quarta-feira, 14 de maio de 2025

Rheinmetall e ICEYE anunciam joint venture para produção de satélites e expansão do Rheinmetall Space Cluster na Alemanha

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A Rheinmetall e a ICEYE, referência global em tecnologia de radar de abertura sintética (SAR), anunciaram a criação de uma joint venture estratégica voltada para a produção de satélites e outras soluções espaciais de defesa. Batizada de Rheinmetall ICEYE Space Solutions, a nova empresa será parte do ambicioso Rheinmetall Space Cluster, estabelecido na Alemanha.

A parceria foi oficializada com a assinatura de um memorando de entendimento em 8 de maio. A Rheinmetall deterá 60% da joint venture, enquanto a ICEYE ficará com os 40% restantes. A nova empresa concentrará sua produção inicial na fabricação de satélites SAR no polo industrial de Neuss, com início das operações previsto para o segundo trimestre de 2026, dependendo das aprovações regulatórias e acordos definitivos.

Segundo o CEO da Rheinmetall AG, Armin Papperger, a iniciativa representa um avanço estratégico no domínio espacial e reforça o papel da Alemanha como centro tecnológico. “Estamos respondendo à crescente demanda mundial por capacidades de reconhecimento espacial e garantindo um futuro promissor para nossos especialistas em Neuss. É uma honra expandir nossa colaboração com a ICEYE, nossa parceira de longa data”, afirmou.

Já o CEO e cofundador da ICEYE, Rafal Modrzewski, destacou que a joint venture vai consolidar a missão da empresa de fornecer infraestrutura crítica de ISR (inteligência, vigilância e reconhecimento) para aliados globais. “A nova parceria reforça nosso foco em tecnologia espacial para a defesa, especialmente no fortalecimento da soberania europeia em segurança e vigilância.”

Os satélites SAR possuem a vantagem de gerar imagens de alta resolução independentemente de condições climáticas ou luminosidade. Eles são capazes de detectar alvos extremamente pequenos e são fundamentais para operações militares de vigilância, reconhecimento e aquisição de alvos. Essa capacidade tem se mostrado essencial em teatros modernos de operação, como demonstrado no apoio prestado à Ucrânia com dados de radar em meio ao conflito em andamento.

A relação entre Rheinmetall e ICEYE vem se fortalecendo desde 2024, quando a Rheinmetall anunciou sua entrada na maior constelação de satélites SAR do mundo. Em setembro do mesmo ano, a cooperação foi ampliada com um acordo que concedeu à Rheinmetall direitos exclusivos de comercialização de satélites SAR para os governos da Alemanha e Hungria.

Em novembro de 2024, a parceria atingiu um marco importante com a assinatura de um contrato que forneceu à Ucrânia imagens e dados estratégicos por satélite SAR, com apoio direto do governo alemão — consolidando a importância da tecnologia na defesa moderna.

Com a criação da Rheinmetall ICEYE Space Solutions, Alemanha e Europa reforçam sua autonomia tecnológica e sua capacidade de resposta a ameaças globais, posicionando-se na vanguarda da inovação em defesa espacial.


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com G&A

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Embraer encerra turnê do KC-390 Millennium nos EUA com destaque em exposição na Joint Base Andrews

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A Embraer concluiu com êxito sua turnê de demonstração do KC-390 Millennium nos Estados Unidos, encerrando o roteiro com uma exposição estática na Joint Base Andrews, em Maryland. O evento atraiu representantes das Forças Armadas dos EUA, parlamentares e jornalistas, reforçando o interesse crescente na aeronave de transporte multimissão da empresa brasileira.

Durante as duas últimas semanas, o KC-390 percorreu diferentes estados norte-americanos, demonstrando sua versatilidade e alto desempenho em operações militares, humanitárias e logísticas. A aeronave participou da conferência do Aerial Refueling Systems Advisory Group (ARSAG), em Las Vegas, onde foram evidenciadas suas capacidades no reabastecimento aéreo — incluindo interoperabilidade com aeronaves de aliados da OTAN e de países parceiros. Na sequência, o KC-390 esteve no Kennedy Space Center, na Flórida, mostrando seu potencial para apoiar missões espaciais com agilidade e capacidade de carga superiores.

Outro destaque da turnê foi a presença na Special Operations Forces Week (SOF Week), em Tampa, onde o KC-390 foi apresentado como uma plataforma ideal para apoiar missões de forças especiais e operações em ambientes de combate ágil (Agile Combat Employment - ACE).

“Estamos muito satisfeitos com os comentários positivos que recebemos. A cada parada da turnê, ficou claro que o KC-390 oferece uma combinação imbatível de desempenho, capacidade e baixos custos operacionais. Acreditamos que essa aeronave está plenamente alinhada às necessidades das Forças Armadas dos EUA”, afirmou Bosco da Costa Junior, CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Projetado para o século 21, o KC-390 Millennium é uma aeronave de transporte médio que oferece soluções completas para as missões mais complexas. Com aviônica de ponta, sensores modernos, sistemas de comunicação avançados e guerra eletrônica integrada, o avião proporciona elevada conectividade entre aeronaves, comandos e tropas em solo. Essa estrutura torna o KC-390 uma plataforma de alta capacidade multimissão, desenvolvida com interoperabilidade como princípio desde a fase de projeto.

Além de já estar em operação com as Forças Aéreas do Brasil, de Portugal e da Hungria, o KC-390 foi recentemente selecionado por outras nações como Holanda, Áustria, República Tcheca, Suécia, Eslováquia e Coreia do Sul, ampliando sua presença entre membros e parceiros da OTAN. A aeronave está em plena produção e conta com Certificação de Capacidade Operacional Final (FOC), o que a qualifica como uma solução pronta para atender às demandas globais mais urgentes.

Com a turnê, a Embraer fortalece seu posicionamento no competitivo mercado norte-americano e reafirma o KC-390 como uma alternativa moderna, eficiente e confiável para as missões de transporte tático, reabastecimento e apoio humanitário.


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Alta qualidade e inovação impulsionam novo recorde no mercado de blindagem veicular

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O mercado brasileiro de blindagem de veículos segue em forte expansão, atingindo um novo recorde em 2024 com a blindagem de 34,4 mil automóveis, superando os 29.296 veículos registrados em 2023. O crescimento vai além da preocupação com a segurança: ele está diretamente ligado à evolução tecnológica e à melhoria dos materiais e serviços oferecidos pelas blindadoras.

De acordo com Marcelo Silva, presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), o setor vive uma transformação. “Antes, as blindagens eram rústicas, pesadas e comprometiam o visual e o desempenho dos carros. Hoje, as soluções são modernas, eficientes e discretas, o que atrai novos perfis de consumidores”, explica Silva. A blindagem deixou de ser exclusividade de carros de luxo e passou a incluir também modelos médios, acessíveis a um público mais amplo.

PROTECTA: tecnologia a serviço da segurança

Uma das protagonistas dessa revolução é a PROTECTA, grupo que responde por mais de 30% da frota blindada no país, sendo fornecedora de referência para as principais blindadoras do Brasil. Com inovação no DNA, a empresa investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento para criar materiais mais leves, resistentes e eficientes, alinhados às normas internacionais mais exigentes.

Entre os destaques do portfólio da empresa estão:

  • Linha PRO-AR: fabricada com fibras de aramida, oferece alta resistência a impactos, tração e calor, garantindo durabilidade e proteção balística nível III-A conforme a norma ABNT NBR 15000.

  • PRO-UD®: composto por UHMWPE (Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular), substitui o aço tradicional, proporcionando uma leveza quatro vezes maior e uma proteção balística até 17% superior à da aramida. Com 32% menos peso, o material ainda facilita a instalação e reduz a necessidade de cola, contribuindo para um acabamento mais limpo e eficiente.

O compromisso da PROTECTA com a inovação vai além da eficiência técnica. Cada produto é desenvolvido com um objetivo claro: salvar vidas. Essa filosofia orienta todas as decisões estratégicas da empresa, que mantém equipes dedicadas exclusivamente à criação de soluções de blindagem cada vez mais seguras e sustentáveis.

Democratização da proteção

Com o avanço das tecnologias e o surgimento de materiais mais leves e baratos, os custos da blindagem vêm se tornando mais acessíveis. Hoje, blindar um veículo no Brasil custa entre R$ 80 mil e R$ 110 mil, dependendo do porte e do modelo do carro. Esse movimento tem possibilitado a entrada de novos consumidores no mercado, especialmente aqueles que optam por veículos mais simples para investir parte do orçamento na proteção balística.

O serviço de blindagem é regulamentado pelo Exército Brasileiro, que exige uma autorização prévia e garante mecanismos de controle e rastreabilidade das peças e materiais utilizados. O processo é conduzido com o apoio da blindadora, que orienta o cliente desde a solicitação até a entrega do veículo blindado.

Futuro promissor

Com alta demanda, melhoria contínua nos produtos e maior acessibilidade, o setor de blindagem no Brasil consolida-se como um mercado em plena ascensão. A aposta em qualidade, inovação e confiança tem sido a chave para ampliar o acesso à proteção veicular — uma necessidade que se transforma, cada vez mais, em um investimento seguro, tecnológico e inteligente.


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com Rossi Comunicação

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terça-feira, 13 de maio de 2025

Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais aperfeiçoa mobilidade anfíbia em Valença

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Entre os dias 4 e 10 de maio, o Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais (BtlBldFuzNav) realizou o Adestramento de Equipes de Blindados I (Adest Eqp Bld I), evento que reuniu alunos dos Estágios de Qualificação Técnica das viaturas PIRANHA IIIC 8×8 e JLTV 4×4. O objetivo central do treinamento foi refinar as habilidades técnicas das guarnições e elevar o grau de prontidão da unidade, promovendo manobras realistas em diferentes cenários de terreno.

O ponto alto do exercício foi a retomada da travessia de cursos d’água com o blindado PIRANHA IIIC 8×8. Essa capacidade, essencial para operações anfíbias e terrestres de caráter naval, garante que os Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais mantenham sua mobilidade tática mesmo em ambientes fluviais, assegurando o fluxo contínuo das tropas e o cumprimento das missões mais complexas.

Para viabilizar o adestramento, o batalhão contou novamente com a colaboração da Sra. Carla Neves Pentagna, proprietária da Fazenda Pau D’Alho, onde foram realizadas as atividades de transposição de rios e riachos. A parceria, que já ultrapassa três décadas, permitiu simular condições de operação em correnteza, lama e fundo irregular, desafiando as equipes a coordenar o emprego de blindagem, propulsão e navegação com precisão.

O 1º Esquadrão de Cavalaria Leve Aeromóvel do Exército Brasileiro também ofereceu suporte logístico e infraestrutura, abrindo espaço para a progressão de viaturas em terrenos variados, desde clareiras abertas até vegetação densa. Durante os treinamentos, os militares praticaram manobras de força coordenada, manuseio de armamento orgânico, navegação terrestre por meio de cartas e sistemas GPS, além de exercícios de primeiros socorros com extração de feridos das viaturas e operações em condições de visibilidade reduzida, simulando cenários noturnos ou encobertos por fumaça.

O adestramento ganhou ainda um componente formativo especial com a participação de três Aspirantes Fuzileiros Navais do quarto ano da Escola Naval, embarcados em caráter de “Oportunidade”. Pela primeira vez, eles vivenciaram de perto o dia a dia das guarnições de blindados, fortalecendo sua compreensão sobre doutrina anfíbia, técnicas de manutenção básica em campo e dinâmica de emprego conjunto com outras armas.

Com o encerramento desta fase de treinamento, o Batalhão de Blindados consolida sua condição de força de resposta rápida e versátil, pronto para integrar comboios anfíbios da Esquadra e apoiar operações de projeção de poder em ambientes litorâneos e fluviais.

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com Marinha do Brasil

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Elbit Systems assina contrato de US$ 80 milhões para modernização de helicópteros de reconhecimento

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A Elbit Systems Ltd anunciou nesta segunda-feira (12) a assinatura de um contrato no valor aproximado de US$ 80 milhões com um cliente internacional para a modernização de helicópteros de reconhecimento. O contrato prevê a implementação de um pacote avançado de modernização que inclui aviônicos de última geração e soluções integradas de ISTAR (Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento), elevando significativamente as capacidades operacionais das aeronaves.

Segundo comunicado oficial, a execução do contrato será realizada ao longo de um período de dois anos. A Elbit não revelou a identidade do cliente nem o modelo específico das aeronaves a serem atualizadas, em virtude de cláusulas de confidencialidade.

Yoram Shmuely, gerente-geral da divisão de Aeronáutica da Elbit Systems, destacou a importância do novo contrato: “Temos orgulho de ter sido selecionados para modernizar esses helicópteros com uma ampla gama de sistemas avançados. Este contrato reflete nossa comprovada capacidade de aumentar a prontidão operacional e prolongar a vida útil de plataformas existentes. Continuamos comprometidos em fornecer soluções confiáveis e de alto desempenho que atendam às necessidades em constante evolução de nossos clientes”.

A Elbit Systems tem se consolidado como uma das principais fornecedoras globais de soluções tecnológicas de defesa e segurança, atuando em diversos domínios, incluindo aviação, sistemas terrestres, comunicações e cibernética. A empresa israelense é reconhecida por sua expertise em integrar novos sistemas a plataformas já em operação, ampliando sua eficiência com menor custo e tempo de resposta em comparação à aquisição de novas aeronaves.

O contrato reforça a tendência crescente entre países com orçamentos mais restritos ou com foco em eficiência operacional de investir na modernização de meios existentes, incorporando tecnologias capazes de elevar a capacidade de atuação em missões complexas, como vigilância de fronteiras, reconhecimento armado e apoio a forças terrestres.

Com o novo acordo, a Elbit fortalece ainda mais sua presença no competitivo mercado internacional de defesa e reafirma sua posição como parceira estratégica de nações interessadas em elevar seus níveis de prontidão operacional com soluções de alta tecnologia.


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com Elbit Systems


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Índia responde a atentado com operação cirúrgica e estabelece nova doutrina de segurança nacional

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Em uma ação rápida e coordenada, a Índia respondeu com contundência ao atentado terrorista de 22 de abril, que vitimou 26 civis, entre eles peregrinos hindus e um cidadão nepalês, na região de Pahalgam, distrito de Anantnag, em Jammu e Caxemira. Batizada de “Operação Sindoor”, a ofensiva militar indiana foi conduzida na madrugada de 7 de maio e teve duração de apenas 23 minutos, tempo suficiente para atingir 20 alvos estratégicos em território paquistanês e na Caxemira ocupada.

A ação foi aprovada politicamente por unanimidade no Parlamento indiano, que concedeu liberdade total às Forças Armadas para definir o momento, o escopo e os métodos da resposta. Coube ao grupo Jaish-e-Mohammed (JeM), com histórico de atentados como o de Pulwama, a autoria do ataque, segundo autoridades indianas. Nova Délhi também apontou o envolvimento direto de setores da inteligência militar paquistanesa no suporte logístico ao grupo.

A retaliação foi precisa. Caças Rafale lançaram mísseis SCALP-EG e bombas AASM Hammer contra campos de treinamento terrorista em Bahawalpur, Muridke, Muzaffarabad e Tehra Kalan. Drones kamikaze SkyStriker completaram os ataques. Além dos alvos ligados ao terrorismo, bases aéreas do Paquistão — como Nur Khan, Sargodha, Sukkur e Jacobabad — também foram atingidas, evidenciando a profundidade estratégica da operação.

A ofensiva contou com o suporte de satélites de reconhecimento Cartosat e RISAT, bem como aeronaves de alerta antecipado EMB-145 "Netra". As Forças Armadas indianas afirmam ter eliminado mais de 100 terroristas, entre eles líderes operacionais do JeM. O Paquistão admitiu ao menos 11 militares mortos e dezenas de feridos. Embora circulem rumores sobre a perda de aeronaves indianas, Nova Délhi não confirma quaisquer baixas.

Nos dias seguintes, o Paquistão respondeu com ataques limitados usando drones e foguetes, que atingiram inclusive alvos civis em vilarejos indianos. As defesas aéreas da Índia, compostas pelos sistemas Akash, SPYDER e VL-MICA, conseguiram interceptar a maior parte dos projéteis, minimizando os danos. A escalada levou Islamabad a solicitar um cessar-fogo, contato feito por meio da linha direta entre os Diretores-Gerais de Operações Militares, no dia 10 de maio.

O tom definitivo da resposta indiana foi dado pelo Primeiro-Ministro Narendra Modi em um discurso à nação no dia 12 de maio, durante as celebrações de Buda Purnima. Em cadeia nacional, Modi destacou a coragem das Forças Armadas e das agências de inteligência envolvidas, agradeceu aos cientistas da indústria de defesa e ressaltou que “o caminho da paz também passa pelo poder”. O discurso não apenas justificou a operação, como lançou uma nova doutrina de segurança nacional baseada em três pilares: resposta adequada a atentados terroristas, intolerância à chantagem nuclear e rejeição explícita ao patrocínio estatal do terrorismo.

Segundo o premiê, a Operação Sindoor marca o início de uma nova política indiana de “tolerância zero”. Qualquer diálogo com o Paquistão, advertiu, só poderá ocorrer se estiver centrado no combate ao terrorismo ou na situação da Caxemira ocupada. Modi também criticou abertamente o apoio oficial de Islamabad a grupos terroristas, destacando que oficiais paquistaneses chegaram a comparecer aos funerais de militantes mortos na ofensiva indiana, um gesto que, segundo ele, escancarou ao mundo o patrocínio estatal ao terror.

O discurso também enfatizou o papel da base industrial de defesa no sucesso da operação. Apesar da presença de equipamentos estrangeiros, a ação evidenciou o avanço da iniciativa Aatmanirbhar Bharat, voltada para a autossuficiência militar. Drones, munições inteligentes, pods de designação, sistemas de guerra eletrônica e componentes críticos dos mísseis foram produzidos localmente ou integrados por empresas indianas.

Internacionalmente, a Índia recebeu apoio de parceiros estratégicos como Estados Unidos, França e Rússia, que reconheceram o direito indiano à autodefesa. A China adotou uma posição neutra, pedindo moderação, enquanto a ONU e a Organização da Cooperação Islâmica optaram por um tom diplomático, solicitando investigação e contenção, mas evitando qualquer condenação à resposta indiana.

Com a Operação Sindoor, a Índia consolida uma nova postura estratégica na Ásia Meridional: uma política que alia força militar, clareza diplomática e valorização da capacidade nacional de defesa. A mensagem é inequívoca: a Índia do século XXI não aceitará mais a lógica da impunidade, tampouco se deixará intimidar por ameaças nucleares ou retóricas ambíguas.

No encerramento de seu pronunciamento, Narendra Modi evocou o espírito da data sagrada para reafirmar que a paz verdadeira exige firmeza e que a unidade nacional só é garantida quando acompanhada por ações decididas. A Índia, afirmou, seguirá vigilante, pronta para defender sua soberania e para projetar ao mundo a imagem de uma nação desenvolvida, forte e intransigente diante do terror.


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quinta-feira, 8 de maio de 2025

8 de maio, Dia da Vitória – Qual o Significado Desta Data Entre os Brasileiros

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O Dia da Vitória, celebrado em 8 de maio (ou 9 de maio em alguns países, como a Rússia), marca a rendição da Alemanha nazista em 1945, encerrando a Segunda Guerra Mundial na Europa. É uma data de grande simbolismo em nações como Reino Unido, França, Estados Unidos e Rússia, onde cerimônias, desfiles e tributos aos veteranos e vítimas do conflito são amplamente realizados. No Brasil, entretanto, a data passa quase despercebida, e as homenagens aos nossos “pracinhas” da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutaram bravamente contra o nazifascismo, são raras e restritas a pequenos círculos, como museus militares, associações de veteranos e algumas cerimônias locais. Essa falta de reconhecimento reflete uma desconexão histórica e cultural que merece ser explorada e, mais importante, superada.

A Contribuição Brasileira na Segunda Guerra Mundial

O Brasil teve um papel relevante no conflito, apesar de ser frequentemente subestimado. A FEB, composta por cerca de 25.000 homens, foi enviada à Itália em 1944 e participou de batalhas cruciais, como a tomada de Monte Castelo, Montese e Fornovo di Taro. Os pracinhas enfrentaram condições adversas, incluindo o rigoroso inverno italiano e um inimigo bem entrincheirado, contribuindo significativamente para a vitória aliada no teatro mediterrâneo. Além disso, a Marinha Brasileira protegeu o Atlântico Sul, essencial para as rotas de suprimento aliadas, enquanto a Força Aérea Brasileira realizou missões de patrulha e combate.

Fora do campo militar, o Brasil sofreu perdas significativas devido aos ataques de submarinos alemães a navios mercantes. Cerca de 36 embarcações foram afundadas, resultando em torno de 2.000 mortes aproximadamente, muitas delas de civis. Esses ataques, que chocaram a população brasileira na época, foram um dos principais motivos para a declaração de guerra contra o Eixo em agosto de 1942. Somando as baixas militares (cerca de 1.200) e civis, estima-se que 2.700 a 3.000 brasileiros perderam a vida no conflito.

Por que o Brasil não homenageia seus pracinhas?

A falta de homenagens aos pracinhas no Brasil pode ser atribuída a vários fatores históricos, culturais e políticos:

1.  Descontinuidade na memória histórica: Após a guerra, o Brasil passou por mudanças políticas significativas, como o fim do Estado Novo de Getúlio Vargas em 1945 e a redemocratização. A narrativa da FEB, que poderia ter sido usada para construir um senso de orgulho nacional, foi ofuscada por disputas políticas internas. Durante o governo militar (1964-1985), a FEB foi ocasionalmente mencionada em propaganda oficial, mas de forma instrumentalizada, o que afastou parte da sociedade civil de abraçar essa memória.

2.  Foco na narrativa pacifista: O Brasil se projeta como um país pacífico, com uma identidade diplomática voltada para a resolução de conflitos sem envolvimento militar. Isso pode ter levado a uma desvalorização cultural das façanhas militares, mesmo em um contexto heroico como a luta contra o nazifascismo. A Segunda Guerra Mundial, por ser um conflito distante geograficamente, não foi incorporada ao imaginário nacional como em países diretamente devastados pela guerra.

3.  Falta de educação histórica: O ensino sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial é superficial nas escolas. A ênfase no currículo muitas vezes recai sobre outros períodos, como a colonização, a independência ou de forma pejorativa aos governos militares. A história dos pracinhas, quando abordada, é tratada de forma breve, sem destacar o impacto humano e estratégico de sua atuação.

4.  Ausência de uma cultura de memória cívica: Diferentemente de países como os Estados Unidos, onde o Memorial Day e o Veterans Day são amplamente celebrados, o Brasil não tem uma tradição consolidada de homenagear seus veteranos em datas específicas. O Dia do Soldado (25 de agosto) e o Dia da Vitória (8 de maio) não têm ressonância popular, e poucas cidades realizam eventos significativos.

5.  Desvalorização dos veteranos no pós-guerra: Após o retorno da FEB, muitos pracinhas enfrentaram dificuldades para se reintegrar à sociedade. Alguns foram recebidos com desconfiança pelo governo Vargas, que temia que os ideais democráticos absorvidos na Europa inspirassem oposição ao regime. Além disso, a falta de suporte econômico e social para os veteranos contribuiu para o esquecimento de suas contribuições.

A Importância de Homenagear os Pracinhas

Homenagear os pracinhas, ou o Soldado Brasileiro não é apenas uma questão de reconhecer seu sacrifício, mas também de resgatar uma parte fundamental da identidade brasileira. A FEB representou um momento raro em que o Brasil se engajou diretamente em um conflito global, defendendo valores democráticos contra a tirania nazifascista. Esse legado pode inspirar gerações atuais a valorizar a liberdade, a solidariedade internacional e o papel do país no cenário global.

Além disso, as histórias dos pracinhas são ricas em humanidade. Eram homens de diferentes origens — agricultores, operários, estudantes — que enfrentaram o desconhecido em nome de um ideal maior. Suas cartas, memórias e relatos revelam coragem, camaradagem e até humor, como o famoso mascote da FAB, o “Senta Pua!”, que se tornou um símbolo da Força Aérea Brasileira.

Como Promover Homenagens no Brasil

Para que o Brasil passe a homenagear seus pracinhas de forma mais significativa, algumas ações poderiam ser tomadas:

1.  Inclusão no currículo escolar: Incorporar a história da FEB de forma mais detalhada no ensino fundamental e médio, destacando não apenas os fatos militares, mas também as histórias humanas e o contexto global. Projetos interdisciplinares, como visitas a museus ou análise de documentos históricos, poderiam engajar os jovens.

2.  Criação de um feriado ou dia nacional: Estabelecer o 8 de maio como um dia oficial de homenagem aos pracinhas, com cerimônias cívicas, exposições e eventos culturais. Alternativamente, o Dia do Soldado (25 de agosto) poderia ser ampliado para incluir tributos específicos à FEB.

3.  Monumentos e memoriais acessíveis: Embora existam monumentos como o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (o “Monumento aos Pracinhas”) no Rio de Janeiro, muitos brasileiros desconhecem sua existência. Campanhas para promover esses locais, aliadas à criação de memoriais em outras cidades, poderiam fortalecer a memória coletiva.

4.  Produções culturais: Filmes, séries, documentários e livros sobre a FEB poderiam reacender o interesse popular. Obras como o documentário Senta a Pua! (1999) e o filme A Estrada 47 (2013) são exemplos, mas há espaço para produções mais ambiciosas que alcancem um público maior.

5.  Engajamento comunitário: Associações de veteranos, como a Associação Nacional dos Veteranos da FEB, poderiam ser apoiadas para organizar eventos anuais, palestras e exposições. Parcerias com prefeituras e universidades poderiam ampliar o alcance dessas iniciativas.

6.  Reconhecimento internacional: O Brasil poderia buscar maior visibilidade para a FEB em eventos globais, como cerimônias na Itália, onde os pracinhas lutaram. Isso reforçaria o orgulho nacional e conectaria o país à memória compartilhada dos Aliados.

Reflexão Final

A falta de homenagens aos pracinhas no Brasil é uma oportunidade perdida de celebrar um capítulo heroico da nossa história. Em um mundo que ainda enfrenta ameaças à democracia e à liberdade, lembrar o sacrifício daqueles que combateram o nazifascismo é mais relevante do que nunca. Resgatar essa memória não significa glorificar a guerra, mas sim honrar os valores de coragem, solidariedade e defesa da justiça que os pracinhas representaram.

Se quisermos evoluir como nação, precisamos dar aos nossos heróis o lugar que merecem — não apenas em livros de história, mas nos corações e mentes dos brasileiros. Que tal começarmos pelo próximo 8 de maio, transformando-o em um dia de reflexão e orgulho nacional?

Estima-se que cerca de 1.200 brasileiros perderam a vida durante a Segunda Guerra Mundial. Esse número inclui militares da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que atuou principalmente na Itália, além de membros da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB), bem como alguns civis. A FEB, composta por aproximadamente 25.000 homens, enfrentou combates intensos, especialmente na Campanha da Itália, e as baixas refletem tanto mortes em batalha quanto acidentes e doenças relacionadas ao conflito. Dados precisos podem variar ligeiramente dependendo da fonte, mas esse é o número mais comumente aceito.

Incluindo as vidas perdidas no afundamento de navios brasileiros torpedeados por submarinos alemães, o número total de brasileiros mortos durante a Segunda Guerra Mundial é estimado em cerca de 3.000.

A Força Expedicionária Brasileira (FEB), que atuou na Itália, teve cerca de 457 militares mortos em combate, além de 188 militares mutilados. A Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira registraram perdas adicionais, totalizando cerca de 1.200 mortes militares no contexto das operações diretas.

Os ataques a navios mercantes brasileiros, especialmente entre 1942 e 1943, resultaram em significativa perda de vidas civis e militares. Submarinos alemães, principalmente U-boats, afundaram cerca de 36 navios brasileiros, incluindo cargueiros e embarcações de passageiros. Esses ataques causaram a morte de aproximadamente 2.000 pessoas, majoritariamente civis, mas também marinheiros mercantes e militares a bordo. Um exemplo notável é o afundamento do navio Baependi em agosto de 1942, que resultou em mais de 270 mortes.

Os números exatos variam devido à dificuldade de registros precisos durante o conflito, mas a soma das baixas militares e das vítimas dos afundamentos leva ao total estimado de 3.000 brasileiros mortos.





por Mauro Beirão


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quarta-feira, 7 de maio de 2025

Ministro da Defesa Defende PEC para Garantir Investimentos nas Forças Armadas

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O ministro da Defesa, José Múcio, reforçou nesta semana seu apoio a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa estabelecer um patamar mínimo obrigatório de investimentos nas Forças Armadas, semelhante ao que já existe para áreas como saúde e educação. A iniciativa, batizada de “PEC da Previsibilidade”, tem ganhado respaldo significativo no Senado, incluindo apoio da oposição.

Durante um encontro com empresários em São Paulo, Múcio destacou que a proposta busca assegurar previsibilidade orçamentária para o setor de Defesa, permitindo o cumprimento de contratos em vigor e o fortalecimento da indústria bélica nacional. Segundo ele, o modelo se inspira em práticas adotadas por países da OTAN, que destinam ao menos 2% do PIB para defesa. No entanto, para viabilizar a aprovação, o governo trabalha com a ideia de atrelar os investimentos à Receita Corrente Líquida, reduzindo o impacto orçamentário e garantindo a viabilidade política do projeto.

Temos um ambiente favorável. Graças a Deus não houve politização nisso, porque vai ser para o país”, afirmou o ministro, acompanhado pelos comandantes da Marinha, Aeronáutica e pelo chefe do Estado-Maior do Exército. Eles ressaltaram necessidades críticas das Forças Armadas, como aquisição de novos aviões, mísseis táticos e tecnologias avançadas para submarinos.

O ministro destacou que a PEC é fundamental para garantir estabilidade nas aquisições e modernizações das Forças Armadas, assegurando que os programas estratégicos não sejam prejudicados por oscilações políticas e orçamentárias. A medida, proposta pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), surge como alternativa à PEC que pretende proibir a participação de militares da ativa em eleições — uma pauta que enfrenta dificuldades para avançar no Congresso.

José Múcio admitiu que a PEC sobre a inelegibilidade de militares da ativa dificilmente será aprovada a tempo de vigorar nas eleições de 2026. Apesar do apoio parcial no Senado, o texto enfrenta resistência significativa, especialmente por pressões de setores ligados às polícias militares estaduais.

O posicionamento do ministro reflete um movimento estratégico para fortalecer as capacidades de defesa do país em meio a um cenário global mais tenso e para assegurar que as Forças Armadas possam manter sua prontidão e eficiência operacional. A aprovação da PEC representaria um passo importante para consolidar uma política de Estado em defesa, garantindo investimentos contínuos e previsíveis no setor.

Opinião do Nicolaci

Em minha avaliação, a previsibilidade orçamentária para a Defesa Nacional é crucial para que o Brasil tenha um planejamento de longo prazo, capaz de assegurar a modernização permanente e a soberania do país. Sem garantias mínimas de investimento, projetos estratégicos podem ser interrompidos ou postergados, comprometendo não apenas a segurança nacional, mas também o desenvolvimento tecnológico e industrial associado ao setor. A PEC da Previsibilidade, portanto, surge como uma medida necessária para transformar defesa em política de Estado, livre de variações conjunturais e disputas políticas momentâneas. Além disso, garantir recursos estáveis permite fortalecer cadeias produtivas nacionais, gerar empregos qualificados e promover a autossuficiência em áreas sensíveis, como defesa cibernética, aeroespacial e naval. O Brasil, como potência regional e país de dimensões continentais, não pode se dar ao luxo de depender de orçamentos incertos para manter suas capacidades militares e tecnológicas. Trata-se de uma questão estratégica que vai além da Defesa, envolvendo soberania, desenvolvimento econômico e projeção internacional. A adoção da PEC representaria um avanço institucional essencial para assegurar que as Forças Armadas e a Base Industrial de Defesa atuem de forma contínua e eficaz, contribuindo para um Brasil mais seguro e preparado diante dos desafios do século XXI.


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terça-feira, 6 de maio de 2025

Crise na Caxemira: Índia e Paquistão Entram em Confronto Armado na Maior Escalada Desde 1971

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As tensões históricas entre Índia e Paquistão atingiram um novo ápice nesta terça-feira (6), após Nova Déli lançar uma ampla operação militar contra alvos no território paquistanês, onde segundo fontes de segurança paquistanesas, cinco aeronaves da Força Aérea Indiana, incluindo exemplares do Rafale de fabricação francesa e um drone foram abatidos durante a última troca de hostilidades entre os dois países.

O comunicado oficial divulgado afirma que três Rafales, um MiG-29 e um Sukhoi SU-30 foram derrubados "em legítima defesa", além de um drone Heron indiano. Um alto funcionário do governo paquistanês confirmou a mesma lista de aeronaves abatidas, mas até o momento não há informações detalhadas sobre os locais ou os métodos usados para neutralizar os alvos.

Anteriormente, autoridades militares do Paquistão haviam informado a derrubada de três aeronaves e um drone, número que foi revisado com a atualização mais recente. 

Enquanto isso, a Índia afirmou que suas operações foram "focadas e precisas", alegando que nenhum alvo civil, econômico ou militar paquistanês foi atingido. Segundo comunicado da Embaixada da Índia, os bombardeios foram direcionados exclusivamente a campos terroristas, sem causar danos colaterais: "As operações foram medidas, responsáveis e projetadas para não causarem escalada."

No entanto, o porta-voz militar do Paquistão, Tenente-General Ahmed Sharif Chaudhry, informou que oito civis foram mortos e 35 ficaram feridos após ataques indianos em seis locais, tanto no Paquistão quanto na Caxemira administrada por Islamabad. Entre as vítimas, estão crianças e adolescentes, incluindo uma menina de apenas três anos. Segundo Chaudhry, mesquitas teriam sido atingidas durante os bombardeios – outra alegação ainda não verificada de forma independente.

O episódio reacendeu o alerta internacional. Os Emirados Árabes Unidos, por meio de uma declaração oficial assinada pelo vice-primeiro-ministro de Relações Exteriores, Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan, pediram moderação: "Incentivamos Índia e Paquistão a evitarem qualquer escalada que possa ameaçar a paz regional e internacional. Diplomacia e diálogo continuam sendo os meios mais eficazes para resolver crises pacificamente."

O episódio marca a ação militar mais profunda da Índia dentro das fronteiras indiscutíveis do Paquistão desde a guerra de 1971, reacendendo temores de uma escalada descontrolada entre os dois países armados com arsenais nucleares.

A ofensiva indiana teve como alvo suposta infraestrutura terrorista, em resposta ao massacre de turistas ocorrido em abril na Caxemira administrada pela Índia. O governo indiano anunciou que nove locais foram atingidos, enquanto Islamabad confirmou impactos em cinco pontos – três na Caxemira sob controle paquistanês e dois na província de Punjab, incluindo Ahmadpur Leste e Muridke.

Em solo indiano, uma explosão foi registrada na cidade de Srinagar, a maior da Caxemira administrada pela Índia, ampliando o clima de tensão e incerteza. O ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh, celebrou a operação com a frase: “Vitória para a Índia!”, enquanto o primeiro-ministro paquistanês, Muhammad Shehbaz Sharif, declarou que o país “tem todo o direito de responder”.

Repercussão Global e Alertas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque de abril e fez um apelo urgente para que Índia e Paquistão “evitem um confronto militar que poderia facilmente sair do controle”. Ele enfatizou que “não há solução militar” para o conflito da Caxemira, destacando que as tensões estão no nível mais alto em anos.

Altos funcionários do governo indiano informaram líderes de países como EUA, Reino Unido, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Rússia sobre as medidas adotadas por Nova Déli, numa tentativa de controlar os danos diplomáticos e justificar a ação.

O Paquistão fechou seu espaço aéreo nas regiões de Lahore e Karachi, afetando voos internacionais e domésticos. Na Índia, companhias aéreas como IndiGo e SpiceJet suspenderam operações em cidades próximas à fronteira, incluindo Jammu, Srinagar e Amritsar. Empresas europeias como Air France e Lufthansa também redirecionaram rotas para evitar sobrevoar o território paquistanês.

Contexto Histórico

A atual crise revive memórias amargas desses confrontos, aumentando a preocupação global sobre a possibilidade de um novo conflito em larga escala entre as duas potências nucleares.

Este novo confronto é mais um capítulo na longa e complexa relação entre Índia e Paquistão, cuja rivalidade remonta à independência de ambos em 1947. Desde então, os dois países travaram diversas guerras pelo controle da Caxemira, região montanhosa reivindicada por ambos. Entre os episódios mais marcantes estão os conflitos de 1947, 1965 e 1999, além da guerra de 1971 que resultou na independência de Bangladesh.

A disputa permanece sem solução definitiva, com a Linha de Controle (LoC) servindo como um limite de facto entre os territórios controlados por Índia e Paquistão. Apesar de acordos de cessar-fogo e tentativas esporádicas de reaproximação, as tensões persistem e frequentemente se manifestam em confrontos militares, como o registrado nesta semana.


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KC-390 Millennium: Embraer apresenta capacidades multimissão durante a SOF Week nos EUA

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A Embraer Defesa & Segurança está em destaque na edição 2025 da Special Operations Forces Week (SOF Week), realizada de 5 a 7 de maio em Tampa, Flórida. A conferência, considerada o principal encontro global de operadores e representantes da indústria de forças especiais, marca a terceira parada da turnê de demonstração do KC-390 Millennium nos Estados Unidos.

Pela primeira vez participando da SOF Week, a Embraer promove as versatilidades do KC-390 Millennium, aeronave de transporte aéreo médio e reabastecimento em voo, especialmente adaptada para missões complexas de forças especiais. Um exemplar operado pela Força Aérea Brasileira está exposto na Sheltair Aviation, no Aeroporto Internacional de Tampa, permitindo aos participantes do evento visitas organizadas diretamente do estande da empresa.

Jake Williams, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Vendas da Embraer Defesa & Segurança na América do Norte, destaca a proposta de valor do modelo: “O KC-390 combina rápida reconfiguração de missão com tecnologia avançada, maior velocidade e capacidade de resposta rápida, traduzindo-se em eficiência operacional superior e baixos custos de ciclo de vida. É a melhor aeronave de sua categoria para operações especiais, capaz de enfrentar cenários desafiadores com excelência”.

O KC-390 é equipado com modernos sensores e sistemas de comunicação, garantindo alta conectividade entre aeronaves, centros de comando e tropas em solo. Seu robusto sistema integrado de guerra eletrônica e autoproteção aumenta significativamente a sobrevivência em ambientes hostis. Projetado no século 21, o KC-390 oferece desempenho superior, com 99% de disponibilidade operacional e baixos custos operacionais, assegurando sua capacidade multimissão e interoperabilidade desde a fase inicial de projeto.

Combinando alcance e velocidade típicos de aeronaves a jato, o KC-390 funciona como ativo estratégico, reduzindo tempos de resposta e de viagem. Ao mesmo tempo, atua como plataforma de transporte tático, capaz de lidar com diversas cargas úteis e missões, desde lançamento aéreo de tropas e cargas até evacuação médica e ajuda humanitária. Destacam-se ainda sua capacidade de lançamento aéreo em altitudes de até 36.000 pés e a habilidade de operar em pistas não preparadas.

O sucesso global da aeronave reforça sua posição de liderança: já em operação no Brasil, Portugal e Hungria, o KC-390 foi encomendado por Holanda, Áustria e República Tcheca, além de ter sido selecionado por Suécia e Eslováquia. Recentemente, a Coreia do Sul também optou pela aeronave, ampliando a lista de países aliados que reconhecem suas capacidades.

Em plena produção e com Capacidade Operacional Final já estabelecida, o KC-390 Millennium consolida-se como uma solução pronta para enfrentar os desafios emergentes da defesa global, reforçando o compromisso da Embraer com inovação e excelência no setor aeroespacial.


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ASELSAN Conclui a Modernização de Meia Vida das Fragatas Classe MEKO, um Marco para a Defesa Naval Turca

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A ASELSAN, gigante da indústria de defesa turca, alcançou um marco importante ao concluir o Projeto de Modernização de Meia Vida das Fragatas Classe BARBAROS (BARBAROS-MLU). A modernização do TCG ORUÇREİS, uma das unidades mais estratégicas da Marinha Turca, envolveu a atualização de 21 sistemas críticos, utilizando tecnologias locais avançadas. Esta é considerada a modernização mais abrangente realizada até o momento para as fragatas da classe MEKO, que são uma das principais embarcações da marinha turca.

A modernização abrange uma série de capacidades vitais para o aumento da eficácia das fragatas em diversas missões, como vigilância, guerra eletrônica, defesa contra ameaças aéreas e subaquáticas, comunicação e controle de armas. Cada um dos sistemas atualizados foi cuidadosamente adaptado para atender às crescentes demandas operacionais da Marinha Turca, com um foco especial na melhoria da interoperabilidade com as forças aliadas.

Principais Sistemas Modernizados no TCG ORUÇREİS:

  1. Sistemas de Radar:

    • Radar de controle de incêndio AKREP: Melhorias na capacidade de controle de fogo com precisão.

    • Radar de vigilância 3D CENK: Aumento da capacidade de vigilância de longo alcance e em 3D.

  2. Sistemas de Guerra Eletrônica:

    • Sistema de Gestão Central ARES NEWS: Integração mais eficiente dos sistemas de guerra eletrônica.

    • Sistema de Contramedidas Eletrônicas ÁREAS e Sistema de Suporte Eletrônico ARES: Aumentam a capacidade de detectar e neutralizar ameaças eletrônicas.

    • Sistema de lançamento de chaff/decoy KARTACA-N: Melhor proteção contra mísseis inimigos.

  3. Sistemas de Comunicação:

    • Sistema Integrado de Comunicação Naval GEMS: Integra comunicação naval eficiente.

    • Sistema de comunicação via satélite TUMSIS X-Band: Garantia de comunicação segura em qualquer parte do mundo.

    • Sistema de Identificação de Amigo ou Inimigo IdentIFF Modo 5: Crucial para distinguir aliados de ameaças.

  4. Sistemas Eletro-Ópticos:

    • Sistema receptor de alerta a laser LIAS: Proteção contra ameaças baseadas em laser.

    • Sistema de busca e rastreamento infravermelho PİRİ: Aumento na capacidade de vigilância e rastreamento em ambientes de baixa visibilidade.

    • Sistema de Reconhecimento e Vigilância Eletro-Óptico MARTI: Melhora na capacidade de monitoramento de longo alcance.

  5. Sistemas de Armas:

    • Sistema de arma estabilizada por controle remoto SMASH: Melhoria na precisão de fogo remoto.

    • Sistema de armas aproximadas GÖKDENİZ (CIWS): Defesa contra mísseis e aeronaves.

  6. Sistemas de Controle de Fogo:

    • Sistema de controle de incêndio ATMACA: Aumento na precisão de tiro e eficiência no combate.

    • Sistema de controle de tiro TAKS: Melhor controle das armas para missões de combate.

  7. Sistemas Subaquáticos:

    • Sonar ASW montado no casco FERSAH: Aumento da capacidade de detectar ameaças subaquáticas.

    • Sistema de contramedidas de torpedo HIZIR: Defesa aprimorada contra torpedos.

  8. Sistemas de Navegação:

    • MİTOS WECDIS: Sistema de navegação eletrônico avançado.

    • Sistema de ecobatímetro KULAÇ: Aperfeiçoamento na navegação em águas profundas.

    • Sistemas de Navegação Inercial ANS: Garantia de navegação precisa e confiável.

Além das inovações tecnológicas, a ASELSAN também conduziu modificações estruturais significativas, como mudanças no mastro principal, reconfiguração estrutural acima e abaixo do convés e análise técnica detalhada de estabilidade marítima e sistemas de climatização. A compatibilidade eletromagnética e a distribuição de energia também foram aprimoradas para garantir um desempenho de longo prazo e máxima eficiência.

Este projeto de modernização não só aumenta a capacidade de combate da fragata TCG ORUÇREİS, mas também reforça o papel da ASELSAN como um fornecedor fundamental de soluções navais. Com essa atualização, a ASELSAN continua a demonstrar sua expertise no desenvolvimento de tecnologias avançadas para a defesa nacional, garantindo a capacidade de a Marinha Turca operar com eficiência e segurança nas mais diversas condições e cenários de combate.

A conclusão do Projeto de Modernização de Meia Vida das Fragatas Classe BARBAROS coloca a ASELSAN na vanguarda da indústria de defesa naval, oferecendo sistemas de última geração para uma Marinha cada vez mais moderna e preparada para os desafios do futuro.


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FNSS apresenta conceito do PARS ALPHA 6x6 com torre tripulada Cockerill 3030 na FEINDEF 2025

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A fabricante turca FNSS marcará presença pela primeira vez na FEINDEF 2025, Feira Internacional de Defesa e Segurança da Espanha, que ocorrerá de 12 a 14 de maio de 2025 em Madri. No estande localizado no Hall 6, número 8C21B, a empresa apresentará o veículo blindado sobre rodas PARS III 6x6 e o modelo conceitual do inovador PARS ALPHA 6x6, destacando a versão equipada com a torre tripulada Cockerill® Series 3000 de 30 mm.

Tanto a FNSS quanto sua parceira John Cockerill Defense (JCD) oferecem veículos blindados móveis e torres de 30 mm qualificadas e testadas em combate, disponíveis no formato MOTS (military off the shelf), isto é, prontos para uso militar imediato. A família PARS tornou-se referência mundial em veículos blindados táticos sobre rodas, nas versões 4x4, 6x6 e 8x8, incorporando tecnologias de ponta e vantagens operacionais.

A FNSS já exportou a família PARS 6x6 em diversas configurações para o Exército Real de Omã e, atualmente, com os modelos PARS IV, PARS SCOUT e o novo PARS ALPHA 6x6, tornou-se fornecedora exclusiva das Forças Armadas da Turquia no segmento 6x6. O PARS ALPHA 6x6, versão mais recente derivada do PARS ALPHA 8x8, foi escolhido pelo Exército Turco no âmbito do Programa de Veículos Blindados de Nova Geração.

O modelo apresentado na FEINDEF será configurado com a torre Cockerill 3030, de dois tripulantes, projetada para oferecer suporte de fogo e capacidades de reconhecimento, transportando seis pessoas: comandante, motorista, artilheiro e três combatentes desembarcáveis.

Com tração 6x6 integral, controle de altura do chassi, direção nos eixos dianteiro e traseiro, e suspensão hidropneumática ajustável, o PARS ALPHA 6x6 oferece agilidade inigualável em terrenos desafiadores. Ele cruza inclinações laterais de 40%, rampas de 70%, valas de até 1,5 metro e obstáculos verticais de 0,8 metro. Sua velocidade máxima ultrapassa 115 km/h, com alcance operacional acima de 800 km sem reabastecimento, mantendo mobilidade mesmo com danos em pneus ou rodas.

O veículo foi projetado para resistir a minas, IEDs, ameaças cinéticas (KE) e projéteis de artilharia. Assentos com atenuação de explosões, layout com motorista e comandante posicionados atrás do compartimento do motor, e um vão livre de até 60 cm ampliam a proteção. Sistemas adicionais como detecção de disparos, alerta laser, proteção ativa (soft-kill e hard-kill) e defesa CBRN com pressão positiva e máscaras faciais garantem a sobrevivência da tripulação em ambientes altamente hostis.

Graças à arquitetura modular, o PARS ALPHA 6x6 pode receber desde estações de armas remotamente controladas até torres tripuladas ou remotas, equipadas com canhões automáticos de 20 mm a 50 mm e canhões de 90 mm. O modelo conceitual da FEINDEF contará com o sistema Cockerill 3030, equipado com o canhão MK44S Bushmaster de 30 mm, já em uso em várias forças armadas pelo mundo.

Diferente dos blindados tradicionais com motor frontal e motorista isolado, o PARS ALPHA 6x6 adota um layout revolucionário, com comandante e motorista lado a lado, atrás do compartimento do motor. Esse design oferece visão óptica de 180° em tempo real, permitindo coordenação mais eficaz com os combatentes embarcados. Sistemas de câmeras de 360° com visão diurna e noturna complementam a consciência situacional.

O PARS ALPHA 6x6 é compatível com os principais aviões de transporte estratégico, como A400M, C-17 Globemaster, C-5 Galaxy, An-124 e Il-76, assegurando rápida mobilização global. Projetado para dominar cenários de combate futuros, ele reúne capacidade tática e desempenho superior para missões críticas.

Com seu lançamento na FEINDEF 2025, o PARS ALPHA 6x6 promete consolidar a posição da FNSS no mercado internacional, oferecendo às forças de resposta rápida do mundo uma plataforma robusta, moderna e altamente adaptável para os desafios da guerra contemporânea.


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