quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Petro suspende cooperação com inteligência dos EUA após ataques a navios no Caribe e acirra tensões diplomáticas

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, determinou a suspensão imediata do compartilhamento de informações de inteligência entre as forças de segurança colombianas e as agências norte-americanas, em protesto contra os recentes ataques dos Estados Unidos a navios suspeitos de tráfico de drogas no Caribe. A decisão foi anunciada na terça-feira, 11 de novembro, e permanecerá em vigor até que Washington cesse as operações ofensivas na região.

Segundo Petro, tais ações violam o direito internacional e comprometem os direitos humanos. “A luta contra o narcotráfico deve ser subordinada aos direitos humanos dos povos da região do Caribe”, declarou o presidente colombiano.

A medida marca um ponto de inflexão nas históricas relações de segurança entre Bogotá e Washington, que, desde os anos 1990, têm cooperado intensamente no combate ao tráfico de drogas, especialmente por meio do Plano Colômbia, um dos maiores programas de assistência militar dos EUA na América Latina.

De acordo com a CNN, o Reino Unido também teria suspendido sua colaboração com os Estados Unidos nas operações de vigilância marítima, citando preocupações semelhantes. O governo britânico alega que os ataques norte-americanos a embarcações suspeitas de contrabando representam uma violação do direito internacional e podem configurar execuções extrajudiciais.

Fontes da Associated Press (AP) afirmam que, desde o início de setembro, pelo menos 15 ataques semelhantes foram realizados por forças americanas no Mar do Caribe e no leste do Oceano Pacífico, resultando em mais de 60 mortes. O episódio mais recente envolveu o lançamento de mísseis contra um navio supostamente utilizado no transporte de drogas, que deixou três mortos. Até o momento, a Casa Branca não apresentou relatórios oficiais sobre as vítimas nem esclareceu os critérios utilizados para autorizar os ataques.

A tensão aumentou após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que, em outubro, suspendeu pagamentos de cooperação à Colômbia e chegou a chamar Petro de “traficante de drogas”. Em seguida, Washington impôs sanções pessoais contra o líder colombiano, aprofundando a crise diplomática entre os dois países.

Uma ruptura simbólica e o risco da política externa colombiana

A decisão do presidente Gustavo Petro de suspender a cooperação de inteligência com os Estados Unidos marca uma inflexão significativa na política externa colombiana, historicamente alinhada a Washington e considerada um dos pilares do combate ao narcotráfico na América Latina. Pela primeira vez em décadas, Bogotá assume um tom de confronto aberto em um tema que moldou sua segurança nacional e sua relação estratégica com o Ocidente.

A postura de Petro é, sem dúvida, simbólica, mas carrega um potencial de risco elevado. Ao condenar o que chama de “militarização desumana” da guerra às drogas, o presidente tenta afirmar uma agenda ideológica voltada à soberania regional e aos direitos humanos. Contudo, o gesto, mais retórico do que pragmático, pode ter o efeito inverso: enfraquecer as capacidades operacionais da Colômbia em um momento de recrudescimento das atividades de narcotraficantes e grupos armados.

Apesar da retórica progressista, o país ainda enfrenta a presença consolidada de organizações criminosas híbridas, o narcoterrorismo, que mesclam tráfico, insurgência e corrupção institucional. Romper canais de cooperação com os EUA sem apresentar uma alternativa concreta de inteligência e tecnologia é, no mínimo, imprudente. A Colômbia, que continua a ser um dos maiores produtores de cocaína do mundo, depende de dados, monitoramento e apoio técnico norte-americano para conter cartéis que operam em redes transnacionais.

Além disso, a medida surge em um contexto de fragilidade interna. O processo de paz com o ELN e as dissidências das FARC está longe de consolidar resultados, e a economia vive sob tensão, com alta informalidade, endividamento e queda na confiança de investidores. Nesse cenário, o afastamento de Washington pode reduzir a influência colombiana em organismos multilaterais e enfraquecer seu papel como parceiro estratégico no combate regional ao crime organizado.

O gesto de Petro reflete um sentimento legítimo de frustração regional com a ineficácia do modelo antidrogas tradicional, que há décadas não conseguiu enfraquecer as redes criminosas nem oferecer alternativas sustentáveis às populações envolvidas. Contudo, a crítica sem uma proposta viável de substituição é estéril. A América Latina precisa de um combate coordenado e imparcial ao narcoterrorismo, baseado em inteligência integrada, desenvolvimento social e fortalecimento institucional, não em discursos políticos que isolam países e favorecem criminosos.

Se Petro usar o episódio apenas como instrumento ideológico, corre o risco de transformar uma reivindicação justa em uma crise diplomática autoinfligida. Se, porém, buscar uma nova agenda de cooperação internacional equilibrada, que una soberania, segurança e responsabilidade compartilhada, poderá contribuir para uma necessária reconfiguração do enfrentamento ao crime transnacional no continente.

No entanto, enquanto a Colômbia se distancia de seus aliados e a América Latina segue fragmentada, o narcoterrorismo se adapta e avança. A falta de integração regional tem permitido que cartéis controlem territórios, rotas e economias inteiras, um problema que não se resolve com slogans políticos, mas com ação coordenada, vontade política e investimento real em segurança e desenvolvimento.

Assim como na Colômbia, o contraste também é visível no Brasil: enquanto o governo do Rio de Janeiro tenta, com recursos limitados, enfrentar o poder do narcotráfico e das milícias, o governo federal segue omisso, preferindo ignorar uma guerra silenciosa que ameaça a soberania nacional e o futuro de milhões de brasileiros.


por Angelo Nicolaci


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Venezuela mobiliza forças e se prepara para guerra de guerrilha diante da presença militar dos EUA no Caribe

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A Venezuela iniciou a mobilização de armamentos e tropas em uma estratégia de “resistência prolongada” diante do aumento da presença militar dos Estados Unidos no Caribe. Segundo informações da agência Reuters, o país está preparando um plano de defesa baseado em táticas de guerrilha, reconhecendo internamente a impossibilidade de enfrentar de forma convencional as forças norte-americanas, que enviaram para a região o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior do mundo.

Fontes e documentos obtidos pela Reuters indicam que o governo de Nicolás Maduro tem distribuído equipamentos, muitos deles de fabricação russa e em estado obsoleto, enquanto orienta as unidades militares a se dispersarem e operarem em pequenas células em caso de ataque terrestre ou aéreo. A estratégia, divulgada por meio de transmissões da televisão estatal, prevê ações de sabotagem, emboscadas e o uso de milícias civis em mais de 280 localidades do país.

Apesar das declarações oficiais de Caracas sobre um “desdobramento maciço” de forças navais, aéreas e de mísseis, fontes venezuelanas ouvidas pela agência admitem que as condições das Forças Armadas são críticas. “Não duraríamos nem duas horas em uma guerra convencional”, declarou uma fonte próxima ao governo. Outra, com acesso ao setor de defesa, afirmou que “o país não está preparado para um conflito” e que há unidades militares que dependem de negociações locais com produtores de alimentos para sustentar seus soldados.

Entre os armamentos em operação, destacam-se cerca de 5.000 sistemas antiaéreos portáteis russos 9K338 Igla-S, com alcance de até 6 km e teto de serviço de 3.000 metros, além de mísseis antinavio Kh-31A e caças Su-30MK2V Flanker, recebidos entre 2006 e 2008. No entanto, a maioria dos equipamentos, incluindo tanques e helicópteros, já é considerada tecnologicamente defasada.

Maduro também afirma que cerca de oito milhões de civis estão sendo treinados para defender o país, embora estimativas internas apontem que apenas cerca de 60 mil soldados e guardas nacionais teriam condições reais de atuar em operações de guerrilha. Outros sete mil poderiam ser empregados em ações para “semear o caos” em áreas urbanas, especialmente em Caracas, onde o governo planeja criar focos de resistência e desestabilização em caso de invasão.

A presença do Grupo de Ataque do USS Gerald R. Ford, acompanhado por destróieres equipados com o sistema Aegis e aeronaves F/A-18 Super Hornet, E-2D Hawkeye e E/A-18G Growler, eleva as tensões na região a níveis não vistos desde 1989, quando os EUA invadiram o Panamá. O Comando Sul (SOUTHCOM) justifica o envio das forças como parte de uma operação para combater o narcotráfico e desmantelar organizações criminosas transnacionais.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou recentemente estar disposto a atender pedidos de apoio militar da Venezuela. Além disso, o deputado russo Alexei Zhuravlev, vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma Estatal, afirmou que Moscou tem fornecido armas a Caracas e não descartou a possibilidade de transferência do sistema de mísseis balísticos Oreshnik, com alcance intermediário e velocidade hipersônica Mach 10.

Análise geopolítica

A escalada de tensões entre Washington e Caracas representa um novo capítulo na disputa de influência no hemisfério ocidental. A movimentação de forças americanas no Caribe sinaliza uma política de contenção a regimes aliados de Moscou e Pequim na região, ao mesmo tempo em que busca enfraquecer o regime de Nicolás Maduro, que depende fortemente de apoio russo e iraniano.

Para o Brasil, que compartilha uma extensa fronteira com a Venezuela, o cenário acende alertas estratégicos. Uma eventual crise militar poderia gerar fluxos migratórios ainda maiores e instabilidade na fronteira norte, exigindo do país um reforço de presença militar na Amazônia e uma diplomacia equilibrada entre seus parceiros regionais e potências globais.

Além disso, o episódio ressalta a importância da cooperação em defesa entre os países sul-americanos e da manutenção de uma postura independente no cenário internacional, evitando que o continente volte a ser palco de disputas entre potências externas, como ocorria durante a Guerra Fria. O desfecho dessa tensão poderá redefinir os rumos da segurança hemisférica e os limites de influência dos EUA na América Latina.


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"Operação Silva Paes" - Exército Brasileiro realiza exercício de alta intensidade em Santa Catarina

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Entre os dias 31 de outubro e 5 de novembro, o Exército Brasileiro conduziu a Operação Silva Paes, um exercício tático de grande envergadura realizado no Campo de Instrução Marechal Hermes (CIMH), em Três Barras (SC). A atividade, promovida pela 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, simulou um cenário de conflito de alta intensidade, com o objetivo de elevar o nível de preparo das tropas e consolidar a coordenação entre as funções de combate.

O treinamento reuniu cerca de 900 militares e 100 viaturas, representando todas as organizações militares subordinadas à 14ª Brigada. A operação começou com o planejamento detalhado das ações, incluindo o exame de situação e a emissão de ordens, reforçando o comando e controle entre as unidades de Infantaria, Engenharia, Logística e Artilharia. Essa integração foi fundamental para o fortalecimento da coesão e da eficiência no emprego da tropa.

A fase de execução destacou-se pela preparação e ocupação de posições defensivas, nas quais a Brigada demonstrou sua capacidade de consolidar terreno e manter o controle operacional. Foram instaladas estruturas essenciais, como núcleos de defesa e postos de comando, que garantiram a direção e o monitoramento das ações em campo.

A Engenharia desempenhou papel decisivo, construindo obstáculos e obras defensivas destinadas a dificultar o avanço inimigo e canalizar suas forças para áreas de engajamento favoráveis às tropas brasileiras. Esse esforço de contra-mobilidade, combinado ao apoio de fogo coordenado, reforçou a capacidade defensiva da Brigada e a integração das funções de combate.

O apoio logístico também foi um elemento essencial da operação. A manobra logística foi minuciosamente planejada para assegurar o fluxo contínuo de suprimentos, a manutenção das tropas em combate e a evacuação de feridos. O realismo da simulação incluiu até mesmo a coordenação de um corredor de evacuação com elementos de assuntos civis, destacando a preparação das tropas para atuar em cenários complexos e de guerra híbrida.

A fase final da Operação Silva Paes foi marcada por uma defesa coordenada e de alta complexidade, com o emprego simultâneo das frações de manobra e o apoio de fogo da Artilharia. A sincronização entre os disparos das armas coletivas e os fogos indiretos de artilharia foi determinante para desarticular o avanço inimigo, assegurando a superioridade no terreno e o cumprimento dos objetivos estratégicos.

O exercício encerrou o Período Avançado de Adestramento da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, simbolizando o ponto culminante do ano de instrução da unidade. As atividades foram acompanhadas pelo Comandante da 5ª Divisão de Exército, General de Divisão Ricardo José Nigri, e pelo Comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, General de Brigada Reinaldo Sótão Calderaro.

A Operação Silva Paes reafirma o compromisso do Exército Brasileiro com o aperfeiçoamento contínuo de suas tropas, aprimorando sua prontidão para atuar em situações de conflito moderno, em um contexto estratégico que exige capacidade de resposta rápida, integração entre as forças e elevado nível de profissionalismo.


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com Exército Brasileiro

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ARAMUSS-2025 – Marinha do Brasil realiza evento inédito e projeta o país na vanguarda da tecnologia naval mundial

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A Base Naval de Aratu, em Salvador, se tornou o epicentro da inovação marítima e tecnológica brasileira ao sediar, até esta sexta-feira (14), a primeira edição do ARAMUSS-2025 (Aratu Maritime Unmanned Systems Simulation). O evento pioneiro da Marinha do Brasil (MB), promovido pelo Comando do 2º Distrito Naval, reúne autoridades, especialistas e representantes da indústria e da academia para testar, em condições reais, tecnologias não tripuladas aplicadas ao ambiente marinho, aéreo e subaquático, com foco em inteligência artificial, robótica e contramedidas de minagem.

Para o Comandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante Gustavo Calero Garriga Pires, o evento marca uma virada na história da atuação naval brasileira. “Muitos de nós ainda acham que isso é ficção, mas trata-se da nossa nova realidade. É um marco na transformação da atuação naval brasileira”, afirmou o oficial durante a abertura do ARAMUSS, destacando que a iniciativa coloca o Brasil na rota global de inovação em defesa e operações marítimas.

O evento foi aberto ao público, promovendo a integração entre as Forças Armadas e a sociedade civil. Entre os visitantes, estava a estudante de Relações Internacionais Jennifer Aryane Dantas, de 19 anos, que destacou o caráter inovador do encontro. “Como alguém interessada em geopolítica, logística e tecnologia, decidi vir para conhecer de perto essas inovações. Está sendo uma experiência incrível”, disse. A professora Yohana Costa Freire, de 35 anos, levou o filho de oito anos para despertar o interesse pela ciência. “É essencial que as crianças aprendam desde cedo que a tecnologia move o mundo”, comentou.

O ARAMUSS-2025 reúne 24 expositores, nove universidades e representantes de cinco países, Chile, França, Peru, Estados Unidos e Portugal, além de participantes de 18 estados brasileiros. Entre os nomes de destaque estão empresas como Emgepron, Tidewise, Kongsberg, Exail, Grupo Edge, Fugro Brazil, BRS Robótica e Xmobots, que apresentam soluções em sensores, veículos autônomos e sistemas de monitoramento.

A participação das universidades é um dos pilares do evento. A Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e o Instituto Federal Baiano (IF Baiano) levaram projetos e pesquisas em desenvolvimento. Para o coordenador do Grupo de Pesquisa de Geografia Marinha da Bahia, José Rodrigues de Souza Filho, a iniciativa é um salto para o futuro. “Esses sistemas não tripulados vão impulsionar pesquisas e gerar novas oportunidades de negócios e empregos. É um avanço que impacta diretamente na formação dos nossos alunos”, afirmou.

Entre os projetos em exposição, chamaram atenção três protótipos desenvolvidos por 15 estudantes do Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação Mãe Stella (CEEINFOR), do bairro do Cabula, em Salvador. Produzidos com peças de Lego, os modelos incluem um submarino com câmera para observação de mangues, um carro para recolhimento de lixo na areia e um barco para limpeza da superfície do mar, exemplos do potencial educativo e ambiental da robótica.

A programação do ARAMUSS-2025 se estendeu durante toda a semana. O primeiro dia foi dedicado à recepção das delegações; o segundo contou com exposições, demonstrações e palestras abertas ao público. Nos dias 12 e 13, foram realizadas simulações embarcadas exclusivas para expositores e convidados, com testes operacionais a bordo de navios da Marinha. O evento encerra com uma mesa-redonda sobre resultados e perspectivas futuras.

Logo após o encerramento, a Marinha dará início à MINEX-25, o tradicional exercício de Guerra de Minas, que utilizará parte das tecnologias apresentadas durante o ARAMUSS, consolidando a integração entre pesquisa e aplicação operacional.

A escolha de Salvador como sede reforça a vocação marítima e a importância estratégica da Bahia para a defesa nacional. Situada na Baía de Todos-os-Santos, a Base Naval de Aratu oferece condições ideais para simulações em ambiente real. “Realizar este evento em Salvador é unir inovação e história. A Bahia tem vocação marítima e, agora, se torna referência em tecnologia de defesa”, ressaltou o Vice-Almirante Garriga Pires.

O evento conta com apoio da Prefeitura de Salvador, do Governo do Estado da Bahia, da Codeba, da Praticagem de Salvador, da Associação Náutica da Bahia, da Submariner e da Soamar. Entre as autoridades presentes, estiveram o Vice-Governador da Bahia, Geraldo Júnior, e a Vice-Prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, que destacou o orgulho da cidade em sediar o evento. “É muito bom ver tecnologias sendo aplicadas em prol da defesa e do futuro do país. Marinha, contem com Salvador, que Salvador conta com vocês”, declarou.

Inspirada na experiência portuguesa “REPMUS”, referência internacional na área, a ARAMUSS-2025 contou com a presença do Capitão de Fragata Marco Paulo Pinto Guimarães, Diretor da Célula de Inovação e Experimentação de Sistemas Não Tripulados da Marinha Portuguesa. “É um privilégio compartilhar nossa experiência e fortalecer esse intercâmbio entre as Marinhas de Portugal e do Brasil. Somos unidos por este oceano e pelo mesmo espírito de inovação”, afirmou.

Mais do que uma mostra tecnológica, o ARAMUSS-2025 consolida o compromisso da Marinha do Brasil com a inovação, a sustentabilidade e o avanço científico. Ao apostar na integração entre tecnologia, defesa e meio ambiente, a Força Naval reforça sua atuação na proteção da Amazônia Azul, o vasto território marítimo que concentra grande parte das riquezas naturais do país, e posiciona o Brasil entre os protagonistas globais na utilização de sistemas não tripulados e soluções autônomas no domínio marítimo.


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com Marinha do Brasil

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Porta-aviões USS Gerald R. Ford é destacado para o Comando Sul dos EUA em operação contra o narcotráfico

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O Grupo de Ataque do Porta-Aviões USS Gerald R. Ford, liderado pelo maior porta-aviões do mundo, entrou na área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos (USSOUTHCOM AOR) em 11 de novembro. O destacamento segue uma ordem do Secretário de Guerra, Pete Hegseth, para apoiar a diretiva do Presidente americano de desmantelar organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo em defesa da segurança nacional.

O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, afirmou que o aumento da presença militar dos EUA na área de responsabilidade do Comando Sul “fortalecerá a capacidade americana de detectar, monitorar e interromper agentes e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território dos Estados Unidos e nossa segurança no Hemisfério Ocidental”. Segundo ele, as forças destacadas “ampliarão as capacidades existentes para interromper o tráfico de narcóticos e enfraquecer redes criminosas transnacionais”.

Com capacidade para mais de 4.000 tripulantes e dezenas de aeronaves táticas, o USS Gerald R. Ford oferece aos comandantes de combate dos EUA meios para conduzir operações sustentadas no mar. Primeiro porta-aviões de sua classe, ele pode lançar e recuperar aeronaves de asa fixa 24 horas por dia, em apoio direto a tarefas operacionais.

O grupo de ataque se junta a outras forças conjuntas já estacionadas na região, incluindo o Grupo Anfíbio de Prontidão do USS Iwo Jima e sua Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais. Essas forças operam sob uma Força-Tarefa Conjunta criada para desmantelar redes criminosas que exploram fronteiras compartilhadas e rotas marítimas da América Latina e do Caribe.

“Por meio de um compromisso inabalável e do uso preciso de nossas forças, estamos prontos para combater as ameaças transnacionais que buscam desestabilizar nossa região”, declarou o Almirante Alvin Holsey, Comandante do Comando Sul (SOUTHCOM). “O destacamento do Grupo de Ataque do Porta-Aviões USS Gerald R. Ford representa um passo crucial para reforçar nossa determinação em proteger a segurança do Hemisfério Ocidental e do território americano.”

O grupo de ataque inclui nove esquadrões embarcados da Ala Aérea Embarcada Oito (CVW-8) e vários destróieres de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, USS Bainbridge (DDG 96), USS Mahan (DDG 72) e USS Winston S. Churchill (DDG 81). Essas embarcações oferecem capacidades de guerra antiaérea, antissubmarino e antisuperfície, integradas pelo Sistema de Combate Aegis e lançadores verticais de mísseis.

Os esquadrões embarcados incluem aeronaves F/A-18E/F Super Hornet, E/A-18G Growler, E-2D Advanced Hawkeye, MH-60S e MH-60R Seahawk e C-2A Greyhound.

A área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA (USSOUTHCOM) abrange 31 países e 12 dependências e territórios na América Latina, no Caribe e águas adjacentes, representando cerca de um sexto da massa terrestre supervisionada por comandos regionais unificados.

Análise geopolítica: impacto e implicações para o Brasil e a região

A movimentação do Grupo de Ataque do USS Gerald R. Ford para a área do SOUTHCOM é mais do que uma operação de combate ao narcotráfico, trata-se de um gesto estratégico que reafirma a presença e a influência dos Estados Unidos na América Latina. Ao deslocar seu mais avançado grupo de ataque para a região, Washington envia uma mensagem clara sobre seu interesse em manter estabilidade e influência em um espaço que historicamente considera parte de sua esfera de segurança.

Do ponto de vista geopolítico, o gesto também pode ser interpretado como uma resposta indireta à crescente presença de outros atores, como China, Rússia e Irã, que vêm ampliando suas relações econômicas e militares com países latino-americanos. Nesse contexto, o reforço das operações marítimas norte-americanas busca não apenas combater o tráfico de drogas, mas também reafirmar a supremacia dos EUA sobre rotas estratégicas e zonas de influência marítima no Atlântico Sul e no Caribe.

Para o Brasil, maior potência regional e país de destaque na América do Sul, essa movimentação tem duplo impacto. Por um lado, reforça a importância da cooperação em segurança marítima e no combate a ilícitos transnacionais, áreas nas quais a Marinha do Brasil tem buscado ampliar sua atuação, o é um ponto para destacar a necessidade de fortalecimento da Esquadra brasileira e da capacidade de vigilância da Amazônia Azul. Por outro, acende um alerta sobre o aumento da militarização regional e o risco de tensões decorrentes da presença ampliada de forças externas em águas próximas.

A atuação norte-americana na área do SOUTHCOM, com meios de grande projeção de poder como o USS Gerald R. Ford, demonstra que a América Latina, e especialmente o Atlântico Sul, voltam a ocupar um papel relevante na estratégia global dos Estados Unidos. Nesse cenário, o Brasil terá de equilibrar sua política externa soberana com a necessidade de preservar a estabilidade regional e sua própria capacidade de defesa, sem abrir mão do protagonismo diplomático que historicamente o caracteriza.


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Militares brasileiros concluem preparação na Espanha para missão de paz no Líbano

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No dia 6 de novembro, foi concluída a preparação do 23º Contingente Brasileiro que integrará a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). O treinamento do grupo, denominado Brigada Líbano XLIV, foi realizado em Madri, na Espanha, em parceria com o Exército de Terra espanhol, dentro da estrutura da Brigada Guadarrama XII, unidade que será desdobrada para a área de operações no Oriente Médio.

O contingente brasileiro é composto por quatro oficiais, dois subtenentes e um sargento, todos do Exército Brasileiro. Durante o período de preparação, os militares participaram de uma série de atividades voltadas à integração e nivelamento com as tropas espanholas, incluindo treinamentos físicos, instruções práticas e exercícios de tiro com armamento espanhol.

Uma das etapas mais importantes foi a simulação construtiva da “Operação CEDRO”, na qual os militares brasileiros atuaram junto ao Estado-Maior da Brigada Espanhola. Nessa fase, a tropa é avaliada e certificada a partir da resolução de problemas táticos simulados, que refletem possíveis situações reais no teatro de operações do Líbano. Essa imersão permitiu consolidar a interoperabilidade entre os dois exércitos e preparar o contingente para os desafios da missão sob a égide das Nações Unidas.

Cerimônia de despedida e entrega da boina azul

O encerramento do adestramento foi marcado pela tradicional cerimônia militar denominada “Ato de Despedida”, que simboliza a conclusão do preparo e o início da nova fase da missão. Durante o evento, os militares receberam a boina azul, símbolo do soldado da paz, em um momento de emoção e reconhecimento. O Comandante da Brigada Espanhola dirigiu-se à tropa e aos familiares, destacando a importância do comprometimento e da responsabilidade dos militares que em breve atuarão no Líbano.

Missão de paz e o papel do Brasil

A UNIFIL (United Nations Interim Force in Lebanon) foi estabelecida pela Resolução nº 1701 do Conselho de Segurança da ONU, em 11 de agosto de 2006, com o objetivo de promover a estabilidade e a segurança no sul do Líbano, apoiando o governo local e monitorando o cessar-fogo entre as partes envolvidas no conflito.

O Exército Brasileiro participa da missão desde 2014, contribuindo com oficiais e praças em áreas essenciais como operações, logística, inteligência, comando e controle e assuntos civis. Essa presença reforça a imagem do Brasil como um país comprometido com os princípios de paz e cooperação internacional, projetando sua capacidade e credibilidade no cenário global.

Com a conclusão do treinamento em solo espanhol, os integrantes da Brigada Líbano XLIV seguem agora para o desdobramento no Líbano, onde representarão o Brasil em mais uma importante missão de paz das Nações Unidas, levando consigo o profissionalismo, a disciplina e o espírito humanitário que marcam a atuação das Forças Armadas brasileiras no exterior.


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Exército Brasileiro reforça apoio humanitário no Paraná após eventos climáticos

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Desde o dia 8 de novembro, militares da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada estão mobilizados em uma operação de apoio às ações da Defesa Civil no município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná. A iniciativa reforça o compromisso do Exército Brasileiro com a sociedade, prestando suporte logístico e humanitário em momentos de crise e demonstrando a prontidão da Força Terrestre em responder rapidamente a situações de emergência.

As ações da 15ª Brigada, conhecida como Brigada Guarani, ocorrem de forma simultânea em Cascavel, Guarapuava e Francisco Beltrão, com o emprego de tropas do 33° Batalhão de Infantaria Mecanizado, do 26º Grupo de Artilharia de Campanha e do 16º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada. O efetivo atua diretamente na triagem, organização e transporte de donativos, garantindo que os materiais arrecadados cheguem ao ponto de distribuição em Laranjeiras do Sul, cidade próxima a Rio Bonito do Iguaçu.

Logística eficiente em apoio à população

Para assegurar a eficiência das ações, o Exército emprega viaturas de transporte de carga de 5 toneladas e equipes especializadas em logística. O foco está na recepção, separação e entrega de itens essenciais às famílias atingidas pelos recentes eventos climáticos na região, incluindo alimentos, roupas e materiais de higiene.

O Comandante da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, General de Brigada Gustavo Henrique Araujo Pereira Machado, destacou a importância da pronta resposta da tropa:

“A 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada está empregando seus meios e pessoal em apoio às ações da Defesa Civil para o município de Rio Bonito do Iguaçu/PR, demonstrando sua prontidão e compromisso com a sociedade. A pronta resposta do Exército Brasileiro reforça a capacidade operacional e o comprometimento de seus integrantes em servir à população brasileira nos momentos de necessidade.”

Exército e sociedade: uma parceria constante

A atuação da Brigada Guarani evidencia o papel fundamental do Exército Brasileiro como força de integração nacional, sempre presente nas situações que exigem solidariedade, disciplina e capacidade de organização. Mais do que uma ação emergencial, a operação representa o compromisso permanente da Força Terrestre com o bem-estar da população e com a preservação da paz social.

Com meios, pessoal e experiência, a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada segue em condições de pronto emprego, pronta para atuar em cooperação com órgãos públicos sempre que houver necessidade, reafirmando, na prática, o lema que guia seus integrantes: “Braço Forte, Mão Amiga.”


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Embraer amplia portfólio do A-29 Super Tucano com nova capacidade de combate a drones

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A Embraer anunciou a expansão do portfólio de missões do consagrado A-29 Super Tucano, que agora incorpora a capacidade de combate a sistemas aéreos não tripulados (SANTs), um avanço que responde diretamente às demandas da guerra moderna e à crescente ameaça representada por drones em diversos cenários de conflito.

A atualização inclui novos sensores e integração de datalinks específicos para recebimento de coordenadas e direcionamento de alvos, além de um sensor eletro-óptico/infravermelho (EO/IR) capaz de rastrear e designar alvos a laser. Somam-se a esses recursos os foguetes guiados por laser e as metralhadoras calibre .50 embutidas nas asas, compondo um conjunto de ferramentas de alta precisão para neutralização de drones hostis.

O novo Conceito Operacional (CONOPS), desenvolvido pela Embraer, permitirá que operadores atuais e futuros do A-29 incorporem a missão de combate a drones em seus perfis operacionais de forma eficaz e acessível, sem comprometer a versatilidade que tornou a aeronave uma referência mundial.

Continuamos a expandir as capacidades do A-29 para cumprir com as missões mais recentes enfrentadas por muitas nações ao redor do mundo”, destacou Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “Os desafios contínuos na guerra moderna e os conflitos recentes demonstraram a necessidade urgente de soluções eficazes contra sistemas aéreos não tripulados. O A-29 é a ferramenta ideal para enfrentar essa ameaça de maneira eficiente e econômica, reforçando seu papel como uma plataforma multimissão consolidada.”

Reconhecido por sua robustez, confiabilidade e baixo custo operacional, o A-29 Super Tucano soma mais de 600 mil horas de voo em operações por 22 forças aéreas ao redor do mundo. Projetado para atuar em ambientes austeros, inclusive em pistas não pavimentadas, o turboélice brasileiro realiza uma ampla gama de missões, entre elas apoio aéreo aproximado, patrulha e interdição aérea, vigilância de fronteiras, reconhecimento armado e treinamento avançado de pilotos e controladores de ataque conjunto.

Equipada com aviônicos de última geração, sistemas de armas precisos e interface homem-máquina avançada, a aeronave mantém uma estrutura robusta com baixos requisitos de manutenção e alta disponibilidade operacional. Essas características consolidam o A-29 como uma das soluções mais completas e de melhor custo-benefício na aviação militar contemporânea.

Com a nova capacidade antidrone, o Super Tucano reforça sua posição como símbolo de inovação da indústria aeroespacial brasileira, combinando tecnologia de ponta, adaptabilidade e eficiência para atender às necessidades emergentes da defesa global.


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Sudão enfrenta grave crise humanitária e aumento de ataques contra cristãos em meio à guerra civil

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O Sudão vive uma das piores crises humanitárias do mundo contemporâneo. Desde abril de 2023, quando estourou o conflito entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e as Forças de Apoio Rápido (RSF), o país mergulhou em uma espiral de violência que já deixou dezenas de milhares de mortos e mais de 12 milhões de deslocados internos e refugiados, segundo estimativas das Nações Unidas.

Entre as vítimas, comunidades cristãs têm sido especialmente atingidas. Representando pouco mais de 5% da população, os cristãos sudaneses enfrentam uma escalada de perseguição e destruição de locais de culto. Organizações internacionais de direitos humanos, como a Christian Solidarity Worldwide (CSW) e a Open Doors, denunciam que mais de 150 igrejas foram atacadas, saqueadas ou obrigadas a fechar desde o início da guerra.

Relatos recentes dão conta de episódios de extrema violência. Em dezembro de 2024, militantes da RSF invadiram uma igreja da Sudanese Church of Christ na cidade de Al Hasaheisa, no estado de Al Jazira, durante um culto que reunia 177 fiéis. Ao menos 14 pessoas ficaram feridas, e os agressores ameaçaram “matar todos os cristãos” da região. Já em junho de 2025, ataques em El Fasher, capital de Darfur do Norte, resultaram em pelo menos cinco mortos após o bombardeio de três igrejas.

De acordo com o relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF), há evidências de uma “campanha sistemática de intimidação” contra cristãos e líderes religiosos, especialmente em áreas controladas por milícias. Testemunhos recolhidos por agências de ajuda humanitária apontam para sequestros, espancamentos e execuções sumárias de fiéis que se recusam a abandonar suas comunidades de culto.

Imagens de satélite e vídeos compartilhados por organizações humanitárias e moradores locais mostram o que parecem ser covas comuns e enterros em massa em regiões de Darfur e nos arredores de Cartum. Embora ainda não haja confirmação oficial ou verificação independente dessas cenas, os registros circulam amplamente entre agências internacionais e redes sociais, provocando preocupação e indignação. Especialistas alertam que, se confirmadas, essas imagens podem indicar graves violações de direitos humanos e até crimes de guerra em curso no país.

Enquanto isso, o número total de mortos na guerra ultrapassa 20 mil, segundo estimativas da Agência de Asilo da União Europeia (EUAA). A ONU alerta que as cifras reais podem ser muito maiores, já que o acesso a regiões em combate é severamente limitado. Fome, colapso sanitário e deslocamentos forçados agravam o cenário, configurando uma catástrofe humanitária de grandes proporções.

A Anistia Internacional reforça que a guerra no Sudão não é apenas uma disputa pelo poder político, mas também está assumindo contornos étnicos e religiosos perigosos. “O ódio religioso está sendo instrumentalizado por facções armadas para justificar atrocidades”, afirma a entidade, alertando que a impunidade e o silêncio internacional favorecem a continuidade dos abusos.

Organizações cristãs pedem atenção da comunidade internacional e o envio urgente de ajuda humanitária para as regiões mais afetadas. O Papa Francisco, em pronunciamento recente, pediu orações e medidas concretas em defesa dos civis sudaneses. “O mundo não pode permanecer indiferente diante do sofrimento do povo do Sudão”, declarou o pontífice.

A situação do país exige resposta rápida e firme. O silêncio pode custar milhares de vidas. A escalada de ataques contra comunidades religiosas é um alerta: sem pressão internacional, sem corredores humanitários e sem responsabilização dos responsáveis, o Sudão pode caminhar para um genocídio silencioso, e o mundo, mais uma vez, terá falhado em agir a tempo.


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Marinha do Brasil condecora representante da BAE Systems com a Medalha “Amigo da Marinha”

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A Marinha do Brasil concedeu ao Dr. Felipe Medeiros, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da BAE Systems Brasil, a Medalha “Amigo da Marinha” durante cerimônia realizada no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (10). A honraria reconhece as contribuições de Medeiros e da BAE Systems em apoio às iniciativas da Marinha do Brasil e do Corpo de Fuzileiros Navais.

“É uma honra receber esta medalha e meus agradecimentos vão à Marinha e ao Almirante Arruda, que me fez a imposição. No entanto, este não é um reconhecimento individual, ele é um reflexo do excelente trabalho realizado pelos colaboradores da BAE Systems no Brasil, no Reino Unido, nos Estados Unidos, na Suécia e em outros países, apoiando à Marinha e aos Fuzileiros Navais do Brasil”, destacou o Dr. Medeiros.

A relação entre a BAE Systems e o Brasil remonta a mais de um século, consolidando-se em parcerias tecnológicas e projetos estratégicos que visam o fortalecimento das capacidades nacionais de defesa. A empresa reafirma seu compromisso em oferecer soluções competitivas e sustentáveis, alinhadas às necessidades presentes e futuras das Forças Armadas brasileiras.

A homenagem a Felipe Medeiros sucede o reconhecimento concedido em setembro de 2023 a Marco Caffé, diretor-geral da BAE Systems Brasil, que recebeu a Medalha Mérito Aeronáutico do Exército e o Distintivo Prata, reforçando a trajetória de cooperação entre a companhia e as instituições militares do país.

Nosso compromisso com o Brasil é contribuir para atender às demandas futuras do país, com o objetivo comum de ampliar a geração de projetos, emprego e desenvolvimento tecnológico local”, afirmou John Stocker, diretor regional da BAE Systems para as Américas. “Marco e Felipe têm atuado com excelência em prol de nossos clientes no Brasil, em parceria com nossas equipes ao redor do mundo. Ver seus esforços reconhecidos diretamente pela Marinha é uma grande satisfação e comprova a qualidade dos serviços prestados. A BAE Systems tem orgulho de continuar contribuindo para a proteção, a parceria e a prosperidade do Brasil.”

Com presença global em mais de 40 países e uma força de trabalho de cerca de 110 mil profissionais, a BAE Systems é uma das principais empresas de defesa, aeroespacial e segurança do mundo. No Brasil, a empresa mantém seu compromisso de longo prazo com a inovação, o desenvolvimento tecnológico e o fortalecimento da base industrial de defesa nacional.


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com And,All

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terça-feira, 11 de novembro de 2025

Tragédia com C-130 turco deixa 20 mortos na Geórgia

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Uma tragédia abalou as Forças Armadas da Türkiye nesta terça-feira (11), após a queda de uma aeronave de transporte militar C-130 da Força Aérea Turca na região de Kakheti, no leste da Geórgia, próximo à fronteira com o Azerbaijão. Segundo informações confirmadas pelo Ministério da Defesa turco, todos os 20 militares a bordo, incluindo a tripulação, morreram no acidente. A aeronave havia decolado do aeroporto internacional de Ganja, no Azerbaijão, com destino à Türkiye, quando desapareceu dos radares poucos minutos após o início do voo.

Imagens que circularam nas redes sociais mostram o avião em espiral, emitindo um rastro de fumaça branca antes do impacto, o que sugere possível ruptura estrutural em voo. As autoridades turcas e georgianas iniciaram uma operação conjunta de busca e investigação, e peritos trabalham para determinar as causas do acidente. O presidente Recep Tayyip Erdoğan manifestou pesar e prestou condolências às famílias das vítimas, classificando os tripulantes como “mártires da nação”.

O C-130 é amplamente reconhecido por sua versatilidade e robustez, características que fizeram do modelo um dos mais bem-sucedidos aviões de transporte militar do mundo. Capaz de operar em pistas curtas e não preparadas, o avião é utilizado tanto em missões de combate e reabastecimento quanto em ações humanitárias e logísticas, sendo considerado um verdadeiro “cavalo de batalha” da aviação militar.

Segundo informações oficiais, as Forças Armadas da Türkiye contam atualmente com uma frota de cerca de 20 aeronaves C-130. O modelo possui capacidade para transportar até 7.000 quilos de carga ou aproximadamente 60 militares totalmente equipados, podendo ser configurado para evacuação médica, lançamento de paraquedistas, transporte de veículos leves e apoio a operações em zonas de difícil acesso.

A aeronave acidentada fazia parte desse contingente estratégico da Força Aérea Turca, responsável por missões de grande relevância nacional e internacional. Produzido pela fabricante norte-americana Lockheed Martin, o C-130 tem um histórico de confiabilidade e está em operação em dezenas de países, participando de praticamente todos os grandes conflitos e operações humanitárias das últimas décadas.

O episódio abala profundamente a comunidade militar turca, que tem no C-130 uma peça vital de sua estrutura de transporte e resposta rápida. A aeronave é parte integrante da capacidade de projeção de força da Türkiye e desempenha papel relevante tanto no apoio interno quanto em missões internacionais sob coordenação da OTAN ou em operações humanitárias no Oriente Médio, Ásia Central e África.

Em meio às reflexões sobre a idade e as limitações operacionais da frota turca de C-130, especialistas voltam a apontar a necessidade de renovação gradual desses meios. Nesse contexto, o KC-390 Millennium, desenvolvido pela brasileira Embraer, surge como uma alternativa moderna e eficiente. Com maior capacidade de carga, desempenho superior e sistemas de última geração, o jato militar brasileiro vem sendo adotado por forças aéreas de países da OTAN, como Portugal e Hungria, o que reforça sua credibilidade como uma opção viável também para a Türkiye em um futuro processo de modernização.

Neste momento de dor, a equipe do GBN Defense expressa solidariedade às famílias das vítimas e ao povo turco.


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Brasil fortalece regulação nuclear com acordo entre Marinha e ANSN

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Parceria inédita estabelece cooperação técnica e harmonização regulatória entre os órgãos de segurança nuclear naval e terrestre.

Em um marco importante para o fortalecimento da governança nuclear brasileira, a Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ), vinculada à Marinha do Brasil, e a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), ligada ao Ministério de Minas e Energia, firmaram nesta segunda-feira (10) o primeiro Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre as duas instituições.

O acordo tem como objetivo aprimorar a regulação do setor nuclear no país por meio do intercâmbio de informações, experiências e boas práticas, promovendo maior integração entre a regulação nuclear naval, voltada aos contextos marítimos e fluviais, e a regulação nuclear terrestre.

Segundo o Almirante de Esquadra (RM1) Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, Secretário Naval de Segurança Nuclear e Qualidade, a iniciativa representa “um marco decisivo para a cooperação entre os dois órgãos reguladores da área nuclear do País”. Ele destacou que, apesar das independências funcionais de cada instituição, a união de esforços “permitirá o fortalecimento do sistema regulatório nacional e o aprimoramento da cultura de segurança nuclear brasileira”.

O ACT estabelece cinco metas prioritárias para a cooperação:

1. Aprimoramento de normatização e regulação, com a realização de eventos conjuntos, workshops e produção de documentos técnicos;

2. Definição de interfaces regulatórias, para padronizar e esclarecer áreas de atuação entre as instituições;

3. Capacitação de recursos humanos, por meio de programas de formação e aperfeiçoamento técnico;

4. Convergência de ações em situações de emergência radiológica e nuclear, garantindo respostas mais coordenadas; e

5. Apoio técnico e computacional mútuo em avaliações de segurança, inspeções e salvaguardas.

Para o Diretor-Presidente da ANSN, Dr. Alessandro Facure, o acordo simboliza um avanço expressivo na consolidação de um sistema nacional de segurança nuclear “robusto e coerente”. Ele ressaltou que a interlocução entre a ANSN e a SecNSNQ é essencial para evitar sobreposições de competências e ampliar a eficiência regulatória.

Este acordo simboliza a maturidade e a responsabilidade com que o Brasil trata o tema nuclear, em consonância com os mais elevados padrões internacionais”, afirmou Facure.

Com vigência inicial de cinco anos, o Acordo de Cooperação Técnica prevê a possibilidade de prorrogação e a elaboração de relatórios conjuntos de resultados, reforçando o compromisso com a transparência, eficiência e segurança nas atividades nucleares do país.

A parceria entre a Marinha do Brasil e a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear representa, portanto, um passo decisivo na construção de um ambiente regulatório moderno, integrado e alinhado às melhores práticas internacionais, um sinal claro do comprometimento do Brasil com o uso seguro e responsável da energia nuclear.


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com Marinha do Brasil

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Rússia diz ter impedido plano da Ucrânia e Reino Unido para roubar caça MiG-31 com míssil hipersônico Kinzhal

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O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) afirmou ter frustrado um plano de espionagem envolvendo agentes ucranianos e britânicos que tentavam aliciar pilotos russos para roubar um caça MiG-31 armado com um míssil hipersônico Kinzhal. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11) pela agência estatal russa RIA.

De acordo com o FSB, os agentes ofereceram US$ 3 milhões e cidadania estrangeira a pilotos russos em troca da entrega da aeronave, que seria levada em direção a uma base aérea da OTAN em Constanta, na Romênia. Segundo o órgão, o plano previa que o caça fosse abatido pelas defesas aéreas da aliança, criando uma “provocação em larga escala”.

As medidas tomadas frustraram os planos dos serviços de inteligência ucranianos e britânicos para uma provocação em larga escala”, informou o FSB em comunicado reproduzido pela RIA.

A emissora estatal russa exibiu gravações e mensagens atribuídas a um homem que, segundo o FSB, trabalhava para os serviços de inteligência da Ucrânia e do Reino Unido. Ele teria oferecido o pagamento milionário e garantias de asilo político a um piloto russo em troca do roubo do MiG-31.

O FSB não divulgou o número de militares contatados nem detalhes sobre prisões relacionadas ao caso.

O MiG-31 Foxhound é um interceptador supersônico de longo alcance capaz de transportar o míssil hipersônico Kinzhal, uma das armas mais avançadas do arsenal russo. O Kinzhal pode atingir velocidades superiores a Mach 10 e tem sido utilizado em ataques contra alvos na Ucrânia.

A agência Reuters, que também repercutiu o comunicado, informou não ter conseguido verificar de forma independente as alegações feitas pelo governo russo.

Dessa vez, ao que tudo indica, a operação "estilo James Bond" terminou antes mesmo da decolagem.


por Angelo Nicolaci


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com Reuters


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T-155 TTA Panther: Türkiye põe em serviço seu primeiro obuseiro autopropulsado sobre rodas e inicia produção em série

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As Forças Terrestres da Türkiye incorporaram oficialmente o primeiro exemplar do T-155 TTA Panther, obuseiro autopropulsado sobre rodas de 155 mm, após a conclusão da fase de qualificação e aceitação. O evento marca a transição do projeto do estágio experimental para a produção em série do primeiro sistema de artilharia sobre rodas totalmente desenvolvido no país.

Origem e cronologia do programa

O desenvolvimento do T-155 TTA Panther foi formalizado em 2020, com um contrato entre a Direção Geral de Fábricas Militares (AFGM) e a estatal Military Factory and Shipyard Operation Inc. (ASFAT). ASFAT coordenou o programa em parceria com assubcontratadas Aselsan, BMC e MKE, agrupando capacidades nacionais em propulsão, eletrônica, comunicações e balística. A construção do protótipo começou em novembro de 2021 e foi concluída no final de 2022; os primeiros disparos reais ocorreram em dezembro daquele ano. Durante a fase de qualificação, que se estendeu por três anos, o veículo percorreu mais de 20.000 km e realizou cerca de 350 disparos sob condições diversas, incluindo ensaios climáticos.

Concepção e mobilidade

O T-155 TTA Panther integra a peça de artilharia do obuseiro rebocado T-155 Panther sobre um chassi blindado 8×8 fornecido pela BMC. O sistema é movido por um motor de 600 hp acoplado a transmissão automática, com massa em combate entre 32.000 e 38.000 kg dependendo da configuração. A combinação rodas/8×8 privilegia mobilidade estratégica e operacional em estradas e terrenos menos permissivos, reduzindo tempos de deslocamento e o desgaste logístico em comparação com soluções totalmente rastreadas. A tripulação varia de três a cinco militares, conforme a organização interna e os modos de operação adotados.

Proteção e sobrevivência

O veículo oferece proteção balística compatível com nível 3 e resistência a minas nível 2 segundo a norma STANAG 4569, conferindo proteção básica da tripulação contra ameaças pequenas e efeitos de explosões de menor potência. Em termos de sobrevivência operacional, o Panther foi projetado para entrar e sair rapidamente da posição de tiro, o tempo declarado é de 120 segundos para estar pronto para disparar ou para deslocar-se, reduzindo exposição a contrabaterias inimigas.

Potência de fogo e sistemas de tiro

A peça principal é um obus de 155 mm, calibre 52, com câmara de 23 litros. Com munição padrão M549A1, o alcance nominal é de cerca de 30 km; usando projéteis MOD 274, o alcance chega a aproximadamente 40 km. A embarcação de munição é de 24 projéteis com cargas de propelente correspondentes. O sistema suporta modos de carregamento manual e semiautomático, atingindo uma cadência prática de seis disparos por minuto.

O conjunto eletrônico inclui unidade de controle de tiro digital com computador balístico, sistema C4I para integração tática, navegação inercial, sistemas de comunicações, radar de velocidade inicial e câmera termográfica para tiro direto. Essas capacidades conferem ao Panther autonomia de engajamento, interoperabilidade com centros de comando e melhor acuidade balística sob condições de emprego real.

Produção e encomendas

Fontes ligadas ao programa indicam que a Türkiye encomendou inicialmente 40 unidades do modelo T-155 TTA Panther, abrindo a porta para escalonamento de produção conforme necessidades operacionais e orçamentos futuros. A passagem do protótipo à linha de série sinaliza maturidade industrial e capacidade de serialização dos sistemas desenvolvidos localmente.


Análise — implicações operacionais, industriais e estratégicas

A incorporação do T-155 TTA Panther representa um passo relevante na modernização da artilharia turca, alinhando-se a uma tendência global de adoção de obuseiros sobre rodas para forças que valorizam mobilidade estratégica, tempos de deslocamento reduzidos e menores custos operacionais que os sistemas rastreados. A combinação de alcance estendido (até ~40 km com munição base-sangrada), capacidade de tiro contínuo (6 disparos/minuto) e rápida manobra tática (pronto/disparo em 120s) eleva a flexibilidade das brigadas de manobra, permitindo apoio de fogos mais próximo e com melhores janelas de sobrevivência contra contrabaterias.

Soberania tecnológica e cadeia industrial

O projeto, coordenado por ASFAT e com contribuição de Aselsan, BMC e MKE, é uma demonstração de maturidade crescente da base industrial de defesa da Türkiye. Desenvolver um sistema completo, chassis integrado, subsistemas eletrônicos, sistema de tiro e munições compatíveis, reduz dependência externa e cria capacidade de customização e evolução local (integração de novos sensores, calibres ou munições). A serialização também abre espaço para exportação, caso o produto demonstre robustez, custo-efetividade e suporte logístico competitivo.

Comparação com alternativas e limitações

Embora ofereça mobilidade e custos operacionais atrativos, a arquitetura sobre rodas tem limites em terrenos extremamente acidentados e na proteção passiva em comparação com obuseiros rastreados pesados. Sua proteção STANAG 3 e resistência a minas nível 2 são adequadas, porém insuficientes frente a ameaças de alta intensidade (IEDs maiores, mísseis antiveículo). Além disso, o carregamento de apenas 24 projéteis embarcados exige bom apoio logístico para manter cadências prolongadas em combates intensos. A dependência de munições base-sangrada para alcançar 40 km também impõe requisitos de suprimento e custo por tiro mais elevados.

Doutrina e emprego futuro

O Panther tende a ser empregado em missões de deslocamento rápido, apoio a forças de reação e defesa de áreas críticas, além de funções de dissuasão regional. Seu C4I integrado favorece operações em rede (shoot-and-scoot coordenado), cooperação com VANTs para designação e ajuste de fogos, e integração com sensores de vigilância. Em um plano tático mais amplo, unidades equipadas com Panther podem permitir maior dispersão de forças e reduzir alvos fixos, complicando o trabalho de reconhecimento e contrabateria adversária.

Potencial de exportação e posicionamento regional

Se o programa de produção em série mantiver custos competitivos e confiabilidade comprovada, o T-155 TTA Panther pode interessar mercados que buscam modernizar artilharia sem os custos logísticos dos sistemas rastreados. A Türkiye pode capitalizar sua cadeia local de fornecedores para oferecer pacotes com tecnologia, treinamento e manutenção, reforçando seu papel como fornecedor regional de sistemas de armas.

O T-155 TTA Panther consolida um ciclo virtuoso entre indústria, integradores e forças armadas da Türkiye: um equipamento nacional, testado em condições rigorosas, que entrega mobilidade, alcance e integração digital. Suas capacidades o tornam um reforço prático para a artilharia turca em operações de média intensidade e mobilidade elevada. Ao mesmo tempo, limitações inerentes ao formato sobre rodas e à capacidade de munição embarcada exigem planejamento logístico e doutrinal cuidadoso para maximizar sua eficácia em conflitos de alta intensidade. Em termos estratégicos, a transição do protótipo à produção em série indica que a Türkiye não só moderniza seu poder de fogo, como também fortalece a autonomia industrial e o potencial de presença no mercado internacional de defesa.


por Angelo Nicolaci


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