sábado, 31 de agosto de 2013

Inspetores da ONU deixam a Síria após investigação sobre armas químicas

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Os inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) que averiguaram o suposto uso de armas químicas na Síria chegaram neste sábado ao Líbano. Eles vieram de Damasco, após terem concluído ontem a missão no país vizinho.
 
Segundo a imprensa libanesa, os inspetores da ONU entram no país pelo posto de controle fronteiriço de Masnaa, onde passaram a ser escoltados por membros das forças de segurança libanesas.
 
Os especialistas realizaram o mesmo trajeto usado ontem pela alta representante da ONU para o desarmamento, Angela Kane, quem terá hoje um encontro com o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, para falar sobre o trabalho dos inspetores.
 
Está previsto que a equipe da ONU se dirija ao aeroporto internacional de Beirute para deixar o país de avião, assim como fez Angela, que tomou um voo com destino a Istambul.
 
Os inspetores saíram do hotel, na capital síria, ainda de madrugada e, em um comboio, seguiram em direção à fronteira libanesa. Nos últimos quatro dias, a equipe de investigação da ONU visitou os lugares onde os rebeldes e o regime de Bashar al-Assad se acusam mutuamente de terem usado amas químicas.
 
A equipe da ONU, que chegou à Síria no último dia 18 de agosto para inspecionar outros casos, visitou ontem um hospital militar de Damasco. Nos dias anteriores, a inspeção foi realizada nas localidades de Muadamiya, Zamlaka e Ain Tarma, todas controladas pela oposição.
 
De acordo com a oposição, o regime do presidente Bashar al-Assad realizou um ataque químico no último dia 21 de agosto que resultou na morte de 1.500 pessoas, enquanto o governo, em resposta, atribuiu a ação aos rebeldes.
 
Estava previsto que os inspetores apresentariam hoje à ONU um balanço preliminar de sua investigação, o que despertou a rejeição do regime de Damasco.
 
No entanto, ainda ontem, a ONU esclareceu que não haverá nenhum relatório preliminar e que aguardará as conclusões das análises científicas para apresentar os resultados finais.
 
O porta-voz da ONU, Martin Nesirky, assinalou que uma vez concluído o processo cientifico --"o mais rápido possível"-- um relatório parcial será apresentado, mas que seguirão investigando o resto das denúncias para elaboração de um "relatório final completo".
 
Os inspetores da ONU devem retornar ainda hoje a Haia, onde fica a sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas, para repassar as mostras recolhidas a diferentes laboratórios, um processo que será supervisionado pessoalmente pelo responsável do grupo, o professor sueco Ake Sellström.
 
Ontem, além de rejeitar um possível relatório parcial, o regime sírio também lançou criticas aos EUA, a quem acusou de apresentar provas "falsas" e baseadas nos dados da oposição.
 
O governo americano, por sua vez, tornou público ontem um relatório que assegura que 1.429 pessoas, entre elas pelo menos 426 crianças, morreram no ataque químico do último dia 21 de agosto na periferia de Damasco, uma ação que foi atribuída ao governo sírio
 
Fonte: EFE
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Embraer fabrica peças em Portugal e traz para o Brasil

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Com a queda da competitividade brasileira, a Embraer está fabricando peças de aviões em Portugal e exportando para o Brasil.
 
Nas duas fábricas que a empresa tem em Évora estão sendo montados componentes para a cauda e as asas dos jatos Legacy 500. As peças são mandadas por navio para o Brasil e aí entram na montagem final do avião.
 
No início de 2014, as fábricas da União Europeia passam a fabricar também componentes para o KC 390, o avião militar que a Embraer vai produzir, segundo João Taborda, diretor de relações externas da Embraer Europa.
 
"Isso demonstra que o Brasil não perdeu competitividade apenas para a China, mas também para países europeus", diz Antônio Corrêa de Lacerda, professor de Economia Política da PUC-SP.
 
"Fabricar em outros países está relacionado à lógica de se integrar a cadeias globais de fornecimento, mas, se o custo não compensasse, não fariam isso."
Segundo Lacerda, todos os indicadores de competitividade no Brasil -carga tributária, logística, custo de mão de obra- pioraram, e a questão cambial se agravou.
 
"Agora, com a desvalorização cambial, a situação pode melhorar; se o real permanecer em um patamar mais desvalorizado, a Embraer terá de rever sua estratégia."
 
Segundo a Embraer, não foi a "lógica de custos" que motivou a instalação das fábricas em Portugal.
As fábricas fazem parte de uma estratégia global da empresa -e, no caso de Portugal, a oferta de mão de obra qualificada e o sistema tributário transparente foram fatores que pesaram muito.
 
A Embraer tem outras fábricas no exterior, nos Estados Unidos e na China, mas lá a produção é voltada primordialmente para o mercado daqueles países, e não para exportação para o Brasil.
 
"Chegamos à conclusão de que valia a pena fabricar aqui, também do ponto de vista dos custos", disse.
 
Segundo ele, Portugal tem diversas vantagens comparativas: excesso de mão de obra, com muitos técnicos altamente qualificados e engenheiros; governo empenhado em desenvolvimento industrial e a base tecnológica na Europa. "Mas a questão de base é a necessidade da Embraer de ser globalizada."

TECNOLOGIA
 
Segundo a empresa, a função das fábricas de Évora é estimular desenvolvimento tecnológico em duas áreas muito específicas, passando a fazer dentro da Embraer atividades que antes eram realizadas em fornecedores.
 
A Embraer não quis entrar em detalhes sobre a diferença de custos para fabricar no Brasil e na União Europeia.
 
"A Embraer não disponibiliza detalhes sobre custos. E analisar essa decisão estritamente em termos de custos induz a um erro de leitura, porque não foi essa a diretriz determinante para a instalação das unidades. É preciso considerar que a parceria é estratégica, e não uma simples alocação em razão de custos de produção ou logística, conquanto estes também tenham sido analisados e, naturalmente, precisavam ser competitivos para não inviabilizar o investimento."
 
O investimento total da Embraer foi de € 177 milhões, incluindo empréstimo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. A empresa também assumiu o controle, em 2005, da Ogma, estatal portuguesa, e lá se concentra a manutenção de aeronaves.
 
As fábricas em Évora ainda estão em implantação. Começaram a produzir em novembro de 2012.
 
Segundo Luis Afonso Lima, diretor-presidente da Sobeet, é possível que, diante da crise europeia, a fábrica de Portugal pode estar enfrentando baixa demanda na região, por isso a Embraer teve de direcionar as vendas para o Brasil.
 
Fonte: Folha
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França demonstra interesse por mísseis russos para o Rafale

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A França está demonstrando um grande interesse pelos mísseis produzidos pela empresa russa KTRV, conforme informou na quarta-feira, 28, o diretor da companhia, Boris Obnosov, que participa do Salão Aeroespacial Internacional MAKS 2013. De acordo com ele, os franceses estão cogitando a possibilidade de adaptar os produtos da Rússia ao caça Rafale, projetado na década de 1980 para substituir os Mirage 2000 da força aérea daquele país. No entanto, o executivo destaca que essa é uma questão que precisa ser discutida com calma, levando em consideração todos os detalhes envolvidos.

O Rafale é um caça de quarta geração desenvolvido pela corporação francesa Dassault Aviation. Em janeiro de 2012, essa empresa ganhou uma licitação para fornecer 126 aeronaves ao Ministério da Defesa da Índia, num contrato estimado em US$ 12 bilhões.

F-X2


O Diretor da Dassault Internacional do Brasil é confiante no sucesso de vendas de seu caça “omnirole” - expressão que costuma usar para descrever a capacidade de desempenhar todos os diversos tipos de missão aérea em uma mesma surtida - citando que além da Índia, a França retomou negociações com os Emirados Árabes Unidos, em uma negociação com valores expressivos (60 Rafales - nota Defesanet). “Além destas negociações em curso, mais 5 países demonstraram interesse no Rafale, mediante competições ou consultas diretas”, diz Merialdo.

“Assim considerados que alcançaremos nosso objetivo com o Rafale, que é o mesmo para todos os nossos aviões, vender ao exterior, no mínimo, o mesmo número de aeronaves que foram vendidos para as Forças Armadas Francesas”, conclui confiante.


Fonte: Voz da Rússia
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Decisão britânica sobre Síria abala relação com os EUA

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A votação dos parlamentares britânicos contra a intervenção militar na Síria deve provocar reações negativas no governo do presidente americano Barack Obama.
A tendência dos britânicos sempre foi a de apoiar os Estados Unidos, e a rejeição aos planos de Obama vai deixar marcas.
 
Antes da votação, o governo americano estava bastante otimista em relação às dificuldades do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e a demora britânica em se juntar a uma ação conjunta.
A história agora parece ser diferente, já que o governo britânico, frequentemente apontado como um poodle dos Estados Unidos, anunciou que não participará de uma intervenção militar na Síria.
Um funcionário do alto escalão do governo americano afirmou à BBC que os Estados Unidos vão continuar a consultar o governo britânico, que consideram "um de nossos mais próximos aliados e amigos".
Mas o mesmo funcionário acrescenta: "A tomada de decisão do presidente Obama será guiada observando os melhores interesses dos Estados Unidos. Ele acredita que há questões importantes em jogo para os Estados Unidos e que países que violam as normas internacionais sobre o uso de armas químicas precisam ser responsabilizados."
Em outras palavras, os Estados Unidos podem agir sozinhos.
Mas trata-se de um assunto desconfortável. Não há dúvida de que o país tem poderio militar para atacar a Síria, mas esse não é o ponto.
Obama sempre defendeu a busca do mais amplo apoio internacional possível. E ser abandonado por um de seus aliados mais próximos deixa o presidente dos Estados Unidos particularmente exposto.
A expectativa agora é de que seja reforçada a ênfase no papel da França, dos turcos e talvez de outros países em uma intervenção na Síria. Isso fortalecerá a mão daqueles no Congresso americano que argumentam que eles também deveriam realizar uma votação sobre o assunto.
Também dificulta substancialmente o esforço de Obama de obter o apoio da população americana, que, até agora, parece estar pouco impressionada por seus argumentos por uma ação militar (segundo a última pesquisa de opinião, apenas 9% dos americanos concordam com a intervenção).
É provável que muitos funcionários britânicos em Washington tentem reafirmar a seus parceiros americanos que a derrota no Parlamento foi um episódio isolado e que não afetará a relação entre os dois países.
Mas essa relação não se limita à cultura, à história e à língua. Trata-se de uma relação militar e de inteligência acima de tudo.
E, se os britânicos não conseguem fazer valer essa aliança, muitos nos Estados Unidos vão passar a se perguntar "o que é tão especial" na relação entre os dois países.
 
Fonte: BBC Brasil
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“A NSA tem posto de escuta em Viena?”

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“A Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) emprega equipes de espionagem nas embaixadas dos Estados Unidos, entre as quais a de Viena, alarmando no seguimento das revelações, da revista Der Spiegel.
 
Trata-se de uma equipe denominada “Serviço Especial de Coleta” (Special Collection Service-Team), atuando em colaboração com a CIA para interceptar as comunicações com a ajuda de aparelhos instalados nos telhados das embaixadas. O principal alvo da atenção da NSA em Viena é a Agência Internacional de Energia Atómica. Mas nem essa Agência, nem o Ministério do Interior austríaco confirmaram essas informações, precisa o diário, para quem a guerra fria acabou há muito tempo, mas os tempos em que Viena (na fronteira entre o Ocidente e os países de Leste) desempenhava um papel importante para os serviços secretos ainda não acabaram.
 
Fonte: Der Spiegel
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Economia do Brasil não está tão ruim como pensam, diz criador do BRIC

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O futuro econômico do Brasil é melhor do que o clima atual indica e o crescimento pode voltar ao patamar de 4% ao ano, opina o economista britânico Jim O'Neill, ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs e conhecido por ter criado a sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para englobar as principais economias emergentes.
O tom otimista da palestra de O'Neill, nesta sexta-feira, em um congresso da BM&FBovespa em Campos do Jordão (SP), contrastou com a percepção predominante entre analistas brasileiros de que o crescimento do PIB – de 1,5% no segundo trimestre – não resultará em uma retomada econômica mais robusta.
 
"Suspeito que o futuro (do Brasil) não seja tão sombrio quanto o que tenho ouvido aqui", disse o economista, alegando que a média de crescimento do país é hoje superior à do início da década passada, quando criou o acrônimo BRIC. "O Brasil está melhor, e não pior."
Ele diz que o país tem apresentado indicadores melhores no que chama de "nota de ambiente de crescimento" - como estabilidade política, expectativa de vida, índices de corrupção e até uso de computadores e smartphones.
O economista diz ainda que o comércio sul-sul (realizado sobretudo entre países emergentes) está próximo de alcançar o comércio norte-norte (entre os países desenvolvidos).
"(Mas) para o Brasil melhorar precisa de mais investimentos do setor privado. É preciso aumentar a oferta (econômica), mas não com mais gastos do governo, e sim com o governo saindo do caminho e facilitando a iniciativa privada", declarou.
'E o país precisa ser parte maior da economia global – o país ainda é visto como muito fechado e precisa se relacionar mais com os demais 7 bilhões de pessoas do mundo."
China
A fala de O'Neill ocorre no momento em que países ricos, como os EUA, apresentam sinais de recuperação, enquanto emergentes – até recentemente fortes motores da economia global – vivem uma desaceleração.
A China, em especial, deixou de crescer a taxas de dois dígitos e tem como meta para 2013 crescer 7,5%.
O'Neill, porém, diz acreditar que o governo chinês escolheu crescer a taxas mais baixas para se manter sustentável.
"E esses 7,5% são equivalentes a um crescimento de 3,75% na economia dos EUA, porque seu impacto econômico está cada vez maior."
O'Neill ressalva que não adianta países emergentes como o Brasil tentarem repetir as taxas de crescimento econômico chinesas – algo, segundo ele, só permitido pela situação demográfica da China, país mais populoso do mundo.
BRIC e câmbio
Questionado a respeito do anúncio do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que os BRICS (incluindo a África do Sul) trabalham na criação de um banco de desenvolvimento conjunto, O'Neill disse que até agora o grupo de emergentes "falou muito mas não fez nada juntos politicamente".
"Não é fácil fazer coisas juntos quando se é tão diferente entre si. O fato de terem concordado nisso é muito interessante".
Quanto à desvalorização do real – que ocorre ao mesmo tempo em que outras moedas internacionais perdem força perante o dólar -, O'Neill vê a flutuação como natural e até positiva para o Brasil.
"Mas se querem reduzir sua volatilidade (à moeda americana), têm de aumentar o uso de sua própria moeda no comércio mundial."
 
Fonte: BBC Brasil
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Argentina continua interessada no FC-17

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As autoridades argentinas continuam o processo de negociação com a China convista à aquisição por parte do país sul americano de novas aeronaves para a sua força aérea.

Outrora possuidora da mais poderosa força aérea do hemisfério sul, a Argentina viu a sua capacidade ser muito diminuida depois do conflito sobre as ilhas Malvinas em 1982.

Naquela altura, a Argentina possuia uma frota de caças Mirage-III apoiada por uma frota de caças Mirage de ataque, muitos deles comprados em Israel, mas que estavam em boas condições.

Durante o conflito de 1982 a Argentina perdeu dezenas de caças e desde essa altura praticamente não foram adquiridas novas aeronaves de combate, além de 36 Skyhawk fornecidos pelos Estados Unidos em 1992. A força aérea continuou a receber helicópteros europeus e russos e foram recebidas aeronaves de transporte, mas o nucleo principal de aeronaves de combate da força aérea da Argentina, continuam sendo os Mirage resistentes do tempo da guerra das Malvinas.

As dificuldades economicas da Argentina justificam em parte a situação, mas a relutância por parte do poder político em gastar dinheiro com as forças armadas também é um fator a considerar.

As dificuldades financeiras e o problema que continua a existir com as ilhas Malvinas, onde a Grã Bretanha mantém uma força de reação imediata que conta com caças modernos, leva a que a Argentina possa ter dificuldades em adquirir sistemas mais modernos a países europeus ou aos Estados Unidos.

A Argentina já adquiriu helicópteros russos, mas a Rússia não está interessada no desenvolvimento de industrias aeronáuticas na América do Sul. Por isso a Argentina aparenta estar a tentar resolver o problema com os chineses.

Os contatos entre os argentinos e os chineses já começaram há algum tempo e foram novamente confirmados durante a última feira aeronautica de Paris.

A Fabrica Argentina de Aviones «FadeA» estuda as possibilidades de cooperação com a China, no sentido de considerar a co-produção do caça JF-17, que poderá vir a integrar a força aérea daquele país.

A Argentina tem preferência por uma versão especificamente adaptada para as necessidades do teatro de operações sul americano, pelo que os JF-17 argentinos não seriam idênticos aos que a China vendeu para o Paquistão.

O caça JF-17 foi desenvolvido em cooperação com o Paquistão, mas não se pode dizer que seja um avião novo. Na sua origem está um projeto da americana Northrop Grumman chamado de «Super Seven» para uma modernização radical do monomotor J-7, a versão chinesa do MiG-21 russo.

A possibilidade de a Argentina vir a operar o tipo, não deixa de ser curiosa. Durante a década de 1960, o caça soviético MiG-21 era visto como o supra-sumo da aviação, por causa da sua elevada velocidade. O fim do «reinado» do MiG-21 veio no final da década, quando nas guerras entre Israel e os árabes, o MiG-21 foi completamente ultrapassado pelo Mirage-III de Israel.

São esses os aviões que hoje a Argentina ainda tem, e agora coloca-se a possibilidade de um MiG-21 modernizado substituir os Mirage ainda ao serviço.

Se houver acordo entre as industrias dos dois países e interesse do governo argentino em investir em novas aquisições, haverá sistemas do novo avião que serão desenvolvidos na Argentina, mas os argentinos não deixarão de tentar rentabilizar a sua própria industria, convencendo os chineses a incluir componentes fabricados na Argentina, se a China vender o caça para outros países.
 
Fonte: Área Militar via Hangar do Vinna
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Israel posiciona sistema de mísseis em Tel Aviv

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Israel posicionou o sistema de defesa de mísseis Iron Dome em Tel Aviv nesta sexta-feira, em meio a tensões na Síria, segundo a mídia local. A rádio militar informou que uma bateria do sistema móvel foi colocada na região durante a manhã.
O site de notícias Ynet afirmou que, diferentemente de novembro do ano passado, quando os mísseis interceptadores derrubaram foguetes disparados de Gaza, ao sul, desta vez eles estavam apontando para o norte, em direção à Síria.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel havia posicionado o sistema Iron Dome para atender suas atuais necessidades de segurança.
Ele não especificou o local, mas a imprensa informou no início da semana que o Exército estava deslocando duas de suas baterias Iron Dome de curto alcance e uma bateria de mísseis Patriot de médio alcance para o norte de Israel.
"Decidimos posicionar o Iron Dome e outros interceptadores", disse Netanyahu na quinta-feira em um comunicado. "Não estamos envolvidos na guerra na Síria, mas repito: se alguém tentar prejudicar os cidadãos israelenses, o Exército israelense vai responder com força", disse Netanyahu em outras declarações transmitidas pela televisão israelense.
 
Fonte: Dow Jones Newswires.
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EUA vão perdendo aliados na futura guerra contra Síria

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Os EUA vão perdendo aliados. O principal parceiro de Washington – Londres – recusou-se a participar na operação militar contra a Síria. Uma série dos países membros da OTAN seguiu logo o seu exemplo, tendo rejeitado o cenário militar com vista a derrubar o regime de Bashar Assad. Nesta fase, Washington está buscando outros aliados, declarando ter forças suficientes para realizar um golpe sozinho.
 
Na quinta-feira, o parlamento britânico declinou a proposta do governo de reagir, de forma dura, à “crise humanitária” que se vive na Síria, o que, por sua vez, também teria implicado a intervenção militar. A decisão de deputados teve um caráter de recomendação. Todavia, seria insensato ignorá-la, anunciou o primeiro-ministro, David Cameron:
 
“A Câmara dos Comuns rejeitou a nossa iniciativa. Os deputados, que exprimem a opinião de habitantes do país, se pronunciaram contra a participação do Reino Unido na operação militar. O governo irá agir em conformidade com esta decisão”.
 
Na noite de quinta para sexta-feira, os 12 países da OTAN, incluindo a Itália, Grécia, e Canadá, anunciaram, por sua vez, não recorrer a “quaisquer formas de ações militares contra a Síria sem a respectiva sanção das Nações Unidas”. Parece, contudo, irreal conseguir tal sanção sem a existência de provas convincentes sobre alegado uso pelo governo sírio de armas químicas. Até já, o CS da ONU tinha recebido um único relatório oficial, emitido por peritos russos que, como se sabe, haviam estudado o fato de emprego das armas químicas em março nos arredores de Aleppo. Então, foram apresentadas irrefutáveis provas de as armas terem sido usadas pela oposição síria
12 países da OTAN se recusaram a participar numa operação contra a Síria
 
Hoje, os peritos da ONU estão investigando o emprego de armas químicas em 21 de agosto, nas cercanias de Damasco. No sábado, eles devem apresentar resultados do seu trabalho ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cabendo-lhe a ele levá-lo ao conhecimento de representantes do CS. Mas antes disso, seria ilegítimo debater um plano de ação militar, considera Moscou. Essa opinião tem sido partilhada por outros membros da comunidade mundial. Mas não pelos EUA. Segundo reporta o New York Times, Washington é capaz de dar ordem para ataque sem o consentimento do CS da ONU. Talvez, já no sábado, quando da Síria forem retirados inspetores das Nações Unidas. Tal eventualidade existe, reputa o perito para problemas da Ásia Central e do Oriente Médio, Semion Bagdasarov:
 
“Ao que parece, a informação de peritos confirmará o emprego de armas químicas por rebeldes. Os EUA estão a par disso, creio eu. Por isso, podem infligir golpe antes de o relatório vir a ser divulgado”.
 
Não haverá vencedores na guerra síria
 
Agora os EUA procuram reunir à sua volta partidários de intervenção militar. E se entre os aliados europeus tais são poucos, alguns Estados do Oriente Médio parecem não hesitar em realizar um golpe contra o vizinho. Na quinta-feira, por exemplo, o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu, declarou que a coalizão anti-síria poderá integrar 25 países. Este número, porém, resulta das negociações informais. Mas quando chegar a altura de ações concretas, nem cada um deles poderá atrever-se a violar o direito internacional, já que tal cenário levará a consequências imprevistas, realça o diretor do Instituto do Oriente Médio e Cáucaso, Stanislav Tarasov:
 
“Na Turquia foram criados grupos de oposição e até um “governo sírio em exílio”. Imagine a situação em que os curdos se reúnam num dia em Teerã, chamem de ditatorial e ilegítimo o regime de Erdogan e lhe declarem a guerra. Assim, tudo pode acontecer num ambiente em que os eventos se colocam à margem do direito internacional”.
 
EUA controlam todo o Oriente Médio, exceto Síria e Irã.
 
Enquanto isso, segundo afirmam representantes da Administração norte-americana, a Casa Branca está pronta a agir sozinha contra a Síria, se optar pelo emprego de força. Mas no momento tal decisão ainda não foi tomada.
Fonte: Voz da Rússia
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Senador acusa Dilma de descuidar da defesa por adiar compra de caças

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O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, disse nesta quinta-feira (29) que o governo foi negligente com a defesa do país ao adiar uma licitação para a compra de 36 caças, na qual participam empresas dos Estados Unidos, França e Suécia.
 
"O governo foi indolente e lerdo neste processo", declarou o senador para correspondentes estrangeiros, mas disse que ainda acredita que a licitação "possa" ser concluída antes do fim do ano.
 
O processo para a compra dos 36 caças começou em 1995, mas foi postergado em sucessivas ocasiões (em 1998, 2003, 2010 e 2011), sempre devido a problemas orçamentários.
 
Segundo Ferraço, "faz 18 anos que os governos brasileiros não se decidem" sobre um projeto de modernização que a Força Aérea "propôs de uma forma preventiva e programada".
 
Também sustentou que, ao mesmo tempo em que o Brasil "posterga várias vezes" a aquisição dos caças, outros países sul-americanos, como Venezuela e Chile, renovaram e "fortaleceram" suas forças aéreas.
 
Além disso, declarou que "enquanto não são tomadas decisões, os problemas do país aumentam" e o narcotráfico estende suas redes, sobretudo "na fronteira com a Bolívia". O senador garantiu que "50% da droga" consumida no Brasil entra pela fronteira boliviana.
 
Ferraço afirmou que a compra dos caças é um "projeto de Estado" que chegou "ao limite do limite", pois a própria Força Aérea informou que os 12 aviões Mirage 2000 que o país possui só poderão operar até dezembro, quando serão substituídos por aeronaves F-5, também antigas e que estão no final de sua vida útil.
 
O senador citou o comandante da Força Aérea, Juniti Saito, que disse em um recente comparecimento à Comissão de Relações Exteriores que a licitação poderia ser concluída no final deste ano.
 
"Esperemos que seja assim", pois de outro modo o Brasil ficará em "uma situação de vulnerabilidade", disse o senador do PMDB.
 
Para a última fase do processo foram selecionados os caças Rafale da empresa francesa Dassault, os FA-118 Super Hornet da americana Boeing e os Gripen NG da sueca Saab.
 
Ferraço disse que na próxima semana vai fazer uma visita à Suécia, convidado pelo governo desse país, e que aproveitará para conhecer "mais detalhes" do projeto apresentado pela Saab.
 
Também deve visitar a França para se reunir com representantes da empresa Dassault, mas esclareceu que isso ainda não foi confirmado, assim como uma visita às instalações da Boeing nos Estados Unidos.
 
Ferraço admitiu que a compra dos aviões de combate é uma "prerrogativa" do Poder Executivo, mas assegurou que a Comissão de Relações Exteriores do Senado tem o "dever" de "analisar" e "fiscalizar" essa operação, cujo valor é estimado em R$ 15 bilhões (cerca de US$ 6,5 bilhões).
 
Fonte: UOL Noticias
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Índia coloca em órbita seu primeiro satélite com fins militares

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A Índia colocou nesta sexta-feira em órbita pela primeira vez um satélite com fins militares, o GSAT-7, que permitirá à Marinha indiana se comunicar com sua frota através de um sistema criptografado, informou a agência espacial do país asiático.
 
"(O satélite) é muito importante do ponto de vista da segurança e da vigilância", afirmou uma fonte da Organização Índia de Investigação Espacial (ISRO) à agência local PTI.
O satélite de 2,5 toneladas --de fabricação indiana e com um custo de US$ 27,5 milhões-- foi lançado nesta madrugada, a partir de uma base situada na Guiana Francesa, e orbitará a cerca de 36 mil quilômetros de distância.
função do satélite é facilitar a troca de informação entre as embarcações da Marinha indiana sobre a localização exata dos navios e submarinos de outros países, ao fornecer um detalhado mapa digital sobre sua posição.
 
A Índia se unirá assim ao exclusivo grupo de países que dispõem de um sistema de defesa por satélite, no qual figuram apenas Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.
 
O gigante asiático, que já realizou mais de 100 missões espaciais até o momento e lançou sua primeira sonda lunar em 2008, prepara uma missão espacial para Marte para 2013 e tem planos de lançar sua primeira missão espacial tripulada em 2016.
 
Desde sua independência, em 1947, a Índia mantém uma corrida armamentista com o vizinho Paquistão, que possui armas nucleares, mas nos últimos anos se centrou no desenvolvimento de um poder dissuasório frente à China, país com o qual mantém disputas fronteiriças.
 
Fonte: EFE
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Após recusa britânica, EUA e França mantêm planos de ataque à Síria

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Os Estados Unidos e a França mantiveram seus planos de intervenção militar na Síria mesmo após o Parlamento britânico rejeitar uma ação no país árabe. Os dois países buscam retaliar o regime de Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas em um ataque em Damasco, na semana passada.
 
As declarações foram feitas horas após o Parlamento britânico rejeitar a ação militar, por 285 votos a 272, hipótese apresentada pelo primeiro-ministro David Cameron. Os legisladores não ficaram convencidos com os argumentos apresentados sobre o uso dos agentes químicos.
 
A votação foi marcada também pelo temor de uma situação similar à Guerra do Iraque, quando o então primeiro-ministro, Tony Blair, autorizou a intervenção mesmo não tendo provas cabais da existência de armas de destruição em massa no regime de Saddam Hussein. Anos depois, a acusação foi refutada, provocando fortes críticas.
 
COALIZÃO
 
Em entrevista nas Filipinas, o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, disse que os EUA continuam a buscar uma coalizão internacional para responder ao regime de Assad. Ele disse respeitar a decisão dos britânicos e diz que vai consultá-los caso intervenham na Síria.
 
"Nossa abordagem é continuar a buscar uma coalizão internacional que atuará em conjunto. E eu acho que vocês estão vendo uma série de países anunciar, anunciar publicamente, sua posição sobre o uso de armas químicas."
 
Hagel disse que não iria "especular sobre situações hipotéticas", quando perguntado se havia alguma coisa que Assad poderia fazer nesta fase final para deter a ameaça de uma ação militar estrangeira.
 
"Eu não fui informado de qualquer alteração na posição do regime Assad sobre qualquer assunto. Então, eu lido com a realidade do que temos", disse.
 
A Casa Branca consultou na quinta-feira (29) os líderes do Congresso para comunicar as informações em seu poder sobre o ataque com armas químicas na Síria e a eventual ação militar contra o regime de Assad.
 
Segundo o representante democrata Eliot Engel, o presidente americano, Barack Obama, ainda não tomou uma decisão sobre o ataque e "a equipe de segurança nacional segue avaliando suas opções e manterá consultas com o Congresso".
 
HOLLANDE
 
Assim como os EUA, a França também não descartou uma ação militar na Síria. O presidente François Hollande afirmou em entrevista ao jornal "Le Monde" que ainda defende uma ação punitiva "firme" em resposta ao ataque químico, que ele disse ter causado dano "irreparável" ao povo sírio.
 
"Todas as opções estão sobre a mesa. A França quer uma ação proporcional e firme. Cada país é soberano sobre participar ou não em uma operação. Isso é válido para o Reino Unido da mesma forma que para a França."
 
Hollande negou que pretenda agir na Síria antes da saída dos inspetores da ONU, prevista para sábado (31), embora não tenha descartado uma intervenção armada antes da próxima quarta-feira (4), quando o Parlamento francês analisará as acusações contra o regime sírio.
 
A pressão ocidental contra Assad aumentou na última semana após denúncia dos rebeldes sírios de que o regime comandou um ataque de armas químicas na periferia da capital Damasco, no último dia 21.
 
A oposição afirma que 1.300 pessoas morreram na ação, enquanto a organização Médicos sem Fronteiras cifra as mortes em 355. O regime sírio nega a ação e apresentou à ONU na última quarta-feira (28) um documento com provas que incriminariam os rebeldes pelo ataque químico.
 
A denúncia foi feita três dias após a chegada dos inspetores da ONU a Damasco para verificar denúncias de armas químicas. Após pressão da comunidade internacional, os agentes começaram a investigar a hipótese, deixando de lado a missão inicial.
 
Fonte: Folha
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França aposta em duas exportações de Rafale até 2019

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O governo francês anunciou hoje que deve comprar 26 aviões de caça Rafale de 2014 a 2019, ao invés dos 60 que estavam previstos com a companhia Dassault Aviation. A França, entretanto, aposta no fechamento de pelo menos dois contratos de exportação dos aviões durante este período: com a Índia e, eventualmente, com o Brasil.
O projeto de lei de programação militar francês foi apresentado nesta sexta-feira ao conselho de ministros. O ministério da Defesa, que não sofre cortes orçamentários como outras pastas, vai aproveitar para renovar equipamentos antigos do Exército, cujo número de funcionários será reduzido.

A França havia encomendado 180 unidades do avião de caça - um dos mais sofisticados do mercado, porém jamais exportado. Destes, 120 já foram entregues e os 60 restantes o seriam até 2019. Entretanto, na expectativa de finalmente fechar contratos internacionais, o governo e a construtora acertaram reduzir o ritmo de entrega dos aviões, para não prejudicar o ritmo de entrega das futuras encomendas estrangeiras. A Dassault fabrica 11 unidades por ano, e avalia que uma produção mais acelerada seria inviável.
A maior esperança de vendas é com a Índia, onde o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, esteve na semana passada. A negociação do contrato com o país já dura dois anos e deve resultar na compra de 126 Rafales pelos indianos. O valor da compra é estimado em 15 bilhões de dólares.
As negociações também seguem com o Brasil, os Emirados Árabes Unidos, o Catar e a Malásia. “Não há preocupações sobre a empresa Dassault”, assegurou o ministro. “Estou muito confiante na capacidade de exportação do Rafale nos próximos meses.”
Devido à crise internacional, a presidente Dilma Rousseff paralisou as negociações para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira. O antecessor dela, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a anunciar que o vencedor da concorrência - entre os Rafale, os Boeing americanos e os Grippen suecos - seriam os franceses, antes de voltar atrás na decisão. 

Fonte: RFI  via Hangar do Vinna
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Caça de sexta geração abre perspectivas aliciantes

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A Rússia procede à projeção de um caça peculiar de sexta geração. O novo aparelho será não tripulado, dirigido por inteligência artificial, sendo necessários, contudo, decênios para concluir respectivas obras.
 
Atualmente, na Rússia estão terminando testes do caça de quinta geração T-50 que, devido ao emprego de materiais compósitos e componentes aerodinâmicos é capaz de ter um baixo nível de visibilidade. O avião de geração seguinte deverá superá-lo nesse e em outros aspectos. Deste modo, chegou altura de começar a projetar um avião de sexta geração, afirma o perito de aviação, Denis Fedutinov:
 
“Os especialistas estão unânimes na opinião de que a aviação de sexta geração será não tripulada. Mas convém agir com grande antecipação, sem esperar por conclusão das obras do engenho voador de quinta geração. Em uma série de países tais projeções já se vão realizando ao abrigo de algumas empresas aeronáuticas norte-americanas. A Boeing avança com o projeto Phantom Ray e a Northrop Grumman está levando adiante o projeto X-47B. No verão deste ano, esta última veio demonstrar pela primeira vez a decolagem e o pouso de um avião não tripulado a bordo de um porta-aviões”.
 
Ainda de acordo com o perito russo, existem várias opções quanto à projeção de caças de sexta geração sofisticadas. As obras podem ser iniciadas a “partir do zero” ou abranger certos dispositivos criados para o T-50. Ao menos, persiste uma boa chance de unificar o novo aparelho com o caça de quinta geração.
 
O uso de aviões não tripulados tem vindo a ganhar vulto no mundo inteiro. Os engenhos foram testados no decurso de alguns conflitos armados. Trata-se, via da regra, de aparelhos voadores de reconhecimento e observação. Vão surgindo ainda aviões de assalto que, sem piloto, podem cumprir missões de combate complicadas. No que respeita ao caça não tripulado, tal missão requer, sem dúvida, muito mais tempo, comenta o redator-chefe da revista Vzlet, Andrei Fomin:
 
“Uma coisa é acertar no alvo terrestre, outra – em uma situação aérea difícil tomar decisões sem a participação de piloto. Embora os caças de quinta geração tenham sido equipados de sistemas de inteligência artificial, capazes de dar sugestões e até mudar o regime de voo e emprego de armas. Em todo o caso, a presença do piloto tem sido indispensável. Ao que parece, assim será nos próximos decênios”.
 
As empresas russas já procederam à projeção de sistemas aéreos não tripulados. Um avião de assalto desse gênero é capaz de não ceder aos análogos ocidentais, prossegue Denis Fedutinov:
 
”A empresa russa Tranzas de São Petersburgo está projetando um drone de uma tonelada de peso. O centro de projeções Sokol de Kazan vai realizando obras de um engenho de cinco toneladas. Mas o projeto mais aliciante está a cargo da companhia Sukhoi. É um projeto intrigante que se mantém em segredo. Pelo visto, trata-se de um avião semelhante ao Х-47В e ao Phantom Ray.
 
Tudo indica que, nas próximas décadas, o caça de sexta geração será criado, podendo, por excelência, combinar as melhores características do caça de quinta geração e de drones não tripulados modernos.
Fonte: Voz da Rússia
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'Fantasmas do Iraque' atrapalham plano de Cameron e dos EUA para a Síria

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Os planos do primeiro-ministro David Cameron de se unir a um ataque militar iminente contra a Síria estavam em desordem nesta quinta-feira (29), depois de uma revolta de parlamentares que o advertiram a prestar atenção "às lições do Iraque".


Depois de implorar ao mundo para não ficar de braços cruzados diante do suposto uso de armas químicas da Síria, Cameron foi forçado a um recuo constrangedor na quarta-feira quando o partido Trabalhista, da oposição, assim como parlamentares de seu próprio partido Conservador disseram que queriam mais provas antes de votarem em uma ação militar.
 
Na quinta-feira (29) o governo Cameron publicou um parecer jurídico que mostrava que era legalmente autorizado a agir militarmente contra a Síria mesmo se o Conselho de Segurança das Nações Unidas não aprovasse tal ação.
 
Também publicou material de inteligência sobre o ataque com armas químicas de 21 de agosto na guerra civil da Síria, dizendo que não havia dúvidas de que ele tinha ocorrido e que era "altamente provável" que as forças do governo sírio eram responsáveis. O ataque com gás que afeta o sistema nervoso matou centenas de civis em um subúrbio de Damasco.

Impacto

Não estava claro como o fracasso de Cameron em dominar a política interna britânica poderia afetar os planos norte-americanos e franceses de um ataque rápido com mísseis cruzados contra a Síria - cujo governo negou ter usado armas químicas contra seus cidadãos - ou qual seria o impacto na posição de Cameron em Washington.
 
Assessores disseram que ele não falou com o presidente norte-americano, Barack Obama, depois de sofrer o revés parlamentar, mas que houve contatos regulares em outros níveis. Atrapalhando as ações de Cameron está a memória de eventos ocorridos há uma década, quando a Grã-Bretanha ajudou os Estados Unidos a invadir o Iraque depois de garantias - erradas, como se viu mais tarde - de que o presidente Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa.
 
"Estou profundamente consciente das lições dos conflitos anteriores, e em particular das profundas preocupações no país provocadas pelo que saiu errado com o conflito no Iraque em 2003", disse Cameron ao Parlamento na quinta-feira, durante um debate sobre a Síria.
 
"Uma coisa é indiscutível: o bem da opinião pública foi verdadeiramente enevenenado pelo episódio do Iraque e precisamos entender o ceticismo público".
 
Já envolvida no Afeganistão, a Grã-Bretanha foi então sugada para um segundo atoleiro no Iraque, perdendo 179 soldados em oito anos de ataques militantes e conflito sectário que se seguiram à invasão anglo-americana de 2003 que derrubou Saddam Hussein.
 
Os EUA devem liderar a intervenção internacional na Síria, que pode ter início nesta semana, segundo autoridades envolvidas na discussão. A França também mobilizou seu Exército para o caso de um ataque.
 
Dois anos e 100 mil mortos
 
A guerra na Síria já dura mais de dois anos e deixou milhares de mortos - mais de 100 mil, segundo a ONU. Começou na esteira da Primavera Árabe, onda de levantes populares que pediu mudanças no governo em países como Tunísia, Líbia e Egito.
 
Como em outros países, a reação do governo sírio foi reprimir com violência os protestos por democracia. Desde o início, a postura do regime do presidente vitalício Bashar Assad foi desqualificar os opositores como meros terroristas e culpá-los pelas mortes ocorridas nos confrontos.
 
No dia 21 de agosto, a guerra síria ganhou outra dimensão quando gás tóxico foi usado para bombardear uma área de Damasco, causando a morte de pelo menos 355 pessoas, segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras. A ONG estima ter realizado mais de 3.600 atendimentos de pessoas que inalaram gás. A oposição fala em mais de mil mortos no ataque e acusa o regime Assad pela matança; o governo sírio culpa os rebeldes pelo massacre e afirma que achou um depósito com produtos químicos usado pela oposição.
 
Há tempos, a comunidade internacional condena o confronto na Síria e pede seu fim. Só após o ataque com gás, o Ocidente decidiu intervir independentemente da ONU. Devido à pressão internacional, um time de inspetores da ONU foi enviado ao país para investigar o local do suposto ataque. A equipe, porém, não conseguiu chegar à região: um comboio da organização teve de recuar porque foi recebido a tiros quando se aproximava da área.
 
Fim da linha
 
Há um ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que o uso de armas químicas na guerra da Síria seria cruzar uma "linha vermelha". Já houve relatos de uso de armas químicas no conflito antes - em maio deste ano, o jornal francês "Le Monde" relatou o uso de armas químicas no país.
Foi só após o ataque de Damasco, porém, que os EUA passaram a afirmar que a Síria passou do limite. O secretário de Estado americano, John Kerry, diz que os EUA não têm dúvidas de que o governo sírio atacou com gás seus cidadãos e destruiu as evidências.
 
França e Reino Unido também condenaram o ataque e prometeram apoio - militar, no caso francês - aos rebeldes que lutam contra Assad.
O país mais frontalmente contrário à intervenção é a Rússia, que acusa o Ocidente de não ter provas do envolvimento do governo sírio no ataque de Damasco. Desde antes, porém, Moscou, que interga o Conselho de Segurança da ONU, votou contra intervir na guerra síria. A Rússia sempre defendeu uma solução diplomática para o conflito. China e Irã, em menor escala, também são contra.
 
Uma conferência internacional sobre a crise na Síria foi cogitada, inclusive com a possibilidade de o Brasil participar. O ataque de Damasco, porém, fez o mundo mudar os planos.
 
Fonte: UOL
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Ataque contra a Síria resultará no fim de Israel, diz comandante do Irã

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Um alto comandante militar do Irã disse nesta quinta-feira (29) que uma operação militar contra o aliado regime sírio de Bashar Al Assad selaria o fim de Israel e resultaria numa derrota para os Estados Unidos.
 
"Um ataque à Síria significará a destruição iminente de Israel", disse Mohammad Ali Jafari, comandante da Guarda Revolucionária, força de elite da república islâmica.
"A Síria se tornará [...] o segundo Vietnã para os EUA", afirma Jafari, numa referência ao conflito (1955-1975) no qual as forças comunistas do Vietnã do Norte venceram o Exército americano, que sofreu mais de 50 mil baixas.
 
Não ficou claro se a mensagem significa uma promessa de que forças iranianas defenderão o aliado.
 
O Irã é o principal parceiro estratégico da Síria, com quem forma, ao lado do grupo armado libanês uma Hizbollah, uma frente geopolítica que diz resistir à ordem regional imposta pelo Ocidente e Israel com apoio das monarquias árabes.
 
A Guarda Revolucionária iraniana já admitiu fornecer apoio militar ao regime de Bashar Al Assad.
 
O tom da ala militar contrasta com a do novo governo iraniano, que enfrenta seu primeiro grande desafio diplomático com a crise síria.
 
Empossado há três semanas, o presidente Hasan Rowhani condenou o recente ataque com armas químicas que matou centenas de civis e levou à atual escala militar.
 
Mas ele se absteve de culpar os rebeldes, destoando de outros setores do regime, que costumam atribuir os piores atos aos insurgentes.
 
Segundo analistas, Rowhani está dividido entre, de um lado, a necessidade de pragmatismo para cumprir a promessa de melhorar a relação com o Ocidente e, do outro, a lealdade à posição iraniana de apoio a Al Assad.
 
Alguns setores em Teerã temem que a ação contra o regime sírio tenha como verdadeiro objetivo enfraquecer e isolar o Irã.

Fonte: Folha
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EUA rejeitam proposta brasileira sobre espionagem

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O governo americano recusou a proposta brasileira de que a coleta de dados telefônicos e de internet de cidadãos dos dois países seja atrelada a solicitações por tribunais e realizada apenas com autorização da Justiça do país de residência da pessoa a ser monitorada.
 
"Eles disseram que não aceitariam acordo assim com nenhum país do mundo e que o que faziam estava de acordo com a legislação americana", disse nesta quinta-feira (29), em coletiva, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Washington. "Não avançamos."
 
Cardozo foi recebido pelo vice-presidente americano, Joe Biden, e pelo secretário da Justiça, Eric Holder. O objetivo da viagem era dar continuidade ao diálogo sobre as denúncias de espionagem em massa de emails e ligações telefônicas, divulgadas após o vazamento de dados pelo ex-analista da Agência Nacional de Segurança, Edward Snowden.
 
O tema também foi uma das pautas da visita do Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ao Brasil, no início do mês.
 
"Eu relatei a eles o inconformismo não só do governo brasileiro e de todas as forças políticas, mas também da sociedade brasileira quanto a interceptação de dados, ao arrepio da legislação brasileira", afirmou.
 
Disse que se tratava de violação dos "direitos humanos, da soberania, do direito à privacidade e do sigilo das comunicações."
 
Cardozo também falou que as empresas americanas de internet e de coleta de dados precisavam "se adequar à legislação brasileira".
 
O ministro acrescentou que o Brasil colocará a discussão da espionagem americana em discussão nos foros internacionais, porque "vários países têm expressado a mesma preocupação".
 
"O Brasil não é um país subserviente e nós amamos tanto a nossa Constituição quanto os americanos a deles".
 
Biden e Holder disseram ao ministro brasileiro que tinham interesse em manter o diálogo e tentar achar caminhos em comum, "mas não queremos que o diálogo vire apenas retórica", disse Cardozo.
 
Autoridades americanas não concederam entrevistas sobre o assunto, tratando discretamente a questão de governo para governo.
 
Fonte: Folha
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Síria teria o maior arsenal de armas químicas do Oriente Médio

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ONU investiga o uso de armamento químico no conflito sírio. A suspeita é que país tenha usado os gases sarin, tabun e VX, que atacam o sistema nervoso. Mesmo em pequenas quantidades, essas substâncias são letais.
 
O exércio da Síria possui o maior arsenal de armas químicas do Oriente Médio – a Organização para Proibição de Armas Químicas (OPCW, na sigla em inglês) estima que Damasco possua mais de mil toneladas de armamentos do tipo. A comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, admite o uso desse tipo de armamento pelo regime de Assad, mas ninguém sabe precisar a quantidade e o tipo exato que foi empregado.
 
A suspeita é que o arsenal seja composto por substâncias que atacam o sistema nervoso, como o sarin, VX e tabun, além do gás mostarda. Para saber quais agentes químicos estão sendo utilizados, é preciso encontrar restos de mísseis que transportaram essas substâncias e recolher amostras do solo na região para análise, destaca o consultor de desarmamento de armas químicas e biológicas Ralf Trapp. Inspetores das Nações Unidas estão no país para fazer esse trabalho.
 
Apesar de esses elementos se dissiparem rapidamente na água e no solo, as substâncias produzidas na decomposição podem ser identificadas meses após os ataques. "Às vezes, as equipes levam também aparelhos de análises, com os quais é possível verificar o que foi encontrado naquele local", afirma Trapp.
 
As armas químicas também deixam vestígios nos corpos das vítimas. "Se for possível chegar rapidamente ao local do ataque amostras de urina também podem ser recolhidas. No sangue, esses gases permanecem por mais tempo. Contudo, esse material precisa ser analisado em laboratórios especiais no exterior", diz Trapp.
 
Gases que atingem o sistema nervoso
 
O gás sarin pode ter sido usado em alguns bombardeios na Siria, como acusa a oposição. Esse elemento foi descoberto em 1938 por químicos alemães que trabalhavam com Gerhard Schrader. O produto foi desenvolvido para ser usado como pesticida, mas, atualmente, é tido como um dos piores gases que atinge o sistema nervoso.
 
O sarin é líquido, sem cheiro e volátil – uma quantidade pequena pode ser fatal. Máscara de gás e roupa de proteção podem evitar apenas por meia hora a contaminação, já que ele é absorvido através da pele e dos olhos, além da respiração.
 
Outro gás utilizado em guerras é o tabun, também descoberto por Schrader, em 1936. A substância chegou a ser injetada em bombas durante Segunda Guerra Mundial, mas elas nunca foram disparadas. Essa substância age no sistema nervoso, é líquida e tem um cheiro que lembra frutas e amêndoa. Ela é absorvida pela respiração e pele.
 
Assim com o sarin, o VX também foi desenvolvido por químicos para ser usado como pesticida. Mas logo ficou claro que a substância era extremamente perigosa para a agricultura e, assim – o que a tornou interessante como armamento.
 
O VX atinge o sistema nervoso, é mais estável e dez vezes mais tóxico que o sarin e o tabun. Ele permanece na pele, em roupas e outros objetos por mais tempo e pode ser armazenado por um longo período.
 
Segundo a organização Médicos sem Fronteiras, os sintomas típicos de intoxicação com esses agentes químicos puderam ser observados nas vítimas dos ataques recentes na Síria: salivação incontrolada, lacrimação, coriza, contrações musculares, dificuldade respiratória, câimbras, vômitos, desmaios, paralisia respiratória e morte. Antídotos, como a atropina, só funcionam se forem aplicados logo após a contaminação.
 
Outro armamento químico é o gás mostarda. Ele foi empregado como tal pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial, após a sugestão dos químicos alemães Wilhelm Lommel e Wilhelm Steinkopf, em 1916. Esse gás ataca a pele. Três minutos após o contato, ele atravessa as roupas e penetra no corpo, mas os sintomas aparecem 24 horas mais tarde. Vermelhidão, bolhas na pele, abertura dos poros e rompimento de vasos sanguíneos são alguns deles. A aspiração do gás mostarda pode levar à morte, já que ele ataca o tecido pulmonar.
 
Fonte: Deutsche Welle
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Sociedade dos EUA ainda vive divisão 50 anos após discurso de Martin Luther King

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Com seu discurso "Eu tenho um sonho", Martin Luther King Jr. escreveu história. Cinquenta anos depois, afroamericanos e grupos como gays e lésbicas nos EUA ainda lidam com problemas de discriminação na sociedade.
 
"As pessoas estavam de pé em frente ao Memorial e em ambos os lados do espelho d'água", diz Bob Tiller, olhando para os degraus do Lincoln Memorial na capital Washington – o mesmo local onde, em 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr. fez o discurso "Eu tenho um sonho" ("I have a dream"). "As pessoas estavam cheias de reverência, mas também entusiasmadas por vivenciar aquele momento", descreve.
 
Tiller era uma dessas pessoas. Então com 22 anos, ele deixou seu trabalho sem permissão para participar de uma marcha que reuniu 250 mil pessoas diante do memorial. "Eu cresci com o movimento dos direitos civis. Eu sentia como era importante estar aqui naquele dia", diz Tiller.
 
As milhares de pessoas reunidas em Washington sentiram o mesmo e escutaram o discurso de Luther King e de outros oradores que queriam assumir uma posição contra a discriminação de negros. "A parte mais memorável do discurso foi aquela em que Luther King descreve como, um dia, crianças de todas as raças andarão de mãos dadas", lembra Tiller.
 
"Eu tenho um sonho de que, um dia, meus quatro filhos vivam numa nação onde elas não serão julgadas em função da cor de sua pele, mas em função de seu caráter. [...] Eu tenho um sonho de que um dia [...] os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos sentem juntos à mesa da fraternidade", assim Luther King descrevia sua visão de futuro.
 
Numa tarde de domingo, 50 anos depois, famílias negras e brancas sentam juntas na escadaria do Lincoln Memorial, tiram fotos, sorriem. Com Barack Obama, um afroamericano está à frente do governo americano. O sonho parece ter se tornado realidade.
 
Nenhum branco à vista
 
Mas, a cerca de 25 quilômetros de distância do memorial, vê-se um quadro diferente. No bairro de Anacostia, na capital americana, voluntários distribuem café da manhã para desabrigados. Não se vê nenhum branco, nem perto nem longe; Anacostia é dominado pelos negros.
 
Enquanto dá um sanduíche a uma garota, a voluntária Geneva Heyward conta que "quando criança, eu também estava do outro lado da mesa. É um círculo vicioso. Minha avó era pobre, minha mãe era pobre e eu também sou pobre. Minha avó pedia comida na distribuição de alimentos, minha mãe também e eu também." A voluntária de 36 anos perdeu sua mãe para o álcool. Hoje, ela própria é mãe de quatro crianças e conseguiu romper o círculo vicioso.
 
Ela se engaja em áreas problemáticas de Washington. "Eu volto aqui e ajudo, justamente porque eu conheço as necessidades e a situação das pessoas."
 
Altas taxas de pobreza entre os negros
 
Legalmente, desde as Leis de Direito Civil da década de 1960, os negros americanos gozam de igualdade de direitos. Discriminação na escola, trabalho e na vida privada são proibidos.
 
No entanto, as consequências da segregação racial imposta pelo Estado no passado ainda são visíveis. Em Anacostia, as taxas de criminalidade e desemprego são as mais altas entre os bairros da capital americana.
 
Também no resto dos EUA a situação não é diferente. Segundo um relatório do Escritório do Censo dos EUA, órgão responsável pelo censo da população americana, entre 2007 e 2011, por volta de um quarto da população negra vivia na pobreza. Entre os cidadãos brancos, essa cifra correspondia somente a 10%.
 
"A escravidão fez com que famílias afroamericanas tenham hoje ainda menos recursos à disposição que os brancos", disse Tiller, que já trabalhou para diferentes organizações de direitos civis. "Após o fim da escravidão, eles tiveram que começar do zero e continuaram a ser discriminados. Se as pessoas não conseguem encontrar trabalho por décadas, e seu acesso a escolas e universidades é negado, fica difícil para eles dar um bom futuro a seus filhos."
 
Ascensão com trabalho duro
 
Mesmo assim, atualmente, há negros bem-sucedidos em posições de liderança por toda parte. Um deles é James Farmer, engenheiro químico e consultor administrativo. Aos 32 anos, ele conseguiu realizar o que o sonho americano promete: ascender através do trabalho duro.
 
"Durante a universidade, eu nunca vivenciei discriminação. Ali o que valia era o rendimento. Eu era um estudante muito ambicioso e interessado. Isso impressionou os chefes de departamento de pessoal. Na minha turma, eu fui quem mais recebeu ofertas de emprego", explica.
 
Farmer logo percebeu que tinha de se esforçar. "Meu avô me disse que para mim não era suficiente ser um bom aluno ou um bom funcionário. Ele disse que eu tinha de ser o melhor, porque os outros estavam me observando e, para mim, as exigências eram diferentes do que para os brancos." Mesmo assim, Farmer diz ver a sociedade americana num bom caminho.
 
"Não há nenhuma razão para que eu, como americano, seja discriminado por causa da cor da minha pele, da minha religião ou da minha sexualidade. Acredito que compreendemos isso gradualmente. Esse aspecto do sonho de Luther King está se tornando agora realidade", afirmou Farmer.
 
Novos direitos civis para gays e lésbicas
 
Farmer vive com seu companheiro e não conhece somente a situação dos negros americanos, mas também dos gays e lésbicas. Sua atual luta contra a discriminação é semelhante à do movimento afroamericano pelos direitos civis da década de 1960 e 1970.
 
Há pouco a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) conseguiu um grande avanço: a Suprema Corte dos EUA declarou inválida a lei que limita benefícios fiscais e outras disposições somente ao casamento entre uma mulher e um homem. Também uma lei da Califórnia que proibia o casamento homossexual foi derrubada.
 
Mas a luta da comunidade LGBT continua. "Em 29 estados, funcionários podem ser demitidos devido à sua orientação sexual. Já tentamos há bastante tempo levar ao Congresso um projeto de lei que acaba com essa discriminação. A resistência é grande", disse um funcionário da Human Rights Campaign (Campanha dos Direitos Humanos), um das maiores organizações LGBT dos Estados Unidos.
 
"O primeiro passo é sempre que a discriminação seja tornada ilegal. Isso é o que já conseguimos para os afroamericanos, e eu estou contente que a comunidade LGBT também está conseguindo isso gradualmente. Não acredito que possamos mudar o coração das pessoas tão rapidamente, mas conseguimos modificar algumas leis importantes", disse o ativista de direitos civis Tiller, olhando mais uma vez em direção ao espelho d'água em frente ao Lincoln Memorial, para o mesmo local onde, há 50 anos, ele ouviu as palavras de Martin Luther King Jr.
 
Fonte: Deutsche Welle
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China adverte que ataque na Síria agravaria tensões no Oriente Médio

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O governo da China pediu calma à comunidade internacional em relação à Síria e advertiu que uma possível intervenção militar por parte dos Estados Unidos e seus aliados só contribuirá para exacerbar a "instabilidade" no Oriente Médio.
 
Em um comunicado publicado nesta quinta-feira no site oficial, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que "uma solução política é, desde o princípio, a única saída ao problema sírio".
 
Uma possível "interferência militar externa vai contra os princípios da Carta das Nações Unidas e as regras fundamentais das relações internacionais", defendeu o ministro.
 
O ministro ressaltou que é preciso esperar as conclusões da equipe de observadores da ONU que se encontra na Síria para investigar as denúncias sobre o possível ataque químico que o regime de Bashar al Assad lançou contra a população nos arredores de Damasco.
 
No entanto, o ministro chinês reiterou que seu país se opõe ao uso de armas químicas, indenpendete de quem estiver usando.
 
"A China lança uma chamada a todas as partes se conterem e a manterem a calma", assinalou Wang no comunicado.
 
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou que ainda não tinha tomado uma decisão sobre um eventual ataque à Síria, mas deixou claro que atribui o uso de armas químicas ao regime do presidente de Bashar al Assad.
 
Uma reunião do Conselho de Segurança da ONU foi concluída sem uma decisão, embora Washington e seus aliados tenham advertido que a possibilidade de um veto - proveniente da Rússia e provavelmente também da China - não poderia frear essa possível intervenção.
 
Segundo a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança opositora, pelo menos 1,3 mil pessoas morreram no último dia 21 de agosto em um ataque químico cometido por forças do regime, acusações que o governo segue negando.
 
A agência oficial chinesa "Xinhua" assegurou hoje que, "enquanto Washington soa os tambores de guerra para preparar um ataque na Síria, que poderia ocorrer a qualquer momento, seguem faltando razões concretas para justificar tal ação".
 
Atuar sem esperar as conclusões da missão da ONU e sem o respaldo geral da comunidade internacional "não só contradiz as normas internacionais, mas também tende a criar um caos crônico".
 
Desde o começo do conflito na Síria, a China manteve uma posição neutra e recebeu em Pequim tanto representantes do governo sírio quanto da oposição.
 
De acordo com a China, o conflito deve se resolver mediante a negociação e, por isso, pediu ao regime sírio negociar com a oposição a formação de um governo de transição.
 
Fonte: EFE
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Capacete azul da ONU é morto e outros três ficam feridos no Congo

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Um capacete azul morreu e três ficaram feridos em confrontos em Goma, na República Democrática do Congo (RDC), entre os rebeldes do M23 e o Exército congolês, que é apoiado pelas forças da ONU no país, informou a organização.
 
"A operação [de apoio da Monusco] segue vigente e acabamos de ser informados que um capacete azul morreu e outros três ficaram feridos", declarou o porta-voz da ONU, Farhan Haq.
 
As Forças Armadas congolesas lançaram na manhã desta quarta uma operação contra posições do M23 nos arredores de Kibati, ao norte de Goma. O M23 "utilizou essas posições para bombardear zonas habitadas", destacou o porta-voz.
 
Os soldados congoleses foram apoiados por helicópteros e carros.
 
Fonte: AFP
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Síria: as opções militares do Ocidente

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Todos os sinais emitidos por Washington e Londres sugerem que uma ação militar contra a Síria é agora uma forte possibilidade. Planos de contingência estão sendo elaborados, listas de alvos potenciais estão sendo revisadas e diversos ativos militares estão sendo colocados em posição.
A Marinha americana está reposicionando diversos de seus navios de guerra, incluindo quatro destróieres com mísseis de cruzeiro no leste do Mediterrâneo e possivelmente um submarino com capacidade de lançamento de mísseis.
 
Um submarino nuclear britânico classe Trafalgar é outra plataforma potencial de lançamento de mísseis.
Se mais poder de fogo for necessário, dois porta-aviões americanos podem lançar ataques aéreos. Baseas aéreas na Turquia e no Chipre também podem ser usadas. E a França também está disposta a enviar aeronaves militares para reforçar a ação.
Mas que tipo de ação militar está sendo proposta? Quais são os riscos envolvidos? Qual é a análise racional que embasa tal ação? E quanto uma ação militar ocidental pode contribuir para a resolução da crise na Síria?
 
Quais são os modelos para uma possível intervenção?
  • Iraque 1991: Coalizão global liderada pelos Estados Unidos e baseada em leis internacionais; mandato explícito do Conselho de Segurança da ONU para expulsar as forças iraquianas do Kuwait.

  • Balcãs 1990s: Armamentos americanos foram fornecidos para a resistência anti-sérvia na Croácia e na Bósnia, apesar de um embargo de armas da ONU estar em vigor. Mais tarde, uma campanha aérea foi liderada pelos americanos contra paramilitares sérvios. Em 1999, caças americanos realizaram 38 mil voos pela Otan (aliança militar ocidental) contra a Sérvia para tentar impedir massacres em Kosovo. Elas foram consideradas legalmente controversas.
  • Somália 1992-93: O Conselho de Segurança da ONU autorizou a criação de uma força internacional com o objetivo de facilitar a chegada de suprimentos humanitários com o colapso do Estado. Um envolvimento militar americano gradual e sem objetivo claro culminou com o disastre das quedas dos helicópteros Blackhawk em 1993. O episódio levou à retirada das tropas americanas do país.

     
  • Líbia 2011: França e Grã-Bretanha pediram autorização do Conselho de Segurança da ONU para fazer uma intervenção humanitária em Benghazi em 2011. A Rússia e a China se abstiveram, mas não vetaram a resolução. Ataques aéreos continuaram até a queda de Khadafi. 
  •  
 
Forças disponíveis para um eventual ataque à Síria













PAÍS UNIDADES MILITARES
Estados Unidos
Quatro destróieres - SS Gravely, USS Ramage, USS Barry and USS Mahan ─ no leste do Mediterrâneo, equipados com mísseis de longo alcance

Mísseis de cruzeiro podem ser lançados de submarinos nucleares posicionados na região

Bases aéreas em Incirlik e Izmir, na Turquia, podem ser usadas para lançar ataques

Dois porta-aviões – USS Nimitz e USS Harry S Truman estão na região
 
Grã-Bretanha
Mísseis de cruzeiro podem ser lançados de um submarino britânico classe Trafalgar

A Força-tarefa de Resposta da Marinha Real ─ que inclui o HMS Illustrious (porta-helicópteros), e as fragatas HMS Montrose e HMS Westminster ─ está na região para uma missão agendada previamente

Base aérea no Chipre pode ser usada para lançar ataques
França
Porta-aviões Chales de Gaulle está em Toulon, no oeste do Mediterrâneo

Caças Raffale e Mirage podem operar a partir da base aérea de Al-Dhahra, nos Emirados Árabes Unidos
Ação militar
As opções militares dos líderes políticos americanos e britânicos são variadas, desde um pequeno ataque restrito a determinados alvos na Síria (a opção mais provável) até uma intervenção em grande escala, incluindo tropas terrestres, para tentar acabar com a guerra civil no país.
A invasão não está na mesa de negociações, mas é uma possibilidade que permanece latente nos batidores do processo político.
Aqueles que estão céticos sobre um engajamento militar maior temem, porém, que qualquer ação possa caminhar para uma escalada. As forças ocidentais podem ser arrastadas para uma luta mais prolongada, um atoleiro sem fim que muitos temem se tornar um novo Iraque ou Afeganistão.
Então quais são as opções militares?
O general americano Martin Dempsey, principal conselheiro militar de Barack Obama, deu sua visão mais detalhada sobre o assunto por meio de uma carta ao senador Carl Levin, no meio de julho.
Ela é o mais importante documento público sobre o assunto, que dá uma visão das possibilidades avaliadas pelo Pentágono.
Vamos dar uma olhada em cada uma delas, não necessariamente na ordem proposta pelo general Dempsey. É preciso ter em mente que elas não são mutamente excludentes; combinações de diferentes opções podem ser empregadas simultaneamente.
1. Ataques limitados à distância

Alguns podem chamar essa opção de "ataques punitivos". O objetivo seria chamar a atenção do presidente Assad e persuadi-lo a não recorrer a armas químicas no futuro. Os alvos podem incluir instalações militares muito ligadas ao regime ─ como quartéis generais e bases de unidades militares de elite, por exemplo.

Unidades de produção de mísseis podem ser atingidas. Porém, isso teria que ser feito com cautela para não atingir instalações de fabricação de armas químicas e para evitar vazamentos que poderiam causar danos significativos à população.

Complexos de defesa aérea e centros de comando podem inclusive ser atingidos como uma advertência e demonstração das capacidades militares ocidentais.

O atrativo dessa opção é que ela poderia ser colocada em prática rápido e de uma forma na qual os riscos às forças ocidentais envolvidas seriam baixos. A principal arma escolhida para a tarefa seria o míssil terra-terra Tomahawk ─ lançado de navios de guerra dos EUA e possivelmente de submarinos americanos e britânicos.

Essa ação pode sofrer uma escalada para bombardeios aéreos. Porém, as ações seriam feitas à distância, ou seja, os aviões lançariam seus mísseis e bombas de fora do espaço aéreo sírio. Bombardeiros britânicos e franceses poderiam atacar alvos na Síria operando de suas bases nacionais, como fizeram durante a crise na Líbia, e ─ no caso da França ─ no Mali.

2. Aumento da ajuda à oposição síria

O general Dempsey considera essa a principal opção. Isso envolveria força não letal para elevar o treinamento e a orientação para elementos da oposição. O processo seria uma extensão do trabalho que já vem sendo feito no país.

Entretanto, essa opção está naufragando devido às crescentes divisões dentro da oposição e ao medo crescente no Ocidente de que algumas das unidades militares rebeldes mais poderosas venham de grupos ligados a organizações semelhantes à Al-Qaeda.
3. Criação de uma zona de exclusão aérea
O objetivo aqui seria evitar que o governo sírio use sua aviação para atacar unidades rebeldes terrestres e abastecer bases isoladas com suprimentos. Para isso, provavelmente seria necessário desmantelar o sistema de defesa aérea da Síria. Além disso, forças teriam que estar disponíveis para atacar aviões sírios que tentassem decolar.
Esse tipo de zona de exclusão aérea vem sendo discutida há um ano e geralmente tem sido rejeitada. Falou-se muito do sistema de defesa aérea da Síria, que antes da guerra civil era extenso e bem integrado. Ele é composto de um grande número de armas da era soviética atualizadas com tecnologia moderna russa.
Porém, a eficiência desse sistema como um todo é uma dúvida. As perdas territoriais do regime podem ter provocado furos no sistema de defesa e a força aérea israelense já demonstrou ser capaz de atingir alvos dentro da Síria impunemente (apesar desses ataques terem sido feitos com armas disparadas à distância).
O que está claro é que estabelecer uma zona de exclusão aérea envolve muito mais riscos iniciais aos pilotos americanos e seus aliados e requer a mobilização por prolongado período de tempo de uma força significativa ─ não apenas de caças e bombardeiros, mas de aviões de reabastecimento, de radar, de comando e de controle, e assim por diante.
4. Estabelecimento de zonas de segurança
A ideia aqui seria estabelecer zonas seguras na Síria ─ provavelmente perto de suas fronteiras com a Turquia e a Jordânia ─ a partir de onde forças rebeldes poderiam operar e refugiados poderiam receber suprimentos. Contudo, essa proposta também já havia sido discutida e descartada.
Essas zonas seguras necessitariam do estabelecimento de zonas de exclusão aéreas limitadas e há várias dúvidas sobre como elas seriam defendidas no solo. O que aconteceria, por exemplo, se o governo Sírio disparasse contra essas regiões?
Outra ideia discutida foi a implementação de áreas de restrição ao movimento para limitar a ação das forças terrestres de Assad. Mas nesse caso, intervenções aéreas também seriam necessárias e a operação começaria a se parecer cada vez mais com uma guerra de larga escala na Sìria.
5. Controle do arsenal de armas químicas da Síria
Essa foi uma das sugestões do general Dempsey com foco em prevenir o uso e a proliferação de armas químicas. Isso poderia ser feito por meio da destruição parcial de estoques de armamentos da Síria, dificultando sua movimentação ou capturando instalações estratégicas. Mas isso requiriria um envolvimento massivo dos Estados Unidos, incluindo tropas terrestres, por um período indefinido de tempo.
O que aparece claramente na carta do general Dempsey (e também em um texto que ele enviou recentemente a um outro parlamentar americano) é sua extraordinária relutância em embarcar em qualquer tipo de ação militar.
Mas isso ocorreu antes do suposto uso de armas químicas na Síria, que levaram o presidente Barack Obama a ser forçado a dar uma resposta à comunidade internacional após a "linha vermelha", que ele disse ter sido cruzada.
 
O cenário mais provável, se o uso da força for necessário, é o número 1: Um ataque pequeno e de caráter punitivo para mandar uma mensagem ao regime sírio. Mas qualquer decisão para agir levanta uma série de questões:
Em que grau novas evidências ─ se houver alguma ─ serão solicitadas aos inspetores de armas da ONU antes que uma ação militar seja desencadeada?
Qual será a legalidade desse tipo de ação em termos internacionais ─ especialmente após a Rússia e a China terem se oposto resolutamente no Conselho de Segurança da ONU a apoiar qualquer ideia de ação militar?
Mas talvez a questão mais importante de todas seja o que fazer depois de uma eventual ação militar. Em que medida essa operação aproximará a Síria da paz? Que tipo de política, ou combinação de políticas, pode fazer isso? A dinâmica da crise síria será alterada após um ataque dos EUA e seus aliados? Uma ação militar ocidental não pode tornar as coisas muito piores na Síria?
 
Fonte: BBC Brasil
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