunidade de inteligência difícil de ignorar".


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Com agências de notícias

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ABIMDE - Últimas notícias

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Na última semana, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa (ABIMDE) realizou importantes reuniões e firmou novos acordos, três eventos em especial merecem nosso destaque, e você confere na sequência cronológica:

ABIMDE discute plano de ação em reunião com comando da Marinha

O presidente da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), Dr. Roberto Gallo, foi recebido pelo novo Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Almir Garnier Santos, no último dia 25, terça-feira, no Rio de Janeiro. O encontro contou também com a participação do Presidente Executivo da Associação, Almirante Rodrigo Honkis.

O objetivo da reunião foi alinhar as ações decorrentes do Plano de Ação elaborado pelo Grupo de Trabalho MB/ABIMDE (GT), que visa exercer maior interação entre a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) e a Marinha do Brasil. “Foi um encontro extremamente produtivo e que, com certeza, vai trazer benefícios para todos. Tudo o que estiver ao nosso alcance será feito para ampliar esse diálogo e atender as demandas dessa importante parceria, que resultará em avanços para nossa base industrial”, declarou Dr. Gallo.

O Presidente Executivo da Associação ressaltou também a importância do encontro para alavancar os projetos da BIDS junto à Marinha. “Esse é o nosso papel, o de buscar parcerias e estreitar os laços para colaborar com as indústrias que têm todo o potencial tecnológico para atender nossas Forças.”

Diversas ações que poderão ser desenvolvidas pela MB e pelas empresas da BIDS foram listadas pelo Grupo de Trabalho, que é constituído de 7 subgrupos. Elas buscam ampliar o mútuo conhecimento de todos os participantes, o que pode resultar em um atendimento mais adequado das demandas da Marinha do Brasil pela BIDS.



ABIMDE e ABENDI assinam acordo de cooperação

A ABIMDE esteve presente em reunião, na última quarta-feira (26), com a diretoria da ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção). Na ocasião, foi assinado um acordo de cooperação entre as duas entidades.

“Esse é uma ação muito importante, que vai intensificar o relacionamento entre as duas entidades, fortalecendo ainda mais nossos associados”, comentou o diretor técnico da ABIMDE, coronel Armando Lemos.

O acordo visa intensificar o intercâmbio de informações técnicas, inclusive em termos de treinamento e qualificação de pessoal. “A ABENDI é uma entidade certificadora e normalizadora, nos moldes que a ABIMDE vem buscando alcançar”, explica Lemos.

Ainda durante a visita, Lemos ministrou palestra sobre o perfil da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS). “Apresentei todo o potencial das empresas do setor e como elas estão cada vez mais qualificadas para fornecer produtos e serviços para o Brasil e também para o mercado internacional”, frisou o diretor.



ABIMDE recebe delegação da Coreia do Sul e discute Plano de Ação em conjunto

A ABIMDE recebeu, nesta quinta-feira (27), uma delegação da Coreia do Sul, formada por representantes da Korea Trade Investment Promotion Agency (Kotra) e pelo adido militar do país no Brasil. O grupo foi recebido pelo diretor de projetos e Relações Institucionais da entidade, Paulo Albuquerque e pelo diretor técnico, Coronel Armando Lemos.

No encontro, foi debatida a criação de um Plano de ação voltado ao incremento de parcerias no setor de defesa e segurança entre Brasil e Coreia do Sul. As ações devem ganhar impulso já no segundo semestre deste ano.

“A Coreia do Sul é um grande player do mercado de defesa e é muito importante abrir esta janela de oportunidades para as empresas brasileiras”, comenta Albuquerque.

Ainda durante a reunião, o diretor convidou a comitiva sul-coreana a participar da 6ª Mostra BID Brasil, que acontecerá de 7 a 9 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), e da Expo Adesc, que acontecerá no mesmo local entre 26 e 28 de abril de 2022.

Esta é a segunda vez, este ano, que a ABIMDE recebe representantes da Coreia do Sul. O último encontro foi em fevereiro.


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Com informações da ABIMDE


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IAI lança SatGuard - Um novo sistema de operação e gerenciamento de satélite desenvolvido pela IAI

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A Israel Aerospace Industries (IAI) desenvolveu um sistema inovador para operar e gerenciar satélites de observação e comunicação. O novo sistema SatGuard foi projetado para estender a vida útil dos satélites colocados em órbita. Alimentado por AI, big data e aprendizado de máquina, o sistema detecta anomalias e outras irregularidades nas operações do satélite. O desenvolvimento do SatGuard é baseado em anos de foco e experiência no espaço, acumulados pelo Grupo de Sistemas, Mísseis e Espaço do IAI, e como parte do Centro de Inovação interno do IAI.

As informações telemétricas recebidas dos satélites permitem que o sistema analise tendências e identifique irregularidades e mudanças que ocorrem no satélite, resolva-as e evite anomalias futuras. O SatGuard foi construído como parte do programa de aceleração do IAI Innovation Center, operado em colaboração com a Starburst, uma aceleradora de start-up global especializada em aeroespacial. O POC do novo sistema foi feito com base em dados recebidos do Venus, um satélite de pesquisa desenvolvido e construído pelo IAI para as agências espaciais israelense e francesa.

Algumas medições testadas e monitoradas pelo SatGuard incluíram precisão de navegação de subsistemas, temperaturas, correntes e tensões elétricas, comportamento dinâmico, subsistemas de comunicação e muito mais. A análise de dados de atividade de satélite ao longo dos anos de atividade no espaço é possível por meio de AI, big data e aprendizado de máquina que podem posteriormente desenvolver um sistema que apóia decisões e resolução de problemas para os satélites do IAI.

A Israel Aerosapce Industries (IAI) abriu um centro de inovação, denominado SPARX Innovation Lab, dentro do Grupo de Sistemas, Mísseis e Espaço. O centro concentra-se em empresas geradoras de sementes e busca desenvolver empreendimentos amplos em todas as linhas de negócios do grupo. O centro enfatiza a inovação aberta e orgânica e busca identificar as tendências tecnológicas futuras.

Amira Sharon, Ph.D., IAI EVP, CTO Corporativo, Inovação e P&D, disse, “o centro de inovação do IAI emprega metodologia de inovação aberta para incentivar a diversidade tecnológica e o empreendedorismo interno. Nossas equipes de desenvolvimento se envolveram em um processo de engenharia rápido para criar um Produto Mínimo Viável (PMV), seguido por um sistema que será usado nos sistemas operacionais da empresa. ”

Inbal Kreis, Chefe do Centro de Inovação para Sistema, Mísseis e Grupo Espacial da IAI, comentou, “SatGuard é um sistema inovador de análise de anomalias que aproveita o big data no gerenciamento de satélites. Recursos avançados de aprendizado de máquina, big data e AI possibilitaram o desenvolvimento acelerado de um sistema que fornece resultados precisos em tempo real. O SatGuard será usado em satélites e também em outras linhas de negócios, incluindo atendimento ao cliente, suporte online e implementação de descobertas de análises de tendências."

Fonte: IAI via Rossi Comunicação

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Dia 29 de maio, Dia dos "Peacekeepers", parabéns aos "Boinas Azuis"!

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No último dia 29 de maio, foi comemorado pelas Nações Unidas o Dia Internacional dos Peacekeepers, os Mantenedores da Paz, e nós brasileiros com orgulho reconhecemos o empenho e os esforços dos nossos militares das três Forças que com heroísmo e abnegação, arriscam suas vidas na defesa da paz nos mais longínquos lugares do mundo, escrevendo com louvor importantes páginas da história de nossa atuação em missões de paz. 

Milhares de homens e mulheres que ao longo de décadas cumprem a nobre missão de devolver a segurança e a paz em nações e regiões marcadas por conflitos, assegurando a milhões de pessoas os direitos que lhes são essenciais.

Também conhecidos como “boinas azuis”, os “Peacekeepers”, que na língua portuguesa significa mantenedores da paz, orgulham suas nações ao abdicar, por longos períodos, de suas famílias e de sua Pátria para cumprir, com dignidade, a missão que lhes é dada.

Posição consolidada

A primeira participação do Brasil em missões de paz ocorreu em 1947 na Grécia, quando observadores militares integraram a Comissão Especial das Nações Unidas para os Bálcãs (UNSCOB). Atualmente, há cerca de 80 militares brasileiros participando de missões de paz, nos seguintes países: Chipre, Líbano, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Saara Ocidental, Sudão do Sul e Abyei.

Nos últimos 73 anos, as Forças Armadas brasileiras estiveram presentes em 72 missões de manutenção da paz, empregando cerca de 55 mil militares. Por 13 anos, o Brasil comandou, com sucesso, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).

Desde fevereiro de 2011 a janeiro deste ano, a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL) foi comandada por um Contra-Almirante brasileiro. A missão contou com a participação contínua de navios, aeronaves e militares de outras nações, tendo apoiado as inspeções em cerca de 14 mil navios. A FTM-UNIFIL tem como propósito principal contribuir para evitar a entrada de armas ilegais, por mar, em território libanês.

Durante a UNIFIL, um esquadrão da força aeronaval brasileira em especial merece as devidas congratulações, com 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque, o EsqdHA-1 "Lince", tendo embarcado em praticamente todas as comissões enviadas ao Líbano, tendo ficado de fora de apenas uma comissão durante o processo de recebimento das novas aeronaves AH-11B Wild Lynx.



CCOPAB

O Brasil também possui um importante centro de preparação de civis e militares que atuarão em missões de paz nos mais diversos cenários de conflito. O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), localizado no Rio de Janeiro, criado inicialmente em 23 de fevereiro de 2005, como Centro de Instrução de Operações de Paz (CI Op Paz), iniciou suas atividades com a incumbência de conduzir o preparo da então Brigada Haiti, 3º Contingente, integrada pelo GUEs - 9ª Bda Inf Mtz, instalando-se provisoriamente no aquartelamento do 57º BI Mtz (Es) / REI, a unidade base do Batalhão Haiti.

Dessa forma, após a criação do CI Op Paz, os contingentes, a partir do terceiro, inclusive, passaram a preparar-se e a serem empregados sob a luz do Cap. 7 da carta das Nações Unidas, coerente com o mandato da MINUSTAH, produzindo significativas modificações no comportamento das tropas no terreno.

Em 15 de junho de 2010, a portaria nº 952-MD, de mesma data, designa o Centro de Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz), do Exército Brasileiro para a preparação de militares e civis brasileiros e de nações amigas a serem enviados em missões de paz e altera a sua denominação, para Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB).

Dentre os cursos ministrados pelo CCOPAB, está o EPJAIAC (Estágio Preparatório de Jornalistas e Assessores de Imprensa em Áreas de Conflito), curso voltado a preparar jornalistas que pretendem atuar na cobertura de zonas em conflito. Curso no qual nosso editor, Angelo Nicolaci, se formou em 2019, após uma semana de intensas atividades e estudos, onde absorveu importantes ensinamentos teóricos e práticos sobre a atuação segura em zonas de conflito.



O Brasil 

Atualmente, o país exerce o comando das tropas da Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO). Os militares brasileiros estão no país do continente africano desde 2013.


Para comemorar a data, está prevista solenidade com a presença do Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, no dia 8 de junho na Base Aérea de Brasília.


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Com base nas informações do Ministério da Defesa





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sábado, 29 de maio de 2021

O novo F-15EX Eagle II conseguiu algumas 'vitórias' em seu primeiro grande jogo de guerra, mas também foi 'abatido'

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Os dois primeiros caças F-15EX Eagle II da USAF participaram dos jogos de guerra Northern Edge 21 este mês no Alaska. Ele "abateu alguns adversários, mas também sofreu abates" durante os exercícios conjuntos.

A USAF ainda está descobrindo como usar o seu novo caça não-furtivo em combate.

Os dois primeiros caças F-15EX Eagle II operacionais da USAF (Força Aérea dos EUA) voaram para o Alasca este mês para participar dos jogos de guerra Northern Edge 21 - com resultados mistos. [NT: O GBN postou um artigo sobre o F-15EX no exercício: USAF estreará F-15EX Eagle II na "Northern Edge 21"]

Durante o exercício conjunto entre as Forças, as duas aeronaves voaram 33 surtidas, lado a lado com uma variedade de aeronaves em serviço ativo, incluindo F-15C Eagle, F-16 Fighting Falcon, F-35 Lightning II e F-22 Raptor.

Durante o exercício, o F-15EX "abateu alguns adversários e também foi abatido", segundo a Air Force Magazine. Ainda assim, os resultados não são exatamente uma surpresa, considerando que a USAF ainda não descobriu uma estratégia para seus novos caças não-furtivos.

O tenente-coronel John O'Rear do 84º Esquadrão de Teste e Avaliação disse à Air Force Magazine que o F-15EX "registrou alguns abates", mas também "sofreu algumas perdas". O'Rear disse que o desempenho atendeu às expectativas, já que qualquer adversário simulado contra o qual valha realmente a pena treinar deve naturalmente ser forte o suficiente para infligir perdas.

O F-15EX é a versão mais recente da série de caças F-15 Eagle. Depois de entrar em serviço no final dos anos 1970, o Eagle foi um esteio entre os caças de superioridade aérea da USAF por mais de duas décadas. A USAF originalmente planejou que o F-22 Raptor deveria substituir o F-15, mas acabou comprando menos de 200 aeronaves antes de finalizar o programa do caça, forçando a Força a manter centenas de F-15C mais antigos.

Embora virtualmente idêntico aos outros F-15 por fora, o F-15EX possui aviônicos (eletrônicos usados ​​em aeronaves) e radar muito mais avançados do que outras versões do Eagle.

Um F-15EX Eagle da Força Aérea dos EUA decola em apoio ao Northern Edge 21 na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, Alasca, em maio de 2021 (USAF)

O Super Eagle também apresenta o EPAWSS (Sistema de Alerta e Sobrevivência Passivo / Ativo do Eagle), um sistema de guerra eletrônico projetado para detectar, classificar e, em seguida, derrotar ameaças aerotransportadas. EPAWSS é a primeira grande atualização do conjunto de guerra eletrônica da série F-15 desde os anos 1980, quando a aeronave recebeu o TEWS (Sistema Tático de Guerra Eletrônica).

Os principais pontos fortes do jato são o radar e a capacidade de transportar uma grande carga de armas, incluindo duas dúzias de mísseis ar-ar ou armas hipersônicas. O ponto fraco do Super Eagle é a falta de stealth (furtividade) nativa (como o F-35 e o F-22), tornando-o mais fácil para os adversários detectarem.

A USAF discutiu usar o F-15EX em companhia de um caça stealth e usar o par como uma plataforma de lançamento de míssil ar-ar de longo alcance - uma tática que pode aumentar sua sobrevivência em combate. Emparelhado com caças não furtivos semelhantes, o Super Eagle pode ter um desempenho insatisfatório.

Vale a pena ficar de olho na situação, pois a USAF planeja adquirir 144 caças F-15EX , com opção de até 200.


Original: The New F-15EX Scored Some Kills in Its First Big Wargame
Tradução e adaptação: Renato Henrique Marçal de Oliveira*

Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel)


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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Mudança - Nova geração de submarinos da USN será focada no emprego clássico de submarinos

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Um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso revela novos detalhes sobre o Submarino de Ataque de Próxima Geração da Marinha dos EUA, ou SSN (X). 
O submarino, que começa a ser adquirido em 10 anos, vai redirecionar a frota submarina dos EUA do apoio às guerras terrestres para o combate clássico emprego da arma submarina, tendo como foco ataque contra navios de superfície e outros submarinos inimigos.

A atual frota de submarinos de ataque da Marinha consiste no mix de submarinos da classe de submarinos das classes "Los Angeles"classe "Seawolf" e a classe "Virginia". Os submarinos da classe "Virginia", atualmente em construção, tinham como objetivo operar mais próximo da costa, sendo empregado no apoio as operações terrestres, uma tendência oriunda das necessidades que emergiram após os ataque de 11 de setembro, com o foco das operações tendo sido direcionado na capacidade de guerra assimétrica, levando a uma alteração na ORBAT e CONOPS da US Navy.

Agora com uma nova ameaça emergindo no horizonte, com a expansão e modernização sem precedentes da Marinha do Exército de Libertação do Povo da China, bem como a introdução de novos submarinos de ataque e mísseis russos, levaram a US Navy a reavaliar seus conceitos e capacidades de combate, resultando no desenvolvimento do SSN-(X). Como a classe "Seawolf", os novos submarinos frutos do SSN-(X), serão construídos focando no emprego clássico da arma submarina, que é enfrentar diretamente submarinos inimigos e navios de superfície.

Submarino da Classe "Seawolf", na abertura da matéria um exemplar da Classe "Virgínia"

Um submarino desenvolvido com objetivo de dar combate a ameaças de superfície e outros submarinos, apresenta requerimentos específicos que se diferem e muito do que é preconizado nos requisitos e capacidades por exemplo pela classe "Virginia". Dentre as especificidades do projeto, podemos elencar algumas características e capacidades que não são encontradas nos submarinos "Virgínia", que apesar de modernos, foram concebidos de acordo com outro conceito e doutrinas operacionais, assim o SSN-(X) deverá apresentar um casco forte capaz de suportar mergulhos em grandes cotas de profundidade e alterações abruptas, sendo capaz de resistir as mudanças bruscas de pressão sobre o casco em manobras mais "bruscas" de mergulho e emersão. Com relação ao armamento embarcado, a nova classe deverá contar com mais tubos de torpedo e um compartimento interno maior para acomodar o paiol de torpedos e mísseis.

novo relatório diz que a Marinha está examinando três opções diferentes para o SSN-(X): um projeto baseado no submarino de mísseis balísticos classe "Columbia", um baseado na classe "Virginia", onde haveria um refinamento nas capacidades e modificações nas estruturas para atender ao novo CONOPS e uma terceira via estudada é o desenvolvimento de um projeto totalmente novo.

Fazendo uma avaliação superficial sobre as três linhas em estudo, podemos chegar a algumas conjecturas, as quais não podem ser classificadas como fato, mas como suposições embasadas pelas informações das quais dispomos, o que o leitor há de convir que não são tão profundas devido ao nível envolvido na classificação de informações de tais projetos. Mas um projeto baseado no projeto de um SSBN como é o caso da classe "Columbia", é uma aposta arriscada em termos de custos e mesmo com relação as capacidades que se espera, pois trata-se de um submarino grande e que traria uma série de desafios aos engenheiros para se valer da base deste projeto na concepção de um SSN, o que poderia custar muito não apenas na fase de desenvolvimento, mas para operar no futuro. Agora um novo submarino concebido com base na classe "Virgínia", se apresenta como uma solução muito viável e atraente, quer seja pelo custo de desenvolvimento, quer seja pelo custo já conhecido de operações, porém, poderia incorrer em problemas crônicos devido as limitações de projeto dos "Virgínia" para atender aos novos requisitos, isto é algo que deve ser criteriosamente avaliado para não resultar em uma nova classe aquém das necessidades. A solução mais plausível, mas que traz consigo as incertezas já comuns aos novos conceitos e programas de defesa, principalmente em relação aos custos de desenvolvimento e construção, que em geral superam as previsões iniciais. Mas um ponto muito importante nessa alternativa, é que a concepção de um submarino inteiramente novo poderia atender plenamente aos requisitos da US Navy, ainda que seja alto o custo de desenvolver e construir uma nova classe, custos que seriam amortizados ao longo da construção dos novos submarinos.

Há rumores que o SSN-(X) possa introduzir o emprego de armas laser, conjuntos de sonar nos bordos, um sistema de propulsão mais silencioso e armas hipersônicas. Porém, ainda há muito o que caminhar e a ser definido, qualquer das opções descritas seriam apenas meras especulações que circulam nos meandros da força naval norte americana.


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Helicóptero Apache do Exército dos EUA faz pouso de emergência na Romênia

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Um helicóptero de ataque AH-64 Apache do Exército dos EUA teve que fazer um pouso de emergência em um campo na Romênia, nesta terça-feira (25).

De acordo com a mídia local, o Apache foi forçado a fazer um pouso de emergência durante uma das fases do exercício multinacional conjunto liderado pelo Exército dos EUA.

“O helicóptero pousou com segurança e o incidente está atualmente sob investigação”, disse um porta-voz em nota a imprensa. Ninguém ficou ferido durante o incidente, de acordo com informações.

Os apaches são usados ​​principalmente para apoiar as equipes de combate da Brigada em todo o espectro da guerra.

O helicóptero de ataque AH-64 Apache provê apoio aéreo aproximado, além e realizar missões de ataque, sendo capaz de destruir blindados e atacar tropas nas mais adversas condições. O Apache é um helicóptero de ataque bimotor de quatro pás, armado com um canhão M230 de 30 mm, foguetes Hydra-70 de 2,75 polegadas e mísseis HELLFIRE (guiados por laser e por radiofrequência).


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com agências de notícias


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quinta-feira, 27 de maio de 2021

A MUDANÇA DA NATUREZA DA GUERRA

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O exército norte-americano publicou, em outubro do ano passado, um documento chamado “The operational environment and the changing character of warfare”. Nele o TRADOC, Comando de Adestramento e Doutrina daquele país, discorre sobre como as aceleradas mudanças em curso em todos os aspectos da vida humana e da sociedade alterarão decisivamente o ambiente operacional e a natureza da guerra nos próximos anos. Neste artigo, apresento minha interpretação do documento.

A acelerada evolução em todos os campos do conhecimento proporcionou o surgimento de tecnologias disruptivas, tais como armas hipersônicas, uso de inteligência artificial, nanotecnologias, internet das coisas, computação quântica, neurociência, biologia sintética e robótica, para citar apenas alguns exemplos.

Ao mesmo tempo, a humanidade experimenta um momento de mudanças demográficas, mudanças climáticas, disparidades econômicas crescentes e aumento da competição por recursos naturais, em especial a água. Há também o surgimento de novos atores no cenário político-econômico e social, como organizações não-governamentais transnacionais e ideologicamente motivadas, além de indivíduos com tamanho poder político e econômico que podem influenciar e exercer pressões comparáveis apenas àquelas que, no século 20, eram exercidas pelos entes estatais. Tudo isso em um ambiente de onipresença da informação.

Nesse contexto, o documento do exército norte-americano delineia dois horizontes temporais. Um primeiro, dos dias atuais até o ano de 2035, no qual a humanidade viverá um período de progresso acelerado. No segundo, de 2035 até 2050, um período chamado de “igualdade contestada”, na qual a natureza da guerra sofrerá mudanças dramáticas, quase revolucionárias.

Nos próximos anos, a humanidade se tornará mais rica, mais velha, mais urbana e mais bem educada. Mas a distribuição desigual desse progresso em um ambiente de informação onipresente aumentará as tensões e os conflitos, ameaçando a estabilidade econômica e política de vários países.

Ao mesmo tempo, as mudanças climáticas poderão resultar em aumento da escassez de recursos e da insegurança alimentar, aumento das migrações e do número de refugiados. O degelo do Oceano Ártico poderá tornar aquela região um novo foco de disputa geopolítica.

O processo de urbanização se acelerará. Algumas megacidades poderão se tornar política e economicamente mais importantes do que os estados-nação nos quais estão inseridas. A vida nessas cidades se tornará ao mesmo tempo mais fácil e mais complexa, em razão dos múltiplos desafios da vida nas cidades. Tensões sociais poderão se agravar em razão disso.

A inteligência artificial administrará e otimizará muitos aspectos da vida moderna. A integração entre homens e máquinas, por intermédio de dispositivos de realidade virtual se tornarão comuns. O “aprendizado de máquina[2]” e o acesso a enormes bases de dados, por computadores potentes, permitirão a aceleração de estudos e a descoberta de relações de causa e efeito antes desconhecidas. O desenvolvimento da ciência médica, da neurociência e das biotecnologias desafiarão conceitos filosóficos e religiosos, integrando cada vez mais homens e máquinas, criando dilemas éticos complexos.

É neste contexto futuro que o exército dos EUA define como seus potenciais adversários, no futuro próximo, o chamado grupo “2+3”, Rússia, China, Coreia do Norte, Irã e os Grupos Radicais e Organizações Criminosas Transnacionais, que atuarão para confrontar os interesses do país.

Considera-se que esses adversários estão pensando em como confrontar os EUA e seus aliados, utilizando estratégias de guerra híbrida, que os permite atuar no local e momento que eles escolherem, sempre mantendo-se abaixo da linha da guerra, muitas vezes usando “proxies”, mercenários e criminosos, alvejando a vontade nacional e o aparato do processo de tomada de decisões, dos próprios EUA, dos aliados da OTAN ou da União Europeia.

Embora essa maneira de atuar não seja nova, as condições do acelerado desenvolvimento mundial permitiram aos adversários dos EUA combinar modos de emprego tradicionais com estratégias híbridas e táticas de guerra assimétrica, ao mesmo tempo em que se utilizam de tecnologias de ponta, como fogos de longo alcance, capacidades de guerra eletrônica, satélites, operações de informação, armas de destruição em massa e capacidades cibernéticas, dentre outras.

Os EUA identificam que, pelo menos na primeira metade do período de progresso acelerado, até 2035, a Rússia será seu principal adversário. O país já estaria investindo, há mais de uma década, em novas capacidades para superar o poder militar norte-americano, com o desenvolvimento de uma gama de novas tecnologias de uso militar, como robótica, computação avançada, armas hipersônicas e sistemas espaciais. A China teria condições de ultrapassar a Rússia na segunda metade desse período.

Em algum ponto próximo a 2035, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA seriam obrigados a se confrontar com um adversário capaz de operar em todos os domínios, inclusive com certa vantagem tecnológica sobre as forças armadas do país. As vantagens estratégicas norte-americanas poderão diminuir a um ponto em que os desafios se tornarão cada vez maiores e mais complexos.

Assim, o mundo entrará no período da “igualdade contestada”, por volta de 2035, com as potências globais disputando a manutenção ou a mudança da ordem global construída no pós-guerra. Os estados-nação, embora permaneçam sendo os atores principais no sistema internacional, passarão a ser desafiados por redes globais de afinidades – étnicas, religiosas, regionais, sociais ou econômicas – mantidas por intermédio de comunicações on line, cujos membros podem sentir uma afinidade mais forte do que com sua própria nacionalidade. É interessante notar que neste ponto o documento do TRADOC apresenta um cenário que confirmaria a teoria do Choque das Civilizações, apresentada por Samuel Huntington em 1993.

Embora EUA, China e Rússia permaneçam sendo as principais potências militares do planeta, a possibilidade de se adquirir capacidades voltadas ao emprego militar ou às disputas de poder, por intermédio da difusão generalizada de conhecimentos e pelo roubo cibernético de propriedade intelectual, fará surgir novos competidores. Os custos para a manutenção de uma hegemonia global tornarão impossível que um único país a detenha. A ordem global será multipolar, e dominada por uma complexa rede de alianças de curto prazo, de acordo com os interesses momentâneos dos atores globais. Será um mundo marcado pela desordem e pelo emprego do poder militar.

Nessas condições de frágil equilíbrio, alguns aspectos da guerra se modificarão. Como nenhuma nação terá uma superioridade absoluta de capacidades que desequilibrem significativamente a balança da guerra a seu favor, a dimensão moral e cognitiva ganhará enorme importância. As operações militares terão cada vez mais o objetivo de afetar a vontade e a coesão nacionais. As operações de informação e os ataques cibernéticos serão direcionados contra pessoas e segmentos da população, dos governos e da iniciativa privada.

O aforismo Clausewitzniano de que a guerra é a continuação da política por outros meios ganhará um novo destaque, na medida em que a dimensão política se aproximará da dimensão militar.  Isto porque todos os elementos do poder nacional deverão estar integrados à construção da segurança coletiva da nação contra as inúmeras, difusas e incertas ameaças. A atuação conjunta e interagências, de modo a criar um ambiente governamental sinérgico que fortaleça a dissuasão de ameaças, será de fundamental importância para a manutenção da segurança e para a defesa dos EUA.

Embora no ano de 2050 se espere que as forças armadas sejam mais capazes do que em qualquer outro momento da história, o emprego de forças militares será limitado. Elas serão tão destrutivas e serão equipadas com materiais de emprego militar tão desenvolvidos e caros que a substituição dos armamentos, viaturas e equipamentos em larga escala, como seria normal em uma guerra de longa duração, será inviável. Ao mesmo tempo, os operadores de tais equipamentos deverão possuir um longo tempo de aprendizado e treinamento, o que tornará os exércitos cada vez mais profissionais, o que também dificultará o recompletamento de pessoal.

Nações, atores não-estatais e mesmo indivíduos serão capazes de atacar forças militares e infraestruturas civis a distâncias intercontinentais, por meios convencionais ou não. Alvos como agricultura e suprimento, finanças e comércio, transportes, água, energia elétrica, entretenimento e informação não estarão fora do alcance das ações adversas, mesmo a milhares de quilômetros do eventual Teatro de Operações.

Novos dilemas éticos e do Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA) surgirão. A definição entre combatentes e não-combatentes e mesmo o que é ou deixa de ser uma ação militar sofrerá mudanças. Novos conceitos terão que definir, por exemplo, se um drone robotizado poderá ser empregado contra soldados inimigos. Ou se um ataque cibernético, que desligue a eletricidade de uma cidade onde há uma base militar, mas também de hospitais que atendam a civis, é ou não legítimo do ponto de vista do DICA.

Na conclusão do documento, o exército dos EUA reconhece que tentar prever acontecimentos futuros não é uma tarefa fácil. Mas que todos devem reconhecer que se vive um momento de aceleração de mudanças e que as ideias, conceitos, doutrina, equipamento e treinamento atuais provavelmente serão insuficientes para se obter sucesso nos conflitos do futuro. E que esse sucesso dependerá das decisões tomadas hoje.

Finalmente, não se deve ignorar que a divulgação deste documento de modo ostensivo atende ao exército norte-americano na medida em que transmite à sociedade e aos políticos do país a ideia de que serão necessários vultosos recursos financeiros para que a Força se mantenha nos níveis operacionais adequados à nova realidade mundial. Por outro lado, divulga para a comunidade internacional uma mensagem clara de que o país estará preparado para enfrentar esse novo e desafiador cenário que está por vir, fortalecendo a dissuasão e mostrando aos competidores que haverá um alto custo financeiro para se manter em condições de desafiar os EUA. Nesse aspecto, não custa lembrar que a desintegração da antiga União Soviética se deveu, em parte, aos excessivos gastos com defesa, decorrentes da corrida armamentista com os EUA durante a Guerra Fria, que debilitaram economicamente o país.

Quanto a nós, brasileiros, o documento relembra a máxima de que constitui erro capital preparar uma força armada para a última guerra, ao invés da próxima. Cabe estar atento e manter os olhos postos no futuro, para que o país tenha forças armadas à altura dos desafios que lhe serão impostos no século 21.

Fonte: Blog Paulo Filho, Liderança e Geopolítica

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Regime Especial de Tributação gera economia de R$ 70 milhões para empresas da BID

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A utilização do Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (RETID) pelas empresas credenciadas na Base Industrial de Defesa (BID) resultou na redução de aproximadamente R$ 70 milhões nos contratos executados de 2014 a 2021. Apenas nos últimos dois anos, foram aproximadamente R$ 38 milhões. A informação foi apresentada pelos representantes dos Estados-Maiores das Forças Armadas durante a 33ª reunião da Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID). O encontro ocorreu na manhã da terça-feira (25), na sede do Ministério da Defesa.

Durante a reunião, os participantes abordaram temas como os status das licitações precedidas pelos Termos de Licitação Especial (TLE) já autorizados e a utilização do RETID. Eles também propuseram a classificação de três Produtos de Defesa (PRODE) e de 58 Produtos Estratégicos de Defesa (PED), além do credenciamento de uma Empresa de Defesa (ED) e de três Empresas Estratégicas de Defesa (EED).

Atualmente, a Base Industrial de Defesa (BID) possui 970 produtos cadastrados, dos quais 849 são PED e 121 PRODE, bem como 142 empresas credenciadas, sendo 113 Empresas Estratégicas de Defesa (EED) e 29 Empresas de Defesa (ED). Do total de empresas credenciadas, 55 estão habilitadas ao RETID, correspondendo a 598 produtos aptos à aplicação do benefício tributário.

O evento foi presidido pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho. Participaram da reunião o Secretário-Geral, Sérgio José Pereira; o Secretário de Produtos de Defesa, Marcos Degaut; o Vice-Chefe de Logística e Mobilização, General de Divisão Marcos André da Silva Alvim; o representante do Estado-Maior da Armada, Contra-Almirante Ricardo Fernandes Gomes; o representante do Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro Intendente Alcides Roberto Nunes; o representante do Estado-Maior do Exército, General de Brigada Dênis Taveira Martins; o representante do Ministério da Economia, Tólio Edeo Ribeiro; o representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Eduardo Soriano Lousada; o Diretor do Centro de Apoio a Sistemas Logísticos de Defesa, Vice-Almirante Marcus Vinícius Lima de Souza; e o Diretor do Departamento de Produtos de Defesa, Contra-Almirante Sérgio Lucas da Silva.

A próxima reunião da CMID está prevista para agosto.

Com informações da Seprod via CCOMSOD

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Sea Ceptor é selecionado para equipar fragatas Type-31 da Royal Navy

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O sistema Sea Ceptor da MBDA foi definido como a defesa das novas fragatas Type-31 da Royal Navy (RN) através de um contrato concedido pelo Ministério da Defesa do Reino Unido.

O Sea Ceptor é o sistema de defesa aérea naval mais moderno de sua classe. Utilizando o Common Anti-Air Modular Missile (CAMM) , ele oferece defesa aérea. O sistema permitirá que as novas fragatas da RN protejam simultaneamente a si mesmas e às embarcações próximas contra um variado leque de ameaças no atual teatro de operações e futuras ameaças, incluindo mísseis de alta velocidade, aeronaves de ataque e embarcações de ataque costeiro rápido.

Eric Beranger, CEO da MBDA, disse: “Estamos muito satisfeitos com este mais recente sucesso para a família CAMM. O Sea Ceptor foi projetado para mudar o jogo na defesa aérea naval, e com as fragatas Type 31, a mais recente em uma lista crescente de classes de navios que adotaram o Sea Ceptor como seu sistema de defesa, está cumprindo rapidamente essa promessa”.

O novo contrato inclui a integração do Sea Ceptor com os sistemas da Type 31, junto com a entrega e instalação do hardware do navio para o programa Type 31. Desenhado e feito no Reino Unido, o contrato faz parte do Acordo de Gerenciamento de Portfólio (PMA), uma parceria iniciada em 2010 entre o MoD do Reino Unido e a MBDA para o projeto e produção de armas complexas. A PMA fornece equipamento militar de ponta para as Forças Armadas do Reino Unido e garantiu mais de 4.000 empregos na MBDA no Reino Unido, gerando economias de mais de £ 1,2 bilhão.

Sea Ceptor está atualmente em serviço nas fragatas Type 23 da Royal Navy e também protegerá as novas fragatas Type 26 . O Ministério da Defesa do Reino Unido mantém um estoque comum de mísseis CAMM para a Marinha Real e o Exército BritânicoA família de mísseis CAMM foi selecionada por uma lista crescente de outras nações para defesa aérea naval e terrestre.


GBN Defense - A informação começa aqui

com informações da MBDA

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terça-feira, 25 de maio de 2021

Mirage F1M da Draken International caiu perto da Nellis AFB, Nevada

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Um Mirage F1M (semelhante ao da foto) da Draken International caiu ontem, 24 de maio, perto da AFB Nellis, Las Vegas, Nevada, EUA. O piloto morreu.

O NTSB, órgão americano responsável pelas investigações de acidentes aéreos com aeronaves civis, como é o caso da Draken, já está no caso.

A Draken foi fundada em 2012, e já a partir de 2015 foi contratada, entre outras funções, para missões 'aggressor', em que as aeronaves executam combates simulados para a USAF e a ANG (Força Aérea e Guarda Aérea Nacional dos EUA, respectivamente), além da USN e do USMC (Marinha e Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA). A empresa opera uma frota de cerca de 70 aeronaves de vários modelos, entre eles operam com A-4, L-159, Mirage F1M (como o que caiu), MiG-21 e Atlas Cheetah. É a maior empresa do ramo no mundo.


Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel).


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