terça-feira, 21 de outubro de 2025

Exército Brasileiro fortalece projeção internacional com curso de proteção de civis no Paraguai

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O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) reforçou o papel do país como referência em operações de paz e cooperação internacional ao enviar instrutores para integrar uma Equipe Móvel de Treinamento (EMT) no Paraguai, em parceria com o Centro de Entrenamiento Conjunto de Operaciones de Paz (CECOPAZ-PY). A missão teve como objetivo a realização do Curso de Proteção de Civis da ONU, promovendo intercâmbio técnico e fortalecendo os laços de camaradagem entre as Forças Armadas dos dois países.

O curso, realizado na cidade de Assunção, teve duração de duas semanas e foi estruturado em três módulos teóricos e um exercício prático final. Os módulos abordaram o Marco Conceitual da Proteção de Civis, o Marco Jurídico e o Marco Operacional, enquanto o exercício final simulou o cenário “Carana”, no qual os participantes aplicaram os conhecimentos adquiridos em uma operação de escolta de comboio humanitário.

Durante o treinamento, a Equipe Móvel de Treinamento utilizou metodologias ativas e dinâmicas de simulação, refletindo condições reais de missões de paz da ONU. A integração de doutrinas brasileiras contribuiu para o aprimoramento das capacidades de instrução do CECOPAZ-PY, elevando o nível técnico do treinamento regional e fortalecendo a interoperabilidade entre os países.

A iniciativa foi realizada em cumprimento ao Entendimento nº 35, firmado durante a XIII Conferência Bilateral de Estado-Maior Paraguai–Brasil em 2024, que prevê ações conjuntas de capacitação e intercâmbio doutrinário. A edição de 2025 contou com 21 participantes, sendo 20 do Paraguai e um do Peru, evidenciando o caráter multinacional e integrador da atividade.

Ao longo dos anos, o CCOPAB já enviou Equipes Móveis de Treinamento para Angola, Colômbia, Equador, México, Moçambique e Namíbia, consolidando o Brasil como exportador de conhecimento e boas práticas de operações de paz sob a égide das Nações Unidas. Essas missões reforçam o compromisso brasileiro com o multilateralismo, a paz e a cooperação internacional, além de fortalecer a imagem do país como ator relevante na diplomacia militar global.

O envio de instrutores para o Paraguai reafirma o protagonismo do CCOPAB e contribui diretamente para o aprimoramento das capacidades regionais de resposta a crises humanitárias e conflitos internacionais. Iniciativas como essa evidenciam a importância de destinar recursos consistentes à defesa e de incentivar o desenvolvimento da indústria nacional de defesa, garantindo que o Brasil continue capacitando militares, inovando tecnologicamente e consolidando sua posição estratégica na América do Sul e no cenário internacional.


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Criado 1⁰ Esquadrão de Drones de Reconhecimento e Ataque do Corpo de Fuzileiros Navais

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O Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil anunciou a ativação nas próximas semanas do primeiro esquadrão de drones táticos de reconhecimento e ataque, um marco importante na modernização das capacidades operacionais da força. O anúncio foi feito na segunda-feira, 20 de outubro de 2025, durante evento realizado no Rio de Janeiro, destacando a entrada definitiva dos sistemas não tripulados nas operações navais e anfíbias brasileiras.

O novo esquadrão terá como missão ampliar a capacidade de vigilância, reconhecimento e ataque, utilizando drones que operam tanto de forma autônoma quanto sob controle remoto. Entre os destaques está um protótipo de drone kamikaze desenvolvido pelo Batalhão de Combate Aéreo, que já passou por testes iniciais, sendo empregado durante a Operação Atlas 2025 em Formosa (GO), e poderá ser integrado às operações táticas, oferecendo respostas rápidas e precisas em cenários de alto risco.

A Marinha ressalta que a introdução de drones representa uma mudança estratégica, permitindo maior agilidade, precisão e segurança nas missões. A tecnologia também reduz a exposição do efetivo a situações perigosas, ao mesmo tempo em que amplia a capacidade de atuação em ambientes complexos e contestados.

A ativação do esquadrão de drones táticos reforça a necessidade de investimentos contínuos e estratégicos em defesa, não apenas para manter a prontidão das Forças Armadas, mas também para estimular o crescimento da indústria nacional de defesa. O fortalecimento de programas como esse contribui para a inovação tecnológica, gera empregos qualificados e posiciona o Brasil como um ator relevante no setor global de sistemas não tripulados, alinhando segurança nacional e desenvolvimento econômico.


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com Marinha do Brasil

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Radar MURAD 100-A AESA da ASELSAN conclui primeiro voo no Bayraktar KIZILELMA

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O radar de controle de tiro MURAD 100-A AESA, desenvolvido pela ASELSAN, realizou com sucesso seu primeiro voo a bordo do Bayraktar KIZILELMA, marcando um avanço significativo na capacidade de combate aéreo da Turquia. O sistema utiliza arquitetura AESA, permitindo direcionamento eletrônico ágil, detecção e rastreamento de múltiplos alvos, além de engajamento em missões ar-ar e ar-solo.

O MURAD 100-A oferece integração com mísseis além do alcance visual, aumentando a eficácia de aeronaves tripuladas e não tripuladas em operações de combate moderno. Sua integração com o Bayraktar AKINCI foi concluída em 2024, com o primeiro voo realizado em fevereiro de 2025, seguido de diversos testes para validar todas as funções do radar.

Com a integração ao KIZILELMA agora finalizada, o radar demonstrou capacidades avançadas de detecção simultânea de múltiplos alvos, rastreamento contínuo e orientação de mísseis, confirmando sua adaptabilidade a diferentes plataformas aéreas e sua prontidão para operação.

Projetado para os desafios da guerra aérea moderna, o MURAD 100-A combina ampla cobertura de frequência, desempenho de detecção diferenciado, amplificação de potência baseada em GaN, formação de feixe digital em nível de submatriz e operação intercalada no tempo. Esses recursos garantem precisão e confiabilidade em cenários complexos, tanto em engajamento ar-ar quanto ar-solo, consolidando o radar como um componente essencial para as futuras aeronaves de combate turcas.


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com Aselsan

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Suécia recebe primeiro caça Gripen E e inicia novo capítulo na defesa aérea

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As Forças Armadas da Suécia receberam oficialmente o primeiro caça JAS 39 Gripen E durante uma cerimônia realizada em 20 de outubro de 2025 na Ala Aérea de Skaraborg (F 7), em Såtenäs. O evento marca um passo importante na modernização do poder aéreo sueco, com a introdução de uma aeronave de nova geração, projetada para enfrentar ameaças futuras e operar em ambientes contestados.

A Ala Aérea F 7 foi designada em 2021 como a primeira unidade operacional a ser equipada com o Gripen E em tempo de guerra. A cerimônia contou com representantes do Ministério da Defesa, das Forças Armadas Suecas, da Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) e da Saab. O ministro da Defesa, Pål Jonson, destacou a importância do momento, afirmando que o Gripen E representa a vanguarda tecnológica da Suécia, com sistemas avançados de guerra eletrônica, sensores modernos e capacidade de receber atualizações de software em poucas horas, incluindo recursos de inteligência artificial que têm atraído atenção internacional.

O comandante-em-chefe das Forças Armadas Suecas, general Michael Claesson, reforçou que a entrada do Gripen E em serviço é fruto de uma cooperação de longo prazo entre as Forças Armadas, a FMV e a indústria sueca, fortalecendo a capacidade de defesa nacional em conjunto com os aliados. O chefe da Força Aérea, Jonas Wikman, destacou que a aeronave combina flexibilidade operacional com maior desempenho, sensores avançados e consciência situacional superior.

Ao contrário de transições anteriores, como do Viggen para o Gripen, a Força Aérea Sueca operará o Gripen E em paralelo com a frota existente de Gripen C/D por um período prolongado. Gradualmente, o E assumirá as funções atualmente desempenhadas pelo C/D, permitindo o desenvolvimento simultâneo de duas plataformas de combate.

O comandante da Ala Aérea de Skaraborg, coronel Mattias Ottis, descreveu o Gripen E como uma aeronave completamente nova, projetada para atender a exigências futuras de sobrevivência, alcance, sensores e interoperabilidade. A aeronave possui motor GE F414G mais potente, maior capacidade interna de combustível, radar Raven ES-05 AESA, sistema de busca e rastreamento infravermelho Skyward-G, conjunto de guerra eletrônica Arexis e capacidade de empregar munições avançadas, incluindo os mísseis Meteor e IRIS-T.

O Gripen E mantém as qualidades de voo e manobrabilidade do Gripen C/D, mas adiciona novos sistemas de missão e maior integração de informações para o piloto. A aeronave foi desenvolvida para operar em cenários de alta ameaça desde o momento da decolagem, garantindo proteção contra interferências inimigas e aumentando significativamente a capacidade de sobrevivência e eficácia operacional.

O evento em Skaraborg simboliza o início de um novo capítulo na aviação de combate sueca, com a Ala Aérea F 7 assumindo papel central no desenvolvimento da capacidade aérea nacional. As Forças Armadas Suecas passam a contar com uma plataforma moderna, adaptável às exigências atuais e futuras, reforçando sua prontidão e sua posição no cenário internacional de defesa. O Gripen E também já opera no Brasil, onde fortalece a capacidade da Força Aérea Brasileira e contribui para o desenvolvimento tecnológico e operacional do país.


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com FMV

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Embraer e Coreia do Sul firmam acordo para ampliar cooperação em defesa

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Durante a abertura da ADEX 2025, a Embraer e a Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA) da Coreia do Sul formalizaram um Memorando de Entendimento (MoU) com o objetivo de fortalecer a cooperação em novos negócios e no desenvolvimento de oportunidades de mercado no setor de defesa sul-coreano. A assinatura contou com a presença do brigadeiro do ar Kang Joong-hee, diretor da Divisão de Negócios de Aeronaves da DAPA, e de Bosco da Costa Jr., presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Segundo o brigadeiro Kang Joong-hee, o MoU representa uma oportunidade para estabelecer um modelo de cooperação mútua entre Brasil e Coreia do Sul, indo além de uma relação de compra e venda. A parceria estratégica permitirá que a DAPA apoie ativamente a inserção de empresas coreanas na cadeia de suprimentos global, além de ampliar as exportações de produtos de defesa da Coreia do Sul.

Bosco da Costa Jr. destacou que o acordo reflete a parceria crescente entre Embraer e DAPA e se baseia nas capacidades da Embraer Defesa & Segurança nos ambientes aéreo, terrestre, marítimo e espacial. Segundo ele, o MoU abrirá caminhos para colaboração e inovação, atendendo às necessidades de defesa em evolução da Coreia do Sul.

O relacionamento entre as partes já possui precedentes. Em 2023, a DAPA selecionou o C-390 Millennium em uma licitação pública de Aeronaves de Transporte de Grande Porte (LTA-II), para fornecer novos modelos de transporte militar à Força Aérea da República da Coreia (ROKAF). A aeronave será configurada especialmente para atender aos requisitos da ROKAF, incluindo serviços e suporte abrangentes, treinamento, equipamentos de apoio em solo e peças de reposição.

A Embraer mantém uma cadeia de suprimentos global e colabora com empresas coreanas desde o lançamento do programa de jatos comerciais E-Jets E2, em 2013. Recentemente, a companhia e a Agência de Promoção de Comércio e Investimento da Coreia (KOTRA) realizaram uma série de demonstrações e seminários nas cidades de Sacheon e Busan, visando identificar áreas de maior colaboração entre a Embraer e empresas coreanas.

Fundada em 1969, a Embraer é uma empresa aeroespacial global com sede no Brasil, atuando nos segmentos de aviação comercial, executiva, defesa e segurança e agrícola. A companhia já entregou mais de 9.000 aeronaves e é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos, sendo a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A Embraer mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e de distribuição de peças nas Américas, África, Ásia e Europa, oferecendo suporte global a seus clientes.


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Europa Ocidental reforça defesa contra drones após série de incidentes estratégicos

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Nos últimos meses, a Europa Ocidental vem enfrentando um novo desafio à sua segurança: ataques de drones não identificados contra alvos estratégicos em diversos países. Em resposta, Alemanha, Reino Unido e Romênia têm implementado medidas para reforçar a defesa aérea e permitir ações mais rápidas contra ameaças desse tipo.

Na Alemanha, o chanceler Friedrich Merz anunciou, durante o fórum da CDU, a criação de uma unidade da polícia federal dedicada à defesa contra drones e a instalação de um centro de competência para veículos aéreos não tripulados. O objetivo é aprimorar a capacidade de vigilância, detecção e neutralização de drones que possam representar risco a instalações estratégicas e à população.

No Reino Unido, as autoridades planejam ir ainda mais longe. Sob orientação do Ministro da Defesa John Healey, soldados britânicos receberão poderes especiais para abater drones que ameacem bases militares, uma medida que busca agilizar a resposta e reduzir riscos. Atualmente, os militares podem apenas redirecionar drones ou bloquear seus sinais de GPS, sendo a ação cinética permitida apenas em circunstâncias excepcionais. Os planos futuros incluem a extensão das medidas a instalações civis, como aeroportos, após episódios recentes que expuseram vulnerabilidades do sistema. Em novembro do ano passado, quatro bases aéreas britânicas, Lakenheath, Mildenhall, Feltwell e Fairford, sofreram ataques de drones.

A situação não se restringe ao Reino Unido e Alemanha. A Romênia, por exemplo, aprovou uma lei que autoriza o abate de drones que invadam seu espaço aéreo, em resposta a múltiplas incursões russas durante o conflito na Ucrânia. A legislação, que enfrentou oposição de partidos isolacionistas e pró-Rússia no Parlamento romeno, entrou em vigor após meses de atrasos e confirma a necessidade de proteção das fronteiras nacionais e da OTAN. Os drones russos foram utilizados para espionagem militar e civil, além de testar capacidades de defesa romenas e da Aliança Atlântica.

Os recentes incidentes também tiveram impacto na aviação civil. Este ano, o Aeroporto de Munique precisou ser fechado por dois dias devido à presença de drones não identificados, enquanto aeroportos na Dinamarca e na Noruega enfrentaram situações similares. Em setembro, uma série de incursões com drones russos levantou preocupações sobre a segurança em países que apoiam ativamente a Ucrânia, evidenciando a necessidade de respostas coordenadas em nível europeu e da OTAN.

No início deste mês, a Cúpula na Dinamarca discutiu medidas para estabelecer uma defesa integrada contra drones, reforçando a importância da cooperação entre os Estados-membros da OTAN. Especialistas ressaltam que a vigilância do espaço aéreo, o uso de tecnologia antidrone e a capacidade de ação rápida são essenciais para mitigar ameaças futuras, tanto militares quanto civis.

A adoção dessas medidas reflete uma tendência crescente: a Europa Ocidental busca se adaptar a novos riscos tecnológicos, garantindo proteção eficaz de seus ativos estratégicos e da população diante da evolução das ameaças aéreas não convencionais.


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6º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado fortalece capacidades da Brigada Blindada durante Operação Punhos de Aço

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Entre os dias 5 e 10 de outubro, o 6º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado participou da "Operação Punhos de Aço", exercício de adestramento realizado pela 6ª Brigada de Infantaria Blindada, no Campo de Instrução Barão de São Borja, em Rosário do Sul (RS). A iniciativa teve como objetivo principal o aperfeiçoamento das técnicas e táticas das forças blindadas, fortalecendo a prontidão operacional da Brigada e garantindo maior eficiência em cenários complexos.

Durante o exercício, o 6º Esquadrão desempenhou a missão de Flanco Guarda Móvel da Brigada, empregando a Viatura Blindada de Combate Média sobre Rodas (VBC-MSR) Centauro II. O uso do veículo blindado proporcionou incremento expressivo nas capacidades de Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA), ampliando a capacidade da Brigada de monitorar áreas estratégicas, detectar ameaças e reagir rapidamente a situações de conflito.

Além do desenvolvimento operacional, a participação do Esquadrão permitiu treinamento avançado de seu efetivo, com exercícios que simularam situações realistas de combate, coordenação entre unidades e tomada de decisões sob pressão. Essa prática é fundamental para manter o nível de prontidão das forças blindadas brasileiras, garantindo que possam atuar com rapidez, precisão e segurança em missões de defesa nacional.

A Operação Punhos de Aço também ressaltou a importância de investimentos contínuos em tecnologia e equipamentos, como o Centauro II, e em capacitação profissional, fatores essenciais para a modernização e expansão das capacidades da Brigada. O sucesso do exercício evidencia que o treinamento constante e a atualização tecnológica são pilares estratégicos para a manutenção de um sistema de defesa robusto e eficiente, alinhado às demandas da segurança nacional.


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com Exército Brasileiro

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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

SecNSNQ representa o Brasil em workshop internacional sobre segurança de usinas nucleares flutuantes na China

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A Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ) participou, entre os dias 13 e 17 de outubro, do Workshop Inter-regional sobre Critérios de Segurança para Usinas Nucleares Transportáveis, realizado em Pequim, na China. O evento, promovido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em parceria com a China Nuclear Power Engineering (CNPE), reuniu representantes de 22 países para debater os desafios técnicos e regulatórios relacionados à segurança de usinas nucleares flutuantes e transportáveis.

A delegação brasileira contou com integrantes da SecNSNQ, da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Durante o encontro, o Superintendente de Segurança Nuclear Naval e Qualidade da SecNSNQ, Contra-Almirante (Engenheiro Naval da Reserva) Ivan Taveira, apresentou a palestra “Construindo uma estrutura regulatória nuclear naval brasileira”, destacando o avanço do Brasil na consolidação de um arcabouço regulatório específico para o licenciamento de meios navais com plantas nucleares embarcadas. O oficial ressaltou que o modelo adotado no país se apoia em princípios de responsabilidade institucional, precedência técnica e aderência às normas internacionais reconhecidas pela AIEA, reforçando o compromisso brasileiro com as melhores práticas em segurança nuclear naval.

O workshop também tratou dos critérios técnicos que podem ser incorporados às normas de segurança da AIEA aplicáveis a usinas nucleares flutuantes (FNPPs). O tema tem ganhado destaque no cenário global devido ao avanço das pesquisas em Pequenos Reatores Modulares (SMRs) e Micro-Reatores Modulares (MMRs), tecnologias consideradas promissoras para fornecimento de energia em regiões remotas, territórios insulares e aplicações industriais que demandam fontes seguras e contínuas de eletricidade.

Esses novos conceitos de geração nuclear foram debatidos à luz dos esforços internacionais pela descarbonização das matrizes energéticas. Por oferecerem geração estável e de baixa emissão de carbono, os reatores modulares são vistos como complementares às fontes renováveis, como solar e eólica, cuja intermitência ainda representa um desafio. Nesse contexto, a energia nuclear desponta como um vetor estratégico para a transição energética, exigindo um arcabouço regulatório robusto e harmonizado, capaz de garantir segurança e sustentabilidade em sua adoção global.

A participação brasileira no evento também incluiu a presença da Dra. Nelbia da Silva Lapa, chefe da Divisão de Avaliação de Segurança e Proteção Radiológica da ANSN; da Dra. Anna Souza, também da ANSN; e do Dr. Antonio Teixeira, pesquisador do IPEN. A delegação participou de painéis e discussões sobre projetos, licenciamento e avaliação de segurança de usinas nucleares transportáveis, abordando ainda as interfaces entre segurança operacional, proteção física e salvaguardas internacionais.

Os representantes brasileiros destacaram a importância da presença conjunta das instituições nacionais no fórum da AIEA como demonstração de integração técnica e regulatória do setor nuclear brasileiro. A cooperação entre a SecNSNQ, a ANSN e o IPEN foi apontada como essencial para fortalecer a harmonização entre normas civis e navais, consolidando a posição do Brasil como um dos países que mais contribuem para o debate internacional sobre o uso seguro de novas tecnologias nucleares.

A participação da SecNSNQ no workshop reforça o compromisso da Marinha do Brasil com a segurança nuclear naval, a transparência e o alinhamento às práticas internacionais estabelecidas pela AIEA. O envolvimento ativo do Brasil em fóruns dessa natureza demonstra a maturidade institucional e o protagonismo técnico do país na construção de um modelo regulatório sólido, capaz de garantir o desenvolvimento seguro e responsável de tecnologias nucleares inovadoras, com impacto direto na segurança energética e na sustentabilidade global.


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com Marinha do Brasil

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Marinha do Brasil e King’s College London abrem o III Simpósio de Defesa e Segurança Internacional no Rio de Janeiro

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Teve início na manhã desta segunda-feira o III Simpósio de Defesa e Segurança Internacional, promovido pela Marinha do Brasil em parceria com o King’s College London (KCL). O evento ocorre de forma presencial no Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), localizado no Complexo Naval da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, e se estende até esta terça-feira, 21 de outubro.

O simpósio reúne autoridades militares, especialistas e acadêmicos brasileiros e estrangeiros para discutir temas de grande relevância na agenda estratégica global. Nesta edição, o encontro se debruça sobre três eixos principais: as questões contemporâneas de defesa e segurança internacional; os conflitos armados sob a ótica do direito internacional; e as armas autônomas e a Inteligência Artificial (IA) em sistemas militares, abordando tanto o desenvolvimento quanto as aplicações práticas dessas tecnologias.

A abertura foi conduzida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra Arthur Fernando Bettega Corrêa, que destacou o papel da Marinha do Brasil na consolidação de parcerias internacionais e na promoção do debate sobre os novos desafios da segurança global. O Almirante ressaltou ainda a importância da cooperação entre instituições de defesa e centros de excelência acadêmica, como o King’s College London, para a formação de uma visão estratégica integrada e atualizada.

Entre os convidados internacionais, o simpósio conta com a participação do Contra-Almirante Laurent Bechler, do Centre d'Études Stratégiques de la Marine (CESM), da França, e dos Professores Doutores Vinícius Carvalho e Joseph Devanny, ambos do King’s College London. Os especialistas apresentarão painéis que exploram a evolução dos conflitos contemporâneos, os limites do direito internacional diante das novas tecnologias bélicas e o impacto da IA sobre a tomada de decisão militar e a ética no uso da força.

Encerrando o evento, o Almirante de Esquadra Alvaro Augusto Dias Monteiro, do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha (CEPE-MB), ministrará a palestra final, que deve sintetizar os principais pontos debatidos ao longo dos dois dias de simpósio e apontar caminhos para o fortalecimento da capacidade estratégica nacional diante das transformações do cenário internacional.

Com o III Simpósio de Defesa e Segurança Internacional, a Marinha do Brasil reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do pensamento estratégico e com o intercâmbio de conhecimento entre as esferas militar e acadêmica, promovendo um diálogo fundamental sobre o futuro da defesa e da segurança global em um contexto de rápidas mudanças tecnológicas e geopolíticas.



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com Marinha do Brasil

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domingo, 19 de outubro de 2025

Força Aérea Indiana se torna a terceira potência aérea global em 2025, superando a China

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A Força Aérea Indiana (IAF) alcançou uma posição histórica no cenário militar global ao superar a Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) no ranking de 2025 do Diretório Mundial de Aeronaves Militares Modernas (WDMMA). Com uma Classificação de Valor Real (TVR) de 69,4, a IAF agora ocupa o terceiro lugar mundial, atrás apenas das forças aéreas dos Estados Unidos e da Rússia.

Essa ascensão reflete uma transformação estratégica significativa, destacando a capacidade da Índia em equilibrar quantidade e qualidade em sua frota aérea. Enquanto a PLAAF possui uma frota maior, a IAF se distingue por sua prontidão operacional, modernização e treinamento avançado. A composição da frota indiana inclui 31,6% de caças, 29% de helicópteros e 21,8% de aeronaves de treinamento, evidenciando uma estrutura equilibrada e versátil.

A superação da China no ranking é atribuída a vários fatores estratégicos. Primeiramente, a IAF tem investido significativamente em modernização e produção nacional, adquirindo caças avançados como o Rafale e o Su-30MKI, além de desenvolver o caça de quinta geração AMCA. Essas aquisições e desenvolvimentos fortalecem a capacidade ofensiva e defensiva da força aérea indiana. 

Além disso, a IAF tem demonstrado excelência em treinamento e operações conjuntas. Exercícios como Vayu Shakti, Gagan Shakti e Indra Dhanush aprimoraram a prontidão operacional e a interoperabilidade com forças aéreas internacionais. Essas iniciativas garantem que a IAF esteja preparada para enfrentar uma variedade de cenários de combate.

Outro aspecto crucial é a estratégia logística da Índia. A distribuição estratégica de suas bases aéreas, desde Leh até Thanjavur, permite uma resposta rápida e eficaz em diferentes regiões geográficas, incluindo áreas montanhosas e costeiras. Essa flexibilidade operacional é um diferencial significativo em comparação com a PLAAF.

A demonstração prática dessas capacidades ocorreu durante a Operação Sindoor em maio de 2025, quando a IAF realizou ataques de precisão em infraestrutura na região da Caxemira administrada pelo Paquistão. Essa operação evidenciou a capacidade da IAF de conduzir missões complexas com eficácia, destacando sua superioridade estratégica na região.

Com um orçamento de defesa superior a US$ 73 bilhões, dos quais uma parte significativa é destinada à aviação, a Índia continua a investir em sua força aérea. O desenvolvimento do AMCA e a expansão da produção do Tejas Mk1A são exemplos de como a Índia busca reduzir a dependência de fornecedores externos e fortalecer sua indústria de defesa local.

Essa ascensão da IAF não apenas altera o equilíbrio de poder aéreo na Ásia, mas também posiciona a Índia como uma potência aérea global emergente. A combinação de modernização tecnológica, treinamento avançado e estratégia logística coloca a IAF em uma posição de destaque no cenário militar internacional.

Em resumo, a superação da China pela Força Aérea Indiana no ranking de 2025 do WDMMA é um reflexo de décadas de investimento estratégico, inovação tecnológica e excelência operacional. A IAF não apenas fortaleceu sua posição regional, mas também solidificou seu status como uma potência aérea de relevância global.


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com WDMMA


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França inicia construção de seu maior porta-aviões nuclear, reforçando poder naval e estratégico

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A França deu início a uma nova era em sua estratégia de defesa com o início da construção do seu futuro porta-aviões de propulsão nuclear de nova geração (PA-NG), no estaleiro do Naval Group em Cherbourg. A soldagem da primeira chapa de aço, realizada recentemente, marca o ponto de partida físico de um dos projetos militares mais ambiciosos da Europa contemporânea, um navio de guerra que, quando concluído, será o maior já construído no continente.

O início da construção foi confirmado pela Direção Geral de Armamentos (DGA) e pela TechnicAtome, empresa responsável pelo sistema de propulsão nuclear. O marco ocorre em um momento em que a França busca reafirmar seu papel como potência marítima e nuclear, mesmo em meio a restrições fiscais e desafios econômicos internos. O agora primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, à época ministro da Defesa, já havia anunciado que 2025 seria o ano de notificação do pedido formal do PA-NG aos industriais, consolidando o compromisso político e financeiro com o programa.

Com orçamento de 50,54 bilhões de euros destinado à Defesa em 2025, um dos poucos poupados das medidas de austeridade, o governo francês aposta na Lei de Programação Militar 2024-2030 para garantir recursos contínuos ao desenvolvimento do novo porta-aviões. O PA-NG vai muito além da substituição do atual Charles de Gaulle, previsto para deixar o serviço ativo em 2038. Trata-se de um projeto de aproximadamente 80.000 toneladas e 310 metros de comprimento, que representará um salto qualitativo na capacidade naval e na autonomia estratégica da França.

O futuro navio será equipado com dois reatores nucleares K22 de nova geração, desenvolvidos pela TechnicAtome, cada um com potência térmica estimada em 225 megawatts, 50% superior à dos reatores K15 utilizados no Charles de Gaulle. Essa potência adicional é necessária para alimentar o sistema de lançamento eletromagnético EMALS (Electro Magnetic Aircraft Launch System) e o sistema de recuperação AAG (Advanced Arresting Gear), ambos derivados da tecnologia empregada nos porta-aviões norte-americanos da classe Gerald R. Ford. Os reatores K22 proporcionarão velocidades de até 27 nós e uma autonomia de reabastecimento de cerca de dez anos, reforçando a excelência francesa em engenharia nuclear naval.

Do ponto de vista operacional, o PA-NG abrigará uma ala aérea composta por até 32 aeronaves de caça de nova geração, três aeronaves de alerta aéreo antecipado E-2D Hawkeye e diversos drones de apoio e vigilância. O lançamento do navio está previsto para 2036, com entrada em serviço em 2038, mas as etapas de produção seguem aceleradas. Em 2024, foi firmado um contrato de 600 milhões de euros destinado à aquisição antecipada de componentes críticos para o sistema de propulsão nuclear.

Atualmente, os trabalhos concentram-se na fabricação das câmaras dos reatores, consideradas o núcleo técnico do projeto e o elemento mais sensível do cronograma de produção. Paralelamente, o Ministério das Forças Armadas prepara uma ampla reestruturação logística na base naval de Toulon, que precisará recuperar entre 10 e 15 hectares do porto para acomodar o novo gigante. Essa adaptação inclui a construção de um cais e de uma bacia dedicados exclusivamente ao PA-NG, garantindo condições adequadas para os testes finais previstos para meados da década de 2030.

Com custo estimado em torno de 12 bilhões de euros, o programa PA-NG representa não apenas um investimento de longo prazo, mas também uma afirmação de soberania e continuidade estratégica. O projeto se insere em uma conjuntura na qual a França busca recompor suas capacidades após décadas de cortes estruturais nas Forças Armadas, marcadas pela redução de efetivos e fechamento de bases.

Mais do que um navio, o PA-NG simboliza o renascimento da capacidade industrial e tecnológica francesa no campo da defesa. Previsto para operar até meados da década de 2060, o novo porta-aviões será a peça central da marinha francesa e consolidará o país como uma das poucas nações do mundo capazes de projetar poder global sustentado por uma força aeronaval de propulsão nuclear.


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Ministro da Defesa da Indonésia inspeciona prontidão operacional dos caças Sukhoi

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O Ministro da Defesa da Indonésia, Sjafrie Sjamsoeddin, realizou neste domingo (19) uma visita de inspeção à Base Aérea do Sultão Hasanuddin, em Makassar, província de South Sulawesi, com o objetivo principal de avaliar o estado de prontidão dos caças Sukhoi Su-27SKM e Su-30MK2 operados pelo Esquadrão Aéreo 11 da Força Aérea Indonésia (TNI-AU). A visita faz parte de uma agenda de verificação técnica e operacional das principais unidades de combate do país, com foco na disponibilidade de aeronaves, manutenção, treinamento de pilotos e capacidade de resposta imediata a situações de defesa aérea.

Durante a visita, Sjafrie Sjamsoeddin percorreu as instalações do Esquadrão Aéreo 11, onde recebeu um briefing detalhado sobre o estado atual da frota Sukhoi, incluindo dados sobre horas de voo, cronogramas de manutenção preventiva e disponibilidade de armamentos e sistemas eletrônicos. O ministro observou ainda procedimentos de prontidão rápida, operação que simula a mobilização imediata de caças em caso de acionamento para defesa do espaço aéreo indonésio.

O Esquadrão 11 opera 16 aeronaves de origem russa, sendo 11 Sukhoi Su-30MK2 e 5 Su-27SKM, que constituem a principal força de superioridade aérea da Indonésia. Esses caças estão entre os mais capazes do Sudeste Asiático, com capacidade de reabastecimento em voo, emprego de mísseis ar-ar e ar-superfície, além de sistemas de radar de longo alcance. O Su-27, introduzido originalmente na década de 1980, é voltado para combate aéreo de alta manobrabilidade, enquanto o Su-30MK2 é uma versão multifuncional que amplia as capacidades de ataque e patrulha.

Segundo fontes da própria Força Aérea, o objetivo da inspeção foi confirmar a capacidade plena de operação dos vetores Sukhoi diante do cronograma de modernização da defesa aérea nacional. A visita também visou avaliar as condições logísticas de apoio e o nível de treinamento das tripulações, elementos considerados essenciais para a manutenção da prontidão estratégica da TNI-AU.

Além da agenda técnica, o Ministro da Defesa aproveitou sua passagem por South Sulawesi para visitar a família do Tenente Fauzy Ahmad Zulkarnain, militar falecido em serviço na província de Papua, prestando condolências oficiais em nome do governo indonésio.

A visita à Base Aérea do Sultão Hasanuddin reforça o compromisso do Ministério da Defesa com a manutenção de uma força aérea preparada, tecnicamente atualizada e capaz de garantir a soberania do espaço aéreo da Indonésia em um cenário regional cada vez mais exigente.


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com agências de notícias

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Almirante Carlos Chagas Vianna Braga é agraciado com o título de cidadão honorário de Oliveira

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No dia 19 de setembro, data em que o município de Oliveira completou 164 anos de emancipação, o Almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Vianna Braga, Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, recebeu o título de Cidadão Honorário de Oliveira. A homenagem foi concedida em reconhecimento à sua trajetória profissional e aos vínculos históricos de sua família com a cidade.

Descendente direto do cientista Carlos Chagas, o Almirante Vianna Braga tem raízes familiares profundamente ligadas a Oliveira. Em entrevista concedida à Rádio Show FM 101.1, ele destacou essa conexão: “Tenho uma ligação profunda com Minas Gerais. Foi em Oliveira, em 1905, que nasceu meu avô, o primeiro almirante mineiro. Ele era irmão do cientista Carlos Chagas.”

O avô do Almirante, nascido na Fazenda Bom Retiro, local de origem do renomado pesquisador, ingressou na Marinha e alcançou, décadas depois, o mais alto posto da carreira naval para um oficial mineiro à época. A homenagem prestada a Vianna Braga representa, portanto, o reconhecimento à continuidade de uma linhagem que contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento científico e institucional do Brasil.

A solenidade contou com a presença do desembargador Marcos Henrique Caldeira Brant, além de autoridades civis e militares. O título concedido pela Câmara Municipal de Oliveira reforça o elo entre a cidade e a família Chagas, destacando a importância de preservar a memória de personalidades que, em diferentes campos de atuação, deixaram contribuições relevantes para o país.

Ao receber a honraria, o Almirante Carlos Chagas Vianna Braga simbolizou o encontro entre tradição e serviço público, unindo o legado científico de Carlos Chagas ao compromisso permanente das Forças Armadas com o Brasil e sua sociedade.


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USMC demonstra o futuro da guerra anfíbia durante grande exercício em Camp Pendleton

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Em 18 de outubro, a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) e o Corpo de Fuzileiros Navais (USMC) realizaram uma impressionante demonstração de poder militar durante a 250ª Demonstração de Capacidades Anfíbias, realizada em Red Beach, Camp Pendleton, na Califórnia. O evento marcou o aniversário de 250 anos do US Marine Corps (USMC) e apresentou, na prática, como a força anfíbia norte-americana está evoluindo para enfrentar os desafios da guerra moderna por meio de operações integradas, distribuídas e multiespectrais.

A demonstração reuniu todos os elementos da 1ª Força Expedicionária de Fuzileiros Navais (I Marine Expeditionary Force) e da Terceira Frota dos EUA (U.S. Third Fleet), em uma operação em larga escala que envolveu desembarques anfíbios sincronizados, manobras navais e operações aéreas tanto em terra quanto no mar. O objetivo foi exibir a integração total entre meios navais, aéreos e terrestres, um reflexo da doutrina moderna de “comando e controle integrados” que orienta as forças dos EUA em cenários de combate multidomínio.

“Esta demonstração é mais do que uma celebração, é a prova de que a força expedicionária americana em prontidão continua capaz, confiável e comprometida”, afirmou o Tenente-General Christian F. Wortman, comandante-geral da 1ª Força Expedicionária de Fuzileiros Navais. “Do navio à costa, os fuzileiros navais e marinheiros de hoje demonstraram a mesma garra e disciplina que definem nosso Corpo há 250 anos.”

O exercício contou com uma poderosa exibição de meios de combate, incluindo mais de 35 aeronaves, entre elas CH-53E Super Stallions, MV-22B Ospreys, KC-130J Hercules, caças F/A-18 Hornet e F-35 Lightning II. No apoio terrestre, participaram veículos de combate anfíbios, sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS), embarcações de desembarque com almofadas de ar e blindados leves, compondo um cenário de ataque combinado e altamente coordenado.

O Coronel Caleb Hyatt, comandante da 11ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, destacou a importância da prontidão das forças embarcadas. “Durante a 250ª Demonstração Anfíbia, o Grupo Anfíbio de Prontidão do USS Boxer e a 11ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais aproveitaram a oportunidade para aprimorar e demonstrar nossa prontidão para o combate, excelência no cumprimento de missões e trabalho em equipe inabalável, emergindo como uma força de combate ainda mais letal”, afirmou.

O exercício reforçou também a integração entre a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais, um dos pilares da doutrina expedicionária norte-americana. “Nossa equipe opera como uma só, integrada, adaptável e pronta para entregar resultados do mar quando e onde nossa nação precisar”, disse o Capitão Wayne Liebold, commodore of Amphibious Squadron 1.

Além de demonstrar poderio e interoperabilidade, o evento teve um importante papel comunicacional e simbólico. Segundo o Coronel Jonathon Frerichs, Oficial de Operações Futuras da I Força Expedicionária, “esta demonstração é vital para informar o público americano, bem como nossos adversários, sobre as capacidades em evolução da guerra anfíbia moderna. O legado de 250 anos de operações marítimas do Corpo de Fuzileiros Navais continua sendo fundamental para a nossa defesa nacional.”

Para os militares participantes, o exercício teve um significado especial. “Vou me lembrar disso pelo resto da minha vida”, afirmou o Cabo Grayson Hilderbrandt, fuzileiro de infantaria do Batalhão 3/5, 11ª Unidade Expedicionária. “Participar desta demonstração mostra do que somos capazes, somos mais rápidos, mais inteligentes e mais letais do que nunca, e podemos provar isso ao mundo.”

Encerrando o evento, milhares de fuzileiros, marinheiros e familiares se reuniram na Praia Del Mar para a Festa de Praia do 250º Aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, celebrando não apenas o legado histórico da instituição, mas também sua constante adaptação tecnológica e operacional.

“Este aniversário é uma homenagem aos fuzileiros navais, marinheiros e familiares que tornam nosso legado possível”, afirmou o Brigadeiro-General Nick I. Brown, comandante das Instalações do Corpo de Fuzileiros Navais do Oeste. “Camp Pendleton tem sido o lar da excelência em combate da Costa Oeste por gerações. Hoje, celebramos essa herança e a força da comunidade que sustenta nossa prontidão.”

Com uma tradição de dois séculos e meio, o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos segue reafirmando sua capacidade de projetar poder em qualquer parte do mundo, do mar à terra, e em todos os domínios do combate moderno.


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com USMC

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Canadá reavalia contrato do F-35 e considera Gripen-E como alternativa inteligente

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O governo do Canadá está pressionando a Lockheed Martin por maiores retornos econômicos antes de concluir o contrato de US$ 27,7 bilhões para a aquisição de 88 caças F-35. A Ministra da Indústria, Mélanie Joly, indicou que Ottawa pode reduzir o número de aeronaves do modelo americano e incorporar o Gripen E, da sueca Saab, caso não sejam oferecidos melhores termos de compensação industrial.

A possibilidade reacende o debate sobre a importância de acordos que garantam benefícios econômicos e tecnológicos concretos para o país comprador. Segundo Joly, a Saab se mostrou disposta a montar os Gripens em território canadense, agregando valor à indústria nacional. “Enquanto o primeiro-ministro avalia as opções, meu objetivo é garantir que o dinheiro dos contribuintes seja investido com sabedoria, criando empregos e reduzindo nossa dependência dos Estados Unidos”, afirmou a ministra.

O primeiro-ministro Mark Carney iniciou uma revisão do contrato em março, em meio a tensões comerciais entre os EUA e o Canadá. O governo agora considera duas opções: assegurar mais benefícios econômicos com a Lockheed Martin e manter o pedido integral dos F-35, ou adotar uma frota mista, reduzindo a quantidade de caças americanos e incorporando o Gripen E.

Embora os canadenses mantenham a preferência pelos F-35, enfatizando a necessidade de aeronaves de quinta geração frente a ameaças da China e da Rússia, o Gripen-E desponta como uma alternativa estratégica. Com custos de aquisição e operação mais baixos, manutenção simplificada e alta interoperabilidade, o caça sueco tem conquistado atenção por sua filosofia de constante evolução tecnológica.

Representantes da Saab destacam que o Gripen foi concebido para adaptação contínua: “Na Saab, deixamos de falar em ‘gerações’ há anos. A tecnologia do Gripen E pode ser aprimorada quase diariamente, permitindo ao operador acompanhar a evolução das ameaças”, afirmou Sierra Fullerton, porta-voz da Saab Canadá.

Além do desempenho técnico, a proposta da Saab se destaca pelo potencial industrial. A empresa ofereceu ao Canadá a criação de uma linha de montagem local, modelo semelhante ao que já foi implementado com sucesso no Brasil.

O Brasil, parceiro estratégico da Saab, é hoje um dos principais polos da cadeia global de produção do Gripen. O país conta com uma linha de montagem final em Gavião Peixoto (SP) e uma fábrica de aeroestruturas em São Bernardo do Campo (SP), responsáveis por produzir componentes estruturais essenciais para aeronaves entregues tanto à Força Aérea Brasileira quanto a futuros clientes internacionais.

Essa estrutura industrial brasileira é fruto direto da transferência de tecnologia promovida pelo programa Gripen, que permitiu ao país absorver conhecimento de engenharia avançada, desenvolver fornecedores locais e fortalecer sua Base Industrial de Defesa (BID). A experiência nacional se tornou uma referência de como um programa de defesa pode gerar benefícios de longo prazo, promovendo inovação, empregos qualificados e autossuficiência tecnológica.

Para o Canadá, uma parceria com a Saab nos moldes brasileiros representaria a oportunidade de criar uma base industrial de defesa sólida, reduzindo dependências externas e ampliando sua capacidade tecnológica.

Enquanto as discussões avançam, especialistas lembram que a pressão sobre a Lockheed Martin pode render novos benefícios econômicos, mas também reforçam que o Gripen se mostra uma alternativa inteligente, não apenas pelo desempenho, mas pela capacidade de impulsionar o desenvolvimento industrial e tecnológico dos países parceiros.


por Angelo Nicolaci


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com CBC News



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O papel da imprensa especializada em defesa: um pilar da soberania e da consciência estratégica nacional

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Num mundo em constante transformação, onde disputas geopolíticas e avanços tecnológicos redefinem o equilíbrio de poder global, o papel da imprensa especializada em defesa e segurança torna-se cada vez mais essencial. Longe de se limitar à divulgação de notícias sobre equipamentos militares ou operações das Forças Armadas, o jornalismo de defesa cumpre uma função estratégica: informar com responsabilidade, contextualizar fatos complexos e contribuir para a construção de uma consciência nacional sobre temas diretamente ligados à soberania do país e ao posicionamento do Brasil no cenário internacional.

A imprensa especializada atua como ponte entre o meio de defesa, o Estado e a sociedade civil. É por meio dela que o cidadão tem acesso a informações que, de outra forma, permaneceriam restritas a círculos institucionais ou a análises estrangeiras. Esse tipo de comunicação é vital para que a sociedade compreenda a importância da geopolítica, dos investimentos em defesa e do papel das Forças Armadas na proteção do território e dos interesses nacionais. Entender sobre defesa é entender o mundo, e compreender como o Brasil se insere nele, equilibrando sua política externa, sua capacidade de dissuasão e seu poder de influência.

Os programas estratégicos das Forças Armadas, como o Submarino Nuclear Brasileiro, o caça Gripen E, o Sistema Astros 2020 e misseis MANSUP, não são apenas instrumentos de poderio militar e defesa. Eles representam tecnologia, inovação, empregos e formação de conhecimento. Cada real investido em defesa retorna à sociedade em forma de educação técnica, capacitação profissional, pesquisa científica e fortalecimento da Base Industrial de Defesa, que por sua natureza, é também um motor de tecnologia dual, capaz de gerar avanços para o setor civil em áreas como energia, materiais compostos, eletrônica, cibernética e inteligência artificial. Investir em defesa é, portanto, investir em desenvolvimento nacional.

A imprensa especializada tem o papel de mostrar isso ao público. Cabe a ela esclarecer que o fortalecimento da capacidade militar e tecnológica de um país não é gasto, mas investimento estratégico, um vetor de soberania e progresso. É também função desse jornalismo explicar de forma acessível, como as decisões de política externa e de defesa estão interligadas à geopolítica global, ao comércio internacional e à estabilidade econômica. Quando o público entende esses elos, fortalece-se o apoio social a políticas de Estado duradouras e à visão estratégica de longo prazo que o Brasil precisa adotar.

Mas, apesar de sua relevância, o jornalismo especializado em defesa e geopolítica ainda é em grande parte, relegado a um papel secundário dentro do próprio ecossistema nacional. Faltam políticas de incentivo, reconhecimento institucional e, sobretudo, apoio da própria Base Industrial de Defesa e das instâncias governamentais que se beneficiam diretamente desse trabalho. A ausência de uma relação madura e transparente entre a imprensa especializada, o Ministério da Defesa e a indústria, impede o fortalecimento de um ambiente de comunicação estratégico, técnico e construtivo.

Esse cenário faz com que muitos veículos e profissionais sobrevivam com recursos limitados, sustentando-se pelo compromisso com a missão e não pelo apoio que deveriam receber. Não se trata de buscar patrocínios que comprometam a independência editorial, mas de reconhecer que a manutenção de uma imprensa livre, técnica e imparcial também requer investimento, assim como se investe em ciência, cultura e educação. Uma imprensa especializada forte não deve estar a serviço de grupos, corporações ou ideologias; deve estar a serviço do Brasil.

Manter a independência e a credibilidade exige preparo técnico, responsabilidade editorial e compromisso ético. A imprensa especializada em defesa e geopolítica não pode se pautar por paixões políticas, tampouco por narrativas superficiais. O que se busca é a precisão, a coerência e o equilíbrio. É o trabalho de repórteres e analistas que compreendem o peso de cada informação divulgada, e que assumem o papel de educadores públicos ao explicar conceitos de estratégia, doutrina militar, política internacional e economia de defesa de forma acessível, sem distorcer ou simplificar demais a realidade.


Essa responsabilidade social é ainda mais relevante em um país que historicamente subestima a importância da defesa. No Brasil, os temas militares são muitas vezes tratados com descaso ou ideologização, o que dificulta a construção de uma cultura estratégica consistente. Ao levar informação de qualidade ao público, a imprensa especializada contribui para a formação de um pensamento nacional voltado à soberania, ao desenvolvimento tecnológico e à valorização das instituições de Estado. Trata-se, portanto, de uma missão de interesse público, que ultrapassa a mera cobertura de fatos: é uma forma de educar e preparar a sociedade para compreender o mundo em que vive e os desafios que o país enfrenta.

O enfraquecimento dessa imprensa representa um risco silencioso. Quando o debate estratégico é abandonado, abre-se espaço para a superficialidade, o amadorismo e a manipulação. A ausência de uma mídia técnica, livre e comprometida com o conhecimento favorece a “desmilitarização do pensamento nacional”, um fenômeno perigoso que reduz a capacidade do país de pensar a própria segurança de forma autônoma. Nenhum projeto de nação soberana se sustenta sem reflexão crítica, e nenhuma reflexão crítica se sustenta sem liberdade de imprensa.

Por isso, é fundamental reconhecer o papel dos profissionais e veículos que, com seriedade e dedicação, mantêm viva a chama do jornalismo de defesa e geopolítica no Brasil. São vozes que ajudam a construir pontes entre a sociedade e as instituições, preservando a transparência, combatendo a ignorância e defendendo o direito de informar e ser informado. Apoiar essa imprensa é, em última instância, apoiar o próprio desenvolvimento nacional. Fortalecer o jornalismo técnico e independente é investir na soberania do pensamento, na formação de consciência crítica e na capacidade do Brasil de compreender e planejar o seu futuro.

O GBN Defense reafirma seu compromisso com a verdade, com o profissionalismo e com a liberdade de expressão. Seguiremos cumprindo nossa missão de informar com profundidade, precisão e responsabilidade, porque compreender a defesa, a geopolítica e a soberania é compreender o Brasil.


Por Angelo Nicolaci


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sábado, 18 de outubro de 2025

Helicóptero da FAB faz pouso de emergência em praia de Natal

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Um helicóptero H-36 (H225M) Caracal da Força Aérea Brasileira precisou realizar um pouso de emergência no final da manhã deste sábado, 18 de outubro, na Praia de Graçandu, região da Grande Natal (RN), após uma pane em voo.

A aeronave estava em missão de treinamento, acompanhada de outro Caracal, quando um problema técnico exigiu o pouso imediato. Apesar da situação de emergência, nenhum dos tripulantes se feriu.

O helicóptero chamou a atenção de banhistas que aproveitavam o sábado ensolarado, que registraram imagens e vídeos do momento. 

A Força Aérea Brasileira destacou que a prioridade em situações como esta é a segurança das tripulações e da população. O incidente reforça a importância de procedimentos de emergência bem treinados e da manutenção rigorosa das aeronaves, garantindo que operações de alto risco sejam conduzidas com segurança e eficiência.


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Naval Group entrega primeira fragata FDI à Marinha Francesa

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Em 17 de outubro de 2025, o Naval Group entregou oficialmente a primeira Fragata de Defesa e Intervenção (FDI), "Amiral Ronarc'h", à Marinha Francesa durante cerimônia realizada em Brest. Encomendado pela Direção Geral de Armamentos (DGA), o navio inaugura uma nova classe de cinco fragatas multimissão, projetadas para ampliar significativamente as capacidades navais da França.

Pierre Éric Pommellet, Presidente e CEO do Naval Group, destacou a importância do marco: “A entrega da Amiral Ronarc'h, a primeira fragata da série FDI, é um marco importante para o Naval Group. Esta nova geração de fragatas multifuncionais de primeira linha entrará em breve no ciclo operacional, fortalecendo os recursos da nossa Marinha Francesa graças às suas capacidades excepcionais, já demonstradas durante os testes de mar.”

Herdeira da classe FREMM, a FDI é projetada para operações de alta intensidade em diversas áreas de combate, antiaérea, antissubmarina, antissuperfície e assimétrica. A embarcação integra tecnologias digitais avançadas e sistemas de processamento de dados, permitindo enfrentar ameaças emergentes como submarinos modernos, mísseis supersônicos, ataques cibernéticos e guerra assimétrica.

A "Amiral Ronarc'h" passou por 14 semanas de testes no mar, comprovando sua navegabilidade mesmo em condições adversas, incluindo mar de força 6 no Atlântico. Seu design compacto e sistemas automatizados possibilitam operação com tripulação reduzida, mantendo altos níveis de manutenção e disponibilidade operacional.

Construída no estaleiro de Lorient, a fragata possui 4.500 toneladas de deslocamento, 122 metros de comprimento e 18 metros de boca. Atinge velocidade máxima de 27 nós, possui autonomia de 45 dias e acomoda 125 tripulantes, além de 28 pessoas adicionais. Está equipada com mísseis antinavio MBDA Exocet MM40 Block 3C, mísseis terra-ar MBDA Aster 15 e 30, torpedos antissubmarinos MU90, artilharia, um helicóptero de 10 toneladas e um veículo aéreo não tripulado de até 700 quilos.

O Naval Group adotou um processo industrial que permite produzir até duas fragatas FDI por ano. Atualmente, cinco navios adicionais estão em construção — quatro para a Marinha Francesa ("Amiral Louzeau", "Amiral Castex", "Amiral Nomy" e "Amiral Cabanier") e um para a Marinha Helênica, a "Kimon", que já iniciou testes de mar. A entrega da segunda FDI para a Grécia está prevista ainda para 2025, seguida por mais duas em 2026 e uma em 2027 para a França.

Cada fragata FDI representa aproximadamente um milhão de horas de construção e um milhão de horas de desenvolvimento e projeto, envolvendo 1.200 funcionários do Naval Group e 400 empresas parceiras. Construídas conforme os padrões da OTAN, as fragatas garantem total interoperabilidade e conectividade com as marinhas aliadas, simbolizando a modernização e renovação da frota francesa.


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Alemanha e Holanda anunciam expansão de 4,5 bilhões de euros para o programa BOXER

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Em 17 de outubro de 2025, Alemanha e Holanda assinaram um contrato de 4,5 bilhões de euros para ampliar o programa de veículos BOXER, durante cerimônia realizada na sede da OCCAR-EA, em Bonn. O investimento eleva o total do programa, gerenciado pela OCCAR, para mais de 10 bilhões de euros e prevê a aquisição de 270 novos veículos.

O destaque da expansão é a encomenda de 222 Veículos Blindados de Combate de Infantaria (VBCIs) SCHAKAL, desenvolvidos em conjunto pelos dois países. Os veículos combinam a plataforma BOXER com a torre de controle remoto derivada do PUMA alemão, equipada com canhão automático de 30 mm, lançador de mísseis antitanque Spike LR e metralhadora coaxial, além de sistemas de mira eletro-óptica estabilizados para reconhecimento diurno e noturno. A Alemanha receberá 150 unidades e a Holanda, 72, com ambos os países mantendo opções para adquirir até 248 veículos adicionais.

O SCHAKAL representa a primeira variante do BOXER a utilizar o novo Módulo de Transmissão Comum B0, que aumenta a capacidade de carga para 40 toneladas, moderniza o chassi e integra arquitetura digital NGVA com barramento de dados gigabit. Cada veículo transporta uma tripulação de três militares e um grupo de sete soldados de infantaria, oferecendo maior letalidade, mobilidade e flexibilidade tática. Na Alemanha, dois dos nove batalhões de infantaria mecanizada planejados serão equipados com o SCHAKAL, fortalecendo a capacidade das Forças Médias do Exército e permitindo transporte aéreo estratégico.

Além do desenvolvimento do SCHAKAL, o contrato inclui veículos adicionais para treinamento, ambulâncias, sistemas visuais e C4I atualizados, bem como suporte integrado, peças de reposição, ferramentas de treinamento e preparação para o D-LBO. A produção em série está prevista para iniciar em meados de 2028, após a qualificação do módulo de propulsão B0, com entrega dos primeiros protótipos programada para o final de 2027.

Segundo Joachim Sucker, diretor da OCCAR, o novo contrato reforça a capacidade da organização de gerenciar programas multinacionais complexos, dentro de prazo, custo e desempenho previstos. A expansão consolida o BOXER como uma solução modular e preparada para o futuro, garantindo às forças armadas da Alemanha e da Holanda veículos com alto desempenho e prontidão operacional para os desafios do campo de batalha moderno.

A ARTEC GmbH, joint venture entre Rheinmetall Landsysteme, Rheinmetall Defence Nederland e KNDS Deutschland, será responsável pela execução do contrato, que contempla novos desenvolvimentos e investimentos em variantes futuras, assegurando que o programa continue evoluindo para atender às crescentes demandas de defesa.


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com informações da OCCAR

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