sábado, 31 de outubro de 2009

Italianos oferecerão projetos para a Marinha do Brasil

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Depois de a França tentar acordo com o governo sobre caças para a aeronáutica, a Itália chega ao Brasil em novembro com a intenção de oferecer navios à Marinha brasileira. O grupo Finmeccanica, em parceria com a Fincantieri, pretende se reunir no próximo mês com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, em busca de uma parceria para fornecimento de navios.

Segundo Giovanni Sacchi, diretor no Brasil do Instituto Italiano para o Comércio (IIC), as discussões com o Ministério da Defesa sobre navios tiveram início em abril deste ano, quando representantes das empresas participaram do Latin América Aero Defense (LAAD), no Rio de Janeiro.

Desta vez, esses representantes chegam a São Paulo em companhia de outras 150 empresas italianas, no dia 9 de novembro, para participar do II Fórum Brasil -Itália. Esses empresários italianos se reunirão ao longo da semana com cerca de 400 representantes de empresas brasileiras, em 1.300 rodadas de negócios. A primeira missão do país esteve por aqui em 2006.

Embora não esteja prevista a participação do premiê Silvio Berlusconi no evento, recepcionado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ministros de estado da Itália estarão na comitiva, assim como ministros brasileiros. A eventual participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não foi confirmada. Na ocasião, deverá ser anunciado oficialmente o ano do Brasil na Itália, em 2011.

As empresas presentes no encontro representam, majoritariamente, os setores de infraestrutura, energia, meio ambiente, maquinário e manufaturados, como calçados e vestuário. Sacchi diz que há muito interesse dos grupos italianos em participar das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de projetos voltados para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Fonte: Valor Online
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Já estão gastando por conta do pré-sal, como se houvesse a garantia de que ele representará uma imensa fortuna para o país”

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Os militares têm se movimentado para garantir a aprovação do aumento dos cargos ainda este ano. A pressão fez com que o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) solicitasse um parecer técnico à Consultoria de Orçamento e Finanças da Câmara sobre a viabilidade da proposta. A nota evidenciou falha que se tornou comum nos projetos que têm essa finalidade: a falta de previsão orçamentária. “Já estão gastando por conta do pré-sal, como se houvesse a garantia de que ele representará uma imensa fortuna para o país”, comentou Madeira, sobre o projeto.

A Constituição diz que o aumento de cargos ou salários só poderá ocorrer quando contar com destinação prévia de recursos. O Orçamento da União para 2010 não está fechado. O projeto de lei que vai estipular os gastos para o ano que vem ainda está em tramitação – nem sequer o relatório preliminar foi apreciado. “O PL 5916/2009 (número da proposta) não cumpre o determinado pelo texto constitucional”, diz o documento, explicando depois que a exigência que consta na norma só poderia ser cumprida se, no orçamento aprovado para o ano que vem, houvesse garantia de recursos para a ampliação dos quadros da marinha.

Solução Diante do impasse entre a necessidade do governo e a Constituição, os parlamentares buscam uma solução. “Vejo com boa vontade o projeto, porque sei que entre os militares ninguém vai nomear dirigente partidário. Mas temos que ver se é possível encontrar uma solução para isso. Infelizmente a lei é burlada, a começar pelo Executivo e pelo próprio Congresso”, criticou Madeira.

A marinha garante que os 21,5 mil cargos seriam preenchidos ao longo de 20 anos e que o reforço é necessário diante do aumento de atribuições. A Força também argumenta que não houve crescimento significativo do efetivo nas últimas quatro décadas – 8,6% em média, ao ano. “Com a aprovação será dado início à obtenção desse pessoal, possivelmente a partir do próximo ano, quando serão abertas, em média, 218 vagas para oficiais e 771 para praças, por ano”, informou a marinha ao Estado de Minas.

O projeto estipula a criação, ao todo, de 3.507 postos de oficial e 18 mil de praças. A expectativa do governo, com a implementação gradual dos quadros, é um impacto, nos três primeiros anos, de R$ 27,9 milhões em 2010, R$ 72,1 milhões em 2011 e R$ 118,5 milhões em 2012.

Administração

A criação de cargos na estrutura da administração pública federal é alvo de constantes críticas da oposição. Segundo estudos do deputado Arnaldo Madeira, desde o início do governo Lula foram criados cerca de 214 mil cargos. Como o discurso de que a estrutura está inchada não cola no eleitorado, os oposicionistas decidiram colocar na ponta do lápis a qualidade da gestão desses cargos no governo. “Vou apresentar requerimento para saber quanto desses cargos foram preenchidos. O governo diz que criou quadros para universidades, mas sabemos que, apenas entre esses, 30 mil ainda estão vagos”, afirmou Madeira. O governo se defende. Diz que não está promovendo o aparelhamento da máquina, mas sim investindo na qualidade da administração pública federal.

214 mil – Número de cargos federais criados no governo Lula

Fonte: O Estado de Minas
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Equipes de busca encontram corpo de funcionário da Funasa que estava em aeronave da FAB

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As equipes de busca encontraram o corpo de João de Abreu Filho dentro da aeronave C-98 Caravan da FAB (Força Aérea Brasileira), que está submersa a seis metros de profundidade no igarapé Jacurapá, no Amazonas, segundo informações do Comando da Aeronáutica e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

Abreu Filho era funcionário da Funasa e um dos 11 ocupantes da aeronave que fez um pouso forçado na manhã da última quinta-feira (29). As buscas pelo suboficial Marcelo dos Santos Dias, o último desaparecido, continuam.

A aeronave está a seis metros da margem do rio e distante cerca de 370 metros do local onde foram resgatados os nove sobreviventes na manhã de sexta-feira (30).

Fonte: Folha
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Apesar de terem testemunhado o que houve antes de o avião C98 Caravan ter feito um pouso forçado em um igarapé localizado em área florestal de difícil acesso no município de Atalaia do Norte (AM), os sobreviventes do acidente ainda não conseguiram prestar relatos precisos sobre o ocorrido. Eles passaram por avaliação médica no Hospital Geral do Juruá, em Cruzeiro do Sul, e passam bem. Dos nove sobreviventes, três moram em Manaus. Os outros, em Tabatinga e em Atalaia do Norte.


"Na busca por sua própria sobrevivência, os passageiros localizados não conseguem, neste momento, falar sobre parte do que houve. O máximo que conseguimos saber deles é que os dois desaparecidos não os acompanharam na saída da aeronave e até a margem do igarapé", informou o comandante do 7º Comando Aéreo Regional, major-brigadeiro-do-ar Jorge Cruz de Souza e Mello.

As operações de busca pelos dois desaparecidos continuam. Lanchas da Marinha, oito aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e 125 militares estão envolvidos na ação. Ainda não são conhecidas as causas do acidente, mas segundo o major-brigadeiro Souza e Mello, o C98 Caravan é uma aeronave com "alta capacidade de sobrevivência". O avião foi encontrado a 10 milhas à esquerda da rota e, na avaliação do brigadeiro, o local foi escolhido para pouso por apresentar maior segurança para todos.

"O Caravan é uma aeronave extremamente segura, mas na hora de um acidente os pilotos têm uma missão específica que é tentar conduzir a aeronave a um local seguro. É preciso uma escolha no momento, apesar da rapidez com que as coisas acontecem", disse à Agência Brasil.

Ainda na avaliação de Souza e Mello, o trabalho do piloto foi fundamental para garantir a sobrevivência do maior número possível de pessoas. "A aeronave foi determinante, mas a competência do piloto e dos mecânicos em abrir as portas e auxiliar na saída das pessoas, mesmo dentro do rio, foi elemento decisivo para os sobreviventes."

A aeronave estava com as revisões em dia e voava com equipe experiente, segundo o comandante da Aeronáutica. O piloto, o primeiro-tenente Carlos Wagner Ottone Veiga, tem sete anos de experiência e mais de 1.000 horas de voo nesse tipo de avião. O suboficial desaparecido, Marcelo dos Santos Dias, tem 3.000 horas de voo como mecânico e também é considerado muito experiente.

Segundo o coordenador da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Amazonas, Pedro Paulo Coutinho, os sobreviventes e os parentes estão recebendo todo o apoio necessário. A servidora Josiléia Vanessa de Almeida, grávida de três meses, também está em boas condições de saúde. Os servidores da Funasa embarcaram no voo a serviço da Operação Gota, com a responsabilidade de vacinar mais de 3 mil indígenas na região do Vale do Javari. Eles já estavam há 15 dias em atividade na região.

"Já estamos em contato com os familiares e prestando apoio necessário, com a ajuda dos Distritos de Saúde Indígena de Tabatinga e Atalaia do Norte", informou.

Guincho de helicóptero

O resgate dos nove passageiros que sobreviveram ao acidente contou com a ajuda de um guincho de helicóptero. De acordo com Souza e Mello, o local onde o avião foi encontrado não oferecia condições de pouso nem mesmo para outra aeronave menor, como um helicóptero.

"Primeiramente descemos um dos nossos homens pelo guincho do helicóptero e também um médico. Os sobreviventes foram resgatados, um a um, pelo guincho e levados para receber avaliação médica em Cruzeiro do Sul", relatou Souza e Mello.

As nove pessoas encontradas --quatro homens e cinco mulheres, entre elas uma grávida de três meses (Josiléia Vanessa de Almeida)-- foram avistadas por indígenas da tribo dos Matis. Para intensificar as buscas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) avisou às aldeias da região sobre o acidente. A comunicação sobre a localização do avião foi feita por meio de rádio amador para a Funai em Atalaia do Norte.

Depois disso, a informação foi encaminhada ao Centro de Salvamento do 7º Comar, que funciona no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo em Manaus (Cindacta 4). Para Souza e Mello, o apoio dos indígenas foi fundamental para a localização da aeronave.

"A Funai emitiu o pedido de ajuda e houve retorno das aldeias, até mesmo em linguagem nativa. Soubemos que índios caminhando na selva e caçando em atividades próprias teriam avistado a aeronave. Com as coordenadas, chegamos em cerca de uma hora ao local", acrescentou o comandante.

Fonte: Agência Brasil
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Embraer negocia montagem de aviões médios na China

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A Embraer está negociando com a China a montagem de aviões maiores naquele país. O objetivo é convencer o governo chinês a concluir a compra de 45 jatos brasileiros, discutida já há mais de três anos, além de garantir a sobrevida da fábrica que a empresa mantém na cidade chinesa de Harbin.

O acordo seria um dos temas da reunião bilateral entre Brasil e China que aconteceria em novembro e que acabou cancelada. O cancelamento adiou os planos da Embraer de garantir presença em território chinês. A empresa espera dar continuidade às negociações no fim do mês, quando uma autoridade chinesa deve visitar o Brasil.

A Embraer monta em Harbin, desde 2003, seus jatos ERJ-145, com capacidade para 50 passageiros. A fábrica surgiu de uma parceria com a estatal chinesa Avic II para atender a encomendas do modelo feitas por empresas aéreas da China.

Desde 2006, a Embraer não registra novas vendas do ERJ-145 para a China. A última encomenda, de 50 unidades do jato, foi feita pela empresa Hainan. Neste ano, porém, a Hainan reduziu os pedidos pela metade -e surgiram rumores de que a fábrica de Harbin pode ser fechada em 2011, quando terminam as entregas.

Para impedir que isso aconteça, a Embraer decidiu oferecer ao governo chinês a montagem no país também dos jatos da família 190, os maiores produzidos pela empresa, com capacidade para até 122 pessoas.

Seriam montadas na China, a princípio, as 45 unidades negociadas há três anos com a chinesa KunPeng. A saída permitiria à brasileira manter presença no disputado mercado chinês. Em previsão divulgada em 2008, a Embraer estimou que, nos próximos 20 anos, a China demandará 875 jatos entre 30 e 120 assentos, o que equivale a 13% do mercado mundial.

Executivos da Embraer mostram preocupação quanto ao futuro da fábrica de Harbin. Em maio, quando o presidente Lula esteve em Pequim, ele conversou com o presidente chinês, Hu Jintao, para tentar destravar a venda dos 45 aviões da Embraer à KunPeng, mas não teve sucesso.

Outro desafio para o produto da empresa brasileira é que a China acaba de lançar um jato de tamanho médio, o primeiro de uma estatal chinesa sem associação com estrangeiros. O ARJ-21 tem dois modelos, com 105 e 90 assentos, que concorrem diretamente com as aeronaves da Embraer.

A pesquisa para a produção do ARJ-21 levou dez anos. Ele começou a ser fabricado no ano passado por uma estatal em Xangai. Já há 210 encomendas para o avião chinês.
"Para estimular a produção local, é claro que a China vai dificultar a entrada de modelos similares médios, o que afeta a Embraer", disse o especialista em aviação comercial Lao Xin, da consultoria KRC.

"Como a China vai levar muito tempo para produzir seus próprios aviões grandes, Boeing e Airbus, que já têm fábricas na China, não são afetadas", diz. A Embraer disse que não comentaria o assunto.

O mercado de aviação chinês é o que mais cresce no mundo. Segundo o consultor Lao Xin, a China irá adquirir mais 3.000 aviões na próxima década.

Fonte: Folha
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Evo Morales diz que Bolívia e EUA reataram relações

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse hoje que os Estados Unidos concordaram em firmar um novo acordo diplomático com o país a fim de superar a crise provocada pela expulsão do embaixador norte-americano de La Paz há pouco mais de um ano.

Durante entrevista coletiva, Morales disse que negociações iniciadas após a posse de Barack Obama, em janeiro, avançaram na semana passada, durante visita a Washington do chanceler boliviano, David Choquehuanca. "Por fim, os Estados Unidos aceitaram um novo marco para nossas relações diplomáticas", afirmou, acrescentando que o acordo pode ser assinado em novembro.

Foi a segunda vez que Choquehuanca reuniu-se com negociadores dos EUA. Em um comunicando conjunto, os dois governos informaram que "as partes realizaram progressos significativos em pontos importantes e estabeleceram um plano de atividades, que busca chegar a um acordo final em La Paz, no final de novembro."

Morales explicou que a secretária de Estado, Hillary Clinton, lhe telefonou para parabenizá-lo pelo aniversário de 50 anos e se disse confiante na normalização das relações entre ambos os países. Na conversa, contudo, Morales disse a Hillary que "se Barack Obama quiser justificar o prêmio (Nobel da Paz) deve devolver a democracia a Honduras, suspender o bloqueio a Cuba e todas as bases militares dos EUA no mundo". Morales também concorreu ao prêmio e se disse "ressentido" por não ganhá-lo.

O embaixador norte-americano Philip Goldberg foi expulso da Bolívia em setembro de 2008 por supostamente apoiar a intenção da oposição em dar um golpe de estado. O presidente boliviano expulsou também a agência antidrogas dos EUA e limitou as operações da agência de cooperação Usaid. As informações são da Associated Press.

Fonte: Agência Estado
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Brasil é pressionado a aceitar inspeções intrusivas a programa nuclear

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A pressão para que o Brasil assine o Protocolo Adicional do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), que permitiria inspeções não programadas em suas unidades de enriquecimento de urânio, provocou embate entre estrangeiros e brasileiros durante seminário na sexta-feira no Rio.

A pressão mais forte veio do ex-chanceler australiano Gareth Evans, do parlamentar alemão Rolf Mützenich e do belga Pierre Goldschmidt, ex-diretor de Salvaguardas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

No seminário, promovido pelo Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais) para discutir a conferência de revisão do TNP, marcada para maio de 2010, os dois últimos chegaram a insinuar que o programa nuclear brasileiro teria fins ocultos.

"Afirmar que o Brasil proíbe em sua Constituição o desenvolvimento de armas atômicas não é mais suficiente", disse Goldschmidt.

A defesa do protocolo também foi feita, sem menção ao Brasil, pela representante especial da Casa Branca para Assuntos de Não Proliferação, Susan Burk, e por Christian Burgsmüller, representante da União Europeia.

O argumento principal é que o país deveria "dar exemplo" aos que resistem a assinar o protocolo ou, como no caso do Irã, tentaram esconder da AIEA a quantidade de urânio enriquecido produzida.

Os participantes brasileiros reagiram. "O Brasil cumpre todas as normas da AIEA e acredito que eventualmente assinará o Protocolo Adicional, mas não fará isso diante de uma intimação e acusações que não são legítimas", afirmou o embaixador aposentado Marcos de Azambuja, do Cebri, sob aplausos de boa parte dos cerca de 300 espectadores.

Sérgio Duarte de Queiroz, diplomata que é alto representante do secretário-geral da ONU para o Desarmamento, atacou Goldschmidt por citar declaração do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) a favor da bomba: "Dar crédito a opiniões individuais não é justo".

O Protocolo Adicional, de 1997, visa detectar defasagens entre a quantidade e o teor do urânio enriquecido declarados pelos países e a realidade. Foi ratificado por 93 dos 189 membros do TNP.

A adesão é voluntária, mas os países sem a bomba foram pressionados pelas cinco potências atômicas reconhecidas (EUA, Rússia, França e Reino Unido) a aderir. As potências não têm a obrigação de submeter todas as suas instalações a inspeções.

O Brasil argumenta que o protocolo é importante para recalcitrantes, mas que seu caráter de "não confiança" não se aplica a seu histórico de signatário de três tratados de não proliferação -o próprio TNP, o Tratado de Tlatelolco e o acordo que criou a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, de fiscalização mútua.

Leonam dos Santos Guimarães, da Eletronuclear, apontou que o país é o único que permite inspeções nas instalações militares de pesquisa, em Aramar (SP) -onde o urânio é enriquecido a 20%, o teto permitido para fins pacíficos pelo TNP. O urânio combustível das usinas de energia é enriquecido a 3%, em Resende (RJ).

Barganha

Mas há um elemento de barganha política. "A bola está do outro lado do campo. Nossa posição é uma alavanca adicional para levar os que têm armas a se desarmar", disse Azambuja.

Por trás do embate está a divisão que pode implodir a revisão do TNP: como equilibrar a obrigação das potências de cortar seus arsenais com a obrigação dos demais de não produzir a bomba.

Susan Burk defendeu que o compromisso declarado por Barack Obama de buscar a redução dos arsenais mostra que há "clima para avanços". "Os EUA estão preparados para liderar pelo exemplo."

Mas o especialista indiano Ramesh Thakur disse que uma posição "realista", levando em conta a existência de ao menos três países com a bomba fora do TNP -Índia, Paquistão e Israel-, exige acordo global suplementar, só sobre desarme.


Fonte: Folha

Nota do Blog: É uma ameaça a nossa soberania e um desrespeito a nossa nação essa imposição. Nós cumprimos com o acordo e não precisamos de mais um que dá direito de entrarem aqui e inspecionarem sem aviso prévio, pois como fica o segredo de nossa tecnologia? Lembrem que nossas centrífugas são desenvolvimento nosso e enriquecem urânio por um terço do valor que as centrífugas utilizados em outros países.
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Bolívia: bases dos EUA na Colômbia ameaçam governos revoucionários

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O acordo assinado entre os Estados Unidos e a Colômbia para que militares americanos utilizem sete bases colombianas é dirigido contra os governos revolucionários da América Latina, afirmou neste sábado o presidente boliviano, Evo Morales.

"As bases militares são contra os governos, os presidentes e os movimentos sociais revolucionários da América Latina", insistiu o presidente falando à imprensa.

"Essas bases não são para combater o narcotráfico", acrescentou.

Colômbia e Estados Unidos assinaram na sexta-feira um acordo militar permitindo ao exército americano usar, pelo menos, sete bases na Colômbia - uma decisão que já foi motivo de uma crise na região e vem sendo vista com reservas no próprio país.

O texto, destinado, segundo Washington e Bogotá, a reforçar sua cooperação em matéria de luta contra as drogas e a guerilha, não foi divulgado.

Em vigor durante dez anos, autorizará o exército dos Estados Unidos a usar, pelo menos, sete bases na Colômbia, país que faz fronteira com Venezuela, Equador, Brasil, Peru e Panamá.

Permitirá, ainda, a Washington compensar o fechamento, em setembro, de sua única base na América do Sul, no porto de Manta (Equador), de onde foram realizadas operações aéreas de vigilância do Pacífico, destinadas a interceptar carregamentos de cocaína.

Admitirá, também, a presença de 800 militares e 600 civis americanos em solo colombiano.

Estão concernidas pelo menos três bases aéreas, duas bases da Marinha e outras duas do Exército, em particular a de Palanquero (180 km a oeste de Bogotá), que dispõe de pista de pouso adaptada a aviões militares cargueiros, facilitando a militares americanos projetar-se além das fronteiras colombianas, segundo os detratores do acordo.

O anúncio da assinatura havia desencadeado, em julho e agosto, uma crise regional, acarretando a realização de uma cúpula da União das Nações da América do Sul (Unasul) na Argentina, em 28 de agosto passado.

Os países membros haviam, então, deixado claro que a presença de tropas estrangeeras na região não deveria, em nenhum caso atingir sua "soberania" ou sua "integridade".

Os vizinhos da Colômbia, em particular a Venezuela e o Equador, temem que as operações nessas bases, possam visá-los, principalmente em matéria de inteligência, o que Washington desmente.

Fonte: AFP
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Bush, Gorbachev, Kohl marcam a queda do muro de Berlim

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George Bush, Mikhail Gorbachev e Helmut Kohl prestaram suas homenagens aos cidadãos que participaram da revolução pacífica de 1989, responsável pela queda do Muro de Berlim, em uma cerimônia emocionante em Berlim no sábado.

Os três líderes dos Estados Unidos, União Soviética e Alemanha Ocidental --cujos governos abriram caminho para a derrubada do muro em 9 de novembro de 1989-- relembraram os eventos que levaram ao fim da Guerra Fria em uma cerimônia com a participação de 1.800 pessoas.

"Nós alemães não temos muito em nossa história para nos orgulharmos", disse Kohl, com 79 anos, que era o primeiro-ministro da Alemanha Ocidental e depois da Alemanha unificada de 1982-98. "Mas nós temos todas as razões para nos orgulharmos da reunificação da Alemanha."

A reunião das três autoridades em Berlim deu início a uma semana de celebrações na capital alemã para marcar o 20o aniversário da queda do Muro.

Bush, presidente dos Estados Unidos de 1989-93, homenageou em seu discurso os milhares de alemães orientais corajosos que arriscaram serem perseguidos por participarem de protestos para pedir a reforma nos meses anteriores ao colapso do Muro.

"É uma alegria estar aqui com meus colegas", disse Bush, que repetidamente abraçou Gorbachev e Kohl durante a cerimônia de duas horas de duração em um teatro em Friedrichstrasse, ao leste de onde ficava o Muro.

"O ponto que precisa ser enfatizado é que os eventos históricos que estamos reunidos para celebrar não foram gerados em Bonn, Moscou ou Washington, mas nos corações e mentes das pessoas que por muito tempo foram privadas de seus direitos dados por Deus."

"O muro nunca poderia apagar nosso sonho, nosso sonho de uma Alemanha unida, uma Alemanha livre, uma Alemanha orgulhosa", disse Bush, de 85 anos.

Os três ex-mandatários estavam claramente felizes com o primeiro encontro em muitos anos_ mesmo que Kohl estivesse na cadeira de rodas e com dificuldades para falar enquanto Bush usava uma bengala.

O Muro de Berlim, um símbolo da Guerra Fria que dividiu a cidade e a Alemanha, foi derrubado em novembro de 1989, e as duas Alemanhas reunificadas 11 meses mais tarde. Pesquisadores afirmam que ao menos 136 pessoas foram mortas tentaram cruzar para o lado ocidental.

Gorbachev, o presidente da União Soviética à época, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1990, disse que a queda do muro e o fim da Guerra Fria foram resultado de um longo processo de reaproximação.

"Os heróis foram o povo", disse Gorbachev, 78, que permanece com alta popularidade na Alemanha por seu papel crucial em 1989.

"Nós três não queremos receber o crédito pelas conquistas de gerações anteriores."

Gorbachev, que afirmou ter sido "uma coisa boa que (Barack Obama) tenha ganho o Prêmio Nobel da Paz" neste ano, também fez comentários sobre o predecessor de Bush, Ronald Reagan, que discursou em favor da queda do muro em 1987.

Gorbachev também acrescentou: "Nós temos que entender que o projeto Europeu não pode ser finalizado, que não haverá nenhum triunfo se for construído com os sentimentos antirusso e antiamericano."

Bush fez muitos elogios a Gorbachev no sábado.

"Eu não tenho dúvidas de que historiadores vão reconhecer Mikhail por sua rara visão e compromisso com a reforma e a abertura apesar dos esforços daqueles que resistiram a mudanças e ignoraram o chamado da história", disse.

"Hoje, nós temos um total entendimento da tremenda pressão que Mikhail enfrentou em um momento crucial. E por todo o processo, ele se manteve firme, e é por isso que ele também vai ter uma grande imagem quando a história de nosso tempo no governo for finalmente escrita."

Fonte: Reuters
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Após 5 anos, governo lança a primeira PPP

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Quatro anos e 11 meses depois de sancionada a lei, que foi apresentada à época como essencial para garantir investimentos em infraestrutura, o governo federal lançará, na semana que vem, o edital da primeira PPP (parceria público-privada).

A parceria entre companhias privadas e o governo é uma nova modalidade de licitação de obras públicas, já utilizada em vários países, como Reino Unido e Portugal. A principal característica dessas obras é que o retorno financeiro geralmente não é suficiente para garantir o interesse do setor privado. Dessa forma, o governo garante um rendimento mínimo para o investidor e pode até usar dinheiro do Orçamento a fim de complementar essa receita.

O projeto escolhido é a conclusão e operação do sistema de irrigação do Pontal, em Petrolina (Pernambuco). A ideia é permitir que uma empresa privada cuide de toda a infraestrutura de irrigação e possa receber, além da tarifa de água cobrada dos usuários, R$ 202 milhões do governo federal ao longo de 25 anos.

O vencedor da PPP também terá que garantir que as terras irrigadas estejam ocupadas em até seis anos após a assinatura do contrato com o governo federal e que continuem assim por todo o contrato. O governo permitirá que sejam selecionadas empresas agrícolas para ocupar a área e pequenos agricultores terão que ser integrados à produção.

O governo já gastou R$ 235 milhões no projeto desde 1996, mas até agora não há ocupação. A estimativa é que ainda seja necessário investir mais R$ 87 milhões para que a área possa ser utilizada.

"De fato houve uma demora grande. Em parte pela burocracia do governo e também porque o setor privado tinha uma visão distorcida, de que as PPPs seriam investimento privado com dinheiro público", disse o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).

Projetos anteriores

Quando a lei das PPPs foi sancionada, em dezembro de 2004, o governo federal previa que as primeiras obras seriam realizadas em 2006. Foram selecionados 23 projetos que totalizavam R$ 13 bilhões e poderiam ser feitos por intermédio de parceiras.

Dois deles -a ferrovia Norte-Sul e a duplicação da BR-116, na Bahia- chegaram a ser modelados para PPPs, mas o governo concluiu que os empreendimentos não precisavam da garantia de rendimento mínimo.

De acordo com o ministro Paulo Bernardo, houve demora do governo para criar e regulamentar o fundo que garantirá o pagamento aos sócios da União e também dificuldades em elaborar os editais, já que se trata de um modelo novo.

"A tendência é que [as PPPs] sejam uma alternativa, e não uma panaceia para todos os problemas", disse Bernardo.

Congresso

Quando a proposta tramitou pelo Congresso Nacional, era considerada essencial pelo governo para viabilizar os projetos de infraestrutura. Guido Mantega, então ministro do Planejamento, chegou a dizer que o país estava "perdendo competitividade" e ameaçou editar uma medida provisória, caso as negociações com o Congresso não avançassem.

O governo teve que ceder à oposição para garantir a aprovação da proposta. Entre as mudanças, fixou-se em 1% da receita do governo o teto para gastos com as PPPs, e a participação de empresas financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi limitada.

Fonte: Folha
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Fim da crise em Honduras, EUA interviram decisivamente

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A resolução da crise política em Honduras implica uma vitória para a nova política multilateral dos Estados Unidos, que souberam intervir decisivamente para forçar um acordo em nome do consenso na região.

Ao longo de quatro difíceis meses de negociação, Washington pareceu, a princípio, superado por uma crise que pegou o governo de Barack Obama em plena reconstrução da política norte-americana em relação à América Latina.


A administração Obama sequer tinha ainda nomeado um novo vice-secretário para a região quando explodiu a crise hondurenha em 28 de junho, que foi rejeitado de forma unânime pela comunidade internacional.


"A principal lição é que apoiar esforços multilaterais ou regionais não significa ser passivo. Não basta acompanhar os processos e esperar que tudo se resolva ", analisa Michael Shifter, vice-presidente do centro de estudos Diálogo Inter-americano.


"O que o governo Obama deve aprender é que é preciso dar mais atenção à América Latina e que não se pode simplesmente cruzar os braços", acrescenta Jaime Daremblum, dp Instituto Hudson.


A repressão policial, a suspensão das garantias constitucionais e outros episódiso de tensão em Honduras foram enfaticamente reprovados por Washington com a suspensão da ajuda e entrega de vistos.


Esta última decisão causou um visível impacto na cúpula do país centro-americano, que começou a se dar conta que tinha muito a perder junto a Washington se o bloqueio político interno persistisse.


"Ajuda, comércio: não se pode subestimar a relação com os Estados Unidos", explica Shifter.


Ao mesmo tempo, a impaciência e imprudência do presidente deposto, Manuel Zelaya, forçou que os Estados Unidos assumissem a função de árbitro da situação.


As arriscadas manobras de Zelaya, inclusive, foram consideradas imprudentes pela secretária de Estado Hillary Clinton.


A volta de Zelaya a Honduras e sua invasão da embaixada brasileira também foram caracterizadas como uma atitude "idiota" pelo representante americano junto à Organização de Estados Americanos (OEA), Lewis Amselem.


Mas o próprio Obama, assim como Hillary, reiteraram mais de uma vez que o regime de fato não podia esperar sair da crise apenas com a realização de eleições antecipadas.


A atitude de Washington até então ambígua foi criticada por suas contradições, mas essas hesitações foram parcialmente ocultas pelas próprias divisões internas e visível impotência da OEA.


O empurrão final foi dado, mais uma vez, pelos Estados Unidos ao enviar o vice-secretário para a América Latina, Thomas Shannon, para tentar resolver a situação.


"A delegação norte-americana ajudou muitíssimo a desbloquear a situação, principalmente Shannon", agradeceu o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza.


"Esta crise enfatizou o aspecto central de nossa diplomacia, que é conseguir acordos amplos, compartilhados por toda a região, e desenvolver ao mesmo tempo uma política pragmática baseada no diálogo e no compromisso com atores-chave da região", explicou Shannon, que espera há quatro meses ser nomeado embaixador no Brasil, mas que sofre o veto temporário de um único senador republicano, Jim DeMint, até então crítico em relação à posição do governo Obama quanto ao conflito em Hondura.

Fonte: AFP
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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Caravan C-98 da FAB é localizado e há sobreviventes

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A FAB (Força Aérea Brasileira) afirmou na tarde desta sexta-feira que montou uma operação de busca para tentar localizar duas pessoas que estão desaparecidas desde o acidente com o avião C-98 Caravan --que transportava 11 pessoas-- na manhã de quinta (29).

Índios da etnia Marubo estão auxiliando nas buscas de João de Abreu Filho, funcionário da Funasa, o Marcelo dos Santos Dias, suboficial da FAB. As buscas são feitas por militares do Exército, que também têm auxílio de um helicóptero Cougar e de mergulhadores.

O avião saiu na quinta de Cruzeiro do Sul (AC) e deveria pousar em Tabatinga (AM) às 10h15, horário local (ou 12h15, horário de Brasília). A aeronave emitiu um sinal de emergência 58 minutos após a decolagem. As buscas pela aeronave contaram com sete aeronaves da FAB, que investiga as causas do acidente.

Na manhã desta sexta, o avião foi encontrado em meio à floresta amazônica. A Aeronáutica informou que o avião pousou no rio Ituí, afluente do rio Javari, entre duas aldeias e foi localizado por índios da etnia Matis, que acionaram a Funai (Fundação Nacional do Índio).

Os nove sobreviventes são:

-1º Tenente Carlos Wagner Ottone Veiga
-2º Tenente José Ananias da Silva Pereira
-1º Sargento Edmar Simões Lourenço
-Josiléia Vanessa de Almeida
-Maria das Graças Rodrigues Nobre
-Maria das Dores Silva Carvalho
-Marina de Almeida Lima
-Diana Rodrigues Soares
-Marcelo Nápoles de Melo

Seis dos nove sobreviventes receberam atendimento psicológico no Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul. De acordo com o informações do hospital, as vítimas não sofreram ferimentos graves, porém, estavam muito abaladas.

Entre as vítimas, há uma gestante, que passa bem. Ao todo, 70 profissionais --entre médicos e enfermeiros-- foram escalados para realizar o atendimento às vítimas. Além de serem submetidos a uma série de exames, os sobreviventes também estão recebendo atendimento psicológico, informou o diretor do hospital.

Fonte: Folha
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História de sobreviventes

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Ao analisar documentos emitidos pelas missões diplomáticas sediadas no exterior entre 1933 e 1950 percebe-se a postura do governo brasileiro diante do antissemitismo e da perseguição aos judeus na Alemanha nazista e nos países colaboracionistas. Ofícios e relatórios secretos dão uma dimensão dos bastidores da política brasileira no período, como aponta pesquisa coordenada pela historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro, professora do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).

Milhares desses documentos estão disponíveis na internet desde 17 de outubro, no portal Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antissemitismo (Arqshoah), projeto do Laboratório de Estudos de Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER) do Departamento de História da FFLCH.

Na base de dados, documentos oficiais podem ser cruzados com passaportes, fotografias, passagens e relatos de sobreviventes, permitindo reconstituir o cotidiano de algumas cidades europeias, como Berlim, Viena e Varsóvia, em um momento em que os judeus eram expulsos, presos ou exterminados. Todo esse acervo documental pode ser consultado livremente por pesquisadores, professores e pelo público em geral.

O projeto, intitulado “Arquivo virtual sobre Holocausto e antissemitismo: o Brasil diante do Holocausto e dos judeus refugiados do nazifascismo em 1933-1945”, tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular. Tucci Carneiro também coordena o Projeto Temático “Arquivos da repressão e da resistência. História e memória. Mapeamento e análise da documentação do Deops/SP e Deip/SP”, apoiado pela Fundação.

De acordo com a coordenadora, cerca de 10 mil cópias dos documentos originais foram reunidas durante sua pesquisa de doutorado sobre o antissemitismo na Era Vargas (1930 a 1945), concluída em 1987 e publicada pela Editora Perspectiva. A coleta dessa documentação teve continuidade na investigação para sua tese de livre-docência, defendida em 2001 – “Cidadão do mundo – O Brasil diante da questão dos judeus refugiados do nazifascismo (1933-1950)”.

“Grande parte são documentos secretos confidenciais produzidos durante a época de Getúlio Vargas e o período do pós-guerra. Tendo em vista o volume e a riqueza dessas fontes, muitas das quais ainda inéditas, resolvi disponibilizá-las da melhor forma possível por meio de um arquivo virtual. Dessa forma, novos projetos de pesquisa podem ser elaborados ,contribuindo para a construção de novos conhecimentos sobre a história do Holocausto e do Brasil contemporâneo”, disse à Agência FAPESP.

Foram necessários dois anos para selecionar, classificar e digitalizar uma parte significativa do acervo da historiadora, que, somente sobre esse tema, reúne 10 mil documentos que estão sendo identificados pela equipe técnica.

“A maioria dos documentos foi reproduzida do Arquivo Histórico do Itamaraty, que nos autorizou a publicar na internet. Importante ressaltar que esses documentos estão disponíveis para consulta pública no Rio de Janeiro desde 1995. Devemos levar mais dois anos para digitalizar o restante, sem contar com novos documentos cedidos por sobreviventes e de outras bases, como o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro”, explicou.

Os documentos fornecidos pelo Itamaraty revelam, segundo Tucci Carneiro, as “decisões diplomáticas articuladas nos bastidores, a postura do governo brasileiro diante do genocídio praticado pela Alemanha nazista e os desdobramentos políticos na Europa durante a Segunda Guerra Mundial”.

“O governo brasileiro se tornou, indiretamente, colaboracionista. Fechou as portas, negando vistos de entrada aos judeus que procuravam fugir da Alemanha e dos países invadidos por Adolf Hitler”, apontou. Apesar de a política emigratória no país estar identificada com a postura intolerante da Alemanha, a posição pública do governo brasileiro era ambígua em relação ao Holocausto e à Segunda Guerra Mundial, disse a cientista.

“O governo se posicionava como solidário à política de salvamento aos judeus refugiados articulada pelos países líderes na Liga das Nações, dentre os quais estavam os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. Em vários momentos, o Brasil comprometeu-se a fornecer, por mês, 3 mil vistos de entrada para esses refugiados, mas, na prática, o que se via era o oposto”, disse.

Segundo ela, essa postura foi mais sistemática de 1937 a 1945, endossada primeiro pelo Itamaraty e, depois, pelo Ministério da Justiça. “É como uma orquestra em que se somam ações intolerantes por parte de vários ministérios, que apregoavam o cumprimento das regras impostas por circulares secretas. Circulares que obstruíam o salvamento de milhares de judeus, centenas de ciganos e dissidentes políticos do nacional-socialismo. Essa é uma dívida que o Brasil tem para com o povo judeu e outras minorias tratadas como ‘raças indesejáveis’”, afirmou.

Esse é o conteúdo de grande parte dos documentos disponíveis no site, como, por exemplo, ofícios e circulares secretas antissemitas classificados na época como secretos pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Nesses registros – muitos dos quais são assinados por importante ministros, como Oswaldo Aranha, Gustavo Capanema, Francisco Campos e Raul Fernandes, e por diplomatas brasileiros em missão na Europa – fica evidente a recomendação de dificultar a entrada de judeus no país.

De acordo com a historiadora, ajudar judeus era visto como “um ato contra a nação”. Mas, durante a guerra, alguns raros nomes se sobressaíram como sinônimo de indignação e coragem.

“Foi o caso do embaixador brasileiro em Paris, Luiz Martins Souza Dantas, e de uma funcionária do consulado em Hamburgo, Aracy Moebius de Carvalho, mais tarde esposa do escritor Guimarães Rosa. Tanto Aracy, conhecida como ‘o anjo de Hamburgo’, como Souza Dantas desobedeceram às ordens do governo Vargas e liberaram centenas de vistos de judeus para o Brasil”, contou.

Ferramenta pedagógica

No portal, além de documentos oficiais, os usuários podem consultar um inventário de judeus refugiados no Brasil com dados e correspondências pessoais, fotografias, passagens de navio e bibliografia sobre o tema. Essas informações encontram-se distribuídas em vários links: “Arquivo”, “Justos & Salvadores”, “Periódicos”, “Artistas & Intelectuais”, “Rotas de fuga”, “Testemunhos” e uma “Biblioteca Virtual” com livros de memórias. O site também será alimentado com novos relatos, a partir do link “Indique um sobrevivente”.

O objetivo é disponibilizar histórias e memórias dos sobreviventes de campos de concentração e refugiados do nazifascismo radicados no Brasil até 1960, considerando o árduo e longo processo daqueles que procuraram naturalizar-se brasileiros.

Segundo Tucci Carneiro, a partir de 1950 o Itamaraty adotou uma postura mais liberal, após a divugação das atrocidades praticadas pelos nazistas e da resolução da Organização das Nações Unidas que definiu genocídio como crime contra a Humanidade.

A diplomacia deixou de, por exemplo, usar o termo “raça semita” e as circulares secretas antissemitas caíram no limbo da história. “Houve um esvaziamento da política antissemita enquanto instrumento do Estado, mas nem por isso o antissemitismo deixou de existir alimentado por grupos da extrema direita e da esquerda. Daí a importância do Arqshoah neste momento em que diferentes vozes negam o Holocausto”, disse.

Além de “arquivo-testemunho”, o Arqshoah pretende também ser uma ferramenta pedagógica importante para professores e alunos do ensino fundamental, médio e universitário. Segundo a professora da USP, tanto o Holocausto como o antissemitismo raramente são analisados nos livros didáticos e, quando aparecem, entram como adendo da Segunda Guerra Mundial.

“Normalmente, quando os professores falam sobre a guerra ou sobre a Alemanha nazista têm poucas informações sobre esse contexto. A ideia é romper o silêncio e promover o debate sobre o Holocausto enquanto genocídio singular e crime contra a humanidade”, disse a pioneira nos estudos sobre o antissemitismo na Era Vargas, título do seu livro publicado em 1988.

Memória oral

Além do acervo digitalizado, o portal Arqshoah terá arquivos de áudio e vídeo. Até o momento foram gravados mais de 30 depoimentos com sobreviventes ou seus filhos.

“Alguns dos entrevistados haviam gravado depoimentos para a Survivors of the Shoah Visual History Foundation (Fundação dos Sobreviventes da História Visual do Shoah), fundada em 1994 pelo cineasta norte-americano Steven Spielberg, cujas cópias procuramos recuperar. Novos registros estão sendo gravados sob um outro olhar, sendo esse mais um segmento coordenado pelo professor Pedro Ortiz e pela historiadora Rachel Mizrahi, ambos pesquisadores do LEER”, disse Tucci Carneiro.

“Vamos também tornar públicos os processos de naturalização dos judeus que entraram no Brasil de 1933 a 1950, documentos sob a guarda do Arquivo Nacional e que vão inaugurar a segunda fase do projeto, em 2010. Segundo a legislação brasileira, somente após dez anos os estrangeiros poderiam se naturalizar brasileiros. A partir do passaporte anexado ao processo é possível identificar o diplomata que emitiu o visto e a estratégia de entrada no Brasil, burlando as circulares antissemitas. Além disso, a naturalização exige atestados de trabalhos e, no caso dos intelectuais, eles anexavam também artigos e livros para mostrar sua produção, como ocorreu com o crítico e historiador de arte Otto Maria Carpeaux”, contou.

A difícil trajetória daqueles que conseguiram entrar no Brasil (com documentos falsos ou como católicos) pode ser conhecida através de alguns links, dentre os quais o do “Inventário de Sobreviventes” e “Artistas & Intelectuais”. “Pode também ser vislumbrado um conjunto de obras do pintor Lasar Segall, que entre 1936 e 1947 denunciou a a brutalidade praticada pelos nazistas contra os judeus”, disse Tucci Carneiro.

Mais informações: www.arqshoah.com.br ou [email protected].

Fonte: FAPESP

Colaboração: HORNET
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Imprensa livre é imprensa privada?

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A ideologia liberal – dominante nestes tempos – costuma caracterizar se um país é democrático, pelo seu regime político, fazendo suas perguntas clássicas: se há pluralismo partidário, separação de poderes no Estado, eleições periódicas e imprensa livre. Não contempla a natureza social do país, se há universalização de direitos básicos, se se trata de uma democracia social ou apenas do sistema político.

Um dos problemas dessa visão redutiva que marca o liberalismo, seccionando a esfera político-institucional do resto da formação social, é que vai buscar a resposta no lugar errado. Saber se um país é democrático é saber se sua sociedade é democrática. O sistema político é uma parte dela e deveria estar em função não de si mesmo, mas de criar uma sociedade democrática.

Mas o pior desses critérios é tentar fazer passar que imprensa privada é critério de democracia. Imprensa privada (isto é, fundada na propriedade privada, na empresa privada) como sinônimo de imprensa livre é uma contradição nos termos. Imprensa centrada na empresa privada significa a subordinação do jornalismo a critérios de empresa – lucro, custo-benefício, etc. . etc., a ser financiado por um dos agentes sociais mais importantes – as grandes empresas. O que faz com que a chamada imprensa “livre” seja, ao contrário, uma imprensa caudatária dos setores mais ricos da sociedade, presa a seus interesses, de rabo preso com as elites dominantes.

A chamada imprensa “livre” representa os interesses do mercado, dos setores que anunciam nos veículos produzidos por essas empresas, que são mercadorias, que transformam as noticias e as colunas que publicam em mercadorias, que são compradas e vendidas, como toda mercadoria.

Antes de serem vendidos aos leitores, os jornais – assim como os outros veículos – são primeiro vendidos às agencias de publicidade, que são os instrumentos fundamentais de financiamento da imprensa “livre”. “Um anúncio de uma página em Les Echos (publicação econômica francesa), com tarifa normal, rende mais do que a totalidade de suas vendas nas bancas” – diz Serge Halimi, em artigo no Le Monde Diplomatique de outubro.

São então “livres” de quê? Do controle social, da transparência do seu financiamento, da construção democrática da opinião pública. Prisioneiros do mercado, dos anúncios, das agências de publicidade, das grandes empresas privadas, do dinheiro.

Uma imprensa livre, democrática, transparente, não pode ser uma imprensa privada, isto é, mercantil. Tem que ser uma imprensa pública, de propriedade social e não privada (e familiar, como é o caso das empresas jornalísticas brasileiras).

A Conferência Nacional de Comunicacáo, a ser realizada em novembro, é um momento único para redefinir as leis brasileiras, promovendo a construção e o fortalecimento de uma imprensa realmente livre, democrática, transparente, pública.

Fonte: Agência Carta Maior

Nota do Blog: O mesmo se aplica aos Blogs que saem de sua origem pública e passam a ter caráter privado, cobrando de seus participantes para ter acesso ao que deveria ser livre. Nós do GeoPolítica Brasil defendemos a imparcialidade e o acesso livre a informação, tornando público e acessível o debate sobre as questões geopolíticas e estratégicas, onde cada um pode dar sua palavra independente de sua posição, pois aqui é um espaço para você leitor expressar sua liberdade.
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Hillary diz que EUA não estão perdendo a guerra no Afeganistão

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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse em uma entrevista exibida nesta sexta-feira pelo canal ABC que os Estados Unidos não estão perdendo a guerra no Afeganistão.

A declaração contraria o relato pessimista do comandante geral das forças internacionais do país, general Stanley McChrystal, que pediu reforço no número de soldados para evitar o fracasso da guerra contra os militantes do grupo islâmico Taleban.

"Os Estados Unidos estão perdendo a guerra no Afeganistão? Não acredito", disse Hillary ao jornalista da ABC. Ela admitiu, contudo, que "os talebans estão em seu momento" e que ganharam força e terreno nos últimos meses.

A entrevista foi ao ar horas antes de uma reunião do presidente Barack Obama com altos comandantes militares, como parte de uma série de sessões com conselheiros de alta patente para avaliar o pedido de milhares de tropas adicionais do general McChrystal.

"Não vai ser uma repetição do mesmo e velho enfoque. Estamos tentando coisas diferentes. Quando o presidente tomar sua decisão, acredito que isto será evidente", afirmou Hillary, sobre as expectativas pela decisão de Obama.

Há semanas o presidente se reúne com grandes nomes do governo para avaliar o pedido de 40 mil tropas adicionais de McChrystal. Ele deve responder somente após o segundo turno das eleições no país, em 7 de novembro próximo.

Fonte: France Presse

Nota do Blog: Será que não estão perdendo mesmo??? O que esta parecendo é que esta tudo ainda muito incerto, com maior probabilidade para fracasso americano devido ao histórico afegão.
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Colômbia e EUA assinam acordo sobre bases militares

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Os Governos da Colômbia e dos Estados Unidos assinaram hoje o acordo que permitirá o acesso de soldados americanos a pelo menos sete bases militares em território colombiano, informaram à Agência Efe fontes do Ministério das Relações Exteriores, em Bogotá.

O documento foi assinado pelo ministro das Relações Exteriores colombiano, Jaime Bermúdez, e pelo embaixador americano em Bogotá, William Brownfield.

Bermúdez e Brownfield formalizaram o acordo em um ato privado realizado no Palácio de San Carlos, sede da Chancelaria colombiana, no centro de Bogotá.

Os ministros colombianos da Defesa, Gabriel Silva, e do Interior e de Justiça, Fabio Valencia, acompanharam Bermúdez na assinatura do acordo, segundo os porta-vozes.

Com o pacto, que Bogotá apresentou como complementar a um global de cooperação em vigência desde 1974, Washington procura suprir o fim de suas atividades na base de Manta, no Equador, cujo contrato de dez anos não foi renovado pelo Governo do presidente do país, Rafael Correa.

A base aérea de Palanquero, no centro da Colômbia, será o eixo do total de sete instalações às quais os militares americanos terão acesso, segundo detalhes do acordo antecipados pelos dois Governos há algumas semanas.

O documento determina que os americanos poderão utilizar as unidades para atividades de combate ao narcotráfico e ao terrorismo, e gerou receio na região, particularmente nos Governos da Venezuela e do Equador.

"Para nós é muito positivo, (...) é, além disso, uma necessidade, e a região terá benefícios também", declarou o comandante das Forças Militares, o general Freddy Padilla de León.

Ao contrário do Governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, que considerou que este documento não deve ser submetido à discussão e aprovação do Congresso, o embaixador Brownfield disse na véspera da assinatura que é obrigado a levar o documento para a consideração dos Comitês de Relações Exteriores do Senado e da Câmara de Representantes dos EUA

Fonte: EFE
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Coreia do Sul enviará tropas e engenheiros ao Afeganistão

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A Coreia do Sul irá enviar um contingente policial de segurança e tropas ao Afeganistão para proteger o trabalho de uma nova e maior equipe de engenheiros civis, afirmou o Ministério do Exterior nesta sexta-feira

O país não permitirá que as tropas se engajem em operações de combate, disse um porta-voz do Ministério. Seul tem estado sob pressão para contribuir com tropas com as operações chefiadas pelos Estados Unidos no Afeganistão, mas disse que não irá enviar forças de combate.

Há uma semana o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gares, visitou o país e aliviou potenciais pontos de atrito antes da visita do presidente Barack Obama a Seul no próximo mês.

A Coreia do Sul retirou cerca de 200 engenheiros militares e médicos do Afeganistão depois que 23 missionários sul-coreanos foram sequestrados e dois morreram pelas mãos do Taliban em 2007.

"A equipe que planejamos criar deve ajudar na reconstrução geral em uma das províncias do Afeganistão... além da equipe existente de treinamento médico que operamos na base aérea norte-americana de Bagram", afirmou o porta-voz do ministério Moon Tae-young em conferência de imprensa.

Um representante afirmou que a força será grande o bastante para proteger o grupo de pelo menos 130 trabalhadores de reconstrução.

Os Estados Unidos possuem 65 mil militares no Afeganistão e esse número deve chegar a 68 mil este ano. Outras nações, principalmente aliados da OTAN, possuem cerca de 39 mil militares no país.

Fonte: Reuters
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Oito aeronaves participam de buscas por avião da FAB que desapareceu

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A FAB (Força Aérea Brasileira) informou na manhã desta sexta-feira que oito aeronaves estão trabalhando nas buscas pelo avião C-98 Caravan, da Aeronáutica, que desapareceu na manhã de ontem quando fazia o trajeto Cruzeiro do Sul (AC) a Tabatinga (AM). De acordo com o órgão, 11 pessoas embarcaram no avião --sendo sete passageiros e quatro tripulantes.

Segundo nota divulgada pela FAB, as buscas prosseguiram durante toda a madrugada com um helicóptero do Exército e a aeronave de reconhecimento R-99, que possui um sensor para varredura térmica --mesmo modelo usado nas buscas pelo avião da Air France que caiu no oceano Atlântico em maio deste ano. Apesar dos esforços, não foi localizado nenhum sinal da aeronave.

Desde a manhã de hoje, as buscas foram reforçadas e contam com sete aeronaves da FAB e uma do Exército. Entre as aeronaves utilizadas estão dois helicópteros H-60L BlackHawk, um helicóptero HM-3 Super Cougar, um KC-130 Hércules, um SC-95 Bandeirante, dois C-105 Amazonas e um R-99.

Segundo o Comando da Aeronáutica, o avião saiu de Cruzeiro do Sul e deveria pousar em Tabatinga às 10h15, horário local (ou 12h15, horário de Brasília). O avião tem capacidade para até 14 passageiros e um tripulante.

De acordo com a FAB, o Salvaero (Serviço de Salvamento Aéreo) recebeu o ELT (sinal de emergência) emitido pela aeronave 58 minutos após a decolagem. "Com base nas informações do ELT e dos últimos contatos por radar e rádio com o controle de tráfego aéreo, foi possível estabelecer uma área para início das buscas", disse a FAB, em nota.

Mais de cem militares participam da operação de resgate, sendo que 36 militares --entre médicos, enfermeiros e especialistas em resgate--, foram deslocados para a localidade, informou o órgão. Uma base das operações de buscas será montada na cidade de Cruzeiro do Sul, de onde o avião partiu.

Entre os passageiros há funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que participam de uma missão de vacinação do Ministério da Saúde. A Funasa, porém, ainda não confirmou quantas pessoas da corporação embarcaram na aeronave.

De acordo com a Funasa, os funcionários participam da "Operação Gota", que tem como objetivo vacinar as "populações residentes em áreas rurais e indígenas de difícil acesso". A ação, segundo o órgão, atinge cerca de 3.700 indígenas de, aproximadamente, 40 aldeias no Vale do Javari, no Amazonas.


Fonte: Folha

Nota do Blog: Esperamos que o avião sinistrado seja logo encontrado, e pelo visto veremos mais uma vez um show de capacidade de nossa FAB operando seus R-99 em mais essa missão de busca.
Nós do blog esperamos que a FAB encontre sobreviventes desse acidente aéreo
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- Brasileiro é um povo solidário. Mentira.

Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês (?), para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..
Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.
Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso??? Pense !!!

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro!!!!!!!

Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece!!! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!!!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

FAÇA A SUA PARTE (SE QUISER)

Nota do Blog: Excelente texto, ideal para parar e pensar sobre nossos valores e a sociedade em que vivemos, além de levantar questionamentos sobre a nossa sociedade brasileira.
Espero que você leitor deixe aqui sua crítica, pois o debate a troca de idéias enriquece muito.
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Avião da FAB que sumiu emitiu sinal de emergência 58 minutos após decolagem

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O avião C-98 Caravan da FAB (Força Aérea Brasileira) --que desapareceu na manhã desta quinta-feira na região da Amazônia-- emitiu um sinal de emergência 58 minutos após decolar de Cruzeiro do Sul (AC), informou o Comando da Aeronáutica. Onze pessoas --sendo sete passageiros e quatro tripulantes-- embarcaram na aeronave, que seguia para Tabatinga (AM).

Segundo o Comando da Aeronáutica, o avião deveria pousar em Tabatinga às 10h15, horário local (ou 12h15, horário de Brasília). De acordo com a FAB, as buscas pelo avião serão mantidas durante a madrugada.

"Com base nas informações do ELT [sinal de emergência] e dos últimos contatos por radar e rádio com o controle de tráfego aéreo, foi possível estabelecer uma área para início das buscas", disse a FAB, em nota.


Entre os passageiros há funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que participam de uma missão de vacinação do Ministério da Saúde.

De acordo com a Funasa, os funcionários participam da "Operação Gota", que tem como objetivo vacinar as "populações residentes em áreas rurais e indígenas de difícil acesso". A ação, segundo o órgão, atinge cerca de 3.700 indígenas de, aproximadamente, 40 aldeias no Vale do Javari, no Amazonas.

Em nota, a FAB informou que as buscas noturnas serão realizadas pela aeronave de reconhecimento R-99, que possui um sensor para varredura térmica --mesmo modelo usado nas buscas pelo avião da Air France que caiu no oceano Atlântico em maio deste ano.

Um helicóptero HM-3 também permanece à procura da aeronave durante a madrugada.

"Não temos informação que a aeronave caiu", informou o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica. "As operações de busca foram iniciadas quando perdeu-se contato com a aeronave".

Segundo o Ministério da Defesa, a aeronave foi desenvolvida para transporte de pequenas cargas em distâncias curtas, e vem sendo utilizada no Brasil desde 1987.

Fonte: Folha
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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Venezuela acusa americanos de apoiar espionagem colombiana

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na quinta-feira que três homens acusados de espionar para a Colômbia foram detidos e serão processados. Ele também acusou os Estados Unidos de cumplicidade no caso.

A Venezuela diz que dois colombianos e um venezuelano foram presos no dia 2 de outubro sob a acusação de tentar subornar autoridades para obter informações sobre os militares do país para a agencia estatal de segurança da Colômbia, a DAS.

"Nós prendemos funcionários do serviço de inteligência colombiano espionando na Venezuela. Eles foram presos e nós os levaremos a julgamento", disse Chávez. "Quem está por trás disto? A mão dos Estados Unidos".

Chávez, um crítico da influência dos EUA na América Latina, disse esta semana que dois agentes da DAS foram presos na Venezuela. A Colômbia diz que somente um funcionário da DAS está detido e que não está claro por que ele foi preso.

O diretor da DAS, Felipe Muñoz, afirmou à Reuters na quarta-feira que o funcionário tinha ido à Venezuela a convite de um amigo.

"Nós estamos esperando para ver do que se trata tudo isto porque, oficialmente, não há funcionários da DAS na Venezuela realizando atividade alguma", disse ele.

O ministro do Interior da Venezuela, Tarek El Aissami, apresentou nesta quinta-feira aos parlamentares um documento interno da agência colombiana que, segundo ele, traz provas detalhadas da operação de espionagem.



HISTÓRIA TURBULENTA

Colômbia e Venezuela costumam se estranhar por causa do conflito interno colombiano e o tráfico de cocaína que atravessa a fronteira entre os dois países, mas seu comércio bilateral de 7 bilhões de dólares só é interrompido temporariamente.

Em 2007, dois militares colombianos à paisana que se infiltraram nas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foram encontrados mortos e com sinais de tortura na Venezuela, perto da fronteira.

As tensões se elevaram este ano quando Chávez suspendeu as relações com a Colômbia e tomou medidas para reduzir o comércio bilateral por causa do plano colombiano de permitir que tropas dos EUA tenham acesso a suas bases militares.

O acordo, que deve ser assinado esta semana, levantou preocupações na região, do Brasil ao Chile. O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, fez um intenso trabalho para mostrar que seu plano é apenas uma ampliação da cooperação militar existente com os EUA.

Chávez diz acreditar que as bases colombianas possam ser usadas para lançar um ataque contra o seu país, que é membro da Opep.

Uribe, o principal aliado dos EUA na América do Sul, recebeu bilhões de dólares em ajuda de Washington para combater o tráfico de drogas e as guerrilhas de esquerda, as mais antigas na América Latina.

A DAS está envolvida em escândalos. Seus agentes gravaram ilegalmente conversas de oponentes de Uribe e juízes do alto escalão colombiano. Ex-funcionários da DAS também estão sob investigação por colaborarem com esquadrões da morte paramilitares.

Fonte: Reuters
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Avião da FAB desaparece na Amazônia com 11 pessoas

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Um avião turboélice da Força Aérea Brasileira (FAB) desapareceu hoje quando sobrevoava a Floresta Amazônica com 11 pessoas a bordo, informaram fontes oficiais.

A aeronave modelo Cessna C-98 Caravan perdeu o contato com o controle aéreo quando voava entre as cidades de Cruzeiro do Sul (AC) e Tabatinga (AM), na fronteira com a Colômbia, diz a FAB em comunicado.

Em uma segunda nota, a FAB informou que 11 pessoas estavam a bordo do avião, em sua maioria técnicos do Ministério da Saúde que participavam de uma campanha de vacinação na Amazônia.

Os militares enviaram à região dois helicópteros H-60 Blackhawk, um avião C-105 Amazonas e uma aeronave de reconhecimento R-99 para iniciar as buscas pelo C-98 Caravan.

O C-105 decolou hoje à tarde de Manaus com 32 militares, dois médicos e dois enfermeiros.

As operações de busca são coordenadas a partir de uma base montada em Cruzeiro do Sul, segundo a FAB.

Os Cessna C-98 Caravan têm capacidade para 14 pessoas e costumam ser usados para o transporte de passageiros e carga em trechos curtos

Fonte: EFE
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Berlim: Diferenças entre Leste e Oeste continuam

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Vinte anos após a queda do Muro de Berlim, permanecem as diferenças entre os alemães do Leste e do Oeste, mas são mais culturais e sociais do que políticas, segundo um estudo de psicólogos divulgado nesta quinta-feira.

E "a Ostalgia", ou nostalgia da extinta Alemanha do Leste, aparece mais na necessidade de reencontrar "pequenos prazeres" de então que do desejo de uma volta ao sistema comunista, segundo estudo divulgado na revista "cult" Superillu.

O estudo, realizado pelo Instituto Rheingold de Colônia (Oeste), visa a "compreender mais que medir" as diferenças, segundo seu diretor, Stephan Grünewald.

Com sua equipe, entrevistou 80 moradores do Leste para analisar suas motivações, preocupações e sonhos.

O que conta, antes de tudo, no Leste "é a busca por estabilidade na vida cotidiana", principalmente no trabalho, "sobretudo a prioridade dada à família e aos amigos", destaca Grünewald.

"Fico no Leste porque toda a minha família é daqui", afirma, por exemplo, uma pessoa que preferiu não se identificar, para explicar sua recusa em procurar um novo emprego no Oeste.

Segundo um relatório oficial, o desemprego é duas vezes maior na ex-RDA - mais de 13% - do que na ex-Alemanha Ocidental, mesmo que o Oeste sofra "no momento" mais que o Leste com a onda de choque da crise econômica.

"As pessoas são, em geral, mais pragmáticas no Oeste", acrescenta Grünewald.

No tempo da RDA, as pessoas sabiam se virar como podiam, e a tradição foi mantida - saber consertar as coisas e ajudar amigos e vizinhos, segundo o estudo.

Fonte: AFP
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Embraer lucra R$ 222 milhões no terceiro trimestre

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A construtora aeronáutica Embraer anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 221,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 39,2 milhões do mesmo período do ano passado.

Em compensação, houve recuo de 52,5% sobre o desempenho do segundo trimestre, e uma queda nos pedidos firmes de novas aeronaves.

A receita líquida, por sua vez, fechou o trimestre em R$ 2,327 bilhões, o que representa recuos de 9,7% sobre o terceiro trimestre do ano passado e de 22,9% sobre o segundo trimestre.

Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 27,8% e 48,4%, respectivamente, para R$ 264,9 milhões.

Ao longo do trimestre, a Embraer realizou a entrega de 57 aeronaves --sendo 29 para aviação comercial, 27 para aviação executiva e um no segmento Defesa.

Foram nove a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, embora tenha caído fortemente as entregas no setor de aviação comercial --de 37 para 29. As vendas para esse ramo da aviação foram duramente penalizadas devido à crise financeira global.

Os efeitos da crise também se reflete no volume de pedidos firmes, que fechou o trimestre em US$ 18,6 bilhões --contra US$ 19,8 bilhões no segundo trimestre.

Fonte: Folha
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Marinha assina Termo de Cooperação para construção de Lanchas-Escola

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No dia 28 de outubro de 2009, a Diretoria de Engenharia Naval (DEN) assinou Termo de Cooperação técnica com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a construção de seiscentas Lanchas-Escola para atender ao Programa Caminho da Escola, do Ministério da Educação. A realização do objeto convencionado será regida pelos dispositivos legais que regulamentam a execução e a gestão de dotações orçamentárias descentralizadas entre órgãos e entidades da administração federal, neste caso, do FNDE para a Marinha do Brasil (MB).

O objetivo, como consta no Termo de Compromisso firmado em 15 de julho deste ano, entre o Ministério da Educação e o Ministério da Defesa, com a interveniência do FNDE e da MB, é a produção inicial de 1500 Lanchas-Escola, com meta final prevista de 3000 lanchas, que serão destinadas aos estados, Distrito Federal e municípios, especialmente localizados nas áreas ribeirinhas da região Norte, para o atendimento dos alunos da Educação Básica pública, transportados da Zona Rural.

A decisão pela construção das Lanchas-Escola da primeira fase do Programa, nas Bases Navais, se coaduna com a política governamental de mútua cooperação entre o Ministério da Educação e o Comando da Marinha no incentivo à construção naval, aproveitando a capacidade industrial disponível em suas Bases Navais, que será utilizada para produção das embarcações pretendidas pelo FNDE.

As lanchas serão construídas a partir de um projeto desenvolvido pela Base Naval de Val-de-Cães, da seguinte forma: trezentas na Base Naval de Val-de-Cães, duzentas na Base Naval de Natal e cem na Base Naval de Aratu.
O Termo de Cooperação, ora assinado, terá duração total de 2 anos e 4 meses, sendo que 180 lanchas estão com sua entrega prevista para 2010, 360 lanchas para 2011 e as últimas 60 lanchas para 2012.


Principais características das Lanchas-Escola:

•Comprimento total: 7,30m;
•Boca moldada: 2,20 m;
•Material: alumínio Naval;
•Calado: 0,35 m;
•Motorização: Motor de popa com potência de 90hp;
•Deslocamento leve de projeto: 1,2 t;
•Tanque de gasolina:100 litros; e
•Capacidade de passageiros:20

Fonte: Centro de Comunicação Social da Marinha
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Mortes de militares pesam sobre decisões de guerra, diz Obama

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, após acompanhar a entrega de corpos de militares mortos em conflitos armados no exterior, que essas mortes pesam "muito seriamente" sobre a sua visão de guerra e sobre suas futuras decisões militares.

Obama afirmou que a visita à base aérea de Dover, em Delaware, onde chegam os corpos de soldados mortos no Iraque e Afeganistão, representou "uma recordação instrutiva" dos sacrifícios da guerra. "Foi uma dolorosa lembrança dos extraordinários sacrifícios que os nossos jovens homens e mulheres de uniforme realizam a cada dia", disse.

"Obviamente, o fardo que nossas tropas e nossas famílias carregam em tempos de guerra vai pesar na forma com que eu vejo esses conflitos. E é algo em que penso todos os dias."

Esta foi a primeira vez em 18 anos em que um presidente americano visitou a base. Obama chegou ao local na madrugada passada para acompanhar a chegada dos restos de militares mortos no Afeganistão e sua entrega aos familiares. A visita de Obama a Dover acontece no mês mais letal para as tropas americanas no Afeganistão, com 54 militares mortos.

Nesta quinta-feira, os caixões com os corpos de 15 soldados e três funcionários da DEA (a agência antidrogas dos EUA) que foram mortos segunda-feira (26), no Afeganistão, chegaram a bordo de um avião militar.

O antecessor, George W. Bush (2001-2009), vetou o acesso da imprensa às entregas dos restos mortais de militares aos familiares, medida que Obama suavizou após a sua chegada à Casa Branca, em janeiro passado, ao indicar que cada família deveria decidir se autorizaria a presença de jornalistas. Bush nunca visitou a base de Dover, porém se reuniu com frequência com familiares de soldados mortos em combate.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs, revelou que Obama ficou calado a maior parte do tempo no voo de helicóptero que o trouxe de volta da base aérea. "Não acho que alguém possa ir até lá e não entender o que está vendo. É difícil não ficar aflito", disse.

Fonte: Folha
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Governo Interino de Honduras move ação contra o Brasil

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Na ação legal aberta contra o Brasil na Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia, o governo interino de Honduras acusa o presidente deposto Manuel Zelaya de usar a embaixada do Brasil em Tegucigalpa como plataforma para propaganda política, "ameaçando a paz e a ordem pública" no país.

Honduras exige que o tribunal declare que o Brasil não tem o direito de permitir que sua embaixada seja usada para promover "atividades manifestamente ilegais" de cidadãos hondurenhos.

No pedido, que foi apresentado à Corte nesta quarta-feira (28) pelo embaixador hondurenho na Holanda, Honduras afirma se reservar o direito de exigir indenização por qualquer dano causado pelas ações do Brasil, sua embaixada e hondurenhos que se abrigam na representação diplomática.

O governo interino sinalizou que também poderá apresentar um pedido para a "indicação de medidas temporárias" se o Brasil não colocar um fim imediato ao tumulto.

A embaixada brasileira em Haia foi notificada nesta quinta-feira da ação aberta por Honduras na Corte, informou o Itamaraty, que disse estar analisando o comunicado.

Para o governo brasileiro, a medida hondurenha não será levada em consideração no tribunal, uma vez que o governo de facto não é reconhecido internacionalmente. "Não tem como prosperar", disse à Reuters um assessor do Itamaraty. "O regime de facto não é reconhecido pela ONU, não tem legitimidade na Corte Internacional de Justiça."

Zelaya está abrigado na embaixada brasileira em Tegucigalpa desde que retornou ilegalmente a Honduras, há mais de um mês. O líder foi deposto e expulso do país por militares há quatro meses depois de ser acusado de violar a Constituição na tentativa de se reeleger.

Questões

O especialista em direito internacional da Universidade Groningen Andre de Hoogh disse que, se o Brasil rejeitou a legitimidade de Honduras, o tribunal pode suspender a decisão e iniciar, então, fases separadas para decidir a jurisdição e a admissibilidade do processo.

"Se o governo de facto de Honduras pode representar Honduras como um Estado é um ponto difícil, principalmente porque ele está no controle de Honduras, embora parte da comunidade internacional diga que reconhece apenas o presidente Zelaya", disse De Hoogh. Como Zelaya não controla o país, é possível que o tribunal de Haia reconheça que o governo interino tem o controle efetivo, julgando a ação legal admissível, disse De Hoogh.

Geralmente, casos apresentados à CIJ demoram anos para serem julgados, mas, se o requisitante pedir uma "indicação de medidas temporárias", os juízes podem realizar rapidamente uma ordem temporária.

Fonte: Reuters
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Entenda o que muda com a entrada da Venezuela no Mercosul

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A CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado aprovou nesta quinta-feira o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. A decisão ocorre depois de meses de discussões entre parlamentares governistas e da oposição.

A matéria já passou pela Câmara. Após aprovação na comissão, deverá ser votada no plenário do Senado.

O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul foi assinado em 2006 e deve ser aprovado por todos os integrantes para que o país se torne um membro integral do bloco.

Argentina e Uruguai já ratificaram o ingresso da Venezuela no Mercosul. O Paraguai espera a decisão do Brasil para votar o protocolo.

Abaixo, a BBC Brasil responde a algumas perguntas sobre os impactos da entrada da Venezuela no Mercosul.



Que impacto a entrada da Venezuela no Mercosul deverá ter no bloco e nas relações com outros países?

Setores contrários à entrada da Venezuela no Mercosul afirmam que o governo do presidente Hugo Chávez deixa a desejar em relação ao respeito aos princípios democráticos e que a adesão de seu país pode ser prejudicial ao bloco.

De acordo com analistas consultados, o estilo "personalista" de Chávez pode ser motivo de temor em alguns países da região.

"É um tipo de governo que, de alguma forma, traz outro comportamento para dentro do Mercosul", diz Sônia de Carmago, professora da PUC-Rio. Segundo ela, enquanto Lula tem uma atuação "agregadora" em política externa, o presidente venezuelano é mais intempestivo e cultiva um "nacionalismo exacerbado".

José Alexandre Hage, professor de Relações Internacionais da Trevisan Escola de Negócios, questiona ainda como o bloco irá agir diante de problemas que a Venezuela tradicionalmente tem, como os conflitos com a Colômbia.

"Se a Venezuela entra no Mercosul, de certa forma estamos corroborando os problemas dela. E a rivalidade que a Venezuela tem com a Colômbia, por exemplo? Como fica o bloco?", questiona.

O discurso antiamericano do presidente da Venezuela também é visto por alguns como um problema, e há o temor de que possa prejudicar as relações do bloco com os Estados Unidos. "Uma alta dose de Chávez no Mercosul pode aumentar uma ideologização antiamericana", diz Hage.

Há ainda o temor de que a presença da Venezuela prejudique as negociações para um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

No entanto, o argumento dos defensores do ingresso da Venezuela no Mercosul é o de que não se pode impedir a entrada do povo venezuelano no bloco devido à atual circunstância política e que deixar o governo Chávez isolado seria pior.

"O problema não é a Venezuela, todo mundo quer que a Venezuela faça parte do Mercosul. O problema é o governo Chávez", diz Georges Landau, conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

A Venezuela deve se beneficiar da integração comercial com o Mercosul. De acordo com alguns analistas, também o bloco teria benefícios com o ingresso do país.

"Do ponto de vista de se criar um bloco político mais coeso, a entrada da Venezuela pode ajudar. De certa forma, os países que compõem o Mercosul são muito parecidos na essência, com governos de centro-esquerda, com traços de um certo nacionalismo. O Chávez é um pouco mais denso nesse nacionalismo, isso pode dar ao bloco um pouco mais de consistência", afirma Hage.

O ingresso da Venezuela no Mercosul pode aumentar o poder de influência de Hugo Chávez na região?

Alguns analistas afirmam que o ingresso da Venezuela no Mercosul dará a Chávez mais poder de influência na região. O país, que já integra a Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) e a Unasul (União de Nações Sul-Americanas), ganharia um palco importante.

"Aumenta o grau de projeção de Chávez, tem muito mais espaço de articulação", diz Hage. "Ganharia um palco muito melhor que Unasul e Alba, que são expectativas, enquanto o Mercosul, apesar da crise, realmente existe."

Como os venezuelanos veem a adesão do país ao bloco?

Nesta semana, um dos principais opositores de Chávez, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, veio ao Brasil e defendeu a aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul. O líder opositor afirma que o povo venezuelano não pode ser punido com o isolamento por causa do governo Chávez.

Além disso, há a expectativa de que, com a entrada da Venezuela, aumente o poder de pressão do Mercosul sobre o governo Chávez, para que cumpra pré-requisitos democráticos. Em uma audiência no Senado, Ledezma disse que a adesão da Venezuela ao Mercosul seria uma chance de "enquadrar" Chávez.

O Protocolo de Ushuaia, parte do Tratado de Assunção, que criou o Mercosul, afirma que "a plena vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento dos processos de integração" do bloco. Em caso de não cumprimento das cláusulas democráticas, um país pode sofrer suspensão.

"A Venezuela é uma democracia em termos formais, mas tem uma forma de governo muito autoritária", diz Sonia de Camargo.

No entanto, alguns analistas afirmam que os resultados práticos desse tipo de pressão por parte do Mercosul podem ficar aquém do esperado. "Não há mecanismos para isso, porque o Mercosul é muito pouco institucionalizado", diz Hage.

Apesar das limitações, alguns defensores do ingresso da Venezuela no Mercosul afirmam que é melhor ter o país no bloco, atendendo a algumas regras, do que independente e sem controle.

Qual o impacto econômico da adesão da Venezuela ao Mercosul?

No ano passado, a balança comercial do Brasil com a Venezuela alcançou US$ 5,7 bilhões, com superávit de US$ 4,6 bilhões para o Brasil.

Desde 2007, o Brasil passou a ser o segundo sócio comercial do país, ficando atrás somente dos Estados Unidos, principal consumidor do petróleo venezuelano.

A Venezuela importa 70% do que consome, a maior parte da Colômbia e dos Estados Unidos. Defensores afirmam que o ingresso do país no Mercosul traria vantagens econômicas e fortaleceria o PIB do bloco. Também estenderia o bloco para o norte da América do Sul, com influência na região caribenha e benefícios para os Estados da região norte do Brasil.

Para fazer parte do Mercosul, a Venezuela tem de cumprir critérios, entre eles a adoção da TEC (Tarifa Externa Comum), vigente no comércio do bloco. Críticos afirmam que a Venezuela ainda não cumpriu esses critérios e não aceitou o tratado de tarifas comuns com terceiros países.

Fonte: BBC Brasil
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Pressão dos EUA por extradição de "mercador da morte" são ilegais, diz Rússia

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A Chancelaria russa qualificou nesta quinta-feira de ilegais a pressão que os Estados Unidos estão exercendo sobre a Tailândia para conseguir a extradição do traficante de armas russo Viktor Bout, conhecido como o "mercador da morte".

"Consideramos que tal classe de ações, que saem do âmbito legal, são inaceitáveis e não permitem uma audiência justa e objetiva do caso nos tribunais", afirmou em entrevista a jornalistas Andrei Nesterenko, porta-voz da Chancelaria.

Bout, ex-piloto e agente da KGB, foi detido em março de 2008 no luxuoso hotel Sofitel de Bancoc, na Tailândia, por membros da agência antidroga dos EUA que se faziam passar por compradores de armas.

As autoridades tailandesas se disponibilizaram em princípio a processá-lo por um delito de apoio ao terrorismo, mas desistiram perante a falta de provas. Bout sairá livre se a Tailândia mantiver a rejeição às apelações dos EUA e da Colômbia pela deportação do traficante.

Nesterenko ressaltou que as autoridades russas respeitam "o princípio de não interferência nos processos judiciais". "Partimos do princípio que a decisão final sobre o caso Bout se tomará em estrita consonância com a legislação do Reino da Tailândia e as normas do direito internacional".

Ele lembrou ainda que as autoridades russas estão fazendo todo o possível para que Bout 'retorne em breve à sua pátria', já que está detido na Tailândia desde 6 de março de 2008.

Em meados de outubro, o procurador-geral adjunto dos EUA, David Ogden, viajou para Tailândia para abordar com funcionários do Ministério da Justiça local a extradição de Bout, que foi negada em agosto por um tribunal tailandês.

No final de setembro, um tribunal penal de Bancoc também desprezou a alegação apresentada pela Colômbia a favor da extradição do traficante de armas, por entender que se apresentou fora de prazo.

Se o Supremo tailandês rejeita o recurso apresentado pelos EUA, este não poderá apelar de novo e o "mercador da morte" será posto em liberdade no prazo de trinta dias.

Washington quer que Bout seja julgado perante um tribunal americano por vender armas à guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), conspirar para assassinar a funcionários norte-americanos e comprar lança-foguetes antiaéreos --acusações que, nos EUA, poderiam render-lhe a prisão perpétua.

Há um ano e meio ele é mantido em uma prisão de segurança máxima da capital tailandesa, na qual assegura ter sido tratado "pior que em Guantánamo" --uma referência à prisão para suspeitos de terrorismo mantida pelos EUA em Cuba.

Perfil

O ex-piloto e agente da KGB, o serviço secreto soviético, afirma ser um honrado empresário, fala seis idiomas e é conhecido por oito nomes diferentes. O personagem interpretado por Nicolas Cage no filme "O Senhor das Armas" (2005) foi vagamente inspirado em Bout, que nasceu no Tadjiquistão.

Ele nega envolvimento no tráfico ilegal de armas e alega que estava envolvido apenas no transporte das cargas. Segundo os serviços de inteligência ocidentais, o suposto traficante aproveitou o fim da União Soviética para comprar de generais corruptos e a baixo preços, arsenais inteiros na Bulgária, Moldova ou Ucrânia, para vendê-los a regiões de conflito, principalmente à África.

O "mercador da morte" se transformou no principal provedor de armas para as guerras em Serra Leoa, Angola e Congo.

Segundo o FBI americano e o MI6 britânico, Bout liderou durante anos uma das maiores redes privadas de contrabando de armas de todo o mundo, que despachava desde fuzis e bazucas até carros de combate e helicópteros a adversários em conflitos em vários pontos do planeta.

A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional afirma que ele chegou a operar uma frota de mais de 50 aviões que transportavam armas por todo o continente africano, onde conseguiu até mesmo evitar um embargo internacional para fazer negócios com Charles Taylor, ex-presidente da Libéria e notório "senhor da guerra", que atualmente está sendo julgado em Haia por crimes de guerra.

Fonte: EFE
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