quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Marinha do Brasil firma parceria estratégica com Universidade de Lisboa
Tensões no Caribe: Trump admite ter autorizado operações secretas da CIA contra a Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) ter autorizado operações secretas da CIA contra a Venezuela, além de considerar ações militares em território venezuelano, em meio a uma escalada de tensões diplomáticas e militares entre Washington e Caracas.
A declaração, dada em entrevista e repercutida por diversas agências internacionais, provocou forte reação do governo de Nicolás Maduro, que denunciou o que classificou como “golpes orquestrados pela CIA” e uma grave violação do direito internacional.
Trump evitou entrar em detalhes sobre o conteúdo da reportagem do The New York Times, que revelou a autorização de operações clandestinas da CIA voltadas para desestabilizar o regime de Maduro, mas confirmou a decisão.
“Eu autorizei por dois motivos, na verdade”, afirmou, alegando que o governo venezuelano estaria envolvido em narcoterrorismo e teria libertado prisioneiros para enviá-los aos Estados Unidos.
Questionado diretamente se havia autorizado a agência a “neutralizar” o presidente Maduro, Trump respondeu:
“Essa é uma pergunta ridícula. Bem, não é exatamente uma pergunta ridícula, mas não seria ridículo da minha parte respondê-la?”, declarou, mantendo o tom de ambiguidade sobre as reais dimensões das operações.
Escalada militar e ataques em águas internacionais
Segundo a imprensa americana, o governo Trump intensificou recentemente suas ações no Caribe e no Atlântico, atacando pelo menos cinco embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, resultando em 27 mortos. As operações foram realizadas após o envio de oito navios de guerra e um submarino nuclear para as proximidades da costa venezuelana, sob o pretexto de uma “operação antidrogas”.
Em nova declaração, Trump sugeriu que as operações poderiam avançar para o território venezuelano:
“Não quero lhe contar mais, mas agora estamos olhando para o lado terrestre, porque temos um controle muito bom do mar”, disse o presidente, ao ser questionado sobre possíveis ataques por terra.
Washington acusa o governo de Nicolás Maduro de liderar uma rede internacional de narcotráfico, responsável por enviar cocaína para os Estados Unidos, uma acusação que Caracas nega categoricamente, classificando-a como justificativa política para uma agressão militar.
Reação contundente de Caracas
Em pronunciamento transmitido em rede nacional, o presidente Nicolás Maduro condenou veementemente as declarações de Trump e alertou para os riscos de uma nova guerra na região.
“Não à guerra no Caribe. Não à mudança de regime que tanto nos lembra as eternas guerras fracassadas no Afeganistão, Irã e Iraque. Não aos golpes de Estado orquestrados pela CIA”, afirmou Maduro diante do Conselho Nacional para a Soberania e a Paz, órgão criado em setembro para responder à crise de segurança.
O presidente venezuelano também fez referências históricas às intervenções dos Estados Unidos na América Latina, lembrando “as 30 mil pessoas desaparecidas durante os golpes na Argentina e os 5 mil mortos sob a ditadura de Pinochet, no Chile”.
“Até quando os golpes da CIA continuarão? A América Latina não os quer, não precisa deles e os rejeita”, disse Maduro.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela divulgou nota oficial classificando as declarações de Trump como “uma confissão pública de ações destinadas a desestabilizar a paz e a soberania nacional”, destacando que o caso constitui “grave violação do direito internacional”.
Mobilização militar e tensão nas fronteiras
Em resposta à ameaça percebida, Maduro ordenou novas manobras militares em todo o país, com ênfase nos bairros operários de Petare e Catia, em Caracas, e na fronteira com a Colômbia, abrangendo os estados de Táchira, Apure e Amazonas.
Essa região fronteiriça é considerada uma das principais rotas de tráfico de cocaína oriunda da Colômbia, principal produtora mundial. Segundo fontes citadas pela AFP, setores próximos à Casa Branca teriam avaliado justamente essa área como um possível alvo de operações terrestres americanas.
Cenário regional em alerta
As declarações de Trump reacendem o debate sobre a intervenção dos Estados Unidos na América Latina, especialmente em um momento de fragilidade econômica e social na Venezuela. Analistas alertam que qualquer ação militar direta poderia desencadear uma crise humanitária ainda maior e desestabilizar o equilíbrio geopolítico do Caribe e da Amazônia.
Enquanto Washington justifica suas ações sob o argumento de “combater o narcotráfico”, Caracas vê nelas uma tentativa de mudança de regime disfarçada de operação de segurança. A comunidade internacional observa com apreensão, temendo que novos confrontos militares possam se somar às crises já em curso na Ucrânia e no Oriente Médio, ampliando as tensões globais.
Histórico das operações da CIA na América Latina
A atuação da CIA na América Latina remonta à Guerra Fria, quando os Estados Unidos buscaram conter governos considerados hostis à política americana na região. Entre os episódios mais conhecidos estão o apoio a golpes militares, como no Chile em 1973 contra Salvador Allende, e na Argentina durante a década de 1970, assim como ações clandestinas em países como Guatemala, Nicarágua e Cuba.
Essas operações frequentemente incluíram treinamento de grupos paramilitares, vigilância e desestabilização econômica e política, visando alterar regimes ou fortalecer governos alinhados aos interesses dos EUA. A Venezuela de Hugo Chávez e, posteriormente, de Nicolás Maduro, entrou na mira americana por sua oposição política e relações com países considerados rivais, como Rússia, China e Irã.
No contexto atual, a admissão de Trump de operações secretas e a ameaça de ações militares terrestres refletem um padrão histórico de interferência, mas em um cenário mais complexo, marcado por vigilância internacional, redes sociais e atenção global às repercussões humanitárias. Especialistas alertam que qualquer intervenção direta poderia agravar crises regionais já existentes e reacender tensões diplomáticas em todo o continente.
Por Angelo Nicolaci
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com informações da AFP e Agerpres
Brasil e Índia aprofundam cooperação em Defesa com foco em autonomia tecnológica e coprodução industrial
A parceria estratégica entre Brasil e Índia avança para um novo patamar no campo da defesa e tecnologia militar, consolidando o diálogo entre duas potências emergentes que compartilham o objetivo de autonomia estratégica e fortalecimento da base industrial de defesa.
Em missão oficial à Índia, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, reuniram-se nesta quarta-feira (15) em Nova Délhi com o ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, para discutir novos projetos de cooperação em áreas como aeroespacial, naval, interoperabilidade e transferência de tecnologia.
Segundo Alckmin, o encontro representa uma oportunidade de alinhar políticas de defesa baseadas na cooperação Sul-Sul e no desenvolvimento de capacidades industriais e científicas próprias. “É uma grande satisfação reforçar o diálogo entre Brasil e Índia na área de defesa, setor em que compartilhamos uma visão de autonomia estratégica, cooperação tecnológica e equilíbrio global”, afirmou o vice-presidente.
Avanços em programas navais e aeroespaciais
Entre os temas centrais da reunião, destacou-se a cooperação entre as Marinhas do Brasil e da Índia na manutenção e modernização dos submarinos da classe Scorpène, de origem francesa, em operação nas duas esquadras. O compartilhamento de experiências logísticas e de suporte técnico visa otimizar custos e ampliar a autossuficiência operacional dos programas navais.
Outro ponto de convergência é o interesse indiano na aquisição de seis aeronaves Embraer E-145, a serem convertidas em plataformas AEW&C (Alerta Aéreo Antecipado e Controle) EMB-145I “Netra”. O projeto reforça o papel da Embraer como provedora global de soluções de defesa integradas, oferecendo sistemas adaptáveis às necessidades regionais e consolidando a presença brasileira no competitivo mercado indiano.
Em paralelo, a Embraer abriu um escritório regional em Nova Délhi, sinalizando a intenção de expandir sua atuação na Ásia e de fortalecer laços com a Mahindra Systems, parceira indiana com potencial para coprodução do cargueiro tático C-390 Millennium. A aeronave, que já desperta o interesse de diversas forças aéreas ao redor do mundo, é vista como uma opção estratégica para a Índia substituir parte de sua frota de transporte tático e ampliar suas capacidades de resposta rápida.
Construção de autonomia e integração tecnológica
Para o ministro José Múcio Monteiro, o encontro foi um passo decisivo para transformar o diálogo político em resultados práticos. “Já estivemos com todos os comandantes aqui conversando, cada um com as suas áreas específicas. Faltava que eu viesse aqui para que essas coisas fossem implementadas”, destacou.
O ministro também confirmou que as conversas incluem a ampliação de programas de treinamento conjunto, operações combinadas e intercâmbio técnico entre as forças armadas dos dois países, pilares que fortalecem a interoperabilidade e o conhecimento mútuo.
De acordo com o vice-presidente Alckmin, há grande espaço para parcerias industriais, coprodução de equipamentos e transferência de tecnologia em sistemas aéreos, radares, munições e veículos blindados. “Acreditamos que Brasil e Índia compartilham a mesma ambição de desenvolver uma capacidade autônoma de defesa, ancorada na confiança mútua e na busca de soluções tecnológicas próprias”, afirmou.
Dimensão geopolítica e estratégica
A aproximação Brasil–Índia ocorre em um momento de reconfiguração do equilíbrio global, em que ambos os países buscam reduzir dependências tecnológicas e diversificar parcerias. A cooperação em defesa se insere em uma agenda mais ampla de alinhamento político e econômico, consolidada em fóruns como BRICS, G20 e IBAS (Índia, Brasil e África do Sul).
A missão brasileira à Índia também dá continuidade às decisões tomadas durante o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro Narendra Modi, em julho. Na ocasião, ambos os líderes reafirmaram o objetivo de elevar o comércio bilateral para US$ 20 bilhões até 2030 e iniciar negociações para a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial Mercosul–Índia ainda este ano.
Além de fortalecer laços industriais e militares, a parceria se estrutura em cinco eixos estratégicos: defesa e segurança; segurança alimentar e nutricional; transição energética e mudança do clima; transformação digital e tecnologias emergentes; e parcerias industriais em setores estratégicos.
Projeção internacional e defesa cooperativa
A cooperação em defesa entre Brasil e Índia não se limita à aquisição de equipamentos, mas busca criar uma plataforma de desenvolvimento tecnológico compartilhado, fortalecendo a indústria nacional de ambos os países. O modelo proposto pode servir de referência para o BRICS, estimulando uma integração produtiva em defesa entre as potências emergentes.
Com trajetórias semelhantes, na busca por autossuficiência militar e protagonismo regional, Brasil e Índia se posicionam como atores-chave na construção de uma nova arquitetura de segurança global, baseada na cooperação, soberania e desenvolvimento conjunto.
por Angelo Nicolaci
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com MRE
Novo governo sírio pede à Rússia extradição de Bashar al-Assad para julgamento por crimes de guerra
Durante uma visita oficial a Moscou nesta quarta-feira (15), o presidente da Síria, Ahmed al-Shaara, solicitou formalmente ao presidente russo Vladimir Putin a extradição do ex-ditador Bashar al-Assad, que se encontra refugiado na Rússia desde dezembro de 2024. O pedido, divulgado pela agência France Presse (AFP), marca um novo e sensível capítulo nas relações entre Damasco e Moscou, que durante mais de duas décadas foram fortemente alinhadas.
Segundo fontes do governo sírio citadas pela AFP, al-Shaara pretende levar Assad de volta à Síria para submetê-lo a julgamento por supostos crimes cometidos contra a população ao longo de seu regime, que se estendeu de 2000 até sua queda, no fim de 2024. O novo presidente, que liderou a ofensiva-relâmpago do grupo rebelde HTS responsável por derrubar Assad, afirmou que “todos os indivíduos que cometeram crimes de guerra e estão na Rússia devem ser entregues à Justiça síria”.
O encontro entre Putin e al-Shaara ocorreu no Kremlin, em Moscou, e teve início pouco após as 8h (horário de Brasília). Durante a reunião, o líder russo destacou os “laços especiais” entre os dois países e afirmou que a Rússia está pronta para fortalecer sua cooperação com o novo governo sírio. Al-Shaara, por sua vez, declarou que respeitará os acordos assinados durante o governo Assad, mas enfatizou o desejo de “redefinir” as relações bilaterais, estabelecendo uma nova base de parceria.
Além da questão da extradição, os líderes discutiram o futuro das bases militares russas na Síria, incluindo a base aérea de Hmeimim, em Latakia, e a instalação naval de Tartus, no litoral do país, ambas consideradas estratégicas para Moscou no Mediterrâneo Oriental. Fontes citadas pela AFP afirmam que também foram debatidos investimentos econômicos, a reconstrução das forças armadas sírias e o rearmamento do novo Exército nacional.
Desde a queda de Assad, a Síria vem passando por um processo de reconstrução política e institucional, com tentativas de reaproximação diplomática junto a potências regionais e globais. Em julho, Putin já havia recebido o novo chanceler sírio, Asaad al-Shibani, em Moscou, na primeira visita oficial desde a mudança de governo em Damasco.
Embora a Rússia tenha sido a principal aliada do antigo regime, o Kremlin sinaliza interesse em manter influência sobre o novo governo, preservando seus ativos estratégicos no país e evitando um vácuo de poder que possa favorecer o Ocidente ou grupos extremistas.
A extradição de Bashar al-Assad, contudo, deverá ser um tema delicado: Moscou ainda protege o ex-presidente, que mantém residência sob forte segurança em território russo desde sua fuga de Damasco em dezembro do ano passado. Analistas acreditam que Putin resistirá à entrega do antigo aliado, temendo repercussões políticas internas e diplomáticas.
O pedido de Ahmed al-Shaara, entretanto, sinaliza uma Síria disposta a romper definitivamente com o legado autoritário de Assad, buscando legitimar-se perante a comunidade internacional e estabelecer um novo ciclo político após mais de duas décadas de guerra e repressão.
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com agências de notícias
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Alemanha reforça defesa aérea com nova encomenda de 20 Eurofighters
A Alemanha assinou um contrato para a aquisição de 20 novas aeronaves Eurofighter, reforçando suas capacidades de defesa aérea e o papel estratégico do país na OTAN. Os jatos multifuncionais serão produzidos pela Airbus Defence and Space em sua linha de montagem final em Manching, perto de Munique, com entregas previstas entre 2031 e 2034.
Segundo Mike Schoellhorn, CEO da Airbus Defence and Space, “esta nova encomenda é mais uma prova da importância do Eurofighter para a Força Aérea Alemã e do papel estratégico que desempenha na defesa aérea do nosso país e nas capacidades da OTAN. A evolução contínua do Eurofighter serve como uma ponte tecnológica e operacional essencial para um Sistema de Combate Aéreo Futuro (FCAS), garantindo uma transição perfeita para a próxima geração de poder aéreo.”
Os novos Eurofighters serão equipados com os sensores mais modernos, incluindo o radar eletrônico E-Scan, e a Airbus integrará o conjunto de sensores de guerra eletrônica Arexis, desenvolvido pela Saab, tanto nas aeronaves existentes quanto nas novas da frota alemã. Estas atualizações ampliarão o escopo operacional do Eurofighter, fortalecendo a vigilância aérea da Alemanha e ampliando as capacidades de missão da OTAN.
“Com esses Eurofighters adicionais, a Alemanha fortalece sua capacidade de realizar a vigilância de seu espaço aéreo e proteger os céus da OTAN, apoiando o país em seu papel de parceira confiável para a segurança coletiva”, reforçou Schoellhorn.
O programa Eurofighter, que envolve Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, é a maior iniciativa de defesa da Europa, gerando mais de 100 mil empregos em todo o continente, incluindo 25 mil na Alemanha, e envolvendo mais de 120 fornecedores alemães. Até hoje, já foram encomendadas mais de 740 aeronaves por nove países, consolidando o Eurofighter como um pilar da defesa europeia.
A Força Aérea Alemã planeja operar o Eurofighter até a década de 2060, garantindo sua integração com o Future Combat Air System (FCAS), previsto para estar operacional a partir de 2040. Dentro desse programa, os Eurofighters permanecerão em rede com aeronaves tripuladas e não tripuladas, atuais e de próxima geração, assegurando o sucesso de missões conjuntas e a liderança tecnológica da Alemanha no setor aeroespacial militar.
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com Airbus
Marinha do Brasil encerra participação na UNITAS 2025 e fortalece cooperação internacional
A Marinha do Brasil (MB) concluiu com sucesso sua participação na Operação “Unitas 2025”, o exercício marítimo multinacional mais antigo em atividade no mundo, que este ano chegou à sua 66ª edição. A operação, realizada entre os dias 15 de setembro e 6 de outubro na costa leste dos Estados Unidos, reuniu 25 países, incluindo Argentina, Chile, Colômbia, França, Alemanha, Japão, Espanha e os Estados Unidos, com mais de 20 navios operando de forma combinada.
O Grupo-Tarefa brasileiro, integrado pelo Comando da 2ª Divisão da Esquadra, pela Fragata “Independência”, com um helicóptero WildLynx embarcado, e por um Destacamento de Mergulhadores de Combate, iniciou sua participação prática na Fase de Mar em 18 de setembro, saindo da Base Naval de Mayport (EUA). Durante esta etapa, os navios brasileiros realizaram uma série de exercícios complexos, incluindo guerra antissubmarino, guerra antiaérea, manobras táticas coordenadas, abordagens a contatos suspeitos, transferência de óleo em mar aberto e tiro sobre alvos aéreos e de superfície.
O objetivo principal da participação da MB na Operação foi aprimorar a interoperabilidade com forças navais de diferentes nacionalidades, treinar operações táticas combinadas e simular respostas a crises, além de fortalecer a liderança e o intercâmbio cultural entre os profissionais envolvidos. Para a Marinha do Brasil, estas atividades representam uma oportunidade ímpar de observar e absorver conhecimentos e técnicas aplicadas por outras marinhas, contribuindo para a atualização de táticas, técnicas e procedimentos nacionais.
Após cerca de duas semanas no mar, o Grupo-Tarefa brasileiro chegou à Base Naval de Norfolk no dia 29 de setembro, onde a operação foi oficialmente encerrada em 6 de outubro, durante uma cerimônia realizada a bordo do USS “Harry S. Truman”. O evento contou com a presença do Comandante da Marinha do Brasil e de autoridades navais de todos os países participantes, consolidando os laços de amizade e cooperação construídos ao longo da operação.
Durante o período de atracação, em 5 de outubro, a Fragata “Independência” recebeu a visita do Comandante da Marinha do Brasil e de representantes de marinhas da Argentina, Chile, Colômbia, República Dominicana, Guatemala, Panamá, Espanha e Estados Unidos, oportunidade na qual foram reforçados os objetivos da operação e a importância da integração internacional para a segurança marítima regional e global.
A Operação “Unitas” foi criada em 1960 e, ao longo de suas edições, evoluiu incorporando novas tecnologias e táticas, sempre mantendo como prioridade a cooperação entre marinhas amigas e a promoção de segurança e estabilidade nos oceanos. A edição de 2025 reafirma a capacidade da Marinha do Brasil de atuar em operações navais complexas e combinadas, demonstrando profissionalismo, preparação técnica e compromisso com a paz e a segurança internacional.
A participação brasileira neste exercício histórico evidencia o papel ativo do país no fortalecimento da interoperabilidade naval global, permitindo que militares e profissionais da MB compartilhem experiências, adquiram novas competências e estreitem laços com parceiros internacionais. Para a Marinha, cada edição da “Unitas” representa mais do que um treinamento: é uma oportunidade estratégica de crescimento, aprendizado e consolidação da presença do Brasil em exercícios multinacionais de alta relevância.
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com Marinha do Brasil
Exército Brasileiro vai Receber Mais Cinco Unidades Modernizadas do Cascavel NG em 2026
O Exército Brasileiro dará mais um passo significativo em sua modernização com a entrega de cinco novas unidades do blindado Cascavel NG, prevista para o primeiro semestre de 2026. A iniciativa é conduzida pela Akae, empresa líder em soluções tecnológicas para os setores de Defesa e Aeroespacial, dentro do programa de modernização da viatura blindada Cascavel.
Até o momento, dois protótipos já foram entregues e submetidos a rigorosos testes no Centro de Avaliações do Exército (CAEx), em Guaratiba (RJ), em setembro de 2024. As avaliações abrangeram desempenho em terrenos acidentados, simulações de combate e travessias em vau e rampas, confirmando que o veículo atende plenamente às exigências operacionais da Força Terrestre.
As demais cinco unidades do lote piloto estão em processo de modernização e seguirão os mesmos protocolos de testes antes de serem distribuídas às Unidades de Cavalaria Motorizada. Segundo o General Hertz Nascimento, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro, o projeto representa um avanço substancial para a tropa mecanizada.
“Esse projeto tem superado as nossas expectativas. O novo motor, o novo sistema de pontaria e o novo sistema óptico agregam uma capacidade que nós não tínhamos nesse material, trazendo uma motivação para o aumento do potencial de combate da Força Terrestre. Quero cumprimentar todos os envolvidos neste projeto, que vai trazer uma modernização substancial na tropa mecanizada do Exército Brasileiro”, afirmou o General.
Inovações do Cascavel NG
O Cascavel NG, originalmente desenvolvido na década de 1970, agora incorpora tecnologias de ponta que o transformam em um veículo praticamente novo. Entre os avanços mais significativos estão:
* Motor de maior potência e eficiência operacional;
* Comandos eletrônicos para ajuste de pressão dos pneus e suspensão adaptável;
* Sistema automatizado de giro da torre e elevação do canhão de 90 mm por joystick;
* Optrônicos avançados, com câmeras termais, visão noturna e plataforma giroestabilizada para o optrônico do comandante;
* Computador de tiro com cálculo balístico automatizado;
* Sistema de Comando e Controle integrado, compatível com outras viaturas do Exército;
* Sistema de ar-condicionado e freios modernizados, aprimorando conforto e segurança.
Capacitação e Autonomia Estratégica
Entre 15 e 26 de setembro de 2025, cerca de 30 militares participaram de treinamento especializado no Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP). A capacitação, ministrada pelo consórcio liderado pela Akaer, abordou operação e manutenção do veículo, torre de 90 mm, sistemas ópticos, Comando e Controle, e condução em combate, fortalecendo a autonomia técnica das Forças Armadas.
“O Cascavel NG é mais do que um projeto de modernização. Ele simboliza o avanço da engenharia de defesa nacional e a capacidade que o Brasil tem de desenvolver tecnologia de ponta. Ver esse blindado ganhar nova vida, agora com sistemas modernos e integração digital, é motivo de orgulho para todos nós. Ao mesmo tempo, o projeto fortalece nossa parceria com o Exército Brasileiro e amplia as oportunidades da Akaer no cenário internacional, mostrando que a inovação e a soberania tecnológica podem caminhar juntas”, afirmou Cesar Silva, CEO da Akaer.
Com a conclusão do lote piloto e a chegada das próximas unidades, o Cascavel NG reforçará a capacidade operacional da cavalaria mecanizada do Exército, consolidando o Brasil como referência em tecnologia de defesa nacional.
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Suécia Avança no Desenvolvimento do Futuro Combate Aéreo com Programa "Vägval stridsflyg"
A Saab assinou um contrato ampliado com a Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) para continuar o desenvolvimento do programa "Vägval stridsflyg", iniciativa estratégica que busca moldar a futura capacidade de combate aéreo da Suécia após 2040. O novo acordo, avaliado em aproximadamente SEK 2,676 bilhões, abrange estudos de conceito contínuos, desenvolvimento de tecnologias avançadas e a construção de um demonstrador voador.
O contrato atualizado dá continuidade ao programa de conceitos Framtida Stridsflygsystem (KFS), conduzido em conjunto pela FMV, Saab e GKN Aerospace, com foco em consolidar conhecimento tecnológico e preparar o terreno para futuras decisões estratégicas sobre o poder aéreo sueco. O desenvolvimento de conceitos e tecnologias seguirá até o terceiro trimestre de 2026, enquanto os testes de voo iniciais do demonstrador ocorrerão até 2027.
“Este pedido marca o próximo passo em nossa jornada conjunta para fornecer soluções inovadoras que atendam às futuras necessidades operacionais das Forças Armadas Suecas e de outros clientes”, afirmou Lars Tossman, chefe da área de negócios Aeronáutica da Saab. O acordo expande o contrato original assinado em março de 2024.
Segundo a FMV, a extensão do contrato garante a continuidade do desenvolvimento e apoia decisões futuras sobre a capacidade de combate aéreo da Suécia. “Esta prorrogação assegura continuidade no trabalho de desenvolvimento e é uma parte importante para gerar e verificar tecnologia que poderá ser utilizada nas decisões futuras sobre a capacidade de combate aéreo sueca”, disse Carl-Fredrik Edström, chefe da Divisão de Material Aéreo e Espacial da FMV.
O programa Vägval stridsflyg envolve também a Agência Sueca de Pesquisa de Defesa (FOI) e as Forças Armadas Suecas, incluindo demonstradores terrestres e aéreos, estudos detalhados e desenvolvimento tecnológico. O objetivo é criar uma base sólida para decisões estratégicas sobre a estrutura do poder aéreo sueco após 2040, garantindo que a Suécia continue a contar com capacidades de combate aéreo de ponta.
A colaboração industrial nacional é outro ponto-chave do programa, fortalecendo a competência aeroespacial nacional e a base tecnológica da Suécia. “Com o longo ciclo de desenvolvimento na área de combate aéreo, é essencial investir em conhecimento, testar tecnologias e entregar valor a longo prazo”, acrescentou Edström.
O investimento reforça o compromisso estratégico da Suécia com o desenvolvimento de poder aéreo de última geração, por meio de pesquisa sustentada, parcerias industriais e validação tecnológica inicial. O demonstrador voador desempenhará papel fundamental na verificação de capacidades emergentes, servindo como base para futuras políticas de defesa e modernização da frota aérea sueca.
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Romênia Adquire Primeiro Navio Novo em 35 Anos e Abre Caminho para Parceria Naval com Türkiye
A Romênia está prestes a dar um passo histórico em sua capacidade naval ao adquirir o navio turco TCG Akhisar, da classe Hisar, popularmente conhecido como "corveta leve". Trata-se do primeiro navio de superfície moderno adquirido pelo país em mais de três décadas, encerrando um longo período de estagnação na modernização das Forças Navais Romenas.
O navio, classificado como Offshore Patrol Vessel (OPV), combina características de corveta e está projetado para múltiplas funções, incluindo vigilância marítima, defesa antissuperfície, defesa aérea local e operações no Mar Negro. Entre seus sistemas, destacam-se o canhão principal MKE de 76/62 mm, o canhão antiaéreo Aselsan GOKDENIZ de 35 mm, mísseis antinavio americanos NSM e integração com drones navalizados Bayraktar.
O embaixador da Türkiye na Romênia, Özgur Kivanç Altan, em entrevista exclusiva a um site de defesa romeno, enfatizou que a corveta leve "é praticamente uma corveta normal" com cerca de 100 metros de comprimento e que atende a todos os padrões da OTAN. Segundo Altan, a aquisição do TCG Akhisar é apenas o primeiro passo de uma parceria estratégica mais ampla, com empresas turcas dispostas a se instalar na Romênia para produção conjunta, modernização de instalações e desenvolvimento industrial naval local.
"Acreditamos que este projeto é apenas o começo. Podemos construir juntos, modernizar instalações existentes e produzir na Romênia. É uma vitória mútua", declarou o embaixador.
O processo de aquisição foi aprovado em setembro pelos Comitês de Defesa do Senado e da Câmara dos Deputados da Romênia, garantindo luz verde para a compra de um navio pronto, diferentemente de uma oferta concorrente do Paquistão, que não incluía sistemas de armas, de guerra eletrônica, de comunicação militar ou antissubmarino, segundo esclarecimento do Ministério da Defesa Nacional da Romênia.
As corvetas da classe Hisar são derivadas das corvetas turcas da classe Ada e foram concebidas para operações multifuncionais, representando uma combinação de modernidade tecnológica, versatilidade tática e interoperabilidade com padrões da OTAN.
Com essa aquisição, a Romênia não apenas reforça sua capacidade de patrulhamento e defesa marítima, mas também inicia uma nova fase de cooperação industrial e estratégica com a Türkiye, com potencial para projetos de construção conjunta e fortalecimento da presença naval romena no Mar Negro.
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com DefenseRomania
Rússia se Prepara para Conflito Prolongado, Alertam Especialistas e Autoridades Europeias
A escalada militar russa na Ucrânia revela que Moscou não demonstra sinais de enfraquecimento, mas sim de preparação para um conflito prolongado e de alta intensidade. Recentes movimentações do parlamento russo indicam que uma alteração na legislação permitirá a mobilização de até dois milhões de reservistas voluntários, inclusive durante a chamada "operação militar especial", e não apenas em caso de guerra formalmente declarada.
O fortalecimento das capacidades russas fica evidente também nos ataques recentes que deixaram oito regiões ucranianas sem energia, atingindo infraestrutura crítica e aumentando a pressão sobre a população civil e o governo de Kiev. Para analistas internacionais, tais ações confirmam que Moscou está estruturando um esforço militar de longo prazo, capaz de manter operações mesmo diante de resistências prolongadas.
Diante desse cenário, autoridades europeias alertam que a Ucrânia deixou de ser uma crise distante. A Polônia, por exemplo, já emitiu alertas sobre ataques que podem atingir regiões profundas de seu território, enquanto Kiev apresenta um plano de guerra estendido para três anos, refletindo a percepção de que o conflito não terá resolução rápida.
Especialistas em segurança enfatizam que medidas defensivas pontuais, como a criação de um “muro de drones” na fronteira, embora essenciais, não são suficientes para conter uma Rússia que demonstra paciência estratégica e disposição para esperar pelo desgaste do oponente. Segundo eles, é necessária uma mudança de paradigma estratégico e uma reafirmação clara do compromisso europeu de longo prazo para dissuadir Moscou e reduzir os riscos de uma escalada ainda maior.
O conflito na Ucrânia, portanto, se consolida como um desafio estrutural para a segurança europeia, exigindo respostas robustas, coordenação internacional e visão estratégica que vão muito além de medidas temporárias de defesa.
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IRIS-T SLM navalizado é testado com sucesso pela Marinha Alemã no MFE 2025
Durante o “Exercício de Tiro Marítimo 2025” (MFE 2025), a Diehl Defence demonstrou com sucesso uma versão navalizada do sistema de defesa aérea IRIS-T SLM, consolidando um marco importante na defesa naval alemã. O MFE, codinome “Andøya”, é o maior exercício de mísseis da Marinha Alemã nos últimos 30 anos, permitindo que tripulações navais testem armas e procedimentos complexos em condições quase operacionais.
O módulo de Guerra Antiaérea (AAW) foi desenvolvido em parceria com a Marinha Alemã e instalado no convés C da fragata “Baden-Württemberg” (Tipo F125) em menos de dez meses, desde o conceito inicial até o lançamento em serviço. O teste marcou a primeira implantação bem-sucedida de uma variante naval do IRIS-T SLM utilizando um míssil da família IRIS-T.
Segundo a Diehl Defence, o sistema atendeu a todos os critérios de avaliação, demonstrando sua alta taxa de acerto e confiabilidade também em operações no alto mar. A empresa destacou que o teste confirma as qualidades reconhecidas do IRIS-T SLM, já comprovadas em combate, incluindo experiências recentes na Ucrânia.
Preparando o caminho para futuras implantações
O sucesso do teste abre caminho para a introdução em série do IRIS-T SLM na Marinha Alemã, consolidando o sistema como uma ferramenta estratégica de defesa aérea naval. A Diehl Defence enfatizou que a demonstração representa um avanço significativo na integração do sistema em futuras implantações navais, reforçando a capacidade de resposta rápida e eficaz da Marinha Alemã em cenários de alta complexidade.
“A Diehl Defence atingiu, assim, o importante marco de ter testado com sucesso, pela primeira vez, uma variante navalizada de um sistema de defesa aérea com um míssil da família IRIS-T”, destacou a empresa.
A demonstração reforça o papel da Diehl Defence como parceira confiável e de longa data da Marinha Alemã, consolidando sua capacidade de contribuir para compras rápidas, precisas e eficientes. A empresa reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento tecnológico e a modernização das forças navais do país, garantindo que o IRIS-T SLM esteja preparado para enfrentar desafios futuros no ambiente marítimo.
por Angelo Nicolaci
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Brasil acompanha avanços em sistemas marítimos não tripulados na REPMUS 2025
Entre os dias 22 e 25 de setembro, o Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV) marcou presença na 15ª edição da REPMUS (Robotic Experimentation and Prototyping with Maritime Unmanned Systems), evento anual realizado em Portugal voltado à experimentação e prototipagem de sistemas marítimos não tripulados.
O CASNAV foi representado pelo Capitão de Mar e Guerra Hugo Leonardo Fernandes da Costa, diretor do Centro, e pelo Capitão de Fragata Rodrigo da Silva Vieira, chefe do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. O exercício reuniu cerca de 3.700 participantes de 37 países, incluindo mais de 200 especialistas em Pesquisa e Desenvolvimento de academias e indústrias, com presença de representantes da OTAN e da União Europeia.
Cooperação internacional e inovação tecnológica
A REPMUS é organizada por uma ampla rede de instituições, entre elas a Marinha Portuguesa, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Centro de Investigação e Experimentação Marítima da OTAN, a Iniciativa de Sistemas Não Tripulados Marítimos do Grupo de Capacidade Conjunta da OTAN, a Agência Europeia de Defesa, o Comando Central das Forças Navais da OTAN e o Allied Command Transformation.
Durante o evento, os representantes do CASNAV tiveram a oportunidade de observar exercícios com sistemas marítimos não tripulados, mapear capacidades tecnológicas de ponta, e interagir com pesquisadores, empresas e marinhas de outros países, ampliando o intercâmbio de conhecimento em tecnologias navais avançadas.
Fortalecimento de parcerias e perspectivas futuras
Além de acompanhar tendências globais em sistemas não tripulados, a missão permitiu ao CASNAV prospectar parcerias estratégicas com a Marinha Portuguesa, reforçando iniciativas já previstas no Memorando de Entendimento entre as Marinhas do Brasil e de Portugal.
Segundo os oficiais, a participação no REPMUS contribui para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa nacional, a modernização das capacidades operacionais da Marinha do Brasil, e o alinhamento com padrões internacionais de tecnologia naval e inovação.
Tecnologia como vetor de autonomia estratégica
A experiência adquirida em Portugal oferece ao Brasil insumos diretos para a implementação de sistemas marítimos não tripulados em águas brasileiras, com impacto potencial em diversas operações, desde patrulha costeira e monitoramento ambiental até missões de dissuasão e defesa territorial.
O acesso a essas tecnologias permite reduzir a dependência externa, aumentar a resiliência operacional da Marinha e consolidar a autonomia estratégica do País, alinhando capacidades nacionais às tendências globais em defesa marítima.
A integração com centros de excelência internacionais também abre caminhos para co-desenvolvimento e transferência tecnológica, criando um ciclo virtuoso de inovação que potencializa a Base Industrial de Defesa e fortalece a soberania marítima brasileira.
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com Marinha do Brasil
Defesa e Inovação: Seprod fortalece parcerias tecnológicas em Campinas para impulsionar a Base Industrial de Defesa
Entre os dias 7 e 9 de outubro, representantes da Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), do Ministério da Defesa (MD), realizaram uma série de visitas técnicas a instituições do Ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação de Campinas (SP). O objetivo foi identificar tecnologias e soluções inovadoras com potencial de aplicação em produtos de uso dual, civil e militar, ampliando a capacidade de desenvolvimento nacional e fortalecendo a Base Industrial de Defesa (BID).
As visitas incluíram o Instituto Eldorado, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), três pilares do ecossistema de inovação campineiro. A comitiva da Seprod pôde estreitar o diálogo com pesquisadores e gestores, conhecendo de perto projetos estratégicos nas áreas de telecomunicações, microeletrônica, sistemas embarcados, inteligência artificial e manufatura aditiva.
Integração entre Defesa, Academia e Indústria
De acordo com a Seprod, a iniciativa visa aproximar o setor de defesa de centros civis de pesquisa e desenvolvimento, criando um ambiente favorável à cooperação tecnológica e à integração de capacidades científicas e industriais. Essa sinergia é fundamental para reduzir a dependência externa e garantir maior autonomia decisória do Brasil diante de restrições tecnológicas internacionais.
Ao promover essa interação, o Ministério da Defesa também amplia as oportunidades de acesso a tecnologias críticas, impulsionando a competitividade da indústria nacional e o avanço científico em áreas estratégicas. Para as Forças Armadas, o contato com soluções emergentes permite modernizar meios, sistemas e capacidades operacionais, reforçando o conceito de defesa baseada em inovação.
Ecossistema de Campinas: um núcleo de inovação nacional
O Ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação de Campinas é reconhecido como um dos mais dinâmicos do país. Formado por universidades, centros de pesquisa, empresas, startups e órgãos governamentais, o sistema funciona de maneira colaborativa e interdependente, unindo infraestrutura, capital humano e recursos financeiros para acelerar o desenvolvimento tecnológico.
Esse modelo de integração entre academia, indústria e governo estimula a pesquisa aplicada e a transferência de tecnologia, consolidando Campinas como um polo estratégico para o avanço científico e industrial brasileiro.
Um passo estratégico para o futuro da defesa nacional
A aproximação entre a Seprod e o ecossistema campineiro reforça uma diretriz clara do Ministério da Defesa: transformar ciência e inovação em poder nacional. Ao fomentar o desenvolvimento de produtos de uso dual, o Brasil amplia sua autossuficiência tecnológica, reduz vulnerabilidades externas e cria condições para que a Base Industrial de Defesa atue de forma mais integrada e competitiva no cenário global.
Autonomia estratégica e segurança tecnológica
A iniciativa da Seprod em fortalecer laços com o ecossistema de inovação de Campinas vai além de uma ação técnica, representa um movimento estratégico de soberania nacional. Em um cenário global cada vez mais competitivo, no qual o domínio de tecnologias críticas define o poder de decisão e dissuasão dos Estados, a independência tecnológica torna-se um pilar da segurança nacional. Ao incentivar o desenvolvimento conjunto entre Defesa, academia e indústria, o Brasil dá um passo decisivo rumo à autonomia estratégica, consolidando a Base Industrial de Defesa como eixo estruturante de uma política de inovação contínua, resiliência produtiva e fortalecimento da capacidade de resposta do país diante de desafios futuros.
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CONDOR apresentará inovações em tecnologias não letais na COP Internacional 2025
De 23 a 25 de outubro, a cidade de São Paulo será palco de um dos principais eventos latino-americanos voltados à segurança pública e tecnologia. a COP Internacional 2025. Entre os grandes destaques da feira, estará a CONDOR, referência global em tecnologias não letais e integrante do EDGE Group, dos Emirados Árabes Unidos.
No estande A16, a empresa brasileira apresentará seu portfólio completo de soluções não letais e inteligentes, com demonstrações práticas que reforçam o compromisso da marca com a inovação, a eficiência operacional e o uso responsável da força.
Soluções de ponta com tecnologia nacional
Com mais de quatro décadas de experiência, a CONDOR chega à COP Internacional 2025 reafirmando seu protagonismo na indústria de defesa não letal. Entre as inovações em destaque, está a pistola menos letal Defensor® FR-112, desenvolvida especialmente para confrontos de curta distância. No calibre Condor .236R, o modelo possui carregador de 12+1 cartuchos e combina precisão, ergonomia e segurança em uma arma de impacto controlado de última geração.
Outro ponto forte da exposição é a linha completa de lançadores, munições e sistemas integrados, que alia desempenho, confiabilidade e tecnologia nacional, fruto direto da capacidade de pesquisa e desenvolvimento da empresa no Brasil.
Integração entre tecnologia, tática e consciência situacional
Entre as soluções mais avançadas do portfólio, a família de drones Condor Drop® promete chamar atenção. Os equipamentos são capazes de lançar cargas não letais de forma precisa e controlada, ampliando as capacidades operacionais das forças de segurança e proporcionando consciência situacional aprimorada em operações de alto risco.
Outro destaque será o Lançador Múltiplo Veicular Stinger®, um sistema montado sobre viaturas ou carros de combate, com giro de 360° e capacidade para disparar até 15 munições não letais sequenciais de médio e longo alcance. O controle remoto do sistema garante segurança ao operador e eficiência tática em ações de dispersão e contenção.
Experiência imersiva e compromisso com a vida
Assim como em edições anteriores, a CONDOR montará, em parceria com a Smart Power, um stand de tiros interativo, onde os visitantes poderão experimentar armas e munições de impacto controlado em ambiente seguro, observando na prática a eficácia e o princípio da proporcionalidade no uso da força.
“Com mais de quatro décadas de experiência, a CONDOR segue na vanguarda das tecnologias não letais, investindo continuamente em pesquisa, desenvolvimento e inovação para oferecer soluções inteligentes, eficazes e humanas às forças de segurança do Brasil e do mundo”, afirmou Frederico Aguiar, CEO da CONDOR. “Na COP, queremos reafirmar nosso compromisso como parceiros estratégicos em missões críticas, sempre com foco em excelência, segurança e compromisso com a vida.”
Liderança global com raízes brasileiras
Fundada em 1985 e sediada no Estado do Rio de Janeiro, a CONDOR é hoje uma das maiores exportadoras brasileiras no setor de defesa e líder mundial em tecnologias não letais (NLT). Suas instalações ocupam um milhão de metros quadrados, com 18 laboratórios de pesquisa e um Instituto próprio de Ciência e Tecnologia, pioneiro no desenvolvimento de sistemas e dispositivos não letais.
Presente em mais de 85 países, a empresa não apenas exporta tecnologia, mas também promove o uso proporcional e responsável da força, contribuindo para a proteção da vida, o respeito aos direitos humanos e a manutenção da ordem pública.
A participação da CONDOR na COP Internacional 2025 reafirma o papel do Brasil como referência mundial em tecnologias não letais, mostrando que é possível combinar inovação, eficiência operacional e compromisso ético em prol de uma segurança pública mais moderna e humana.
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A era dos drones: Sikorsky apresenta o S-70 UHawk, um Black Hawk sem piloto
A icônica silhueta do Black Hawk acaba de entrar em uma nova fase. A Sikorsky, subsidiária da Lockheed Martin, apresentou o S-70 UHawk, um helicóptero totalmente autônomo desenvolvido a partir da estrutura do tradicional UH-60L, transformando uma das plataformas mais reconhecidas do mundo em um sistema aéreo não tripulado (UAS) de grande porte.
O anúncio foi feito durante a AUSA 2025, e marca um ponto de virada na aviação militar: um Black Hawk sem piloto, projetado para realizar missões logísticas, de assalto aéreo e apoio tático em ambientes contestados, onde o risco humano é elevado e a agilidade é essencial.
“Basicamente, pegamos um Black Hawk e, com nosso sistema de autonomia MATRIX, o transformamos em um UAS”, explicou Erskine “Ramsey” Bentley, diretor de estratégia e desenvolvimento da Sikorsky Advanced Programs.
De lenda tripulada a vetor autônomo
O UHawk é fruto de uma colaboração entre executivos da Sikorsky e lideranças do Exército norte-americano, concebido durante a AUSA do ano passado. Em apenas um ano, a empresa desenvolveu um protótipo funcional do Grupo 5, utilizando recursos próprios, um movimento ousado que demonstra confiança na maturidade tecnológica e na relevância operacional do conceito.
A aeronave foi construída a partir de um UH-60L adquirido de volta do Exército, que atualmente substitui gradualmente essa versão como parte do seu plano de modernização da frota. Diferentemente de experimentos anteriores com helicópteros não tripulados, como o programa ALIAS da DARPA, o S-70 foi redesenhado estruturalmente para o voo remoto.
Os engenheiros da Sikorsky reformularam completamente a seção frontal do Black Hawk, instalando portas tipo concha e uma rampa traseira, liberando toda a cabine para operações logísticas ou de suporte de missão. Essa configuração permite, por exemplo, o embarque de veículos terrestres não tripulados (UGVs) pela frente, enquanto módulos de munições e “efeitos lançáveis” podem ser transportados na parte traseira, um conceito que redefine o papel da aeronave em operações combinadas.
Capacidades que impressionam
Projetado para operar sem piloto, o S-70 UHawk pode transportar até três contêineres modulares JMIC internamente, levando 3.177 kg de carga e, ao mesmo tempo, 4.177 kg adicionais em seu gancho de carga externo. A aeronave também pode ser configurada para transportar um pod HIMARS no compartimento central, ampliando seu leque de missões.
Nas simulações apresentadas pela Sikorsky, o UHawk pode voar à frente de tropas em assaltos aéreos, lançar drones menores ou munições inteligentes de seus compartimentos laterais e, ao pousar, desembarcar veículos autônomos terrestres, retornando ao voo em seguida, tudo isso antes que o primeiro soldado toque o solo.
A operação do S-70 é simples: um operador com treinamento mínimo pode controlá-lo por meio de um tablet, ajustando o nível de autonomia conforme a missão. O sistema MATRIX é capaz de navegar em espaço aéreo civil ou militar de forma autônoma, adaptando sua conduta às regras e condições de cada ambiente.
Um novo paradigma na aviação militar
Com os testes de voo programados para o próximo ano, a Sikorsky mira o Exército dos EUA como principal cliente, mas já vislumbra aplicações mais amplas, de missões logísticas contestadas a operações humanitárias e combate a incêndios florestais.
“Vemos esta aeronave sendo usada em todo o Exército, mas também em missões civis, como alívio em desastres”, afirmou Bentley.
O S-70 UHawk simboliza a transição definitiva para uma nova era da aviação militar, onde a autonomia e a conectividade assumem papéis centrais. Mais do que um simples “Black Hawk sem piloto”, ele representa o início de uma revolução operacional, em que a máquina se torna uma extensão inteligente da decisão humana, e não apenas sua substituta.
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MQ-72C Lakota Connector, a nova aposta da Airbus para a logística autônoma em ambientes contestados
A Airbus apresentou o MQ-72C Lakota Connector, uma proposta ousada e inovadora para logística autônoma em zonas de combate, concebida para atender às exigências de operações expedicionárias e distribuídas, nas quais autonomia, precisão e agilidade no reabastecimento tornam-se fatores decisivos para o sucesso e a sobrevivência das forças em campo.
Baseado na consagrada plataforma H145/UH-72 Lakota, o novo sistema não tripulado une baixo risco operacional, grande versatilidade e excelente relação custo-benefício, consolidando-se como uma solução robusta e confiável para missões em ambientes hostis e de acesso negado, onde a atuação humana direta é restrita ou potencialmente letal.
Um vetor confiável e comprovado
A escolha da base H145/UH-72 não é por acaso. Trata-se de um dos helicópteros leves biturbina mais utilizados do mundo, com histórico comprovado em missões civis, policiais e militares. Essa herança garante ao MQ-72C alta confiabilidade operacional, apoiada em uma cadeia logística globalmente estabelecida e em um índice elevado de prontidão em condições adversas.
Com capacidade de carga para contêineres padronizados e armamentos, o Lakota Connector é capaz de transportar suprimentos essenciais ou munição a velocidades de cruzeiro de 135 nós, alcançando alcances superiores a 350 milhas náuticas. Seu teto operacional de 20.000 pés amplia significativamente o espectro de atuação em terrenos montanhosos ou zonas de conflito.
Eficiência, modularidade e futuro garantido
Entre seus diferenciais, destacam-se o baixo custo operacional e reduzido tempo de manutenção por hora de voo, aliados a uma arquitetura aberta (MOSA) que permite a integração de novas tecnologias sem dependência de fornecedores. O sistema digital interno e a possibilidade de upgrades futuros asseguram longevidade e flexibilidade de missão, reduzindo riscos de obsolescência.
A filosofia de “aberta autonomia” do projeto permite que o MQ-72C integre as melhores soluções do mercado, tanto em sensores quanto em sistemas de controle, mantendo-se atual e adaptável às necessidades de cada força usuária.
O MQ-72C será fabricado na mesma linha de produção do UH-72/H145, responsável pela entrega de quase 500 unidades para o Exército e a Guarda Nacional dos Estados Unidos, dentro do prazo e do orçamento previstos, um histórico que reforça a credibilidade e maturidade do programa.
Com peso máximo de decolagem (MTOW) de 8.378 libras e potência máxima de 894 shp, o MQ-72C Lakota Connector chega ao mercado como um marco na logística autônoma militar, oferecendo capacidade de massa acessível e resiliência operacional em ambientes onde a conectividade, o alcance e a agilidade definem o sucesso das operações.
por Angelo Nicolaci
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HARPIA: O SARP brasileiro que revoluciona o apoio de fogo de artilharia no século XXI
O HARPIA, desenvolvido pela Advanced Technologies Security & Defense (ADTECH SD), é um Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) 100% brasileiro, certificado pelo Ministério da Defesa como produto estratégico de defesa e homologado pela ANAC para voar 218 km BVLOS. Com autonomia de até 12 horas ou 1.200 km e capacidade de operar em condições adversas, o HARPIA se destaca como uma ferramenta decisiva no apoio direto ao fogo de artilharia, projetada para atender às demandas do campo de batalha moderno.
O desafio da artilharia no século XX
Nos conflitos contemporâneos, a eficácia da artilharia depende de informações precisas e rápidas sobre a posição dos alvos e o impacto dos tiros. O ritmo acelerado das operações, aliado à dispersão de forças inimigas em terrenos urbanos, rurais ou complexos, exige correção instantânea de tiro, de modo que cada disparo tenha máxima efetividade e mínima exposição de tropas. A falha em ajustar rapidamente o fogo pode conceder ao adversário tempo crítico para reagir ou se reposicionar, diminuindo a efetividade da missão e aumentando riscos operacionais.
O HARPIA responde a essas necessidades com uma combinação única de grande autonomia, sensores avançados e capacidade de comunicação em tempo real. Podendo ser equipado com câmeras ópticas e térmicas, designação a laser e contando com sistemas de transmissão criptografada de quatro canais, o HARPIA permite:
• Correção de tiro instantânea: a cada disparo, o HARPIA transmite a posição e impacto do projétil, permitindo ajustes imediatos e mantendo “fogo” sempre no alvo.
• Designação precisa de alvos: envio/transmissão das coordenadas em tempo real para o tomador de decisão, para uso em munições inteligentes e artilharia de tiro curvo, o que aumenta a precisão e a eficiência do fogo.
• Múltiplo emprego: uma única central de comando (ECS) pode controlar até cinco aeronaves, garantindo cobertura ampla e apoio coordenado a diversas unidades de artilharia.
• Emprego como Observador Avançado: Com a capacidade de transmissão de imagens e informações em tempo real, o HARPIA pode cumprir a função do observador avançado, identificando, direcionando e comunicando o posto de comando. Esta função “zera” o risco que um militar corre em campos de batalha.
Com voo contínuo de até 12 horas, baixa assinatura acústica e visual, e operação sem infraestrutura complexa, o HARPIA é ideal para terrenos dispersos, zonas urbanas de difícil acesso e regiões fronteiriças, onde a velocidade de informação é tão crucial quanto a potência do disparo.
Cenário de emprego
Imagine um cenário de fronteira ou teatro de operações moderno: unidades de artilharia precisam neutralizar posições inimigas dispersas em terreno acidentado ou urbano. O HARPIA decola por catapulta portátil, sobrevoa a área de interesse e identifica com precisão alvos críticos. Cada disparo é monitorado em tempo real, e ajustes imediatos são enviados às baterias de artilharia, garantindo fogo concentrado, rápido e eficiente, enquanto o inimigo tem pouco tempo para reagir. Esse ciclo contínuo de observação, designação e correção transforma o HARPIA em uma extensão estratégica do apoio de fogo, reduzindo desperdício de munição, aumentando a letalidade das operações e protegendo vidas humanas.
Uma solução para o século XXI
No contexto do campo de batalha do século XXI, onde operações rápidas, dispersas e tecnologicamente integradas são a regra, o drone brasileiro HARPIA representa uma resposta de alto nível
• Grande autonomia e alcance para cobertura prolongada do teatro de operações;
• Precisão e velocidade para apoiar artilharia em tempo real;
• Flexibilidade para múltiplos cenários, do combate urbano às fronteiras remotas;
• Operação segura, discreta e resiliente em ambientes contestados.
O HARPIA não é apenas um drone; é uma ferramenta estratégica que redefine o apoio de fogo de artilharia, oferecendo precisão, rapidez e confiabilidade em todos os tipos de missão, e já despertando o interesse internacional pela solução brasileira. Desenvolvido e fabricado no interior do estado de São Paulo, sem restrições ITAR, o sistema fortalece a soberania tecnológica brasileira e atende às exigências do combate moderno, onde informação, velocidade e letalidade determinam a eficácia da artilharia.
O HARPIA integra o portfólio da ADTECH SD, que também inclui sistemas de monitoramento de sinais de rádio, interceptação de sinais celulares, soluções anti-drone, radares ativos e projetos de microssatélites, consolidando a empresa como referência em tecnologia estratégica de defesa e segurança nacional.
ADTECH: Tecnologia nacional para defesa e segurança
A Advanced Technologies Security & Defense (ADTECH) é uma empresa 100% brasi leira, reconhecida pelo Ministério da Defesa como Empresa de Defesa, e especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para segurança pública, defesa territorial e inspeções patrimoniais. Seu compromisso com a inovação e a alta performance consolida a empresa como referência no setor.
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