sábado, 30 de novembro de 2024

EUA aprova Integração de Radar AESA e venda de componentes para o F-16 de Taiwan

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou o fornecimento de componentes e suporte técnico para as aeronaves F-16 de Taiwan, incluindo a integração de novos radares avançados AESA. Avaliado em US$ 385 milhões, o acordo reforça o compromisso contínuo dos EUA em apoiar a segurança de Taiwan, um movimento estratégico em meio ao aumento das tensões no Estreito de Taiwan e à crescente pressão militar da China.

Os radares AESA são uma das tecnologias avançadas fundamentais para aprimorar as capacidades operacionais dos F-16. Com essa atualização, as aeronaves de Taiwan terão uma capacidade significativamente maior de detecção e rastreamento de alvos, especialmente em ambientes de combate complexos e de alta intensidade. O radar AESA oferece vantagens em precisão e eficiência, permitindo que os pilotos obtenham uma visão clara e detalhada do espaço aéreo, essencial para a defesa da ilha. Essa modernização vem somar-se a outras atualizações tecnológicas que visam garantir que a frota de F-16 esteja no "Estado-da-Arte".

Além do radar, o pacote de venda inclui componentes essenciais para a manutenção das aeronaves, como peças de reposição e sistemas de suporte logístico. Esses elementos são cruciais para garantir que os F-16 de Taiwan permaneçam operacionais e prontos para qualquer missão. O fornecimento de suporte técnico e logístico também é parte integrante do acordo, e as entregas estão previstas para começar em 2025.

A aprovação dessa venda também está em conformidade com a Lei de Relações com Taiwan, que obriga os Estados Unidos a fornecer os meios para que Taiwan mantenha sua capacidade de defesa, apesar da falta de laços diplomáticos formais entre os dois países. Essa ação se insere no contexto de uma política americana de longa data, com o objetivo de promover a estabilidade na região do Indo-Pacífico e garantir um equilíbrio militar no Estreito de Taiwan.

O anúncio ocorre em um momento delicado para Taiwan, com a intensificação das atividades militares da China, que realizou exercícios de guerra próximos à ilha e aumentou a pressão na região. O governo chinês expressou seu descontentamento com o acordo, acusando os EUA de exacerbarem as tensões. No entanto, Washington reafirmou que a sua política é voltada para a manutenção da paz e da estabilidade regional, e que a cooperação com Taiwan é um pilar fundamental nesse esforço.

A transação também coincide com a viagem do presidente taiwanês, Lai Ching-te, onde fará escalas em territórios dos EUA, como Havaí e Guam. Essa visita ocorre no momento que a diplomacia de Taiwan está sendo desafiada pelas alegações de soberania da China, e a parceria com os Estados Unidos é vista como essencial para a segurança da ilha. Com o suporte contínuo dos EUA, Taiwan está mais bem posicionada para enfrentar as ameaças militares da região, assegurando uma defesa confiável e moderna.


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com DSCA

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HMS Prince of Wales Assume Função de Capitânia Britânico

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O HMS Prince of Wales se prepara para um momento histórico em sua trajetória. Na próxima segunda-feira (2) o porta-aviões será oficialmente designado como o novo Capitânia da Marinha Real Britânica, em uma visita especial à cidade de Liverpool. Este marco representa a transição planejada de comando entre ele e seu navio-gêmeo, o HMS Queen Elizabeth.

Essa troca garante que sempre haja um porta-aviões pronto para missões prioritárias, enquanto o outro realiza manutenções e treinamentos essenciais. O HMS Prince of Wales assume agora um papel de destaque e se prepara para liderar a força-tarefa do UK Carrier Strike Group 2025, que levará o navio a uma missão no leste do Canal de Suez.

O Capitão Will Blackett, comandante do HMS Prince of Wales, compartilhou a empolgação de sua tripulação: "Este é um momento de grande orgulho para todos nós. Treinamos intensamente e estamos ansiosos para dar o próximo passo na vida deste navio incrível."

Do outro lado, o HMS Queen Elizabeth celebra o sucesso do seu navio-gêmeo. O Capitão Will King, comandante do Queen Elizabeth, destacou o apoio mútuo entre as tripulações: "Sabemos o quão especial é servir como Capitânia. Desejamos todo o sucesso ao HMS Prince of Wales e estamos prontos para apoiá-los em tudo o que precisarem."

Antes de assumir o novo posto, o HMS Prince of Wales participou do Exercício Strike Warrior no Mar do Norte, onde, pela primeira vez, embarcou aeronaves F-35B Lightning do 809 Naval Air Squadron. Este treinamento intensivo incluiu simulações de cenários operacionais, garantindo que o porta-aviões e sua tripulação estejam prontos para a complexidade das missões que os aguardam.

Além disso, o navio recentemente carregou munições em Glen Mallan, na Escócia, e agora segue para Liverpool, onde chegará por volta das 10h.

Conexão com Liverpool e a Comunidade

Durante sua visita de sete dias, o Prince of Wales oferecerá à sua tripulação oportunidades de interagir com a comunidade local. Marinheiros participarão de projetos em escolas, iniciativas comunitárias e encontros com líderes cívicos. Será também uma chance para o público conhecer mais sobre a vida a bordo de um dos navios mais avançados do mundo.

Esta visita marca o retorno do HMS Prince of Wales a Liverpool desde março de 2020, quando a pandemia alterou sua agenda. Para os moradores e visitantes, a presença do navio será uma lembrança impressionante da excelência naval do Reino Unido.

Enquanto o HMS Prince of Wales assume seu papel como capitânia, o HMS Queen Elizabeth continua a desempenhar funções importantes, incluindo treinamentos no mar e uma visita ao porto de Hamburgo, reforçando parcerias de defesa.

Com essa nova etapa, a Royal Navy reafirma sua prontidão e capacidade de liderança, com o HMS Prince of Wales pronto para honrar o legado de excelência e serviço da Marinha Real.


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Malásia Acelera Aquisição dos Caças FA-50M para Fortalecer Sua Força Aérea

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O primeiro-ministro da Malásia, Datuk Seri Anwar Ibrahim, solicitou a aceleração do processo de entrega das 18 aeronaves FA-50M, adquiridos pela Força Aérea Real da Malásia (RMAF), com o objetivo de antecipar sua chegada antes de 2026. A solicitação ocorre em meio a um crescente interesse da Malásia em modernizar suas força aérea e reforçar sua capacidade de defesa.

Em uma declaração feita durante uma visita a Seul, Anwar expressou o desejo de que as aeronaves fossem entregues antes do prazo estipulado, que inicialmente era de 2026. O acordo entre o Ministério da Defesa da Malásia e a Korean Aerospace Industries (KAI) foi firmado em maio de 2023, e prevê o fornecimento de 18 aeronaves por um valor de aproximadamente 850 milhões de dólares. A primeira entrega está programada para outubro de 2026, com a última entrega prevista para 2028.

Produção e Treinamento

Em setembro de 2023, o ministro da Defesa da Malásia, Datuk Seri Mohamad Khaled Nordin, visitou as instalações da KAI na Coreia do Sul, onde foi informado de que o processo de produção dos FA-50M estava 39% concluído. A versão do caça destinada à Malásia contará com sistemas eletrônicos avançados, adaptados às necessidades operacionais da RMAF.

Os FA-50M serão implantados na Base Aérea de Kuantan, na Malásia, que está sendo preparada com a infraestrutura necessária para apoiar tanto as atividades operacionais quanto as de manutenção das aeronaves. Para garantir a operação eficiente das novas aeronaves, seis pilotos malaios iniciarão seu treinamento em 2026, na Base Aérea de Gwangju, na Coreia do Sul. O treinamento será intensivo e terá duração de três a seis meses, com a utilização das aeronaves de treinamento T-50 “Golden Eagle” na fase inicial.

O FA-50M será uma versão especial do caça leve, equipada com tecnologia de ponta, incluindo o radar AESA, que oferece uma detecção de múltiplos alvos e maior precisão em diversas condições operacionais. A aeronave também contará com capacidade de reabastecimento aéreo (REVO) e sistemas de lançamento de bombas de alta precisão, fundamentais para missões de ataque.

Além disso, o caça será integrado ao sistema Sniper Advanced Targeting Pod (ATP), desenvolvido pela Lockheed Martin, que potencializa a capacidade de detecção de alvos e a vigilância contínua, permitindo maior efetividade em missões de combate e reconhecimento.

Análise Geopolítica e Estratégica

A solicitação do primeiro-ministro Anwar Ibrahim para acelerar a entrega dos FA-50M reflete uma mudança estratégica na defesa da Malásia, à medida que o país busca reforçar sua capacidade aérea e modernizar suas forças armadas diante de crescentes tensões na região do Sudeste Asiático. O FA-50M representa uma resposta direta às ameaças em potencial e ao desejo de independência estratégica da Malásia, que optou por uma parceria com a Coreia do Sul, uma nação com crescente influência na indústria de defesa global.

Além disso, a escolha do FA-50M destaca a confiança da Malásia na tecnologia sul-coreana, que tem se consolidado como uma das mais avançadas no setor de defesa. Ao mesmo tempo, a Malásia busca diversificar seus parceiros no campo de defesa, evidenciando o crescente interesse em soluções que não dependem de potências ocidentais tradicionais, como os Estados Unidos ou o Reino Unido. A aceleração da entrega do FA-50M é uma clara demonstração de como as potências regionais estão moldando o futuro da defesa global, buscando mais autonomia e opções dentro de uma rede de parcerias multifacetadas.



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França Enfrenta Perda de Influência Militar no Senegal e no Chade

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A presença militar da França na África tem enfrentado reveses significativos, com a recente decisão do Senegal e do Chade de encerrar acordos de defesa e retirar as bases militares francesas de seus territórios. Esses movimentos refletem uma crescente busca por soberania e pela diversificação de parcerias internacionais na região, marcando uma mudança estratégica nas relações geopolíticas africanas.

No Senegal, o presidente Bassirou Diomaye Faye anunciou a saída das forças francesas do país, citando que a presença militar estrangeira entra em conflito com a soberania nacional senegalesa. Faye, que assumiu o cargo em abril, tem enfatizado a importância de uma relação mais equitativa com os países parceiros, rejeitando a dependência militar. No entanto, o presidente senegalês sublinhou que, embora a França esteja se retirando militarmente, as relações diplomáticas e comerciais com o país europeu continuarão de forma produtiva, mas sem a presença de bases militares. Faye também afirmou que outros países, como China, Türkiye, Estados Unidos e Arábia Saudita, não têm bases no Senegal, mas mantêm relações estreitas com o país.

A mesma tendência se repetiu no Chade, onde o governo anunciou a rescisão de um acordo de cooperação em defesa com a França. Esta decisão segue uma linha de aproximação com a Rússia, que tem aumentado sua influência na região do Sahel, área de grande interesse para as potências ocidentais. O Chade, tradicionalmente aliado da França na luta contra o terrorismo jihadista, agora busca reafirmar sua soberania e reconsiderar suas alianças estratégicas. Apesar da retirada das forças francesas, o governo do Chade afirmou que as relações com a França não serão interrompidas, mas sim reconfiguradas para garantir uma maior autonomia e diversidade de parcerias.

Análise da Situação: A Nova Dinâmica Geopolítica na África

A diminuição da presença militar francesa na África reflete uma tendência crescente de desconfiança e desejo de independência por parte dos países africanos, que buscam maior controle sobre suas políticas externas e segurança. Essa mudança ocorre em um contexto geopolítico em que a França, que historicamente teve grande influência na África, enfrenta desafios internos e externos que afetam sua capacidade de manter uma rede de bases militares no continente africano. Além disso, a crescente presença de países como a Rússia e a China tem alterado as dinâmicas tradicionais de poder na região, oferecendo aos países africanos alternativas à parceria com as potências ocidentais.

Um exemplo claro dessa mudança é a aproximação da Türkiye com países da África. A Türkiye tem investido significativamente em relações diplomáticas e econômicas com nações africanas, sem a necessidade de manter uma presença militar permanente. Através de projetos de infraestrutura, investimentos e cooperação em setores estratégicos, a Türkiye tem consolidado uma imagem de parceiro confiável para muitos países africanos. Isso contrasta com a abordagem francesa, que, embora tradicionalmente focada na segurança e defesa, tem enfrentado crescente resistência à sua presença militar.

A situação da França na África e a ascensão de novos parceiros, como a Türkiye, evidenciam um movimento de maior autonomia dos países africanos na definição de suas alianças estratégicas. Ao passo que a França perde influência, novas potências, com abordagens mais flexíveis e focadas em parcerias econômicas e comerciais, ganham espaço no continente. Isso marca o início de uma nova era nas relações internacionais da África, onde a soberania e a diversidade de parcerias são cada vez mais valorizadas.


por Angelo Nicolaci


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Fincantieri Entrega Navio de Assalto Anfíbio "Al Fulk" à Marinha do Catar

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A italiana Fincantieri entregou o LPD "Al Fulk" para a Marinha do Catar, um marco na defesa naval do país árabe. Baseado no projeto do LPD (Landing Ship Dock) argelino "Kalaat Beni Abbes", o "Al Fulk" foi projetado para atender às necessidades específicas do Catar, oferecendo não apenas capacidades de transporte de helicópteros e pequenas embarcações de desembarque, mas também uma impressionante capacidade de defesa aérea de longo alcance.

"Al Fulk" destaca-se como um exemplo raro de plataforma de desembarque anfíbio equipada com sistemas avançados de defesa, incluindo 16 células de lançamento vertical (VLS) Sylver A50. Essas células são capazes de disparar mísseis de defesa aérea Aster-30, oferecendo uma proteção robusta contra ameaças aéreas. Para complementar essa capacidade, o navio também conta com o radar Kronos Power Shield L-Band AESA, que é projetado para detectar e neutralizar ameaças de mísseis com precisão.

Embora o papel principal do "Al Fulk" seja o transporte de tropas e veículos durante operações de desembarque, sua função de defesa contra mísseis balísticos o torna uma plataforma única e valiosa, especialmente para um país como o Catar, que se encontra em uma região geopoliticamente sensível e marcada por tensões constantes.

Este não é o único exemplo de construção naval de alta tecnologia feita pela Fincantieri para o Catar. O "Al Fulk" segue os passos das corvetas da classe "Al Zubarah", também entregues pela italiana à Marinha do Catar. Assim como o "Al Fulk", essas corvetas são equipadas com 16 células VLS Sylver A50  e o radar Kronos Grand Naval AESA, elevando ainda mais o poder defensivo do país no mar. A presença desses sistemas de defesa aérea em plataformas de ataque e patrulha é um reflexo da estratégia do Catar para garantir a segurança de sua pequena área territorial, aproveitando o poder da defesa contra mísseis balísticos em diversas frentes.

Em um cenário comparativo, a estratégia do Catar é semelhante à adotada por Israel, cujas corvetas da classe Sa'ar 5 e Sa'ar 6 também são equipadas com um número significativo de mísseis de defesa aérea, demonstrando a importância que esses países atribuem à defesa aérea naval avançada. Com o "Al Fulk", o Catar fortalece ainda mais sua capacidade de proteger suas águas territoriais e suas instalações estratégicas, integrando a defesa marítima e aérea de maneira eficaz e inovadora.

Com o "Al Fulk", a Marinha do Catar não só aumenta sua mobilidade para operações de desembarque, mas também adiciona uma camada avançada de defesa em uma região marcada pela volatilidade política e ameaças externas. Esse tipo de plataforma multipropósito é um reflexo das mudanças nas táticas de defesa, que agora exigem flexibilidade, capacidade de resposta rápida e um arsenal de defesa aérea de ponta.


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Síria: Bombardeios Russos e Sírios Após Avanço Rebelde em Aleppo

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Na madrugada deste sábado (30), a cidade de Aleppo, no norte da Síria, foi alvo de intensos bombardeios realizados por aeronaves russas e algumas remanescentes do regime de Bashar al-Assad. A ofensiva aérea ocorreu após facções armadas da oposição, apoiadas pela Türkiye, terem assumido o controle de grande parte da cidade durante uma série de combates que duraram quatro dias, conforme relatado pela organização não governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDO).

Esses bombardeios marcam a primeira vez desde 2016 que Aleppo sofre ataques aéreos em grande escala. Naquele ano, forças leais ao governo sírio, com apoio militar da Rússia e de milícias iranianas, tomaram o controle da segunda maior cidade do país, após meses de cerco e intensos combates. Segundo a OSDO, os alvos dos ataques deste sábado foram principalmente o distrito de Al Furqan, no oeste da cidade, área estratégica onde se concentram as forças rebeldes da aliança islâmica Organização de Libertação do Levante, bem como outras facções armadas que recebem apoio de Ancara.

A ofensiva rebelde, que começou na madrugada de 27 de novembro, resultou na captura de grande parte da cidade, incluindo instituições governamentais e até prisões. A OSDO indicou que houve um colapso nas linhas do exército sírio, com as tropas leais ao regime de Assad retirando-se de várias posições estratégicas, tanto na província de Aleppo quanto na vizinha Idlib, considerada o principal bastião da oposição. Segundo a OSDO, pelo menos 311 pessoas morreram desde o início dos combates, sendo 183 combatentes islâmicos e facções pró-turcas, 100 soldados sírios e milicianos pró-iranianos, além de 28 civis, a maioria vítimas dos bombardeios russos.

O cenário de confrontos e ataques aéreos em Aleppo ocorre em meio a um contexto político delicado, onde a Türkiye tenta restabelecer relações com o regime sírio. No entanto, o presidente Bashar al-Assad afirmou que para que as relações sejam normalizadas, Ancara precisa retirar suas tropas do norte da Síria e interromper seu apoio aos grupos rebeldes de oposição. Além disso, a ofensiva rebelde teve início no mesmo dia em que entrou em vigor um cessar-fogo no Líbano e após ataques israelenses ao Hezbollah, grupo xiita pró-iraniano presente na Síria e no Líbano, e um dos maiores aliados do regime sírio.

Esses últimos eventos em Aleppo revelam a continuidade e a complexidade da guerra civil síria, com múltiplos atores externos e internos, e uma dinâmica que continua a afetar a estabilidade regional e deixa incertezas sobre o futuro do país.


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com EFE, AGEPRESS e OSDO

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Argentina Avança nas Negociações para Adquirir Scorpène, Possibilidade de Construção no Brasil?

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A Argentina deu um passo importante no fortalecimento de sua capacidade naval ao iniciar oficialmente as discussões sobre a possível aquisição de submarinos Scorpène, projetados pelo Naval Group, um dos principais desenvolvedores globais de tecnologia submarina. A decisão foi formalizada com a assinatura de uma carta de intenções (LoI) no início de outubro, abrindo caminho para negociações mais aprofundadas sobre a compra dos submarinos e sobre o nível de envolvimento da indústria argentina no programa.

O submarino Scorpène, desenvolvido pelo Naval Group em parceria com a DCN (Direction des Constructions Navales), é um dos modelos de submarino de ataque convencionais mais modernos do mercado, projetado para operar com alta capacidade e eficiência. O Scorpène já está em serviço em diversos países, incluindo o Brasil, onde estão sendo construídos, os quais receberam modificações no projeto original, afim de atender aos requisitos da Marinha do Brasil. O Scorpène desempenha um papel estratégico para força de submarinos brasileira, dando origem a Classe Riachuelo. Além do Brasil, a Índia, Malásia e a Indonésia também utilizam esses submarinos, com a Indonésia inclusive realizando pedidos adicionais.

Se a Argentina seguir adiante com a compra, ela se tornaria o terceiro país da América Latina a operar os submarinos Scorpène, juntando-se ao Brasil e ao Chile. O Brasil, por sua vez, já conta com dois dos quatro submarinos desse tipo entregues ao setor operativo. O Chile que conta com dois submarinos Scorpène, também tem se beneficiado da tecnologia de ponta desses submarinos.

O custo de cada submarino Scorpène é estimado em cerca de US$ 700 milhões, um valor significativo que reflete a sofisticação e os recursos envolvidos na construção e operação de cada unidade. O processo de aquisição envolverá não apenas o fornecimento dos submarinos prontos, mas também considerações sobre o nível de transferência de tecnologia e de participação da indústria argentina no programa, um aspecto fundamental para a Argentina, que busca fortalecer sua base industrial de defesa.

No contexto dessa negociação, a construção dos submarinos Scorpène também poderia ser realizada no Brasil. Com o estaleiro Itaguaí Construções Navais (ICN), contando com a capacidade técnica e infraestrutura necessária para a construção de submarinos Scorpène. Caso o Naval Group tenha interesse em uma colaboração mais estreita com a ICN, seria viável a construção desses submarinos em solo brasileiro, beneficiando a Argentina com o know-how e a expertise que o Brasil já consolidou nesse setor.

Com essa possibilidade, a ICN não só manteria sua linha de construção de submarinos operando, se posicionando como um polo estratégico na construção de submarinos na América Latina, mas também ampliaria sua capacidade de exportação de tecnologia e serviços no setor naval, promovendo o desenvolvimento regional e a cooperação entre as nações sul-americanas.


por Angelo Nicolaci


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GCAP - Arábia Saudita pode se tornar novo parceiro do caça multinacional

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O Programa Global de Combate Aéreo (GCAP), uma iniciativa conjunta entre a Itália, o Reino Unido e o Japão, está prestes a adicionar um novo membro à sua crescente aliança. A Arábia Saudita, que tem mostrado interesse em expandir suas capacidades de defesa, pode ser a mais nova integrante desse projeto de caças de nova geração, após conversas recentes entre os líderes dos países envolvidos. A reunião, realizada no Brasil durante o G20, resultou em um entendimento sobre a viabilidade de incluir a Arábia Saudita, ampliando ainda mais o escopo do GCAP e criando novas oportunidades de cooperação.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou na quarta-feira (27) que acredita que o acordo sobre o programa de aeronaves de combate GCAP com o Reino Unido e o Japão será expandido para incluir a Arábia Saudita.

"Acredito que o acordo GCAP com a Grã-Bretanha e o Japão, sobre aeronaves de combate, agora será expandido para a Arábia Saudita", disse Tajani durante a conferência de seu partido, Forza Italia (FI), sobre "Defesa Europeia: desafios e oportunidades", na Câmara Baixa.

Quando questionado sobre o prazo para a inclusão do novo parceiro no programa do caça de sexta geração avançado, Tajani respondeu: "Estamos trabalhando nisso".

Lançado em 2022, o projeto GCAP tem como objetivo combinar os recursos tecnológicos e militares desses três países para desenvolver uma aeronave de combate de última geração, projetada para ser uma das mais avançadas do mundo. A meta é que o caça esteja pronto para voar até meados da década de 2030. A aeronave será uma plataforma de combate altamente manobrável, com capacidade para operar em conjunto com sistemas tripulados e não tripulados, através de tecnologias avançadas de comunicação e compartilhamento de dados. Esse esforço colaborativo visa não apenas acelerar as inovações tecnológicas, mas também reduzir custos, aproveitando as forças e expertise da indústria de defesa da Itália, Reino Unido e Japão.

Grandes empresas da indústria de defesa estão envolvidas no projeto, com destaque para a italiana Leonardo, a britânica BAE Systems e a japonesa Mitsubishi Heavy Industries, todas com vasta experiência no desenvolvimento de sistemas de combate aéreo avançados. A participação da Arábia Saudita no GCAP é vista como uma expansão estratégica que fortalece ainda mais o projeto, proporcionando uma maior capacidade de interoperabilidade entre os países da aliança, além de abrir portas para novas colaborações no futuro.

O GCAP tem como meta concluir o desenvolvimento da aeronave até 2035, quando a nova geração de caças de combate deve estar operacional. A cooperação internacional promovida pelo projeto está estabelecendo um novo padrão de desenvolvimento conjunto em defesa, onde a união de esforços e expertise traz benefícios significativos para todos os países envolvidos, incluindo a Arábia Saudita, que pode se tornar um parceiro essencial nesse avanço tecnológico.


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SIATT Apresentará Inovações em Mísseis na 8ª Mostra BID Brasil

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Entre os dias 3 e 5 de dezembro, a SIATT estará presente na 8ª Mostra BID Brasil, em Brasília, um dos maiores eventos de defesa e segurança do Brasil. Durante o evento, a empresa brasileira irá mostrar ao público e aos representantes de governos, empresas e forças armadas suas mais recentes inovações no campo de sistemas de mísseis.

A SIATT, que já é reconhecida pelo seu trabalho com a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e outros clientes, trará ao evento uma série de tecnologias que podem fortalecer a defesa nacional e também criar novas parcerias internacionais. Entre os principais destaques estão os sistemas de mísseis MANSUP e MAX 1.2AC, que serão exibidos em maquetes de tamanho real no estande da empresa.

Avanços na Defesa Naval com MANSUP

O MANSUP será uma das estrelas do estande da SIATT. Desenvolvido em conjunto para Marinha do Brasil, este míssil já está em fase de qualificação final e tem um alcance de até 70 km. Sua capacidade de detectar e atacar alvos a partir do nível do mar, graças ao seu autodiretor radar, o torna uma ferramenta essencial para a proteção de águas da nossa Amazônia Azul.

Mas as inovações não param por aí. A SIATT também vai apresentar uma versão mais avançada deste sistema, o MANSUP-ER, concebido em conjunto com a EDGE Group, que detém participação na empresa brasileira, traz novidades tecnológicas, como alcance superior a 200 km, turbina a jato e navegação por waypoints. Esta versão promete tornar o Brasil ainda mais forte no campo da defesa naval.

Além de mock-up em tamanho real (6 metros de comprimento), o público poderá ver também uma variante do MANSUP para defesa de costa, integrada ao consagrado sistema ASTROS, nós do GBN Defense tivemos informações em primeira mão durante a apresentação do conceito na Operação Formosa,  uma novidade que promete ter um grande impacto em futuras operações de defesa terrestre.



Sistema MAX 1.2 AC

Outro sistema que estará em destaque no estande da SIATT é o MAX 1.2AC, um míssil antitanque desenvolvido nacionalmente e que esta sendo integrado ao Exército Brasileiro. O MAX 1.2 AC, qualificado em 2024, é projetado para destruir alvos blindados com grande precisão e eficácia.

A grande novidade será a integração do sistema MAX ao veículo blindado Cascavel NG, em parceria com a brasileira Akaer. Isso permite que o Exército tenha uma solução móvel e eficiente para enfrentar ameaças terrestres de alta complexidade. O público da Mostra BID Brasil poderá conferir o mock-up em tamanho real do MAX, com um modelo do míssil integrado ao Cascavel exibido na área externa do evento.


Outros Sistemas de Defesa em Exibição

Além dos mísseis MANSUP e MAX, a SIATT apresentará outras soluções de segurança estratégica. Uma delas é o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), uma plataforma que tem como objetivo monitorar as águas territoriais brasileiras, um aspecto crucial para a segurança marítima do país.

A SIATT também mostrará o Sistema Integrado de Comunicações Seguras (SICS), desenvolvido junto com KATIM e Imbel. Essa tecnologia garante comunicações seguras, permitindo que as Forças Armadas operem em áreas remotas com total confiabilidade, algo essencial para garantir a eficiência e segurança das operações militares em regiões isoladas.

Reconhecimento e Homenagens na Mostra BID Brasil

A participação da SIATT na Mostra BID Brasil também será marcada por homenagens aos seus fundadores e executivos pela contribuição ao desenvolvimento da indústria de defesa brasileira. Durante o evento, o CEO da SIATT, Rogério Salvador, e seus sócios serão reconhecidos por seus 40 anos de dedicação à inovação no setor de defesa, mostrando como a empresa tem se consolidado como um pilar importante para o Brasil na área de tecnologia de defesa.

Além disso, o evento contará com cerimônias especiais em homenagem ao Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e aos chefes das Forças Armadas brasileiras.

Reflexões sobre o Futuro da Indústria de Defesa no Brasil

A presença da SIATT na Mostra BID Brasil não apenas exibe as tecnologias que hoje fazem parte do arsenal de defesa nacional, mas também abre portas para o futuro da indústria de defesa brasileira. O Brasil está se posicionando de forma cada vez mais estratégica na área de tecnologia militar, tanto para suprir suas próprias necessidades quanto para exportar soluções para outros países.

Em conjunto com a EDGE Group, gigante dos Emirados Árabes Unidos, que possui cerca de 50% de participação na empresa, a SIATT fortalece suas capacidades e expande sua presença internacional, tornando-se um exemplo de como parcerias globais podem ser benéficas para a indústria de defesa nacional.

A Mostra BID Brasil é, sem dúvida, uma vitrine para o futuro da segurança e da defesa do Brasil, e a SIATT está pronta para mostrar ao mundo sua capacidade tecnológica e sua importância estratégica.


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com Rossi Comunicação 

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A Tecnologia na Aviação: Essencial ou Exagero?

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Na aviação, a tecnologia passou de auxiliar a protagonista. De GPS a sistemas automáticos de controle de voo, os cockpits atuais parecem verdadeiros centros de comando digitais, exigindo dos pilotos tanto habilidades manuais quanto tecnológicas. Eu, como piloto e entusiasta da aviação, testemunho o quanto a tecnologia é não só vantajosa, mas essencial para operar uma aeronave com segurança e precisão.
 

Ao entrar em um cockpit moderno, a primeira impressão é a de estar em um filme de ficção científica já que é um ambiente cercado de telas, luzes e dispositivos que monitoram todos os aspectos do voo. Desde o radar meteorológico até sistemas avançados de gerenciamento de combustível e navegação GPS, a tecnologia oferece ao piloto dados em tempo real que vão desde o nível de combustível até a presença de turbulência à frente. Esses sistemas, quando bem utilizados, ajudam a aumentar a segurança e a eficiência, reduzindo significativamente o risco de erros humanos.
 

Voar em condições adversas, como em baixa visibilidade, requer voo em condições IFR (Instrument Flight Rules), em que o piloto se orienta exclusivamente pelos instrumentos e nessas situações, o domínio da tecnologia se torna crucial. Os sistemas de navegação avançados, por exemplo, garantem que a aeronave se mantenha no curso programado mesmo sem referência visual, aumentando a segurança. Sem esses recursos, seria muito difícil voar com segurança em condições que, no passado, representavam um desafio extremo para os pilotos.
 


Falando ainda em segurança, a aviação moderna também conta com sistemas automatizados como o TCAS (Traffic Collision Avoidance System), que alerta o piloto sobre a presença de outras aeronaves nas proximidades, e o GPWS (Ground Proximity Warning System), que evita colisões com o solo. Esses sistemas funcionam como “copilotos digitais” que aumentam a consciência situacional do piloto, reduzindo a margem para erros. Em voos longos, quando a fadiga pode interferir no julgamento, ter esses suportes tecnológicos é fundamental para a segurança. Em aeronaves mais modernas que contam com autothrottle (controle automático da potência) a tecnologia pode chegar ao ponto de posar de forma autônoma com o simples apertar de um botão. Em aeronaves single pilot, com uma pessoa só no controle do avião, o sistema de pouso automático (Autoland) pode ser acionado em caso da incapacidade do piloto, assumindo o comando, localizando a pista mais próxima, comunicando com controladores de voo, pousando a aeronave e cortando motor, tudo isso de maneira automática. Para o sistema funcionar é importante que os aeroportos tenham os equipamentos necessários para ativar mais essa inovação.



Por mais que a tecnologia automatize o processo, ela ainda não substitui o fator humano. O piloto precisa estar preparado para agir caso ocorra uma falha tecnológica ou uma situação não prevista. É o conhecimento dos sistemas que permite ao piloto entender as limitações e fazer ajustes em tempo real, garantindo assim uma condução segura, algo que exige tanto habilidade quanto experiência.
 

O futuro da aviação: Parceria entre piloto e máquina
 

A inteligência artificial e a automação avançam, e é cada vez mais comum que aeronaves modernas sejam projetadas para operarem com mínima intervenção humana. No entanto, mesmo com a tecnologia se tornando mais inteligente, a decisão final ainda cabe ao piloto, e para isso, ele precisa conhecer a fundo as ferramentas que possui. Por isso é importantíssimo possuir uma base sólida tecnológica para se aventurar nos ares.


 

Em resumo, a tecnologia é a espinha dorsal da aviação moderna, mas é o piloto, com seu conhecimento e domínio técnico, que transforma cada voo em uma experiência segura e eficiente. É uma dança de precisão, onde a tecnologia complementa o piloto, mas nunca o substitui completamente.


 


Por: Marco Oliveira Barbosa é um empreendedor com vasta experiência no setor financeiro e no agronegócio. Fundador do Grupo Mercantil de Crédito, lidera operações de crédito privado e compra de recebíveis. Entusiasta de aviação, Marco é licenciado como piloto comercial e de linha aérea (PLA), com habilitação para voar monomotor, multimotor.










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Brasil Fortalece Compromisso no Combate às Armas Químicas em Conferência Internacional

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Na última sexta-feira (29), terminou a 29ª Sessão Ordinária da Conferência de Estados Partes (CSP-29) da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ), realizada em Haia, na Holanda. O evento, que reuniu representantes de diversos países, contou com a participação do Brasil, mais uma vez destacando seu papel como aliado no combate à proliferação de armas químicas e no fortalecimento da segurança internacional.

O Brasil foi representado pelo Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod) e do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (Decti). O Brasil, com sua delegação técnica, não só participou das discussões sobre o controle de substâncias químicas sensíveis, como também se envolveu em importantes trocas de conhecimento e cooperação internacional para o fortalecimento da resposta a emergências químicas.

A presença do Brasil nesta conferência reforça sua atuação constante na prevenção do uso de armas químicas. O foco das discussões da delegação brasileira foi a identificação de agentes químicos de guerra e a promoção de tecnologias de defesa que possam aumentar a capacidade de resposta a essas ameaças. Durante o evento, o Decti, por meio da Comissão Interministerial de Controle de Exportação de Bens Sensíveis (Cibes), esteve especialmente engajado na prospecção de novas tecnologias e na busca por parcerias que pudessem beneficiar laboratórios especializados no país, com o intuito de aprimorar o trabalho das Forças Armadas na detecção de agentes químicos.

Outro ponto de destaque foi o fortalecimento da cooperação técnica internacional, buscando o aprimoramento contínuo das capacidades do Brasil em reagir a situações de emergência envolvendo agentes químicos, além de fomentar a troca de experiências com outros países e organismos internacionais.

IDQBRN: Um Marco para o Brasil na OPAQ

Uma das maiores conquistas do Brasil nesse evento foi o reconhecimento do Laboratório de Análises Químicas do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN) do Exército. O Brasil se tornou o primeiro país da América Latina e Caribe a ter um de seus laboratórios integrado à rede de laboratórios da OPAQ, um dos únicos dois países do Hemisfério Sul a alcançar essa designação.

Esse reconhecimento coloca o Brasil em uma posição de liderança no campo da defesa química, ao mesmo tempo em que ressalta a importância de investimentos em capacitação e tecnologia. O IDQBRN já desempenha um papel fundamental na identificação de agentes químicos e se torna, cada vez mais, um centro de excelência para todo o Hemisfério Sul, contribuindo para as ações globais de prevenção ao uso de armas químicas.

Durante a conferência, o Brasil também se engajou em uma série de encontros bilaterais e eventos técnicos com diversos países, criando parcerias estratégicas e promovendo o desenvolvimento de capacitação técnica. O país continua investindo no aprimoramento de seus profissionais e laboratórios, garantindo que esteja sempre pronto para lidar com as ameaças mais complexas, ao mesmo tempo em que se coloca como um parceiro confiável na segurança internacional.

O Papel do Brasil no Cenário Internacional

Em meio a um cenário geopolítico repleto de tensões e incertezas, a postura do Brasil, ao focar no controle de armas químicas e na promoção da cooperação técnica internacional, é extremamente relevante. O país tem se firmado como um líder diplomático na área de defesa, priorizando diálogos com foco na paz e segurança global, o que, em tempos de crescente polarização mundial, se torna ainda mais importante.

Investir em tecnologias de ponta e em parcerias estratégicas com outras nações é essencial para que o Brasil continue sendo uma referência em defesa química. O reconhecimento do IDQBRN e o fortalecimento de sua rede de laboratórios são claros sinais de que o país está se posicionando como um centro de excelência no monitoramento de armas químicas, com um compromisso firme com a proteção internacional.

Porém, é importante destacar que, para manter essa posição, o Brasil precisará seguir avançando em suas capacidades e manter sua postura ativa nas discussões internacionais. O uso de tecnologias emergentes e o fortalecimento da colaboração internacional serão os pilares que permitirão ao Brasil desempenhar um papel cada vez mais relevante na luta contra as ameaças químicas.

A presença do Brasil em eventos como a OPAQ é um reflexo claro de sua diplomacia ativa, que não se limita às fronteiras nacionais, mas que busca colaborar com o mundo para construir um ambiente mais seguro para todos. Ao continuar nesse caminho, o Brasil se estabelece como uma potência diplomática emergente que, com suas capacidades científicas e estratégicas, contribuirá de forma relevante para o futuro da segurança global.


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Operação PERSEU: Preparo, Modernização e integração no maior exercício militar do Exército Brasileiro em 2024

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Sob a coordenação do Comando Militar do Sudeste (CMSE), o Exército Brasileiro realiza a Operação PERSEU, o maior e mais abrangente exercício militar de 2024. Com a participação de mais de 7.600 militares oriundos de cinco comandos militares de área, a operação é um marco no adestramento da Força Terrestre, simbolizando sua prontidão e capacidade de resposta em situações de combate e cooperação.

Realizada com cenário que simula condições reais de conflito, a operação mobiliza 62 veículos blindados, 433 viaturas não blindadas e 15 aeronaves, em um teatro de operações que abrange os municípios paulistas de Caçapava, Taubaté e Lorena, além de Resende, no Rio de Janeiro. Essa distribuição estratégica permite o treinamento das tropas em ambientes variados e desafiadores, alinhando-se aos padrões de doutrina militar contemporânea e às demandas de um cenário de combate multidomínio.

A Operação PERSEU não se limita à preparação para o combate convencional. Além de testar as capacidades operacionais da Força de Prontidão (FORPRON), o exercício reforça a habilidade de atuação em missões de defesa da pátria, apoio a agências governamentais e cooperação em política externa. Esse amplo espectro de missões reflete o compromisso do Exército Brasileiro com a segurança nacional e sua adaptabilidade diante dos desafios modernos.

A Operação PERSEUEstá servindo para consolidar a integração entre unidades e recursos tecnológicos, modernizando e fortalecendo a capacidade do Exército Brasileiro de atuar em qualquer cenário, simbolizando a busca contínua pela excelência no adestramento e preparo das tropas brasileiras.


Assalto Aeromóvel e conquista de aeródromo

Um dos destaques da operação foi o Assalto Aeromóvel realizado pela Brigada de Infantaria Aeromóvel na cidade de Cruzeiro, no Vale do Paraíba. Cerca de 500 militares da Força-Tarefa Ipiranga foram deslocados em 25 aeronaves do Comando de Aviação do Exército, incluindo aeronaves Fennec, Pantera K2, Cougar e Jaguar. A missão: conquistar um aeródromo estratégico.

Essa simulação demonstrou a capacidade de mobilização rápida e a eficácia no transporte de tropas e equipamentos em cenários críticos. O General de Brigada Igor Lessa Pasinato, comandante da Brigada de Infantaria Aeromóvel, enfatizou: "Esse exercício coroou um ano inteiro de preparação. Nossa brigada se adestrou intensamente para alcançar essa capacidade, essencial em operações de alta complexidade."

Superando desafios: transposição do Rio Paraíba do Sul

Outro ponto de destaque foi a transposição do Rio Paraíba do Sul, coordenada pelo 4º Grupamento de Engenharia. A operação, que envolveu embarcações, pontes móveis e viaturas blindadas Guarani, demonstrou a capacidade de superar obstáculos naturais em missões reais.

O General de Brigada Pablo José Lira de Almeida, comandante do 4º Grupamento de Engenharia, ressaltou: "A transposição de cursos d’água é uma das tarefas mais desafiadoras em uma operação militar. Essa atividade exige coordenação, coesão e alto nível técnico, características que nossas tropas adquiriram com treinamento rigoroso ao longo do ano."

A execução contou com a participação de batalhões especializados, como o 2º, 3º e 6º Batalhão de Engenharia de Combate e unidades blindadas, reforçando a integração entre diferentes setores da força.

Conflitos urbanos e combate a forças irregulares

Na cidade de Silveiras, o 28º Batalhão de Infantaria Mecanizado (28º BIMec) conduziu operações simuladas contra forças irregulares, incluindo a captura de líderes inimigos. Blindados Guarani, equipados com o sistema SARC-REMAX, foram essenciais para oferecer proteção e precisão em combates urbanos.

O General Santiago César França Budó, comandante da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, destacou o impacto dessa tecnologia: "O Guarani oferece proteção incomparável contra armas leves, além de sensores avançados que facilitam a identificação de alvos ocultos. Com a torre remotamente controlada, nossos soldados operam com segurança e eficácia."

Poder de fogo: artilharia de longo alcance com o sistema ASTROS

A Artilharia Divisionária da 3ª Divisão de Exército demonstrou o impacto estratégico do sistema ASTROS. Capaz de atingir alvos a até 300 km com mísseis táticos de cruzeiro e foguetes de precisão, o ASTROS amplia significativamente a capacidade de apoio de fogo das tropas.

O General Pablo José Lira de Almeida descreveu o sistema como um divisor de águas no campo de batalha: "O ASTROS é um multiplicador de força que oferece rapidez, precisão e alcance em níveis sem precedentes. Ele é um elemento-chave em nossa estratégia operacional."

Exercícios Operacionais Intensos Marcam a Reta Final da Operação PERSEU

A Operação PERSEU entra em sua reta final com um cronograma repleto de atividades desafiadoras e realistas. As tropas estão empenhadas em missões que simulam cenários de combate, promovendo um treinamento essencial para o aprimoramento da capacidade operacional das Forças Armadas.

Neste sábado (30), a ação se concentra na Represa do Funil, em Itatiaia/RJ, onde estão sendo realizados os exercícios de Assalto Aeroterrestre e Assalto Aeromóvel. No primeiro, tropas paraquedistas são lançadas de aeronaves em território inimigo, demonstrando precisão e habilidade em infiltrações aéreas. No segundo, helicópteros realizam o transporte das tropas diretamente para a zona de combate, garantindo rapidez e eficiência no desembarque.

O dia esta sendo marcado pela integração de unidades de elite, como as Tropas Paraquedistas do Rio de Janeiro, e o suporte de aeronaves da Força Aérea Brasileira e do Comando de Aviação do Exército, que contribuem para o dinamismo e o realismo das operações.

O domingo (1) será dedicado a exercícios que simulam o avanço em território hostil. As tropas realizarão a Marcha para o Combate, um deslocamento planejado para aproximar-se do inimigo. Em seguida, será executado o Ataque, ação ofensiva decisiva para neutralizar as forças adversárias.

Após o sucesso dessa operação, ocorrerá o Aproveitamento do Êxito, uma manobra que explora a vantagem obtida para consolidar posições e avançar ainda mais no campo de batalha. Esses exercícios testam o poder de resposta das tropas e integram diversas armas e viaturas em um cenário de combate simulado.

Na segunda-feira (2), os treinamentos continuam com foco na execução de Ataque, Junção e Tiro de Fração. Durante essas ações, as tropas simularão combates diretos contra forças inimigas e a junção de unidades para fortalecer a ofensiva.

O exercício culminará com o Tiro de Fração, momento em que frações menores de combate testarão sua precisão e eficiência em um ambiente controlado, mas desafiador.

Na próxima terça e quarta-feira (3 e 4), a Operação PERSEU será encerrada com exercícios de Tiro Real em Resende/RJ. Esses dois dias serão dedicados à aplicação de todos os conhecimentos adquiridos ao longo da operação, unindo Aviação, Manobra, Artilharia de Campanha e Defesa Antiaérea.

As tropas utilizarão armamentos de alta tecnologia, viaturas blindadas e aeronaves para neutralizar alvos simulados, em um treinamento que reflete as condições de um combate real. Essa fase final é importante para validar o desempenho operacional das unidades envolvidas e reforçar a capacidade de integração entre diferentes forças.

A Operação PERSEU é uma oportunidade única para o Exército Brasileiro testar sua prontidão e reforçar sua preparação para enfrentar desafios reais complexos. As atividades intensas previstas são uma prova do compromisso do Exército Brasileiro com a defesa da soberania nacional e o constante aprimoramento de suas tropas.

Ao fim do exercício, a coesão entre tropas, a aplicação prática da doutrina militar e o uso inovador de tecnologias reafirmaram a capacidade do Exército Brasileiro de enfrentar cenários complexos, garantindo segurança e soberania nacional.


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