quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

EUA aceitam soluções de compromisso no domínio nuclear

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Ao que tudo indica, os EUA se prontificam a proceder à redução de armamentos nucleares táticos caso a Rússia venha a dar passos semelhantes nesse mesmo sentido. Os peritos não se mostram, contudo, muito otimistas mas apontam a "disposição de Washington para soluções consensuais que poderão favorecer um clima de distensão no diálogo russo-norte-americano".
 
O número total de cargas táticas dos EUA constitui, segundo algumas estimativas, cerca de 760 unidades. Uma parte delas (150-250 unidades) está armazenada em seis bases aéreas na Europa e na Turquia. As demais cargas se encontram no território dos EUA. O potencial tático russo é bem maior. No entanto, Washington mantém certas vantagens, visto que as suas armas táticas nucleares foram instaladas perto da fronteira russa, enquanto as armas russas foram estacionadas no território da Rússia sem apresentar perigo para a segurança nacional dos EUA.
 
Tal desequilíbrio não deixa de preocupar Moscou. Convém notar que, a partir dos meados do século passado, altura em se faziam as primeiras tentativas de edificar um sistema de segurança coletiva na Europa, a URSS apontava para a existência de tal problema sério. As preocupações da Rússia aumentaram após a retirada das armas nucleares táticas que se encontravam no território dos países-membros do Tratado de Varsóvia e das ex-repúblicas soviéticas. Mas até hoje não era possível chegar a um consenso nessa área importante.
 
No dizer da vice-secretária de Estado interina para o controlo de armamentos e a segurança internacional, Rose Gottemoeller, a redução recíproca de armas táticas nucleares constitui uma das metas a alcançar pela Administração atual, confirmada pelo Senado dos EUA no decurso da ratificação do Tratado START de 2010. A alta diplomata norte-americana assinalou uma "prioridade especial" no processo do controlo dos armamentos. Segundo acrescentou, Washington manifesta interesse na retomada das conversações com Moscou sobre esta temática. Fiodor Lukianov, redator-chefe da revista Rússia na Política Globalcomenta:
 
"Para a OTAN e os EUA, a questão de armas nucleares táticas não é a principal. Não está claro para que essas armas poderão vir a servir senão para marcar a sua presença naquele território. Ninguém se prepara para uma guerra no continente europeu. Há um perigo maior na Ásia e, em virtude disso, o potencial tático russo, o seu peso político seria um sinal de aviso latente para a China. É óbvio que ninguém se prepara para uma guerra com a China. Mas aqui se coloca a questão de desequilíbrio e dissuasão. A Rússia não quer abordar esta temática, sem bem que os EUA tencionem levantá-la para não afetar sua reputação. E esta componente tática é muito perigosa. Na área de armas estratégicas tudo se resumia à questão da DAM. No entanto aqui tem vindo ao lume uma nova componente. Por isso, as propostas de Rose Gottemoeller não serão atendidas pela Rússia que nem sequer pretende falar no assunto."
 
Importa reconhecer que a permanência das armas nucleares táticas dos EUA na Europa viola o Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares. Este documento consigna a interdição de instalar e entregar as armas atômicas para os países não nucleares. Estes últimos, ao abrigo do mesmo acordo, não devem receber tais armas em forma direta ou indireta. À luz disso, a presença das armas táticas norte-americanas no território da Bélgica, Itália, Holanda, Alemanha e Turquia entra em contradição com as normas fixadas pelo Tratado de Não-Proliferação.
 
Até hoje, os EUA relacionavam a retirada das armas táticas nucleares com a tomada de uma medida idêntica na parte europeia da Rússia. Isto significa a transferência do potencial russo para a zona dos Urais. Na opinião de peritos, tal passo porá em causa a capacidade defensiva da Rússia no caso de um conflito militar na Europa.
 
Após a guerra fria, as armas táticas norte-americanas têm tido um peso político, sendo uma espécie de demonstração do apego dos EUA aos compromissos assumidos com seus aliados da OTAN. Entretanto, o arsenal tático russo desempenha um papel de dissuasão do eventual adversário, que leva uma visível vantagem em termos quantitativos e qualitativos no que tange às forças convencionais. A Rússia aceitaria a hipótese de novas reduções só em conjunto com medidas de confiança mutua.
 
Entre estas medidas figura ainda uma liquidação parcial das armas de elevada precisão convencionais de grande alcance (mísseis intercontinentais com ogivas não nucleares). Em todo o caso, tais iniciativas devem ter por objetivo a diminuição essencial da ameaça estratégica nuclear do Ocidente.
 
Fonte: Voz da Rússia
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Avião de assalto Su-25 com funções análogas do Wild Weasel?

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A Força Aérea da Rússia será dotada em 2014 de uma modificação em seus Su-25 destinados para o combate aos meios da Defesa Antiaérea e capaz de detectar e aniquilar os complexos de defesa análogos aos Patriot dos EUA.
 
Vietnã, primeira tentativa
 
A guerra do Vietnã entre 1965-75 foi à primeira ação militar em que a aviação norte-americana se defrontou com a resistência dos complexos de mísseis antiaéreos. Em virtude disso, foi decidido criar aviões especiais, capazes de superar a barreira colocada pela defesa antiaérea. Tal missão imprescindível foi designada de Suppression of Enemy Air Defenses (SEAD), enquanto ao respectivo programa de concepção de novos aviões de assalto especiais foi atribuído o nome Wild Weasel. Posteriormente, os engenhos criados sob a sua alçada passaram a ter o mesmo nome.
 
Naquela etapa do Wild Weasel I, que se iniciou em 1965, eram utilizados os primeiros caças supersônicos F-100 Super Sabre. A versão seguinte F-100F virou uma base do Wild Weasel que podia detectar radares do adversário mediante receptores de irradiação, enquanto o operador indicava os alvos a abater. A seguir, no decurso do combate, era possível identificar o alvo por meios visuais e atacá-lo. No entanto, o F-100 não desenvolvia a elevada velocidade para acompanhar os F-105 Thunderchief e os F-4 Phantom II.
 
O Wild Weasel da segunda etapa foi construído com base em F-105. Os aviões EF-105F surgiram nas unidades aéreas em 1966, seguido logo do F-105G mais sofisticados. A produção em série do F-105 foi suspensa um pouco antes, a saber, em 1964. Deste modo e devido a elevadas perdas na guerra contra o Vietnam, veio a diminuir o número de engenhos "destruidores de defesa antiaérea". Na sequência disso, as 4ª e 5ª etapas do programa foram realizadas por meio do F-4 Phantom II, nomeadamente, através das suas versões EF-4C Wild Weasel IV e F-4G Wild Weasel V.
 
De notar que cada geração do Wild Weasel recebia armas e equipamentos modernos, inclusive os mísseis teleguiados e os sistemas de Guerra Eletrônica. Após a guerra no Vietnã, os Wild Weasel prestavam serviço na Europa e no Extremo Oriente onde os EUA, em caso de necessidade, podiam lidar com as defesas antiaéreas soviéticas. Nos anos 90, os EUA optaram por uma via diferente: as tarefas relacionadas com um combate eficiente à DAA foram incumbidas aos caças F-16C polivalentes modernizados. As suas versões block 50 e block 52 dispunham de equipamento capazes de concretizar esta tarefa. Enquanto isso, a aviação naval dos EUA empregava para o mesmo efeito seus próprios engenhos – o EF-10D Skyknight e depois os EA-6A e EA-6B Prowler. Hoje em dia, a Marinha, ao contrário da Força Aérea, continua apostando no uso de engenhos específicos. Os EA-6B obsoletos foram substituídos por aviões EA-18G Growler, criados com base em versão F/A-18F Super Hornet de dois assentos.
 
Caminho russo
 
Antes de 2008, a força aérea russa não se confrontou com um adversário terrestre que tivesse meios de proteção melhores que os sistemas de defesa antiaérea portátil ou a artilharia antiaérea de pequeno calibre. A guerra contra a Geórgia em agosto de 2008 veio demonstrar que tal confrontação poderia provocar sérias consequências e perdas. Daí, a necessidade de combate à DAA se tornou uma prioridade.
 
Atualmente, esta meta tem de ser alcançada por aviões de assalto Su-24 e Su-34 equipados com mísseis anti-radar. Todavia, os modelos, pelo visto, não possuem capacidades suficientes.
 
Por isso, tem causado surpresa a escolha do Su-25 como uma base para o Wild Weasel russo. Pelas características que leva, este avião de assalto é capaz de garantir apenas o acompanhamento dos Su-25. Para atuar em conjunto com bombardeiros e caças polivalentes não terá nem a velocidade, nem o alcance de voos suficientes. Todavia, para os aviões de assalto que atuam em cima do campo de batalha, tal engenho poderia ser útil. A execução de outras missões implicaria o recurso a modificações com base no Su-30. Ou, pelos menos, será necessário um equipamento em condições, que aliado aos respectivos armamentos, poderá transformar em Wild Weasel qualquer aeronave de caça da Força Aérea russa.
 
Fonte: Voz da Rússia
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A Europa perante o conflito no Mali

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Paris insiste em que a intervenção militar no Mali tem um objetivo claro e uma data-limite. No entanto, sobre o objetivo quase nada tem sido dito; sobre a data-limite tem sido referido o mês de março para o início da retirada.
O objetivo, em qualquer caso, será sempre limitado. A França, sensatamente, nunca falou em derrotar a AQIM, o ramo da al Qaeda no Magreb. Pode deduzir-se, quando muito, que terá os dois seguintes objetivos principais: 1.Tentar repor a situação anterior à declaração de independência do nordeste do Mali, em março de 2012, e subsequente aliança do movimento independentista dos tuaregues (“National Movement for the Liberation of Azawad”) com três movimentos islamitas que operam na região; 2. Evitar que o conflito interno se expanda para países vizinhos onde tem interesses relevantes (Níger, com fornecedor de três quartos do urânio que consome em centrais nucleares e Mauritânia, onde tem concessões de exploração de ouro).
Se for possível quebrar os laços que os dois movimentos criaram, processo que começou a desenvolver logo após à intervenção francesa, talvez haja espaço para o Presidente do Mali negociar um entendimento com os tuaregues que ponha, finalmente, fim à sua tradicional rebeldia contra a liderança do sul e permita criar um ambiente minimamente aceitável para a realização de eleições previstas para julho (Presidenciais a sete e legislativas a 21). Negociar com os islamitas é hipótese que o Presidente claramente rejeitou.
Não obstante o notável sucesso inicial da intervenção francesa, a situação não está segura. Os centros populacionais sob controle dos rebeldes foram libertados mas estes, entretanto, já demonstraram que são capazes de voltar a qualquer momento, não exatamente para se reinstalarem mas para criar caos e insegurança. Só não tiveram sucesso na tentativa de 10 de fevereiro para voltar a Gao infiltrarem-se entre a população apenas porque os franceses estavam por perto, com meios aéreos e blindados para os desalojar.
Falta talvez o mais difícil, que será expandir as operações para a zona nordeste do Mali, nomeadamente a região montanhosa de Tigharghar, onde os jihadistas prepararam o terreno para a sua defesa e dão sinais de ter optado por entrar numa guerra de guerrilha combinada com ataques suicidas em zonas populacionais ou instalações militares do Exército do Mali. A cinco de fevereiro as tropas do Chade sofreram uma primeira emboscada, em que morreram 24 soldados, e a oito de fevereiro, junto de um posto de controle militar, ocorreu o primeiro ataque suicida.
Estava previsto. Só não se sabe como esta situação evoluirá porque tudo vai depender, em parte importante, da capacidade dos vizinhos “selarem” as suas fronteiras com Mali e não permitirem “santuários” no seu território. Se este requisito não for garantido, pouco provável que seja dada a natureza muito porosa das fronteiras africanas agravarse o risco de o conflito inflamar toda a região, transformando o atual problema local num problema regional, que, mais tarde ou mais cedo, afetará a Europa. O próximo alvo mais provável será o Níger, um País que vive numa situação muito precária de estabilidade, que é também produtor de petróleo e onde, além da França, a China tem também interesses.
A partir da retirada francesa as interrogações crescerão. A prontidão e treino das forças africanas e sobretudo a sua determinação em resolver o problema poderão variar significativamente. Regra geral, as suas capacidades operacionais estão marcadas por défictes gritantes de meios que a ECOWAS, organização regional em que se inserem, nunca conseguiu resolver. Aliás, a sua disponibilidade está dependente de ajuda financeira já solicitada ao Ocidente (um bilhão de dólares). Nem todas têm as qualificações das tropas do Chade, que são as mais treinadas para operar no deserto e têm experiência de colaborar com o Exército francês, sendo seu principal apoio direto.
Desconhecem-se os moldes em que se processará a retirada francesa, nomeadamente se será total ou apenas parcial. Não se estranharia, pelas razões atrás apontadas, que fossem deixados meios aéreos para apoio tático das operações terrestres que se espera que continuem com as forças africanas entretanto deslocadas para o terreno. Algum apoio irá com certeza permanecer no terreno, quer seja no próprio Mali, quer seja em Países vizinhos. Também não se sabe até que ponto a França poderá contar com a solidariedade dos seus parceiros europeus e dos EUA. Falta a Paris a capacidade, que geralmente Washington tem demonstrado ter, para captar apoios em situações semelhantes. Não será preciso explicar porquê.
Entre os europeus, é o Reino Unido o que tem mostrado mais disponibilidade e empenho na solução da crise, quer em ofertas de apoio à intervenção francesa, quer em contatos regionais, nomeadamente com a Argélia, tendo a imprensa referido a realização de um acordo de segurança fronteiriça, na sequência da visita do primeiro-ministro Cameron a Argel, no passado dia 30 de janeiro. O que farão os EUA está condicionado pela atual prioridade dada à política interna e, certamente, ligado à nova estratégia de “liderar de trás” (“leading from behind”). Realisticamente, quando muito, não será de esperar mais do que a sua aposta no recurso a operações “covert”, com o recurso de “UAVs”, como tem sido habitual com a administração Obama, portanto, sempre longe da possibilidade de envolvimento nas chamadas “endless wars” de que o Presidente tenta precisamente afastar-se. Mas mesmo no campo de apoio com “UAVs” falta resolver a questão de uma base próxima da região, pois a mais próxima está a mais de 3 mil quilómetros (Djibouti).
Perante estas circunstâncias e, em especial, a possibilidade forte de o conflito se alargar a todo o Saarah, não deveria a União Europeia rever desde já o previsto empenho na solução desta crise?
 
Fonte: JDRI
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Putin manda Exército russo se adequar a ameaça estrangeira

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta quarta-feira a seus líderes militares que façam melhorias urgentes nas Forças Armadas durante o seu novo mandato presidencial, afirmando que a Rússia deve impedir o Ocidente de desequilibrar a balança estratégica para o seu lado.
 
As declarações, diante de militares e funcionários civis de Defesa, refletem um crescente caráter belicista do Kremlin desde a volta de Putin à presidência para um mandato de seis anos, em maio, com frequentes menções a ameaças estrangeiras e comentários antiocidentais.
 
"Tentativas estão sendo feitas para virar o equilíbrio estratégico", disse Putin, que como presidente é o comandante-chefe das Forças Armadas, durante audiência na academia do Estado-Maior, nos arredores de Moscou. O chefe da Igreja Ortodoxa Russa, patriarca Kirill, estava sentado na primeira fila.
 
"A dinâmica geopolítica exige uma resposta rápida e considerada (...) as Forças Armadas da Rússia devem avançar para um novo grau de capacidade nos próximos três a cinco anos", disse Putin, que não descarta disputar um novo mandato em 2018.
 
O ex-agente da KGB disse que as ameaças à posição geopolítica russa incluem a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o leste e a instalação de um escudo antimísseis dos Estados Unidos na Europa.
 
Ele disse que os exercícios militares precisam ser mais exigentes e realizados com menos aviso prévio, para manter os soldados sempre preparados, "o mais similar possível às modernas condições de combate e guerra", afirmou Putin.
 
Fonte: Reuters
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Congresso marca votação de royalties para antes do Orçamento

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Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), acertaram que a votação do veto sobre royalties do petróleo será realizada antes da decisão sobre o Orçamento de 2013. A sessão do Congresso para debater os dois temas foi convocada para a noite da próxima terça-feira, dia 5 de março.
 
Apesar de a bancada do Rio de Janeiro já preparar uma ofensiva para tentar retardar ao máximo a votação do veto, Alves acredita ser possível votar os dois temas na mesma semana. "Sou otimista, acho que vai ser uma votação simples", disse.
 
Renan Calheiros justificou a decisão argumentando que o processo legislativo não pode ficar pela metade e já foi aprovada urgência para votação do veto sobre os royalties. Ele afirmou que somente após resolver esses dois temas a Casa irá se debruçar sobre o estoque de mais de 3 mil vetos que aguardam votação. O presidente do Senado, porém, afirmou que quase a metade deles estão prejudicados porque as leis foram substituídas por outras normas, e, portanto, não precisariam ser votados.
 
O veto que será colocado em votação foi feito pela presidente Dilma Rousseff para evitar uma mudança na distribuição dos royalties que alterasse as regras para os campos já licitados. A medida protegeu Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados produtores, que teriam suas receitas congeladas em volumes semelhantes aos obtidos em 2010. Se o veto for derrubado, os recursos passariam a ser divididos por critérios que aumentariam a receita dos outros estados e municípios.
 
Fonte: Estadão
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EUA cogitam enviar blindados e coletes a rebeldes sírios.

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O jornal "Washington Post" informou nesta quarta-feira que o governo americano cogita enviar veículos blindados e coletes à prova de balas aos rebeldes da Síria, que tentam derrubar o regime de Bashar Assad há 23 meses.
 
Caso confirmada a possibilidade, seria a primeira vez em que a Casa Branca concederia apoio militar aos opositores na luta contra o regime. Washington apoia abertamente os rebeldes, mas nega o envio de armas por causa da infiltração de grupos terroristas entre os insurgentes.
 
Segundo a publicação, o secretário de Estado americano, John Kerry, discutirá a possibilidade durante viagem a Europa e Oriente Médio. Na quinta (28), ele se reunirá com o grupo de 70 países que apoia a causa rebelde, conhecido como Amigos da Síria.
 
A informação é revelada dois dias depois de uma entrevista de Kerry em que disse que o presidente Barack Obama avalia novas possibilidades para "cumprir nossa obrigação perante gente inocente", em referência aos cidadãos sírios. No entanto, não disse de que forma isso seria feito.
 
Nesta quarta, o secretário voltou a defender que seja acelerada a transição política na Síria, mas sem dar detalhes de como isso aconteceria. Ele disse que estudará a proposta com os países aliados, em especial potências como Reino Unido e França, também favoráveis à queda de Assad.
 
CONFRONTOS
 
Nesta quinta-feira, as forças do regime sírio e da oposição concentram seus ataques na cidade de Aleppo, no leste do país. Enquanto as tropas de Assad fazem bombardeios com caças, os rebeldes tentam disparar com morteiros e armas antiaéreas.
 
Mais cedo, um morteiro vindo da Síria atingiu as colinas de Golã, ocupadas por Israel, sem deixar feridos. Segundo o Exército israelense, a bomba caiu a metros de um vilarejo próximo à fronteira. No entanto, não houve represália do Estado judaico até o momento.
 
Desde o início dos confrontos, em março de 2011, mais de 70 mil pessoas morreram na Síria, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Outros 5 milhões precisam de ajuda humanitária, incluindo 2 milhões de refugiados internos e 875 mil sírios que deixaram o país.
 
Fonte: Folha
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História escrita hoje, Papa renúcia e deixa Pontificado...

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Após anunciar sua renúncia dia 11 de fevereiro, hoje Papa Bento XVI deixa o potificado e segue para resdência provisória. Em mais de 400 anos não tinhamos a renúncia de um Papa, tendo sido a renúncia de Bento XVI provocada por uma série de intrigas, denúncias de corrupção, disputas pelo poder e escândalos sexuais no Vaticano.
 
O conteúdo do relatório sobre o escândalo conhecido como Vatileaks, entregue ao Papa Bento XVI em dezembro passado, teria sido devastador, a ponto de levar à renúncia do Pontífice, segundo o “La Repubblica”. De acordo com o jornal italiano, ao abandonar o cargo, o Papa pretendia possibilitar a entrada de um líder mais jovem e forte para fazer uma limpeza no Vaticano.
 
O dossiê de 300 páginas, contendo a investigação completa sobre o vazamento de documentos secretos da Santa Sé, revelaria disputas de poder, relações homossexuais e mau uso de dinheiro.
 
“La Repubblica” afirma que Bento XVI teria decidido neste dia que deveria se demitir. “O dossiê será entregue ao próximo Papa, que deverá ser mais forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que espera”, diz o jornal.
 
- Tudo gira em torno da observação do sexto e sétimo mandamento – afirmou o jornal, citando uma pessoa muito próxima a um dos autores do relatório. “Não cometerás atos impuros”, proclama o sexto mandamento, “Não furtarás”, diz o sétimo.
 
O jornal lembra que já em 2010 teria vindo à tona um escândalo que mostrou a existência de seminaristas que se prostituíam, de um membro do coro do Vaticano que atuava como cafetão. A história tinha como protagonista Angelo Balducci, o presidente do Conselho Nacional Italiano de Obras Públicas, que teve seu telefone interceptado por suspeita de corrupção.
 
Durante a investigação, foi descoberto que Balducci conversava com frequência com um membro do coro da Reverenda Capela Musical da Sacrosanta Basílica Papal de São Pedro no Vaticano -um nigeriano chamado Chinedu Thiomas Eheim – que oferecia serviços sexuais com jovens.
 
“Só te falo que tem dois metros de altura, pesa 97 quilos, tem 33 anos e é completamente ativo”, disse o membro do coro vaticano a Balducci em uma das conversas interceptadas.
 
Os encontros sexuais, segundo assegura “La Repubblica” citando a investigação judicial, aconteceram em uma vila fora de Roma, em uma sauna, em um centro estético, no próprio Vaticano e em uma residência universitária que seria a casa de Marco Simeon em Roma, um jovem de 33 anos que acumulou um enorme poder à sombra da cúpula de São Pedro.
 
O jornal “La Repubblica” fala da possível existência de um “lobby gay” dentro do Vaticano, “uma rede transversal unida pela orientação sexual”. Segundo a publicação, pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada, lida em voz alta no apartamento do Papa. E pela primeira vez se falou, ainda que em latim, da palavra “influentiam” (chantagem), lembra a reportagem, fazendo referência às conclusões finais do documento exposto ao Papa.
 
Após ter criticado a “hipocrisia religiosa” e as “divisões no corpo eclesial”, o papa Bento XVI usou na quinta-feira seu último encontro com o clero da Diocese de Roma para pedir uma “verdadeira renovação” da Igreja Católica. Em uma espécie de conselho não só aos sacerdotes presentes, mas a todos aqueles que conduzirão a Igreja após sua renúncia, até mesmo ao novo papa, Bento XVI procurou retomar o espírito de mudança proposto pelo Concílio Vaticano 2.º (1962-1965).
 
O pontífice disse que é preciso valorizar “a comunhão na Igreja” e 50 anos após o Concílio, “ainda há muito o que fazer”.
 
Um dos principais desafios do próximo conclave será escolher um papa com vigor para renovar a Igreja e superar as divisões que marcam a Santa Sé. Bento XVI, segundo a revista italiana Panorama, teria acelerado sua ideia de renúncia depois de ver os resultados de uma investigação por ele encomendada que mostrou uma “resistência generalizada” na Cúria Romana por mudanças e mais transparência. O documento teria sido entregue a ele no dia 17 de dezembro.
 
Na quinta-feira Bento XVI usou novamente uma aparição pública para alertar que, sem uma renovação e sem superar resistências, a Igreja estaria sob ameaça. Para muitos presentes, isso foi uma espécie de alerta ao conclave – e também ao próximo papa – sobre a tarefa que terá pela frente diante de um dos principais problemas: a perda de fiéis.
 
Com relativo vigor, bom humor e serenidade, o papa dedicou a reflexão improvisada à sua própria experiência pessoal como um jovem perito no Concílio Vaticano 2.º, iniciado por João XXIII em 1962 e concluído sob Paulo VI em 1965. Referindo-se àquela ocasião, Bento XVI recordou: “Todos acreditavam que se devia prosseguir com a renovação.” Havia, segundo ele, “uma esperança incrível, um novo Pentecostes”, observou, numa analogia ao relato bíblico em que os apóstolos são enviados pelo Espírito Santo para pregar no mundo inteiro. Alguns teólogos definem Pentecostes como o verdadeiro início da Igreja.
 
Num esforço para mostrar que o entusiasmo por uma reforma também faz parte da história da Igreja, Bento XVI lembrou a batalha entusiástica que havia sido aquele Concílio, transformando rituais arcaicos, como a missa em latim, para um modelo mais moderno. “Mas muito daquilo ainda não foi implementado”, lamentou. “Precisamos trabalhar para a realização de um Concílio real e para a real renovação da Igreja”, insistiu. “A Igreja é um organismo, é uma realidade vital. Não é uma estrutura. Nós somos a Igreja”,
 
O cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício, vai enviar formalmente nesta sexta-feira a convocação para que os cardeais compareçam a Roma para o Conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI.
 
A informação foi dada pelo próprio Sodano aos cardeais nesta quinta=feira, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, pouco antes da cerimônia em que eles se despediram do atual papa.
 
Bento XVI deve publicar seu último tweet esta tarde. Durante a Sé Vacante, a conta do Twitter ficará “dormente”. Segundo o porta-voz do Vaticano, a conta poderá ser utilizada pelo novo papa, se ele quiser.
 
Ontem, Bento XVI enviou o penúltimo tweet, no qual estimulou os fiéis a sentirem a alegria de ser cristãos."Queria que cada um sentisse a alegria de ser cristão, de ser amado por Deus, que entregou o Seu Filho por nós", postou, após a audiência pública das quartas-feiras
 
O perfil do papa no Twitter foi inaugurado em 12 de dezembro passado, e está disponível em nove línguas: latim, português, inglês, espanhol, italiano, francês, alemão, polonês e árabe, segundo a Rádio Vaticano.
 
Haverá transmissão ao vivo do fechamento das portas de Castel Gandolfo e da saída da guarda suíça nesta quinta. A porta do apartamento do papa será selada às 20 horas no horário local (16h no horário de Brasília).

Fonte: GeoPolítica Brasil com Agências de Notícias
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Embraer anuncia que irá vender Super Tucano a Força Aérea dos EUA

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A Embraer anunciou nesta quarta-feira (27) que venderá 20 unidades do avião A-29 Super Tucano à Força Aérea dos Estados Unidos por um valor total de US$ 427 milhões.
 
A brasileira foi selecionada em um novo processo de seleção da Força Aérea dos EUA para a aquisição de aviões de ataque leve, que deu maior peso para a experiência de combate e não pedia demonstração de voo. O primeiro havia sido "posto de lado" devido a supostos problemas com documentos.
 
As aeronaves serão fornecidas por uma sociedade da Embraer com a empresa americana Sierra Nevada Corporation e serão incorporadas ao programa Apoio Aéreo Ligeiro (LAS, na sigla em inglês), informou a companhia brasileira.
 
O avião foi selecionado para o programa LAS (Light Air Support) ou Apoio Aéreo Leve, diz a Embraer em nota. A aeronave será utilizada para missões de treinamento avançado em voo, reconhecimento aéreo e apoio aéreo tático.
 
"Após um rigoroso processo licitatório, a USAF considerou que a Embraer Defesa e Segurança e a SNC apresentaram a melhor proposta para cumprir a missão LAS", diz a Embraer. “Nosso compromisso é avançar com a estratégia de investimentos nos Estados Unidos e entregar o Super Tucano no prazo esperado e conforme o orçamento contratado”, disse Luiz Carlos Aguiar, Presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança.
 
O contrato, no valor de US$ 427 milhões, inclui 20 aeronaves de apoio aéreo tático, equipamentos para treinamento de pilotos no solo, peças de reposição e apoio logístico. A aeronave selecionada para o programa LAS será construída em Jacksonville, Flórida.
 
Super Tucano
O Super Tucano é um avião turboélice capaz de executar missões como ataque aéreo leve, vigilância, interceptação aérea e contra-insurgência. Segundo a Embraer, a aeronave está em operação em nove forças aéreas ao redor do mundo.
Com mais de 190 encomendas e mais de 170 unidades entregues, o Super Tucano tem mais de 180 mil horas de voo e 28 mil horas de combate.
A aeronave tem sistemas eletrônicos, eletroópticos, infravermelho e laser e sistemas de rádios seguros com enlace de dados e capacidade de armamentos.
 
Contrato cancelado
 
Há cerca de um ano, a Embraer havia sido selecionada como fornecedora de aviões de ataque leve, mas o contrato foi "posto de lado", devido a supostos problemas com documentos. A vitória da Embraer no contrato, de US$ 355 milhões, foi contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft.
Em 30 de dezembro de 2011, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Embraer, junto com sua parceira norte-americana Sierra Nevada Corp, tinha obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano, assim como fornecimento de treinamento e suporte.
Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.
No ocasião, a Força Aérea disse que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes. O Super Tucano foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e está em uso em seis nações, incluindo a Colômbia, o Equador e Burkina Fasso, na África.

Opinião do Pentágono

O Pentágono manifestou nesta quarta-feira que o contrato militar de US$ 427 milhões formalizado com a brasileira Embraer é "crítico" para apoiar a Força Aérea no Afeganistão.

Em comunicado, o Pentágono indicou que o subsecretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, ligou hoje para o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, para informá-lo da concessão do contrato à Embraer, que apresentou sua proposta em uma sociedade com a empresa americana Sierra Nevada Corporation.
 
"Essa plataforma é crítica para apoiar a Força de Segurança Nacional Afegã, como parte do apoio durável dos EUA no Afeganistão após concluída a missão da Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança, da Otan) no final de 2014", disse o secretário de imprensa do Pentágono, George Little.
 
O contrato envolve a venda de 20 unidades do avião de ataque A-29 Super Tucano à Força Aérea americana "para fornecer apoio aéreo rápido e manutenção e capacitação para a Força Aérea afegã", explicou.
 
Sob esse contrato, 20 aeronaves serão enviadas às bases aéreas no Afeganistão no meio de 2014 para realizar "treinamentos avançados em voo, vigilância, apoio aéreo e missões de interdição aérea", acrescentou Little.
 
O porta-voz disse que durante a ligação tanto Carter como Amorim demonstraram a intenção de programar o próximo Diálogo de Cooperação em Defesa de EUA e Brasil, além de "continuar a cooperação de defesa" entre ambos os países.



Fonte: G1 / Exame
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Franceses apresentam FREMM á Marinha do Brasil

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A mais moderna fragata francesa, Classe "Aquitaine", atracou no Rio de Janeiro para demonstrar suas qualidades e capacidades técnicas, mais uma forte candidata a equipar a Marinha do Brasil, que desenvolve esudos para aquisição de uma nova classe de fragatas no âmbito do ProSuper, programa militar que preve a aquisição e construção de novos meios de superfícíe para modernizar a Marinha do Brasil, programa que envolve a cifra de milhões a atrai importantes indústrias do setor no mercado internacional.
 
A DCNS dá o primeiro passo na corrida pelo milionário contrato, trazendo a "Aquitaine" ao Brasil para realizar testes de mar e avaliações técnicas que deverão ter inicio no dia 4 de março. A Fragata "Aquitaine" é hoje uma das mais modernas do mercado, sendo classificada como no "Estado da Arte", esta equipada com oito mísseis antinavios Exocet, 16 mísseis antiaéreos Aster, 16 mísseis de cruzeiro, três canhões, quatro metralhadoras, 19 torpedos e um helicóptero de combate, a embarcação possui 142 metros de comprimento e um deslocamento de 6 mil toneladas. O navio  é oriundo do programa europeu FREMM, que reuniu França e Itália na concepção desta moderna fragata, sendo nomeada Classe "Aquitaine" a versão francesa e Classe "Bergamini" a versão italiana. 
 
A Fragata partiu da base de Toulon (França) no início do mês de fevereiro e irá visitar além do Brasil a Colômbia, Cuba, Estados Unidos e Canadá antes de chegar ao seu destino final, Reikjavik (Islândia), em 10 de maio.
 
A "Aquitaine" esta atracada no píer público do Rio de Janeiro, onde normalmente são vistos navios de cruzeiro. A França se mostra bastante otimista com a sua proposta apresentada ao governo brasileiro. 
 
Reunindo sistemas de defesa e ataque que permitem enfrentar ameaças marítimas, aéreas e terrestres, a Aquitaine é um moderna plataforma multimissão. Outro ponto a favor do navio é a capacidade de ser operada por uma tripulação reduzida de apenas 98 pessoas.
O diretor-presidente da DCNS no Brasil, Eric Berthelot, diz que ainda é cedo para fechar o custo de cada fragata para o Brasil, pois as negociações incluirão uma cadeia de fornecedores e estaleiros brasileiros na construção da embarcação. Porém, especialistas da área naval calculam que a fragata custe entre 600 e 700 milhões de euros.
 
Fonte: GeoPolítica Brasil com agências de notícias

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) será inaugurada dia 01 de Março - PROSUB

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A inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no âmbito da execução do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, iniciado pela Marinha em 2008, representa marco importante para a construção naval brasileira, por tratar-se da primeira parcela da infraestrutura que vai capacitar o País para a construção e manutenção de submarinos convencionais e nucleares. A Presidenta Dilma comparecerá ao evento.
 
No dia 01 de março, às 10h, a Marinha do Brasil (MB) vai inaugurar, com a presença da Presidenta da República, Dilma Rousseff, a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), que é parte da infraestrutura industrial de construção e manutenção de submarinos que está sendo implantada pela Marinha em Itaguaí (RJ). Participarão da solenidade o Ministro de Estado da Defesa, Celso Amorim, o Embaixador da França no Brasil, Bruno Delaye, o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto e diversas autoridades civis e militares, do Brasil e da França.

A prontificação da UFEM, cuja construção foi iniciada em 2010, é um importante marco alcançado com a execução do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), idealizado para capacitar o País a projetar e construir submarinos convencionais e nucleares, reforçando a indústria de construção naval brasileira, em particular no Estado do Rio de Janeiro, município de Itaguaí, onde serão gerados milhares de empregos diretos e indiretos.

O processo de construção dos submarinos tem início na NUCLEP, que já se encontra preparada para a fabricação das seções do casco externo do submarino, que deve ser resistente à pressão da profundidade do mar. Em seguida, as seções são transferidas para a UFEM, contígua à NUCLEP, onde recebem as estruturas, equipamentos e componentes internos. Após esse trabalho, assim equipadas, as seções são deslocadas para o estaleiro, também situado nas proximidades, onde é executado o acabamento final e a união das seções, prontificando-se o submarino, que será, então, submetido às chamadas provas de cais e de mar.

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) é, hoje, o mais importante projeto em desenvolvimento pela Marinha, e resulta de uma parceira estratégica, firmada em 2008 pelos Presidentes do Brasil e da França, respectivamente. Essa parceria prevê a transferência de tecnologia e a formação de consórcios entre empresas dos dois países, para atender aos objetivos estratégicos comuns. Assim, a DCNS, empresa francesa contratada para transferir tecnologia, formou, com a construtora brasileira Odebrecht, o Consórcio Baia de Sepetiba, destinado à construção de um estaleiro para fabricar os submarinos e de uma base naval para apoiá-los.
 
O PROSUB prevê, ainda, a fabricação de cinco submarinos, sendo quatro deles convencionais, isto é, dotados de propulsão diesel-elétrica, e um com propulsão nuclear. Para viabilizar essa fabricação, foi constituída uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), denominada Itaguaí Construções Navais (ICN), também formada pela ODEBRECHT e pela DCNS, mas tendo a Marinha do Brasil como detentora de uma ação preferencial do tipo golden share. Caberá à ICN empregar as instalações do estaleiro, que incluem a UFEM, exclusivamente para a construção dos cinco submarinos previstos no contrato.
 
É importante destacar que está excluída desse acordo com a França a transferência de tecnologia para a construção da planta de propulsão do submarino nuclear, cuja responsabilidade cabe exclusivamente à Marinha, com base em tecnologia própria, desenvolvida no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

A construção da UFEM, do estaleiro e da base naval em Itaguaí está orçada em R$ 7,8 bilhões, com desembolsos até 2017.

O início da operação da UFEM possibilitará aos técnicos brasileiros, previamente treinados na França, a aplicação dos novos conhecimentos no processo de construção, iniciado com o corte simbólico da primeira chapa de aço destinada à construção do casco, em 16 de julho de 2011, que também contou com a presença da Presidenta Dilma.
 
O prazo para o término do estaleiro de construção é dezembro de 2014, enquanto que o da base naval é 2017, sendo que o primeiro dos quatro submarinos convencionais, cuja fabricação estará prontificada em 2015, será entregue para operação em 2017, após os inúmeros testes a que será submetido. Os outros submarinos convencionais serão entregues em intervalos de dezoito meses, enquanto o primeiro submarino com propulsão nuclear será prontificado em 2023, seguindo-se cerca de dois anos de testes no mar, antes de entrar em operação.

O projeto do submarino de propulsão nuclear já está sendo desenvolvido por brasileiros desde o ano passado. Engenheiros navais da Marinha realizaram diversos cursos relativos a projeto de submarinos na França, entre agosto de 2010 e maio de 2012. Esses engenheiros já retornaram ao Brasil e iniciaram, em 06 de julho de 2012, no escritório técnico conjunto Marinha do Brasil/DCNS, instalado no CTMSP, o desenvolvimento do projeto do submarino com propulsão nuclear brasileiro.

O PROSUB irá gerar, no auge, mais de nove mil empregos diretos e outros 32 mil indiretos. Adicionalmente, na área de construção naval, projeta-se para o período de construção dos submarinos a criação de cerca de dois mil empregos diretos e oito mil indiretos permanentes. Por último, o PROSUB inclui um processo de nacionalização com base em transferência de tecnologia que prevê a fabricação, no País, de vários equipamentos dos submarinos convencionais e do nuclear, o que elevará o patamar tecnológico das empresas brasileiras e possibilitará a criação de mais empregos.
 
A construção e operação de um submarino com propulsão nuclear, desenvolvido com tecnologia altamente sensível, são dominadas por poucos países. Atualmente, apenas China, Estados Unidos da América, França, Inglaterra e Rússia detêm esse domínio tecnológico. Com o PROSUB, o Brasil passará a integrar esse seleto grupo.
 
Fonte: NOMAR
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Argentina acusa Reino Unido de levar armas nucleares às Malvinas

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A Argentina acusou nesta segunda-feira o Reino Unido de transportar, em submarinos, armamento nuclear às Ilhas Malvinas e violar, assim, os tratados internacionais que estabelecem que esta zona deveria estar desnuclearizada.
 
"Nos encontramos em uma etapa precária de implementação do tratado de Tlatelolco, que proíbe completamente o armamento nuclear na América Latina e no Caribe. Esta precária implementação é desafiada pelo Reino Unido", manifestou o secretário de Relações Exteriores da Argentina perante a Conferência de Desarmamento da ONU, Eduardo Zuain.
 
Além disso, Zuain responsabilizou o Reino Unido de uma injustificada e desproporcional presença militar no Atlântico Sul, "que inclui deslocamentos de submarinos com capacidade de levar armamento nucleares na zona desnuclearizada".
 
O Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe - conhecido como Tratado de Tlatelolco - é um acordo internacional que estabelece a desnuclearização do território da América Latina e do Caribe e que entrou em vigência em 25 de abril de 1969.
 
"A República Argentina está especialmente preocupada pela possibilidade, confirmada pela primeira vez pelo Governo britânico em 2003, que este estado estivesse introduzindo armamento nuclear no Atlântico Sul", assinalou Zuain, que acrescentou que o Governo argentino lamenta profundamente que o Reino Unido tenha ignorado as denúncias formuladas sobre esta situação.
 
Além disso, Zuain criticou o fato de que as Malvinas esteja entre os territórios mais militarizados do mundo, com mais de 1,5 mil soldados britânicos e uma população civil de 3 mil. "Tal desdobramento inclui a presença de um poderoso grupo naval, aviões de combate de última geração, um importante centro de comando e controle, e uma base de inteligência eletrônica que permite 'monitorar' o tráfego aéreo e naval da região", acrescentou.
 
Zuain disse que a grande presença britânica em áreas disputadas do Atlântico Sul preocupa não somente a Argentina, "mas também os países da região e fora dela, como demonstram pronunciamentos da Cúpula Ibero-Americana, a União de Nações Americanas (Unasul), o Mercosul, o Grupo Rio e a Cúpula de Países da América do Sul e Países Árabes (ASPA)".
 
Argentina pediu à Conferência de Desarmamento, que começou nesta segunda em Genebra uma nova sessão e que se prolongará até o próximo dia 1 de março, que supere a estagnação à qual está submetida há 15 anos para que possam avançar em diferentes temas, entre eles, o reivindicado por Buenos Aires.
 
Fonte: EFE
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China lança primeira fragata Stealth

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A China lançou a primeira embarcação da nova classe de fragatas Stealth (que conseguem escapar à detecção eletrônica) equipadas com mísseis para substituir modelos mais antigos e aumentar a capacidade do país em realizar patrulhas e escoltar navios e submarinos em águas em disputa nos mares do Sul da China e da China Oriental.
A primeira embarcação do grupo foi entregue anteriormente à Marinha na segunda-feira em Xangai, que abriga um dos maiores complexos de estaleiros navais, de acordo com um agência de notícias Xinhua e o site da Marinha.
Recém-promovido comandante da Marinha, Wu Shengli participou da cerimônia de entrega da fragata, afirmou a Xinhua, uma indicação da importância dada a missão dos novos navios.
Os navios, que também conseguem transportar helicópteros, apresentam um design sofisticado para serem mais silenciosos e mais difíceis de serem detectar por radar. Além disso, as embarcações estão armadas com mísseis antinavio e explosivos antiaéreos. Eles também precisam de uma tripulação de apenas 60 pessoas, dois terços a menos que os navios mais antigos, uma grande vantagem que deve aumentar a eficiência e aliviar custos de treinamento e recrutamento.
Até agora, a Marinha permaneceu distante das ilha disputadas pela China com outros países, a fim de evitar novas tensões. No entanto, a China não esconde seu desejo de ampliar o alcance de sua capacidade naval. A Marinha tem recebido atenção considerável em modernização militar da China.
 
Fonte: Estadão
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Brasil e Namíbia querem expandir cooperação bilateral na área militar

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Os governos do Brasil e da Namíbia querem fortalecer suas relações em defesa, estendendo para as áreas do Exército e da Aeronáutica a bem-sucedida cooperação existente hoje entre as marinhas das duas nações. A intenção foi manifestada em comunicado conjunto divulgado durante a visita oficial de dois dias realizada esta semana pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, à cidade de Windhoek, capital do país africano.

Acompanhado de comitiva integrada por representantes de seu ministério e de empresários da indústria nacional de material militar, Amorim participou de reunião bilateral na sede do Ministério da Defesa namibiano. Durante o encontro, do qual participaram o ministro da defesa, Nahas Angula, e os principais chefes militares do país africano, foram discutidos vários temas relacionados à cooperação em defesa.

As delegações manifestaram a intenção de aumentar o número de exercícios militares, e também de ampliar os projetos conjuntos na área industrial, com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva e operacional dos dois países no setor de defesa.

Nahas Angula fez uma breve exposição sobre o cenário geopolítico africano, destacando as preocupações de seu país com o aumento da pirataria, do tráfico de drogas, da pesca ilegal e de outras atividades ilícitas nas águas do Oceano Atlântico que banham a costa da Namíbia e de outras nações africanas.

Em resposta, Celso Amorim afirmou que o Brasil compartilha das apreensões namibianas em relação ao aumento das atividades ilegais. Durante a conversa, ambos concordaram em ampliar o trabalho conjunto bilateral, e no âmbito de foros como a Zopacas, para manter o Atlântico Sul como zona de paz e livre de ameaças.

Agradecimento presidencial

Após reunir-se com seu contraparte namibiano, Amorim foi recebido no palácio do governo pelo presidente do país, Hifikepunye Pohamba. O ministro brasileiro entregou a Pohamba uma carta da presidenta Dilma Roussef. No documento, Dilma reitera a disposição do governo brasileiro de ampliar a cooperação com o país africano em setores diversos, entre os quais o de defesa.

Depois de ler com atenção a carta, Pohamba afirmou compartilhar com a presidenta brasileira as mesmas preocupações e visões sobre a situação da África, de outras regiões do mundo, e sobre as relações entre os países. Em seguida, dirigindo-se ao ministro Celso Amorim, fez um sincero agradecimento ao Brasil pelo apoio prestado pelo país na constituição da Marinha namibiana.

De fato, há quase duas décadas, a Marinha do Brasil tem mantido um forte programa de cooperação com a força naval da Namíbia, que inclui desde a formação de oficiais e praças militares em escolas brasileiras até a doação e venda de navios. Como consequência dessa relação, muitos oficiais namibianos falam português, e outros se encontram atualmente fazendo cursos em instituições de ensino da Marinha.

No âmbito da cooperação, o Brasil mantém uma missão com cerca de 40 militares da Marinha, sediados no porto de Walvis Bay. Em abril deste ano, o novo navio-patrulha oceânico que será incorporado à Força Naval brasileira, o Apa, visitará Walvis Bay, onde deverá participar de operações conjuntas no mar com os militares namibianos. O Apa é o segundo navio-patrulha oceânico dos três adquiridos junto à Inglaterra a ser incorporado à Marinha do Brasil.
 
Além de encontrar-se com o presidente da Namíbia, Celso Amorim manteve encontros de trabalho com outras autoridades do país, entre as quais o primeiro ministro, Hage Geingob. Oficiais-generais e superiores das Forças Armadas receberam grupo de empresários brasileiros numa reunião em que estes últimos puderam apresentar alguns de seus projetos e produtos.

Integrante da comitiva brasileira, o comandante do Exército, general Enzo Peri, foi recebido por seu contra parte namibiano. Durante a visita, a comitiva brasileira contou com apoio da embaixadora do Brasil no país, Ana Maria Sampaio Fernandes. Antes de passar pela Namíbia, a comitiva esteve em Angola, também em visita oficial.
 
Fonte: Ministério da Defesa
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Joint venture russo-indiana BrahMos completou 15 anos

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A joint venture russo-indiana BrahMos acaba de celebrar seu aniversário. Há 15 anos, a Rússia e Índia assinaram um acordo de desenvolvimento e produção mista de mísseis, dando início ao projeto de BrahMos.
 
Hoje, o BrahMos é um dos melhores projetos conjuntos da Rússia e da Índia. O míssil de cruzeiro BrahMos é amplamente conhecido por militares do mundo. Sua velocidade do voo ultrapassa em três vezes a velocidade do som. Já se planifica desenvolver mísseis supersônicos, cuja velocidade superará em mais de cinco vezes a velocidade do som.
 
O míssil é quase imperceptível para radares. Pesa três toneladas e voa numa altitude de 10 a 14 mil metros por uma trajetória mutável. O míssil é capaz de manobrar bruscamente, para subir e imediatamente descer, o que o torna dificilmente atingível. Nos mísseis é aplicado na prática o princípio "Dispare e Esqueça" (Fire and Forget), que permite alcançar alvos com precisão.
 
Os mísseis BrahMos são produzidos em diferentes modificações. Têm uma alta compatibilidade tecnológica para o baseamento marítimo, submarino, aéreo e costeiro. Diferem do seu antecessor russo, o míssil de cruzeiro Onix, que pode ser baseado só em navios e em terra, mas não pode ser utilizado na aviação. Os indianos conseguiram modificá-lo, projetando sua variante de míssil, que pode ser instalado também em aviões.
 
Deste modo, o BrahMos foi desenvolvido em resultado da conjugação multilateral de esforços de melhores especialistas da Rússia e da Índia, destaca o diretor do Centro da Análise de Estratégias e de Tecnologias, Ruslan Pukhov:
 
"Ganharam as duas partes. Ajudamos os indianos a desenvolver o míssil e eles nos ajudaram a aperfeiçoá-lo. Agora a Rússia irá comprar estes mísseis para suas necessidades".
 
Mísseis BrahMos começaram a entrar nas Forças Armadas da Índia ainda em 2005. O alcance de seu voo, que é limitado para não violar os acordos internacionais sobre a transferência das tecnologias de construção de mísseis, constitui 290 quilômetros. Mas o BrahMos é capaz de transportar uma ogiva de combate de até 300 kg, o que satisfaz a Índia.
 
Até hoje, já foram efetuados 32 testes de mísseis de baseamento marítimo e terrestre. Assim, em particular, sistemas de mísseis BrahMos são instalados em fragatas indianas Teg (Sabre), Tarkash (Aljava) e Trikand (Arco), construídas na Rússia para a Força Naval da Índia. Os mísseis de baseamento aéreo não foram ensaiados por enquanto. Mas em dezembro do ano passado, a BrahMos e Rosoboronservice assinaram um acordo de modernização de aviões SU-30MKI da Força Aérea da India com o fim de adaptá-los a mísseis de cruzeiro BrahMos. O comandante e chefe da Força Aérea da Índia, marechal Norman Anil Kumar Browne, declarou dia 19 de fevereiro nas solenidades dedicadas ao 15º aniversário da Jont Venture que o míssil de cruzeiro russo-indiano BrahMos será testado em caças SU-30MKI da Índia até o fim do ano em curso. Como ressaltou a alta patente, "se tal não acontecer, eu me despeço e vou para casa".
 
Fonte: Voz da Rússia
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Rússia regressa ao mar Mediterrâneo

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Rússia vai garantir sua presença permanente no mar Mediterrâneo. A força-tarefa naval russa irá ser implantada na região até 2015. Segundo informa o Estado-Maior, o esquadrão será formado por navios das frotas do mar Negro, mar do Norte e mar Báltico.
 
O novo grupo está sendo criado à imagem do Quinto esquadrão operacional da Marinha da URSS. Durante a Guerra Fria, era esse grupo que se ocupava de missões de combate na área do mar Mediterrâneo. Naquela época, o principal inimigo do esquadrão era a Sexta frota operacional da Marinha dos EUA. No entanto, um ano depois do colapso da União Soviética, em 31 de dezembro de 1992, o Quinto esquadrão foi dissolvido.
 
Mas o tempo tem mostrado: o passo foi prematuro. A região do Mediterrâneo continua, como antes, o centro de conflito de interesses dos principais poderes mundiais. Isso tem se manifestado especialmente verdadeiro nos últimos anos – os eventos da Primavera Árabe, a derrubada de Kadhafi na Líbia, a prolongada guerra civil na Síria. O chefe do Ministério da Defesa russo, durante sua visita à Frota do mar Negro em 20 de fevereiro, notou: na área do Mediterrâneo estão concentradas as ameaças mais significativas para os interesses nacionais da Rússia. Respectivamente, a Marinha da Rússia irá executar tarefas em todas as áreas dos oceanos mundiais.
 
A tarefa, obviamente, é séria. Há que criar um sistema de sustentação material e técnica do esquadrão. E hoje em dia, a única base – que é também a única instalação naval militar russa no exterior longínquo – é o porto sírio de Tartus. Além disso, é necessário, em dois ou três anos, atualizar os navios da Frota do mar Negro, nota o assessor do chefe do Estado-Maior russo, ex-comandante da Frota do mar Negro, almirante Igor Kasatonov:
 
"Naturalmente, são necessários grandes gastos, novos navios. O fato de que é geopoliticamente necessário ter um grupo assim é bom, isso é desejável. Mas o governo precisa se esforçar para criar um grupo assim, tendo como modelo o Quinto Esquadrão".
 
Deve notar-se que o governo russo vem prestando atenção ao problema da atualização da Frota do mar Negro já durante vários anos. Agora estão sendo construídos três submarinos diesel-elétricos, três fragatas. Tão pouco devem surgir dificuldades organizacionais: o teatro de ação foi minuciosamente estudados ainda nos tempos soviéticos. Quanto aos objetivos da criação de um tal grupo, eles são muito claros, diz o editor-chefe da revista Export Vooruzheny (Exportação de Armas) Andrei Frolov:
 
"Eu acho que, primeiro de tudo, é uma demonstração da bandeira, assim como algumas ambições russas, internacionalmente. A demonstração de que, passados 20 anos, a Rússia chegou ao que tinha a União Soviética. E, finalmente, a capacidade de responder mais rapidamente a certas cituações. Muitas vezes acontece que para navios pode levar 4-5 dias para saírem de Sevastopol e chegarem no lugar certo. E a situação pode se desenvolver muito mais rápidamente".
 
Segundo especialistas, dois ou três anos e um prazo bastante real para resolver o problema da renovação da frota. Enquanto isso, especialistas acreditam que os navios atuais serão capazes de cumprir a tarefa. O Estado-Maior informou que a interação dentro do futuro agrupamento mediterrânico já foi praticada durante exercícios recentes: manobras do esquadrão russo foram realizadas na região em janeiro.
 
Fonte: Voz da Rússia
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Bolsas na Europa têm forte queda diante das incertezas políticas na Itália

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O resultado das eleições parlamentares na Itália, nada conclusivo, acendeu a luz vermelha dos mercados na manhã desta terça-feira, 25. As bolsas na região têm forte queda diante do aumento das preocupações com a instabilidade da Itália.
As eleições parlamentares italianas não conduziram a nenhum vencedor claro, o que aumentou preocupações geopolíticas e pressionou o dólar e o euro para baixo.
Às 8h17, a Bolsa de Madri recuava 2,82%, a de Paris, 2,20%, a de Frankfurt,1,82% e a de Londres, 1,25%.
 
O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi afirmou que não vai se aliar ao primeiro-ministro interino, Mario Monti, para formar um novo governo, segundo reportagem do site MarketWatch, que citou relatos da imprensa.
A coalizão de centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani venceu a coalizão de centro-direita de Berlusconi na votação para a Câmara, mas não conseguiu uma maioria no Senado – o que significa que ainda não há um partido eleito para governar o país. O partido de Monti ficou ainda mais atrás no pleito, com cerca de 10% dos votos nas duas Casas.
 
Berlusconi também afirmou que levará algum tempo para que os partidos reflitam sobre o melhor caminho para o país, depois de as eleições gerais terminarem em impasse. Berlusconi acrescentou que não considera útil um rápido retorno às urnas.
“Nós todos precisamos refletir sobre o que podemos fazer que seja útil para a Itália”, disse Berlusconi em entrevista em um de seus canais de televisão. “Isso levará algum tempo.”

Europa observa com preocupação a incerteza das eleições na Itália

Os países europeus observam com preocupação a nova situação política na Itália, que, segundo os resultados das eleições realizadas ontem e no domingo, fica permeada por incerteza e ameaçada pela ingovernabilidade.

O resultado já teve um impacto negativo na abertura das bolsas de valores europeias nesta terça-feira. Iniciaram as negociações em queda os mercados de Milão (1,56%), Paris (3%), Frankfurt (2,08%) e Londres (0,44%).

A Bolsa de Tóquio fechou com perda de 2,26% e o euro também abriu em baixa, a US$ 1,3043, frente aos US$ 1,3196 da sessão anterior.

A incerteza é tal que na Alemanha já há meios da imprensa falando na possibilidade de novas eleições acontecerem, como é o caso da revista Der Spiegel, que afirma que o resultado do pleito torna o país "ingovernável".

A estabilidade do euro e a incidência dos resultados do pleito nas políticas de austeridade na Itália são motivo de grande preocupação em toda a zona do euro.

O jornal "Süddeutsche Zeitung" afirma que "o pleito italiano deu uma lição especial a todos os que participam da crise do euro: quem duvida perde; quem pechincha é castigado, panos quentes não valem".

Já o "Frankfurter Allgemeine" afirma que "poucas vezes se viu um país imerso em uma profunda crise dominado por tanto barulho espetacular", e assinala Grillo e Berlusconi como os responsáveis pela "ingovernabilidade do país".

"Metade dos italianos votou em candidatos que se apresentaram como antieuropeus de maneira agressiva. Isso, não só para a Itália, é um sinal de alarme", assinala o jornal.

No Reino Unido, a preocupação com o futuro econômico da eurozona aparece refletida no jornal "Financial Times", que ressalta que os italianos deram um "basta" às medidas de austeridade devido à queda dos salários e das pensões e ao forte aumento do desemprego.

O diário "The Guardian" diz que o ponto morto no qual se encontra a Itália faz os países da eurozona "tremerem" e gera a tensão pela possibilidade de o programa de austeridade do primeiro-ministro demissionário, Mario Monti, ficar "paralisado".

O "The Times" traz nesta terça-feira o título de "Temor para a eurozona", e acrescenta que o resultado do pleito "ameaça a estabilidade" na região.

Na França, o jornal "Libération" fala de "fratura à italiana: uma esquerda claramente vitoriosa na Câmara e sem maioria no Senado, e o país se encontra de novo em uma situação frágil e ingovernável".

O vespertino "Le Monde" indica que a Itália se encontra em um "beco sem saída" e ressalta que "o único vencedor verdadeiro é Beppe Grillo e seu Movimento 5 Estrelas", que soube usar como arma de sedução "o sofrimento, a rejeição à classe política, a cólera contra a austeridade e a desconfiança com relação à Europa".

Na Alemanha, alvo das críticas de Silvio Berlusconi durante a campanha eleitoral, são desancadas as figuras do político de centro-direita e também a do comediante Beppe Grilo.

O diário "Süddeutsche Zeitung" diz que "não entendemos a simples mensagem dos eleitores italianos nas urnas. Dois comediantes se apresentaram ao pleito e são premiados por seus gritos caluniosos: Silvio Berlusconi e Beppe Grillo".

Na mesma linha, o "Die Welt" afirma que "a Itália aposta no teatro de ilusões, e dá medo que esse comediante (Berlusconi) não tenha sido castigado pelo eleitorado" por suas promessas impossíveis de cumprir.

 Fonte: Estadão / EFE
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Amorim diz que Brasil retomará projeto de lançar satélites 'em breve'

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O ministro da Defesa, Celso Amorim, participou na manhã desta segunda-feira (25) da aula magna do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), evento de início de curso dos 124 aprovados no último vestibular realizado pela instituição, e disse que o Brasil retomará seu projeto de lançamentos de satélites e microssatélites em “muito breve”, segundo informa nota divulgada pela sua pasta.
 
“Projetamos a retomada dos voos do VLS (Veículo lançador de Satélite), já que neste ano terá seu primeiro ensaio elétrico”, disse Amorim. “Na sequência teremos o lançamento do VLM (Veículo Lançador de Microssatélite). Nesses e em outros programas que envolvem a cooperação junto a parceiros do mundo desenvolvido, o princípio do fortalecimento tecnológico da base industrial brasileira constitui uma referência permanente”, discursou, ainda segundo a nota do ministério.
 
Em agosto de 2003, aconteceu um incêndio na plataforma de lançamento da base de Alcântara, no Maranhão, e, em menos de dez segundos, a temperatura chegou a quase 3.500 ºC. O acidente matou 21 engenheiros e técnicos do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Isso atrasou em vários anos o programa, voltado a desenvolver tecnologia de construção de veículos espaciais complexos, como o VLS-1.
 
A previsão inicial era de que o programa do VLS-1 seria retomado em 2009, mas falta de recursos fizeram com que o programa de desenvolvimento do foguete de lançamento de satélites fosse adiado por vários anos. Antes do acidente, duas outras tentativas de lançar o VLS-1 de Alcântara fracassaram.
 
Fonte: G1
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A importância da presença na Antártica

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Um ano após o incêndio que consumiu 70% das suas instalações, a Estação Antártica Comandante Ferraz renasce em meio ao gelo. Com a paciência que o continente gelado exige e os R$ 40 milhões emergenciais liberados pelo governo federal logo depois do desastre, militares da Marinha do Brasil limpam a região e constroem os 39 módulos provisórios para abrigar os militares que passarão o inverno por lá, apoiando as pesquisas. Somente este ano são 20 projetos científicos.
 
Desde sua criação, em 1982, o Programa Antártico (Proantar) brasileiro nunca foi interrompido. Nem mesmo pelo fogo que atingiu 40% dos estudos em andamento. Graças ao esforço de cientistas e militares, que trocam o calorento verão brasileiro pelo verão antártico, quando a temperatura média de 0ºC permite o deslocamento pela região mais inóspita do planeta.
 
A Marinha conserva efetivo permanente no território do extremo sul da Terra há 31 anos. São 15 militares, que ficam por um ano na Estação Comandante Ferraz, dando todo o apoio logístico para pesquisas. Duas embarcações participam dos trabalhos no verão. Além de transportar víveres e pesquisadores, os navios funcionam como miniuniversidades. Juntos, eles têm sete laboratórios.
 
Por meio de reportagens, o Correio mostrou o esforço brasileiro para manter o Proantar. Um repórter do jornal passou quatro dias no Polo Sul, com os militares e cientistas do país. Há 31 anos com seu programa antártico, o Brasil tem motivos científicos, políticos e econômicos para investir tempo e dinheiro em território tão distante e hostil.
 
Manter estações e realizar pesquisa contínua em terras e águas austrais são exigências para garantir uma cadeira no grupo de 28 países com poder de voto no Tratado da Antártica. Entre as normas, o acordo internacional embarga até 2048 a exploração econômica na região. Quando for decidida a exploração mineral, o Brasil vai ter voz ativa.
 
O Proantar passa por reformulação científica, mais um movimento para aumentar a relevância do país entre os membros do tratado. A guinada passará por ampliar a cooperação com centros de excelência internacional e por expandir as pesquisas para outras regiões da Antártica. Uma das principais buscas é aprimorar as previsões meteorológicas, o que terá impacto direto na produtividade da agricultura, algo primordial em um país considerado celeiro, como o Brasil.
 
Os 14 milhões de quilômetros quadrados da Antártida — o equivalente a um Brasil e meio, mas que pode chegar a 32 milhões km² no inverno, com o congelamento dos mares —, conservam 90% do gelo e 80% da água doce do planeta. No continente também foram encontrados 176 tipos de minerais. Acredita-se que os recursos possam suprir a economia mundial por 200 anos.
 
No entanto, comparado a outros países, o investimento brasileiro na Antártida é pífio. Dono do programa mais ambicioso do planeta, os Estados Unidos aplicaram no ano passado US$ 76 milhões (R$ 149 milhões) só em pesquisas — sem contar a logística. No Brasil, o Ministério da Ciência e Tecnologia investiu R$ 144,8 milhões em 12 anos. Só em 2012, a Índia aplicou R$ 13,7 milhões; a China, R$ 19,6 milhões. Considerado o potencial da região, a conclusão é uma só: nenhum país está lá por acaso.
 
Fonte: Correio Braziliense
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