terça-feira, 18 de novembro de 2025

EUA confirmam venda de caças F-35 para a Arábia Saudita e reacendem debates sobre equilíbrio de poder no Oriente Médio

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Os Estados Unidos confirmaram a venda de caças furtivos F-35 Lightning II para a Arábia Saudita, em anúncio feito pelo presidente Donald Trump antes de uma reunião na Casa Branca com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. A declaração representa uma inflexão histórica na política de Washington, que durante anos resistiu a fornecer sua aeronave de combate mais avançada ao reino saudita. Segundo Trump, a decisão se baseia na importância estratégica de Riad: “Vamos vender F-35. Eles têm sido um grande aliado.”

A visita de Mohammed bin Salman aos EUA ocorre em meio a tensões acumuladas desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, episódio que marcou profundamente a relação bilateral. Naquele período, a inteligência norte-americana concluiu que o príncipe herdeiro havia aprovado a operação, acusação que ele nega. O caso levou o então presidente Joe Biden, durante seu governo, a classificar a Arábia Saudita como um “pária” internacional, destacando constantemente preocupações com direitos humanos. Apesar disso, Biden visitou o reino em 2022 para tratar de temas estratégicos, mostrando que a cooperação entre as duas nações nunca deixou de ser essencial.

Ainda assim, tanto a administração Biden quanto o primeiro mandato de Trump haviam se posicionado contra a transferência dos F-35 para a Arábia Saudita. A mudança de postura anunciada agora põe fim a anos de resistência e abre caminho para o maior avanço militar saudita em tecnologia de ponta desde as mega compras negociadas em Riad, quando Trump e Mohammed bin Salman fecharam um pacote que incluía até 142 bilhões de dólares em armamentos, dentro de um acordo mais amplo de investimentos estimado em 600 bilhões de dólares.

Apesar do entusiasmo do governo saudita, o anúncio despertou preocupações significativas entre autoridades de defesa norte-americanas e aliados regionais. Um dos receios diz respeito à possível transferência inadvertida de tecnologia sensível para a China, em razão da crescente aproximação estratégica entre Pequim e Riad. Outro ponto sensível envolve Israel, único país do Oriente Médio atualmente autorizado a operar o F-35. A liderança israelense teme que o acesso saudita ao caça furtivo possa afetar a superioridade militar qualitativa garantida pelos EUA há décadas.

O contexto regional também adiciona novas camadas ao debate. A eventual venda dos F-35 pode tornar-se peça chave para que Washington retome o processo de normalização das relações entre Arábia Saudita e Israel, interrompido após os ataques do grupo terrorista Hamas em outubro de 2023. Com o arrefecimento da ofensiva israelense, surge mais uma vez um ambiente diplomático que remete ao espírito dos Acordos de Abraão, firmados em 2020 entre Israel e países como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos, sob mediação norte-americana.

Esses acordos deram início a um realinhamento histórico no Oriente Médio, abrindo cooperação econômica, tecnológica e de segurança entre Israel e diferentes Estados árabes. No entanto, os palestinos os viram como uma traição à sua causa, e o ataque do Hamas acabou congelando as negociações com Riad. Ao anunciar publicamente sua intenção de vender os F-35 e ao mencionar a retomada das conversas entre sauditas e israelenses, Trump parece apostar novamente na diplomacia baseada em grandes acordos estratégicos e militares.

A oficialização da venda do F-35 à Arábia Saudita, portanto, não é apenas um movimento comercial ou militar. É uma peça central de uma complexa engrenagem geopolítica, capaz de redesenhar alianças, gerar riscos tecnológicos e influenciar diretamente o equilíbrio de poder em uma das regiões mais sensíveis do planeta.


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Saab, Boeing e BAE Systems avançam parceria para oferecer o T-7 como novo jato de treinamento da RAF

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Em um movimento coordenado que reforça a cooperação industrial transatlântica e o futuro das capacidades de formação de pilotos militares, a Saab, a Boeing e a BAE Systems assinaram uma Carta de Intenções (LoI) para colaborar no programa de novos jatos de treinamento da Força Aérea Real do Reino Unido (RAF). O acordo estabelece o T-7 como o centro de um futuro sistema integrado de treinamento avançado, alinhado às necessidades definidas na Revisão Estratégica de Defesa de 2025.

A parceria combina a expertise de três gigantes globais do setor aeroespacial e de defesa e visa não apenas atender ao programa britânico, mas também fortalecer a atuação conjunta nas futuras oportunidades internacionais de treinamento de pilotos. O objetivo é oferecer uma solução que prepare aviadores para as aeronaves de 4ª, 5ª e 6ª gerações, incluindo caças e bombardeiros de última linha.

Integração tecnológica e fortalecimento industrial

De acordo com Bernd Peters, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Estratégia da Boeing Defense, Space & Security, a aliança cria um portfólio robusto e integrado para atender às futuras demandas operacionais: “Juntas, a Boeing, a Saab e agora a BAE Systems oferecerão soluções inovadoras de treinamento para melhor preparar os pilotos da RAF para o futuro. Essa colaboração aprimora o melhor de nossas capacidades tecnológicas, fortalece a base industrial transatlântica e oferece oportunidades para desenvolvimento cooperativo.”

A BAE Systems, que liderará o projeto no Reino Unido, planeja realizar a montagem final da aeronave em solo britânico — medida que promete gerar empregos qualificados, impulsionar a cadeia de suprimentos nacional e fortalecer a autonomia tecnológica do país. O programa prevê ainda o desenvolvimento de um sistema completo de treinamento que combine ambientes reais, sintéticos e simulações avançadas, ampliando a capacidade de formação com menor custo e maior segurança.

T-7: a nova referência no treinamento de pilotos

O T-7A Red Hawk, selecionado pela Força Aérea dos Estados Unidos em 2018, será a base da proposta conjunta. Projetado para oferecer um salto multigeracional em flexibilidade e desempenho, o jato incorpora ferramentas avançadas de treinamento ao vivo, virtual e construtivo, ajustando-se às demandas de pilotos que migrarão para aeronaves de combate de alta performance.

Para Lars Tossman, chefe da área de Aeronáutica da Saab, a colaboração amplia o potencial do programa: “A forte parceria entre a Boeing e a Saab desenvolveu o T-7 para ser a melhor solução do mundo para o futuro treinamento de pilotos. Ao trabalhar com a BAE Systems, a Saab acredita que o Reino Unido poderá obter um sucessor à altura do Hawk, que será a escolha certa para pilotos nas próximas décadas.”

O Hawk, atual jato de treinamento avançado da RAF, aproxima-se do fim de sua vida útil, tornando o programa estratégico para garantir a continuidade da formação de pilotos de combate.

Benefícios industriais e operacionais para o Reino Unido

A BAE Systems destacou que o acordo reforça o compromisso de desenvolver uma solução que combine desempenho operacional elevado com benefícios industriais sustentáveis para o país.

Segundo Simon Barnes, diretor-geral da divisão aérea do grupo: “Nossa nova colaboração com a Boeing e a Saab nos permitirá apresentar uma proposta atraente para a RAF e para clientes globais. Estamos comprometidos em garantir que esta solução ofereça o melhor resultado geral para o Reino Unido, apoiando a prontidão aérea de combate e gerando benefícios econômicos.”

Perspectivas internacionais

Além de atender à demanda britânica, as três empresas planejam utilizar o modelo de parceria para disputar oportunidades globais num cenário em que diversos países buscam substitutos para seus treinadores avançados. O T-7, com sua arquitetura modular e foco em integração de sistemas, aparece como um dos principais candidatos nesse mercado.

A nova Carta de Intenções inaugura a fase inicial de uma cooperação que poderá redefinir o treinamento militar no Reino Unido e ampliar a presença internacional do T-7 como plataforma de referência para aviação de combate de próxima geração.


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com SAAB

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Milipol e LAAD lançam parceria estratégica para criar o principal evento de segurança nacional na América Latina

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A indústria de segurança nacional na América Latina ganhará um novo marco com o lançamento da LAAD Security Milipol Brazil, resultado de uma parceria inédita entre a tradicional rede internacional Milipol e a LAAD, maior feira de segurança pública da região. O novo evento nasce com o objetivo de se tornar a principal plataforma latino-americana dedicada às forças de segurança, à proteção institucional e às tecnologias de defesa interna.

A iniciativa é organizada pela GIE Milipol, liderada pela Civipol, operadora internacional de cooperação técnica do Ministério do Interior da França, em colaboração com a Comexposium Security e a Creative Events, organizadora da LAAD no Brasil. A união das duas marcas consolida um movimento estratégico para fortalecer a cooperação entre Brasil e França no campo da segurança nacional.

Para o presidente da rede Milipol, Sr. Jounot, a chegada da marca ao Brasil reflete décadas de experiência acumulada e o papel da Milipol como referência global no setor. 

“Há mais de 30 anos, a marca MILIPOL é sinônimo de eventos internacionais de alta qualidade na área de segurança nacional. Esta parceria com a LAAD ilustra o forte compromisso da França e do Brasil em fortalecer e desenvolver sua cooperação estratégica em segurança nacional.”

Com mais de três décadas de atuação, a Milipol consolidou-se como líder mundial em feiras especializadas, promovendo encontros entre empresas, autoridades e especialistas para apresentar inovações tecnológicas e debater os desafios emergentes em segurança. A marca é reconhecida por eventos como Milipol Paris, Milipol Qatar, Milipol TechX e Milipol India, agora somando a LAAD Security Milipol Brazil ao seu portfólio.

A nova feira reunirá autoridades governamentais, usuários profissionais e líderes globais do setor, criando um ambiente de cooperação e intercâmbio técnico essencial para enfrentar ameaças cada vez mais complexas. A expectativa é que o evento se torne um polo de networking, desenvolvimento de sinergias e transferência de conhecimento, ampliando a integração entre instituições brasileiras e internacionais.

A LAAD Security Milipol Brazil pretende fortalecer toda a cadeia de segurança nacional, oferecendo uma vitrine para tecnologias de proteção, defesa, inteligência, equipamentos táticos e soluções de comando e controle, ao mesmo tempo em que reforça a presença brasileira no circuito mundial de eventos estratégicos do setor.


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ASELSAN e CALIDUS avançam em integração tecnológica de aeronaves e blindados

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A ASELSAN ampliou significativamente sua atuação nos Emirados Árabes Unidos ao firmar novos contratos estratégicos com a CALIDUS, uma das principais empresas de defesa do país, durante o Dubai Airshow 2025. Os acordos fortalecem o papel da companhia turca como fornecedora de tecnologias avançadas para plataformas aéreas e terrestres no Oriente Médio.

O primeiro contrato envolve o fornecimento completo da suíte de aviônicos para a aeronave WX-80, projetada para missões de modificação climática e semeadura de nuvens. A integração da tecnologia da ASELSAN promete elevar o desempenho operacional da aeronave, garantindo maior confiabilidade, consciência situacional e precisão nas operações.

O segundo acordo prevê a integração do sistema YAMGÖZ 360“, uma solução de consciência situacional avançada, nos veículos blindados 8x8 WAHASH. O sistema oferece vigilância em tempo real, detecção de ameaças e visão panorâmica integral, aumentando a segurança e a eficiência das tripulações, especialmente em ambientes complexos.

A parceria com a CALIDUS reforça o perfil da ASELSAN como líder no desenvolvimento de aviônicos e sensores inteligentes, oferecendo soluções interoperáveis e adaptáveis às necessidades do cliente.

Segundo Ahmet Akyol, presidente e CEO da ASELSAN: “Os acordos com a CALIDUS são reflexo de uma cooperação madura e estratégica. Estamos fornecendo tecnologias essenciais tanto para o WX-80 quanto para os veículos WAHASH, contribuindo diretamente para a eficiência operacional das Forças dos Emirados Árabes Unidos.”

Durante o Dubai Airshow, os sistemas apresentados no estande da ASELSAN, como o radar MURAD AESA, o sistema eletro-óptico ASELFLIR 500 e o suíte de guerra eletrônica HEWS, demonstraram a diversidade de produtos que a empresa pode integrar às soluções emiradenses.

Com esses contratos, ASELSAN e CALIDUS aprofundam uma parceria que tende a se expandir para novos domínios, consolidando-se como um dos eixos mais importantes da cooperação tecnológica entre Türkiye e Emirados Árabes Unidos.


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ASELSAN e EDGE Group reforçam cooperação tecnológica no Dubai Airshow 2025

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A ASELSAN, maior empresa de defesa da Türkiye, consolidou mais um passo em sua estratégia de internacionalização ao ampliar sua cooperação com o EDGE Group, maior conglomerado de defesa dos Emirados Árabes Unidos, durante o Dubai Airshow 2025. A movimentação reforça os laços entre duas das organizações mais influentes do setor no Oriente Médio, com foco em inovação, integração tecnológica e desenvolvimento conjunto de capacidades estratégicas.

No evento, a ASELSAN assinou dois Memorandos de Entendimento (MoUs) com subsidiárias da EDGE Group:

  • HALCON – colaboração voltada para o avanço de tecnologias eletro-ópticas, integrando sensores, sistemas de detecção e soluções de vigilância de última geração.

  • ADASI – parceria direcionada ao desenvolvimento de cargas úteis aéreas avançadas para plataformas tripuladas e não tripuladas, ampliando a interoperabilidade e a performance operacional desses sistemas.

Segundo ambas as partes, os acordos visam estimular a co-criação de tecnologias críticas, fortalecer cadeias produtivas locais e ampliar o intercâmbio de engenharia de ponta, com potencial de gerar produtos conjuntos competitivos no cenário internacional.

O reforço dessa aliança ocorre em um momento em que o Oriente Médio avança na construção de competências industriais próprias, impulsionando investimentos em autonomia estratégica. A EDGE, por sua vez, tem apostado na cooperação com líderes globais como a ASELSAN para acelerar o desenvolvimento de sistemas de defesa integrados.

Durante o Dubai Airshow, a ASELSAN também apresentou soluções que poderão ser objeto das futuras cooperações, incluindo o sistema eletro-óptico ASELFLIR 500, o sensor TOYGUN, o radar MURAD AESA e o suite de guerra eletrônica HEWS, todos potencialmente aplicáveis às plataformas da EDGE Group.

O presidente e CEO da ASELSAN, Ahmet Akyol, celebrou a consolidação da parceria: “O Dubai Airshow é um ponto de convergência para iniciativas transformadoras. Com HALCON e ADASI, ampliamos nossa colaboração em tecnologias críticas e fortalecemos a autonomia operacional de nossos parceiros regionais.”

Com os novos MoUs, ASELSAN e EDGE reforçam uma relação estratégica que tende a ganhar ainda mais relevância nos próximos anos, abrindo caminho para desenvolvimentos conjuntos que poderão redefinir o panorama tecnológico de defesa no Oriente Médio.


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Akaer firma parceria estratégica no Dubai Airshow 2025 e acelera expansão global

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A Akaer anunciou um novo e decisivo avanço em sua trajetória de crescimento internacional durante o Dubai Airshow 2025. A empresa brasileira, referência em engenharia de alta complexidade nos setores aeroespacial e de defesa, firmou uma parceria estratégica com o Boavista Pay, instituição financeira de renome, com forte capacidade de investimento e presença consolidada no Brasil e no exterior.

O acordo representa um reforço significativo na estrutura financeira da Akaer, ampliando sua capacidade de execução em programas estratégicos, como o D328eco, o cargueiro de grande porte WindRunner e o LUS-222, além de outros projetos que seguem sob confidencialidade. A parceria assegura mais agilidade, estabilidade e competitividade global para a companhia, ao mesmo tempo em que fortalece sua posição entre os principais players tecnológicos do setor.

Segundo Cesar Silva, CEO da Akaer, o fortalecimento financeiro impulsiona diretamente a capacidade de inovação da empresa.

“Com o apoio do Boavista Pay, avançamos com ainda mais segurança em programas que moldam o futuro da indústria aeroespacial e de defesa. É uma parceria que reforça nossa visão de longo prazo e nosso compromisso com a soberania tecnológica do Brasil.”

O Boavista Pay, por sua vez, ressalta o impacto econômico e social do acordo. Para o diretor financeiro Leonardo Shinohara, a escolha da Akaer reflete a confiança em um projeto com profunda relevância industrial: “A Akaer é uma referência nacional e internacional em engenharia de alta complexidade. Contribuir para seu crescimento significa apoiar a evolução tecnológica do país e fortalecer negócios sustentáveis de grande impacto.”

Akaer: três décadas de inovação e liderança tecnológica

Com 33 anos de atuação, a Akaer acumula mais de 10 milhões de horas de engenharia e presença em mais de 50 programas aeroespaciais globais. Entre seus principais marcos estão contribuições essenciais para o avião militar C-390 Millennium, da Embraer; o caça supersônico Gripen E, em parceria com a sueca Saab; e o jato de treinamento e ataque leve Hürjet, da Turkish Aerospace.

Em 2024, a empresa tornou-se a primeira brasileira reconhecida como Fornecedora Global de Nível 1 no setor aeroespacial, ao assinar contrato com a Deutsche Aircraft para produzir a fuselagem dianteira do D328eco, feito que consolidou sua posição como protagonista industrial no cenário internacional.

Um movimento estratégico para o futuro

A nova parceria com o Boavista Pay não apenas reforça a capacidade da Akaer de conduzir projetos de grande porte, como também a posiciona de forma ainda mais competitiva em um mercado global marcado por demandas crescentes de inovação, sustentabilidade e autonomia tecnológica.

Com o impulso financeiro e institucional garantido pelo acordo, a empresa entra em uma nova fase de expansão, mirando oportunidades internacionais e contribuindo diretamente para o fortalecimento da base industrial de defesa e da soberania tecnológica do Brasil.


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com Rossi Comunicação

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Operação Furnas 2025 - Participação inédita de tropas estrangeiras reúne contingentes francês e italiano no "Mar de Minas"

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Entre os dias 21 e 30 de outubro, o Corpo de Fuzileiros Navais conduziu a "Operação Furnas 2025", o maior exercício da Marinha do Brasil realizado em Minas Gerais. A edição deste ano assumiu caráter histórico ao contar, pela primeira vez, com a participação de tropas estrangeiras, contingentes da França e da Itália se integraram plenamente às atividades conduzidas pelos Fuzileiros Navais brasileiros.

Realizada no emblemático cenário de Furnas, conhecido como “Mar de Minas”, a Operação Furnas 2025 reuniu toda a estrutura do CFN, desde meios anfíbios e ribeirinhos até unidades de engenharia, logística e forças especiais, consolidando-se como um dos maiores e mais completos adestramentos dos Fuzileiros Navais. O GBN Defense acompanhou as atividades in loco, registrando a dinâmica multinacional e o impacto positivo da presença europeia no nível de interoperabilidade do treinamento.

Ao longo do exercício, os militares franceses se integraram às frações brasileiras em atividades de combate fluvial, participando de patrulhas, navegação tática e ações de controle de margens, vivenciando de perto a dinâmica das operações ribeirinhas conduzidas pelo Corpo de Fuzileiros Navais. No “Mar de Minas”, também se incorporaram às operações de desembarque anfíbio, utilizando diversos meios, incluindo o CLAnf (Carro Lagarta Anfíbio), onde puderam reforçar técnicas de projeção de poder e aprimorar procedimentos conjuntos em áreas ribeirinhas.

A tropa ainda enfrentou o exigente percurso de natação utilitária, avançando em deslocamentos aquáticos que simulavam infiltrações discretas e a transposição de rios e cursos d’água, exigindo elevado nível de resistência, coordenação e preparo físico. Em paralelo, executaram tiro embarcado, aplicando técnicas de engajamento a partir de embarcações e promovendo uma intensa troca de conhecimentos doutrinários.

Por fim, concluíram atividades de topografia, envolvendo navegação terrestre e orientação em terreno irregular, momento em que brasileiros, franceses e italianos compartilharam métodos, técnicas e experiências, enriquecendo o domínio operacional das forças participantes em ambiente ribeirinho.

A avaliação dos militares franceses foi extremamente positiva. Para o contingente europeu, a Operação Furnas 2025 representou “uma verdadeira missão de colaboração”, marcando um intercâmbio efetivo de doutrinas, técnicas e abordagens de preparo ao combate. A convivência entre forças de três países distintos ampliou a compreensão mútua e fortaleceu a interoperabilidade, um dos principais objetivos desta edição.

A presença inédita de contingentes estrangeiros reforça o papel do Brasil como polo regional de adestramento e demonstra a maturidade doutrinária do Corpo de Fuzileiros Navais. A Operação Furnas 2025 não apenas ampliou a integração entre forças amigas, mas também reafirmou o valor estratégico do “Mar de Minas” como ambiente privilegiado para desenvolver capacidades anfíbias, ribeirinhas e lacustres em um cenário desafiador e realista.


por Angelo Nicolaci

Imagens Welter Mesquita


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Mac Jee assume MAR-1 e MAA-1B e confirma retomada dos projetos antecipada pelo GBN Defense

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A Mac Jee deu um passo histórico em sua evolução tecnológica e consolidou um avanço decisivo rumo à soberania brasileira no campo de mísseis. Com a aquisição da propriedade intelectual dos mísseis MAR-1 e MAA-1B, a empresa confirma as movimentações antecipadas pelo GBN Defense em 8 de novembro, quando publicamos a reportagem exclusiva intitulada: “EXCLUSIVO: Movimentações indicam possível retomada de projetos da antiga Mectron”.

Esse marco coloca o Brasil novamente entre o seleto grupo de países com domínio sobre tecnologias críticas de propulsão, guiamento e produção em massa de mísseis, uma capacidade estratégica cada vez mais valorizada no cenário geopolítico contemporâneo e essencial para qualquer nação que busca autonomia em defesa e dissuasão efetiva.

Um salto construído ao longo de anos

A consolidação desse movimento é resultado de anos de investimentos da Mac Jee em pesquisa e desenvolvimento, especialmente nas áreas de propulsão, orientação, ogivas e eletrônica embarcada. Além disso, a empresa inaugurou a maior planta industrial do Hemisfério Sul dedicada à produção de munições pesadas e sistemas de armas, com capacidade para fabricar bombas da série MK-80 e outras soluções.

O avanço foi acompanhado da formação de uma equipe de engenharia robusta e multidisciplinar, reunindo especialistas de alto nível em propulsão, eletrônica, computação, software, orientação, aerodinâmica, química e integração de sistemas. Paralelamente, a empresa firmou parceria com a Força Aérea Brasileira no desenvolvimento de um acelerador para foguetes hipersônicos, posicionando o país no radar de tecnologias emergentes de alta velocidade.

Retomada de dois projetos estratégicos

Com a aquisição da propriedade intelectual dos mísseis MAR-1 e MAA-1B, a Mac Jee assume totalmente o legado da antiga Mectron, que havia conduzido o desenvolvimento original de ambos os sistemas.

O MAR-1, míssil antirradição projetado para neutralizar radares inimigos, é uma das capacidades mais sensíveis e raras da indústria de defesa no Hemisfério Sul. Já o MAA-1B representa a evolução nacional no segmento de mísseis ar-ar de curto alcance, voltado para o combate aproximado e capaz de equipar aeronaves de alto desempenho como o F-39E Gripen.

Ambos haviam atingido estágios avançados de maturidade antes da interrupção dos programas, e agora retornam sob gestão de uma empresa com condições industriais, tecnológicas e financeiras de concluir seu desenvolvimento e iniciar produção.

Novos programas e arquitetura comum de mísseis

A Mac Jee também prepara o anúncio de outros dois programas inéditos, que estão em fase final de desenvolvimento interno. Embora detalhes permaneçam sob sigilo, as informações obtidas indicam que a empresa está estruturando uma base comum de mísseis estratégicos, compartilhando módulos, componentes e processos industriais.

Esse conceito permite reduzir custos, aumentar a escala produtiva e acelerar o desenvolvimento de novas famílias de armamentos, criando uma linha de produtos adaptável às necessidades da Força Aérea, do Exército, da Marinha e de parceiros internacionais.

Impacto para a Base Industrial de Defesa e para o Brasil

O movimento representa uma aceleração significativa de novos programas, fortalece a Base Industrial de Defesa e recoloca o Brasil como líder regional no desenvolvimento de mísseis. Em um momento em que a produção em massa de armamentos guiados se torna fator crítico, como evidenciado em conflitos recentes, incluindo a guerra na Ucrânia, o Brasil passa a contar com uma empresa capaz de integrar capacidade industrial, domínio tecnológico e independência em propriedade intelectual.

A retomada dos projetos MAR-1 e MAA-1B, confirmada agora oficialmente pela Mac Jee, representa não apenas um resgate de décadas de investimento nacional, mas também um salto estratégico para o futuro da defesa brasileira.


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segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Türkiye avança em acordo com o Catar para transferência de caças Eurofighter Tranche 3A

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A diplomacia turca confirmou um passo decisivo para reforçar a capacidade de combate de sua força aérea. O Ministro das Relações Exteriores da Türkiye, Hakan Fidan, afirmou que Ancara e Doha chegaram a um entendimento político para a transferência de caças Eurofighter Tranche 3A pertencentes à Força Aérea do Catar. O anúncio foi feito em entrevista ao canal AHaber, onde Fidan detalhou que a visita recente do presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, ao país consolidou a parte política do acordo, deixando agora às forças aéreas dos dois países a condução das tratativas técnicas.

A medida é estratégica para a Türkiye, que há décadas opera o F-16 como seu único caça de linha, enquanto a frota de F-4E permanece dedicada principalmente a missões de ataque. A introdução de Eurofighters representará um salto qualitativo para a Força Aérea Turca, especialmente em operações de superioridade aérea e combate além do alcance visual.

Caso a transferência seja efetivada, a frota turca de Eurofighters praticamente dobrará, somando-se às 20 aeronaves novas cuja aquisição já foi pactuada com o Reino Unido. Embora usados, os caças cedidos pelo Catar têm menos de cinco anos de operação, preservando alto valor tecnológico e vida útil extensa.

Equipamentos e capacidades

A variante Tranche 3A se destaca pela possibilidade de substituir o radar mecânico Captor-M pelo avançado radar AESA da série Captor-E, equipado com tecnologia de varredura ativa e capacidade de pivotamento, ampliando significativamente a área de rastreamento e a consciência situacional em combate.

Os novos Eurofighters que serão fabricados para a Türkiye deverão empregar o Captor-E, provavelmente na versão ECRS Mk2, já escolhida pelo Reino Unido e Itália para suas frotas. Esse radar oferece capacidades aprimoradas de guerra eletrônica, superando amplamente o ECRS Mk0 básico. Países como Espanha e Alemanha seguem um caminho diferente, adotando o ECRS Mk1 em seus programas.

Outro diferencial relevante é a compatibilidade dos Eurofighters do Catar com sistemas de armas avançados, como o míssil ar-ar de longo alcance Meteor, dotado de motor ramjet, e o míssil ar-superfície Brimstone, reconhecido por sua precisão em alvos móveis.

Ampliação de capacidades estratégicas

Para Ancara, a introdução do Eurofighter representa mais do que fortalecer a frota, simboliza a diversificação de fornecedores e uma menor dependência tecnológica dos Estados Unidos, especialmente em um momento em que negociações relacionadas ao F-16 Block 70 encontram obstáculos políticos.

Ao mesmo tempo, o acordo reforça a aproximação entre Türkiye e Catar em matéria de defesa, consolidada por uma série de entendimentos estratégicos construídos nos últimos anos.

Se concluída, a transferência não apenas permitirá que a Türkiye se familiarize rapidamente com a plataforma, como também garantirá uma transição mais suave para os futuros lotes produzidos sob encomenda.


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Beowulf - Canadá avança em mobilidade no Ártico com parceria entre BAE Systems e GDLS

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A BAE Systems e a General Dynamics Land Systems formalizaram uma parceria estratégica para oferecer o veículo todo-terreno BvS10 Beowulf ao projeto de Aprimoramento da Mobilidade no Ártico Canadense (DAME), do Exército do Canadá. O acordo combina a expertise da BAE Systems Hägglunds no desenvolvimento de plataformas de alta mobilidade e a capacidade da GDLS de fornecer suporte em serviço de longo prazo em território canadense.

“A capacidade de operar no Ártico é crucial para o Canadá, e o Beowulf impulsionará os objetivos estratégicos atuais e futuros devido à sua capacidade de operar em temperaturas extremas e terrenos inóspitos”, afirmou Tommy-Gustafsson-Rask, diretor-geral da BAE Systems Hägglunds. Ele destacou ainda que a linha de produção consolidada e a cadeia de suprimentos integrada garantem disponibilidade de peças e sustentação contínua.

O Beowulf é um veículo de carroceria dupla com elevada mobilidade fora de estrada, projetado para superar lama, areia, turfeiras, neve, gelo e águas profundas graças às suas capacidades anfíbias. Baseado na família BvS10, já operada por oito nações, incluindo seis membros da OTAN, o sistema oferece maturidade tecnológica e reduzido risco operacional para missões em ambientes extremos.

Para a GDLS, o projeto reforça décadas de parceria com as Forças Armadas Canadenses. “Estamos orgulhosos de trazer o Beowulf para atender aos requisitos do DAME”, afirmou Dave Haggerty, vice-presidente e gerente-geral da GDLS-Canadá. Segundo ele, a expertise acumulada pela empresa permitirá fornecer componentes produzidos no Canadá e adaptados às necessidades nacionais, garantindo relevância operacional e logística ao longo de todo o ciclo de vida do veículo.

BAE Systems Hägglunds e GDLS destacaram que a proposta oferece ao Canadá uma capacidade robusta e comprovada, apta a permitir presença sustentada no Ártico e resposta eficaz a ameaças emergentes em coordenação com aliados.

Solução para o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil?

Embora concebido para o ambiente ártico, o BvS10 Beowulf apresenta características que dialogam diretamente com necessidades atuais e futuras do Corpo de Fuzileiros Navais, sobretudo com a futura incorporação do ex-HMS Bulwark, agora NDM Oiapoque, que ampliará o alcance expedicionário da Força.

Com sua carroceria dupla, baixa pressão sobre o solo e elevada mobilidade em terrenos saturados ou destruídos, o Beowulf pode oferecer ganhos significativos em operações anfíbias, ribeirinhas, litorâneas e em áreas afetadas por desastres naturais. Essa versatilidade interessa especialmente diante dos recentes cenários de atuação do CFN em apoio à população nas enchentes do Rio Grande do Sul e nos deslizamentos no litoral paulista, quando equipes enfrentaram vias colapsadas, áreas totalmente alagadas e regiões isoladas onde a mobilidade terrestre convencional se tornou inviável.

Plataformas como o Beowulf reduziriam esses gargalos, permitindo alcançar rapidamente zonas isoladas, transportar suprimentos, retirar desabrigados e dar apoio logístico em cenários extremos. Sua modularidade também permite configurar versões para transporte de tropas, evacuações médicas, comunicações e apoio humanitário, capacidades essenciais para missões de Defesa Civil e operações interagências.

Em um momento em que o CFN revisita seu portfólio de meios e avalia soluções de alta mobilidade leve, o Beowulf surge como uma opção tecnicamente coerente para complementar as capacidades que o NDM Oiapoque trará à Marinha do Brasil, reforçando a prontidão expedicionária e a capacidade de resposta em ambientes desafiadores.


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Seis países europeus avançam em cooperação para possível aquisição conjunta do veículo de combate CV90

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Seis países europeus deram um novo passo rumo a uma potencial aquisição multinacional do veículo de combate de infantaria CV90 ao assinarem, em 12 de novembro de 2025, um documento de entendimento que reforça a coordenação técnica e operacional entre as nações. Finlândia, Suécia, Noruega, Lituânia, Estônia e Holanda confirmaram que o acordo servirá como base para avaliações conjuntas e para o alinhamento no desenvolvimento futuro da plataforma.

A assinatura foi anunciada pela Administração Sueca de Material de Defesa (FMV), que classificou o acordo como um marco importante na cooperação de defesa nórdico-báltica. O órgão destacou que o CV90, conhecido na Suécia como Stridsfordon 90, ocupa papel central nos esforços regionais de modernização de capacidades terrestres. O documento decorre de uma Declaração de Intenções firmada pelos ministros da Defesa no início do ano, voltada à preparação de uma possível aquisição coletiva.

Segundo a FMV, as frotas de CV90 operadas pelos países envolvidos formarão, em conjunto, uma capacidade expressiva no âmbito da OTAN, ampliando a dissuasão e o nível de prontidão militar em todo o flanco norte da aliança. O órgão também ressaltou que a cooperação permitirá reduzir custos, otimizar prazos de entrega e elevar a eficiência logística e de manutenção do sistema.

A diretora interina de Material de Defesa da Suécia, Eva Hagwall, afirmou que a iniciativa representa um avanço concreto em direção à expansão conjunta da frota de CV90. Para ela, o compartilhamento de um mesmo sistema de veículos facilita a interoperabilidade entre as forças armadas dos países, especialmente nos campos de manutenção, apoio e desenvolvimento tecnológico. Hagwall destacou ainda que a colaboração em aquisições de grande porte é essencial para fortalecer a capacidade de defesa coletiva entre aliados.

A Finlândia também destacou a relevância estratégica da iniciativa, afirmando que a aquisição de novos veículos de combate está alinhada às diretrizes do Relatório de Defesa nacional. O ministro da Defesa, Antti Häkkänen, afirmou que o projeto está diretamente relacionado ao aumento do poder de fogo e da mobilidade das tropas, à substituição de blindados em processo de desativação e à necessidade de ampliar o número de veículos disponíveis diante do atual cenário de ameaças. Segundo ele, as compras conjuntas buscam ganhos de escala, maior compatibilidade, interoperabilidade e segurança de fornecimento, além de benefícios logísticos de longo prazo.

Hoje, o CV90 está presente nas frotas de dez países europeus. A variante avaliada pelo grupo deverá manter compatibilidade com a selecionada por três dos parceiros e conservar características essenciais com modelos empregados por outros cinco, reforçando a interoperabilidade entre os participantes. Essa convergência técnica é vista pelos países como uma forma de garantir coesão operacional e sustentabilidade ao longo de todo o ciclo de vida do sistema.

Embora não seja juridicamente vinculativo, o documento firmado cria as bases para uma cooperação mais profunda entre os seis países e fortalece o esforço coletivo de desenvolvimento do CV90. Ele dá continuidade ao compromisso firmado em 5 de junho de 2025, quando os parceiros decidiram avançar nas análises e preparativos para uma potencial aquisição conjunta da plataforma.

CV90-120 no radar brasileiro

A variante CV90-120, armada com canhão de 120 mm e classificada como carro de combate leve, aparece entre as opções avaliadas de forma preliminar para futuros programas do Exército Brasileiro e do Corpo de Fuzileiros Navais. O modelo disputa espaço com o Tulpar, desenvolvido na Türkiye, ambos oferecendo alto poder de fogo, mobilidade e modularidade para operações mecanizadas.

O interesse brasileiro decorre da necessidade de renovar meios de combate e adotar plataformas mais ágeis e versáteis, capazes de atuar em diferentes ambientes e integradas a novos sistemas de comando e controle. Ainda sem definições oficiais, o cenário indica que veículos como o CV90-120 tendem a figurar entre os principais concorrentes.


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Elbit Systems apresenta sistema HR-MWS PAWS-2 com alta resolução e capacidade ampliada de detecção de mísseis

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A Elbit Systems divulgou novos detalhes sobre o PAWS-2(HR), a versão de alta resolução de seu sistema infravermelho de alerta de mísseis, projetado para ampliar a proteção de aeronaves de combate, transporte e helicópteros em cenários operacionais cada vez mais complexos. Com ameaças modernas baseadas em sensores infravermelhos passivos e sistemas eletro-ópticos se tornando predominantes no campo de batalha, a detecção precoce deixou de ser apenas uma vantagem e se tornou um requisito vital para a sobrevivência da plataforma e da tripulação.

O PAWS-2(HR) foi desenvolvido para responder a esse desafio. O sistema utiliza um sensor MWIR refrigerado de nova geração, derivado da família Common-MAWS, que opera com resolução superior a 5 megapixels. Essa combinação permite identificar lançamentos de mísseis a longas distâncias com grande precisão, garantindo tempo adicional para a ativação de contramedidas. Projetado para operar em ambientes densos, saturados por múltiplas ameaças e interferências, o sistema mantém baixos índices de alarmes falsos graças a algoritmos avançados de processamento de imagem e à discriminação eficiente entre objetos estáticos e dinâmicos.

Segundo a empresa, o PAWS-2(HR) é capaz de detectar uma ampla variedade de ameaças, incluindo mísseis terra-ar, ar-ar e MANPADS, independentemente do tipo de buscador empregado. O sistema também amplia a consciência situacional da tripulação ao identificar com precisão o ponto de lançamento e ao geolocalizar vetores inimigos, permitindo que as aeronaves adotem manobras evasivas e acionem contramedidas de forma automática, quando configuradas dessa maneira.

Além da detecção antecipada de mísseis guiados, o HR-MWS incorpora a capacidade de identificar disparos de armas leves, lançamentos de RPG e até mísseis anticarro nas proximidades da aeronave, aumentando o nível de alerta em operações de baixa altitude ou em zonas urbanas. A taxa de amostragem elevada do sensor contribui para essa versatilidade, fornecendo dados contínuos para o sistema de autoproteção da aeronave.

Com maior separação angular entre ameaças próximas e precisão superior no cálculo de tempo de impacto, o PAWS-2(HR) facilita o gerenciamento de múltiplos engajamentos simultâneos, situação comum em guerras modernas. Essa capacidade é especialmente relevante em teatros onde aeronaves enfrentam camadas sobrepostas de defesa inimiga, combinando sistemas de radar, sensores infravermelhos e armamentos guiados.

O sistema foi projetado para integração em plataformas de diferentes portes e finalidades, reforçando a tendência global de ampliar a proteção passiva e ativa das aeronaves diante da proliferação de mísseis de curto alcance e de baixo custo.

A Elbit Systems destaca que o PAWS-2(HR) já se encontra em estágio maduro, sendo um sistema testado e comprovado, pronto para atender demandas de forças aéreas que buscam ampliar a capacidade de sobrevivência de suas aeronaves em cenários onde a ameaça de mísseis é constante.


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com Elbit Systems



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Operação Membeca 2025 mobiliza 1.800 militares no maior exercício do CML

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O Comando Militar do Leste, por meio da 1ª Divisão de Exército, mobilizou mais de 1.800 militares durante a Operação Membeca 2025, realizada entre 3 e 13 de novembro, no Campo de Instrução da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende. O exercício, o maior conduzido pelo CML no ano, reforçou o papel da preparação contínua e realista na manutenção da capacidade operacional do Exército Brasileiro, reunindo tropas de diferentes especialidades em cenários complexos e de alta intensidade.

Realizada anualmente, a Operação Membeca é um dos principais exercícios de adestramento avançado das tropas do Comando Militar do Leste. A atividade simula operações de guerra envolvendo o emprego combinado de viaturas blindadas, aeronaves, sistemas de defesa cibernética, estruturas modernas de comando e controle, além de amplo apoio logístico e tecnologias de simulação de combate. O objetivo é garantir que as unidades possam atuar com eficiência em ambientes dinâmicos, onde a coordenação entre diferentes meios é decisiva para o êxito das operações.

Ao longo desta edição, os militares executaram uma série de ações que refletem os desafios contemporâneos do campo de batalha. Entre elas, operações de proteção de civis em áreas de combate, tiro real de artilharia com observação embarcada, exercícios de Posto de Observação para Oficiais e Quadros, atividades logísticas diversas, procedimentos de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) e a condução de um ataque coordenado com emprego de meios mecanizados e dispositivos de simulação de engajamento tático, encerrando com uma ação de junção envolvendo múltiplas frações.

O Centro de Coordenação de Operações do CML estruturou o exercício em fases sucessivas, começando pela emissão das ordens iniciais, realizada pelo Comandante Militar do Leste, General de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos. A partir daí, foram planejados o deslocamento, a concentração estratégica e a integração de todos os meios envolvidos, reforçando a capacidade de pronta resposta das tropas subordinadas ao Comando.

Entre os equipamentos empregados na Operação, destacaram-se as viaturas blindadas Guarani, Cascavel e Lince, além dos helicópteros HM-4 Jaguar e HM-1 Pantera, do Comando de Aviação do Exército. Todas as funções de combate da Doutrina Militar Terrestre foram integradas, com emprego de modernos sistemas de Comando e Controle, Comunicações e Informática (C3I), bem como de Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA). Plataformas de tiro direto e indireto, incluindo metralhadoras, canhões, obuses e morteiros, foram empregadas com munições dos calibres 5,56 mm, 7,62 mm, 90 mm, 105 mm e 155 mm.

A integração com instituições civis também marcou a Operação. Discentes da Escola Superior de Guerra, do Instituto Meira Mattos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e alunos da Universidade Estácio de Sá acompanharam demonstrações táticas, como ataques coordenados e ações de proteção a civis, observando de perto a complexidade das operações e o grau de coordenação entre os diversos meios empregados.

A Operação Membeca 2025 foi encerrada no dia 13 de novembro, em uma formatura alusiva à data natalícia do Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes, comandante da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. A cerimônia sintetizou o espírito de preparo, prontidão e profissionalismo que guiou todo o exercício e marcou o encerramento das instruções do ano para as tropas do Comando Militar do Leste.


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com Exército Brasileiro 

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Forças israelenses disparam contra tropas da ONU no Líbano, conheça o cenário

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Forças militares de Israel abriram fogo, de forma não intencional, contra soldados da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) neste domingo (16), no sul do país. O episódio, que não deixou feridos, foi classificado pela missão de paz como uma violação grave da Resolução 1701, que rege as condições de segurança na região fronteiriça.

Segundo os militares israelenses, os disparos ocorreram durante uma ação contra dois indivíduos considerados suspeitos na área de El Hamames, próxima à fronteira. As tropas afirmaram que, devido às más condições climáticas, os soldados da ONU foram identificados erroneamente, levando à abertura de fogo. O incidente está sob investigação.

A Unifil relatou que os tiros partiram de um carro de combate Merkava posicionado dentro do território libanês. Os disparos de metralhadora pesada atingiram o solo a poucos metros dos mantenedores da paz, que se deslocavam a pé e precisaram buscar abrigo imediato. A situação só foi normalizada após contato direto da missão da ONU com as forças israelenses pelos canais oficiais, o que levou à retirada do veículo blindado.

Em comunicado, a Unifil destacou que o episódio representa uma violação direta da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que determina que nenhuma força armada, além das forças de paz e dos militares libaneses, pode operar no sul do Líbano. O dispositivo também estabelece medidas para evitar escaladas e preservar a estabilidade na linha de demarcação entre Líbano e Israel.

O Exército libanês reagiu afirmando que ações desse tipo reforçam a instabilidade na região e dificultam a atuação das próprias forças libanesas no sul do país. O governo também acusa Israel de manter posições militares e realizar operações aéreas no território libanês, contrariando o acordo firmado no último cessar-fogo.

Embora Israel e o Hezbollah tenham estabelecido um cessar-fogo no ano passado, as tensões persistem. Tel Aviv acusa o grupo libanês, apoiado pelo Irã, de tentar restabelecer e ampliar seu arsenal no sul. Já o governo do Líbano e a Unifil reiteram que Israel não cumpriu integralmente sua parte no acordo, ao manter presença militar em território libanês e continuar realizando ataques aéreos.

O episódio deste domingo soma-se a uma série de incidentes que demonstram a fragilidade da trégua e o risco de escalada na fronteira, onde qualquer erro de identificação, como o ocorrido, pode rapidamente se transformar em crise diplomática ou militar.

Incidentes recentes envolvendo Israel, Líbano e a Unifil

A presença da Unifil no sul do Líbano há quase cinco décadas tem sido marcada por episódios de tensão frequentes entre as forças israelenses, grupos armados libaneses e tropas de manutenção da paz. A seguir, alguns dos principais acontecimentos dos últimos anos que ajudam a contextualizar o incidente mais recente:

• Confrontos esporádicos ao longo da Linha Azul

Trocas de tiros entre posições israelenses e áreas controladas pelo Hezbollah ocorrem periodicamente, muitas vezes sem vítimas, mas suficientes para elevar o alerta na região. A Unifil costuma intervir rapidamente para evitar escaladas.

• Aumento das operações aéreas israelenses

Nos últimos anos, Israel intensificou sobrevoos e ataques aéreos contra alvos atribuídos ao Hezbollah no sul do Líbano e no interior do país. Beirute denuncia essas ações como violações da soberania e da Resolução 1701.

• Danos a equipamentos e veículos da ONU

Patrulhas da Unifil já relataram situações em que tiros de advertência ou disparos de origem desconhecida atingiram veículos e equipamentos da missão. Em alguns casos, drones de monitoramento foram derrubados.

• Restrições de acesso impostas por grupos locais

A Unifil enfrenta obstáculos ocasionais para circular livremente em áreas rurais controladas por milícias. Moradores, em alguns casos incentivados por grupos armados, bloqueiam estradas ou cercam veículos da missão.

• Ocupação de posições avançadas por Israel

Israel mantém postos militares avançados dentro do território libanês, o que o governo de Beirute considera uma violação continuada da 1701. Esses postos costumam ser pontos de atrito, com relatos de hostilidade entre patrulhas.

• Tensões durante períodos de negociação política

Sempre que há negociações envolvendo fronteiras, exploração de gás no Mediterrâneo ou cessar-fogos parciais, os incidentes tendem a aumentar, já que cada movimentação militar é interpretada como tentativa de influenciar acordos.

A repetição desses episódios mostra que, apesar do trabalho de mediação e vigilância da Unifil, o sul do Líbano continua sendo uma das áreas mais sensíveis do Oriente Médio. Situações de erro de identificação, como a registrada no domingo, reforçam o risco permanente de escaladas não intencionais.

O que é a Resolução 1701 da ONU e por que ela é central para a segurança no sul do Líbano

A Resolução 1701 foi aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em agosto de 2006, ao final da guerra entre Israel e o Hezbollah. O texto estabeleceu um conjunto de medidas destinadas a reduzir tensões na região e criar condições mínimas de estabilidade na fronteira.

Os principais pontos da resolução incluem:

• cessar imediato das hostilidades entre Israel e Hezbollah

• retirada das forças israelenses do território libanês

• proibição de qualquer grupo armado operando ao sul do rio Litani, exceto o Exército libanês e a Unifil

• reforço do mandato da Unifil, que passou a atuar com efetivo ampliado e maior liberdade de monitoramento

• apoio internacional à consolidação da presença das forças oficiais libanesas na região

Na prática, a 1701 funciona como o arcabouço jurídico que limita movimentos militares de ambos os lados e cria um perímetro de segurança. Qualquer violação, como entrada de tropas não autorizadas, disparos transfronteiriços ou ataques aéreos, é considerada uma ruptura direta das obrigações impostas pela comunidade internacional.

Apesar de ter reduzido a intensidade dos confrontos ao longo dos anos, a resolução é frequentemente descumprida, seja por operações israelenses em território libanês, seja por tentativas do Hezbollah de manter sua infraestrutura no sul. Esse cenário de violações recorrentes mantém a região em constante tensão.

Como funciona o patrulhamento da Unifil no sul do Líbano

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) é composta por militares de dezenas de países, com efetivo superior a 10 mil integrantes entre tropas terrestres, unidades navais e equipes de observação. O patrulhamento é o eixo central de sua missão e segue protocolos rígidos para reduzir tensões e monitorar eventuais violações na região.

O patrulhamento é realizado de três formas principais:

• patrulhas terrestres - São feitas diariamente em veículos blindados leves, caminhonetes e, em áreas mais sensíveis, também a pé. As rotas cobrem estradas principais, vilas e áreas rurais próximas à Linha Azul, a fronteira demarcada pela ONU. Durante as rondas, os militares verificam movimentações suspeitas, presença de infraestrutura militar irregular e eventuais danos provocados por ataques.

• postos de observação fixos - A Unifil mantém dezenas de bases e torres de vigilância ao longo da região. Nesses pontos, militares monitoram continuamente a movimentação no terreno e registram qualquer atividade que possa violar a Resolução 1701, seja de forças israelenses, do Hezbollah ou de outras milícias.

• apoio aéreo e naval - Helicópteros de reconhecimento realizam voos periódicos sobre a zona de responsabilidade da Unifil, auxiliando na identificação de obras, movimentações de tropas e incidentes em áreas de difícil acesso. No mar, a Força-Tarefa Marítima da missão patrulha a costa libanesa e atua no controle do tráfego naval, garantindo que embarcações não transportem armas ilegalmente.

A Marinha do Brasil por anos atuou com navios na Unifil 

O trabalho da Unifil é pautado por regras de engajamento estritas, que limitam o uso da força a situações de autodefesa. A missão também mantém diálogo permanente com o Exército libanês e com representantes israelenses por meio da chamada “tripartite”, uma mesa de coordenação dedicada a resolver incidentes e prevenir escaladas.

Apesar da estrutura ampla, o patrulhamento enfrenta desafios frequentes, como restrições de acesso em áreas controladas por milícias, condições climáticas adversas e a constante tensão militar ao longo da fronteira.

Carro de combate Merkava: características e papel na doutrina militar israelense

O Merkava é o principal carro de combate de Israel e um dos blindados mais conhecidos do mundo pela combinação entre poder de fogo, proteção blindada e foco no aumento da sobrevivência da tripulação. Desenvolvido por Israel após o embargo britânico na década de 1970, o projeto tornou-se um símbolo da autonomia industrial e militar israelense.

O Merkava possui um conjunto de características projetadas de acordo com a experiência operacional do país:

• motor posicionado na parte frontal do chassi, criando uma barreira adicional de proteção para a tripulação

• compartimento traseiro multifuncional, capaz de transportar munição extra, evacuar feridos ou embarcar pequenos grupos de soldados

• canhão principal de 120 mm nas versões mais recentes, com capacidade para empregar munições modernas e de longo alcance

• sistema avançado de controle de tiro, permitindo engajar alvos em movimento e operar em condições climáticas adversas

• blindagem modular e sistemas ativos de proteção, como o Trophy, capaz de interceptar foguetes e projéteis anticarro antes do impacto

Embora desenvolvido para combates de alta intensidade, o Merkava também é utilizado em funções de vigilância e controle de áreas fronteiriças, principalmente em terrenos onde Israel busca manter vantagem de observação e proteção.

No incidente com a Unifil, a presença de um Merkava dentro do território libanês foi considerada uma violação significativa, dada a sensibilidade da fronteira e o histórico de tensões regulado pela Resolução 1701.


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