quarta-feira, 30 de junho de 2010

Rússia deve cumprir acordo de venda de mísseis apesar de sanções, diz Irã

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O governo do Irã indicou nesta quarta-feira (30) que a Rússia deve honrar o acordo feito sobre a venda de mísseis S-300, apesar das sanções impostas à República Islâmica pela ONU, EUA, União Europeia e outras potências ocidentais.

"A venda dos equipamentos S-300 é um acordo de defesa que não tem nada a ver com as sanções do Conselho de Segurança da ONU e os russos devem cumprir com seus compromissos a este respeito", disse o ministro de Defesa do Irã, o general Ahmad Vahidi.

As declarações foram feitas após o término de ume reunião do Conselho de Ministros em Teerã, segundo a agência estatal Irna. Ahmadi disse ainda que o Irã pretende dar prosseguimento normal à venda dos armamentos e que a expectativa é de que Moscou se comporte da mesma maneira.

"As autoridades russas haviam prometido anunciar sua postura oficial sobre este respeito após a reunião do Conselho de Segurança da ONU mas ainda não afirmaram nada", disse o ministro de Defesa.

Há cerca de 20 dias, após a aprovação de novas sanções ao Irã na ONU, a Rússia chegou a dar declarações desencontradas sobre o tema, mas desde então Moscou não emitiu um parecer definitivo sobre o acordo de venda do sistema de defesa.

Os EUA indicaram que o Irã teria capacidade de atacar a Europa com mísseis e criticaram a relação da Rússia com o país. Teerã nega que possua armamentos de longo alcance que possam atingir o continente europeu.

Polêmica

Ainda no início de junho, um dia após a aprovação de sanções contra Teerã na ONU, o departamento de Estado dos EUA reafirmou em comunicado que os mísseis S-300 que a Rússia pretende entregar ao Irã não têm a venda proibida de acordo com a nova rodada de sanções impostas pelas Nações Unidas contra o país persa.

No entanto, o órgão americano afirmou que a resolução pede que os Estados "exercitem a vigilância e restrição na venda ou transferência de todas as outras armas e materiais relacionados" e afirmou que "agradecemos a restrição da Rússia na transferência do sistema de mísseis S-300 ao Irã".

Há 20 dias o governo russo sinalizou divergências quanto ao assunto, emitindo declarações desencontradas. Primeiramente, a agência de notícias russa Interfax citou uma fonte da indústria armamentícia, em anonimato, dizendo que Moscou iria congelar o contrato de venda dos mísseis por causa das sanções.

Na sequência, o porta-voz da Chancelaria russa, Andrei Nesterenko, negou a informação e disse que as únicas armas de defesa aérea proibidas de serem vendidas, de acordo com as novas sanções, são sistemas de mísseis portáteis, como lança-mísseis. "Armas de defesa aérea, com exceção de sistemas de mísseis portáteis, não estão incluídos no registro da ONU de armas convencionais que são mencionadas pela resolução sobre o Irã", disse.

Depois, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reafirmou que as novas sanções impostas pela ONU ao Irã não obrigam Moscou a cancelar o acordo de venda mísseis. Lavrov disse ainda que Moscou mantém negociações para construir mais usinas nucleares no Irã, uma medida que, se for posta em prática, deve enfurecer as potências ocidentais, para se somar à de Bushehr, prevista para entrar em operação em agosto após anos de atraso.

Resolução

A resolução do Conselho de Segurança proíbe a venda de sistemas de mísseis listados no Registro das Nações Unidas de Armas Convencionais. O registro não inclui os S-300, então o contrato não seria afetado tecnicamente.

Porém, diplomatas do Conselho de Segurança disseram que a resolução pede aos estados-membros que "exercitem a vigilância e restrição" em relação à venda de quaisquer armas ao Irã, significando que Moscou deve ter sido fortemente desencorajado a entregar os mísseis.

Se concretizada, a venda dá ao Irã a capacidade de proteger suas instalações nucleares.

Barganha

O apoio do Kremlin às novas sanções contra o Irã foram acompanhadas por reiteradas garantias de autoridades russas de que as medidas não afetariam o acordo para a venda de S-300.

Diplomatas em Moscou disseram que a Rússia queria manter o acordo de fora, como uma moeda de barganha com Teerã e as potências ocidentais tentando conter a atividade nuclear iraniana.

Em Washington, o senador republicano Jon Kyl criticou as sanções da ONU por excluir o acordo dos S-300 e a construção pela Rússia da primeira usina elétrica do Irã perto de Bushehr, prevista para entrar em operação em agosto.

A Rússia resistiu por muito tempo a apoiar uma nova rodada de sanções contra o Irã, alegando que tais punições raramente funcionam. Porém, Moscou acabou cedendo após forte pressão americana e após Teerã se recusar a cooperar.

Fonte: Folha
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Os navios-aeródromo e o futuro da Marinha

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O Brasil necessita de uma Marinha de Guerra polivalente, capaz de operar em áreas marítimas distantes de seu litoral, na defesa da soberania e dos interesses nacionais. Além das águas sob jurisdição nacional (que constituem a "Amazônia Azul"), a fronteira marítima Brasil-África e as vias de acesso ao Atlântico Sul são áreas estratégicas essenciais para o país.

É amplamente difundido o emprego de helicópteros a bordo de navios de guerra. Entretanto, o Brasil está entre os nove países do mundo que possuem algum tipo de navio-aeródromo (NAe) capaz de operar com aeronaves de asa fixa. Na América do Sul, apenas Brasil e Argentina já possuíram navios dessa classe (dois NAe cada). Atualmente resta apenas o São Paulo, da Marinha do Brasil.

As Marinhas de potências navais médias empregam seus NAe em cenários limitados, no desempenho das tarefas de controle de área marítima e de projeção de poder sobre terra (em apoio a operações anfíbias de porte modesto). A Marinha dos EUA, ao contrário, emprega seus NAe de propulsão nuclear como instrumentos de projeção de poder em escala global.

O Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil (PAEMB) para o período 2010-30 prevê a obtenção de dois NAe capazes de operar com aeronaves de asa fixa, no horizonte temporal 2010-32. Este plano também contempla a perspectiva de obtenção de quatro navios-aeródromo de helicópteros de assalto (NAeHA), no horizonte temporal 2012-28.

A relação dos meios aéreos previstos aparentemente confirma a opção da Marinha por aviões de tipo convencional. Isto inclui a obtenção de 48 aeronaves de interceptação e ataque de alto desempenho (possivelmente uma variante naval do F-X2). Também está prevista a obtenção de outras 24 aeronaves de asa fixa para missões de apoio, além de diversos tipos de helicópteros.

Os meios operativos mencionados no PAEMB resultam de estudo de necessidades, não constituindo - ao contrário do que supõem alguns - um programa de encomendas. Os planos do Ministério da Defesa para as três forças singulares só terão força de lei após serem aprovados pelo Congresso Nacional e sancionados pelo presidente da República.

Há quem pergunte para quê o Brasil precisa de um NAe - ou até defenda a opção por uma classe de navios porte mais modesto, dotados de rampa "Ski Jump" na proa e capazes de operar com aeronaves STOVL (Short Takeoff/Vertical Landing), de decolagem curta e pouso vertical, ou STOAL (Short Takeoff/Arrested Landing), de decolagem curta e pouso com aparelho de parada.

Contudo, se a tendência atual for confirmada, o NAe São Paulo poderá ser substituído por dois NAe de 50 a 60 mil toneladas de deslocamento carregado, dotados de catapultas e aparelho de parada para aviões convencionais. Apesar de ser mais caro, um NAe com tais características teria relação custo-benefício mais favorável do que um menor, operando com número reduzido de aeronaves.

O custo total de vida útil de um navio inclui os custos de obtenção, manutenção e operação (inclusive o custo da tripulação). No caso de um NAe, devem ser incluídos também os custos de obtenção, manutenção e operação das aeronaves. O custo de projeto e construção de belonaves pode também ser reduzido pela economia de escala obtida com o aumento do número de encomendas.

A futura classe de NAe da Marinha do Brasil poderá ser projetada e construída no País - possivelmente em parceria com algum estaleiro ou escritório de projetos internacional. Se tal parceria envolvesse outros países - como a Argentina - o custo unitário de obtenção das belonaves (e das respectivas dotações de aeronaves) poderia ser bastante reduzido.

Devemos lembrar que, embora já não possua nenhum NAe, a Armada argentina ainda dispõe de aeronaves de combate capazes de operar a partir de navios dessa classe. Desde a década de 90 do século passado, tais aeronaves vêm participando, com sucesso, de exercícios a bordo de ambos os NAe brasileiros.

O fato de Brasil e Argentina disporem de aeronaves embarcadas de asa fixa e terem optado por aeronaves de tipo convencional - que necessitam de um NAe dotado de catapultas e aparelho de parada - sugere algum tipo de solução comum para o problema da obtenção de uma nova classe de NAe. Além de reduzir custos, tal solução permitiria - em tese - incrementar a interoperacionalidade.

Com relação às aeronaves de interceptação e ataque, a tendência parece ser a adoção da versão embarcada daquela que for selecionada para o Programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB), uma vez que as três finalistas agora possuem uma variante naval em serviço ou projetada. A indústria aeronáutica brasileira deverá produzir tais aeronaves no país.

No Brasil, os baixos orçamentos de defesa tornam impraticável investir na modernização das Forças Armadas, empregando recursos ordinários. Para tal, é necessário lançar mão de recursos extra-orçamentários (tais como empréstimos e financiamentos provenientes do exterior), sendo incluídas nos orçamentos anuais apenas as parcelas para amortização e pagamento de juros.

A concretização do PAEMB depende da garantia de um fluxo constante de investimentos, durante duas décadas ou mais. A obtenção dos futuros NAe, com os respectivos meios aéreos, será um dos aspectos mais custosos de tal plano. A solução definitiva para o problema dos investimentos em defesa no Brasil talvez só seja possível quando o Orçamento da União se tornar impositivo.

Fonte: Monitor Mercantil via Notimp
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Campanha ‘O Canhão é nosso!’

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“Nas comemorações do final da Guerra do Paraguai, em 1 de março de 2010, o vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, pede a devolução do canhão “El Cristiano” para reparar a honra do povo paraguaio. Sendo um obus de grande capacidade para a época, o mesmo estreou na Batalha de Curupayti, quando o General Mitre, a frente do comando das tropas aliadas, logrou uma severa derrota e a baixa de mais de 8 mil de seus comandados. Definitivamente, dadas as proporções de formação do contingente aliado, o bronze do canhão, não ressoando mais durante os cultos, ressoou ao expulsar projéteis, para perfazer a morte de milhares de brasileiros…”

O GeoPolítica Brasil adere a essa campanha e conta com a sua participação amigo leitor para preservar essa peça que conta parte de nosso passado de luta e glória.



Conheça a campanha e participe do abaixo-assinado:

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clicando no titulo desta postagem você entra no site da campanha
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Novo comandante diz que há 'avanços' no Afeganistão, mas prevê 'duros combates'

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O general David Petraeus, nomeado pelo presidente americano, Barack Obama, comandante das tropas internacionais no Afeganistão, tentou, nesta terça-feira, tranquilizar um Congresso ansioso de que as tropas lideradas pela Otan façam progressos no país asiático, em meio ao desgastado apoio público a uma guerra que já dura nove anos.

Começam a ser vistos "avanços em certos âmbitos" no Afeganistão, disse aos senadores Petraeus, o oficial mais reverenciado das Forças Armadas americanas e futuro chefe da Aliança Internacional (Isaf) naquele país, sem deixar de prever, entretanto, "duros combates" e um aumento da violência.

"Constatamos avanços em certos âmbitos, em meio ao difícil combate no Afeganistão", declarou Petraeus durante audiência no Congresso americano.

As forças da Otan "realizaram avanços em vários lugares" este ano, especialmente na província de Helmand, sul do Afeganistão, afirmou.

No entanto, advertiu, "os duros combates vão continuar" e "podem se intensificar nos próximos meses", quando as tropas internacionais aumentarem a pressão sobre os insurgentes talibãs.

Afirmou também que buscará uma "unidade de esforços" entre civis e militares no Afeganistão, cujas relações sofrem com recorrentes tensões.

Diante da preocupação dos congressistas quanto às tensas relações entre líderes civis e militares, Petraeus prometeu trabalhar perto de seus colegas civis e também prometeu rever regras questionadas quanto à restrição do uso do poder de fogo pelas tropas.

Enquanto cai o apoio popular à guerra, Barack Obama indicou Petraeus para assumir o comando em Cabul, depois da saída dramática de cena do general Stanley McChrystal, na semana passada.

Petraeus assumirá o comando das tropas no Afeganistão em substituição a McChrystal, que precisou renunciar após polêmicas declarações sobre o executivo americano.

Fonte: AFP
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Mercosul e UE retomam negociações em meio a tensão comercial

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O Mercosul e a União Europeia (UE) retomaram nesta terça-feira as discussões para um acordo de associação política e comercial em meio a críticas por supostas barreiras argentinas à importação de alimentos.

Funcionários técnicos dos dois blocos voltaram hoje a se sentar em uma mesa de negociações após seis anos de intervalo e depois de, em maio passado, os 27 países-membros da UE e o bloco sul-americano - formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - selarem em Madri um pacto político para relançar o diálogo iniciado em 1999

O ritmo do primeiro dia da nova rodada de negociações, que culminará na próxima sexta-feira, esteve marcado pela Copa do Mundo, paixão das nações de ambas as regiões.

Fontes dos dois blocos consultadas pela Agência Efe indicaram que as partes serão cautelosas com as informações a serem divulgadas à imprensa a respeito da evolução das negociações.

"A ordem é não vazar nada (à imprensa) porque esta será uma negociação difícil e longa", se escusou um porta-voz da diplomacia argentina.

Os negociadores não quiseram falar com a imprensa sobre as novas reivindicações europeias à Argentina, país a cargo da Presidência rotativa do Mercosul, por supostas barreiras comerciais às importações de alimentos de fora do país. Mas o Governo argentino afirma não ter aplicado tais restrições.

A Comissão Europeia (CE) pediu hoje novamente à Argentina que suspenda os supostos entraves e advertiu ao país que, caso contrário, as conversas com o Mercosul "serão afetadas".

A Argentina não aplicou nenhuma medida formal para frear a entrada de produtos estrangeiros, mas alguns importadores se queixaram de pressões e atrasos burocráticos nas tramitações alfandegárias.

Fonte: EFE
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EUA e Arábia Saudita reafirmam necessidade de um Estado judeu e outro palestino

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O presidente dos EUA, Barack Obama, e o rei Abdullah, da Arábia Saudita, reafirmaram nesta terça-feira a importância de uma solução com dois Estados --um judeu e outro palestino-- para a paz no Oriente Médio.

Líderes árabes andam frustrados com o fato de Obama não conseguir convencer Israel a fazer mais concessões. Obama irá receber no dia 6 o primeiro-ministro de Israel, Byniamin Netanyahu, na Casa Branca.

O presidente disse que em seu almoço com o rei abordou várias questões estratégicas, inclusive Irã, Paquistão e Afeganistão, além da "importância de avançar de forma significativa e incisiva para assegurar uma pátria palestina que possa viver lado a lado com um Estado israelense seguro e próspero."

Netanyahu aderiu em maio a negociações indiretas, sob mediação dos EUA, mas impôs rígidas condições para a criação de um Estado palestino.

Na terça-feira, o chanceler israelense, Avigdor Lieberman, disse que devido a dificuldades nas negociações e a divisões entre os próprios palestinos, a criação do novo Estado dificilmente acontecerá antes de 2012, como esperam os EUA e os demais mediadores do processo --Rússia, ONU e União Europeia.

Obama e o rei Abdullah "expressaram sua esperança de que as discussões por proximidade (sob mediação dos EUA) entre israelenses e palestinos levem à retomada das discussões diretas, com a meta de dois Estados vivendo lado a lado em paz," segundo a Casa Branca.

O rei saudita fez apenas uma breve declaração após o encontro, agradecendo Obama pela hospitalidade e elogiando a amizade entre os dois países.

"Apreciamos tudo o que você tem feito pessoalmente para ampliar e aprofundar ainda mais e fortalecer esta relação," disse ele, por meio de um intérprete, no Salão Oval da Casa Branca.

De acordo com a Casa Branca, Abdullah reiterou seu compromisso com um plano apresentado por ele próprio em 2002, que oferecia o reconhecimento de Israel por governos da região, em troca da devolução de territórios ocupados e da criação do Estado palestino.

No ano passado, Obama reafirmou o antigo pedido dos EUA para que a Arábia Saudita faça gestos pela normalização das relações com Israel, como incentivo para que o Estado judeu participe de negociações sérias a respeito da criação do Estado palestino.

Fonte: Reuters
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terça-feira, 29 de junho de 2010

Trailer de Tropa de Elite 2

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EUA, Rússia e França propõem reunião de especialistas com Irã

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Os Estados Unidos, Rússia e França propuseram realizar uma reunião de especialistas do setor nuclear com representantes do Irã, com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), indicou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores russo Serguei Lavrov.

"Como resposta à iniciativa turco-brasileira, Rússia, França e Estados Unidos propuseram ao diretor-geral da AIEA que organize uma reunião de especialistas técnicos dos três países com especialistas iranianos para solucionar o tema do fornecimento de combustível para o reator de pesquisa nuclear iraniano", declarou Lavrov.

"Espero que o Irão responda de modo construtivo porque isso permitirá assentar as bases de uma solução para uma situação que é fonte de preocupação", acrescentou Lavrov em Jerusalém, depois de se reunir com seu colega israelense Avigdor Lieberman.

Fonte: AFP
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Congelamento das discussões não afeta troca de combustível iraniano

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O congelamento das negociações nucleares com as grandes potências até o final de agosto não afeta uma eventual troca de combustível, declarou nesta terça-feira o ministro iraniano das Relações Exteriores, Manucher Mottaki.

"A data do fim do Mordad (mês iraniano relativo a 22 de agosto) só se refere às negociações com o grupo 5+1" (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais a Alemanha), indicou Mottaki em coletiva de imprensa.

"As negociações sobre a troca de combustível só se referem a essa troca, enquanto que as negociações com o 5+1 se referem a pontos comuns", que o Irã e as grandes potências querem discutir em relação ao tema nuclear, acrescentou Mottaki. "São coisas diferentes", insistiu.

Mottaki precisou que está preparando um encontro com seus colegas turco e brasileiro para abordar a oferta de troca de combustível nuclear com as grandes potências.

O Irã não retomará antes de agosto as negociações com as grandes potências sobre seu programa nuclear com o objetivo de dar uma lição aos ocidentais como se deve falar com as outras nações, afirmou na segunda-feira o presidente Mahmud Ahmadinejad, que também pediu a presença do Brasil e da Turquia nessas conversações.

"Nós atrasaremos as negociações em razão da má conduta e da adoção da nova resolução (do Conselho de Segurança da ONU sancionado o Irã)", informou Ahmadinejad em resposta a uma questão feita durante uma coletiva de imprensa.

"Não haverá negociação antes do fim do mês (iraniano) de Mordad (equivalente ao dia 22 de agosto), no meio do Ramadã. É a multa que eles devem pagar para aprender a ter educação na hora de falar com as outras nações", acrescentou o presidente iraniano em uma alusão às sanções votadas no dia 9 de junho pelo Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, quando foi acusado de falta de transparência e cooperação em seu polêmico programa nuclear.

Ahmadinejad ainda afirmou que as discussões entre o Irã e as grandes potências do "grupo de Viena" (Estados Unidos, Rússia e França sob patrocínio da Agência Internacional de Energia Atômica) sobre uma eventual troca de combustível nuclear deverá compreender o Brasil e a Turquia.

"Nós estamos prontos para negociar uma troca de combustível com base na declaração de Teerã", assinado em maio pelo Irã, pela Turquia e pelo Brasil, afirmou. Mas "se de um lado estão Rússia, França e Estados Unidos, o Irã irá junto da Turquia e do Brasil".

Fonte: AFP
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Rússia nega espionagem nos EUA e fala em volta à Guerra Fria

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Um representante do Ministério do Exterior russo declarou que as alegações de que uma rede de espiões atuava nos Estados Unidos para a Rússia não tem base e representam uma regressão aos tempos da Guerra Fria.

Segundo o representante, as acusações prejudicam as recentes tentativas do presidente Barack Obama de restabelecer ligações com Moscou.

O comentário foi feito um dia depois de o Departamento de Justiça americano anunciar a prisão de 10 pessoas nos Estados Unidos sob suspeita de espionar para a Rússia.

Elas foram acusadas de conspiração pela sua ação como agentes de um governo estrangeiro, o que pode levar a uma pena máxima de cinco anos de prisão.

Mais cedo, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, tinha dito em Jerusalém que Moscou aguarda uma explicação de Washington. "Eles (os americanos) não explicaram de que assunto se trata. Espero que expliquem" disse o ministro.

Os suspeitos detidos, aparentemente, viviam como cidadãos normais, alguns deles fingindo ser um casal, havia vários anos.

Um 11º suspeito foi preso nesta terça-feira no aeroporto de Larnaca , no Chipre, quando tentava embarcar para Budapeste, na Hungria. Ele deve ser extraditado para os Estados Unidos.

Nove dos detidos também enfrentam acusações de conspiração para lavagem de dinheiro, cuja pena máxima de prisão chega a 20 anos. O Departamento de Justiça americano informou que ainda há um que permanece foragido.

"Fineza especial"

Em uma nota divulgada nesta terça-feira, o oficial do ministério do Exterior diz: "Em nossa opinião, essas ações não têm base". "É deplorável que tudo isso esteja acontecendo num momento de busca por novos laços entre Estados Unidos e Rússia".

Comentando o anúncio das prisões nos Estados Unidos com jornalistas em Jerusalém nesta terça-feira, Lavrov disse que "o momento para fazê-lo foi escolhido com especial fineza". Em seguida, o ministro se recusou a falar mais sobre o caso.

Para o correspondente da BBC em Moscou Rupert Wingfield-Hayes, Lavrov pode estar insinuando que algum grupo dentro da estrutura de poder americana esteja tentando minar as recentes tentativas de reaproximação com a Rússia promovidas pelo presidente americano, Barack Obama.

Na semana passada, o presidente russo Dmitri Medvedev esteve em Washington, onde almoçou hambúrguer com batatas fritas com o presidente Obama, em um gesto visto amplamente visto como sinal de uma reaproximação entre os dois governos.

Segundo um acadêmico russo entrevistado pelo correspondente da BBC em Moscou, o caso serviria como uma advertência ao presidente Barack Obama para que não confie na Rússia nem tente se aproximar do Kremlin.

Um alto representante do governo russo, disse à BBC por sua vez que o caso não deve afetar as relações entre os dois países.

Disfarce

Supostas mensagens interceptadas descritas em documentos da Promotoria sugerem que os 10 suspeitos presos nos EUA tinham como missão descobrir informações sobre assuntos como armas nucleares, posição de controle de armas americanas, Irã, rumores na Casa Branca, mudanças na liderança da CIA e partidos políticos.

Oito pessoas foram detidas no domingo sob acusação de supostamente realizar "missões de longo prazo e infiltração profunda nos Estados Unidos em nome da Federação Russa", informou o Departamento de Justiça.

Elas foram supostamente treinadas pelo Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo (SVR), para infiltrar círculos de pessoas influentes politicamente e recolher informações, segundo os documentos apresentados à corte americana no distrito sul de Nova York.

Eles teriam sido instruídos a forjar amizades com autoridades americanas e enviar informações a agentes do governo russo usando vários métodos.

O Departamento de Justiça americano afirma que os suspeitos foram detidos depois de uma investigação de durou vários anos em que agentes do FBI se fingiram de agentes russos e colheram informações de dois dos suspeitos.


Tinta invisível

Segundo os investigadores, alguns dos suspeitos viviam sob identidades falsas desde o início dos anos 90, usando códigos e avançadas operações por computador, como o envio de fotos aparentemente inocentes com mensagens de texto escondidas.

De acordo com o FBI, os supostos espiões também usavam técnicas mais antigas, como mensagens enviadas com tinta invisível e troca de pastas idênticas em parques.

"Você foi enviado aos Estados Unidos para uma longa viagem a trabalho", diz uma das mensagens enviada a dois suspeitos e interceptada pela Inteligência americana.

"Sua educação, suas contas bancárias, carro, casa etc - todos eles têm um objetivo: cumprir sua missão principal, ou seja, procurar e desenvolver ligações com pessoas nos círculos de influência política nos Estados Unidos e enviar informações".

A tarefa dos suspeitos, em geral, era se "americanizar" para conseguir se infiltrar. Alguns deles chegaram a se inscrever em universidades, trabalhar e se unir a associações profissionais relevantes, afirmam os documentos apresentados à corte.

As informações são de que o grupo teria conseguido se aproximar de um cientista que estaria desenvolvendo uma bomba para explodir bunkers e de um alto oficial da Inteligência.

Há vários detalhes sobre como a rede operava, mas pouca coisa sobre as informações que os agentes conseguiram apurar, afirma o correspondente da BBC em Washington, Paul Adams.

Corte

Cinco dos suspeitos compareceram a uma corte federal em Manhattan na segunda-feira - entre eles a jornalista peruana Vicky Peláez e seu marido, de origem uruguaia, Juan Lázaro - onde um juiz ordenou que sejam mantidos na prisão até a audiência preliminar marcada para o próximo dia 27 de julho.

Além deles, estariam um casal conhecido como Richard Murphy e Cynthia Murphy, presos em Montclair, Nova Jérsei, e Anna Chapman, detida em Manhattan.

Outros três suspeitos - Mikhail Semenko e um casal conhecido como Michael Zottoli e Patricia Mills - compareceram a uma corte federal em Alexandria, na Virgínia, depois de terem sido detidos em Arlington, no mesmo Estado.

Os últimos dois suspeitos, Donald Howard Heathfield e Tracey Lee Ann Foley, foram presos em Boston, Massachussets. Todos os suspeitos, com exceção de Anna Chapman e Mikhail Semenko também foram acusados de conspiração para lavagem de dinheiro.

Fonte: BBC Brasil
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China e Taiwan assinam histórico acordo de livre-comércio

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Delegações de China e Taiwan assinaram nesta terça-feira na cidade central chinesa de Chongqing o Acordo Marco de Cooperação Econômica (AMCE), um tratado de livre-comércio que abre uma nova era nas relações entre dois territórios em conflito desde 1949.

O tratado foi assinado pelos presidentes da chinesa Associação para as Relações através do Estreito (ARATS) e a taiuanesa Fundação Intercâmbios do Estreito (SEF), que há mais de 15 anos conduzem as negociações entre os territórios.

O acordo reduzirá tarifas para cerca de 800 produtos chineses e taiuaneses nos respectivos mercados e, segundo as duas partes, é o mais importante assinado em seis décadas, pois será fundamental para o futuro econômico de Taiwan e representa uma aproximação sem precedentes de Pequim à "ilha rebelde".

A assinatura marca o fim de dois anos de negociações entre ARATS e SEF, coincidindo com o retorno ao poder em Taiwan do Partido Nacionalista Kuomintang (KMT).

As negociações estiveram suspensas entre 1997 e 2008, especialmente durante o Governo na ilha do independentista Chen Shui-bian (atualmente preso por corrupção).

As duas partes destacaram o histórico do acordo, que segundo afirmou nesta terça-feira o presidente taiuanês, Ma Ying-jeou, em Taipé, "fomentará a internacionalização da ilha e evitará sua marginalização comercial".

Por outro lado, os independentistas taiuaneses, agora na oposição, se referem ao acordo como um "cavalo de Tróia" usado pelo Governo chinês, e asseguram que é mais um passo no processo do KMT para reunificar a ilha com o território do qual esse mesmo partido se separou em 1949.

Entretanto, o Governo nacionalista de Taiwan, apoiado pela China, defende o acordo como única saída viável perante o perigo de isolamento regional para a economia taiuanesa, mais afetada pela crise global que o gigante asiático.

Os empresários taiuaneses, que defendem o acordo, estavam, além disso, atemorizados pelos efeitos negativos que podem ser causados pelo Tratado de Livre-Comércio entre China e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em vigor desde o início deste ano.

Fonte: EFE
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Rússia diz que os EUA estão mal-intencionados no caso dos espiões

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O Ministério de Assuntos Exteriores russo afirmou hoje que o escândalo da detenção nos Estados Unidos de um grupo suspeito de espionar a Rússia tem fins mal-intencionados.

"Não entendemos os motivos pelos quais o Departamento de Justiça fez uma declaração pública ao estilo das 'paixões de espionagem' próprias dos tempos da Guerra Fria", disse Andrei Nesterenko, porta-voz oficial da Chancelaria russa, citado pela agência "Interfax".

Acrescentou que, segundo as autoridades russas, "estas ações não têm nenhum fundamento e perseguem fins mal-intencionados".

"Estes anúncios ocorreram muitas vezes no passado, quando nossas relações passavam por um período de auge", disse.

O diplomata lamentou os fatos aparecerem agora em meio ao reinício das relações russo-americanos, anunciado pelo próprio Governo dos Estados Unidos.

O diretor do instituto de análises estratégicas, Sergei Oznobischev, indicou em declarações à agência "RIA Novosti" que "o incidente dos espiões" é obra das forças políticas que "tradicionalmente atuam contra a aproximação entre Estados Unidos e Rússia".

Segundo as autoridades americanas, oito pessoas foram detidas no domingo acusadas de realizar durante um "longo período de tempo" missões secretas nos Estados Unidos atuando como agentes para a Rússia.

Além disso, outras duas pessoas mais foram detidas por participar supostamente em um programa para a inteligência russa dentro do país.

Ao todo, 11 pessoas, estão sendo acusadas de "conspiração" e atuarem "ilegalmente" como agentes russos em território americano. Nove dos detidos enfrentam acusações de "lavagem de dinheiro".

Fonte: EFE
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Irã acusa a CIA de guerra psicológica contra seu país

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O Irã acusou nesta segunda-feira a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos de realizar uma “guerra psicológica” depois das declarações de seu chefe, Leon Panetta, e assegurou que a CIA sabe que o programa nuclear da República Islâmica não tem objetivos militares.

“Este tipo de declaração faz parte de uma guerra psicológica lançada para dar uma visão negativa das atividades nucleares pacíficas do Irã”, declarou o porta-voz da diplomacia iraniana, Ramin Mehmanparast, citado pela agência oficial Irna.

“Os dirigentes amreicanos e, em particular seus serviços de inteligência, sabem melhor do que ninguém que o programa iraniano não é, de maneira alguma, militar”, acrescentou. Em entrevista ao canal ABC, Panetta alertou que o Irã teria capacidade para fabricar “duas armas nucleares” até 2012.

“Achamos que têm urânio levemente enriquecido suficiente para duas armas (nucleares)”, explicou. Teerã precisaria de um ano para enriquecer este urânio, de forma a produzir uma bomba, e levaria pelo menos “outro ano para desenvolver o sistema de lançamento da arma para torná-la viável”, acrescentou o diretor da agência de inteligência americana.

Os Estados Unidos não descartaram a opção militar contra o Irã, assim como Israel, principal aliado de Washington na região, onde além do mais é o único país com poderio nuclear bélico, que não nega, mas tampouco reconhece.

“Israel está muito preocupado com o que acontece no Irã”, afirmou Panetta. “Continuamos compartilhando (informação de) inteligência sobre qual é a capacidade exata” do regime iraniano, acrescentou.

Fonte: AFP
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Década de 2020 deve consolidar poder dos BRICs

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Os anos 20 deste século podem marcar a consolidação do fortalecimento de países emergentes como potências econômicas e políticas, em um mundo cada vez mais multipolar. Segundo acadêmicos e instituições de pesquisa, os chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) serão peças-chave dessa nova ordem.

Para investigar que desafios cada país do BRIC terá pela frente, no caminho para se tornar uma potência em 2020, a BBC Brasil produziu uma série especial que começa a ser publicada nesta segunda-feira, reunido reportagens multimídia de nossos repórteres no Brasil e enviados especiais a Rússia, Índia e China.

Em 2020, com 3,14 bilhões de habitantes (40% da população mundial naquele ano, segundo projeções da ONU), eles devem chegar mais perto das economias do G-7, após terem crescido a taxas muito superiores às de nações ricas.

O National Intelligence Council, entidade do governo americano ligada a agências de inteligência, prevê que já em 2025 todo o sistema internacional - como foi construído após a Segunda Guerra Mundial - terá sido totalmente transformado.

"Novos atores - Brasil, Rússia, Índia e China - não apenas terão um assento à mesa da comunidade internacional, mas também trarão novos interesses e regras do jogo", afirma a instituição

"Muito provavelmente, por volta de 2020 vamos nos dar conta de que existe um equilíbrio muito maior no mundo em termos econômicos e políticos com o fortalecimento de países emergentes como China, Índia, Brasil e Rússia. Com um maior poder econômico, virá também um maior poder político e uma participação ativa desses países em organismos internacionais", disse à BBC Brasil Stepháne Garelli, professor da Universidade de Lausanne, na Suíça, e autor de um estudo que traça cenários para 2050.

Conceito complexo

O conceito de sistema multipolar é complexo e, ainda que boa parte dos analistas concorde que o mundo caminha para isso, o tempo que levará para que a China tenha voz no Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ou o Banco Mundial seja dirigido por um russo ou indiano variam muito.

Mas a discussão já não se limita mais ao meio acadêmico. Diferentes aspectos do que pode vir a ser um mundo multilateral (ou multipolar) já começam a aparecer em discursos de autoridades que estão no centro do processo de tomada de decisões internacionais.

Um exemplo recente vem de Gordon Brown, o primeiro-ministro britânico, que, às vésperas do encontro do G-20, em Londres, declarou no Brasil que "o tempo em que poucas pessoas mandavam na economia acabou".

Também às vésperas do encontro, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse em entrevista a uma TV francesa que "soluções globais supõem que a governança de instituições como o FMI seja mais legítima, mais democrática, com espaço para os países emergentes e pobres".

Reunião do G-20

A reunião do G-20, grupo que une países emergentes aos países-membros do G-8, pode ser vista como um sinal dessas mudanças. A voz dos emergentes no cenário de crise ganha especial relevância.

Segundo boa parte dos analistas ouvidos pela BBC Brasil, eles não apenas serão menos afetados do que os países desenvolvidos pela crise, como também podem se recuperar mais rapidamente.

Essa possível recuperação mais rápida se baseia em alguns pilares que serão também propulsores do crescimento de longo prazo.

"A situação das economias desses países é muito diferente. Mas, de maneira geral, os BRIC estão mais bem posicionados para a recuperação do que muitas outras economias", disse Markus Jaeger, responsável por análises de longo prazo no Deutsche Bank.

Para Alfredo Coutinho, analista mexicano da agência Moody's nos Estados Unidos, a crise revela ainda a vulnerabilidade das economias desenvolvidas e deixa clara a necessidade de equilíbrio na economia global.

"É uma oportunidade para as economias emergentes, que devem liderar a recuperação", disse Coutinho.

Crise

Em entrevista à BBC Brasil, Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman & Sachs, que criou a sigla BRIC em 2001, prevê que a crise até mesmo acelere a escalada dos emergentes, e diz que já em 2020 a economia desses quatro países encoste nas dos países do G-7, o grupo das atuais nações mais ricas do mundo.

Não faltam céticos em relação à projeção de O'Neill. John Bowler, diretor do Serviço de Risco por País (CRS na sigla em inglês) da Economist Intelligence Unit é um deles.

"Acho que esse processo será mais demorado. Há uma série de obstáculos à confirmação dessas projeções tanto no campo econômico quanto político", disse Bowler.

Apesar das ressalvas feitas por muitos dos ouvidos pela BBC Brasil, o "otimismo" de O'Neill não é isolado.

Um relatório da consultoria Ernst&Young, Global Megatrends 2009, por exemplo, afirma que "a fome de crescimento, junto com a rápida industrialização das economias e populações em expansão, põe os emergentes no caminho da recuperação mais rapidamente, e os países do BRIC são claramente os atores principais".

Essa fome de crescimento vem, em parte, da nova classe média que tem revolucionado o consumo nesses países. Segundo o Banco Mundial, 400 milhões de pessoas se encaixavam nessa categoria em 2005 nos países em desenvolvimento. Em 2030, deverão ser 1,2 bilhão de pessoas.

"A classe média, principalmente dos países do BRIC, será o novo motor da economia mundial", prevê Stepháne Garelli, da Universidade de Lausane e diretor do índice de competitividade, publicado pelo Institute of Management Development, que avalia 61 países em 312 critérios.

"É uma classe média ávida por comprar seu primeiro carro, seu primeiro celular de última geração. Não é conservadora como a classe média do atual mundo rico. Ela quer 'comprar felicidade'", acrescentou.

Padrão de vida

O valor do PIB dará posição de destaque a esses países no ranking global de economias, mas não será suficiente para levar as populações desses países a padrões de vida próximos ao dos países hoje considerados ricos.

O PIB per capita da Índia, por exemplo, deverá praticamente dobrar num período de 15 anos até 2020, segundo um estudo do departamento de pesquisas do Deutsche Bank. Ainda assim, representará apenas 40% da renda per capita nos Estados Unidos.

De olho em indicadores como o PIB per capita, Françoise Nicolas, economista do Instituto Francês de Relações Internacionais, prevê a ascensão das "superpotências pobres".

"Será um mundo multipolar bizarro. Os BRIC serão superpotências pobres com mais peso econômico, mas o discurso ainda não estará no mesmo nível dos países ricos", prevê Nicolas.

Além da pobreza, esses países enfrentam outros desafios, como a proteção ao meio ambiente.

"Eles querem ter maior poder de decisão e, ao mesmo tempo, em certas questões como o meio ambiente, querem continuar a ser tratados como países emergentes, que não podem cumprir as mesmas exigências dos ricos", disse Thomas Klau, chefe do escritório de Paris do Council of Foreign Relations.

Fonte: BBC Brasil
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Rússia não comenta detenções de supostos espiões nos EUA

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O Serviço de Espionagem Exterior (SEE) da Rússia declarou nesta terça-feira que não vai comentar a detenção nos Estados Unidos de dez pessoas suspeitas de atuar como agentes do Governo russo em território americano de maneira ilegal.

"Nós não comentamos essas informações", disse à agência "Interfax" o chefe do escritório de imprensa do SEE, Serguei Ivanov, se referindo ao anúncio do Departamento de Justiça americana sobre a detenção dos suspeitos.

Segundo as autoridades americanas, oito das pessoas foram detidas no domingo acusadas de realizar durante um "longo período de tempo" missões encobertas nos Estados Unidos atuando como agentes para a Rússia.

Além disso, outras duas pessoas foram detidas por suposta participação em um programa para a inteligência russa dentro do país.

Onze pessoas, incluindo os dez detidos no domingo, são acusados em duas causas criminais apresentadas separadamente com acusações de "conspiração" por atuar de maneira "ilegal" como agentes russos em território americano.

Nove dos detidos enfrentam, além disso, acusações por "lavagem de dinheiro".

"A espetacular desarticulação da suposta 'rede de espionagem russa' causou estupor e perplexidade nos Estados Unidos, e ressuscitou as lembranças dos tempos da Guerra Fria", comentou nesta terça-feira o jornal digital russo "News.ru.com".

Fonte: EFE
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Turquia fecha espaço aéreo para aviões militares israelenses

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O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, disse na segunda-feira que uma proibição à entrada de aviões militares israelenses ao espaço aéreo turco está em vigor desde a operação de marines israelenses em um comboio que levava ajuda humanitária à Gaza em que nove turcos foram mortos.

Ele confirmou que a proibição está em vigor em resposta a relatos de que um avião que levava autoridades israelenses à Polônia foi forçado a refazer sua rota após ter sua entrada ao espaço aéreo turco recusada.

"Isto é algo que aconteceu após os eventos recentes. Isto já foi anunciado", disse Erdogan, citado pela agência estatal Anatolian.

Nove pró-ativistas palestinos turcos foram mortos quando comandos israelenses entraram em um navio com bandeira turca em 31 de maio como parte de uma operação para impedir que uma frota com ajuda humanitária furasse o bloqueio imposto à Faixa de Gaza.

Após o incidente, a Turquia retirou seu embaixador e cancelou exercícios militares conjuntos com Israel. Autoridades turcas disseram que o governo está revendo suas relações com o Estado judeu.

A imprensa israelense informou na segunda-feira que Erdogan afirmou estar fechando o espaço aéreo turco a aeronaves militares israelenses, e que, aparentemente, esta é a primeira ação de Ancara contra Israel desde a retirada de seu embaixador.

Israel não comentou oficialmente a informação.

Em coletiva de imprensa em seu retorno a Ancara, após participar de reunião do G20 em Toronto, Erdogan foi perguntado se em seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ele mudou sua posição em relação à disputa com Israel.

"Concordamos em todos os assuntos, seja a necessidade de desculpa, reparações a serem pagas, estes dois quesitos são entre a Turquia e Israel, e a suspensão do bloqueio sendo imposto à Palestina", disse Erdogan.

Israel afirma que seu embargo à Gaza é necessário para evitar o fornecimento de armas aos militantes islâmicos do Hamas que controlam o território.

Obama e o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, devem se reunir em 6 de julho.

Fonte: Reuters
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EUA iniciam retaliações ao Brasil em texto de sanções ao Irã

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Por conta do apoio irrestrito do Brasil ao polêmico programa nuclear iraniano, o Congresso Americano aprovou lei de sanções contra o Irã, incluindo, pela primeira vez, restrições à venda de etanol a Teerã, em um claro e direto recado ao governo brasileiro de que vai custar caro o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo dos aiatolás.

Cravada em meio ao texto do projeto de lei de 41 páginas, que será assinada pelo presidente Barack Obama nos próximos dias, há uma ordem explícita para o governo americano monitorar as exportações de etanol para o Irã.

Segundo o texto, o presidente americano fica obrigado a entregar um relatório para o Congresso 90 dias após a publicação da lei de sanções, sobre os investimentos no setor de energia do Irã, que incluam "uma estimativa do volume de recursos energéticos, incluindo etanol, que o Irã importou durante o período".

No relatório, deverá conter, também, uma "lista de todos os projetos, investimentos e parcerias fora do Irã que envolvam entidades iranianas em parceria com entidades de outros países, incluindo identificação das entidades dos outros países." Isso vai valer para qualquer negócio feito a partir de janeiro de 2006.

O deputado democrata Eliot Engel, líder da Subcomissão do Hemisfério Ocidental da Câmara dos Representantes, deixou claro que o texto tinha endereço certo: "Quero manifestar meu apoio à seção da lei que exige um relatório sobre exportações de energia para o Irã”.

Engel disse que os “EUA e o Brasil são os maiores produtores de etanol do mundo e fiquei feliz de ouvir dos produtores brasileiros que eles não têm planos de fornecer etanol para o Irã. É por isso que a lei é importante, precisamos continuar monitorando essa área, já que exportações de etanol podem enfraquecer as sanções contra o setor de energia do Irã”.

Segundo uma fonte do Congresso americano, o estabelecimento do relatório é o primeiro passo para uma emenda que pode incluir o etanol na lista dos produtos cuja venda para o Irã estará proibida.

O governo americano já havia indicado claramente que se opõe ao possível interesse brasileiro de fornecer etanol aos iranianos. "Qualquer iniciativa que burle as sanções prejudica nosso objetivo, e, portanto, então não é uma boa idéia", disse um alto funcionário da Casa Branca.

Caso a Petrobrás decida revender etanol brasileiro para os iranianos, a estatal brasileira poderá ser alvo de retaliação de Washington. Procurada, a estatal, por intermédio de sua assessoria, assegurou que não tem planos imediatos de negociar o produto com o Irã.

Assim como a assessoria da Petrobrás, Adhemar Altieri, porta-voz da Única, entidade que representa os produtores brasileiros de etanol, disse que não há projeto nem de curto nem de longo prazo para exportar etanol para o Irã.

Entretanto, o governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva Lula parece disposto a enfrentar o governo Barack Obama quanto a exportar etanol para o Irão, caso seja do interesse de Teerã. "Não vamos discriminar ninguém na hora de exportar etanol. Vamos exportar etanol para qualquer país que queira, nossa prioridade é abrir mercados", declarou uma fonte do governo brasileiro.

Fonte: Pravda
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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Irã: negociação só no fim de agosto e com participação de Brasil e Turquia

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O Irã não retomará antes de agosto as negociações com as grandes potências sobre seu programa nuclear com o objetivo de dar uma lição aos ocidentais como se deve falar com as outras nações, afirmou nesta segunda-feira o presidente Mahmud Ahmadinejad, que também pediu a presença do Brasil e da Turquia nessas conversações.

"Nós atrasaremos as negociações em razão da má conduta e da adoção da nova resolução (do Conselho de Segurança da ONU sancionado o Irã)", informou Ahmadinejad em resposta a uma questão feita durante uma coletiva de imprensa.

"Não haverá negociação antes do fim do mês (iraniano) de Mordad (equivalente ao dia 22 de agosto), no meio do Ramadã. É a multa que eles devem pagar para aprender a ter educação na hora de falar com as outras nações", acrescentou o presidente iraniano em uma alusão às sanções votadas no dia 9 de junho pelo Conselho de Segurança da ONU contra o Irã, quando foi acusado de falta de transparência e cooperação em seu polêmico programa nuclear.

Ahmadinejad ainda afirmou que as discussões entre o Irã e as grandes potências do "grupo de Viena" (Estados Unidos, Rússia e França sob patrocínio da Agência Internacional de Energia Atômica) sobre uma eventual troca de combustível nuclear deverá compreender o Brasil e a Turquia.

"Nós estamos prontos para negociar uma troca de combustível com base na declaração de Teerã", assinado em maio pelo Irã, pela Turquia e pelo Brasil, afirmou. Mas "se de um lado estão Rússia, França e Estados Unidos, o Irã irá junto da Turquia e do Brasil".

"A composição das negociações devem mudar", bem como as discussões com o grupo dos Seis (Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha), principal interlocutor de Teerã até o momento sobre a questão nuclear, afirmou.

"Quem disse que só os países do grupo 5+1 devem participar das negociações? Outros países também devem estar presentes", afirmou.

Ahmadinejad colocou como outra condição à retomada dos debates nucleares o posicionamento claro das grandes potências "sobre as armas nucleares que possuem o regime sionista".

Eles devem também "dizer claramente qual é o objetivo das negociações", acrescentou.

O presidente iraniano anunciou na semana passada que ele estipularia durante essa coletiva de imprensa "as condições da República Islâmica para negociar com os países que votaram a resolução contra o Irã".

Ahmadinejad igualmente rejeitou as acusações do chefe da CIA, Leon Panetta, que disse que o Irã poderia ter armas nucleares até 2012, reafirmando que Teerã não procura se equipar com tais armas e era "firmemente a favor do desarmamento".

"Nós deixamos explícito que a arma nuclear é boa para os Estados politicamente retardados e que sofrem com a falta de lógica", declarou.

"A acumulação de armas atômicas é a coisa mais estúpida da atualidade", concluiu.

Mais cedo, o Irã acusou a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos de realizar uma "guerra psicológica" depois das declarações de seu chefe, Leon Panetta, e assegurou que a CIA sabe que o programa nuclear da República Islâmica não tem objetivos militares.

"Este tipo de declaração faz parte de uma guerra psicológica lançada para dar uma visão negativa das atividades nucleares pacíficas do Irã", declarou o porta-voz da diplomacia iraniana, Ramin Mehmanparast, citado pela agência oficial Irna.

"Os dirigentes americanos e, em particular seus serviços de inteligência, sabem melhor do que ninguém que o programa iraniano não é, de maneira alguma, militar", acrescentou.

Em entrevista ao canal ABC, Panetta alertou que o Irã teria capacidade para fabricar "duas armas nucleares" até 2012.

"Achamos que têm urânio levemente enriquecido suficiente para duas armas (nucleares)", explicou.

Fonte: AFP
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Embraer busca incentivo nos EUA

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A Embraer quer aproveitar a grave crise que atinge os Estados Unidos para crescer com ajuda de dinheiro do contribuinte americano. A empresa pediu isenção de impostos na captação de US$ 27,8 milhões em empréstimos para bancar a construção de sua fábrica de jatinhos na Flórida, dentro de um plano do governo americano para recuperar a economia.

O presidente Barack Obama criou, no ano passado, um programa de quase US$ 800 bilhões em subsídios e investimentos para tirar a economia americana da recessão. A Embraer quer se beneficiar de uma pequena fração desses recursos para financiar, com juros mais baixo, a construção de uma fábrica em Melbourne, no norte da Flórida, um dos Estados mais atingidos pelo estouro da bolha imobiliária no país.

O grande desafio para a nova fábrica da Embraer nos Estados Unidos será encontrar compradores para os aviões executivos, depois que o produto tornou-se um dos mais odiados símbolos dos excessos que levaram à atual crise financeira mundial.

"Os jatos executivos passaram a ser vistos como um brinquedo extravagante nos Estados Unidos", afirma Ernest Edwards, vice-presidente de vendas da Embraer Executive Aircraft, controlada pela empresa brasileira, baseada Fort Lauderdale, localizada a cerca de 50 quilômetros ao norte de Miami. "Mas, aos poucos, as pessoas estão se dando conta que, num país como esse, os jatos são muito importantes para ampliar a produtividade das empresas."

Os Estados Unidos são o maior mercado de jatos executivos do mundo, mas os negócios sofreram um forte baque nos últimos dois anos por causa da crise, que obrigou as empresas a cortarem custos, trocando suas próprias aeronaves por jatos alugados e voos em linhas comerciais.

Para piorar as coisas, em agosto de 2008 os executivos das três principais montadoras de veículos dos Estados Unidos admitiram, em depoimento no Congresso, terem viajado a Washington em três jatinhos diferentes para pedir bilhões de dólares em socorro ao governo. A imprensa americana fez uma verdadeira caça às bruxas, expondo o quanto companhias que demitiam funcionários estavam gastando para manter aeronaves à disposição de seus executivos.

Com isso, o número de pouso e decolagens de jatos executivos nos Estados Unidos caiu 28,5% em dois anos, passando de 4,8 milhões em 2007 para 3,4 milhões de operações em 2009. Nesse início de ano, há alguns sinais de recuperação, mas ainda bastante tímidos.

Diante de um Phenom 100, com preços a partir de US$ 3,5 milhões que se tornou um dos sucessos no portfólio da Embraer, o diretor de manutenção da companhia, Jacques Blondeau, diz que mais cedo ou mais tarde a aviação executiva vai se recuperar. "Os Estados Unidos têm 5,5 mil aeroportos, mas apenas 450 deles são servidos por voos regulares", afirmou o canadense Blondeau, no hangar do centro de manutenção da Embraer de Fort Lauderdale. "Tenho clientes que não conseguiriam acompanhar o que acontece em suas empresas se não tivessem jatos."

Em 2007, um ano antes de estourar a crise econômica mundial, a América do Norte comprou US$ 3,377 bilhões em produtos da Embraer, o que corresponde a 47% das vendas da empresa no mundo todo. Cerca de dois terços dessas receitas vieram da venda de aviões para companhias aéreas.

Já antes da crise a Embraer vinha apostando na diversificação de produtos, como o desenvolvimento de novos jatos executivos e produtos para a área de defesa, e de novos mercados, como Oriente Médio e resto da Ásia.

Mas a nova fábrica da Embraer ganha destaque na Flórida, um dos quatro Estados americanos que mergulharam mais fundo na bolha imobiliária e, hoje, apresenta uma taxa de desemprego de 12%, quase o triplo dos 4,1% observados em 2007. Melbourne fica no norte do Estado e deverá levar mais tempo para se recuperar. Miami, mais ao Sul do Estado, tende a se recuperar mais cedo, puxada pelas suas conexões com países da América Latina, que em geral estão se saindo melhor que os Estados Unidos.

Se tudo der certo, a Embraer pretende começar a contratar os 200 trabalhadores para a fábrica no primeiro trimestre do próximo ano.

Fonte: Valor Econômico
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Coreia do Norte diz que reforçará sua capacidade nuclear

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A Coreia do Norte disse que poderá reforçar sua capacidade nuclear para enfrentar a política "hostil" imposta pelos EUA. A declaração foi feita hoje pelo ministério de Relações Internacionais norte-coreano, em depoimento veiculado pela Agência Central de Notícias de Pyongyang.

Segundo a declaração do ministério, diante das ameaças constantes dos Estados Unidos, o país deve buscar novas formas de proteção. A tensão na península coreana cresce desde 26 de março, quando um ataque a um navio de guerra sul-coreano matou 26 marinheiros. Posteriormente, uma investigação internacional concluiu que o torpedo foi lançado por norte-coreanos, acirrando ainda mais o ânimo entre os dois países.

No sábado, a reunião de cúpula do G-8, em Toronto, criticou o governo de Pyongyang pelo afundamento ao navio sul-coreano, e por seu programa nuclear. Neste domingo, a Coreia do Norte rejeitou uma proposta da ONU para participar de conversações militares sobre o afundamento da corveta de Seul.

Fonte:Estadão
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Obama assegura que EUA não abandonarão Afeganistão de modo repentino

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou neste domingo que as tropas americanas não abandonarão o Afeganistão de maneira repentina, apesar do apoio dos países mais industrilizados para pôr fim à guerra em um prazo de cinco anos.

Em entrevista coletiva após o encerramento da Cúpula do Grupo dos Vinte (G20, principais países ricos e emergentes) em Toronto (Canadá), o presidente americano reiterou seu compromisso com sua política de começar a retirada em julho do ano que vem, embora sem uma data concreta para terminá-la.

"Os EUA mantêm um interesse nacional vital em que o Afeganistão não seja usado como uma base para lançar atentados terroristas", insistiu o presidente americano, que reiterou que o objetivo é garantir que o Afeganistão possa funcionar por si mesmo.

"Como no Iraque, a solução não pode ser unicamente militar, mas também deve ter uma parte política", apontou.

"Os EUA revisarão os progressos conseguidos no final do ano, quando a estratégia ordenada em novembro do ano passado e que reforçou a presença das tropas americanas com 30 mil homens, completará seu primeiro aniversário", disse Obama.

"Então, faremos mudanças no que virmos que não funcionou", afirmou.

"Em qualquer caso, os EUA não vão apagar as luzes e ir embora assim do Afeganistão", concluiu o presidente americano.

Fonte: EFE
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Coreia do Norte se comporta de maneira "beligerante" contra Seul, diz Obama

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje que a Coreia do Norte se comportou de maneira "beligerante" contra Seul no afundamento do navio "Cheonan" e pediu a Pequim que some-se a condenação do ato.

Em entrevista coletiva ao fim da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, principais países ricos e emergentes), encerrada hoje em Toronto (Canadá), Obama aludiu à resistência chinesa em condenar taxativamente no seio das Nações Unidas e em outras instâncias o afundamento do navio, que uma investigação atribuiu a um torpedo norte-coreano.

O presidente americano, que se reuniu no sábado com o presidente da China, Hu Jintao disse que foi "muito taxativo" ao indicar que "não nos encontramos em uma situação de igualdade moral, mas de um país beligerante que comete atos provocadores contra outro".

Obama afirmou ser consciente de que a China não quer ver uma crise na península coreana que pode ter consequências em seu lado da fronteira e disse que entende a "moderação" do lado de Pequim.

Mas, advertiu, "há uma diferença entre a moderação e a cegueira".

"É um exemplo de Pyongyang exagerando e é necessário falar contra isso, pois de outro modo não chegaremos a lugar algum com a Coreia do Norte", acrescentou.

"Queremos que uma Coreia do Norte desnuclearizada seja um membro responsável da comunidade internacional, mas isso não ocorrerá se não formos honestos sobre o que ocorre e como se comportam as nações", declarou o presidente americano.

Segundo indicou, o presidente sul-coreano, Lee Myung Bak, demonstrou "uma contenção extraordinária" em sua resposta e é "imprescindível" que a comunidade internacional lhe demonstre seu apoio.

"Seguiremos aumentando a pressão até que a Coreia do Norte tome decisões de acordo com as normas internacionais", ressaltou Obama.

O presidente americano abordou a situação em várias reuniões bilaterais ao longo da cúpula, incluindo as realizadas com Hu e Lee, e voltará a tratá-la nas próximas horas durante um último encontro em Toronto com o novo primeiro-ministro japonês, Naoto Kan.

Fonte: EFE
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Brasil diz que países terão "dificuldades" para cumprir meta de déficit

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O ministro das Finanças, Guido Mantega, disse hoje que alguns países desenvolvidos terão "dificuldades" para cumprir a meta de reduzir o déficit à metade para o ano de 2013 fixada hoje pelo Grupo dos Vinte (G20, principais países ricos e emergentes).

"Eu acho que alguns países terão dificuldades. Outros países irão conseguir", afirmou Mantega, que disse acreditar que a Alemanha e a França serão alguns dos que alcançarão o objetivo.

"Não vou dizer os que não vão conseguir", disse o ministro, que representou o Brasil no G20 perante a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que cancelou a viagem devido às inundações no nordeste.

O comunicado emitido hoje pelo G20 no final de sua reunião reflete o compromisso dos "países desenvolvidos" de reduzir os déficits "pelo menos à metade" para o ano de 2013 e de "estabilizar ou reduzir a dívida governamental como percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano 2016".

O Japão foi excluído desse compromisso perante seus estratosféricos níveis de dívida.

"Eu sigo considerando que é uma proposta, vamos chamá-la assim, ambiciosa", insistiu o ministro.

Ele precisou, de todos os modos, que se os países desenvolvidos conseguirem estimular o crescimento e seu PIB aumentar então o déficit será reduzido em termos relativos já que o déficit "é déficit sobre o PIB".

Fonte: EFE
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domingo, 27 de junho de 2010

CIA diz que Irã tem urânio para fabricar 2 bombas nucleares

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O diretor da CIA (agência de inteligência americana), Leon Panetta, afirmou neste domingo que o Irã provavelmente possui urânio suficiente, de baixo enriquecimento, para fabricar duas bombas nucleares, mas que precisaria de dois anos para pô-las em operação.

"Pensamos que eles têm atualmente urânio suficiente de baixo enriquecimento para duas armas", assinalou Panetta em entrevista concedida ao programa "This Week", do canal "ABC".

"Eles têm que enriquecê-lo completamente para chegar a esse ponto, e nós calculamos que, se decidirem fazê-lo, precisariam provavelmente de um ano e provavelmente outro ano para desenvolver um sistema operacional para tornar seus planos viáveis", continuou.

Panetta também se referiu às diferentes percepções que EUA e Israel têm sobre as intenções nucleares do Irã.

"Acho que eles pensam mais decididamente que o Irã já tomou a decisão de proceder com a bomba", comentou.

Questionado sobre a possibilidade de que Israel ataque as instalações nucleares do Irã em um prazo de dois anos, o tempo calculado pelos EUA necessário para fabricar as duas armas, o diretor da CIA afirmou que dará a Washington margem para a diplomacia.

Fonte: EFE

Nota do Blog: A questão nuclear iraniana exige muita atenção, pois o urânio que o Irã possui é enriquecido á 20%, enquanto para aplicação militar é necessário enriquecer este á mais de 90%. Embora o Irã possua uma considerável quantidade de urânio á 20% eles não possuem tecnologia para chegar aos 90% ainda e estimasse que isso demandaria ao menos dois anos para se obter tal capacidade.
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Projeto de monitoramento de fronteiras começa a avançar

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No último dia 24, com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, o Comando do Exército assinou um contrato com a Atech Negócios em Tecnologias S.A., para o desenvolvimento do projeto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), que tem por objetivo garantir a soberania nacional nos 16.886 quilômetros da fronteira terrestre brasileira. Dentro da estrutura do Exército Brasileiro, o SISFRON está a cargo do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica (CComGEx), ligado ao Departamento de Ciência e Tecnologia.

A cerimônia de assinatura ocorreu no Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica, em Brasília (DF), durante o Seminário de Defesa Cibernética. Em nota divulgada à imprensa, Jobim destacou a importância do SISFRON, referindo-se a ele como um programa da nação, não simplesmente setorial ou militar e que deverá gerar informações por meio de sensores em faixa de fronteira, dados estes que serão retransmitidos aos centros de comando.

O contrato assinado com a Atech Negócios em Tecnologias, empresas criada no final de 2009 a partir de cisão da Fundação Atech, envolve a elaboração do projeto básico do SISFRON, a um custo de R$ 17.200.079,00. O negócio foi fechado com dispensa de licitação, nos termos da lei, tendo em vista envolver “alta complexidade tecnológica e Defesa Nacional”. O processo de contratação, aliás, avançou com certa celeridade, uma vez que o edital para empresas interessadas em apresentar propostas foi publicado no Diário Oficial da União no dia 17 de maio.

O grupo Atech acumula extensa experiência em matéria de integração de sistemas e redes, atuando nas mais variadas áreas, como Defesa, Tráfego Aéreo, Espacial, Segurança Píublica, Meio Ambiente, Energia, entre outros. No Brasil, a Atech foi a integradora do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), onde acumulou experiência na integração de hardwares e softwares de várias origens.

Durante a tradicional feira Eurosatory, que aconteceu em Paris, na França, este mês, o SISFRON foi assunto bastante comentado nos bastidores. A expectativa é que grandes empresas estrangeiras, em parceria com indústrias e grupos empresariais nacionais disputem negócios associados à fase posterior, para sua implementação, com fornecimento de sensores, redes, sistemas de comunicações, entre outros.

Nos bastidores, fala-se categoricamente que a criação de uma joint-venture entre a EADS D&S e o grupo brasileiro Odebrecht, anunciada em maio deste ano, teria como “alvo” principal o SISFRON. Inclusive, Louis Gallois, presidente mundial da EADS afirmou durante a ILA Berlin Air Show, na Alemanha, que a parceria com a Odebrecht envolvia sistemas para monitoramento de fronteiras (border surveillance).

Fonte: Tecnodefesa via Plano Brasil
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O sucesso da divisão de defesa da Embraer

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Esta vem sendo uma década de sucesso para a divisão de defesa da Embraer, sua receita praticamente que triplicou, demonstrando o sucesso de seus produtos e serviços em um mercado que vem se tornando muito promissor com os programas de modernização não só das forças armadas brasileiras, mas também de nossos vizinhos.

Há sete anos o faturamento anual com produtos como modernização de aeronaves,sistemas de comunicação e radares girava em torno dos 160 milhões de dólares, fechou 2009 com uma receita de 500 milhões, sendo a previsão para 2010 de um aumento de 30% em relação ao ano passado.

A participação da Embraer no mercado de defesa vem crescendo significativamente na ultima década, devendo fechar o ano com um aumento de 12% de sua participação no mercado, tendo sido o principal impulsor o projeto do Super Tucano, uma aeronave de ataque leve e treinamento projetada para atender aos requerimentos da FAB e quem tem tido uma grande aceitação no mercado de defesa, tendo sido vendido a vários países e sendo ainda avaliado pelos EUA em um programa que compreende um número aproximado superior a 100 unidades.

O proximo grande passo para se consolidar nesse mercado tão exigente e promissor já foi dado, trata-se do projeto KC-390, uma aeronave de transporte militar que esta sendo projetada para atender a uma necessidade da FAB , mas já há muitos interessados nesse produto inovador, um nicho que deve nos próximos anos absorver a compra entre 700 e 800 aeronaves, num valor aproximado de 50 bilhões de dólares, onde já estamos um passo a frente de nossos concorrentes. O KC-390 tem um enorme potencial de exportação e vai elevar significativamente a participação da divisão de defesa nos lucros da Embraer.

A Embraer sem sombra de dúvidas figura ao lado da Petrobrás como os orgulhos de nossa nação.


Angelo D. Nicolaci
Editor GeoPolítica Brasil
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Oi negocia com o governo parceria em satélite militar

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Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial com custo estimado em US$ 400 milhões (em torno de R$ 710 milhões).

O projeto foi apresentado ao presidente Lula pelos acionistas controladores da Oi, os empresários Carlos Jereissati, do Grupo La Fonte, e Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. O presidente gostou da ideia, e a Casa Civil pretende estudar o projeto.

De acordo com um auxiliar de Lula, o tema será analisado por uma comissão interministerial e é "natural" fechar a parceria estratégica.

Segundo relato de assessores presidenciais, há pontos que recomendam a parceria: o custo elevado e o fato de que um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso.

Além disso, como a Oi é nacional, o governo vê a parceria com mais simpatia do que se a espanhola Telefónica e a mexicana Embratel estivessem envolvidas.

Pela proposta da tele, seria criada uma empresa para gerenciar o projeto. A União e a Oi teriam 50% cada uma na sociedade. O prazo de desenvolvimento, fabricação e lançamento do satélite é de cerca de dois anos e meio.

Os empresários argumentaram com o presidente que ter um satélite controlado por capital brasileiro é questão de soberania nacional.

Disseram ainda que todos os satélites considerados brasileiros, que ocupam posições orbitais pertencentes ao Brasil, são controlados por empresas de capital estrangeiro, e que, na eventualidade de uma guerra, os militares não teriam controle físico sobre os equipamentos.

Desde a privatização da Embratel, em 1998, os militares reivindicam algum controle sobre os satélites que fazem as comunicações sigilosas das Forças Armadas.

O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, confirmou que a empresa propôs parceria ao governo para um satélite de uso civil e militar.

"O principal fator para viabilidade de um satélite é haver demanda para ocupar sua capacidade. Os dois maiores consumidores de serviços de satélite no Brasil são a Oi e o governo. Por que não nos juntarmos e tirarmos proveito disso?", disse Falco.

A tele é fruto da compra, pela Telemar, da Brasil Telecom, fusão estimulada pelo próprio Lula, que chegou a mudar a lei para viabilizar a operação, dentro da estratégia do governo de ter no país uma grande empresa nacional de telecomunicações.

A Oi, por sinal, aproveitou o momento de disputa no mercado entre a Telefónica e a Portugal Telecom pela Vivo (maior operadora de telefonia celular do país, em número de assinantes) para pedir tratamento diferenciado ao governo Lula.

Fonte:
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A indústria naval renasce das cinzas

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A indústria naval brasileira chegou a ser a segunda maior do mundo, empregando, em 1979, 39 mil trabalhadores. Na época, apenas o Japão nos superava. Nas décadas seguintes, quando os navios e plataformas de exploração passaram a ser importados, o setor começou a definhar até quase virar pó, com o número de empregados caindo para 1.900 no ano de 2000. Hoje, no entanto, a indústria naval está renascendo das cinzas. O setor já superou em muito o número de empregados da época áurea, empregando atualmente 46.500 trabalhadores e podendo chegar, segundo cálculos do Sindicato da Indústria Naval, a 50 mil até o fim deste ano.

A reviravolta fantástica está sendo proporcionada sobretudo pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), um dos principais projetos do PAC. As encomendas do Promef somam 49 navios de grande porte, dos quais 46 já foram licitados e 38 já estão com os contratos assinados. As premissas do Promef, que resultaram num grande impulso à nossa indústria, são de que os navios devem ser construídos no Brasil e com índice de nacionalização de 65% na primeira fase e de 70% na segunda, além da exigência de que sejam competitivos internacionalmente.

Houve várias críticas a essa nossa determinação. Diziam que na era da globalização seria mais barato fazer as encomendas à China ou à Coreia. Nós dizíamos que o Brasil tinha um parque ocioso enorme e que não poderíamos deixar todo o know how adquirido se perder no tempo. O que os críticos não consideravam também é que as compras feitas internamente retiram um peso negativo da balança comercial, mobilizam um sem-número de outras empresas, geram dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos para brasileiros, que se tornam consumidores e passam a demandar todo tipo de produto para a sua vida diária, girando e estimulando toda a economia.

No mês passado, nós participamos do lançamento ao mar do primeiro navio concluído: o João Cândido, construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. As dimensões do navio são gigantescas – o comprimento é de 274 metros, duas vezes e meia a distância de uma trave à outra do campo do Maracanã. Foi o primeiro navio construído no Brasil para o sistema Petrobras desde 1997 e pode ser apontado como marco da recuperação da nossa indústria naval. Na última quinta-feira, foi lançado ao mar o segundo navio, o Celso Furtado, no Estaleiro Mauá, em Niterói, no Rio de Janeiro. Há todo um simbolismo nesse empreendimento. Nós estamos resgatando uma tradição, uma vez que esse estaleiro foi fundado em 1846 pelo Barão de Mauá, pioneiro da indústria naval e do desenvolvimento industrial do nosso país.

Quero ressaltar um aspecto muito importante: a qualificação dos trabalhadores. A grande maioria dos operários do Estaleiro Atlântico Sul ganhava a vida como pescador, cortador de cana ou doméstica. Todos eles, cuja atividade anterior não era valorizada, receberam formação em três fases. Na primeira, houve reforço do ensino básico, com a duração de três meses. O segundo estágio foi no Senai, onde os trabalhadores receberam base teórica e treinamento prático. A terceira fase, oferecida pelo próprio estaleiro, foi de qualificação final para as atividades de soldador, caldeireiro, mecânico, montador e pintor. Não há nada que pague ver a expressão de felicidade estampada no rosto dos trabalhadores, pessoas que jamais imaginaram que um dia seriam capazes de construir um verdadeiro monumento, como é o navio João Cândido.

A retomada da indústria naval é irreversível. Além das encomendas atuais, não é difícil imaginar quantas encomendas serão geradas com o início da exploração do pré-sal. Além da revitalização dos antigos estaleiros e da construção do Atlântico Sul, o Estaleiro Aliança está expandindo sua unidade de Niterói (RJ) e vai construir nova unidade em São Gonçalo (RJ). O Estaleiro Rio Grande, em Rio Grande (RS), construirá oito cascos de navios plataforma para a Petrobras. O grupo Wilson Sons anunciou na semana passada a construção de novo estaleiro, também na cidade de Rio Grande. Outros quatro serão instalados no país para atender à demanda crescente: Paraguaçu, na Bahia, Eisa, em Alagoas, Promar, no Ceará ou Pernambuco, e Corema, em Manaus. Estou convencido de que o Brasil vai voltar em breve a figurar entre os líderes mundiais na construção de navios. Os reflexos dessa verdadeira explosão da indústria naval estão se espraiando pela economia e beneficiando, direta ou indiretamente, todos os brasileiros.


Fonte: Correio Braziliense
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Chávez diz que "genocida" Israel será colocado em seu lugar

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse no sábado que algum dia Israel será posto em seu lugar, depois de qualificar o país de "Estado genocida" que atua como um braço assassino do governo norte-americano.

Duro crítico dos Estados Unidos, Chávez rompeu relações com Israel depois de chamar de "holocausto" a ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza em 2009.

"Algum dia o Estado genocida de Israel será posto em seu lugar, o lugar que lhe cabe", disse Chávez durante a visita a Caracas do presidente da Síria, Bashar al-Assad.

No entanto, o presidente venezuelano não deu detalhes sobre as implicações de sua declaração. Ele acrescentou que Israel "se converteu no braço assassino do império ianque, que não se pode duvidar que é quem ameaça a todos."

Além disso, Chávez expressou apoio à luta pacífica para a devolução à Síria das Colinas de Golan, ocupadas por Israel desde 1967 e que o governo sírio quer de volta como parte de um acordo de paz.

Chávez disse que as tentativas de Washington de isolar a Síria e mudar o Oriente Médio fracassaram e que Israel está ficando sem aliados.

Israel suavizou na semana passada o bloqueio terrestre que mantém contra a Faixa de Gaza, o que permitiu a entrada de produtos, com exceção de armas, depois de severas críticas internacionais pelo ataque israelense a um navio carregado com ajuda humanitária, durante o qual foram mortos nove ativistas estrangeiros.

Fonte: O Globo / Reuters
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Guerra no Afeganistão é "mais dura e lenta" que o previsto, diz CIA

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Os Estados Unidos realizaram avanços no Afeganistão, mas a guerra, que está fazendo nove anos, foi "mais dura e mais lenta que o previsto", afirmou neste domingo o diretor da CIA, Leon Panetta.

Ele também declarou, durante entrevista ao canal de televisão ABC, que o Irã dispõe de urânio levemente enriquecido em quantidade suficiente "para fabricar duas armas", em dois anos, se decidir fazê-lo.

A guerra no Afeganistão vem sendo "uma luta muito dura. Estamos conseguindo avanços, mas é muito pior que o previsto", disse Panetta.

A invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos foi iniciada no dia 7 de outubro de 2001, em resposta aos atentados de 11 de Setembro de 2001 contra a América, com o objetivo declarado de encontrar Osama bin Laden e outros líderes da Al Qaeda e levá-los a julgamento.

Washington pretendia destruir toda a organização da Al Qaeda, e remover o regime taleban, que apoiou e abrigou a Al Qaeda.

Também marca o início da guerra contra o terrorismo. A Aliança do Norte, formada por grupos hostis à milícia afegã Talibã, proporcionou a maior parte das forças terrestres, enquanto os Estados Unidos e a Otan deram apoio tático, aéreo e logístico.

A Otan assumiu o controle da Isaf, as forças internacionais no Afeganistão em 2003.

O ataque inicial americano tirou os talebans do poder, mas já recuperaram sua força.

Desde 2006, o Afeganistão vem sendo marcado por ameaças à sua estabilidade, com o aumento da atividade insurgente, recordes altos nos níveis de produção de drogas ilegais, com suas plantações de papoula, e por um governo considerado frágil.

A guerra ainda não foi vencida no seu principal objetivo de capturar Osama bin Laden.

Fonte: France Presse
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Síria cogita ajuda do Brasil em negociação com Israel

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O presidente da Síria, Bashar Assad, tem viagem marcada para o Brasil nesta semana e deve se reunir na quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em Damasco, Assad elogiou o papel do Brasil como mediador de conflitos e disse que pedirá a Lula para que ajude na negociação de um acordo com os israelenses.

"Nos últimos oito anos, começamos a ver o Brasil como uma força emergente no cenário internacional. Na minha visão, o esforço conjunto de Brasil e Turquia na questão nuclear iraniana elevou o papel brasileiro a um novo patamar", afirmou Assad. "Por isso, esperamos que o Brasil possa atuar para estabilizar o Oriente Médio. Como nossa prioridade, na Síria, é o processo de paz, vou discutir isso com o presidente Lula quando eu estiver no Brasil."

Questionado sobre uma possível participação da Turquia nas negociações, o presidente sírio respondeu que o governo turco poderia intermediar a ação do Brasil no processo, mas ponderou: "Claro, isso foi antes do ataque contra a flotilha (de Gaza). Não sei se os turcos estariam interessados agora por causa do problema entre eles e Israel."

Fonte: Estadão
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Irã tem planos para elevar produção de gasolina após sanções

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Planos de emergência aumentarão a produção iraniana de gasolina até o início de 2012, disse um funcionário do governo, segundo declarações publicadas neste domingo num jornal, depois que o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei contra empresas que fornecem combustível à República Islâmica.

O Irã é o quinto maior produtor de petróleo do mundo, mas não tem capacidade suficiente de refino e se vê forçado a importar até 40% de seu consumo de gasolina, o que o torna potencialmente vulnerável a medidas punitivas que afetam o comércio.

O vice-ministro de Petróleo, Ali-Reza Zeighami, disse que a produção de gasolina aumentará em 17 milhões de litros até o fim do próximo ano iraniano, que se estende até março de 2012, "por meio da implementação de planos de emergência", informou o jornal "Resalat" em sua edição deste domingo.

O número quase alcançaria o mesmo volume de combustível que o Irã importa atualmente. O jornal indicou que o Irã produz cerca de 43 milhões de litros de gasolina por dia.

As sanções unilaterais norte-americanas contra os fornecedores do Irã reduziram o número de empresas que podem vender gasolina ao país persa, embora funcionários do governo dizem que a nação não enfrenta neste momento problemas para comprar o que precisa.

Zeighami, que também é diretor-gerente da Companhia Nacional de Refinamento e Distribuição de Petróleo, disse que a produção aumentaria em 11 milhões de litros na refinaria de Arak, onde atualmente são bombeados 5 milhões de litros.

"Os planos para aumentar a produção de gasolina estão acontecendo em uma série de outras refinarias no país a um custo de entre US$ 1,8 bilhão e US$ 2 bilhões", declarou.

Nos últimos meses, funcionários fizeram comentários parecidos, enquanto o Irã enfrenta uma crescente pressão internacional por seu programa nuclear. Segundo as potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, o país islâmico tem o objetivo de produzir bombas atômicas.

Fonte: Reuters
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G20 entra em sessão plenária com clara tensão entre membros

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O Grupo dos Vinte (G20, países mais ricos e principais emergentes) realiza hoje sua reunião plenária, em Toronto, com diferenças claras entre os membros em assuntos como gastos públicos e a proposta de nova taxação a bancos.

Os países-membros concordam sobre a necessidade de cortar déficit e dívida, mas discordam no montante e na velocidade desses cortes.

Essas e outras diferenças, como a proposta de impor impostos aos bancos em caso de novos resgates futuros do setor, prometem gerar hoje um debate acalorado na cidade canadense.

O dia começará com uma sessão plenária que terá a recessão e a recuperação como temas. O conferente principal será o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría.

Na segunda parte, os integrantes do G20 tratarão da situação nos mercados financeiros e da regulação do setor. E o dia termina uma sessão de trabalho sobre o futuro da cooperação em temas empresariais no G20.


Fonte: EFE
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EUA só cederão controle das operações de guerra a Seul em 2015

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Coreia do Sul e Estados Unidos acertaram atrasar a transferência a Seul do controle das operações de guerra para 2015, três anos mais que o prazo inicialmente previsto, informou neste domingo o Escritório Presidencial sul-coreano citado pela agência "Yonhap".

A tensão entre as duas Coreias e o aumento das provocações norte-coreanas desde que o conservador Lee Myung-bak assumiu a Presidência sul-coreana foram um dos motivos argumentados para o atraso.

Segundo o novo acordo alcançado entre Lee e o presidente americano, Barack Obama, Seul obterá o chamado controle operacional em tempos de guerra em dezembro de 2015, frente ao prazo inicial fixado em abril de 2012.

A Coreia do Sul tem o controle de suas forças em tempos de paz, mas os EUA tomariam o controle perante um hipotético início de hostilidades, medida pensada para fazer frente à Coreia do Norte.

Fonte: EFE
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Agradecimento

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Olá amigos leitores,

Primeiro eu quero agradecer a sua participação e principalmente a sua compreenssão. Foi superada a dificuldade técnica que enfrentei, e estou aqui novamente lhe trazendo as principais notícias do cenário geopolítico, conhecimentos, curiosidades e a liberdade de acesso a um conteúdo diversificado e aberto a sua participação.

Esta semana irei publicar materias minhas, onde irei abordar a questão de Defesa Nacional, uma analise sobre os atuais programas militares nacionais, um visão sobre a segurança pública no Rio de Janeiro, artigo sobre a necessidade do empreendedorismo em nossa nação dentre tantas novidades. Irei retomar a publicação dos capítulos da série "A Arte da Guerra".

Bom resumindo, estou retornando a atividade com gás total, e ainda aproveito para aqui expressar meu agradecimento e carinho a duas pessoas que tem me incentivado e apoiado de várias formas neste projeto e em minhas palestras, minha amada Dayse, uma pessoa fantásticas que tenho orgulho de ter em minha vida.

Muito obrigado e uma ótima semana

Angelo D. Nicolaci
Editor/Palestrante
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O teatro nuclear

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A proliferação de armas nucleares e um possível desarmamento se encontram entre os principais temas da agenda política mundial apesar de as chamadas armas leves e portáteis (pistolas, rifles, metralhadoras leves, lança-granadas, morteiros, armas anti-tanques móveis e lança-foguetes, inclusive lança-mísseis anti-aéreos portáteis) serem as verdadeiras armas de destruição em massa. A Small Arms Survey realizou pesquisa em 2009 que confirma o crescimento contínuo do comércio global dessas armas. O valor do comércio mundial de atingiu US $ 2,9 bilhões em 2006, um aumento de 28% desde 2000. Os Estados Unidos, aparecem como o maior exportador e o maior importador dessas armas que entre 2001 e de 2006 foram responsáveis pela morte de 450.000 pessoas.

O ano de 2010 se revela de particular importância na questão nuclear. O acordo firmado entre Rússia e os Estados Unidos sobre a redução da armas nucleares estratégicas, a publicação do informe Nuclear Posture Review que identifica a capacidade nuclear que a administração Obama espera para os próximos quatro anos e a conferência de avaliação do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Curioso notar que os Estados que possuem armas nucleares (Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra e China – todos signatarios del TNP- possuem 90% das armas nucleares sendo o restante distribuído entre Índia, Paquistão e Israel) são os que mais reivindicam um “mundo sem armas nucleares.”

A mídia saudou como um grande passo para a paz o encontro ( maio) entre o Nobel da Paz, Obama, e o recém admitido na “comunidade ocidental”, Medvedev, em que acordaram reduzir seus arsenais estratégicos em torno de 1550 ogivas para cada um. Especula-se que, atualmente, existam em torno de 23.000 armas nucleares, ou em outras palavras, 150.000 explosões nucleares como a de Hiroshima – não fique abismado que é isso mesmo! Mas a “comunidade ocidental” procura tranqüilizar-nos informando que são 40.000 menos que nos tempos críticos da Guerra Fria. Vamos traduzir em números, mais uma vez. O que eles nos dizem é: durante a guerra fria a capacidade nuclear existente poderia destruir o mundo centenas de vezes. Portanto, agora pode-se acalmar que os lideres mundiais, que são muito racionais, informam que fizeram um acordo e o mundo poderá ser destruído apenas algumas dezenas de vezes.

A administração Obama apresentou a sua reformulação da estratégia nuclear como algo completamente revolucionário. Agora, diferentemente da era Bush, ao invés de reservar a possibilidade de ataques nucleares, em resposta a um ataque nuclear, ou um ataque por outras formas de destruição em massa (como armas químicas e biológicas) os EUA declaram que o papel fundamental de seu arsenal é impedir eventuais ataques nucleares ao pais e seus aliados. A chamada revisão da estratégia declara que "os EUA não pode usar ou ameaçar usar armas contra os não-nucleares que fazem parte do tratado de não proliferação nuclear, ou seja Irã e Coréia do Norte ainda se constituem em um possível alvo.

Pergunto se agora algum lugar do mundo se sente seguro com esta nova declaração no caso de uma crise ou uma guerra com o envolvimento dos EUA. Você sabe realmente quando ou como um Estado nuclear poderá realmente usar o seu arsenal para proteger seus interesses? Você acha que é razoável correr esse risco?

Além disso, a decisão de excluir estados com armas nucleares, não-signatários do TNP, parece contraproducente como bem assinalou o especialista Stephen Walt. Pois, se o Irã continua a ser um alvo nuclear, mesmo quando não tem suas próprias armas isso apenas poderá lhe dar incentivos adicionais para perseguir uma opção das armas nucleares pelos mesmos argumentos que os EUA justificam em ter o seu próprio arsenal.

Se o governo dos EUA acredita que o papel fundamental das armas nucleares é impedir um ataque, e agora diz que ainda reserva a opção de usar armas nucleares contra o Irã, então não seria razoável concluir que o Irã ou qualquer outro pais, da mesma forma, poderia usar um arsenal nuclear para sua segurança cujo papel fundamental seria o de impedir que os EUA façam isso?

Creio que nesse terreno estamos mais próximos do Teatro do Absurdo do que propriamente da política internacional.


Reginaldo Nasser professor de Relações Internacionais da PUC-SP

Fonte:Carta Maior
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