sexta-feira, 18 de julho de 2025

Marinha homenageia profissionais da ICN em aniversário da Força de Submarinos

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Cerimônia no estaleiro de Itaguaí destaca o papel fundamental de civis na construção dos novos submarinos da frota brasileira

Em comemoração ao Dia do Submarinista e ao 111º aniversário do Comando da Força de Submarinos, a Marinha do Brasil promoveu, nesta quarta-feira (17), uma cerimônia especial no Cais 04 da Base de Submarinos da Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ). O evento prestou homenagens a profissionais civis que têm contribuído decisivamente para o futuro da força naval brasileira, especialmente na construção dos novos submarinos do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

Neste ano, nove integrantes da Itaguaí Construções Navais (ICN) foram condecorados com a medalha de submarinista honorário de 2025, um reconhecimento simbólico do esforço, competência técnica e dedicação desses profissionais à consolidação da capacidade submarina nacional.

Os agraciados foram: Francisco Figueirol Lobo, Marco Antônio Ribeiro, André Jardim Prates, Jorge Grimm da Silva, Leandro da Conceição Souza, Rodrigo Fornazie da Silva, Douglas de Freitas Bessa, Tiago de Freitas Bessa e Wander Cláudio de Freitas.

A homenagem evidencia o papel estratégico desempenhado pela integração entre civis e militares no fortalecimento do setor de Defesa. A ICN, parceira da Marinha na construção dos submarinos convencionais da classe Riachuelo e do futuro submarino com propulsão nuclear, tem sido essencial para o desenvolvimento de tecnologias de ponta e da indústria nacional.

O ICN é responsável pela construção dos submarinos Classe Riachuelo

Um dos homenageados, Marco Antônio Ribeiro, atualmente Coordenador de Segurança Orgânica da ICN, destacou o simbolismo da medalha:

“A cerimônia de hoje me lembrou os meus muitos anos de Marinha do Brasil. Foram inúmeras conquistas e, claro, a sensação de prestar serviços à pátria amada da melhor forma possível. Sou muito grato à Marinha por tantos anos como Suboficial Fuzileiro Naval. Hoje, como civil, tive a honra de relembrar aqueles bons momentos e também ser agraciado com uma medalha pelos serviços ora prestados. Fico muito grato à ICN e à Marinha.”

Além dos homenageados, estiveram presentes na solenidade o Diretor Industrial da ICN, Mário Botelho, e o Coordenador de Operações e Logística Portuária, Eudes Campos, reforçando o compromisso institucional com a excelência dos projetos em andamento.

A entrega das medalhas reforça não apenas a valorização da memória histórica da Força de Submarinos, mas também a importância de profissionais que, mesmo fora do serviço ativo militar, seguem impulsionando o avanço tecnológico da Marinha do Brasil.


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com ICN

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Super Tucano: EUA bancam manutenção da frota libanesa com pacote de US$ 100 milhões

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Investimento reforça parceria estratégica com o Líbano e garante a continuidade de operações aéreas críticas em meio à instabilidade regional

O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível venda militar estrangeira (FMS) ao governo do Líbano, estimada em US$ 100 milhões, com o objetivo de sustentar e modernizar a frota de A-29 Super Tucano da Força Aérea Libanesa (LAF). A certificação necessária foi enviada ao Congresso pela Agência de Cooperação em Segurança de Defesa (DSCA), marcando um novo passo no fortalecimento da cooperação entre os dois países.

O pacote inclui equipamentos de apoio, peças sobressalentes, consumíveis, dispositivos de acionamento por cartucho e propelente (CAD/PADs), componentes de motores, equipamentos de solo, publicações técnicas, além de apoio logístico, serviços de engenharia e manutenção, e software não classificado. Parte do conteúdo será agregado a um caso anterior de venda já em andamento, cujo valor inicial era de US$ 43,7 milhões.

Produzido pela Sierra Nevada Corporation (SNC) em parceria com a Embraer, o A-29 Super Tucano é uma aeronave de ataque leve com capacidade para missões de apoio aéreo aproximado, reconhecimento e vigilância tripulada. O modelo está em serviço no Líbano desde 2017, quando o país recebeu as duas primeiras das seis aeronaves adquiridas com financiamento do programa Foreign Military Financing (FMF) dos EUA.

Segundo o governo americano, a venda reforça a segurança de um parceiro estratégico no Oriente Médio e apoia a estabilidade política e o progresso econômico da região. A frota de Super Tucanos tem papel crucial nas operações das forças libanesas, especialmente após a entrada em vigor do cessar-fogo de novembro de 2024 com o Hezbollah. A LAF está posicionada no sul do país, em missões de controle territorial e interdição de ameaças.

Embora anos atrás o Líbano tenha considerado ampliar sua frota para até 12 unidades, o plano não avançou. Ainda assim, a Força Aérea Libanesa foi pioneira ao integrar mísseis APKWS guiados a laser ao A-29, ampliando seu poder de precisão. A aeronave é capaz de operar em qualquer ponto do território libanês ou em águas territoriais em menos de 20 minutos, conforme destacou o Brigadeiro-General Ziad Haykal em 2019.

Além do A-29, o apoio militar dos EUA ao Líbano inclui helicópteros MD-530F+ e embarcações de patrulha da classe Protector, elevando o patamar de capacidade aérea e naval do país, que ainda depende amplamente de equipamentos de gerações anteriores.

A proposta não exige o envio de pessoal adicional dos EUA ao território libanês, nem afetará a prontidão operacional das Forças Armadas norte-americanas. Também não há acordos de compensação (offset) vinculados à operação no momento, mas esses termos poderão ser definidos diretamente entre o Líbano e a empresa contratada.

Com isso, os Estados Unidos reafirmam seu compromisso com a estabilidade do Líbano e a profissionalização de suas forças armadas em um momento de delicado equilíbrio regional.


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com DSCA

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Embraer e Força Aérea Portuguesa celebram marcos com entrega de novo KC-390 e voo inaugural do A-29N

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Voo em formação entre as duas aeronaves simboliza a evolução da parceria estratégica entre Embraer e Portugal

A Embraer e a Força Aérea Portuguesa (FAP) celebraram, nesta quarta-feira, dois marcos importantes no fortalecimento da cooperação bilateral em defesa: a entrega do terceiro cargueiro tático KC-390 Millennium e o voo inaugural da variante A-29N do Super Tucano, que marcou o início oficial da campanha de testes da aeronave. As duas plataformas voaram em formação, pela primeira vez, em um momento simbólico que evidencia o avanço conjunto dos programas.

A entrega do terceiro KC-390 integra o acordo firmado entre o governo de Portugal (Türkiye) e a Embraer, que prevê um total de seis aeronaves para a FAP, além da possibilidade de dez unidades adicionais para aliados europeus e membros da OTAN. Com desempenho superior ao de outras aeronaves da mesma categoria, o KC-390 é capaz de transportar até 26 toneladas, voar a 470 nós e operar em ambientes desafiadores, como pistas não pavimentadas. Além de transporte logístico, pode atuar em missões de reabastecimento aéreo, evacuação médica, busca e salvamento, combate a incêndios e operações humanitárias.

Essa entrega reforça nossa capacidade operacional e aproxima a FAP da Capacidade Operacional Plena com a aeronave. Ao mesmo tempo, avançamos com um projeto que amplia nossa interoperabilidade com a OTAN”, afirmou o Major-General João Nogueira, Diretor do Programa KC-390 na Força Aérea Portuguesa.

A segunda grande conquista do dia foi o primeiro voo do A-29N Super Tucano, versão especialmente desenvolvida para atender aos rigorosos requisitos da OTAN. Portugal é o cliente de lançamento da nova variante, que teve 12 unidades encomendadas em 2024. O A-29N contará com aviônicos avançados, sistemas de comunicação compatíveis com os padrões da Aliança e outras modificações que ainda não foram divulgadas por motivos de segurança operacional.

“A realização deste voo é um marco na evolução do programa A-29N, resultado de um projeto idealizado em estreita colaboração com a FAP para oferecer uma plataforma de treinamento avançado e emprego tático altamente eficaz”, destacou Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Versátil e comprovado em combate, o A-29 Super Tucano já superou 600 mil horas de voo em operações reais e de treinamento ao redor do mundo. Com mais de 290 unidades encomendadas por 22 forças aéreas, o modelo é utilizado em diversas funções, incluindo apoio aéreo aproximado, vigilância de fronteiras, operações especiais, interdição aérea, JTAC, FAC, ISR armado e transição para caças supersônicos.

Com esses avanços, Embraer e FAP não apenas ampliam as capacidades de defesa de Portugal, como também reforçam a posição do país como plataforma estratégica para o desenvolvimento de soluções interoperáveis dentro da OTAN. Além de Portugal, outras nações europeias como Hungria, Países Baixos, Áustria, República Checa, Suécia, Eslováquia e Lituânia já selecionaram o KC-390, consolidando a aeronave como uma solução de nova geração para as forças aéreas do Atlântico Norte.

O voo em formação do KC-390 e do A-29N em território brasileiro representa, portanto, mais do que um feito técnico: é um símbolo da crescente cooperação industrial e operacional entre Embraer e Portugal, com impacto positivo direto sobre a interoperabilidade, a soberania e a prontidão das forças aliadas no século XXI.


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A turca FNSS apresentará novas torres ÇAKA na IDEF 2025

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A FNSS, uma das principais fabricantes de veículos blindados e sistemas de armamento de Türkiye, apresentará na IDEF 2025 duas novas versões de sua estação de armas remotamente controlada (RCWS) da família ÇAKA, agora com capacidade anticarro. As novas configurações ÇAKA 30/AT-O e ÇAKA AT-K, foram projetadas para ampliar o poder de fogo e a flexibilidade operacional em cenários terrestres e marítimos, com possibilidade de integração a uma ampla variedade de plataformas, como veículos blindados sobre rodas ou lagartas e embarcações leves, incluindo lanchas de assalto e navios de patrulha costeira.

A torre ÇAKA 30/AT-O, desenvolvida para operar em ambientes marítimos desafiadores, traz como principal destaque o canhão automático CANiK VENOM LR de 30 mm, que oferece alto desempenho com recuo reduzido. Além disso, a estação conta com dois mísseis guiados anticarro de longo alcance, prontos para o disparo, capazes de atingir alvos a mais de 4 km de distância. O sistema é compatível com diferentes tipos de mísseis, podendo ser adaptado conforme os requisitos do usuário e integrando um avançado sistema de controle de tiro a bordo. Já a configuração ÇAKA AT-K é mais leve e compacta, equipada com a metralhadora CANiK M2 QCB de 12,7 mm e dois mísseis anticarro de curto alcance, sendo ideal para missões de patrulha, escolta ou reconhecimento rápido.

Ambas as versões mantêm as principais características da família ÇAKA, como estrutura leve e resistente à água, estabilização, rastreamento automático de alvos, precisão e maior proteção ao operador, além de permitirem maior aproveitamento do espaço interno dos veículos nos quais são instaladas. Desenvolvidas inicialmente para equipar os veículos blindados anfíbios de assalto (MAV) da Marinha de Türkiye, essas torres representam uma evolução no conceito de mobilidade protegida em ambientes litorâneos, com capacidade de atuação contínua tanto no mar quanto em terra.

Fundada há mais de 35 anos, a FNSS é reconhecida mundialmente por suas soluções inovadoras em defesa terrestre e já entregou milhares de veículos de combate a clientes em diversas partes do mundo. A empresa atua com um modelo de negócios centrado no usuário, desenvolvendo produtos sob medida, com transferência de tecnologia, capacitação local e suporte ao longo de todo o ciclo de vida. Seus veículos das famílias PARS e KAPLAN estão entre os mais avançados da atualidade, moldando as tendências dos veículos de combate do século XXI.

A estreia mundial das novas torres ÇAKA 30/AT-O e ÇAKA AT-K será realizada no estande da FNSS durante a IDEF 2025, consolidando a empresa como uma das líderes globais em soluções de defesa terrestre e integrando ainda mais as capacidades entre forças navais e terrestres.


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quinta-feira, 17 de julho de 2025

BAE Systems realiza primeiro disparo ar-ar de precisão a partir de drone multirrotor

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A BAE Systems deu um passo ousado no campo da guerra moderna ao realizar, com sucesso, o lançamento de uma munição de precisão guiada a laser a partir de uma aeronave não tripulada multirrotor. A operação inédita ocorreu na base de testes de Dugway, no estado de Utah (EUA), e marcou a primeira vez que o sistema de guiagem APKWS (Advanced Precision Kill Weapon System) foi utilizado em um engajamento ar-ar com um drone.

A aeronave usada foi o TRV-150, uma versão modificada do drone Malloy T-150, originalmente projetado para transporte logístico em zonas de combate. A modificação permitiu que a plataforma carregasse e disparasse foguetes de 70 mm transformados em munição guiada de precisão pelo kit APKWS, tecnologia já consagrada em caças F-16, F/A-18 e helicópteros Apache.

Nos testes, o TRV-150 atingiu com precisão tanto alvos aéreos quanto terrestres, demonstrando a viabilidade de seu uso em missões ofensivas e defensivas com eficácia surpreendente. Todos os disparos acertaram seus alvos, superando as expectativas da equipe técnica. Segundo a BAE Systems, o desempenho aliado ao custo reduzido posiciona essa solução como uma alternativa acessível e altamente eficaz para o combate a ameaças convencionais e drones hostis.

Anthony Gregory, diretor de Desenvolvimento de Negócios da FalconWorks, divisão de inovação da BAE Systems, destacou o avanço estratégico:

Mostramos que essa tecnologia pode ampliar a vantagem tática das tropas no campo de batalha com uma solução de excelente desempenho e custo significativamente menor que os meios tradicionais.”

O presidente da SURVICE Engineering, Greg Thompson, também celebrou o sucesso dos testes. Para ele, a conversão do TRV-150 em uma plataforma de ataque representa um divisor de águas:

Demonstramos que um drone de carga pode ser adaptado para funções ofensivas e defensivas, reunindo múltiplas capacidades em um único sistema.

O projeto é fruto de uma colaboração internacional que envolveu engenheiros do Reino Unido e dos Estados Unidos. O sistema TRV-150 adaptado faz parte do programa TRUAS do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. Além disso, os testes contaram com o apoio de parceiros como a Invariant Corporation, Arnold Defense, General Dynamics UK e L3Harris.

A BAE Systems Inc., responsável pelos kits APKWS, liderou a integração junto à SURVICE Engineering e à BAE Systems plc, que coordenou o desenvolvimento da solução ofensiva no Reino Unido. Com o sucesso da demonstração, os esforços agora se concentram na integração de recursos autônomos, visando a plena capacidade operacional.

Com capacidade para transportar cargas entre 68 kg e 200 kg, e com uma versão de 300 kg em desenvolvimento, o drone TRV-150 reafirma sua flexibilidade como plataforma de transporte, desminagem e agora também de ataque. A entrada em cena de sistemas não tripulados com capacidade de engajamento ar-ar representa um marco para a doutrina militar contemporânea, abrindo caminho para o futuro das operações táticas com drones armados de médio porte.


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Israel intensifica ataques na Síria para proteger comunidade drusa em meio a escalada de violência sectária

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O Exército de Israel intensificou sua ofensiva na Síria nesta quarta-feira (16), ao atacar diretamente a entrada do Ministério da Defesa sírio, no centro de Damasco. A ação, justificada como uma medida para proteger a minoria drusa no sul do país, marca o terceiro dia consecutivo de operações militares israelenses em território sírio, ampliando as tensões em uma região já marcada por instabilidade e violência.

Os bombardeios ocorrem em meio a uma escalada de confrontos armados na cidade de Sweida, onde forças do governo sírio e milícias drusas locais entraram em choque. Os drusos, uma seita religiosa com cerca de um milhão de seguidores no mundo, sendo aproximadamente 700 mil na Síria, vivem majoritariamente no sul do país e historicamente mantinham uma relação de lealdade ao regime de Bashar al-Assad. No entanto, com a queda de Assad no final de 2023 e a ascensão do líder islâmico Ahmed al-Shaar, os drusos passaram a ser alvo de perseguições e ameaças de grupos extremistas.

A tensão em Sweida teve início após o sequestro de um comerciante druso na estrada entre a cidade e a capital, Damasco, um episódio que desencadeou uma cadeia de represálias violentas entre milícias drusas e tribos beduínas sunitas. O governo sírio tentou intervir enviando tropas para conter os conflitos, mas as forças acabaram se enfrentando com os próprios drusos. Um cessar-fogo chegou a ser anunciado, mas entrou em colapso rapidamente diante da continuidade dos combates.

Em resposta à violência crescente contra a comunidade drusa, o Exército de Israel lançou uma série de ataques aéreos e com drones, atingindo alvos militares do regime sírio, incluindo tanques, veículos blindados e postos de comando. De acordo com o IDF (Forças de Defesa de Israel), o objetivo é impedir massacres e garantir a desmilitarização das áreas próximas à fronteira israelense, além de enviar um sinal de proteção à comunidade drusa na Síria. Fontes do Ministério da Defesa sírio confirmaram que ao menos dois drones atingiram a sede do ministério em Damasco, forçando os policiais a se abrigarem no porão. A TV estatal Elekhbariya relatou que dois civis ficaram feridos no ataque.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em declaração conjunta com o ministro da Segurança Nacional Israel Katz, confirmou que as operações foram autorizadas para proteger os drusos e conter avanços do novo governo sírio sobre civis. A ação israelense também tem motivações internas: Israel abriga cerca de 130 mil drusos que, ao longo das décadas, se integraram plenamente à sociedade israelense e prestam serviço nas Forças Armadas. Netanyahu busca agora aproximar a comunidade drusa síria, incentivando-a a adotar uma postura mais alinhada com os interesses de Israel diante da nova ordem política imposta por facções islâmicas em Damasco.

Por outro lado, a Síria condenou veementemente os bombardeios, classificando-os como uma “agressão insidiosa” e afirmando que diversos militares e civis foram mortos nos ataques. O Ministério das Relações Exteriores sírio denunciou o uso coordenado de drones e bombardeios aéreos por parte de Israel, acusando o Estado judeu de violar a soberania nacional e o direito internacional.

O conflito atual expõe a fragilidade da situação síria após anos de guerra civil. Com a queda do regime de Assad, os drusos se viram isolados e ameaçados por grupos sunitas ortodoxos, que os consideram hereges por sua fé sincrética que mescla elementos do islamismo xiita, cristianismo, budismo e outras tradições. A perseguição ganhou novo fôlego após a divulgação, no final de abril, de uma gravação de áudio em que um druso anônimo insultava o profeta Maomé. O episódio provocou ataques a cidades drusas como Jaramana e Ashrafiyat Sahnaya, resultando em dezenas de mortos.

Com o acirramento dos conflitos, cresce o temor de que a atual crise evolua para um confronto regional mais amplo, envolvendo outras potências e grupos armados. A intervenção direta de Israel, embora focada na proteção de uma minoria aliada, pode desencadear reações de aliados do regime sírio, como o Irã ou o Hezbollah, tornando a situação ainda mais volátil. Enquanto isso, a população drusa continua presa entre antigos aliados que já não os protegem e novos inimigos que os consideram inimigos da fé.


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Exército reforça presença na fronteira com blindados Guarani: testes em Itaipu marcam nova fase de atuação

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O 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado (34º BI Mec), sediado na região sul do país, deu um importante passo em sua modernização e capacidade operacional ao receber três Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Média Sobre Rodas (VBTP-MSR) Guarani. Os veículos, fabricados com ampla participação da indústria nacional, foram entregues por meio do Programa Estratégico Forças Blindadas, coordenado pelo Exército Brasileiro.

Na última semana, os militares do 34º BI Mec realizaram testes de flutuabilidade e adestramentos com os novos blindados no lago da Usina Hidrelétrica de Itaipu, um dos maiores reservatórios artificiais do mundo. A atividade teve como foco a familiarização e a prática de navegação dos condutores e comandantes de carro habilitados, além do treinamento das guarnições para operações em ambiente aquático.

Adestramento para transposição de cursos d’água

O Capitão Alessandro Rosa de Lima, Oficial de Segurança e Prevenção de Acidentes da unidade, explicou que cada guarnição realiza os testes de flutuação “pelo menos três vezes, a fim de garantir a eficiência na transposição de cursos d’água, uma das capacidades fundamentais do Guarani.”

A atividade visa preparar as tropas para cenários operacionais reais, sobretudo em áreas de difícil acesso e com obstáculos naturais, como rios e lagos, presentes em grande parte da faixa de fronteira dos estados do Paraná e Santa Catarina.

Combate ao crime na fronteira

Os veículos serão empregados em operações de patrulhamento e combate aos crimes transfronteiriços, como o tráfico de armas, drogas e contrabando, além de ilícitos ambientais. A utilização dos Guarani reforça o papel do Exército Brasileiro em ações integradas como a Operação Ágata, que visa proteger a soberania nacional nas regiões limítrofes com outros países.

A chegada dessas três viaturas ao 34º BI Mec integra um lote de 15 blindados destinados à 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, subordinada à 5ª Divisão de Exército. Essa área de responsabilidade inclui 222 municípios e a aduana mais movimentada do Brasil: a Ponte da Amizade, localizada em Foz do Iguaçu (PR), ponto estratégico da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Blindado nacional com tecnologia de ponta

O Guarani, com tração 6x6, tem capacidade de operar em diversos tipos de terreno e é anfíbio, dispensando preparação para travessia de cursos d’água. Pesando aproximadamente 18 toneladas, o blindado atinge velocidades de até 110 km/h e possui autonomia para percorrer 600 km.

O veículo pode ser equipado com diversos sistemas de armamento, como canhões automáticos de 30 mm e metralhadoras de 7,62 mm, adaptando-se a diferentes perfis de missão. Desde o início de sua produção em 2012 e a entrega das primeiras unidades em 2014, o Guarani tem sido símbolo da modernização e independência tecnológica da Força Terrestre brasileira.

Presença estratégica e defesa da soberania

A incorporação dos Guarani à tropa representa um reforço significativo para a presença do Exército na região de fronteira sul do país, marcada por desafios complexos de segurança. Com poder de fogo, mobilidade e versatilidade, os novos blindados ampliam a capacidade operacional da Força, reforçando seu compromisso com a defesa da soberania nacional e a proteção das populações fronteiriças.

A atuação do 34º BI Mec, agora equipado com essas viaturas de última geração, confirma a prioridade estratégica dada à faixa de fronteira e à preparação das tropas para enfrentar os desafios do século XXI.


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OTAN aprova novo plano de financiamento comum e reforça apoio à Ucrânia e à defesa coletiva

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Conselho do Atlântico Norte aloca 5,3 bilhões de euros para impulsionar capacidades militares, segurança e dissuasão da Aliança entre 2026 e 2030

Na última quarta-feira, 16 de julho, o Conselho do Atlântico Norte aprovou o Plano de Recursos de Financiamento Comum 2026-2030, um passo estratégico para ampliar a capacidade da OTAN de enfrentar desafios de segurança atuais e futuros. O novo plano estabelece os recursos necessários para sustentar o crescente nível de ambição da Aliança, em um cenário geopolítico marcado por tensões regionais, desafios híbridos e o prolongamento da guerra na Ucrânia.

O documento aprovado define os tetos de financiamento comum para 2026, abrangendo o Orçamento Militar, o Orçamento Civil e o Programa de Investimento em Segurança da OTAN, com uma alocação total de 5,3 bilhões de euros. Esses valores servirão como base para viabilizar operações e garantir que a estrutura da OTAN mantenha sua eficácia, coesão e prontidão.

Capacidades fortalecidas e foco em dissuasão

O financiamento comum desempenha papel crucial na consolidação das capacidades da Aliança, incluindo o suporte a sistemas de comando e controle, infraestrutura crítica, interoperabilidade entre forças e operações conjuntas. O plano aprovado reforça os pilares de dissuasão e defesa, pilares centrais do conceito estratégico da OTAN, especialmente diante do avanço tecnológico de potenciais adversários e da crescente instabilidade em regiões de interesse estratégico.

Além de fortalecer a defesa coletiva dos países-membros, o plano de financiamento contempla recursos destinados a atividades prioritárias de apoio à Ucrânia, incluindo a Iniciativa de Assistência e Treinamento de Segurança da OTAN para a Ucrânia e o Centro Conjunto de Análise, Treinamento e Educação da OTAN-Ucrânia. Tais iniciativas visam não apenas capacitar as Forças Armadas ucranianas, mas também fomentar a interoperabilidade com os padrões da Aliança e preparar o terreno para uma possível integração futura.

Visão de longo prazo e compromisso político

O Plano de Recursos 2026-2030 é parte de uma estratégia de longo prazo da OTAN para garantir que os aliados mantenham sua capacidade de resposta rápida e adaptabilidade. A aprovação unânime pelo Conselho do Atlântico Norte demonstra o compromisso político conjunto dos países-membros com a defesa do território aliado, o apoio a nações parceiras sob ameaça e a manutenção da ordem internacional baseada em regras.

A nova diretriz orçamentária marca não apenas um avanço financeiro, mas também uma afirmação estratégica da OTAN em tempos de incerteza: a de que a segurança coletiva requer investimentos sólidos, planejamento coerente e unidade política entre os aliados.


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Exército Reforça Escudo Antiaéreo com Nova Unidade de Defesa em Jundiaí

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O Exército Brasileiro deu um passo decisivo no fortalecimento de sua capacidade de defesa aeroespacial com a transformação do tradicional 12º Grupo de Artilharia de Campanha (12º GAC) em 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (12º GAAAe). A cerimônia militar de criação da nova unidade foi realizada no dia 15 de julho de 2025, em Jundiaí (SP), com a presença do Comandante do Exército, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

A mudança representa um marco na modernização da Força Terrestre, inserida no Plano Estratégico do Exército (PEEx 2024-2027) e alinhada à Estratégia Militar Terrestre (EMT). O objetivo é ampliar a capacidade de dissuasão e garantir uma resposta eficaz frente às ameaças contemporâneas, sobretudo no domínio aeroespacial.

Capacidade ampliada e novos armamentos

O recém-criado 12º GAAAe inicia suas atividades com sistemas de defesa antiaérea de baixa altura, recebidos do 2º Grupo de Artilharia Antiaérea (2º GAAAe), sediado em Praia Grande (SP). Em um segundo momento, está prevista a incorporação de baterias de mísseis de médio alcance, o que proporcionará maior volume de fogo e alcance na proteção contra aeronaves e mísseis hostis.

Essa ampliação da capacidade operacional visa não apenas a defesa de estruturas críticas e áreas sensíveis do território nacional, mas também o preparo da Força para atuar em cenários cada vez mais complexos, como demonstrado em recentes conflitos internacionais.

Nova subordinação e comunicações modernizadas

Com a transformação, o 12º GAAAe passa a integrar o Comando de Defesa Antiaérea do Exército (Cmdo DAAe Ex), ao lado de outras unidades especializadas na missão de proteger a soberania do espaço aéreo nacional. A medida visa consolidar uma estrutura coesa e interoperável, com maior eficiência no emprego de sistemas de comando e controle.

Paralelamente, foi criada a Companhia de Comunicações de Defesa Antiaérea (Cia Com DAAe), inaugurada em 15 de maio, que será responsável por garantir a conectividade e a fluidez das informações nas operações antiaéreas, permitindo respostas rápidas e coordenadas em ambiente de combate.

Tradição preservada e futuro consolidado

Durante a solenidade, foram realizadas a entrega simbólica do Estandarte Histórico do 12º GAC ao Cmdo DAAe Ex e a inauguração da nova fachada da unidade, agora como 12º GAAAe. Também houve uma exposição de sistemas antiaéreos, demonstrando parte do novo poder de fogo da organização militar.

Apesar da transformação, a unidade manterá atividades tradicionais, como o Curso de Formação e Graduação de Sargentos (CFGS) e os serviços regionais, preservando os 105 anos de história do consagrado “Grupo Barão de Jundiahy”.

Compromisso com a soberania nacional

Com a criação do 12º GAAAe, o Exército Brasileiro reafirma seu compromisso com a soberania nacional e com a proteção da população frente aos desafios do século XXI. A nova estrutura não apenas fortalece o escudo aéreo do país, como também consolida o papel estratégico de Jundiaí no sistema de defesa terrestre nacional.

A transformação é mais do que uma mudança de nome: é a expressão de uma Força Terrestre moderna, capaz e preparada para garantir a paz com a dissuasão.


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terça-feira, 15 de julho de 2025

Capacitação nos EUA marca avanço na introdução do UH-60M Black Hawk no Exército Brasileiro

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Capacitação reforça modernização da Aviação do Exército Brasileiro e prepara instrutores para nova frota de aeronaves

O Major Costa Mendes, piloto da Aviação do Exército, concluiu recentemente um intenso programa de qualificação nos Estados Unidos para operar a aeronave UH-60M Black Hawk, considerada a versão mais moderna do consagrado helicóptero multimissão. Durante sete meses, o oficial participou dos cursos Aircraft Qualification Course - Transition (AQC-T) e Instructor Pilot Course (IPC), ambos voltados para pilotos militares que operarão o modelo UH-60M.

O curso AQC-T tem como objetivo habilitar o piloto a voar o Black Hawk na sua versão mais avançada, capacitando-o tecnicamente para as missões previstas com o novo vetor. Já o IPC vai além: testa os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos e prepara o oficial para atuar como instrutor. O treinamento inclui simulações de manobras de emergência, táticas operacionais com uso de Óculos de Visão Noturna (OVN) e procedimentos sob Regras de Voo por Instrumento (IFR – Instrument Flight Rules), realizados em voos reais e sob condições variadas.

A qualificação do Major Costa Mendes faz parte de um processo estratégico do Exército Brasileiro para expandir suas capacidades operacionais. A instituição está em fase de aquisição de 12 helicópteros UH-60M Black Hawk, que irão ampliar significativamente o poder de mobilidade e resposta das tropas, especialmente em operações aeromóveis, transporte de tropas, evacuação médica e apoio logístico.

Segundo o Comando de Aviação do Exército (CAvEx), a formação de pilotos-instrutores como o Major Costa Mendes é essencial para disseminar o conhecimento sobre o novo modelo entre os demais militares da força. “A atualização dos nossos pilotos não apenas amplia os horizontes de atuação, mas também aperfeiçoa os procedimentos e capacidades de toda a Aviação do Exército”, destacou.

Com a introdução do UH-60M, o Exército Brasileiro dá mais um passo importante em direção à modernização de sua frota aérea, investindo em tecnologia, interoperabilidade e qualificação profissional para atender com excelência às exigências das missões do século XXI.


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5ª Brigada de Cavalaria Blindada realiza exercício para certificação como Força de Prontidão

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Com o objetivo de garantir sua certificação como Força de Prontidão (FORPRON), a 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda C Bld) está realizando, entre os dias 30 de junho e 18 de julho, um grande exercício militar no município de Ponta Grossa, no Paraná. A atividade reúne mais de 1.240 militares, 110 viaturas blindadas e 108 não blindadas, em uma das maiores ações de adestramento do Comando Militar do Sul em 2025.

Participam do exercício 12 organizações militares da Brigada, distribuídas pelas guarnições de Ponta Grossa, Curitiba, Castro, Rio Negro (todas no PR) e Porto União (SC). A operação também conta com a presença da 1ª Companhia Anticarro da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, de Osasco (SP), equipada com os modernos mísseis Spike LR2, de quinta geração, capazes de engajar alvos com precisão superior a 5 km.

Simulação realista com tecnologia de ponta

O exercício simula situações de combate com alto grau de realismo, utilizando dispositivos eletrônicos de simulação que registram, em tempo real, disparos, impactos e “baixas” no campo de batalha. Trata-se de um adestramento em nível de unidade, envolvendo uma Força-Tarefa Blindada completa, além de diversos módulos de apoio ao combate e apoio logístico.

A atividade é acompanhada por Observadores e Controladores do Adestramento (OCA) de diferentes organizações subordinadas à 5ª Divisão de Exército, responsáveis por monitorar e avaliar o desempenho da tropa.

Avaliação sob responsabilidade do Centro de Adestramento Sul

O exercício conta com o suporte do Centro de Adestramento Sul (CA-Sul), sediado em Santa Maria (RS), unidade subordinada ao Comando Militar do Sul e vinculada ao Comando de Operações Terrestres (COTER) e ao Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx).

Especializado em simulações construtivas, vivas e virtuais, o CA-Sul é uma referência no preparo das tropas mecanizadas e blindadas do Exército Brasileiro. A missão do centro é avaliar, de forma técnica e pedagógica, o nível de prontidão das unidades designadas como FORPRON, assegurando que estejam aptas para atuar em curto prazo em missões reais.

Força de Prontidão: pronta para agir a qualquer momento

As Forças de Prontidão (FORPRON) representam a elite do Exército Brasileiro, composta por unidades de pronto-emprego capazes de atuar rapidamente em situações de crise, apoio à população, combate convencional ou ações conjuntas com outras Forças. Para obter essa certificação, a 5ª Brigada precisa demonstrar elevado grau de operacionalidade, mobilidade, disciplina e interoperabilidade.

Com esse exercício, a 5ª Brigada de Cavalaria Blindada reafirma seu preparo e importância estratégica no contexto da defesa nacional, mostrando-se pronta para cumprir qualquer missão atribuída pelo Comando do Exército.


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com Exército Brasileiro.


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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Análise: Nova Ofensiva Russa em Larga Escala na Ucrânia - Estratégia, Desafios e o Cenário Internacional

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A Rússia se prepara para uma ofensiva de grande escala na Ucrânia, que promete ser decisiva na tentativa de consolidar o controle sobre territórios ainda não ocupados e sobretudo, isolar a Ucrânia do Mar Negro. Com Odessa como alvo estratégico, o Kremlin busca uma vitória que reverbere politicamente, diante das crescentes pressões internas e do desgaste que a guerra tem imposto às suas forças.

Por trás desse movimento militar está um complexo jogo de fatores que combinam limitações logísticas, desgaste das tropas, capacidade tecnológica e a influência do apoio externo, em especial, de aliados como o Irã e a Coreia do Norte, cuja relação com Moscou mostra nuances que refletem diretamente no curso da guerra.

Objetivos da ofensiva: além do campo de batalha, a disputa geopolítica

O plano russo é claro e ambicioso. Consolidar uma "zona tampão" mais profunda, ampliando o controle nas regiões de Sumy, Kharkiv e Dnipropetrovsk, e tomar Odessa para cortar o acesso marítimo ucraniano são metas que buscam garantir vantagem territorial e estratégica antes da chegada do outono europeu.

Essa ofensiva visa não apenas ganhos militares, mas também pressionar politicamente a Ucrânia e seus apoiadores, criando condições para uma negociação favorável a Moscou. Controlar o Mar Negro significa restringir economicamente a Ucrânia, afetando sua capacidade de exportação e importação, um golpe direto à resistência do país.

Desafios em campo: logística, forças e supremacia aérea

Por mais planejada que seja, a ofensiva enfrenta obstáculos severos:

  • A infraestrutura das regiões-alvo é precária, e as chuvas do outono prometem transformar estradas em atoleiros, dificultando o deslocamento de blindados e equipamentos essenciais para o avanço rápido.

  • O desgaste das tropas é uma realidade. A substituição de soldados experientes por guardas de fronteira e até por contingentes norte-coreanos revela a dificuldade russa em manter um efetivo qualificado e numeroso para operações complexas.

  • No ar, a Rússia não garante o domínio absoluto do espaço aéreo. A incapacidade de isolar completamente a retaguarda ucraniana através de operações aéreas limita a ofensiva terrestre e aumenta a vulnerabilidade dos seus avanços.

  • A Ucrânia tem investido pesado em guerra eletrônica e no uso de drones, elevando sua capacidade de reconhecimento e dificultando as operações russas. Essa resistência tecnológica e tática impõe um custo elevado ao esforço invasor.

Apoio externo: o peso do Irã e da Coreia do Norte

No tabuleiro internacional, Moscou conta com o apoio de aliados que reforçam sua capacidade, mas que também enfrentam suas próprias limitações.

A Coreia do Norte tem contribuído com munição, armamentos e possivelmente com soldados, ajudando a suprir as lacunas do exército russo, mas seu impacto permanece mais simbólico do que estrutural.

Já o Irã, parceiro histórico, mantém fornecimento de drones e munições, mas a relação tem se mostrado mais complexa. Após as sucessivas falhas dos sistemas russos S-300 na defesa iraniana contra ataques israelenses, Teerã buscou na China uma alternativa tecnológica mais confiável. Essa aproximação sinaliza um desgaste na confiança do Irã na indústria de defesa russa e potencialmente, uma limitação futura do suporte iraniano a Moscou.

Este fato transcende o campo de batalha ucraniano e indica uma mudança no eixo das parcerias militares globais, com a China ganhando protagonismo no Oriente Médio e diminuindo a influência russa.

Implicações para a ofensiva e para o futuro da guerra

Com esses elementos em jogo, a ofensiva russa é uma jogada de risco e urgência. Moscou precisa demonstrar força e obter vitórias rápidas, mas suas limitações internas e a dinâmica de apoio externo impõem restrições importantes.

A resistência ucraniana, sustentada por tecnologias e treinamento ocidentais, segue firme, e a guerra eletrônica, a mobilidade e o conhecimento do terreno favorecem a defesa. Ao mesmo tempo, o desgaste da indústria de defesa russa, evidenciado no Oriente Médio, repercute diretamente na capacidade de Moscou para manter operações ofensivas eficazes e de longo prazo.

A aproximação do Irã com a China, o apoio limitado da Coreia do Norte e a dificuldade em manter a superioridade aérea indicam que a Rússia enfrenta um momento delicado, em que ganhos territoriais e políticos são essenciais, mas difíceis.

A ofensiva russa na Ucrânia é o próximo capítulo de um conflito que extrapola as fronteiras da Europa. É uma tentativa desesperada de garantir espaço e poder num cenário cada vez mais adverso, marcado pela resistência ucraniana e pelo desgaste das capacidades militares russas.

O sucesso dessa ofensiva dependerá não só da capacidade militar em campo, mas também da habilidade do Kremlin em manter suas alianças e contornar limitações técnicas e logísticas. O papel do Irã, agora mais alinhado à China, e o apoio da Coreia do Norte indicam que a Rússia caminha numa trilha cada vez mais solitária, pressionada por um cenário internacional que exige respostas rápidas e eficazes, sob pena de perder influência e controle em uma região estratégica para seu futuro.


Por Angelo Nicolaci


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Rússia prepara nova ofensiva de grande escala na Ucrânia

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O Kremlin pode estar prestes a abrir uma nova fase do conflito na Ucrânia. De acordo com informações divulgadas pelo jornal alemão Bild, com base em postagens de blogueiros militares russos com fontes dentro das Forças Armadas, generais teriam sugerido ao presidente Vladimir Putin o lançamento de uma grande ofensiva ainda neste verão europeu. O plano, segundo essas fontes, envolve uma série de ataques coordenados em várias frentes, com o objetivo de ampliar a zona de controle russo até as fronteiras administrativas das regiões reivindicadas e impedir que a Ucrânia mantenha qualquer saída para o Mar Negro.

A operação incluiria ações militares nas regiões de Sumy, Kharkiv e Dnipropetrovsk, que até então não estavam entre os territórios formalmente reclamados pela Rússia, e teria como principal alvo a cidade portuária de Odessa, cuja captura representaria um golpe logístico e simbólico para Kiev.

Plano de ofensiva envolve redesenho estratégico e reforço com tropas estrangeiras

Segundo o blogueiro Maxim Kalashnikov, o Estado-Maior russo teria elaborado uma proposta para avançar sobre essas áreas antes do início das chuvas de outono, que historicamente dificultam operações móveis no leste europeu. O plano contemplaria também a substituição de tropas regulares por guardas de fronteira, criando uma reserva estratégica que poderia ser utilizada na ofensiva e abrindo espaço para a inserção de tropas estrangeiras, entre elas militares norte-coreanos.

Eles propõem que guardas de fronteira sejam designados para a operação, o que substituiria os soldados norte-coreanos”, afirmou Kalashnikov.

De acordo com as fontes citadas, o próprio Putin teria sido informado diretamente sobre a proposta pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas.

Ainda segundo Kalashnikov, o plano prevê uma zona-tampão militar nas regiões que serviriam como corredor de penetração para o avanço russo, enquanto operações aéreas simultâneas seriam realizadas para tentar paralisar a retaguarda das forças ucranianas. No entanto, ele demonstra ceticismo quanto à eficácia da estratégia.

Nossa superioridade numérica não resolve o problema. Não colocamos nossas forças em ordem, portanto, não podemos garantir o isolamento das zonas de combate”, escreveu o analista.

Odessa: o principal objetivo estratégico

A tentativa de capturar Odessa, embora arriscada, representa uma oportunidade estratégica de longo alcance para o Kremlin. Trata-se de um dos principais portos ucranianos, essencial para o escoamento de grãos e produtos industriais. Sua perda não apenas prejudicaria severamente a economia ucraniana, como também transformaria a Ucrânia em um país sem acesso direto ao mar, enfraquecendo sua posição geopolítica no Mar Negro e nas futuras negociações de paz.

Além disso, o controle de Odessa permitiria à Rússia estabelecer uma ligação terrestre contínua entre a Crimeia, o Dombass e o sul da Ucrânia, consolidando sua presença na costa e abrindo possibilidades logísticas para o envio de suprimentos e tropas.

Aliança com a Coreia do Norte se consolida com envio de armas e combatentes

O plano de ofensiva ganha novo peso diante da aproximação entre Moscou e Pyongyang. O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, visitou recentemente a Coreia do Norte e foi recebido por Kim Jong-un, que declarou apoio incondicional à Rússia na guerra contra a Ucrânia.

Segundo Lavrov, o regime norte-coreano tem fornecido munições, mísseis, armamentos diversos e até milhares de soldados, que já teriam sido empregados em combates na região russa de Kursk, próximo à fronteira com a Ucrânia.

Essa colaboração, embora sem reconhecimento oficial por parte da Rússia ou da Coreia do Norte nos fóruns internacionais, acirra tensões globais e sinaliza o surgimento de um eixo militar entre potências revisionistas, incluindo ainda o Irã e, em parte, a China.

Putin teria confirmado ofensiva a Trump

As informações divulgadas pelos blogueiros russos são reforçadas por uma reportagem do site norte-americano Axios, segundo o qual Putin teria informado ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que lançaria uma grande ofensiva nos próximos 60 dias. A conversa teria ocorrido recentemente e, conforme apurado, levou Trump a endurecer seu discurso contra Moscou, inclusive durante reuniões com líderes europeus.

Putin mencionou que nos próximos 60 dias retomará os esforços para ocupar territórios até as fronteiras administrativas das regiões ucranianas onde a Rússia tem uma posição estratégica”, afirma a matéria.

O próprio Trump teria dito ao presidente francês Emmanuel Macron: Ele quer tomar tudo”.

Análise do GBN: o conflito na Ucrânia em 2025 e as perspectivas para o segundo semestre

Cenário militar: estagnação tática e tentativa de mudança russa

Desde o segundo semestre de 2023, o conflito entrou em uma fase de estagnação militar, com ofensivas localizadas, desgaste contínuo de equipamentos e recursos, e altas taxas de baixas para ambos os lados. A Ucrânia enfrenta dificuldades para manter seu ritmo de defesa sem os volumes de ajuda militar que recebia anteriormente, enquanto a Rússia busca formas de recuperar a iniciativa operacional sem comprometer a estabilidade política interna.

A nova ofensiva seria uma tentativa do Kremlin de quebrar esse impasse, especialmente antes das eleições presidenciais russas de 2026.

Capacidade russa: superioridade em números, não em qualidade

Apesar de contar com maior volume de tropas, indústria bélica ativa e apoio externo, a Rússia ainda sofre com problemas logísticos, comando fragmentado e ausência de supremacia aérea. O fracasso em suprimir a defesa aérea ucraniana nas ofensivas anteriores limitou os ganhos territoriais.

Sem avanços aéreos consistentes, uma nova ofensiva terrestre corre o risco de repetir o padrão dos anos anteriores: ganhos iniciais, seguidos de contra-ataques e elevado custo humano.

A Ucrânia: dependência do Ocidente e risco de isolamento no sul

A Ucrânia permanece resiliente, mas cada vez mais dependente de ajuda militar e financeira dos EUA, União Europeia e aliados da OTAN. O envio de sistemas como Patriot, NASAMS, HIMARS, Leopard 2 e F-16 ajudou a equilibrar o campo de batalha, mas a escassez de munições e a dificuldade de reposição de tropas treinadas comprometem sua capacidade de manter linhas de frente extensas.

Se perder Odessa, a Ucrânia pode ver seu acesso ao comércio internacional drasticamente reduzido, obrigando-se a depender de rotas terrestres via Polônia e Romênia.

A aliança Rússia-Coreia do Norte e riscos de escalada

A entrada da Coreia do Norte como parceira militar ativa da Rússia representa um marco perigoso. O envio de tropas e armamentos para um teatro de guerra europeu pode ser interpretado por países como Japão, Coreia do Sul e EUA como um desafio direto à estabilidade da Ásia e da ordem internacional.

Além disso, essa aliança fortalece o chamado “eixo antiocidental”, ao lado de Irã e, em menor grau, China, consolidando um bloco de resistência às sanções e ao modelo liberal de segurança internacional promovido pelo Ocidente.

A possível nova ofensiva russa representa mais do que uma operação militar: é uma tentativa estratégica de reverter a maré da guerra, consolidar ganhos territoriais e aumentar o poder de barganha do Kremlin em um futuro processo de paz. O envolvimento da Coreia do Norte adiciona uma dimensão internacional alarmante ao conflito, que pode afetar não apenas a Europa, mas também o equilíbrio de poder na Ásia.

Com a janela de ação se fechando antes do outono, as próximas semanas serão decisivas para o rumo da guerra, e para o futuro da ordem Global.


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com agências de notícias




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Brasil promove sua Base Industrial de Defesa na F-AIR Colômbia 2025

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O Ministério da Defesa do Brasil, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), marca presença na Feria Internacional Aeronáutica y Espacial (F-AIR) 2025, realizada entre os dias 9 e 13 de julho, na cidade de Rionegro, na Colômbia. O objetivo da participação é claro: promover os produtos da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira e ampliar sua inserção no competitivo mercado internacional de defesa e aeroespacial.

A F-AIR é um dos eventos mais relevantes do setor na América Latina, reunindo cerca de 170 expositores de empresas nacionais e internacionais, que apresentam o que há de mais moderno em tecnologias, equipamentos e serviços voltados à aviação civil e militar. Durante o evento, a Seprod acompanha de perto atividades voltadas ao desenvolvimento científico e tecnológico, além de negociações envolvendo importantes produtos de defesa brasileiros, como o avião de transporte KC-390 Millennium, os helicópteros H-125 e H-145, a embarcação NPa-200, os caças Gripen E/F, e sistemas de radares desenvolvidos com tecnologia nacional.

Segundo o General de Divisão Helder de Freitas Braga, diretor do Departamento de Promoção Comercial (Depcom) do Ministério da Defesa, a F-AIR é uma plataforma estratégica para fortalecer vínculos comerciais. “É muito importante porque a gente pode visitar outras indústrias e ver a viabilidade de futuros negócios”, ressaltou o oficial.

Além da feira de negócios, a F-AIR também encanta o público com shows aéreos, exposições de aeronaves, drones e sistemas anti-drones. A expectativa da organização é de que o evento receba cerca de 50 mil visitantes ao longo dos cinco dias.

A participação brasileira na feira faz parte de uma política mais ampla do Ministério da Defesa de apoiar a BID, fortalecendo sua competitividade internacional, atraindo investidores e consolidando a imagem do Brasil como fornecedor confiável e inovador de produtos de defesa. A presença na F-AIR reforça, ainda, a diplomacia de defesa e os laços estratégicos entre Brasil e Colômbia, ampliando oportunidades para acordos bilaterais e cooperação tecnológica.


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com Ministério da Defesa

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ADTECH recebe visita do Diretor-Geral do DCTA e reforça compromisso com a inovação nacional

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Na última terça-feira, 8 de julho, a ADTECH teve a honra de receber o Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Augusto Fonseca Neubert, Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A visita reforça a importância da aproximação entre a indústria nacional de defesa e os centros de desenvolvimento tecnológico do Brasil. 

Durante a visita, o Tenente-Brigadeiro Neubert conheceu de perto o portfólio de soluções da ADTECH, com destaque para as tecnologias de aeronaves remotamente pilotadas HARPIA. Foram apresentadas as capacidades de inovação e desenvolvimento da empresa, que atua com foco na entrega de soluções 100% nacionais, pensadas para atender aos desafios operacionais das Forças Armadas e de instituições estratégicas. 

O encontro também marcou o fortalecimento do diálogo entre a empresa e a Força Aérea Brasileira (FAB), especialmente no contexto recente do programa de transferência de tecnologia, que abre novas perspectivas para parcerias e projetos conjuntos. 

A ADTECH, sediada em São José dos Campos (SP), cidade que também abriga o DCTA e um dos principais polos de inovação aeroespacial do país, reafirma com esta aproximação, seu compromisso em contribuir ativamente para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e no desenvolvimento de soluções de alto valor agregado, com tecnologia genuinamente nacional. 

A visita do Tenente-Brigadeiro Neubert não apenas valoriza o trabalho desenvolvido pela ADTECH, mas também sinaliza a importância de manter o alinhamento entre a indústria e as instituições de defesa, ampliando o ecossistema de inovação no setor aeroespacial e de defesa. 

Portfólio Completo para Segurança e Defesa 

A ADTECH é uma empresa 100% brasileira, reconhecida pelo Ministério da Defesa como Empresa de Defesa (ED). Especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para defesa, segurança pública, defesa territorial e inspeções patrimoniais, a ADTECH investe em inovação, integração de sistemas autônomos e alta performance, consolidando-se como referência no setor. 

O portfólio da ADTECH inclui soluções integradas para o setor de Defesa e Segurança: 

  • SARP HARPIA 
  • Sistemas de monitoramento de sinais de rádio Interceptação de sinais celulares 
  • Soluções anti-drone (C-UAS) 
  • Radares ativos 
  • Projetos de microssatélites para sensoriamento remoto e comunicação estratégica 

A combinação dessas tecnologias fortalece a capacidade nacional de proteção territorial, inteligência e vigilância.  


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