segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ataque israelense contra frota em Gaza causa comoção internacional

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Comandos da Marinha israelense atacaram nesta segunda-feira uma frota de ajuda humanitária internacional que se dirigia a Gaza, deixando pelo menos nove mortos, e provocando uma avalanche de críticas da comunidade internacional a Israel.

O ataque ocorreu em águas internacionais contra a frota que queria forçar o bloqueio imposto desde 2007 por Israel à Faixa de Gaza.

Segundo o Exército israelense, nove passageiros foram mortos e pelo menos sete soldados ficaram feridos, dois em estado grave, durante os episódios de violência, que se limitaram ao barco turco "Mavi Marmara". Uma ONG turca em Gaza falou de pelo menos 15 mortos, turcos na maioria.

Entre os ativistas da "frota da liberdade" estaria a cineasta brasileira Iara Lee.

O incidente obrigou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a interromper uma visita ao Canadá e aos Estados Unidos, onde iria se reunir com o presidente Barack Obama na terça-feira.

Em Ottawa, Netanyahu ressaltou que "lamenta" as perdas de vidas humanas, mas declarou que os soldados israelenses "tiveram que defender suas vidas".

Durante uma conversa por telefone com Netanyahu, Obama pediu que sejam reveladas "o mais rápido possível" as circunstâncias exatas da abordagem e "lamentou profundamente" as perdas de vidas humanas.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu com urgência para debater a intervenção israelense contra os seis navios que transportavam centenas de militantes pró-palestinos e toneladas de ajuda para Gaza.

Durante o debate público, o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu, afirmou que Israel, que já foi um aliado estratégico de Ancara, "perdeu toda a legitimidade internacional", enquanto o representante de Israel na ONU, Daniel Carmon, acusou a frota de não ter "nada de missão humanitária".

A Turquia, que tem vários cidadãos entre as vítimas, acusou Israel de "terrorismo de Estado" e convocou seu embaixador em Tel-Aviv. O Estado hebreu pediu a seus cidadãos que não viajem à Turquia.

As autoridades israelenses, que haviam anunciado sua intenção de bloquear a "frota da liberdade" mesmo com o uso da força, acusaram os organizadores de terem "desencadeado a violência" a bordo do 'ferry' turco Mavi Marmara. Mas estes garantem que os comandos abriram fogo sem justificativa.

Imagens gravadas no Mavi Marmara mostram comandos vestidos de preto descendo de um helicóptero para o navio, depois confrontos com militantes a bordo, além de pessoas feridas caídas no convés.

"Amparados pela escuridão, os comandos israelenses desceram de helicópteros sobre o barco turco e começaram a atirar no momento em que seus pés tocaram o convés", segundo uma declaração divulgada no site do movimento Free Gaza.

"Fizemos todos os esforços possíveis para evitar esse incidente. Os militares tinham recebido instruções para que agissem como em uma operação de polícia e com o máximo de cautela", disse o porta-voz de Netanyahu, Mark Regev.

"Infelizmente, eles foram atacados com extrema violência pelas pessoas no barco, com barras de ferro, facas e tiros", ressaltou.

O chefe do Estado-Maior israelense, general Gaby Ashkenazi, afirmou que houve uma violenta explosão quando suas forças chegaram a bordo. "Foi premeditado, e havia armas, barras de ferro, facas, e, em um certo momento, armas de fogo talvez tenham sido usadas contra os soldados".

Mas o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan afirmou que os barcos tinham sido "rigidamente revistados" e que não continham nada além "de ajuda humanitária" e de "voluntários civis".

Após o ataque, os seis barcos foram encaminhados sob escolta para o porto de Ashdod (sul de Israel).

Oitenta e três ativistas são mantidos presos até o momento, sendo que 25 aceitaram ser expulsos, segundo a Polícia de Imigração. "Os outros vão para a prisão", afirmou, acrescentando que "outras centenas" de prisões estavam sendo esperadas durante a noite.

Para evitar eventuais "desordens" na terça-feira nas cidades árabes-israelenses, a polícia aumentou seu nível de alerta após a convocação de uma jornada de greve e de manifestações.

O movimento islâmico Hamas, no poder em Gaza, pediu que árabes e muçulmanos façam um "levante" diante das embaixadas de Israel, enquanto que o presidente palestino, Mahmud Abbas, decretou três dias de luto na Cisjordânia e em Gaza, pedindo que os responsáveis pelo ataque "bárbaro" respondam diante da justiça internacional como "criminosos de guerra".

Várias manifestações de protesto contra o Estado hebreu foram realizadas na Jordânia, no Líbano, no Egito, no Irã, em Gaza, no Iraque e na Turquia, assim como em várias cidades europeias.

A ONU se disse "chocada" com o ataque e a União Europeia condenou "o uso da violência", exigindo uma "investigação completa". Os embaixadores israelenses em vários países ocidentais e árabes foram convocados.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pediu "ação" e "uma declaração forte" das Nações Unidas ante o ataque militar.

Uma reunião especial da Otan está prevista para terça-feira a pedido de Ancara, assim como uma reunião extraordinária da Liga Árabe.

Fonte: AFP
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Usina nuclear de Angra 3 obtém licença de construção

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A usina nuclear de Angra 3 obteve nesta segunda-feira sua licença de construção, emitida pela Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear). Até agora, só haviam sido realizadas obras de preparação do terreno e de instalações administrativas. Com a licença, a Eletronuclear, responsável pela gestão da usina, pode dar início às obras que envolvem o prédio do reator.

O projeto da usina é semelhante ao de Angra 2. Segundo a Cnem, isso permitiu uma redução nos custos de licenciamento da obra. Em geral, o licenciamento de uma nova usina custa US$ 100 milhões. O de Angra 3 saiu por cerca de US$ 20 milhões.

O próximo passo na construção é a obtenção da licença de carga de material nuclear, que só deve ocorrer a partir de 2014, quando a obra estiver praticamente concluída.

O presidente da Cnem, Odair Gonçalves, disse que a licença é um marco na história do programa nuclear brasileiro. Ela foi elaborada durante quatro anos.

Para ele, independentemente do resultado das próximas eleições presidenciais, o programa nuclear brasileiro deverá continuar em operação. "Hoje se sabe que o crescimento da hidroenergia não vai ser suficiente para atender à demanda. Não é uma questão ideológica", afirmou.

Fonte: Folha
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Na ONU, Israel acusa frota de romper bloqueio e defende soldados

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Israel assegurou hoje, perante o Conselho de Segurança da ONU, que os navios com ajuda humanitária buscavam romper o bloqueio a Gaza e que os ativistas a bordo atacaram os soldados, que responderam em legítima defesa.

"Os seis navios da flotilha tentaram romper o bloqueio marítimo de Israel a Gaza. Essa flotilha não estava só em missão humanitária", defendeu o embaixador adjunto de Israel na ONU, Daniel Carmon, que participou da reunião convocada hoje a pedido de turcos, libaneses e palestinos.

O diplomata israelense mencionou várias vezes declarações publicadas na imprensa dos organizadores da operação, como as de Greta Berlin, uma das porta-vozes da missão humanitária.

"Greta Berlin disse na semana passada que o objetivo não era só levar ajuda humanitária, mas também romper o bloqueio", assinalou o representante de Israel, que indicou que "os ativistas agrediram os soldados, que responderam em sua própria defesa".

"Não eram ativistas, nem mensageiros da paz, mas cinicamente" se serviram dessa denominação para tentar romper o bloqueio marítimo, acrescentou Carmon, para quem "o bloqueio é legítimo".

Além disso, qualificou a organização turca IHH de ser um grupo "de radicais antiocidentais que apoiam o Hamas e que têm, entre eles, elementos jihadistas próximos à Al Qaeda".

Segundo ele, "não há crise humanitária em Gaza", e o próprio coordenador especial da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, disse que houve avanços recentemente.

Já o representante palestino perante a ONU, Riad Mansour, pediu uma resposta firme do Conselho de Segurança perante o que qualificou de "massacre", e pediu que os responsáveis sejam levados à Justiça.

O chanceler turco, Ahmet Davutoglu, que participou dos debates no conselho, qualificou o incidente de "assassinato realizado por um Estado" e exigiu ao Governo Benjamin Netanyahu que peça desculpas imediatas pelo ocorrido.

Davutoglu pediu também a abertura urgente de uma investigação internacional, assim como uma ação legal "contra os autores e as autoridades responsáveis", além do fim do bloqueio a Gaza.

Já o embaixador adjunto dos Estados Unidos na ONU, Alejandro Wolff, ressaltou que Washington espera "uma investigação crível e transparente", ao tempo que pediu ao Governo Netanyahu que abra também sua própria avaliação oficial do caso.

Fonte: EFE
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Brasil cansou de ser "segunda classe", diz Lula sobre Irã

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Um dia antes de o chanceler Celso Amorim falar ao Senado sobre o acordo Brasil, Irã e Turquia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comentar o tema e disse que o "o Brasil cansou de ser tratado como segunda classe" e que "para fazer política internacional, é necessário respeito mútuo nas relações".

Falando no 10º Challenge Bibendum, evento que discute temas relacionados a mobilidade sustentável, no Rio de Janeiro, Lula mostrou-se crítico ao posicionamento das potências ocidentais, sobretudo os Estados Unidos, que têm criticado o acordo assinado em Teerã.

"Pega essa coisa do Irã. A divergência do Irã com os EUA perdurava por 31 anos. Qual foi o mal que o Brasil e a Turquia fizeram? Foi o de convencer o presidente do Irã a se sentar para negociar. Que era o que eles queriam que acontecesse. Quando o Irã topa sentar, eles falam que não vale mais. Não é possível fazer política internacional se não for com respeito mútuo nas relações", comentou.

Lula disse ainda que o famoso slogan usado pelo presidente americano Barack Obama nas eleições, "yes we can" [nós podemos, em inglês], cabe bem aos brasileiros. "O discurso de Obama, nós podemos, não é para eles, é para nós. O Brasil cansou de ser tratado como segunda classe". ]

Mais cedo, a imprensa iraniana noticiou que Lula teria telefonado ao presidente do Irã, indicando que pretende buscar apoio de líderes mundiais para dar força ao acordo.

Lula vai conversar com os colegas francês, russo e chinês para obter o apoio deles ao acordo tripartite Irã-Turquia-Brasil sobre a troca de urânio, anunciou a Presidência iraniana.

"Para obter o apoio de outros países à declaração (de Teerã), vou prosseguir meus contatos com os líderes", declarou Lula durante uma conversa telefônica com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, de acordo com um comunicado do governo de Teerã.

"Esta semana terei contato com (o presidente francês Nicolas) Sarkozy, (o presidente russo Dmitri) Medvedev e o presidente chinês (Hu Jintao)", completou Lula.

O acordo de 17 de maio, assinado por Irã, Turquia e Brasil, prevê a troca na Turquia de 1.200 quilos de urânio iraniano levemente enriquecido (a 3,5%) por 120 quilos de combustível enriquecido a 20%, fornecidos pelas grandes potências, para o reator de pesquisa científica de Teerã.

Discussões

Turquia e Brasil, atualmente membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), estão em um confronto cada vez mais aberto com o governo dos Estados Unidos, que criticou o acordo tripartite.

Um dia após a assinatura do acordo de Teerã, os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU para reforçar as sanções contra o Irã.

Washington considera que o acordo de Teerã não é suficiente para acabar com os temores de que a República Islâmica possa fabricar a bomba atômica.

O governo americano anunciou que os membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) apoiam o projeto de resolução.

Ahmadinejad elogiou Lula pela "posição corajosa" sobre o acordo de Teerã.

O presidente iraniano completou que uma "situação favorável" foi criada com o acordo de Teerã. Além disso, afirmou que Irã e Brasil seguirão "até o fim por este caminho".

Fonte: Folha
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Brasil pede fim do bloqueio a Gaza

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O Brasil pediu nesta segunda-feira na ONU o levantamento do bloqueio israelense contra Gaza, após um ataque de Israel contra uma frota que tentava levar ajuda humanitária aos palestinos.

O Brasil recebeu "com consternação" a notícia do ataque israelense que deixou uma dezena de mortos, disse a representante brasileira na ONU, Maria Luiza Ribeiro, em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

Segundo Ribeiro, o ataque israelense deixa clara "a necessidade de levantar o bloqueio de Gaza" por "violar o direito internacional".

A representante brasileira disse que seu governo tenta verificar informações preliminares, segundo as quais havia cidadãos brasileiros em algum dos barcos que integravam a frota atacada por Israel.

"Não pode haver justificativa para um ataque militar contra um comboio de civis", afirmou Ribeiro. O representante do México, Claude Heller, também tomou a palavra no debate para solicitar o levantamento do bloqueio.


Amorim critica ação de Israel e bloqueio a Gaza

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje que está "muito preocupado" com o episódio do ataque de Israel a um comboio de navios de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A cineasta e ativista brasileira Iara Lee seria uma das pessoas que se encontrava a bordo de uma das embarcações. "É um ato realmente muito grave, ficamos muito preocupados com isso", afirmou.

"Não poderíamos ter ficado mais chocados do que com um evento desse tipo. Eram pessoas pacíficas, que não significavam nenhuma ameaça e que estavam procurando realizar uma ação humanitária", disse Celso Amorim, após discursar no 31º período de sessões da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), em Brasília. "Ação humanitária que não teria sido nem necessária se terminasse o bloqueio à Gaza, que já está durando tanto tempo".

"Queremos que Israel viva em segurança, mas não é com essas ações que Israel vai ter segurança. É tendo a paz com os seus vizinhos, a Palestina e os países árabes que os cidadãos israelenses também terão a sua paz e a sua tranquilidade", comentou Celso Amorim, que informou que um diplomata brasileiro deve se deslocar à região próxima do incidente.


Estado palestino

Hoje também, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu a criação de um Estado Palestino. Ele condenou o ataque de Israel ao comboio de navios que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. "Esse ataque pode ser caracterizado como terrorismo de Estado. O que Israel fez é inadmissível; é uma provocação ao mundo", disse Vaccarezza. "A ONU precisa obrigar, criar condições para a construção do Estado Palestino", completou.

Fonte: AFP/Estadão
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ONU chocada com ataque israelense contra ajuda para Gaza

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A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, se declarou chocada com a operação executada pelo Exército de Israel contra uma frota pró-palestina de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, que deixou pelo menos 19 mortos.

"Estou chocada com as informações de que a ajuda humanitária enfrentou violência esta manhã, o que provocou morte e ferimentos quando o comboio se aproximava da costa de Gaza", declarou Pillay.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou hoje estar "chocado" com o ataque israelense a uma flotilha (agrupamento de navios) que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Segundo o Exército de Israel, morreram mais de dez pessoas no ataque. Ban pediu uma investigação completa do incidente.

"Eu estou chocado com os relatos de mortos e feridos de pessoas em barcos levando suprimentos para Gaza", afirmou Ban em entrevista coletiva, após a abertura em Uganda de uma conferência do Tribunal Penal Internacional (TPI). "Eu condeno esta violência", disse. "É vital que haja uma investigação completa para determinar exatamente como essa matança ocorreu."

"Eu acredito que Israel deve urgentemente fornecer uma explicação completa", disse. O chefe da ONU pediu uma resposta coordenada da comunidade internacional ao problema.

Fonte: AFP/Estadão
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Exército israelense afirma que ataque aconteceu em águas internacionais

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O porta-voz do Exército israelense, general Avi Benayahu, afirmou que o ataque contra a frota humanitária pró-palestina, que matou pelo menos 19 passageiros, aconteceu em águas internacionais.

"O comando agiu em alto mar entre 4H30 e 5H00, a uma distância de 70 a 80 milhas (130 a 150 km) de nossa costa", afirmou o general à rádio pública.

Segundo os termos dos acordos de paz de Oslo (1993), Israel mantém o controle das águas territoriais diante da Faixa de Gaza em uma distância de 20 milhas (37 km).

Segundo a imprensa israelense, as autoridades militares tinham duas opções: uma intervenção em alto-mar contra a pequena frota ou uma abordagem quando os barcos entrassem no limite de 20 milhas. Acabaram escolhendo a primeira.

O general Benayahu também disse não saber quem deu a ordem de abrir fogo.

"A Marinha atuou de acordo com as ordens e as regras de disparo são muito claras. Os soldados foram advertidos de que não deviam ceder às provocações", destacou o general Benayahu.

Fonte: AFP
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Ataque de Israel foi "grosseira violação" do direito internacional, diz Rússia

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A Rússia considera que o ataque das tropas israelenses contra uma frota pró-palestina que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza constitui uma "grosseira violação do direito internacional", segundo comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira.

"Moscou condena o incidente e expressa nesta ocasião sua profunda preocupação a respeito do fato de que membros do comboio humanitário tenham morrido ou sido feridos. É preciso esclarecer esta situação".

"É evidente que a utilização de armas contra civis e a prisão em mar aberto, sem motivos legais, constituem uma violação grosseira das normas do direito internacional", diz o texto.

Ao menos dez pessoas morreram no ataque israelense contra o comboio humanitário.

O Exército de Israel atacou na madrugada desta segunda-feira um comboio de barcos organizado pela ONG Free Gaza, um grupo de seis navios, liderados por uma embarcação turca, que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, deixando ao menos dez mortos e cerca de 30 feridos.

O grupo tentava furar o bloqueio de Israel à entrega de mercadorias aos palestinos. De acordo com a imprensa turca o ataque ocorreu em águas internacionais, mas as forças de defesa de Israel mantêm que as embarcações tinham invadido seu território.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense à "Frota da Liberdade".

Em comunicado emitido na cidade cisjordaniana de Ramallah através da agência oficial palestina "Wafa", Abbas não anunciou, no entanto, uma interrupção do diálogo indireto de paz que mantém com Israel.

Outros países

Os Estados Unidos lamentaram a ação e indicaram que uma investigação deve apurar os detalhes da ação militar.

"Os EUA lamentam profundamente a perda de vidas humanas e o saldo de feridos, e neste momento tentam entender as circunstâncias em que esta tragédia ocorreu", sinalizou o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.

O ministro de Defesa do Irã fez nesta segunda-feira um apelo à comunidade internacional para que cortem todas as relações com Israel após a morte de ativistas que levavam ajuda humanitária à faixa de Gaza a bordo de navios nesta segunda-feira.

"O mínimo que a comunidade internacional deveria fazer com relação ao horrível crime cometido pelo regime sionista é boicotá-lo e cortar todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas", disse Ahmad Vahidi, segundo a agência semi-oficial de notícias Irna.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reunirá na tarde desta segunda-feira em uma sessão de emergência para discutir o ataque de Israel contra um comboio de navios que levavam ajuda humanitária a Gaza, disseram diplomatas à Reuters.

Fonte: Reuters
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Conselho de Segurança da ONU faz reunião de emergência sobre Gaza

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reunirá na tarde desta segunda-feira em uma sessão de emergência para discutir o ataque de Israel contra um comboio de navios que levavam ajuda humanitária a Gaza, disseram diplomatas do Conselho de Segurança à Reuters.

O horário da reunião ainda não foi agendado, e não foram dados maiores detalhes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo nesta segunda-feira por uma investigação completa e mostrou-se chocado com o ataque israelense, que matou ao menos dez pessoas.

"É vital que haja uma investigação completa para determinar exatamente como o ataque ocorreu. Eu acredito que Israel deve fornecer urgentemente uma explicação", disse ele em coletiva de imprensa realizada na capital de Uganda, Kampala.

O secretário-geral está em Kampala para participar de uma conferência de revisão do Tribunal Penal Internacional (ICC, sigla em inglês).

Ataque

O Exército de Israel atacou na madrugada desta segunda-feira um comboio de barcos organizado pela ONG Free Gaza, um grupo de seis navios, liderados por uma embarcação turca, que transportava mais de 750 pessoas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária para a faixa de Gaza, deixando ao menos dez mortos e cerca de 30 feridos.

Arte/Folha

O grupo tentava furar o bloqueio de Israel à entrega de mercadorias aos palestinos. De acordo com a imprensa turca o ataque ocorreu em águas internacionais, mas as forças de defesa de Israel mantêm que as embarcações tinham invadido seu território.

A imprensa turca mostrou imagens captadas dentro do navio turco Mavi Marmara, nas quais se viam os soldados israelenses abrindo fogo. Em Istambul cerca de 10 mil pessoas protestaram contra os ataques.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto nos territórios palestinos devido ao ataque israelense à "Frota da Liberdade".

Em comunicado emitido na cidade cisjordaniana de Ramallah através da agência oficial palestina "Wafa", Abbas não anunciou, no entanto, uma interrupção do diálogo indireto de paz que mantém com Israel.

EUA

Os Estados Unidos lamentaram a ação e indicaram que uma investigação deve apurar os detalhes da ação militar.

"Os EUA lamentam profundamente a perda de vidas humanas e o saldo de feridos, e neste momento tentam entender as circunstâncias em que esta tragédia ocorreu", sinalizou o porta-voz da Casa Branca, Bill Burton.

O ataque também motivou forte reação na comunidade internacional. A Turquia já pediu à ONU (Organização das Nações Unidas), uma reunião urgente sobre o tema.

A alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, se manifestou, e em seu discurso na abertura da 14ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU disse estar "comovida" com as informações do ataque, que provocou "mortos e feridos".

Irã

O ministro de Defesa do Irã fez nesta segunda-feira um apelo à comunidade internacional para que cortem todas as relações com Israel após a morte de ativistas que levavam ajuda humanitária à faixa de Gaza a bordo de navios nesta segunda-feira.

"O mínimo que a comunidade internacional deveria fazer com relação ao horrível crime cometido pelo regime sionista é boicotá-lo e cortar todas as relações diplomáticas, econômicas e políticas", disse Ahmad Vahidi, segundo a agência semi-oficial de notícias Irna.

Anteriormente, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, denunciou o ataque do Exército israelense contra a frota, qualificando-o de um "ato desumano do regime sionista".

"O ato desumano do regime sionista contra o povo palestino e o fato de impedir que a ajuda humanitária destinada à população chegasse a Gaza não é um sinal de força, e sim de fragilidade deste regime", declarou Ahmadinejad.

"Tudo isto mostra que o fim deste sinistro regime fantoche está mais perto do que nunca", acrescentou.

Fonte: Reuters
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Aviação brasileira deverá triplicar de tamanho em 20 anos, diz Ipea

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O mercado interno de aviação brasileiro deverá mais do que triplicar de tamanho nos próximos 20 anos, aponta estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A perspectiva conta com a hipótese de um crescimento anual do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,5% --para este ano, há previsões de até 7%.

"É muito provável que o país tenha, nas próximas duas décadas, um das maiores expansões de tráfego aéreo e de rentabilidade das empresas no mundo", diz o Ipea.

Segundo o levantamento, estas taxas de crescimento poderão ser ainda maiores, se as restrições de capacidade no Terminal São Paulo - Congonhas, Guarulhos e Viracopos forem resolvidas.

De acordo com o estudo, as deficiências nas infraestruturas aeroportuária e aeronáutica prejudicam consideravelmente as operações aéreas. Estes gargalos se tornarão ainda mais graves a partir de 2013, aponta o Ipea. "Aeroportos como Congonhas, Guarulhos e Brasília já atingem ou estão próximos da sua capacidade operacional máxima".

Para o instituto, é importante reduzir a pressão sobre os aeroportos de São Paulo, "com a criação de voos internacionais a partir de outros grandes centros e o deslocamento das conexões domésticas para aeroportos com espaço disponível."

Outra dificuldade enfrentada pelo setor é a elevada carga tributária, que está acima da média mundial. "Prejudica a expansão de empresas brasileiras, especialmente as do setor de aviação regional". Além disso, são apontados como problemas as margens muito reduzidas de rentabilidade e frota cargueira muito antiga.

Fonte: Folha
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Para que técnica?

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A decisão sobre a compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) pode sair ainda em junho. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim (foto), após recebimento do parecer do Conselho de Defesa Nacional, o presidente Lula escolherá o modelo. Sim, nosso maior especialista em aeronaves militares fará a escolha. Às favas com que pensam os técnicos aeronáuticos, quem entende bem de avião é Lula, que ao que me lembre, nunca pilotou nem teco-teco. O presidente tem reforçado que ele dará a palavra final na compra dos caças, como se isso não fosse um acintoso disparate.

Enquanto toda a administração, no Brasil e no mundo, tanto pública, quanto privada, caminha para licitar todos os contratos de aquisição de bens e prestação de serviços, diminuindo sensivelmente a corrupção nestes procedimentos, nosso estadista diz que a compra de aviões é uma decisão política. Comprar aviões é decisão técnica, por mais que nosso governante possa insistir no contrário. Toda essa polêmica gerada por essas declarações vergonhosas, já fizeram com que a compra dos aviões fosse interrompida três vezes, e a FAB teve que se contentar com 12 Mirages 2000 usados para substituir os velhos Mirage III. Tem mais: caso o governo petista perdure, também serão substituídos, até 2014, nossos Hércules C-130, com mais uma decisão política, é claro. Para que técnica quando se tem a maior aprovação popular da história?

Fonte: Jornal do Commercio
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Programa nuclear do Brasil é investigado após acordo com o Irã

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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de auditoria da Organização das Nações Unidas, iniciou em segredo neste mês uma força-tarefa para avaliar as atividades nucleares do Brasil. A operação ocorre após o acordo firmado entre os governos brasileiro e iraniano sobre a transferência de urânio do Irã para a Turquia. A AIEA reclama de áreas secretas no programa nuclear do Brasil. As informações são do jornal Le Monde.

Segundo o diretor da Agência de Energia Atômica, Yukiya Amano, que visitou o Brasil em março, é "frustrante" que seus inspetores não possam acessar todas as atividades de enriquecimento de urânio realizadas no país. O governo brasileiro justifica a parte secreta de suas centrífugas por razões de concorrência comercial. O importante papel desempenhado pelo Exército - em especial a Marinha - no programa nuclear brasileiro reforça as preocupações apresentadas pela AIEA. Algumas fontes do Le Monde consideram que o Brasil é um país "em risco" porque tem garantias suficientes e nunca mencionou a posse da bomba como um elemento crucial do poder por sua própria conta.

Fonte: JB On Line
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Pesquisar para crescer

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Marco Antônio Raupp é um homem com uma missão: convencer a sociedade brasileira de que não há desenvolvimento sem apoio à área de ciência e tecnologia. Para sustentar sua tese, ele cita três áreas nas quais o país se destaca graças ao investimento na produção de conhecimento: a exploração do petróleo em águas profundas, dominada pela Petrobras; a indústria Aeronáutica, capitaneada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer); e o agronegócio, que representa cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e foi viabilizado, em grande parte, pelas pesquisas iniciadas há cerca de 40 anos pela Embrapa em parceria com diversas universidades.

É por isso que o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) acredita que o país precisa criar condições para que o desenvolvimento tecnológico floresça no país. Na última quarta-feira, durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), em Brasília, ele e o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta de medida provisória que busca facilitar licitações e contratos realizados com instituições científicas e agências de fomento no país. Pela proposta, as entidades serão autorizadas a efetuar suas compras e contratações com base em um regulamento próprio, e não mais pela Lei Geral de Licitações e Contratos Administrativos, o que, na visão de Raupp, diminuiria muito a burocracia que atrasa o setor.

Na entrevista que concedeu ao Correio, o físico com doutorado em matemática pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, defendeu ainda uma maior distribuição do conhecimento no país, lembrou da importância dos estudos sobre a biodiversidade nacional — que podem representar um diferencial para os produtos brasileiros — e afirmou que, sem educação básica, a nação dificilmente será competitiva em um mercado globalizado. “Ter uma educação fundamental de qualidade talvez seja nosso maior desafio”, avalia.

Economia do conhecimento

“O processo de industrialização do Brasil se baseou na substituição de importações. A gente trazia fábricas para cá e produzia o que era consumido. A tecnologia vinha embutida. As empresas não competiam lá fora, porque elas tinham o mercado garantido. Esse modelo permitiu ao Brasil estabelecer uma base industrial importante. Hoje em dia, porém, a competição é global. Para se desenvolver, um país precisa mudar o seu processo produtivo, inovar nos seus produtos. As empresas que operam com produtos gerados pelo conhecimento ocupam mais de 50% do mercado. É a chamada economia do conhecimento. No mundo atual, sem ciência e tecnologia, é difícil imaginar o desenvolvimento da sociedade. Precisamos disseminar o conceito de elas são a base para o desenvolvimento econômico.”

Exemplos de sucesso

“Nos últimos 50 anos, o país investiu em um sistema universitário, acadêmico e científico. Foram criadas redes de universidades e agências governamentais. Vários problemas foram suplantados no Brasil com base na ciência. Entre eles destaco três. O primeiro é a busca de petróleo em águas profundas. A Petrobras e seus parceiros conseguiram, em articulação com o sistema universitário, gerar essa tecnologia. O segundo exemplo é a indústria Aeronáutica. A Embraer é uma empresa internacional e surgiu dentro de uma instituição de pesquisa, o Centro Tecnológico Aeroespacial. O terceiro exemplo de sucesso, o maior deles, é o agronegócio. O cerrado era um deserto, não tinha absolutamente agricultura nenhuma. A soja e o trigo eram produzidos no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina. Hoje estão disseminados por todo o Centro-Oeste. Isso ocorreu também na pecuária. A Embrapa, com universidades, criou um sistema de apoio, a partir dos anos 1970, de desenvolvimento da ciência na agricultura tropical. Hoje é a empresa número 1 do setor no mundo. Muitos países a chamam para abrir filiais por conta de sua expertise. São poucos países que podem contar com uma agricultura que contribui com 30% do PIB e emprega 40% da população economicamente ativa. E a ciência está no âmago disso tudo.”

Educação

“A educação tecnológica deve ser incrementada. Temos de ampliar o sistema de educação superior, mas também investir significativamente na formação tecnológica, em pessoal com capacidade de transformar um conhecimento novo em um bem com valor agregado. Porém, o Brasil esbarra em um desafio fundamental: a educação básica de qualidade. A modernização da sociedade está associada à mão de obra qualificada, antenada e que entenda o processo. O Brasil, nos últimos anos, deu um passo à frente na questão da universalização: colocou todo mundo dentro da escola, independentemente da capacidade, da renda. Mas essas pessoas estão aprendendo? Não. Os professores estão preparados? Eles têm um perspectiva de carreira que os estimule? Não. A sociedade tem que se mobilizar. Não é a área científica. Isso é uma questão de cidadania. Os empresários estão interessados em mão de obra qualificada. Para isso, porém, são necessários cidadãos qualificados. É um encadeamento de coisas. Ter uma educação fundamental de qualidade talvez seja nosso maior desafio.”

Legislação

“A área de ciência e tecnologia como atividade organizada e permanente é nova, tem cerca de 50 anos. A nossa legislação central não contempla essa atividade. É atrasada. Noventa e seis por cento das pesquisas são feitas nas universidades públicas, e as empresas precisam se relacionar com elas. Mas como são empresas privadas, entra uma questão de relacionamento público-privado muito delicada. As leis que nós temos hoje regulam o contrato de compra e venda. Com o desenvolvimento tecnológico e a pesquisa não é assim. Nessa área, é feito um convênio de parcerias. Precisamos de legislações que sejam apropriadas para essa natureza diferenciada, de um marco legal que torne as leis adequadas a essas atividades. E existe ainda a questão da importação de insumos utilizados em experimentos. Esse processo, às vezes, é demorado. Você importa um insumo e ele fica tanto tempo esperando a liberação que acaba se deteriorando, perdendo seu efeito. Outra questão que atrasa os avanços é o conservadorismo dos operadores desse sistema legal. Algumas vezes, para se preservarem e não correrem risco, eles agem de forma conservadora.”

Biodiversidade

“Outra questão legal envolve o acesso à biodiversidade. Não há diferença na legislação entre pesquisadores e empresas com objetivos comerciais que buscam o produto. As duas coisas se confundem. São tratados igualmente tanto os que coletam para conhecer a biodiversidade como quem quer usá-la. Isso tem de ser diferenciado. Estamos discutindo isso e já está melhorando, mas ainda é preciso avançar.”

Sustentabilidade

“A produção sustentável pode ser um qualificativo para os produtos brasileiros. Ninguém quer comprar mais carne de gado produzida em fazendas que desmatam florestas, por exemplo. Já há uma conscientização do lado empresarial, na agricultura, na pecuária e na indústria. Porém, para sermos mais produtivos e competitivos, temos de incorporar cada vez mais a ciência e a tecnologia, para termos essa postura de inovação e preocupação com a sustentabilidade. Isso é vital. Ciência e tecnologia não são somente atividades culturais da universidade ou de um setor da sociedade. Elas têm valores utilitários fundamentais para os setores preocupados com o processo de produção.”

Preservação

“Nós temos de saber como interagir com os recursos naturais para que eles não sejam destruídos. A saída é o conhecimento sobre um sistema complexo. Saber como se desenvolvem os processos na biodiversidade, no sistema de água, no sistema atmosférico etc. Os investimentos na pesquisa devem ser tanto na área de sustentabilidade ambiental quanto em uma área que ficou para trás, a tecnologia industrial, na qual essa questão é vital para o Brasil ter a mesma capacidade nesse setor que tem na agricultura.”

Migração de talentos

“Não há dados oficiais sobre essa migração. Sabemos que ela existe em maior ou menor grau. À medida que se incrementam as atividades no país, essa migração diminui. Existem momentos de altos e baixos, mas eu não acredito que isso seja uma tendência. Nesse momento, por exemplo, estamos tendo uma ênfase de investimentos bastante razoáveis nas instituições de C&T e nas universidades. O programa de expansão das universidades públicas federais está contratando mais de 4 mil professores. Hoje, estamos vendo pesquisadores que operavam fora voltando ao Brasil, desenvolvendo seu trabalho e criando novos centros de pesquisa, como o Instituto de Neurociência, em Natal.”

Ciência como profissão

“Ao passo que a ciência ganha prestígio social e avança na participação do desenvolvimento, as perspectivas de carreira, salário e condições de trabalho melhoram. Há momentos em que isso é mais intenso, outros menos. É isso que precisamos eliminar. Esse estado de organização e de possibilidades será altamente beneficiado se tivermos políticas permanentes, independentes de governos, para que as pessoas não se decepcionem. É possível implementar isso, porque já existe um ambiente favorável. Temos programas importantes como os dos institutos estaduais (financiados em parte pelo governo federal). Temos também apoio de setores econômicos especiais, como a Embrapa e a Petrobras.”

Descentralização

“O desenvolvimento do país foi feito de forma diferenciada. O processo industrial ocorreu mais no Sul e no Sudeste. Por isso, é natural que mais de 60% das pesquisas se concentrem nesses estados. Porém, há uma necessidade de distribuição desse conhecimento. A Amazônia, por exemplo, é 60% do território nacional. Não se pode pensar em desenvolvimento sem incluí-la, sem conhecê-la e sem resolver seus problemas de sustentabilidade. Então é fundamental haver ciência lá. Há estímulos para a migração de cientistas para a região. Associações de políticas estaduais e federais dão um acréscimo nas bolsas para estudos na Amazônia para criar estruturas de pesquisa na região que consigam, também, cooperar com pesquisas fora do país. Mesmo com todos esses estímulos, ainda há muito a ser feito. O país é enorme, suas responsabilidades são grandes e os desafios também, mas já demonstramos que temos musculatura para nos desenvolver tecnologicamente.”

Fonte: Correio Braziliense
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Manifestantes protestam contra Israel na Turquia

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Centenas de manifestantes turcos se concentraram hoje em frente das delegações diplomáticas de Israel na Turquia para protestar contra o ataque israelense a uma frota que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

Desde o começo da manhã, várias centenas de pessoas se concentraram em frente ao consulado israelense em Istambul e tentaram entrar nele. A Polícia bloqueou os manifestantes, cujo número aumentava com a passagem das horas. Outros acamparam em frente ao consulado, que fica na região de escritórios de Levent, lendo versículos do Corão e gritando palavras de ordem contra o ataque de Israel.

Em Ancara, um grupo de manifestantes enfurecidos se concentrou em frente à residência do embaixador israelense, Gaby Levi, do qual se espera que vá ao Ministério de Exteriores da Turquia, pois foi chamado para consultas.

O Ministério turco de Exteriores iniciou uma mesa de crise e reagiu duramente ao ataque, o qual assegura que terá "consequências". Inal Batu, um veterano embaixador turco, disse à rede de televisão privada "NTV" que a "sangrenta" operação de Israel em águas internacionais exige uma "verdadeira reação" e um "castigo" por parte da Turquia.

Fonte: Último Segundo
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Israel culpa tripulantes da frota pelo sangrento ataque

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O número dois do Ministério de Exteriores israelense, Daniel Ayalon, culpou hoje os tripulantes da expedição pelo ataque militar israelense à "Frota da Liberdade", que deixou pelo menos 14 mortos, segundo a televisão israelense.

"Certamente lamentamos as vítimas, mas a responsabilidade pelas vítimas é deles, daqueles que atacaram os soldados israelenses", assinalou Ayalon - do mesmo partido do chanceler Avigdor Lieberman - em entrevista coletiva do Ministério de Exteriores em Jerusalém.

Em comunicado, o Exército israelense assegura que dois "ativistas violentos sacaram os revólveres" de suas tropas "e aparentemente abriram fogo contra os soldados, como provam os cartuchos vazios dos revólveres".

Na entrevista coletiva, Ayalon destacou que seu país "fez todo o possível para deter" a frota, mas seus integrantes "responderam inclusive com armas". "Nenhum país soberano toleraria essa violência".

Além disso, ele assegurou que "os organizadores" - em referência à ONG turca IHH, um dos diversos grupos que participavam da iniciativa - tem "estreitos laços" com "organizações terroristas internacionais", como a rede Al Qaeda.

Ayalon pediu que "todos os países trabalhem juntos para acalmar a situação" e que não sejam "pessimistas demais" sobre as consequências que possa ter a operação nas relações diplomáticas de Israel com outros Estados.

O "Canal 10" da televisão israelense assegura que pelo menos 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no ataque à "Frota da Liberdade", um grupo de seis navios que transporta mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.

O Exército israelense reconhece em comunicado a morte de dez ativistas durante a tomada de controle das embarcações, que aconteceu esta madrugada a cerca de 20 milhas da faixa palestina.

Fonte: EFE


Nota do Blog: Criminosos!!! É repugnante que a atitude de um Estado ao fuzilar pessoas indefesas pelo simples fato de as mesmas estarem indo até uma região onde pessoas estão necessitando de ajuda, mas Israel não quer aceitar que tal povo seja ajudado.

Este governo é tão criminoso quanto o nazista. Pois o povo que sofreu tal perseguição, hoje persegue um povo indefeso, esquecendo que o mesmo sofreu o mesmo.
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Diplomacia europeia pede a Israel "investigação completa" sobre ataque

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A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, pediu hoje às autoridades israelenses uma "investigação completa" sobre o ataque à "Frota da Liberdade", no qual morreram pelo menos 14 pessoas, informaram fontes de seu gabinete.

A alta representante da União Europeia (UE) não quis interpretar o incidente em termos políticos nem assinalar culpados por enquanto, indicou um de seus porta-vozes, assegurando que mais detalhes serão conhecidos ao longo do dia.

Catherine quis destacar sua "tristeza" com o acontecido e enviou suas condolências às famílias dos mortos e feridos no ataque.

A responsável da política externa da UE já pediu na sexta-feira passada "contenção e responsabilidade" a todas as partes a respeito da frota e uma "solução construtiva".

Além disso, destacou que a UE continua seriamente preocupada com a situação humanitária em Gaza e destacou que o bloqueio é "inaceitável e politicamente contraproducente".

Por isso, exige a "abertura imediata, incondicional e permanente" das vias de acesso a Gaza para permitir a chegada de ajuda humanitária, bens comerciais e pessoas.

O "Canal 10" da televisão israelense assegura que pelo menos 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no ataque à "Frota da Liberdade", um grupo de seis navios que transporta mais de 750 pessoas com ajuda humanitária para Gaza.

O Exército israelense reconhece em comunicado a morte de dez ativistas durante a tomada de controle das embarcações, que aconteceu esta madrugada a cerca de 20 milhas da faixa palestina.

Fonte: EFE
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ANP decreta 3 dias de luta contra Israel após ataque

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O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, decretou nesta segunda-feira três dias de luta nos territórios palestinos contra Israel em virtude do ataque do Exército israelense contra seis embarcações - dentre elas, uma de bandeira turca, outra de bandeira grega - que levavam 750 pessoas e cerca de 10 mil toneladas em ajuda humanitária à Faixa de Gaza nesta segunda-feira, matando entre 14 e 16 pessoas e ferindo outras 30.

Abbas pediu uma reunião, em caráter de urgência, com o Conselho de Segurança da ONU e a Liga Árabe. A União Europeia, por sua vez, pediu uma investigação completa sobre o ataque às embarcações. Ainda nesta segunda-feira, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, cancelou sua visita à América Latina para retornar com urgência a seu país.


Fonte: Estadão
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As raízes da questão nuclear do Irã

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Vamos conhecer um pouco sobre o Irã, atual foco da atenção mundial devido ao seu polêmico programa nuclear e entender um pouco o histórico de atrito entre este país e os EUA.

O Irã possui a terceira maior reserva de petróleo do mundo, tornando-se assim um país muito rico. Hoje o Irã esta sob a desconfiança mundial que paira sobre seu programa nuclear, programa este que é propagado por seus líderes como tendo fins pacíficos, embora muitos especialistas nas questões do Oriente Médio afirmem que há no fundo a intenção de obter uma bomba atômica.

Se olharmos do ponto de vista estratégico, o Irã encontra-se em uma situação muito delicada e de risco a sua soberania, o que por si justificaria tal intento. Vejamos algumas possíveis justificativas para tal atitude de Teerã em obter tal armamento:



Olhando para o mapa acima podemos notar a desconfortável posição do Irã, pois tem como vizinho o Iraque, atualmente ocupado pelos EUA seu maior opositor e principal interessado em obter controle ou influência sobre as reservas de petróleo mundiais, como ficou evidente na invasão do Iraque sob o pretexto de que o mesmo possuía armas de destruição em massa e que o mesmo apoiava o terrorismo internacional. Em seu outro extremo existe a fronteira com outra nação sob ocupação dos EUA, o Afeganistão.

Ainda há a existência de potências nucleares próximas, como o Paquistão e Índia, embora estes não representem uma ameaça real, mas há também o Estado de Israel, que detém um arsenal nuclear com números e capacidades desconhecidas, e que obviamente não pensaria duas vezes em lançar uma de suas armas em caso de conflito com Teerã.

Outro fator que também é preocupante ao governo Iraniano é o fato dos gigantes como China e Rússia, também estarem ávidos por expandir sua zona de influência. Ou seja, o Irã hoje se encontra em uma situação estrategicamente vulnerável.


Conhecendo um pouco da história política do Irã

No dia 1º de maio de 1951, o Majles, o parlamento iraniano, por ensejo de Mossadegh, aprovara a nacionalização do petróleo. A Anglo-iranian, a grande empresa inglesa, viu-se, do dia para a noite, excluída do país onde reinava como um estado a parte desde o remoto ano de 1908. O mundo do após-guerra, especialmente nas regiões do Terceiro Mundo, começava a ser sacudido por uma maré nacionalista, onde os povos colonizados ou semi colonizados, como era o caso dos iranianos, em busca da sua autonomia política e econômica, erguiam sua fúria contra as poderosas corporações estrangeiras que detinham, historicamente, concessões vantajosas consideradas absolutamente escandalosas.

Mas no ano seguinte, em 1952, o cenário político nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha alterou-se. Os conservadores, liderados por Winston Churchill, venceram as eleições na Inglaterra, enquanto que na América elegia-se o general Dwight Eisenhower, candidato dos republicanos. Afinados ideologicamente, os conservadores ingleses e os republicanos americanos de imediato articularam uma solução em conjunto para intervir no Irã. O modelo de golpe que adotaram foi um sucesso, pois o repetiram em várias oportunidades desde então.

O problema meditaram, não era Mossadegh em si, mas o mau exemplo da sua política. Se as grandes potências ricas nada fizessem uma onda de desapropriações e nacionalizações varreriam a presença dos seus interesses em boa parte do mundo.

Além disso, vivia-se naqueles anos na plenitude da guerra fria. Na equação de John Foster Dulles, poderosíssimo secretário de Estado do governo Eisenhower, o nacionalismo do Terceiro Mundo era igual ao comunismo. Ou seu aliado tático contra as nações capitalistas. No estreito mundo de então, separado pelo maniqueísmo do bem o mal, qualquer prejuízo que as corporações ocidentais pudessem sofrer pelo avanço da política nacionalista dos lideres do Terceiro Mundo implicava num enfraquecimento frente à URSS. Para Dulles, o nacionalismo de Mossadegh conduziria o Irã fatalmente para os braços de Moscou. Portanto, ao contrário dos americanos do partido democrata, em geral anticolonialistas, os republicanos equipararam o nacionalismo do Terceiro Mundo a um inimigo tão nocivo como o comunismo.

Em princípios de junho de 1953, um agente da CIA (Agência Central de Inteligência) transpôs clandestinamente a fronteira iraquiana-iraniana. Tratava-se de Kermit Roosevelt, neto do ex-presidente Theodor Roosevelt, o criador do Big stick, a política de aplicar o porrete em favor dos interesses americanos no mundo. A missão dele, a mando do secretário de Estado John F. Dulles, era convencer o Xá Reza Pahlevi a se desfazer do "inconveniente" primeiro-ministro Mohammad Mossadegh, líder do Movimento Nacional Iraniano. Tinha início a Operação Ajax, coordenada pelo agente Donald Wilber e por Norman Darbyshire, o braço do serviço secreto britânico no Irã, uma das mais célebres e bem-sucedidas ações clandestinas da agência norte-americana e do M-16 britânico, deflagrada para reverter uma situação crítica aos interesses anglo-americanos no Irã.

Em finais de agosto de 1953, tudo voltara à tranqüilidade anterior. O Xá Reza Pahlevi recuperou seus plenos poderes, assumindo o papel de títere dos interesses anglo-americanos no Irã, enquanto que estes, vitoriosos, formaram um consórcio para continuar explorando o petróleo iraniano. A Anglo-iranian ainda preservou 40%; tendo que ceder à Shell 14%, e às demais outras cinco empresas norte-americanas 8% para cada. O sucesso dessa operação foi o sinal da grande contra-ofensiva antinacionalista desencadeada pelo Departamento de Estado e pela CIA, controladas pelos irmãos Dulles, John & Allan, que criou o clima para a derrubada de Jacobo Arbens na Guatemala (em julho de 1954), para o suicídio de Vargas (em agosto de 1954), no Brasil, e pelo violento golpe militar contra Juan Domingo Perón, na Argentina, em setembro de 1955.

Visto à distância, a Operação Ajax foi uma vitória de Pirro. Um desastre político de grandes dimensões. Ao abortarem um legítimo movimento de emancipação nacional, como foi o liderado por Mossadegh - que afinal tinha uma proposta de livrar-se do colonialismo sem recorrer à violência -, a política anglo-americana proporcionou, naturalmente que sem o desejar, que, anos depois, das entranhas da antiquíssima sociedade iraniana, nascesse um anacrônico movimento teocrático-medieval antiocidental, movimento que se consolidou a partir da Revolução Xiita de 1979 - o atual regime teocrático-sacerdotal que manda no Irã. Se os anglo-americanos tivessem aceitado e se conformado com Mossadegh (escolhido, recentemente, pelos iranianos como o Homem do Século), o Irã teria hoje um regime secular no poder. Provavelmente já estaria devidamente integrado na globalização e não dominado pelos fundamentalistas seguidores do aiatolá Kohmeini, unidos no seu ódio ao Ocidente e tudo o mais que representa a modernidade.

Os EUA e Ingleses ao financiar o golpe de 1953 para derrubar o nacionalismo iraniano em favor de suas ambições, criaram um vácuo como vimos e que abriram espaço assim para a atual configuração teocrática do governo de Teerã.

Outro fato que é de importante relevância é que em 1980 o Iraque buscava obter uma bomba atômica para equilibrar novamente a balança de força, que até ali pendia em favor de Israel, que desenvolvera sua capacidade de dissuasão nuclear , e construirá um reator em Osirak, tendo sido este projeto apoiado á época pelo Brasil. Mas o governo de Israel efetuou em 1981 um ataque as pretensões iraquianas, dando inicio ao que se chama hoje de ataque preventivo. O mesmo argumento usado em 2003 para que Bush invadisse o Iraque, dizendo que o motivo era a ameaça que o Iraque representava, quando o real intento era se apossar do petróleo.

Cenário Atual

Agora que conhecemos um pouco o histórico geopolítico a cerca do Irã, podemos discutir um pouco a respeito da posição adotada hoje pelo Irã sobre seu programa nuclear e suas intenções.

A principal acusação que recai sobre o Irã é o fato do mesmo estar enriquecendo o urânio á 20%, e a mídia vem pregando erroneamente que o mesmo pode ser destinado a utilização militar, o que é um engano, pois o urânio a 20% destina-se a utilização em pesquisas médicas, enquanto para se obter uma bomba atômica é necessário que este mesmo urânio seja enriquecido acima de 90%, tecnologia que Teerã ainda não possui, e não há possibilidades de desenvolver a curto prazo como veicula a mídia manipulada pelos interesses escusos de serviços de inteligência que usam como arma a informação-contra informação.

O Brasil hoje entra neste cenário geopolítico como mediador nesta questão tão importante e que se encontrava em um impasse, até que o Lula conseguiu convencer o Irã a aceitar os termos do acordo proposto pela AIEA e os EUA.

O Itamaraty conhece bem todo o contexto o qual estamos nos inserindo e não está pisando em terreno desconhecido como procura afirmar a grande mídia e representantes dos EUA, o Brasil tem conhecimento de que o Irã esconde suas intenções a respeito da bomba atômica, mas reconhece que tal fato é uma necessidade para preservar sua soberania, o que não vem a ser nenhum crime, afinal visa equilibrar o tabuleiro geopolítico no atual cenário.

Tal fator preocupa tanto Israel quanto os EUA, devido a um simples fato, a posse de um arsenal nuclear dará a Teerã a capacidade de dizer não e possuir voz ativa nas questões que envolvem o Oriente Médio, e principalmente, podem jogar água nos planos e atos que Israel, pois o equilíbrio nuclear forçaria tais países a manterem a paz e o dialogo, como exemplo disto podemos citar a Índia e o Paquistão, que não se atacam hoje devido ao fato de ambos possuírem em seus inventários um considerável arsenal nuclear. Ou seja, possuir armas nucleares não significa que vão utilizá-las, pois são um instrumento a ser usado apenas nas mesas de negociação. E eu defendo tal ferramenta, pois até hoje nenhuma nação detentora de armas nucleares utilizou-se delas, exceto os EUA durante a 2ªGM.

Hoje nos encontramos numa rápida transição para a multipolaridade, onde novos atores estão em ascensão na cena mundial, com grande destaque para o Brasil, o Itamaraty nunca teve tamanha importância, e a política externa brasileira nunca foi tão autônoma como é hoje sob o governo Lula, que embora muitos possam criticar vem tido grande sucesso em projetar o nosso país no cenário mundial, seja como potência comercial ou política, exercendo o peso que se espera de uma nação grandiosa como a nossa, que até então vivia subserviente aos interesses americanos.

Autor: Angelo D. Nicolaci
GeoPolítica Brasil
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Israel ataca frota humanitária e mata 16 pessoas

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A Marinha de Israel atacou nesta segunda-feira uma frota de embarcações com ativistas pró-palestinos que tentavam furar o bloqueio à Faixa de Gaza e entregar suprimentos à região.

Segundo a TV israelense, até 16 pessoas teriam morrido. Em entrevista à rádio do Exército, o ministro da Indústria e Comércio de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, disse lamentar as mortes.

A exata localização das embarcações é incerta. Israel teria advertido as embarcações para que não invadissem suas águas territoriais.

Mas, segundo os ativistas, os barcos estavam em águas internacionais, a mais de 60 quilômetros da costa.

Suprimentos

Os barcos, organizados pela ONG Free Gaza, levavam 750 ativistas e cerca de 10 mil toneladas de suprimentos para a Faixa de Gaza.

Imagens da TV turca feitas a bordo do barco turco que liderava a frota mostram soldados israelenses lutando para controlar os passageiros.

As imagens mostram algumas pessoas, aparentemente feridas, deitadas no chão. O som de tiros pode ser ouvido.

A TV árabe Al-Jazeera relatou, da mesma embarcação, que as forças da Marinha israelense haviam disparado e abordado o barco, ferindo o capitão.

A transmissão das imagens pela Al-Jazeera foi encerrada com uma voz gritando em hebraico: "Todo mundo cale a boca!".

'Provocação'

A frota de seis embarcações havia deixado as águas internacionais próximo à costa do Chipre no domingo e pretendia chegar a Gaza nesta segunda-feira.

Israel havia dito que bloquearia a passagem dos barcos e classificou a campanha de "uma provocação com o intuito de deslegitimar Israel".

Israel decretou um bloqueio quase total à entrada de mercadorias na Faixa de Gaza desde que o grupo islâmico Hamas tomou à força o controle da região, em junho de 2007.

O Hamas é acusado pelos disparos de milhares de mísseis contra o território israelense na última década.

Israel diz que permite a entrada de 15 mil toneladas de suprimentos de ajuda humanitária a Gaza a cada semana.

Mas a Organização das Nações Unidas diz que isso é menos de um quarto do necessário.


Fonte: BBC Brasil

Nota do Blog: Onde estão os Direitos Humanos? Onde esta o Conselho de Segurança da ONU?

Eu fico muito decepcionado com a sociedade internacional, pois permite que um país como Israel pratique tais atos sem qualquer forma de repreenssão ou sanções. Porque uma nação como Israel deve estar acima das leis internacionais? Ninguém os condena por claros atos de crime contra a humanidade, seja por este ataque a uma frota de embarcações civis que levavam ajuda humanitária, ou pelos ataques pesados e indiscriminados contra mulheres e crianças na faixa de Gaza, uma forma sistemática de reprimir e controlar um povo que clama por sua liberdade e direitos como os próprios judeus fizeram sob o julgo do nazismo.

Vejam o caso do Irã, todos querem sanções contra seu programa nuclear, sendo que este visa fins pacíficos, até podemos desconfiar das intenções iranianas quanto a isso, mas quem pressiona Israel a aderir ao TNP? Quem pressiona Israel para que permita a comunidade internacional através da AIEA inspecionar seu arsenal nuclear que é uma ameaça real e imediata naquela região do planeta?

Que os lideres mundiais abram os olhos e resolvam fazer justiça e não tratar cada qual com um peso ou medida diferente diante de um mesmo cenário.
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China e Japão ativarão linha de comunicação para evitar tensões marítimas

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O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e seu colega japonês, Yukio Hatoyama, acertaram hoje ativar uma linha de comunicação direta para evitar atritos nas fronteiras marítimas entre ambos os países.

Segundo informou a agência local "Kyodo", os líderes se comprometeram a estabelecer um mecanismo de comunicação direto que envolve as autoridades de Defesa de ambos os países, a fim de evitar problemas em áreas marítimas em disputa.

Em abril, o Ministério de Assuntos Exteriores japonês protestou formalmente perante a China por "voos a muito curta distância" de helicópteros chineses ao redor de um destróier das Forças Marítimas de Autodefesa do Japão em águas do Mar da China Oriental próximas a Okinawa (sul do país).

Nesse mesmo mês, dois submarinos e oito destróieres chineses foram avistados pelas Forças de Autodefesa (Exército japonês) em águas próximas ao arquipélago de Okinawa.

Em reunião realizada esta manhã em Tóquio, Wen e Hatoyama acordaram avançar em suas conversas sobre as disputas territoriais no Mar da China Oriental, entre elas o exploração de jazidas de gás, tema sobre o qual se comprometeram a estabelecer conversas formais.

Japão e China firmaram em junho de 2008 um acordo para a exploração conjunta de ricas jazidas marítimas de gás com o qual puseram fim a quatro anos de disputas, embora persistam suas divergências sobre seus limites territoriais marítimos.

Tóquio acusou Pequim de realizar atividades nessas jazidas de maneira unilateral, enquanto a China convidou as empresas japonesas a participar do exploração de gás respeitando a "soberania chinesa".

Fonte: EFE
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Apoio ao primeiro-ministro do Japão desaba

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A popularidade do primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, ficou em 17%, após sua decisão de manter em Okinawa uma polêmica base militar dos Estados Unidos, segundo a última pesquisa divulgada hoje pelo jornal "Asahi Shimun".

O acordo anunciado na sexta-feira pelo Japão e EUA, após oito meses de deliberações, é quase idêntico ao que estava em vigor desde 2006, que estabelece a mudança da base de Futenma para uma região menos povoada de Okinawa, mas dentro dessa mesma ilha japonesa, contra o prometido por Hatoyama em sua campanha eleitoral.

Várias pesquisas divulgadas hoje mostram que a popularidade de Hatoyama, eleito no final de agosto com maioria absoluta, está muito baixa.

Uma pesquisa do jornal econômico "Nikkei" indica que 63% dos japoneses acreditam que seu premiê deveria renunciar, por causa do mau manejo do assunto de Futenma, quando também crescem as vozes críticas dentro de seu próprio partido, o Democrático (PD).

Azuma Koshiishi, número três do PD, disse este domingo que "a situação é grave" e que "o partido deve tomar decisões adequadas".

Segundo a enquete do "Asahi Shimun", 70% dos consultados desaprovam a gestão de Hatoyama, enquanto, em outra pesquisa do jornal "Mainichi" divulgada hoje, 58% opinam que o chefe de Governo deveria renunciar por causa de Futenma.

Fonte: EFE
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domingo, 30 de maio de 2010

Exclusivo- Mais Informações sobre os Submarinos Brasileiros

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A DCNS deu inicio a construção do primeiro de quatro navios S-BR neste dia 27 deMaio passado em Cherbourg França.

Tal como o que tem sido feito para os demais clientes (Chileno e Malásia ), a seção frontal do casco será produzida na França sendo que as demais seções do navio serão construídas nas novas instalações do estaleiro naval que encontra-se em construção no Brasil na base em Sepetba oeste do Rio de Janeiro onde será finalizada a construção do navio.

O projeto representa um milhão de horas de trabalho e uma concluída a seção frontal o casco deverá atravessar o Atlântico no final de 2012.

A DCNs insiste em reafirmar o seu compromisso com a transferência de tecnologia, cujo contrato é muito amplo e completo, o qual prevê a transferência inclusive de equipamentos sensíveis tradicionalmente fornecidos pela DCNS para outros clientes, mas que neste caso serão produzidos no Brasil, numa parceria inédita.

Ao todo, cerca de 130 engenheiros e técnicos no Brasil devem acompanhar a construção do submarino em Cherbourg, estando assim aptos a desempenharem futuramente a construção dos demais navios em solo Brasileiro.

Segundo informações do fabricante o primeiro submarino deverá ser entregue a Marinha do Brasil já em 2017, sendo que seus três navios irmãos, construídos inteiramente em Sepetba, deverão ser concluídas em 2018, 2020 e 2021.

Um tipo derivado do Scorpène

Com 75 metros de comprimento e um deslocamento de 2000 toneladas submerso, os submarinos são oriundos de um modelo derivado do tipo Scorpene, antes comercializado conjuntamente pela DCNS e Navantia.

Para atender às necessidades da Marinha do Brasil, o tamanho dos novos navios será maior, cerca de 9 metros a mais que os da Malásia.

Esta extensão no casco irá permitir acomodar uma tripulação maior além de prover maior autonomia, provendo espaço para reservas adicionais de suprimentos (comida para a tripulação) e combustível para motores diesel.

O contrato prevê a independência do Brasil no que toca a construção de submarinos e por si só, já duplicou a produção de navios contratados à DCNs.

Os navios brasileiros terão inúmeras diferenças em relação aos demais modelos, estas incluem um maior diâmetro do casco. Os brasileiros, no entanto, optaram por um leme em formato de x e não a habitual cruz presente nos demais navios da Classe.

Há mudanças também nos requisitos dos sistemas de propulsão e escolha do sistema MTU de quatro motores à diesel com uma potência unitária de 600 kW. O fabricante alemão já forneceu aos Scorpene da Malásia, sistemas semelhantes.
Os navios serão equipados com amplos sistemas de automação de forma que poderão operar com a capacidade combate sendo necessária uma tripulação de somente 30 homens para a sua condução.

Os navios serão equipados com tubos de torpedos de 533 milímetros, aptos ao lançamento de torpedos pesados (Arthemis Torpedos de nova geração, evolução do Black Shark) e mísseis Exocet SM39 anti-navio.


Um programa para € 6.7bi

Além das embarcações de propulsão convencional, o programa brasileiro inclui assistência técnica francesa no projeto de construção do primeiro submarino nuclear de ataque Brasileiro.

A França participará em muitas partes do projeto, porém, não atuará na seções nucleares do submarino.

Os brasileiros esperam completar o seu primeiro reator, no meio desta década, e a quilha do primeiro submarino nuclear, SNBR deverá ser batida já em 2016 estando prevista a sua entrada no serviço ativo para 2025.

Finalmente, no âmbito de contratos assinados em Setembro passado, DCNS também presta assistência juntamente a contratante principal, na construção da nova base e estaleiro construído em Sepetiba.

Estas instalações serão construídas por uma empresa criada em regime de joint venture entre a DCNS e a empresa brasileira Odebrecht, que detém 59% da joint venture. Esta nova empresa foi criada em Agosto passado e foi batizada de Itaguaí Construções Navais. O custo total do programa, conhecido como “PROSUB” no Brasil é de 6,7 bilhões de euros, e é dividido entre a DCNS e seus parceiros.

Fonte: Plano Brasil, Mais uma parceria Grupo UNION

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China exorta região a evitar confronto das Coreias

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Durante uma cúpula regional realizada na Coreia do Sul, a China rejeitou neste domingo a pressão para censurar a Coreia do Norte, exortando seus vizinhos a acalmar as tensões sobre o afundamento de um navio de guerra e evitar um confronto que poderia abalar a Ásia.

Seul e Tóquio culpam a Coreia do Norte, cujo líder Kim Jong-il visitou a China no início do mês, por torpedear a corveta sul-coreana Cheonan em 26 de março, matando 46 marinheiros - no incidente militar mais mortífero desde a Guerra da Coreia. Em 20 de maio, uma comissão investigadora internacional concluiu que a corveta foi alvo de um torpedo disparado por um submarino norte-americano. A Coreia do Norte nega taxativamente estar por trás da tragédia.

A China, maior parceira comercial da Coreia do Norte e que lutou ao seu lado na guerra travada entre 1950 e 1953, recusou-se a se juntar publicamente à condenação internacional de Pyongyang, dizendo que ainda analisa as provas sobre o incidente. O premiê chinês, Wen Jiabao, manteve essa posição na cúpula de dois dias em Seogwipo, um resort na ilha de Jeju, na Coreia do Sul, que em princípio trataria da integração econômica da região.

"A tarefa premente agora é reagir apropriadamente aos sérios efeitos do incidente de Cheonan, reduzir as tensões progressivamente e especialmente evitar um confronto", disse Wen, ao lado do primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, e do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, ao final da cúpula.

Wen não citou a Coreia do Norte nominalmente nem deu indicações concretas de que a China aceitaria uma iniciativa do Conselho de Segurança da ONU para condenar a Coreia do Norte. Desde a divulgação dos resultados da investigação, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão vinham buscando o apoio da China para sancionar, ou pelo menos condenar, Pyongyang no Conselho de Segurança da ONU.

A Agência Oficial de Notícias Coreana disse no sábado que os EUA culpam o Norte pelo afundamento do navio para manter uma base da Marinha no Japão e fazer a China se sentir "constrangida".

Na semana passada, a Coreia do Sul anunciou uma série de sanções contra sua vizinha, incluindo cortes no comércio, retomada das transmissões de propaganda política através da fronteira e lançamento de exercícios navais perto da disputada fronteira marítima do Mar Amarelo. O país ainda prometeu levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU.

Manifestação na Coreia do Norte

Em uma manifestação organizada pelo regime de Pyongyang, cem mil pessoas marcharam neste domingo contra Seul, que acusaram de estimular tensões depois do naufrágio, segundo a imprensa local. A manifestação aconteceu na praça Kim Il Sung, fundador da Coreia do Norte e pai do atual líder Kim Jong Il, segundo a rádio e televisão estatais captadas pela agência sul-coreana Yonhap.

No local das manifestações havia cartazes chamando o presidente sul-coreano de traidor. Choe Yong-Rim, secretário do comitê do Partido dos Trabalhadores Coreanos (partido único), pediu que os participantes se preparassem para enfrentar um ataque da Coreia do Sul e seu aliado, os Estados Unidos, afirmando que a península está à beira da guerra.

Fonte:Último Segundo
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Comboio com ajuda humanitária enfrenta bloqueio a Gaza

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Um comboio de seis navios que transporta ajuda humanitária para os palestinos partiu para Gaza neste domingo, desafiando um bloqueio de Israel-Estados Unidos ao território empobrecido e advertências de que a carga será interceptada.

Os navios, liderados por uma embarcação turca com 600 pessoas a bordo, partiu de águas internacionais em uma região próxima ao Chipre, na tarde de domingo.

"Se tudo correr bem e não houver problemas ou interrupções de qualquer tipo, deverá chegar a Gaza por volta das 14 horas de amanhã [segunda-feira], no horário local", disse Mary Hughes-Thompson, porta-voz do Movimento Gaza Livre, um dos organizadores.

Israel já informou que irá impedir que o comboio chegue a Gaza, governada pelo Hamas, um pedaço de território deserto que Israel tem bloqueado nos últimos três anos para impedir a entrada de armas e outros materiais.

Comandos navais israelenses realizaram treinos para a prática de embarque e busca em navios. Os ativistas enfrentam detenção e deportação. A carga deverá ser apreendida e examinada antes de uma possível transferência por Israel para Gaza, segundo militares israelenses.

A frota foi organizada por grupos pró-palestinos e uma organização turca de direitos humanos. A Turquia pediu a Israel que permita a passagem com segurança e afirmou que o comboio carrega 10 mil toneladas de ajuda humanitária.

A Turquia muçulmana é um dos mais próximos aliados de Israel no Oriente Médio, mas o relacionamento entre os dois países vem se deteriorando. O primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan tem criticado frequentemente as políticas do Estado judaico em relação aos palestinos.

Israel e Egito fecharam as fronteiras vizinhas de Gaza após o Hamas, que rejeita o Estado judaico, ter dominado o território em 2007. A tensão na região se mantém elevada desde a devastadora ofensiva israelense em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, em Gaza.

A população de Gaza, que conta com ajuda das Nações Unidas, sofre com a escassez de água e medicamentos.

Israel criou um campo de detenção de ativistas na cidade costeira de Ashkelon e disse que qualquer ajuda deve ser entregue avaliação antes de ser distribuída em Gaza por meio de canais aprovados por Israel.

Fonte: Reuters
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Finmeccanica aposta no mercado de defesa brasileiro

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A Finmeccanica, o maior grupo italiano no setor aeroespacial e de defesa, decidiu transformar o Brasil em prioridade imediatamente. Oitava maior companhia mundial no setor — e com atuação crescente nas áreas de energia e transporte —, vê no país uma enorme oportunidade para crescer. O grupo não esconde que o acordo assinado entre Brasil e Itália em abril, que inclui a previsão de uma série de investimentos italianos no país, representa enormes chances de entrar em um dos poucos mercados mundiais hoje em crescimento acelerado e ainda não dominado pelas empresas norte-americanas do setor. O Brasil, que defende com unhas e dentes a necessidade de transferência de tecnologia nos projetos militares, resiste à postura dos EUA nessa questão, em geral pouco dispostos até a negociar essa possibilidade.

“Para nós, o Brasil é muito importante. O acordo entre Berlusconi e o presidente Lula abre muitas possibilidades, inclusive para a transferência de tecnologia, que seria impossível sem isso”, assegura o CEO do grupo Finmeccanica, Pier Francesco Guarguaglini. Embora não façam previsões nem de valores de investimentos nem de faturamento, os italianos querem entrar com todas as forças nos projetos de modernização das Forças Armadas, em particular no da Marinha, já que a concorrência FX-2, para a compra dos novos caças da Forca Aérea Brasileira (FAB), provavelmente será vencida pelos franceses, desbancando o sueco Grippen (que conta com uma série de componentes das empresas do grupo italiano).

Mesmo que o Rafale, da francesa Dassault, leve o contrato, a Finmeccanica já prevê a necessidade de modernização dos atuais aviões de treinamento, os Super Tucanos. Como os novos caças serão muito mais avançados, potentes e velozes, pertencentes à chamada 5ª geração, independentemente da empresa escolhida, a FAB necessitará de um avião de treinamento com uma menor distância de desempenho em relação aos novos aviões de combate para assegurar a capacitação dos pilotos. É aí que a Alenia Aermacchi, uma das integrantes do grupo, pretende entrar, oferecendo o M346, um avião de treinamento que pode até funcionar como um caça leve de combate.

Outra possibilidade é a concorrência que envolve a construção de novas fragatas para a Marinha brasileira, com a necessidade de fornecimento de sistemas de armamento e de defesa, bem como para a nova corveta da classe Barroso.

Fonte: Correio Brasiliense
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Embraer planeja deter 20% do mercado com cargueiro

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"O universo de aviões que a gente estima está em torno de 700 aeronaves, o que daria 140 aviões", disse Curado.

O KC-390 é a grande aposta da Embraer no mercado de defesa. Nunca a fabricante brasileira produziu um avião tão grande, assinalou Curado.

O avião, que deve voar a partir de 2016, tem o porte de um Boeing 767 - uma aeronave da aviação civil de 55 metros de comprimento capaz de levar 200 a 300 passageiros.

O cargueiro KC-390 poderá viajar com velocidades rápidas e lentas, abastecido em pleno voo e transportar 21 toneladas de carga. Poderá aterrissar em pistas não-pavimentadas ou cobertas por gelo.

A ideia é Embraer é exportá-lo, e o governo brasileiro negocia parcerias com outras nações.

"O Estado brasileiro está tendo o diálogo com algumas nações para que elas façam parcerias no projeto, algo que transcende a Embraer industrialmente", disse Curado. As conversas estão sendo feitas com Chile, Colômbia, África do Sul e Portugal, afirmou.

A Embraer poderá ter uma relação de compra de peças e componentes com fabricantes destes países e venda do avião para essas nações. "É uma visão que os americanos e europeus praticam de ter programas liderados pelo próprio país. Não é só a Embraer que cresce mais também o País."

Cargueiro aéreo

O KC-390 é apontado como substituto do Hércules, o grande cargueiro aéreo construído nos EUA na metade do século passado. Mais de 2 mil aeronaves deste porte voam pelos céus mundo afora.

Mas a empresa avalia que só conseguirá vender para países que não possuem programas de cargueiros aéreos, o que exclui países como Estados Unidos e Rússia. O Brasil possui 22 unidades do Hercules, que serão substituídas pelo KC-390.

Frederico Curado salientou, contudo, que o fato de o avião ter características de apoio tático e de transporte faz com que seu mercado alvo seja maior. "Não é um avião de defesa da soberania", disse.

Fonte: Portal IG
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Otan acusa Irã de treinar insurgentes no Afeganistão

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O comandante das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, o general Stanley McChrystal, disse neste domingo que há "clara evidência" de que alguns militantes do Taleban treinaram no Irã.

McChrystal afirmou a repórteres em Cabul que o país vizinho em geral ajudou o governo afegão a combater o grupo insurgente. "Há, contudo, clara evidência de atividade iraniana - em alguns casos fornecendo armas e treinamento ao Taleban - que é inapropriada", informou ele. Segundo o general, as forças da Otan estão trabalhando para combater tanto o treinamento como o tráfico de armas.

No mês passado, McChrystal disse que havia indícios de que o Taleban estava treinando no Irã, mas não muitos e não de modo a parecer parte da política do governo iraniano. Ele não forneceu detalhes sobre quantas pessoas tiveram treinamento no país.


Fonte: Estadão
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EUA se dizem preocupados com novas provocações da Coreia do Norte

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O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, expressou neste domingo sua preocupação com a possibilidade de que a Coreia do Norte realize novos "atos de provocação".

Em declarações ao programa de TV "Fox News Sunday", Mullen disse que o presidente norte-coreano, Kim Jong-il, "parece nunca fazer provocações isoladas".

"Por isso me preocupa que pudesse haver uma sequência de atividades", declarou o alto comandante militar americano.

Mullen se referiu assim ao resultado de uma investigação multilateral que concluiu que o naufrágio da corveta sul-coreana Cheonan, no dia 26 de março, no qual morreram 46 marinheiros, foi causado por um torpedo disparado por um submarino norte-coreano.

O ataque, segundo Mullen, deixou a estabilidade na região "mais frágil".

Por causa do relatório, a Coreia do Sul anunciou a suspensão de seus laços comerciais com seu vizinho do norte, e Pyongyang respondeu com ameaças de um conflito bélico.

Em suas declarações, o alto comandante afirmou que corresponde ao presidente americano, Barack Obama, decidir se incluirá novamente a Coreia do Norte na lista do Departamento de Estado dos países patrocinadores de terrorismo.

O país fazia parte da lista até outubro de 2008, quando o presidente George W. Bush ordenou que fosse retirado como parte de uma série de incentivos para que Pyongyang cooperasse com a comunidade internacional sobre seu programa nuclear.

Fonte: EFE
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Amorim nega que enriquecimento de urânio a 20% estava em proposta do Irã

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A vontade do Irã de enriquecer urânio a 20% em seu território nunca esteve sobre a mesa de negociações do acordo assinado por Brasil e Turquia com Teerã, afirmou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores brasileiro Celso Amorim.

Amorim foi questionado em uma entrevista coletiva sobre a decisão da República Islâmica de continuar enriquecendo urânio em seu território, mesmo depois do acordo em três partes que garantia a ele combustível nuclear.

A suspensão do "enriquecimento a 20% não fazia parte da proposta original do 5+1 [grupo que discute o caso nuclear iraniano, composto por Estados Unidos, França, Rússia, China, Grã-Bretanha e Alemanha)", indicou.

"Isso não fazia parte por várias boas razões porque isso [enriquecer urânio a 20%] ainda não tinha acontecido", explicou Amorim.

"Na verdade, o Irã pediu à agência [Internacional de Energia] Atômica para obter urânio enriquecido a 20% na forma de barras de combustível. Isso é um direito, garantido pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear [TNP]", destacou.

"E então, o que aconteceu? Alguns países acharam que esta era uma oportunidade de propor um acordo" como o que foi assinado, acrescentou Amorim, falando ao lado de seu par turco, Ahmet Davutoglu, ambos presentes ao Fórum das Civilizações no Rio de Janeiro.

"Nossa missão era resolver esta troca de urânio. O futuro da questão nuclear iraniana cabe ao Irã e ao 5+1, ao Irã e à AIEA", a Agência Internacional de Energia Atômica, disse por sua vez Davutoglu. "Abrimos uma porta ao diálogo", considerou.

A fria recepção ao acordo tripartite alcançado por Brasil e Turquia com o Irã por parte das potências nucleares (que enviaram um novo projeto de sanções ao Conselho de Segurança da ONU contra a República Islâmica) irritou os líderes brasileiros e turcos.

Ao mesmo tempo, deixou especialmente tensas as relações entre Brasília e Washington.

O Irã decidiu continuar a enriquecer urânio em seu território, apesar do acordo garantir a Teerã o fornecimento de 120 kg de combustível nuclear, em um prazo de um ano, em troca de 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido, que seria enviado pelos iranianos à Turquia.

O urânio é o combustível das armas atômicas. As potências nucleares suspeitam que o programa nuclear de Teerã seja destinado a desenvolver este tipo de armamento.

Fonte: France Presse
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Israel denuncia "a hipocrisia" do acordo sobre não proliferação nuclear

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Israel, considerada a única potência nuclear do Oriente Médio, denunciou neste sábado a 'hipocrisia' do acordo da conferência de acompanhamento do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), que assinalou explicitamente o Estado hebreu, mas não citou o Irã.

"Esta resolução é profundamente hipócrita e mal feita. Ignora as realidades do Oriente Médio e as verdadeiras ameaças que a região e o mundo inteiro enfrentam", indicou um comunicado do governo israelense publicado em Toronto, onde o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, iniciou nesta sexta-feira uma visita de quatro dias no Canadá.

Mais cedo, um alto dirigente, que não quis ser identificado, também criticou a conferência da véspera.

"Este acordo tem o selo da hipocrisia. Somente Israel é mencionado em um texto que não cita outros países como a Índia, Paquistão, Coreia do Norte, que têm armas nucleares, ou, mais grave ainda, o Irã, que quer dotar-se delas", afirmou à AFP.

"O fato de que não tenha feito uma referência ao Irã é algo indignante, já que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou nesses últimos mees cada vez mais informações sobre a natureza militar dos projetos nucleares iranianos", acrescentou a fonte.

A conferência sobre o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) chegou na sexta-feira a um acordo - o primeiro em 10 anos - que inclui a criação de uma zona sem armas nucleares no Oriente Médio.

O Secretário-Geral da ONU "aprova particularmente o acordo sobre um processo que leve à implementação completa da resolução de 1995 que estabelece uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio", disse Ban Ki-moon em um comunicado.

A conferência adotou por consenso um documento final que prevê quatro planos de ação sobre cada um dos três pilares do TNP - desarmamento, controle dos programas nucleares nacionais para garantir que são pacíficos e utilização pacífica da energia atômica -, além de um Oriente Médio sem armas atômicas.

No que diz respeito a esse último ponto, o documento planeja a organização, em 2012, de uma conferência internacional "na qual supõe-se que todos os Estados da região participem, com o objetivo de chegar à instauração" dessa zona sem armas nucleares, e onde é requerida a presença de Israel e do Irã.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou o acordo, que "fortalece o regime de não proliferação mundial".

"Este acordo inclui passos equilibrados e práticos que farão avançar a não proliferação, o desarmamento nuclear e o uso pacífico da energía nuclear, que são as bases para o regime mundial de não proliferação", destacou Obama.

Os Estados Unidos comprometem-se a trabalhar para que esta conferência seja um sucesso, declarou a delegada americana Ellen Tauscher.

"Nos esforçaremos, com os países da região, para criar as condições de uma conferência de sucesso", disse Tauscher. Mas depois acrescentou: "Entretanto, afirmamos que nossa capacidade de realizá-la resulta seriamente diminuída pelo fato de que o documento final singulariza Israel em sua seção dedicada ao Oriente Médio, o que os Estados Unidos lamentam profundamente".

O texto também afirma que "é importante que Israel se junte ao tratado e ponha todas as suas instalações nucleares sob as garantias globais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)".

Entretanto, o texto não menciona especialmente o Irã, que os ocidentais querem ver sancionado por sua violação das resoluções da ONU, exigindo que Teerã suspenda suas polêmicas atividades nucleares e demonstre o caráter civil de seu programa nuclear.

Egito e Irã fizeram campanha para que Israel fosse especificamente convidado a juntar-se ao TNP, o que exigiria do Estado hebreu a renúncia ao seu arsenal nuclear.

O assessor de Obama para a não-proliferação, Gary Samore, expressou dúvidas quanto à conferência planejada para 2012: "Não sei se esta conferência ocorrerá", confessou em coletiva de imprensa.

Os Estados Unidos aceitaram co-promover a reunião e não querem que o evento seja um fracasso, prosseguiu Samore. Também disse que Washington co-organizaria a conferência apenas se "as condições estivessem reunidas".

É a primeira vez, em 10 anos, que a conferência quinquenal de acompanhamento do TNP chega a um acordo para revisar o tratado que, desde que entrou em vigor, em 1970, serviu como diretriz mundial para limitar a proliferação de armas nucleares.

Fonte: AFP
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Países querem Israel em plano de desarmamento nuclear

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Os 189 países signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) conseguiram dar ontem o primeiro passo para a adoção de um plano para o desarmamento nuclear, incluindo a proibição desse tipo de armas no Oriente Médio. No entanto, mesmo dando o sinal verde para a realização de uma conferência em 2012, que deve tentar "estabelecer o Oriente Médio como zona livre de armas nucleares e de destruição em massa", os Estados Unidos impuseram uma série de condições para a continuidade das negociações.

A participação de Israel é considerada um item fundamental na declaração final de 28 páginas aprovada por consenso pelos signatários do tratado.

O general James Jones, do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, disse ontem à noite que os país tem "sérias reservas" sobre a realização de uma conferência em 2012. Ele disse ainda que a ampla cooperação de todos os países da região para controlar a proliferação de armas é condição essencial para a paz no Oriente Médio, em mensagem implícita ao Irã. Os EUA acreditam que o governo iraniano está desenvolvendo seu programa nuclear com o objetivo de produzir armas, apesar de Teerã negar a acusação norte-americana.

O representante do conselho de segurança norte-americano defendeu Israel, tradicional aliado norte-americano, país que não é signatário do TNP e que foi citado no documento. Como copatrocinador da conferência, os EUA reafirmam que o evento só acontecerá "se e quando todos os países estiverem confiantes de que poderão participar".

A proposta para uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio, inclui a menção para que Israel entregue seu arsenal não declarado de cerca de 80 armas nucleares, já havia sido endossada pela conferência do TNP de 1995, mas nunca foi efetivada. No encontro deste mês, o assunto foi considerado um item fundamental, na declaração final de 28 páginas aprovada por consenso pelos signatários do tratado. No entanto, a reação norte-americana levantou questões e dúvidas se Israel, Irã ou outros países de fato participarão do encontro previsto para daqui a dois anos.


Plano

Os signatários do TNP adotaram ontem um plano detalhado de pequenos passos de uma longa estrada na direção do desarmamento nuclear, incluindo uma proposta muito debatida sobre a proibição desse tipo de armas no Oriente Médio. A Declaração Final de 28 páginas foi aprovada por consenso no último dia da conferência, que teve duração de um mês, realizada a cada cinco anos para revisar e estabelecer objetivos mais avançados para o TNP, que já tem 40 anos.


Pelo plano de ação, os cinco países que reconhecidamente possuem armas nucleares - Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China - se comprometem a acelerar suas reduções de armas, a tomar outras medidas para diminuir a importância das armas nucleares e a fazerem um relatório sobre seus progressos até 2014. O documento final também convoca uma conferência em 2012 "sobre o estabelecimento de um Oriente Médio como uma zona livre de armas nucleares e de todos os tipos de armas de destruição em massa."

Fonte: Estadão
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