domingo, 6 de outubro de 2024

EUA Aprova Venda de Mísseis Stinger ao Egito por 740 Milhões de Dólares

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O Departamento de Estado dos EUA anunciou a aprovação da venda de 720 mísseis terra-ar Stinger ao Egito, totalizando um valor de 740 milhões de dólares. Esta aquisição, comunicada pela Agência de Cooperação para a Segurança da Defesa (DSCA), destina-se a equipar os sistemas de defesa aérea Avenger existentes no país, incluindo 20 munições para testes de voo.

Além dos mísseis, o pacote de venda abrange peças sobressalentes, equipamentos de reparo, ferramentas de teste, serviços de suporte técnico e logístico, e outros elementos essenciais para o sucesso do programa de defesa aérea do Egito.

A DSCA afirmou que esta venda ampliará significativamente a capacidade de defesa do Egito, permitindo que o país enfrente ameaças tanto atuais quanto futuras. “O investimento contínuo do Egito em capacidades de defesa é vital para proteger suas fronteiras, infraestrutura de transporte e cidadãos”, declarou a agência. Além disso, a venda busca aprimorar a interoperabilidade entre os sistemas de defesa do Egito e os das forças dos EUA e outros parceiros de segurança na região.

Os mísseis Stinger são sistemas portáteis de defesa aérea, amplamente utilizados em várias nações da OTAN. Com um alcance máximo de 8 quilômetros e capacidade de atingir alvos a uma altitude de 3,5 quilômetros, os mísseis Stinger são uma solução eficaz para operações de defesa aérea de curto alcance, pesando apenas 12,7 kg e guiados por infravermelho.

Com esta nova aquisição, o Egito fortalece suas defesas aéreas, refletindo um compromisso contínuo com a segurança regional e a proteção de suas infraestruturas.


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com DSCA


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Indonésia Recebe Novo Lote de Oito KAPLAN MT

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Como parte de seu programa de modernização do Exército da Indonésia, a PT Pindad anunciou a entrega de um novo lote de veículos blindados, incluindo oito carros de combate médios KAPLAN MT. Essa entrega representa um importante avanço na modernização das forças armadas indonésias, fortalecendo sua capacidade de defesa e mobilidade.

Além dos oito KAPLAN MT, a remessa inclui 250 veículos Maung MV3 4x4, 23 Veículos Blindados de Transporte de Pessoal (VBTP) Pandur 8x8, nove VBTP Anoa 6x6 e seis VBTP Komodo 4x4. Os VBTPs Anoa e Komodo são produtos de origem indonésia, demonstrando a crescente capacidade da indústria de defesa local.

O KAPLAN MT foi desenvolvido em uma colaboração entre a empresa turca FNSS e a PT Pindad, com o objetivo de atender à demanda da Indonésia por um veículo de apoio de fogo que combina mobilidade e um nível de proteção intermediário entre os carros de combate pesados e os veículos blindados leves. Este carro de combate é equipado com uma torre Cockerill 3105, que abriga um canhão raiado de 105 mm, além de um carregador automático e sistemas eletro-ópticos tanto para o artilheiro quanto para o comandante.

A blindagem básica do KAPLAN MT é projetada para resistir a projéteis perfurantes (AP) de 14,5x114 mm, podendo ser aprimorada para oferecer proteção contra projéteis APDS-T de 25x137 mm mediante a adição de blindagem extra. Essa versatilidade torna o KAPLAN MT uma opção valiosa para as necessidades operacionais da Indonésia, permitindo que suas forças armadas enfrentem uma variedade de ameaças.

Além disso, a FNSS integrou ao KAPLAN MT o sistema de proteção ativa PULAT, que aumenta ainda mais a capacidade de sobrevivência do veículo contra mísseis guiados antitanque (ATGM) e RPG. Essa tecnologia de proteção ativa é essencial para aumentar a eficácia dos veículos em cenários de combate modernos, onde a ameaça de armamentos de longo alcance é cada vez mais prevalente.

Com essa nova entrega, a Indonésia dá mais um passo em direção à modernização de suas forças armadas, garantindo que esteja melhor preparada para os desafios de segurança regional e global. O fortalecimento da indústria de defesa local, aliado a parcerias estratégicas com empresas internacionais, mostra o comprometimento do país em desenvolver uma capacidade militar robusta e autossuficiente.

O KAPLAN MT se apresenta como uma opção interessante para o Exército Brasileiro e o Corpo de Fuzileiros Navais, oferecendo um carro de combate capaz de prover apoio de fogo, combinando mobilidade, proteção e versatilidade. Com seu armamento de 105 mm e sistema de proteção ativa, o KAPLAN MT é ideal para enfrentar as diversas ameaças em terrenos variados, atendendo às necessidades operacionais das forças armadas brasileiras em um contexto de defesa moderna. A colaboração entre a indústria indonésia e turca também destaca o potencial para parcerias estratégicas e desenvolvimento tecnológico, o que pode resultar em parcerias com a indústria de defesa brasileira, caso haja real interesse nesta solução.


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com FNSS

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Uralvagonzavod Recebe Leopard 2A6 Capturado na Ucrânia

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O maior fabricante de carros de combate da Rússia, a Uralvagonzavod, anunciou a chegada de um exemplar do alemão Leopard 2A6, capturado na Ucrânia, aos seus laboratórios de pesquisa. A movimentação do carro de combate foi amplamente divulgada pela mídia russa, que veiculou um vídeo mostrando o momento em que o veículo foi transportado para a fábrica.

De acordo com a assessoria de imprensa da Uralvagonzavod, o Leopard 2, na versão 2A6, foi apreendido como um troféu em uma das áreas mais intensamente disputadas da frente ucraniana. O carro de combate, em boas condições técnicas, foi abandonado pela tripulação ucraniana devido a uma avaria, sem apresentar danos significativos em decorrência do combate.

Embora a data exata de chegada do Leopard 2A6 à fábrica não tenha sido divulgada, o vídeo foi publicado em 30 de setembro na conta oficial do Telegram da Uralvagonzavod. O Leopard 2A6 foi transportado à noite, coberto por uma lona, em uma carreta, com um guindaste aguardando na fábrica para descarregá-lo.

Em comunicado, a Uralvagonzavod informou que “o veículo inimigo está atualmente em elevadores”, e que especialistas da fábrica iniciaram a dissecação dos componentes e sistemas do Leopard 2. Após uma análise minuciosa, será realizada uma avaliação do nível técnico-militar do veículo capturado.

A captura do Leopard 2 ocorre em um contexto em que aproximadamente 200 desses carros de combate foram entregues à Ucrânia por vários países, incluindo Alemanha, Polônia, Noruega e Canadá. Dos Leopard fornecidos, 50 são da versão 2A6 da Alemanha, com outros 14 da Polônia e 8 da Noruega. Além disso, espera-se que outros 80 Leopard sejam entregues até o final de 2024.

Relatórios recentes indicam que cerca de 30 Leopard 2 foram destruídos ou danificados em combate, enquanto 15 foram capturados pelas forças russas. Outros 10 foram recuperados pelas forças ucranianas durante suas contra-ofensivas.

A análise do Leopard 2 permitirá que os técnicos russos estudem soluções tecnológicas e inovações empregadas na sua construção. Inicialmente, a atenção estará voltada para a blindagem do carro de combate, que combina materiais compósitos e cerâmicos, projetados para oferecer alta proteção contra armas antitanque. O aprimoramento dessas informações é considerado crucial para o fortalecimento da resistência dos carros de combate russos.

Além da blindagem, os engenheiros da Uralvagonzavod também focarão no armamento e nos sistemas eletrônicos do Leopard 2, como o canhão de alma lisa de 120 mm e os sistemas automáticos de controle de tiro. O exame dos sistemas de vigilância optoeletrônicos, essenciais para a precisão em combate, também serão parte da análise.

As informações obtidas sobre sensores e algoritmos de software do Leopard 2 poderão oferecer uma vantagem estratégica, permitindo aos militares russos melhorar a coordenação de suas operações e adaptar suas táticas e tecnologia à realidade do campo de batalha. 

Desenvolvido pela empresa alemã Krauss-Maffei, o Leopard 2 é um dos principais modelos em operação no mundo, com dimensões de 9,67 metros de comprimento, 3,75 metros de largura e 3 metros de altura, pesando entre 55 e 65 toneladas, dependendo da versão e configuração. A captura e análise deste carro de combate representa um marco na contínua evolução e adaptação das capacidades militares russas em resposta aos desafios enfrentados no atual conflito com a vizinha Ucrânia.


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Radar Giraffe 1X da Saab e Sistema C2 Sobressaem no Exercício TIE 2024 da OTAN

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O radar Giraffe 1X da Saab e seu sistema de comando e controle (C2) tiveram um desempenho notável no exercício OTAN TIE 2024, realizado na Holanda, consolidando seu papel como soluções essenciais na defesa contra veículos aéreos não tripulados (UAVs). O evento, que durou mais de duas semanas, reuniu empresas de defesa e aliados da OTAN para testar uma gama de sensores e sistemas de defesa avançados.

O Exercício Tático Integrado (TIE 2024) focou no combate à crescente ameaça representada por UAVs, integrando diversas tecnologias de sensores, câmeras e bloqueadores. O Giraffe 1X da Saab desempenhou um papel crucial no rastreamento e neutralização de drones, contribuindo para o sucesso do exercício. Operando em conjunto com outros detectores e sistemas cibernéticos, o Giraffe 1X se destacou ao oferecer uma rápida percepção da situação aérea, especialmente na detecção de alvos "Low, Slow, and Small" (LSS), como drones de pequeno porte.

O sistema Giraffe 1X, com menos de 150 kg, se mostrou ideal para operações dinâmicas, podendo ser implantado em veículos móveis, estruturas fixas ou até transportado por helicópteros. Sua versatilidade permite que ele execute múltiplas funções, como aquisição de alvos para defesa aérea, alerta contra artilharia e detecção de drones, fornecendo vigilância precisa e alerta precoce em ambientes de campo de batalha.

Além disso, o radar se destacou por sua capacidade de minimizar alarmes falsos, distinguindo UAVs de objetos como pássaros, o que é vital em ambientes de alta movimentação. A Saab, com sua participação no TIE 2024, demonstrou o alto nível de interoperabilidade entre seus sistemas e os aliados da OTAN, reforçando a defesa coletiva contra ameaças modernas.


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França Participa com Submarino Nuclear em Exercícios Navais com Marrocos pela Primeira Vez

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A França está enviando, pela primeira vez, um submarino de ataque movido a energia nuclear para participar de exercícios navais conjuntos com o Marrocos. Este submarino será utilizado na 30ª edição do exercício naval Chibek, que visa fortalecer a cooperação militar entre os dois países e aprimorar a capacidade de defesa marítima. O evento, que ocorrerá de 7 a 13 de outubro, terá sua primeira fase em Casablanca e, posteriormente, se deslocará para o Mar de Alborão, ao longo da costa mediterrânea marroquina.

A participação do submarino nuclear francês nas manobras é um marco importante, pois proporcionará às Forças Navais Marroquinas treinamento avançado em guerra anti-submarina. Além disso, este exercício acontece em um contexto de negociações entre Marrocos e França sobre a possível aquisição de submarinos modernos pela Marinha Real Marroquina. A França, através do Grupo Naval, e a empresa alemã Thyssenkrupp Marine Systems (TKMS) estão entre as principais candidatas para fornecer os primeiros submarinos de combate ao Marrocos.

Com a inclusão de submarinos de ataque movidos a energia nuclear, Marrocos pode modernizar significativamente suas capacidades navais. Esses submarinos possuem vantagens como a capacidade de permanecer submersos por longos períodos, maior velocidade em relação aos modelos convencionais, armamento avançado e sistemas de coleta de informações de última geração, tornando-os uma poderosa ferramenta de combate e dissuasão.

O exercício Chibek, realizado anualmente, reforça as parcerias militares e a troca de experiências entre as forças navais da França e Marrocos, e sua 30ª edição marca um avanço nas relações de defesa entre as duas nações.


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OTAN: Integração da Suécia e Finlândia Fortalecem Defesa Europeia

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Em 3 de outubro de 2024, o Comando Europeu dos EUA (EUCOM) sediou discussões estratégicas com a Suécia e a Finlândia, reafirmando seus papéis como os mais novos membros da OTAN. As conversas, lideradas pelo Major-General Russell Driggers (EUCOM), Major-General Sami Nurmi (Finlândia) e Major-General Johan Pekkari (Suécia), concentraram-se na integração contínua das duas nações nórdicas à estrutura de defesa da Aliança Atlântica.

Com a Finlândia aderindo à OTAN em 2023 e a Suécia em 2024, ambas as nações rapidamente assumiram papéis cruciais na segurança regional. Suas localizações estratégicas no Norte da Europa, combinadas com a cooperação militar de longa data com os EUA e outros aliados, ampliaram significativamente as capacidades da OTAN em áreas como operações terrestres, aéreas, marítimas e cibernéticas.

O Major-General Driggers destacou a importância dessa parceria: "A colaboração militar entre nossos países não só fortalece a segurança regional, mas também reflete nosso compromisso compartilhado com a defesa coletiva e os valores democráticos".

A integração da Suécia e Finlândia à OTAN vem em um momento de crescente instabilidade global. Ao unirem forças com a Aliança, ambas as nações reforçam a capacidade da OTAN de mobilizar suas tropas e defender o flanco norte da Europa, uma região crítica para a segurança euro-atlântica.

Durante as reuniões, o Major-General Pekkari da Suécia e o Major-General Nurmi da Finlândia destacaram a importância de suas respectivas adesões à OTAN para a manutenção da estabilidade europeia. "Nossa colaboração é fundamental para garantir a segurança coletiva da região", afirmou Pekkari. Nurmi acrescentou: "A integração à OTAN nos equipa para enfrentar ameaças emergentes e reforça nossa posição na defesa coletiva da Europa".

A participação ativa da Suécia e da Finlândia em exercícios da OTAN, como o "Steadfast Defender 24", exemplifica essa nova fase de cooperação militar, onde ambas as nações contribuem diretamente para a prontidão e capacidade de resposta rápida da Aliança.


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com EUCOM

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Drones "Dragon" São a Nova Ameaça aos Blindados Russos

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Recentemente, a guerra na Ucrânia ganhou uma nova dimensão com o emprego de drones "Dragons", uma inovação que tem causado estragos aos meios russos e espalhado o medo. Especialistas ocidentais estão avaliando a eficácia dessas aeronaves não tripuladas (VANTs) após um vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia mostrar um drone Dragon destruindo um carro de combate russo com uma mistura incendiária conhecida como termite.

De acordo com a Forbes, apesar dos avanços, não se deve esperar um aumento significativo no número de ataques de drones a blindados russos, uma vez que muitas vezes esses dispositivos têm se mostrado imprecisos. No entanto, o aprendizado rápido dos operadores de drones pode mudar essa realidade, permitindo que eles atinjam carros de combate mesmo em movimento. A 30ª Brigada Mecanizada do exército ucraniano, por exemplo, imobilizou um blindado russo antes de atacá-lo, demonstrando uma tática que pode se tornar comum no futuro.

Os drones "Dragons", que têm sido usados em uma variedade de missões, não são apenas uma arma contra veículos. Os pequenos VANTs têm se mostrado eficazes em atacar bunkers, trincheiras e posições de tropas russas. Eles transportam uma mistura incandescente de pó de alumínio e óxido de ferro, chamada termite, que queima a temperaturas que podem chegar a 2.000 graus Celsius. Essa arma tem se comparado ao "fogo grego" da Idade Média, sendo capaz de incinerar alvos e causar destruição em massa.

Analisando a situação, um analista estoniano comentou que a destruição do blindado russo representa um marco na utilização de drones em combates. “Este é provavelmente o primeiro caso documentado de um drone Dragon atingindo veículos blindados russos”, afirmou. 

A utilização dessas aeronaves está mudando a dinâmica da guerra, não apenas pela destruição física que podem causar, mas também pelo impacto psicológico que têm sobre as tropas russas. Segundo a Forbes, o efeito dos drones é mais psicológico, impactando significativamente o moral das tropas do que provocando danos reais.

O sucesso das operações com os drones "Dragons" representa uma inovação aterrorizante no campo de batalha, e a contínua adaptação das táticas ucranianas sugere que os drones poderão se tornar uma ferramenta ainda mais eficaz contra o equipamento pesado russo nos dias que estão por vir.


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com Forbes

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Exército resgata 23 pessoas após naufrágio no Rio Javari

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Neste domingo, 6 de outubro de 2024, militares do 4º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), subordinado ao Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva, realizaram o resgate de 23 pessoas vítimas de um naufrágio na Comunidade de Palinares, no rio Javari. O grupo estava a caminho da localidade de Estirão do Equador, onde exerceria o direito ao voto.

O incidente ocorreu durante a madrugada, e a resposta rápida dos militares foi essencial para salvar os ocupantes da embarcação. As tropas utilizaram as embarcações do 4º PEF para conduzir os náufragos com segurança até a base do Pelotão, onde receberam cuidados médicos da equipe de saúde militar antes de retornarem para suas casas.

Essa ação demonstra a prontidão e a importância estratégica da presença militar na região do Vale do Javari, reforçando o compromisso do Estado em garantir a segurança e soberania nacional, além de auxiliar em missões de resgate e apoio humanitário. O 4º Pelotão também desempenha papel vital no combate aos ilícitos transfronteiriços e na preservação ambiental, operando em uma das áreas mais remotas da Amazônia Ocidental.


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com Exército Brasileiro

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Primeira aeronave com repatriados decola do Líbano em missão de resgate

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No último sábado (5), a Força Aérea Brasileira (FAB) deu mais um passo crucial na Operação "Raízes do Cedro", ao decolar de Beirute, no Líbano, com 229 repatriados a bordo de um KC-30. A aeronave, que também transporta três pets, marca o início do retorno de brasileiros que enfrentaram dias de incerteza e temor em meio ao crescente conflito entre Israel e Líbano.

A operação, fruto de uma ação interministerial coordenada pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa, tem como objetivo garantir a segurança dos cidadãos brasileiros que desejam deixar a região em meio à escalada das tensões. No Aeroporto Internacional de Beirute, o alívio e a emoção dominaram o ambiente, com repatriados se abraçando e compartilhando momentos de esperança. "Essa viagem não é apenas física, mas também simbólica, representando um recomeço em tempos difíceis", afirmou uma das passageiras.

A missão foi conduzida pelo Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2°/2° GT), o Esquadrão Corsário, liderado pelo Tenente-Coronel Marcos Fassarella Olivieri. "É um orgulho participar de uma missão tão importante, retirando nossos compatriotas de uma zona de guerra e garantindo que voltem em segurança. Faremos isso quantas vezes forem necessárias", destacou o comandante.

Esquadrão Corsário comemora 56 anos

Coincidentemente, o Esquadrão Corsário celebrou seu 56º aniversário neste mesmo dia. Tradicionalmente, a data é marcada por cerimônias militares que reúnem ex-integrantes e atuais membros da unidade. No entanto, devido à missão de repatriação, a celebração não pôde ser realizada neste ano, reforçando o comprometimento do Esquadrão com suas missões prioritárias.

Criado em 1968, o Esquadrão Corsário tem um histórico de protagonismo em operações militares e humanitárias. Além da atual Operação "Raízes do Cedro", participou de outras missões relevantes, como a Operação Líbano em 2013 e a Operação Voltando em Paz em 2023. A unidade também opera as aeronaves KC-30, adquiridas em 2022 e utilizadas em missões variadas, como o transporte de tropas, ajuda humanitária, repatriação de refugiados e o transporte de autoridades governamentais.

A Operação "Raízes do Cedro" destaca o empenho do Brasil em garantir a segurança de seus cidadãos em meio a crises internacionais, reafirmando o papel da FAB como uma das instituições fundamentais na proteção e resgate de brasileiros ao redor do mundo.


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com FAB

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Conquista de Fornaci pela FEB completa 80 anos

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Em 6 de outubro de 1944, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) alcançou uma das suas vitórias mais significativas na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial: a conquista de Fornaci. Agora, 80 anos depois, o feito heroico continua a ser lembrado como um marco da bravura e eficiência das tropas brasileiras.

A ofensiva foi conduzida pelas tropas do 6º Regimento de Infantaria da FEB, que, após dois dias de intensos combates, conseguiu tomar a localidade italiana de Fornaci. A vitória garantiu o controle da estratégica transversal rodoviária Fabbriche – Corelglia Antelminelli, rota fundamental para o apoio logístico das tropas aliadas.

Além do valor estratégico da posição, a região abrigava uma fábrica de munições de grande importância para os alemães. Surpreendidos pela ação decisiva dos pracinhas brasileiros, as forças nazistas se retiraram sem conseguir destruir a instalação, o que permitiu sua utilização pelos Aliados. Contudo, na madrugada seguinte, os alemães tentaram retornar para destruir a fábrica, mas foram repelidos pelo preciso fogo de artilharia do II Grupo do 1º Regimento de Obuses Auto-Rebocado — atualmente conhecido como 21º Grupo de Artilharia de Campanha, sediado em Niterói (RJ).

A ocupação de Fornaci foi apenas o início de uma série de avanços das tropas brasileiras. No dia 7 de outubro de 1944, apenas um dia após a vitória em Fornaci, os pracinhas seguiram em seu avanço e libertaram as localidades de Gallicano, Fabricche e Cardoso, demonstrando a eficácia e determinação da FEB na Campanha da Itália.

O papel da Força Expedicionária Brasileira nas operações aliadas na Europa é lembrado como uma das contribuições mais significativas do Brasil à luta pela liberdade durante a Segunda Guerra Mundial. A conquista de Fornaci é um símbolo da coragem e do sacrifício dos mais de 25 mil soldados brasileiros que lutaram longe de sua terra natal em prol da paz mundial.

História e heroísmo

O 80º aniversário da conquista de Fornaci é uma oportunidade para homenagear os pracinhas que arriscaram suas vidas nos campos de batalha da Europa. A vitória em Fornaci, junto com as outras ações da FEB na Itália, marcou um capítulo de glória na história militar do Brasil e reforça a importância de se preservar a memória desse período, que demonstra o valor da defesa da liberdade e da democracia.


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Com Exército Brasileiro

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A Secretária de Produtos de Defesa (SEPROD): Estrutura, Atribuições e Importância para a Indústria de Defesa Brasileira

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A Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD) foi criada pelo Decreto nº 7.364, de 23 de novembro de 2010, como parte da Estratégia Nacional de Defesa de 2008, que tinha como objetivo reorganizar a Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil. O propósito da SEPROD é garantir que as Forças Armadas brasileiras tenham acesso a equipamentos e tecnologias de defesa que estejam sob domínio nacional, assegurando, assim, a autonomia e a soberania do país na área de defesa. 


A SEPROD é composta por vários departamentos, cada um com atribuições específicas que visam o desenvolvimento, a regulamentação e a promoção da indústria de defesa. Abaixo, detalharemos as funções dos principais departamentos da SEPROD:

Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (DECTI)

O DECTI é responsável por coordenar atividades relacionadas ao desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas de interesse da defesa. Entre suas atribuições, destacam-se:

- Gestão de Conhecimento: O DECTI implementa uma gestão contínua do conhecimento, promovendo pesquisas e inovações que possam ser aplicadas em produtos e serviços de defesa. Isso inclui a atuação em tecnologias sensíveis e na indústria básica.

- Fomento à Inovação: O departamento apoia o desenvolvimento de novas tecnologias em projetos estratégicos para a defesa, buscando parcerias com instituições de pesquisa e universidades.

- Políticas e Programas: O DECTI também contribui para a formulação de políticas e programas que estimulem a inovação no setor de defesa, buscando alinhar as demandas das Forças Armadas com as capacidades da indústria nacional.

Departamento de Produtos de Defesa (DEPROD)

O DEPROD desempenha um papel crucial na regulação da indústria de defesa. Suas principais funções incluem:

- Classificação de Produtos: O departamento estabelece normas e regulamentos para a classificação de Produtos de Defesa (PRODE) e Produtos Estratégicos de Defesa (PED), garantindo que esses produtos atendam aos requisitos técnicos e de segurança.

- Credenciamento de Empresas: O DEPROD gerencia o credenciamento de Empresas de Defesa (ED) e Empresas Estratégicas de Defesa (EED), assegurando que somente aquelas que atendem a critérios rigorosos possam atuar nesse setor sensível.

- Compensações Tecnológicas: O acompanhamento das compensações tecnológicas, industriais e comerciais (offset) é uma atribuição importante do DEPROD, que visa assegurar que os benefícios das transações comerciais sejam revertidos em favor da BID.

Departamento de Promoção Comercial (DEPCOM)

O DEPCOM tem a missão de promover os produtos e serviços da indústria de defesa brasileira no mercado internacional. Suas atribuições incluem:

- Missões Comerciais: O departamento planeja e coordena missões empresariais brasileiras, participando de feiras e eventos de promoção comercial de produtos de defesa, tanto no Brasil quanto no exterior.

- Análise e Autorização de Exportações: O DEPCOM é responsável pela análise e autorização das exportações de PRODE e PED, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, garantindo que as exportações estejam em conformidade com as normas nacionais e internacionais.

- Diálogo com o Setor Privado: O departamento também atua na promoção de diálogos e parcerias entre o setor público e privado, facilitando a inserção da indústria de defesa brasileira no mercado global.

Departamento de Financiamentos e Economia de Defesa (DEPFIN)

O DEPFIN é voltado para as questões econômicas que impactam a BID. Entre suas funções, estão:

- Melhorias em Financiamentos: O departamento busca propostas para melhorias nos processos de financiamento e garantias, criando condições que favoreçam o desenvolvimento da indústria de defesa.

- Estudos Econômicos: O DEPFIN realiza estudos sobre a economia do setor de defesa, analisando o impacto das políticas públicas sobre os investimentos em programas estratégicos.

- Proposição de Incentivos: O departamento também tem a responsabilidade de propor incentivos econômicos que fomentem a competitividade e a sustentabilidade da BID, buscando maximizar a participação do capital nacional e internacional.

Estrutura da SEPROD

A SEPROD possui uma estrutura organizada que permite o cumprimento eficiente de suas atribuições. Além dos quatro departamentos principais mencionados, existem divisões específicas dentro de cada departamento que tratam de questões mais especializadas, como controle de importação e exportação, inteligência comercial e economia de defesa.

Com um quadro de profissionais capacitados e uma organização estruturada, a SEPROD se estabelece como um pilar fundamental para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa no Brasil. Seu papel é crucial para garantir que as Forças Armadas tenham acesso a equipamentos de alta qualidade, além de estimular a inovação e a competitividade no setor de defesa, promovendo o desenvolvimento de uma indústria autônoma e sustentável.


Por Angelo Nicolaci 

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Conheça a Indústria de Defesa no Brasil: Estruturas, Desafios e Mitos

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A Base Industrial de Defesa (BID) é um pilar fundamental da soberania nacional, envolvendo a produção e desenvolvimento de equipamentos e tecnologias essenciais para a segurança do Brasil. Nossa indústria de defesa é regulamentada por um conjunto robusto de leis e normas que visam proteger os interesses estratégicos do Estado, a integridade de suas tecnologias e garantir a participação de empresas nacionais na BID. Neste contexto, abordaremos as características das Empresas Estratégicas de Defesa (EED), a participação estrangeira na indústria, a propriedade de tecnologias, e desmistificaremos alguns mitos associados ao setor.

Empresas Estratégicas de Defesa (EED)

As Empresas Estratégicas de Defesa são definidas pela Lei nº 12.598, de 18 de março de 2012, que cria o Sistema de Gerenciamento da Tecnologia da Informação e Comunicação (GTIC) e estabelece os princípios para a atuação de empresas que operam no setor de defesa. De acordo com esta legislação, as EEDs têm o compromisso de atender às necessidades das Forças Armadas e outras instituições de segurança pública, garantindo a autonomia do país em relação a suprimentos e tecnologias críticas.

Um aspecto fundamental da legislação é a exigência de que as EEDs tenham participação majoritária brasileira. Essa diretriz é crucial para assegurar que o controle das tecnologias e processos estratégicos permaneça sob a tutela de interesses nacionais, evitando a transferência irrestrita de conhecimento e recursos para o exterior. Essa condição é expressa no artigo 6º da Lei nº 12.598, que estabelece que as EEDs devem estar sob controle de uma pessoa jurídica com sede no Brasil, e que a maioria das ações com direito a voto deve pertencer a brasileiros ou a empresas brasileiras.


Participação Estrangeira na Indústria de Defesa

A participação de empresas estrangeiras na base industrial de defesa brasileira é regulada principalmente pela Lei nº 12.462, de 4 de agosto de 2011. Esta legislação estabelece normas gerais para licitações e contratos administrativos e inclui disposições específicas para o setor de defesa. A participação estrangeira em projetos de defesa requer a observância de certos critérios, que incluem a comprovação de que a presença estrangeira trará benefícios diretos ao Brasil, como a transferência de tecnologia, a geração de empregos e a capacitação técnica.

Além disso, a Resolução nº 1, de 24 de janeiro de 2013, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), determina que as empresas estrangeiras que desejam participar da BID devem demonstrar sua disposição em colaborar com o desenvolvimento tecnológico local. Isso pode incluir o fornecimento de conhecimento técnico, a realização de treinamentos e a criação de joint ventures com empresas brasileiras.


Propriedade de Tecnologias e Mitigação de Riscos

Um dos mitos comuns é que a aquisição de empresas estratégicas, como a Avibras, por investidores estrangeiros resultará na perda de tecnologias críticas para o Brasil. No entanto, essa ideia é um equívoco. O Decreto nº 9.073, de 5 de julho de 2017, estabelece que a transferência de tecnologia para o exterior deve ser autorizada pelo governo brasileiro e que deve ocorrer em condições que não comprometam a segurança nacional.

Ademais, a Lei nº 12.683, de 9 de julho de 2012, impõe a obrigação de que as empresas que desenvolvem produtos para a defesa mantenham seus conhecimentos e tecnologias no Brasil, mesmo em caso de venda ou fusão. Esta lei reforça a ideia de que as tecnologias estratégicas devem permanecer sob controle nacional, independentemente da estrutura acionária das empresas envolvidas.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) também desempenha um papel importante na regulamentação da transferência de tecnologia. A ABDI, em parceria com o Ministério da Defesa e outras instituições, promove políticas que incentivam a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico no Brasil, assegurando que as tecnologias adquiridas por meio de parcerias internacionais beneficiem a indústria local.

A Importância da Autonomia Tecnológica

A autonomia tecnológica é um conceito central na regulamentação da indústria de defesa no Brasil. A Estratégia Nacional de Defesa (END) estabelece diretrizes que visam garantir que o Brasil possa desenvolver e manter suas capacidades tecnológicas sem depender excessivamente de fornecedores estrangeiros. Essa estratégia busca minimizar riscos associados à segurança nacional, promovendo a pesquisa e o desenvolvimento de soluções inovadoras dentro do país.

O governo brasileiro tem investido em programas de pesquisa e desenvolvimento que envolvem universidades, institutos de pesquisa e a iniciativa privada. O objetivo é criar um ambiente propício para a inovação e a capacitação técnica, assegurando que o país possa atender suas necessidades de defesa de forma autônoma. A atuação integrada entre governo, academia e setor privado é fundamental para fortalecer a base industrial de defesa e impulsionar a competitividade do Brasil no cenário internacional.

Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar das regulamentações existentes, a indústria de defesa brasileira ainda enfrenta desafios significativos. A necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a falta de incentivos fiscais e a burocracia são obstáculos que podem limitar o crescimento do setor. Além disso, a crescente concorrência internacional e a evolução das tecnologias de defesa exigem que o Brasil esteja preparado para se adaptar e inovar.

O investimento contínuo e a previsão orçamentária estável para as Forças Armadas são fatores cruciais para o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID) no Brasil. Um orçamento de defesa bem estruturado e previsível não apenas garante a modernização e a capacidade operacional das tropas, mas também cria um ambiente favorável para que empresas nacionais invistam em pesquisa e desenvolvimento. Essa segurança financeira permite que a indústria de defesa inove e produza equipamentos e tecnologias de ponta, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros e promovendo a autossuficiência. Além disso, um compromisso sólido com o orçamento de defesa impulsiona a geração de empregos e a capacitação técnica, fortalecendo a economia e contribuindo para a soberania nacional. No entanto, esse é um desafio que requer planejamento estratégico e compromisso a longo prazo, pois a constante evolução das ameaças e das tecnologias demanda investimentos contínuos e adaptativos. Portanto, a continuidade dos investimentos em defesa é não apenas uma questão de segurança, mas uma estratégia fundamental para o crescimento sustentável da indústria de defesa nacional.

O fortalecimento da BID também requer um diálogo contínuo entre o governo, as empresas e a sociedade civil. A transparência nas relações e a promoção de um ambiente de negócios favorável são essenciais para garantir a sustentabilidade e a competitividade da indústria de defesa.

A regulamentação da indústria de defesa no Brasil é complexa e tem como objetivo proteger a soberania nacional, a integridade das tecnologias estratégicas e promover a participação de empresas brasileiras. As exigências de controle nacional e a limitação da transferência de tecnologia para o exterior são fundamentais para garantir que o Brasil desenvolva sua capacidade de defesa de forma autônoma e sustentável.

É crucial desmistificar mitos associados à participação estrangeira e à aquisição de empresas de defesa, enfatizando a importância de manter as tecnologias críticas sob controle nacional. A construção de um futuro seguro e próspero para a indústria de defesa brasileira depende da colaboração entre o governo, as empresas e a sociedade, bem como do compromisso contínuo com a pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico. O Brasil tem o potencial de se tornar uma potência em defesa, e a regulamentação adequada é um passo vital nessa direção.


Por Angelo Nicolaci 


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sábado, 5 de outubro de 2024

Cluster Tecnológico Naval da Bahia é Inaugurado em Salvador: Impulsionando a Economia do Mar

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O histórico Farol da Barra, em Salvador, foi o cenário para a inauguração do Cluster Tecnológico Naval da Bahia, realizado na quinta-feira (3), um marco significativo para a Economia do Mar tanto na Bahia quanto no Brasil. O evento reuniu importantes representantes de instituições públicas e privadas que contribuíram para a criação dessa associação estratégica. Entre os presentes, destacou-se o Almirante de Esquadra Claudio Henrique Mello de Almeida, Comandante de Operações Navais, reforçando o amplo apoio da Marinha do Brasil à iniciativa.

Sob o lema “Conectando ideias, desenvolvendo o futuro”, o Cluster Tecnológico Naval da Bahia é uma associação de empresas que visa fomentar debates e cooperação entre academia, indústria e governo, promovendo a geração de emprego e renda. O cluster também busca atrair investimentos e projetos de forma ordenada e sustentável, oferecendo um ambiente colaborativo para o crescimento da Economia do Mar.

Entre as empresas fundadoras do cluster estão Bahia Marina, Belov Offshore Industrial Ltda, Companhia das Docas do Estado da Bahia (CODEBA), Contermas Terminal Marítimo de Salvador, CS Portos, Enseada Indústria Naval S/A, Intermarítima Portos e Logística, Maqfiltros, Terminal Portuário Cotegipe e Wilson Sons – Tecon Salvador. Além dessas, diversas entidades públicas e privadas, como a Federação das Indústrias do Estado da Bahia e a Marinha do Brasil, através do Comando do 2º Distrito Naval, participaram da criação do projeto.

O cluster é um arranjo institucional que reúne universidades, fundações, entidades patronais, institutos de pesquisa e órgãos públicos com foco no desenvolvimento econômico, científico e tecnológico da Bahia. Suas atividades econômicas abrangem desde o setor portuário e de transporte marítimo até a exploração mineral oceânica, defesa, segurança, vigilância e energias renováveis offshore.

O Diretor-Executivo do Cluster Tecnológico Naval da Bahia, Paulo Cezar Soares Pinheiro, destacou durante o evento que o cluster representa um “grande desafio estratégico”, com foco no desenvolvimento sustentável, geração de empregos e oportunidades econômicas para a região.

O Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra, Comandante do 2º Distrito Naval, ressaltou o impacto de longo prazo que o cluster trará para a Bahia, afirmando que ele “contribuirá para o desenvolvimento de uma economia próspera para a região, beneficiando tanto os associados quanto a sociedade.”

Além disso, o Diretor-Presidente da CODEBA e Presidente do Conselho de Administração do Cluster, afirmou que a governança do cluster é um projeto nacional de grande importância, mencionando que a integração dos clusters em todo o Brasil impulsionará ainda mais o desenvolvimento da Economia do Mar, preservando as riquezas nacionais.

O ex-Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, que também é Conselheiro do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, reforçou a dimensão estratégica do projeto, destacando a troca de experiências entre os clusters da Bahia e do Rio de Janeiro. Ele enfatizou que o evento marca um importante avanço na criação de um portfólio de cursos voltados à Economia do Mar, fortalecendo ainda mais o papel do Brasil no setor.

A criação do Cluster Tecnológico Naval da Bahia simboliza um passo decisivo para a economia da região, colocando a Bahia no centro das discussões sobre o futuro do setor naval no Brasil e abrindo novas oportunidades de desenvolvimento, inovação e sustentabilidade.


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Com Marinha do Brasil 

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A Estratégia da Türkiye na Somália: Petróleo e Expansão na África Oriental

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A presença da Türkiye na Somália, inicialmente vista como um esforço para garantir uma posição estratégica no Golfo de Aden e no Estreito de Bab al-Mandab, agora revela um objetivo ainda mais ambicioso: o controle sobre os vastos recursos de petróleo e gás natural do país africano. O recente anúncio do Ministério da Energia da Türkiye sobre o envio de um navio de pesquisa sísmica para explorar as águas da Somália destaca a importância que Ancara atribui ao potencial energético da região.

TCG Oruçreis (F245), que deve iniciar a exploração no final de outubro de 2024, vai operar em uma área de cerca de cinco mil quilômetros quadrados, buscando confirmar as estimativas promissoras de reservas de petróleo. Com o apoio de duas fragatas e navios de apoio, a embarcação passará pelo Mediterrâneo, Canal de Suez e Mar Vermelho até chegar à costa somali. A pesquisa, prevista para durar sete meses, marca um passo decisivo na cooperação energética firmada entre a Türkiye e a Somália.

O ministro da Energia turco, Alp Arslan Bayraktar, expressou otimismo ao afirmar que espera que a área explorada pelo TCG Oruçreis seja uma zona de descoberta de petróleo. A Turkish Petroleum Corporation, empresa estatal turca, já possui licenças para explorar três campos offshore, cobrindo uma área total de 15 mil quilômetros quadrados. A Türkiye, portanto, posiciona-se para desempenhar um papel central na exploração e extração dos vastos recursos somalis, que incluem reservas potenciais de 30 bilhões de barris de petróleo.

Esse número impressionante, que colocaria a Somália como a terceira maior potência petrolífera da África, atrás apenas da Líbia e Nigéria, atraiu o interesse internacional, especialmente com a Türkiye buscando uma vantagem em meio ao relativo abandono da região por parte das potências ocidentais, como os Estados Unidos. A posição estratégica da Somália, localizada em uma das rotas marítimas mais importantes para o comércio entre a Ásia e a Europa, amplifica ainda mais a relevância geopolítica da região.

A presença da Türkiye na Somália, no entanto, vai além da exploração de petróleo. Ancara tem explorado a instabilidade do país para consolidar sua influência, fornecendo apoio militar, econômico e de segurança a Mogadíscio. A Türkiye investiu fortemente em infraestrutura e assistência humanitária, ganhando a confiança do governo somali e criando um ambiente propício para suas ambições energéticas. O acordo de defesa entre os dois países é outra peça fundamental dessa estratégia, permitindo à Türkiye uma posição sólida na região.

Além disso, a Türkiye tem desempenhado um papel de mediadora entre a Somália e a Etiópia, buscando evitar tensões que possam prejudicar seus interesses energéticos. Ao manter uma postura de neutralidade, Ancara evita confrontos diretos com os vizinhos somalis, ao mesmo tempo em que se prepara para aproveitar as oportunidades econômicas na África Oriental.

Com o início das operações de exploração, a Türkiye se posiciona para transformar a Somália em uma nova fronteira energética e fortalecer ainda mais sua presença no continente africano. O impacto dessas descobertas de petróleo promete mudar drasticamente o cenário econômico somali, trazendo oportunidades, mas também desafios, enquanto o país busca consolidar sua estabilidade em meio à intensa disputa internacional por seus recursos naturais.


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Com agências de notícias 

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Exército Presta Apoio ao Combate de Incêndios na Amazônia Legal em Tocantins

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A região da Amazônia Legal, especificamente Tocantins, enfrenta uma crise ambiental severa devido a uma seca que já dura mais de 12 meses. Essa situação elevou drasticamente o risco de queimadas, que têm devastado a flora e a fauna locais, além de afetar gravemente as comunidades ribeirinhas. A crise hídrica não só compromete o transporte e o abastecimento das famílias que dependem dos rios, mas também traz sérios riscos à saúde pública, com a escassez de água potável e o aumento de doenças relacionadas à falta de saneamento adequado.

Para enfrentar esse cenário crítico, o Ministério da Defesa, em conjunto com o Governo Federal, ativou o Comando Conjunto Tucumã. Essa força-tarefa tem como objetivo apoiar as ações de combate à seca e aos incêndios florestais, atuando em coordenação com o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (CIMAN), que engloba órgãos de todos os níveis – municipal, estadual e federal.

No dia 2 de outubro de 2024, o Exército Brasileiro desempenhou um papel crucial na região de Barreiros e Rio Verdinho, na Ilha da Confusão, Tocantins. Com o uso do helicóptero HM-1 Pantera K2 do Comando de Aviação do Exército, foram realizadas operações de transporte de brigadistas do IBAMA e ICMBio, além de gêneros alimentícios e outros suprimentos para os focos de incêndio localizados na Ilha do Bananal, uma das áreas mais afetadas pela seca e pelas chamas.

As ações do Comando Conjunto Tucumã são parte de um esforço interagências que busca mitigar os impactos devastadores das queimadas e da estiagem, tanto no meio ambiente quanto na vida das populações locais. O apoio logístico das Forças Armadas, incluindo o transporte aéreo de equipes e suprimentos, tem sido vital para garantir a eficácia das operações em áreas de difícil acesso, onde as chamas ameaçam se alastrar e comprometer ainda mais a biodiversidade da Amazônia.

A colaboração entre as Forças Armadas e os brigadistas reforça o compromisso do Brasil com a preservação da Amazônia e o combate aos efeitos das mudanças climáticas, evidenciando a necessidade de uma atuação coordenada para enfrentar essa crise sem precedentes.


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Com Exército Brasileiro 

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Su-57 Abate Drone S-70 Okhotnik em Donetsk: Fogo Amigo?

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Em 5 de outubro de 2024, fontes russas confirmaram que um Su-57 abateu o drone S-70 Okhotnik, também russo, sobre o espaço aéreo da República Popular de Donetsk. O incidente ocorreu próximo a Chasiv Yar, na região de Konstantynivka, e levantou questões sobre se o abate foi um caso de fogo amigo ou uma ação intencional para evitar que o drone caísse nas mãos do exército ucraniano.

O S-70 Okhotnik, considerado uma das plataformas de drones mais avançadas da Rússia, teria perdido o controle durante a operação, o que aumentou o risco de captura pelas forças ucranianas. Para evitar que essa tecnologia de ponta fosse comprometida, fontes indicam que a decisão foi tomada para abater o drone. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram um caça disparando um míssil ar-ar em uma aeronave à sua frente, que muitos acreditam ser o Okhotnik. Após o impacto, o caça altera sua rota e se afasta da área.

Embora houvesse rumores iniciais de que o incidente poderia ter sido causado por um caça ucraniano ou por defesas antiaéreas, as imagens reforçam a tese de que o ataque foi realizado por um Su-57 russo. O canal Fighterbomber, ligado à Força Aérea Russa, comentou o caso de maneira enigmática, afirmando que "todos os nossos aviões e tripulações estão em casa, intactos e saudáveis. Se há um drone a menos, isso acontece. É para isso que servem os testes". Essa declaração, ainda que vaga, sugere que o abate do Okhotnik foi uma decisão estratégica, e não um erro.

Especialistas militares destacam que a destruição de um drone como o S-70 Okhotnik representa uma perda significativa para a Rússia, tanto no campo operacional quanto no tecnológico. O Okhotnik faz parte dos novos investimentos em drones pesados, capazes de realizar missões complexas em apoio a caças tripulados como o Su-57. Sua destruição intencional pode indicar dificuldades no controle e operação dessas plataformas em ambientes de combate intensos.

A situação segue cercada de especulações, e uma investigação mais detalhada pode ser necessária para esclarecer completamente os fatos. O incidente reforça os desafios do uso de drones avançados em zonas de guerra e levanta novas questões sobre a integração dessas aeronaves com caças tripulados.


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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Lituânia Reforça Defesa com Nova Aquisição de Sistemas MSHORAD da Saab

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A Lituânia deu mais um passo importante para o fortalecimento de sua capacidade de defesa ao realizar um pedido adicional de Sistemas de Defesa Antiaérea Móvel de Curto Alcance (MSHORAD) junto à empresa sueca Saab. O contrato, avaliado em 1,2 bilhão de coroas suecas, prevê a entrega das novas unidades entre 2026 e 2029, com o objetivo de equipar uma segunda bateria das Forças Armadas lituanas com essa avançada solução de defesa.

A Saab, que já havia anunciado um pedido inicial do sistema MSHORAD pela Lituânia em julho de 2024, destacou a importância dessa nova aquisição para a continuidade do suporte às capacidades antiaéreas do país báltico. Görgen Johansson, chefe da área de negócios Dynamics da Saab, ressaltou a eficiência do sistema: “O MSHORAD é uma solução altamente móvel que permite ao usuário identificar e neutralizar ameaças aéreas de forma rápida e eficaz.” Johansson sublinhou o orgulho da empresa em continuar contribuindo para a defesa da Lituânia, especialmente em um momento de intensificação das ameaças aéreas na região.

O Ministro da Defesa Nacional da Lituânia, Laurynas Kasčiūnas, reforçou a relevância estratégica da aquisição, apontando a mobilidade do sistema como um diferencial crucial para a defesa do país: “A aquisição do Sistema de Defesa Antiaérea Móvel de Curto Alcance (MSHORAD) aumentará a capacidade das Forças Armadas da Lituânia de combater possíveis ataques aéreos inimigos."

A aquisição inclui a integração de unidades de tiro móveis, unidades radar móveis e um sofisticado sistema de comando e controle (C2). A Saab será responsável por adaptar o MSHORAD às viaturas JLTV (Joint Light Tactical Vehicle), produzidas pela fabricante americana Oshkosh, antes de entregá-las ao cliente lituano.

O sistema MSHORAD, que já demonstrou sua eficácia em vários cenários, é composto por duas partes principais: a Unidade Radar Móvel (MRU), equipada com o radar Giraffe 1X, e a Unidade de Tiro Móvel (MFU), baseada no lançador RBS 70 NG, ambos conectados ao sistema de Comando e Controle GBAD C2 da Saab. Essa configuração permite uma resposta rápida a ameaças aéreas, fornecendo tanto detecção precoce quanto neutralização precisa de aeronaves e mísseis inimigos.

A nova aquisição reflete o esforço contínuo da Lituânia para fortalecer suas capacidades de defesa, especialmente em um contexto de crescente instabilidade na região do Báltico e com a Rússia mantendo uma postura militar agressiva nas proximidades. O MSHORAD, por ser altamente móvel, permite que as forças lituanas se reposicionem rapidamente, garantindo uma defesa flexível e eficiente em um eventual cenário de ataque aéreo.

Essa iniciativa estratégica de fortalecer a defesa aérea demonstra o compromisso da Lituânia em manter sua soberania e prontidão, enquanto busca soluções modernas e eficazes para os desafios de segurança atuais.


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Com And All 

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Plano de salvamento da Avibras busca evitar falência e manter controle nacional

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A Avibras Aeroespacial, uma das mais importantes integrantes da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira, enfrenta um cenário delicado. Desde que entrou em processo de recuperação judicial em 2022, a empresa acumula uma dívida de cerca de R$ 600 milhões e tem enfrentado uma grave crise trabalhista. Os funcionários estão em greve há mais de dois anos devido à falta de pagamento de salários e benefícios, como convênio médico, INSS e FGTS, em atraso. Esse impasse tem gerado um clima de instabilidade, resultando na perda de profissionais altamente qualificados, como engenheiros e técnicos, que migraram para outras empresas na Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

A Avibras, com mais de 60 anos de atuação, sempre teve uma posição de destaque no setor de defesa, sendo a responsável por desenvolver o inovador Sistema de Artilharia de Foguetes de Longo Alcance ASTROS, utilizado pelo Exército Brasileiro e exportado para diversos países. Além disso, a empresa também é responsável pelo Míssil Tático de Cruzeiro (AV-MTC), ambos considerados projetos estratégicos para a defesa nacional.

Diante do agravamento da crise, um plano de resgate da empresa começou a ser articulado com o objetivo de evitar sua falência ou venda para investidores estrangeiros, o que poderia comprometer a soberania tecnológica do Brasil no setor de defesa. O governo brasileiro, ciente da relevância da Avibras para a segurança nacional, rapidamente se mobilizou para buscar alternativas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi envolvido nas negociações e está trabalhando junto a bancos privados para formar um consórcio de investidores nacionais, que deverá assumir o controle da empresa.

Entre as propostas em análise está a fusão da Avibras com a Akaer Engenharia Espacial, uma empresa brasileira que possui um histórico robusto em projetos de defesa, como sua participação no desenvolvimento do caça Gripen NG, a modernização dos blindados Cascavel do Exército Brasileiro e atuação em inúmeros programas no exterior, como o TAI Hurjet. A Akaer, que também atua na nacionalização de tecnologias para o setor de defesa, é vista como uma parceira estratégica que pode complementar as capacidades da Avibras, gerando sinergias em áreas como a modernização dos sistemas de mísseis e foguetes ASTROS.

Desde que a Avibras entrou em recuperação judicial, empresas estrangeiras demonstraram interesse em adquiri-la, entre elas a gigante chinesa Norinco e a australiana DefendTex. No entanto, a venda para empresas estrangeiras levantou preocupações sobre a perda de controle sobre tecnologias sensíveis, fundamentais para a defesa nacional. A entrada de capital externo poderia comprometer o domínio estratégico sobre os projetos da BID, enfraquecendo o Brasil no cenário geopolítico e de defesa. Em resposta, o governo decidiu limitar a participação de investidores estrangeiros a um máximo de 20%, garantindo que o controle da empresa continue nas mãos brasileiras.

A fusão entre Avibras e Akaer pode trazer benefícios significativos para ambas as partes. A Akaer possui vasta experiência na integração de sistemas de alta tecnologia e poderia contribuir para a modernização dos lançadores de mísseis e foguetes do projeto ASTROS, além de facilitar o acesso a novos mercados internacionais, especialmente com a crescente demanda de países árabes por armamentos avançados. Recentemente, a EDGE Group, estatal de defesa dos Emirados Árabes Unidos, adquiriu participação em empresas brasileiras, como a Condor e a SIATT, reforçando o interesse internacional pela Base Industrial de Defesa brasileira.

No entanto, o sucesso desse plano depende de fatores cruciais. A conversão das dívidas em participação acionária, por parte de instituições financeiras, incluindo o BNDES, precisa ser bem articulada para garantir a viabilidade do projeto. Além disso, o plano requer a captação de novos investidores e a estruturação de um financiamento robusto para a retomada das operações da Avibras. O envolvimento de bancos privados e do governo será fundamental para concretizar essa reestruturação.

Análise e Conclusão

A situação da Avibras representa um desafio emblemático para a Base Industrial de Defesa do Brasil. Se, por um lado, o país possui expertise e infraestrutura avançada, por outro, a falta de planejamento financeiro e de gestão eficaz pode colocar em risco o patrimônio tecnológico desenvolvido ao longo de décadas. A fusão com a Akaer aparece como uma saída estratégica que não apenas preserva a soberania nacional, mas também fortalece a capacidade de inovação da indústria de defesa. A participação ativa do BNDES e a limitação de capital estrangeiro visam garantir que o controle da Avibras permaneça em mãos brasileiras, mantendo o foco no fortalecimento da BID e na proteção dos interesses estratégicos do Brasil. Contudo, o sucesso desse plano dependerá da agilidade com que o governo e os investidores nacionais conseguirem estabilizar a situação, evitando que a crise financeira da Avibras se transforme em uma perda irreversível para o setor de defesa do país.


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