sábado, 11 de outubro de 2025

Índia se prepara para receber o primeiro caça Tejas MK-1A e reforçar autossuficiência em defesa aérea

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A Força Aérea Indiana (IAF) deve receber, na última semana de outubro de 2025, sua primeira aeronave de combate leve Tejas MK-1A, marco decisivo no avanço da indústria aeronáutica de defesa do país e no fortalecimento da capacidade operacional da força. O evento contará com a presença do Ministro da Defesa, Rajnath Singh, que acompanhará o primeiro voo do jato em Nashik, no dia 17 de outubro, além de visitar as instalações da Hindustan Aeronautics Limited (HAL) e reunir-se com engenheiros e técnicos envolvidos na produção.

O Tejas MK-1A representa a consolidação do programa de caças nativos da Índia, concebido para substituir gradualmente aeronaves antigas como o MiG-21 e reduzir a dependência de plataformas estrangeiras. O pedido atual da HAL prevê 83 unidades, mas as entregas, inicialmente programadas para começar em fevereiro de 2024, sofreram atraso devido ao ritmo de fornecimento dos motores F404-IN20, fabricados pela General Electric (GE Aerospace).

Com a GE entregando apenas um ou dois motores por mês, a HAL revisou o cronograma, estimando a conclusão do lote em quatro anos, desde que não ocorram novas interrupções. Para garantir o ritmo de produção e atender à crescente demanda da Força Aérea, o Ministério da Defesa e a GE Aerospace estão finalizando um novo contrato de fornecimento que permitirá acelerar a fabricação. A expectativa é que um lote adicional de 97 aeronaves Tejas MK-1A seja confirmado em breve, elevando o total para 180 aeronaves, um reforço significativo à capacidade doméstica da Índia.

Atualmente, o efetivo da IAF conta com 29 esquadrões ativos, número bem abaixo do ideal de 42 esquadrões estabelecido pelo governo. A desativação recente de dois esquadrões de MiG-21 ampliou a lacuna operacional, levando o Marechal-do-Ar Amar Preet Singh a alertar que a força precisa incorporar ao menos dois esquadrões por ano, o equivalente a 30 ou 40 aeronaves, para manter uma postura adequada frente às ameaças regionais.

Enquanto o programa Tejas avança, o governo indiano também acelera outras frentes estratégicas. O aguardado projeto MRFA (Medium Role Fighter Aircraft), que prevê a compra de 114 caças multifuncionais, continua em fase de tramitação. O Ministério da Defesa considera a aquisição de uma variante “Made in India” do Rafale, com ao menos 18 aeronaves prontas para uso imediato, a fim de atender necessidades de curto prazo. Segundo a Dassault Aviation, a produção global do Rafale já atingiu 533 unidades encomendadas, sendo 233 ainda em fabricação, com ritmo mensal de quatro aeronaves.

Em paralelo, a Índia também investe no desenvolvimento de seu Advanced Medium Combat Aircraft (AMCA), um caça furtivo de quinta geração totalmente nacional. Com um orçamento superior a ₹ 15.000 crore, o programa pretende realizar o primeiro voo ainda nesta década e alcançar capacidade operacional por volta de 2035, consolidando a autossuficiência tecnológica em aeronaves de combate avançadas.

Especialistas em defesa afirmam que a Índia precisará de 200 a 250 caças adicionais nos próximos anos para preencher sua lacuna de capacidade aérea e garantir prontidão em múltiplas frentes. Para isso, defendem a criação de linhas de produção paralelas e um modelo de integração entre empresas públicas e privadas, capaz de sustentar entregas em larga escala e reduzir gargalos logísticos.

A entrega do primeiro Tejas MK-1A, portanto, vai além de um marco industrial, simboliza um passo concreto rumo à soberania tecnológica e à consolidação da Índia como potência emergente em defesa e segurança no século XXI.


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Trump sugere expulsão da Espanha da OTAN por baixos gastos em defesa, gerando tensão diplomática com aliados europeus

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu o debate sobre os compromissos financeiros dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ao sugerir, na quinta-feira (9), que a aliança deveria considerar a expulsão da Espanha. A declaração, feita durante uma reunião na Casa Branca com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, ocorreu após Madri se recusar a adotar a nova meta de gastos militares de 5% do PIB, proposta que reflete uma das principais exigências de Trump desde o início de seu mandato.

“Vocês vão ter que começar a falar com a Espanha. Eles não têm desculpa para não fazer isso... talvez vocês devessem expulsá-los da OTAN, francamente”, afirmou o presidente norte-americano, em tom crítico, ao defender que os países europeus assumam maior responsabilidade pela própria defesa.

A provocação gerou imediata repercussão em capitais europeias. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já havia classificado a meta de 5% como “incompatível com o estado de bem-estar social e a visão de mundo” de seu governo. Segundo ele, a Espanha continua comprometida com a segurança coletiva e com os objetivos da aliança, mas dentro de parâmetros considerados sustentáveis.

Em resposta às declarações de Trump, a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, buscou amenizar o impacto político e reafirmou a lealdade de Madri à OTAN. “Essas declarações foram feitas em um contexto específico, mas sei com certeza que as Forças Armadas dos EUA estão bem cientes do comprometimento da Espanha”, disse Robles, destacando que o país cumpre suas metas de capacidade acordadas.

A Espanha ingressou na OTAN em 1982 e, desde então, tem participado de diversas operações conjuntas, incluindo missões de paz e treinamentos multinacionais, como o exercício Dynamic Mariner 25, realizado recentemente em Barbate, no sul do país.

A tensão provocada pelas palavras de Trump ocorre em um momento de sensibilidade para a aliança, que desde a invasão russa da Ucrânia em 2022 vem reforçando sua presença militar no leste europeu e revisando suas estratégias de dissuasão. Analistas alertam que pressões internas desse tipo podem abalar a coesão política da OTAN num cenário global de crescente instabilidade.

Embora as declarações do presidente norte-americano possam ser interpretadas como parte de sua retórica de cobrança histórica aos aliados europeus, o episódio reabre o debate sobre o equilíbrio entre soberania orçamentária e compromissos de segurança coletiva, um dos dilemas centrais da OTAN em sua busca por adaptação ao novo contexto geopolítico.


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com Reuters

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Brasil sediou Conferência Naval Interamericana sobre Ciberdefesa e Comunicações Marítimas

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Entre os dias 6 e 10 de outubro, o Brasil sediou no Rio de Janeiro, a XV Conferência Naval Interamericana Especializada em Telecomunicações e Tecnologia da Informação (CNIE-T&TI), um dos mais relevantes fóruns de cooperação técnica entre as Marinhas das Américas. Organizada pela Marinha do Brasil (MB), por meio da Diretoria de Comunicações e Tecnologia da Informação (DCTIM), a conferência reuniu representantes de Bolívia, Chile, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Peru e República Dominicana, além da Junta Interamericana de Defesa (JID) e da Secretaria Permanente da Conferência Naval Interamericana (SPCNI).

Com o tema “Os Desafios da Defesa Cibernética e dos Sistemas de Comunicações Navais em Ambientes Degradados, Negados, Intermitentes e Limitados em Banda (DDIL)”, o encontro teve como foco o aperfeiçoamento, a padronização e a segurança das comunicações navais, buscando fortalecer a interoperabilidade entre as forças marítimas do continente. O evento representou um marco para o intercâmbio de conhecimentos, experiências e soluções conjuntas diante dos desafios tecnológicos que impactam diretamente as operações navais e a proteção das infraestruturas críticas.

Durante a abertura, o Capitão de Corveta Guilherme Ioty, subsecretário da SPCNI, destacou a relevância da troca de experiências entre as Marinhas participantes. “Essa é uma grande oportunidade para os países que compõem a Rede Naval Interamericana discutirem ideias e compartilharem experiências. Essa troca fortalece a interoperabilidade e traz resultados concretos para os exercícios multinacionais e bilaterais entre os países membros”, afirmou o oficial.

A primeira fase da conferência ocorreu na Escola de Guerra Naval (EGN), com o 1º Seminário de Comunicações e Cibersegurança de Sistemas Navais, onde foram apresentadas palestras sobre a proteção cibernética de sistemas embarcados, a importância das comunicações em alta frequência e estratégias de mitigação de falhas em enlaces satelitais e com drones. O Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor-Geral do Material da Marinha, ressaltou a importância da cooperação internacional em um cenário de rápida evolução tecnológica: “São muitas tecnologias novas no mundo, e com elas surgem também novas ameaças. É uma grande satisfação receber delegações estrangeiras no Brasil para discutirmos, de forma conjunta, soluções que reforcem a segurança e a eficiência das comunicações navais.”

Na segunda etapa, realizada no Clube Naval Piraquê, os representantes participaram de painéis e grupos de trabalho voltados à elaboração de recomendações práticas e aplicáveis à realidade operacional das Marinhas. Empresas do setor de comunicações, defesa e tecnologia também participaram do evento, apresentando soluções e inovações voltadas ao fortalecimento da segurança e da eficiência das comunicações navais.

O Contra-Almirante João Candido Marques Dias, Diretor de Comunicações e Tecnologia da Informação da Marinha, destacou os objetivos centrais da conferência: “Mais do que discutir desafios, buscamos identificar boas práticas e propor soluções que aumentem a resiliência dos sistemas navais em condições adversas. Esperamos que este evento fortaleça ainda mais a integração entre as Marinhas das Américas e contribua para uma rede de comunicações mais segura e eficiente.”

Ao promover o intercâmbio técnico e o fortalecimento dos laços institucionais entre as Marinhas das Américas, a CNIE-T&TI reafirmou o papel do Brasil como referência regional em comunicações marítimas e defesa cibernética. O evento consolidou a importância da cooperação internacional como instrumento essencial para proteger as redes de informação, ampliar a interoperabilidade operacional e garantir os interesses marítimos das nações do continente em um cenário global cada vez mais digital, interconectado e desafiador.


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com Marinha do Brasil


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Exército Brasileiro inicia Projeto Sustentação Logística na Amazônia para garantir abastecimento contínuo na região

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O Comando Logístico (COLOG) deu início aos estudos para a criação do Projeto Sustentação Logística na Amazônia, uma iniciativa estratégica voltada a assegurar o abastecimento contínuo de suprimentos essenciais em uma das regiões mais desafiadoras e estratégicas do país. O projeto conta com a parceria do Departamento de Engenharia e Construção (DEC) e do Comando Militar da Amazônia (CMA), além do Comando Militar do Norte (CMN), e começou a ser implementado neste semestre.

O objetivo central do projeto é evitar o desabastecimento e garantir que os recursos logísticos estejam sempre disponíveis, mesmo nas localidades mais remotas e de difícil acesso, como os Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) — unidades fundamentais para a presença do Estado e a soberania nacional nas áreas de fronteira.

Estrutura e eixos logísticos

O projeto foi estruturado em quatro pilares fundamentais:

  • Aquisição de materiais e insumos estratégicos;

  • Armazenamento, em consonância com a rede de Hubs Logísticos;

  • Movimentação e transporte de cargas, visando maior alcance e eficiência;

  • Segurança alimentar, como elemento transversal a toda a cadeia logística, garantindo a qualidade e disponibilidade dos gêneros de subsistência.

Entre as ações já em curso, o COLOG destacou a aquisição de viaturas e contêineres frigorificados, que ampliarão a capacidade de transporte de alimentos e outros itens sensíveis, preservando suas condições ideais durante longos deslocamentos fluviais e terrestres.

Visitas técnicas e implantação inicial

Entre os dias 6 e 12 de outubro, equipes do COLOG realizaram visitas técnicas a diversas organizações militares situadas ao longo do eixo Rio Negro, área escolhida para a implantação da 1ª Fase do Projeto Sustentação Logística na Amazônia. As inspeções visam levantar as condições locais de infraestrutura, transporte e armazenamento, além de identificar as necessidades específicas dos Pelotões de Fronteira.

Essas visitas são consideradas fundamentais para alinhamento e planejamento das ações futuras, permitindo a definição precisa das intervenções prioritárias e dos investimentos necessários.

Cooperação e modernização da infraestrutura

O Departamento de Engenharia e Construção (DEC) será responsável por coordenar as obras de modernização da infraestrutura existente, com foco em terminais de carga, depósitos e instalações de apoio logístico, além de melhorias em vias e materiais de engenharia que viabilizem o transporte de suprimentos em ambiente amazônico.

Já o Comando Militar da Amazônia (CMA) contribuirá com seu conhecimento operacional e territorial, assegurando que o projeto esteja em sintonia com as dinâmicas regionais e as necessidades das tropas que atuam na área. O Comando Militar do Norte (CMN), por sua vez, desempenhará papel essencial na integração logística entre a Amazônia Oriental e a Amazônia Ocidental, aproveitando as ligações terrestres e fluviais permanentes do Estado do Pará.

Eficiência e prontidão

Com essa integração entre COLOG, DEC, CMA e CMN, o Exército Brasileiro busca otimizar o fluxo logístico e elevar a resiliência operacional em toda a Amazônia, garantindo o suporte contínuo às tropas que operam em uma das regiões mais complexas do mundo do ponto de vista geográfico e climático.

Ao coordenar essa iniciativa, o COLOG reafirma seu compromisso com a prontidão, eficiência e inovação logística, promovendo o desenvolvimento contínuo das capacidades da Força Terrestre e a adoção de tecnologias modernas que assegurem o cumprimento das missões em defesa da soberania nacional.


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com Exército Brasileiro

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Operação Atlas 2025 - Exército e FAB realizam exercício de tiro real com armas coletivas na Amazônia

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A Força Terrestre realizou uma demonstração de tiro real sem precedentes durante a Operação Atlas 2025, reunindo meios de apoio de fogo de sete organizações militares do Exército Brasileiro e contando com a participação da Força Aérea Brasileira (FAB). O exercício teve como objetivo capacitar a Força-Tarefa Combinada (FTC) em ações defensivas e ofensivas na região amazônica, simulando a contenção de uma ameaça e integrando diferentes vetores de combate em um esforço coordenado de grande escala.

Integração de meios e precisão cirúrgica

A demonstração teve início com apoio aéreo aproximado realizado por uma aeronave A-29 Super Tucano, da Força Aérea Brasileira, que garantiu cobertura para as tropas em solo. Na sequência, viaturas blindadas do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado, entre elas os modelos Guarani, Guaicurus e Cascavel, abriram fogo com metralhadoras calibre 7,62 mm, .50 e canhão de 90 mm, neutralizando alvos em terreno hostil com elevada precisão.

A Artilharia de Campanha assumiu papel de destaque com o 29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (GAC AP), operando os obuseiros M109 A5+BR de 155 mm, capazes de atingir alvos a 30 quilômetros de distância com munição assistida. Em paralelo, o 10º GAC de Selva e o 1º GAC de Selva empregaram obuseiros Oto Melara de 105 mm para suprimir posições inimigas simuladas.

No segmento blindado pesado, o 3º Regimento de Carros de Combate simbolizou o contra-ataque com os Leopard 1A5, equipados com sistemas de estabilização e imagem termal, permitindo engajamento de alvos a até 4 quilômetros, mesmo em movimento e com precisão superior a 95%.

Encerrando a ação, o 16º Grupo de Mísseis e Foguetes foi empregado com o sistema ASTROS, responsável por engajar alvos de alto valor estratégico em profundidade com seus foguetes. Com alcance de 90,2 km por foguetes e até 300 km com o futuro Míssil Tático de Cruzeiro (MTC), o Astros reafirma a capacidade estratégica do Brasil de responder com força a ameaças de longo alcance.

Sinergia e poder de dissuasão

O exercício representou um marco na preparação da Força Terrestre, ao reunir de forma inédita os principais vetores de fogo e choque do Exército Brasileiro em uma única operação. A sinergia entre meios terrestres e aéreos possibilitou um emprego coordenado de capacidades letais em todos os níveis táticos e estratégicos.

O exercício de tiro real simbolizou o ponto culminante da Operação Atlas 2025, consolidando o ciclo de adestramento das tropas e demonstrando alto grau de prontidão operacional. Ao integrar artilharia, blindados, aviação e mísseis em um mesmo cenário, a ação reafirmou o profissionalismo, a coordenação e a capacidade de projeção de força do Exército Brasileiro em missões de combate reais.

A Operação Atlas 2025 reforça, assim, o compromisso das Forças Armadas com o aperfeiçoamento contínuo de suas doutrinas e meios, garantindo a defesa da soberania nacional e a segurança da Amazônia, uma das regiões mais estratégicas do território brasileiro.


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com Exército Brasileiro

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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Novo Eixo Autoritário - China e Rússia desafiam equilíbrio global com aliança estratégica sem precedentes

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A intensificação da cooperação militar entre Rússia e China revela mais que uma aproximação circunstancial: representa uma transformação estrutural na geopolítica contemporânea. Um dossiê de 800 páginas, analisado pelo Royal United Services Institute (RUSI), em Londres, descreve como Moscou tem auxiliado Pequim em preparativos para um possível conflito em torno de Taiwan. Os contratos envolvem fornecimento de veículos anfíbios, sistemas antitanque e transporte de tropas, além de programas de treinamento e transferência tecnológica que permitem à China produzir internamente equipamentos avançados.
 
Historicamente, o Kremlin evitava compartilhar segredos militares com a China, receoso de espionagem industrial e perda de autonomia estratégica. O isolamento decorrente da guerra na Ucrânia, porém, alterou esse cálculo. Moscou passou a ver na ascensão chinesa uma oportunidade de reequilibrar o sistema internacional, reduzindo a dependência do Ocidente e enfraquecendo a hegemonia euro-americana.
 
Essa convergência vai além da cooperação militar: traduz a consolidação de um eixo autoritário global. Rússia e China compartilham uma visão revisionista da ordem liberal internacional, contestando normas multilaterais e relativizando os princípios democráticos. Sob Xi Jinping, Pequim combina poder econômico, controle ideológico e expansão militar, como se observa na militarização do Mar do Sul da China e na pressão constante sobre Taiwan. Já Moscou utiliza a parceria para mitigar sanções e ampliar sua influência no Sul Global.
 
Trata-se de uma aliança baseada em pragmatismo e afinidade política. Ambas rejeitam o modelo de governança liberal, valorizam a centralização do poder e instrumentalizam a informação como ferramenta de controle social. Essa lógica autoritária propõe uma nova arquitetura internacional, na qual a soberania nacional se sobrepõe ao direito internacional e a força substitui a previsibilidade das regras.
 
Nesse contexto, Taiwan tornou-se o epicentro simbólico da disputa entre dois modelos de ordem mundial. Democrática, inovadora e essencial para a economia global, a ilha representa um contraponto direto ao autoritarismo chinês. Sua defesa ultrapassa a dimensão regional: tornou-se um teste para a credibilidade das democracias e para a resiliência da ordem baseada em regras.
 
A resposta ocidental ainda é cautelosa. Alianças como o QUAD e o AUKUS buscam conter a influência de Pequim, mas a interdependência econômica com a China impõe limites à ação coletiva. O desafio das democracias é mais amplo que o militar: envolve restaurar a confiança no multilateralismo e reafirmar que liberdade e pluralismo continuam sendo pilares de estabilidade.
 
O fortalecimento da parceria sino-russa indica que a disputa pela ordem global não é apenas estratégica, mas civilizacional. De um lado, a visão liberal fundada em regras e instituições; de outro, a lógica autoritária que privilegia poder e soberania. O futuro do equilíbrio internacional dependerá da capacidade das democracias de agir com coesão, propósito e visão, antes que a força imponha, mais uma vez, o silêncio das regras.


por Márcio Coimbra é CEO da Casa Política e Presidente-Executivo do Instituto Monitor da Democracia. Conselheiro e Diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). Mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal.


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Anatel reforça obrigatoriedade de registro de rádios marítimos em sistema Mosaico para embarcações de médio e grande porte

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou que novos equipamentos de rádio instalados em embarcações de médio e grande porte devem agora ser registrados no sistema Mosaico, plataforma digital de licenciamento da Agência. A medida atende às normas do Serviço Móvel Marítimo (SMM), essencial para a comunicação entre embarcações e entre estas e estações costeiras, garantindo segurança e eficiência nas operações de navegação.

O Serviço Móvel Marítimo é fundamental para o auxílio à navegação, coordenação de manobras portuárias e situações de emergência, permitindo que tripulações mantenham contato constante com autoridades marítimas e outros navios. Segundo a Anatel, o registro dos equipamentos pode ser feito de forma simples pelo site oficial (Click Aqui)

O Conselheiro Diretor da Anatel, Octavio Pieranti, destacou a importância do procedimento: “Esse procedimento é fundamental para garantir a segurança de todos. A Agência está à disposição para auxiliar pescadores, donos de embarcações de passeio e outros profissionais no licenciamento correto desses equipamentos.”

Em caso de dúvidas, os interessados podem procurar as unidades regionais da Anatel em cada capital ou entrar em contato pelo telefone 1331.

Embarcações de pequeno porte têm exceções

De acordo com as normas da Marinha do Brasil, a obrigatoriedade não se aplica a embarcações de pequeno porte que operem exclusivamente em águas abrigadas, como rios, lagos e canais onde não há ondas de altura significativa.

Além disso, as cerca de 20 mil estações já licenciadas pela Anatel não precisam realizar novo cadastro, permanecendo válidas as autorizações anteriores.

Segurança e rastreabilidade no mar

A atualização do cadastro e o uso regular do Serviço Móvel Marítimo fortalecem a capacidade de resposta em emergências, como pedidos de socorro e busca e salvamento (SAR), além de melhorar a coordenação de tráfego marítimo. A integração dos sistemas da Anatel com os protocolos da Marinha contribui para maior rastreabilidade e segurança das comunicações marítimas brasileiras.

Com a crescente modernização do setor naval e o aumento das embarcações equipadas com tecnologia digital de comunicação, a regulamentação e fiscalização desses equipamentos tornam-se vitais para garantir a operação segura e o cumprimento das normas internacionais de radiocomunicação.


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com ANATEL

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SAAB integra mísseis antinavio RBS15 em lançadores terrestres de alta mobilidade

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A crescente necessidade de proteger litorais, águas territoriais e infraestrutura crítica tem levado países a explorar soluções econômicas e de rápida implantação para defesa costeira. Nesse contexto, o Sistema de Mísseis de Defesa Costeira (CDMS) da Saab emerge como uma alternativa eficaz aos vultosos investimentos em novos navios de superfície, oferecendo capacidade antinavio a partir de plataformas terrestres.

Baseado na consagrada família de mísseis RBS-15, o CDMS permite neutralizar embarcações hostis a alcances superiores a 300 km, dependendo do míssil utilizado. O sistema opera com o RBS-15 Mk3, com alcance superior a 200 km, ou com o RBS-15 Mk4, que deve atingir mais de 300 km a partir do final da década de 2020. Ambos possuem trajetória baixa sobre a superfície do mar, alta velocidade subsônica e função de “disparo e esquecimento”, dificultando a detecção inimiga e aumentando a probabilidade de acerto com uma única ogiva altamente explosiva.

A configuração do CDMS é modular e altamente móvel: cada veículo baseado em caminhão transporta quatro mísseis montados em uma unidade lançadora padrão de 20 pés, que pode ser ocultada e rapidamente acionada para disparo. Após o lançamento, as equipes podem executar uma manobra de “atirar e evadir”, deslocando-se em menos de 120 segundos para evitar contra-ataques. A coordenação é gerida por um posto de comando de bateria móvel, conectado a sistemas de vigilância terrestre, naval e aérea, incluindo drones e radares, garantindo dados precisos de direcionamento.

O sistema também contempla flexibilidade logística, com veículos dedicados para reposição de mísseis em cerca de 15 minutos, e pode ser adaptado para uso marítimo, instalado em embarcações multifuncionais como módulo de missão contêinerizado. Além da Suécia, operadores internacionais como Finlândia, Alemanha, Polônia, Bulgária e Croácia já utilizam os mísseis RBS-15, fortalecendo a interoperabilidade e a estabilidade regional em áreas estratégicas como o Mar Báltico.

No Brasil, o conceito de defesa costeira terrestre também está em desenvolvimento. O Corpo de Fuzileiros Navais em conjunto com a SIATT, vem integrando os mísseis antinavio nacionais MANSUP à plataforma ASTROS, garantindo mobilidade e rapidez de emprego. Além disso, uma versão de alcance estendido, o MANSUP-ER, encontra-se em fase de desenvolvimento, com previsão de superar os 200 km de alcance, ampliando a capacidade de dissuasão e proteção das águas territoriais brasileiras com tecnologia nacional.


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Problemas no sistema de navegação russo colocam em xeque a capacidade operacional dos porta-aviões indianos

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O sistema de navegação e pouso Rezistor-E, de fabricação russa, instalado nos porta-aviões da Marinha Indiana, enfrenta graves problemas de funcionamento, levantando dúvidas sobre a capacidade de combate da frota naval indiana. As falhas técnicas foram relatadas especialmente no novo porta-aviões INS Vikrant, afetando o complexo radiotécnico responsável pelo controle de voo e pelas manobras de aproximação de aeronaves a bordo.

Os dados sobre as deficiências do sistema surgiram a partir de documentos confidenciais russos divulgados pelo grupo de hackers Black Mirror, envolvendo correspondências internas entre a Rosoboronexport, agência estatal russa de exportação de armamentos, e a KRET, conglomerado industrial que inclui a fabricante Rezistor-E, a NIIIT-RK. Especialistas militares ucranianos da Defense Express analisaram os documentos, que datam de 5 de setembro de 2023, mostrando que os problemas persistiam pelo menos dois anos após a entrega do INS Vikrant.

Segundo os documentos, a situação só poderia ser remediada com substituição de peças, mas a entrega foi adiada, atrasando o pleno funcionamento do sistema. Apesar do navio ter sido entregue oficialmente em 28 de julho de 2022 e declarado operacional em 2 de setembro de 2022, fontes internas indicam que, no verão de 2023, o Rezistor-E ainda apresentava falhas críticas. O primeiro pouso de um MiG-29K no INS Vikrant ocorreu em fevereiro de 2023, mas a capacidade operacional plena, anunciada oficialmente em novembro do mesmo ano, é contestada pelos documentos internos russos.

O impacto desse problema é estratégico. O INS Vikrant, além de simbolizar a ambição marítima da Índia, custou cerca de US$ 3 bilhões e é a plataforma de operações de aeronaves como MiG-29K, helicópteros MH60R, Kamov, Sea King, Chetak e ALH. O mesmo sistema Rezistor-E também equipa o INS Vikramaditya, antigo porta-aviões indiano, o que representa uma vulnerabilidade potencial para toda a frota de porta-aviões indianos.

Além do caso do INS Vikrant, os documentos refletem uma tendência mais ampla, a dependência crescente da Rússia de clientes externos, especialmente a Índia. Projetos de alta complexidade tecnológica, como a aeronave de 5ª geração Su-57, enfrentam atrasos significativos, e a Índia surge como possível salvadora do programa, caso aceite participar do desenvolvimento, obtendo acesso a aviônicos, dados de missão e integração de armas. No entanto, isso implica riscos para a Rússia, incluindo a exposição de tecnologias sensíveis em um cenário de ameaças cibernéticas globais.

Análise do GBN Defense

O incidente com o Rezistor-E evidencia que a Índia enfrenta vulnerabilidades críticas em sua capacidade de projeção naval e aérea, mesmo com plataformas modernas. O fato de que sistemas de navegação essenciais podem permanecer parcialmente inoperantes meses após a entrega sugere desafios na aquisição de tecnologia estrangeira, especialmente de fornecedores cuja produção enfrenta problemas estruturais, como a Rússia, que esta sob diversas sanções.

Estratégicamente, o caso destaca duas lições: primeiro, a Índia precisa diversificar suas fontes de tecnologia militar e investir no desenvolvimento de sistemas nacionais, mitigando riscos de dependência. Segundo, a Rússia tem demonstrado dificuldades em entregar aos seus clientes, sistemas com segurança e consistência, levantando dúvidas com relação não apenas ao material de defesa de sua indústria, como também no pós-venda. O terceiro ponto é o dilema que se encontra a Rússia, onde uma das saídas para a situação complexa que se encontra devido as sanções impostas diante da invasão da Ucrânia, é a cooperação com clientes externos como a Índia, o que pode salvar programas complexos como o Su-57, mas também expor segredos industriais críticos.

No contexto regional, qualquer falha operacional no INS Vikrant ou no INS Vikramaditya pode impactar a dissuasão naval da Índia no Oceano Índico, especialmente diante do aumento da presença chinesa e de operações combinadas com aliados. Assim, a correção e atualização do Rezistor-E é não apenas uma questão técnica, mas uma prioridade estratégica para a Marinha Indiana.


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Türkiye segue na busca pelo Eurofighter Typhoon para modernizar sua força aérea

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A Türkiye enfrenta uma necessidade urgente: renovar sua força aérea, ainda tendo o F-16 Block 50 como sua espinha dorsal e devem ser elevados ao Block 70, enquanto os veteranos F-4 Phantom "Terminator" se aproximam do fim de sua vida operacional. A exclusão do programa F-35 Lightning II, após a aquisição dos sistemas de defesa aérea russos S-400, tornou ainda mais evidente a importância de reforçar rapidamente a capacidade aérea.

O plano prioritário de Ancara é claro, adquirir 40 Eurofighter Typhoon novos, conforme memorando preliminar com o Reino Unido. A intenção é modernizar a frota e manter superioridade aérea diante de ameaças regionais. Mas obstáculos financeiros e negociais atrasam o fechamento do acordo. Ancara considera a oferta britânica elevada, enquanto o processo exige consenso entre os países do consórcio Eurofighter: Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido.

Para não comprometer a prontidão, a Türkiye mantém um Plano B, a compra de exemplares do Eurofighter usados do Catar, na versão Tranche 3A. O Catar possui 24 aeronaves, que poderiam ser transferidos rapidamente, garantindo reforço imediato à força aérea turca. Apesar dos rumores recentes sobre a compra de 10 a 12 aeronaves após a visita oficial do Ministro da Defesa, Yaşar Güler, e do Comandante da Força Aérea Turca, General Ziya Cemal Kadıoğlu, Ancara reiterou que nenhum acordo foi fechado e que anúncios oficiais só ocorrerão após a conclusão da fase de negociação contratual.

Enquanto negocia com o Reino Unido e o Catar, a Türkiye avalia diferentes configurações para manter a prontidão de sua frota. A estratégia combina modernização dos F-16 para o padrão Block 70, a aquisição de exemplares do Eurofighter novos, e se necessário, incorporar unidades de segunda mão do Catar. Essa abordagem garantiria capacidade de combate imediata e flexibilidade operacional até a chegada do caça nacional de quinta geração, o KAAN.

O KAAN é o futuro da força aérea turca. O programa já obteve destaque internacional com a assinatura de um contrato para a venda de 48 aeronaves à Indonésia, consolidando a tecnologia nacional e credibilidade global turca. O KAAN substituirá gradualmente os F-16 e permitirá maior autonomia estratégica, integrando sistemas compatíveis com a infraestrutura turca.

No plano político, Ancara monitora atentamente a Arquitetura de Segurança e Defesa (SAFE) da União Europeia. Fontes do Ministério da Defesa alertam que alguns membros da UE buscam excluir aliados de fora do bloco, usando o mecanismo como alavanca política. As declarações visaram principalmente a Grécia, que pressiona para expandir suas águas territoriais para 12 milhas. a Türkiye defende que inclusão, solidariedade estratégica e visão coletiva são essenciais para a segurança regional e destaca seu papel central na estabilidade europeia e do Mediterrâneo oriental.

Até a entrada do KAAN em operação plena, a Türkiye seguirá uma estratégia clara, manter F-16 modernizados como sua espinha dorsal, avançar na aquisição de Eurofighter Typhoon novos, se necessário incorporar unidades usadas do Catar. Essa combinação assegura prontidão imediata, reforço aéreo estratégico e capacidade de projeção de poder, enquanto Ancara consolida sua posição como aliado confiável e ator relevante na segurança regional e global.


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ABIMDE lança 9ª Mostra BID Brasil com nova planta e condições exclusivas para expositores

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Evento híbrido em São Paulo marca início das reservas e apresenta detalhes da edição 2026, que promete ampliar oportunidades para a Base Industrial de Defesa

A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) anunciou o lançamento oficial da 9ª edição da Mostra BID Brasil, que ocorrerá no dia 29 de outubro, às 10h, em formato híbrido, com participação presencial na sede da entidade, em São Paulo, e transmissão online para todo o país.

Durante o evento, serão apresentados detalhes da feira, que acontecerá de 24 a 26 de novembro de 2026, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). A programação incluirá a divulgação da planta oficial, valores por metro quadrado e cotas de patrocínio, além do início das reservas de espaço, com condições exclusivas para empresas que confirmarem presença no lançamento.

Reconhecida como o principal encontro da Base Industrial de Defesa e Segurança (BID) no Brasil, a Mostra BID Brasil reúne indústrias do setor, autoridades governamentais, delegações diplomáticas e militares, nacionais e estrangeiras. A nova edição chega com uma estrutura ampliada, oferecendo maior área para expositores e um ambiente de negócios mais dinâmico e integrado.

O lançamento reforça o compromisso da ABIMDE em oferecer uma plataforma sólida de visibilidade e oportunidades de negócios para as empresas brasileiras do setor de defesa e segurança, conectando indústria, governo e mercado internacional.

As reservas antecipadas permitirão que os expositores garantam melhores localizações e condições diferenciadas, em um evento que já se consolidou como referência nacional na promoção de inovação, tecnologia e parcerias estratégicas.

Com o lançamento da 9ª Mostra BID Brasil, a ABIMDE reafirma seu papel de protagonista na valorização da indústria nacional de defesa e na projeção do Brasil como ator relevante no cenário global de segurança e tecnologia.


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MBDA lidera avanço europeu em defesa terrestre com o sucesso do projeto MarsEUs

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A demonstração final realizada na Bélgica consolida a integração dos mísseis AKERON e fortalece a autonomia estratégica da Europa em sistemas de combate além da linha de visão

A cooperação europeia em defesa atingiu um novo marco no final de setembro de 2025, com a demonstração final bem-sucedida do projeto MarsEUs (Modular Architecture Solution for EU States), realizada no acampamento militar Rei Alberto, em Marche-en-Famenne, Bélgica. O exercício representou o encerramento de três anos de desenvolvimento de um sistema integrado de combate terrestre colaborativo, com capacidade além da linha de visão (BLOS), consolidando um dos principais esforços da Europa para ampliar sua autonomia tecnológica e operacional.

Liderado pela MBDA e financiado pela União Europeia com € 25 milhões, o projeto MarsEUs reúne 23 parceiros e subcontratados de 11 países europeus. A iniciativa dá continuidade ao projeto EDIDP LynkEUs, lançado em 2020, e busca desenvolver uma arquitetura modular de combate terrestre, aprimorando os sistemas de mísseis existente, especialmente a família AKERON, com capacidades BLOS, fundamentais para o fortalecimento da defesa europeia.

Entre os principais resultados, destaca-se a integração dos mísseis AKERON MP e AKERON LP em diferentes torres e veículos de combate, além de sua operação por meio de um Sistema de Gerenciamento de Batalha (BMS) e de um Sistema de Gerenciamento de Efeitos (EMS). A demonstração final apresentou um cenário realista de combate terrestre, com veículos, infantaria desmontada, drones, sensores e munições operando de forma coordenada, demonstrando a eficiência da arquitetura MarsEUs na segmentação e engajamento em tempo real.

Participaram da atividade representantes da Comissão Europeia, da PESCO BLOS, e das forças armadas da França, Bélgica, Chipre e Suécia, além de observadores de Luxemburgo e especialistas da indústria de defesa. O evento permitiu uma visão abrangente das capacidades do sistema, desde a integração das munições até a execução das manobras coordenadas.

O consórcio que desenvolve o MarsEUs já se prepara para a próxima etapa: o projeto AktarEUs (Advanced Knowledge for Long-Range Indirect Trajectory Attack for EU States), que ocorrerá entre 2025 e 2028. A nova fase tem como objetivo amadurecer ainda mais as capacidades europeias de combate BLOS, ampliando a integração em plataformas terrestres e navais, melhorando a relação custo-benefício e desenvolvendo sistemas de treinamento dedicados.

O projeto MarsEUs é financiado pela União Europeia. As opiniões e pontos de vista expressos são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem necessariamente os da União Europeia ou da Comissão Europeia. Nem a União Europeia nem a autoridade financiadora podem ser responsabilizadas por eles.


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SIATT inicia modernização de viatura Astros dos Fuzileiros Navais para integração com o míssil MANSUP

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A brasileira SIATT , empresa com participação do EDGE Group, deu início a mais uma etapa decisiva para o fortalecimento da base industrial de defesa do Brasil. A companhia recebeu a primeira viatura Astros dos Fuzileiros Navais que será submetida a um processo de modernização e adaptação estrutural para operar os sistemas de lançamento do míssil superfície-superfície MANSUP (Míssil Antinavio de Superfície)* e sua versão de maior alcance, o MANSUP-ER.

O projeto é fruto da prova de conceito bem-sucedida realizada em dezembro de 2024, quando o MANSUP foi lançado com êxito, demonstrando a maturidade tecnológica do sistema e a viabilidade de sua integração a plataformas terrestres. A partir dessa conquista, a Marinha do Brasil e a SIATT avançam para uma nova fase, a de consolidação da capacidade operacional real do sistema, agora sob domínio nacional.

Com a modernização, a viatura Astros passa a incorporar novos sistemas eletrônicos, estruturas reforçadas e interfaces de controle avançadas, tornando-se apta a operar em sinergia com os sistemas de comando e lançamento do MANSUP e MANSUP-ER. Essa evolução amplia significativamente o poder de dissuasão e a flexibilidade tática dos Fuzileiros Navais, integrando o sistema de mísseis a um vetor terrestre de alta mobilidade.

O MANSUP é um míssil antinavio de desenvolvimento 100% nacional, criado para substituir o sistema francês Exocet, oferecendo maior alcance e performance adaptada às necessidades das Forças Armadas brasileiras. Já o MANSUP-ER (Extended Range) amplia ainda mais a capacidade de engajamento, garantindo uma resposta moderna e precisa em cenários de defesa costeira e operações navais de longo alcance.

A iniciativa reafirma o papel da SIATT como uma das principais protagonistas da nova era da indústria de defesa brasileira, consolidando o compromisso da empresa e do EDGE Group com o fortalecimento da soberania nacional, a integração tecnológica entre as Forças Armadas e a valorização do conhecimento científico e industrial do Brasil.


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Base Naval de Aratu sediará a ARAMUSS-2025

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A Base Naval de Aratu, em Salvador (BA), será o epicentro da inovação naval brasileira entre os dias 10 e 14 de novembro, quando o Comando do 2º Distrito Naval (Com2°DN) realiza a primeira edição da Aratu Maritime Unmanned Systems Simulation — ARAMUSS-2025. O evento reunirá instituições acadêmicas, centros de pesquisa e representantes da indústria nacional e internacional, em uma vitrine de tecnologias que apontam o futuro das operações marítimas.

Com foco em Inteligência Artificial (IA), robótica e sistemas não tripulados, a ARAMUSS-2025 surge como um espaço estratégico de cooperação entre a Marinha do Brasil, universidades e empresas do setor de defesa e tecnologia. Mais do que uma mostra tecnológica, o encontro pretende estimular a pesquisa aplicada e a integração entre profissionais, estudantes e desenvolvedores comprometidos com o avanço da autonomia naval.

Entre os temas centrais, a guerra de minas ganha destaque. Drones especializados em detecção, mapeamento e identificação de artefatos explosivos submersos farão parte das demonstrações práticas — uma área crítica para a segurança das rotas marítimas e a proteção da Amazônia Azul, o vasto território marítimo brasileiro rico em biodiversidade e recursos naturais.

Destaques da Programação

* 11 de novembro: Exposição de projetos, demonstrações de veículos não tripulados — marítimos e aéreos — e workshop com palestras abertas ao público, nas instalações do SSN-2 e da Base Naval de Aratu.

* 12 e 13 de novembro: Simulações embarcadas exclusivas para expositores e convidados, explorando cenários reais de operação com sistemas autônomos.

Além de impulsionar a pesquisa em contramedidas de minagem, o evento abordará temas como legislação, segurança operacional e aplicações civis dos drones marítimos, ampliando o debate sobre o papel dessas tecnologias em um contexto global.

Conexão com a MINEX-25

A ARAMUSS-2025 antecede a MINEX-25, tradicional exercício de Guerra de Minas conduzido pelo Comando da Força de Minagem e Varredura, que ocorrerá de 17 a 19 de novembro. A integração entre as duas atividades reforça o compromisso da Marinha do Brasil com a modernização das capacidades navais e a adoção de tecnologias de ponta em defesa e segurança marítima.

Em um momento em que a inovação tecnológica redefine o poder naval no mundo, o Brasil mostra, por meio da ARAMUSS-2025, que está determinado a dominar as novas fronteiras da guerra naval e da exploração marítima autônoma, com soluções desenvolvidas em território nacional e sustentadas por uma visão estratégica de longo prazo.


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com Marinha do Brasil


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Capital estrangeiro na indústria de defesa: investimento, não desnacionalização

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Nos últimos dias, voltou à pauta o debate sobre a presença de capital estrangeiro na indústria de defesa brasileira, impulsionado por um artigo do jornalista Luís Nassif que tratou o caso da associação entre a SIATT e o grupo EDGE, dos Emirados Árabes Unidos, como um sinal de “desnacionalização silenciosa” do setor.

Embora a preocupação com a soberania tecnológica seja legítima, o argumento apresentado carece de um olhar mais amplo sobre a realidade da Base Industrial de Defesa (BID). O que existe no Brasil não é um processo de perda de tecnologia, mas sim uma abertura controlada e estratégica a investimentos internacionais, que quando bem regulados, fortalecem a capacidade produtiva e tecnológica do país.

Capital estrangeiro não é novidade

O caso SIATT/EDGE não é o primeiro, nem o mais representativo, da presença de capital estrangeiro em empresas de defesa brasileiras. Temos exemplos bem sucedidos de investimento de capital estrangeiro e participação de grupos estrangeiros na industria nacional de defesa, como a AEL Sistemas, sediada em Porto Alegre, com participação do grupo israelense Elbit Systems desde o início dos anos 2000. Mesmo com participação estrangeira, a empresa é peça fundamental em programas estratégicos nacionais, como o caça Gripen E/F, o cargueiro KC-390 Millennium e o sistema de comunicações criptografadas Link-BR2 da Força Aérea Brasileira, mantendo desenvolvimento de soluções nacionais, e com um corpo tecnico de alto nível, investindo pesado na especialização e formação de técnicos e engenheiros brasileiros.

Outro exemplo é a ARES Aeroespacial e Defesa, também com participação da Elbit, que produz no Brasil sistemas de armas remotamente controlados, miras e sensores empregados pelo Exército e pela Marinha. A ARES não apenas fabrica em território nacional, mas desenvolve tecnologias, gera empregos, treina mão de obra local e participa de programas de nacionalização de componentes, exatamente o oposto do que se esperaria de uma empresa “desnacionalizada”.

A Helibras, instalada em Itajubá (MG), é outro caso emblemático. Hoje totalmente controlada pela Airbus Helicopters, a empresa mantém uma das mais modernas linhas de montagem de helicópteros da América Latina, responsável pela produção e manutenção de aeronaves civis e militares, inclusive os H225M das Forças Armadas. Ainda que sob controle francês, a Helibras segue sendo uma das principais fontes de transferência de tecnologia e formação técnica no país.

Em todos esses casos, o capital estrangeiro veio acompanhado de investimento, modernização e integração industrial, sem perda de controle estratégico por parte do Estado brasileiro.

O que está em jogo é investimento e expansão, não entrega de soberania

O discurso de que a entrada do grupo EDGE na SIATT representa uma “entrega” de tecnologia brasileira não se sustenta diante dos fatos. O acordo, como outros do setor, prevê compartilhamento de propriedade intelectual, produção nacional e transferência de conhecimento, sob supervisão da Marinha do Brasil e em conformidade com a legislação que rege as Empresas Estratégicas de Defesa (EED).

É importante destacar que a tecnologia do MANSUP, míssil antinavio desenvolvido pela Marinha, permanece sob controle nacional. O investimento da EDGE, 49,9% de participação, injeta capital para ampliar a capacidade industrial da SIATT, permitindo que a empresa desenvolva novos produtos, como o MANSUP-ER, de maior alcance, e outras soluções inteligentes voltadas à exportação. Trata-se, portanto, de expansão tecnológica, e não de esvaziamento.

Vale lembrar que o setor de defesa exige investimentos vultosos e de longo prazo, algo difícil de sustentar apenas com recursos públicos. Parcerias internacionais bem estruturadas permitem ao Brasil participar de cadeias globais de valor, manter empregos qualificados e incorporar tecnologias de ponta. E isso só é possível com a entrada de capital e cooperação técnica.

Salvaguardas legais e controle nacional

O Brasil não está desprotegido nesse processo. A legislação que rege a Base Industrial de Defesa, especialmente o credenciamento de Empresas de Defesa (ED) e Empresas Estratégicas de Defesa (EED), impõe critérios rígidos de controle, conteúdo nacional e propriedade intelectual. Nenhuma empresa pode receber esse status se o comando ou as decisões estratégicas estiverem fora do país.

Isso significa que, mesmo com participação estrangeira minoritária, o controle decisório e tecnológico continua em mãos brasileiras. O que o país ganha é fôlego financeiro, acesso a novos mercados e, em muitos casos, atualização de processos produtivos que exigem grande investimento.

Cooperação estratégica é o caminho

A indústria de defesa moderna não se sustenta no isolamento. Mesmo potências militares como Estados Unidos, França e Índia dependem de parcerias cruzadas e intercâmbio tecnológico. O segredo está em negociar de forma inteligente, com cláusulas claras sobre propriedade intelectual, nacionalização progressiva e exportações sob anuência do governo brasileiro.

Em vez de demonizar o capital estrangeiro, o debate deveria se concentrar em como atrair investimentos que ampliem nossa autonomia industrial e científica. É justamente o capital externo, quando aliado à expertise nacional, que permite criar empregos, ampliar capacidade produtiva e acelerar o domínio de tecnologias sensíveis.

Conclusão: o que se vê é fortalecimento, não desnacionalização

A narrativa de “desnacionalização silenciosa” ignora a história recente da Base Industrial de Defesa. Empresas com capital estrangeiro já operam há décadas no país sem que isso tenha significado perda de soberania. Ao contrário: contribuíram para a formação de engenheiros, técnicos e centros de P&D de alto nível.

O desafio, portanto, não é barrar o capital externo, mas usar a inteligência institucional do Estado brasileiro para garantir que cada parceria traga transferência real de conhecimento e crescimento industrial.

O caso SIATT/EDGE, quando analisado com base em fatos e na legislação vigente, mostra exatamente isso: investimento, ampliação de capacidade e inserção internacional, com salvaguardas que asseguram o controle nacional sobre tecnologias sensíveis.

O Brasil não está se desnacionalizando. Está aprendendo a crescer com estratégia, e a transformar investimento em soberania.


por Angelo Nicolaci


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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

AEL Sistemas apresenta soluções avançadas em comando, controle e guerra eletrônica durante a XV Conferência Naval Interamericana de TI

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A AEL Sistemas, referência nacional em tecnologia de defesa e soluções críticas de missão, marcou presença na "XV Conferência Naval Interamericana Especializada em Telecomunicações e Tecnologia da Informação (XV CNIE-T&TI)", realizada entre os dias 6 e 10 de outubro, no Rio de Janeiro. O evento, organizado pela Marinha do Brasil, reuniu autoridades de telecomunicações e tecnologia da informação das marinhas dos países-membros da Rede Naval Interamericana de Telecomunicações (RNIT), além de representantes da Junta Interamericana de Defesa (JID) e da Secretaria da RNIT.

Considerado um dos principais fóruns técnicos do continente, o encontro teve como tema central “Os Desafios da Defesa Cibernética e dos Sistemas de Comunicações Navais em Ambientes Degradados, Negados, Intermitentes e Limitados em Banda (DDIL)”, e buscou promover o intercâmbio de experiências e a definição de diretrizes conjuntas para a segurança e padronização das comunicações navais em um contexto de ameaças cibernéticas crescentes.

Durante o evento, o Diretor de Negócios da AEL Sistemas, Jorgito Stocchero, apresentou as principais soluções tecnológicas da empresa nas áreas de C4I multidomínio, guerra eletrônica e defesa antidrone, destacando como as inovações nacionais estão alinhadas aos desafios das operações navais modernas.

Link-BR2: interoperabilidade e superioridade informacional

Entre os sistemas apresentados, o Link-BR2 foi um dos destaques. Desenvolvido em parceria com a Força Aérea Brasileira, o sistema de enlace de dados seguro e criptografado nacionalmente garante interoperabilidade entre plataformas aéreas, navais e terrestres, permitindo o compartilhamento em tempo real de informações provenientes de radares, sensores eletro-ópticos e sistemas de alerta radar (RWR).

Com essa integração, as forças armadas podem operar com consciência situacional compartilhada e ciclos de decisão mais rápidos, elementos essenciais em um ambiente de combate cada vez mais conectado e saturado por sensores e sistemas baseados em inteligência artificial.

RDS e MARC: comunicações resilientes em qualquer ambiente

A AEL também apresentou sua família de rádios táticos multidomínio, com destaque para o RDS Defesa e o MARC (Mission Airborne Radio Computer).

O RDS Defesa, desenvolvido em cooperação com o Centro Tecnológico do Exército (CTEx), é um rádio nacional projetado para operações em plataformas terrestres e navais. Com suporte a múltiplas formas de onda e criptografia brasileira, o sistema garante transmissão simultânea de voz, dados e vídeo, além de alta flexibilidade operacional por meio da versão Duo Channel.

Já o MARC foi concebido para aeronaves e atua como elemento central do Link-BR2 nas plataformas aéreas. Com suporte à rede MANET de até 64 membros e múltiplas bandas de comunicação, o sistema assegura conectividade segura mesmo em ambientes degradados e intermitentes (DDIL), reforçando a robustez das comunicações conjuntas.

Guerra eletrônica e defesa contra drones

No campo da guerra eletrônica, a AEL apresentou soluções de autoproteção e defesa ativa, como o ReDrone, sistema projetado para detectar, classificar, rastrear e neutralizar drones hostis a longas distâncias. O equipamento oferece alerta antecipado e resposta rápida contra ameaças aéreas não tripuladas, elemento cada vez mais relevante em operações militares contemporâneas.

Para o ambiente marítimo, a empresa demonstrou o Aqua Marine, uma suíte modular que integra sensores de apoio eletrônico (ESM), medidas de autoproteção (SPS) e contramedidas eletrônicas (ECM). A solução oferece uma defesa escalonada e automatizada contra ameaças complexas, como mísseis além do horizonte e drones navais, elevando o nível de proteção e sobrevivência de navios e submarinos.

AEL Sistemas: tecnologia nacional com visão global

Com mais de 460 colaboradores, sendo cerca de 190 engenheiros dedicados ao desenvolvimento, a AEL Sistemas exporta mais de 50% de seu faturamento anual e mantém posição de destaque como parceira estratégica das Forças Armadas brasileiras e de nações aliadas.

Para Stocchero, a presença da empresa na XV CNIE reforça o compromisso da AEL com a integração tecnológica e o fortalecimento da interoperabilidade entre as forças navais do continente.

Participar desse fórum é uma oportunidade de dialogar diretamente com os principais decisores da área, contribuindo para o estabelecimento de padrões que definirão o futuro das comunicações navais. Nossos sistemas são projetados para garantir interoperabilidade, resiliência e superioridade tecnológica em cenários multidomínio”, destacou o executivo.

Ao consolidar sua presença na XV CNIE-T&TI, a AEL Sistemas reafirma sua liderança no desenvolvimento de tecnologias críticas e sua contribuição para a autonomia tecnológica e soberania informacional do Brasil e de seus parceiros estratégicos nas Américas.


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com AEL Sistemas

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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Exército Brasileiro realiza manobra aeromóvel integrada durante a Operação Atlas

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Em 7 de outubro, o Exército Brasileiro conduziu uma manobra de alto nível operacional no contexto da Operação Atlas, explorando a integração entre a Infantaria Aeromóvel e a Força de Helicópteros. O exercício contou com a participação de aeronaves do 4° Batalhão de Aviação do Exército (4° BAvEx) e da Força-Tarefa da Brigada de Infantaria Aeromóvel, que atuaram de forma coordenada em um cenário tático realista.

A operação teve como objetivo validar a capacidade de projeção de força e aperfeiçoar os procedimentos de infiltração e conquista de posições estratégicas, destacando a importância da sinergia entre os vetores aéreos e terrestres nas ações de combate moderno.

Infiltração estratégica e conquista de posição-chave

O exercício teve início com a atuação de militares Precursores, responsáveis pelo estabelecimento da zona de desembarque das tropas. Em seguida, helicópteros do 4° BAvEx realizaram o transporte das forças aeromóveis até a área de operação, permitindo o desembarque rápido e seguro dos combatentes.

Após o pouso, os soldados da Infantaria Aeromóvel, com o apoio de um Pelotão de Reconhecimento, avançaram em direção ao ponto estratégico determinado para conquistar e consolidar a posição. Essa primeira fase abriu o caminho para a progressão das tropas blindadas, que aproveitaram o ganho inicial para expandir o domínio territorial da força.

Em sequência, a Força de Junção realizou uma travessia de curso d’água de oportunidade, com o apoio dos meios do 4º Grupamento de Engenharia, demonstrando a capacidade de coordenação interarmas. A ação resultou na conquista rápida e eficiente do objetivo final, simulando uma operação ofensiva de alta mobilidade.

Integração que gera poder de combate

A Operação Atlas evidenciou que a integração entre helicópteros e tropas aeromóveis amplia significativamente a capacidade de deslocamento tático-estratégico e o poder de reação da Força Terrestre. A manobra mostrou ainda que a combinação entre mobilidade, apoio de engenharia e poder de fogo blindado potencializa a eficácia em combate e a versatilidade das unidades envolvidas.

De acordo com o comando do exercício, o realismo aplicado na simulação proporcionou ensinamentos valiosos às tropas e contribuiu para o aperfeiçoamento da doutrina de operações aeromóveis, um dos pilares da moderna guerra de manobra.

Compromisso com a prontidão e a modernização

Mais do que um treinamento, a manobra reafirma o caráter expedicionário e a capacidade de pronta resposta do Exército Brasileiro diante de cenários complexos e variáveis. A Operação Atlas reforça o compromisso da Força com o aperfeiçoamento contínuo de seus meios, doutrinas e integração interforças, em consonância com as diretrizes da Política e Estratégia Nacionais de Defesa.

Com essa demonstração de eficiência e coordenação, o Exército Brasileiro reafirma sua vocação para a projeção de força, mantendo-se preparado para atuar com rapidez, flexibilidade e precisão em qualquer parte do território nacional, ou onde a soberania e os interesses do país demandarem.


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com Exército Brasileiro

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Aeronaves de transporte assumem novo papel: Ucrânia transforma o Antonov An-28 em caçador de drones

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No campo de batalha contemporâneo, onde os enxames de drones e loitering munitions redefinem a supremacia aérea, a Ucrânia mais uma vez demonstra sua engenhosidade. Um Antonov An-28, aeronave leve de transporte originalmente concebida para missões logísticas, foi adaptado para interceptar drones inimigos, e os resultados surpreenderam especialistas militares.

De acordo com fontes locais, o An-28 modificado teria abatido 38 drones, 17 loitering munitions do tipo Geran (Shahed-136) e um VANT de reconhecimento, utilizando sensores, armas de pequeno calibre e sistemas de vigilância integrados. Mesmo que os números careçam de confirmação independente, o feito revela uma tendência clara: as aeronaves de transporte estão assumindo protagonismo no combate aéreo moderno, especialmente na defesa contra ameaças assimétricas.

A reinvenção da guerra aérea

O uso do An-28 como plataforma de interceptação reflete uma mudança de paradigma. Ao contrário dos caças tradicionais, que operam com alto custo e menor tempo de permanência, aeronaves turboélice de transporte oferecem autonomia prolongada, flexibilidade de sensores e custos operacionais significativamente mais baixos. Essas vantagens as tornam ideais para patrulhas longas e vigilância em áreas vulneráveis a ataques de drones.

Além disso, a capacidade de carga e a simplicidade estrutural dessas aeronaves permitem a instalação de radares compactos, sistemas eletro-ópticos, pods de guerra eletrônica e até armamentos leves, transformando plataformas de transporte em verdadeiros laboratórios voadores de defesa aérea.

Criatividade ucraniana

Enquanto a Ucrânia reinventa ferramentas e obtém resultados concretos, a Europa enfrenta dificuldades em lidar com a mesma ameaça. Dos 19 drones russos que recentemente cruzaram o espaço aéreo polonês, apenas quatro foram interceptados, mesmo com F-35 em patrulha. A diferença está menos na tecnologia e mais na adequação do meio à missão: caças de quinta geração, projetados para superioridade aérea, são armas caras e desproporcionais para lidar com drones de baixo custo e perfis lentos de voo.

A lição é clara: a guerra moderna exige respostas proporcionais, integradas e economicamente sustentáveis. A Ucrânia compreendeu isso cedo e adaptou-se com velocidade. Ao reaproveitar aeronaves e desenvolver doutrinas sob pressão, constrói um modelo de defesa em camadas que combina sensores terrestres, sistemas de guerra eletrônica e plataformas aéreas de baixo custo.

Uma nova doutrina em formação

O sucesso ucraniano com o An-28 é mais do que uma curiosidade técnica, é um prenúncio. Ele sinaliza o nascimento de uma nova geração de aeronaves de combate não convencionais, capazes de atuar entre o espaço tático e estratégico. No futuro próximo, a defesa aérea poderá depender tanto de aviões de transporte adaptados e drones interceptadores quanto de caças supersônicos.

Enquanto os drones redefinem o campo de batalha, a Ucrânia mostra que a verdadeira superioridade não está apenas na tecnologia, mas na capacidade de transformar o que se tem em poder efetivo.


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