sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Invasão da Ucrânia: Plano de paz de 28 pontos levanta críticas e temor de capitulação ucraniana

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O suposto plano de paz de 28 pontos para encerrar a guerra na Ucrânia, discutido entre representantes dos Estados Unidos e da Rússia, provocou forte reação internacional e um profundo sentimento de alerta em Kiev. Para muitos analistas e autoridades europeias, o documento, ainda não oficialmente divulgado, representa um acordo que pune a vítima, premia o agressor e cria um precedente perigoso para a ordem global.

Segundo o que foi reportado pelo The Telegraph e outros veículos internacionais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky recebeu uma versão preliminar do plano por parte dos Estados Unidos. Embora Kiev tenha mantido um tom diplomático, afirmando estar disposta a cooperar para alcançar a paz, os pontos atribuídos ao documento geraram preocupação imediata entre especialistas, parlamentares e governos aliados.

Entre as propostas mais polêmicas está a retirada completa da Ucrânia de Donbas, incluindo zonas atualmente sob controle ucraniano. A região se tornaria uma zona desmilitarizada, com a Rússia pagando um “aluguel” à Ucrânia, um mecanismo semelhante ao arrendamento do porto de Sebastopol antes da anexação da Crimeia em 2014. Para o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), esse ponto desmonta defesas essenciais da Ucrânia e permite que Moscou recomponha forças para futuros ataques.

Outros pontos complicados incluem a proibição de tropas estrangeiras na Ucrânia, a redução pela metade das Forças Armadas ucranianas, a limitação de mísseis de longo alcance e o adiamento da adesão à OTAN por tempo indeterminado. Parlamentares republicanos nos EUA criticaram duramente essas propostas, afirmando que equivalem a abrir caminho para uma nova invasão russa. Garantias vagas de segurança americanas não compensariam a vulnerabilidade criada por tais concessões.

O documento também menciona o reconhecimento, por parte dos Estados Unidos e outros países, da Crimeia e do Donbas como territórios russos, embora não exija formalmente que a própria Ucrânia o reconheça. Esse ponto, porém, seria suficiente para dissolver o arcabouço legal que sustenta as sanções e processos internacionais contra Moscou. Além disso, a proposta prevê a suspensão de julgamentos que investigam crimes de guerra cometidos pela Rússia.

A União Europeia se posicionou contra qualquer plano que não seja aprovado pelos próprios ucranianos e pelos europeus. A Alta Representante Kaia Kallas reiterou que a paz só pode ser considerada legítima se for justa e duradoura, e se reconhecer claramente quem é o agressor no conflito. Ela lembrou que, enquanto o plano circula, a Rússia continua bombardeando escolas, hospitais e prédios residenciais, demonstrando não ter qualquer interesse real em cessar-fogo imediato.

Entre os pontos mais controversos está ainda a imposição do idioma russo e o reconhecimento oficial da Igreja Ortodoxa Russa nos territórios ocupados, medidas que ecoam a política de russificação aplicada por Moscou em áreas anexadas.

ANÁLISE

O suposto plano de 28 pontos parece mais alinhado a um congelamento do conflito do que a uma resolução sustentável. Ele se assemelha a outros acordos historicamente prejudiciais, nos quais a vítima é forçada a ceder território e capacidade militar sob promessas frágeis de paz. O precedente mais citado é o de Munique, em 1938, quando concessões territoriais à Alemanha nazista foram justificadas como “garantias de paz”, mas apenas retardaram uma nova escalada.

Além de moralmente problemático, o plano criaria um modelo perigoso: grandes potências podem invadir vizinhos menores e, mesmo após violações de leis internacionais, negociar compensações simbólicas em troca de ganhos territoriais permanentes. Isso abalaria a arquitetura de segurança europeia e enfraqueceria a credibilidade das democracias ocidentais.

Para Washington, o plano também levanta dúvidas sobre coerência estratégica. Reduzir apoio militar, impedir a presença de tropas aliadas na Ucrânia e restringir armamentos não cria estabilidade, cria um vazio de segurança que favorece exclusivamente a Rússia. A promessa de Moscou de não atacar no futuro, ainda que gravada em lei, não possui validade prática, considerando o histórico recente de violações de acordos.

A proposta de transformar Donbas em uma zona desmilitarizada geraria, na prática, um buffer zone controlado indiretamente por Moscou, impedindo a Ucrânia de se aproximar da OTAN e deixando parte significativa de seu território vulnerável. Sem garantias robustas de defesa coletiva, essa estrutura serviria mais como preparação para um novo ciclo de agressão do que como garantia de paz.

Diante disso, o plano é visto não como um acordo, mas como uma capitulação disfarçada. Para que a paz seja realista, ela precisa incluir responsabilização por crimes de guerra, respeito à integridade territorial reconhecida internacionalmente e garantias de defesa que impeçam reincidência. Nada disso está claramente contemplado no projeto em discussão.

O que emerge desse suposto plano é um teste crucial para o Ocidente: até que ponto valores, tratados e compromissos serão mantidos diante do custo político e estratégico de uma guerra prolongada? A resposta a essa pergunta definirá não apenas o futuro da Ucrânia, mas o equilíbrio geopolítico europeu pelas próximas décadas.


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Coreia do Sul avança no Oriente Médio com possível acordo de US$ 15 bilhões em defesa com os Emirados Árabes Unidos

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A Coreia do Sul intensifica sua presença estratégica no Oriente Médio, consolidando uma aproximação que vai além da diplomacia tradicional e se transforma em cooperação de longo prazo baseada em interesses comuns. No centro desse movimento está a negociação de um pacote estimado em US$ 15 bilhões em exportações de armamentos para os Emirados Árabes Unidos (EAU), evidenciando a crescente relevância de Seul como fornecedor global de tecnologia militar.

O acordo, considerado por especialistas como um marco para a indústria sul-coreana de defesa, também reflete o esforço dos Emirados para diversificar suas fontes de equipamentos, reduzindo dependências históricas de fornecedores europeus, russos e norte-americanos. Embora os detalhes ainda não tenham sido divulgados, pacotes dessa magnitude costumam incluir sistemas avançados de mísseis, plataformas de defesa aérea, sensores e outras soluções tecnológicas de última geração.

Um ponto central dessa aproximação é o interesse dos Emirados Árabes Unidos no KF-21 Boramae, desenvolvido pela Korea Aerospace Industries (KAI). Em abril de 2025, uma delegação da Força Aérea dos EAU visitou as instalações da fabricante na Coreia do Sul, e um dos comandantes chegou a participar de um voo de teste da aeronave, sinalizando forte intenção de aprofundar a cooperação.

A parceria entre Seul e Abu Dhabi representa mais do que uma negociação comercial: trata-se de um realinhamento estratégico sustentado por transferência de tecnologia, colaboração industrial e fortalecimento das capacidades de defesa locais. Os Emirados buscam parceiros capazes de oferecer soluções avançadas e cooperação duradoura, enquanto a Coreia do Sul procura expandir sua projeção global como fornecedor de alta tecnologia confiável e competitivo.

A expansão sul-coreana na região não se limita aos Emirados Árabes Unidos. O Egito se tornou outro pilar importante na diplomacia de Seul, com cooperação em infraestrutura, energia renovável e produção de defesa. A afinidade entre os modelos de desenvolvimento tecnológico e econômico dos dois países tem fortalecido essa parceria de forma consistente.

Nos EAU, a presença da Coreia do Sul cresce também em áreas como energia nuclear, tecnologia, logística e exploração espacial, transformando o país em um dos principais parceiros estratégicos de Seul no Golfo. Essa multiplicidade de projetos reforça que o possível acordo de US$ 15 bilhões representa não apenas uma venda militar, mas uma aproximação geopolítica de longo alcance.

O movimento revela uma nova dinâmica no Oriente Médio, onde potências médias como a Coreia do Sul e os Emirados Árabes Unidos constroem alianças pragmáticas baseadas em inovação, tecnologia e desenvolvimento mútuo. Para Seul, a região é uma plataforma para ampliar sua influência global; para os Emirados, a Coreia oferece estabilidade, tecnologia avançada e colaboração industrial sem entraves políticos.

A parceria entre Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos simboliza a evolução das relações estratégicas no século XXI, marcadas por interesses compartilhados, modernização e busca por autonomia tecnológica.


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Caça Tejas indiano explode ao colidir com o solo durante apresentação no Dubai Airshow

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Um caça leve HAL Tejas da Força Aérea Indiana caiu e explodiu ao atingir o solo durante uma demonstração aérea no Dubai Airshow 2025, nesta sexta-feira (21). O acidente, presenciado por centenas de espectadores, resultou na morte do piloto e deixou uma coluna de fumaça negra visível a grande distância. A Força Aérea Indiana (IAF) anunciou a abertura de um inquérito para apurar as causas.

O vídeo do acidente, amplamente compartilhado nas redes sociais, mostra a aeronave realizando uma manobra de alta performance segundos antes de entrar em um mergulho acentuado. Embora o piloto tenha iniciado a recuperação, a aeronave continuou perdendo altitude até colidir com o solo e explodir em múltiplas bolas de fogo. Segundo especialistas, uma possibilidade técnica preliminar é que o piloto tenha sofrido perda de consciência induzida pela força G (G-LOC) durante a manobra derradeira, impedindo a reação adequada para recuperar totalmente o controle.

Testemunhas relataram que o Tejas estava em voo há cerca de oito ou nove minutos e já havia completado duas ou três passagens quando entrou no mergulho. “Eu vi três bolas de fogo diferentes quando colidiu com o solo”, disse à Reuters Jignesh Variya, que acompanhava o show com a família. Em cerca de 30 segundos, equipes de emergência alcançaram os destroços.

O acidente ocorreu no último dia do Dubai Airshow 2025, considerado o maior evento de aviação do Oriente Médio. Os voos no local chegaram a ser interrompidos, mas foram retomados posteriormente. O governo de Dubai divulgou imagens de equipes de combate a incêndio atuando nos destroços.

Este é o segundo acidente conhecido envolvendo o Tejas, um caça leve de 4.5G equipado com motores General Electric F404. O primeiro havia ocorrido durante um exercício na Índia em 2024. A GE afirmou que está pronta para apoiar a investigação conduzida pelas autoridades indianas e emiradenses.

O HAL Tejas, cujo nome significa “brilho” em sânscrito, é a principal aposta da Índia para modernizar sua força aérea, hoje dominada por aeronaves russas e de origem soviética. Projetado desde os anos 1980 e com primeiro protótipo voando em 2001, a aeronave se tornou o primeiro caça totalmente desenvolvido pela indústria indiana. A IAF planeja operar cerca de 220 exemplares do Tejas, incluindo a versão avançada Mk-1A, ao longo da próxima década.

Durante o Dubai Airshow 2025, o governo indiano buscava atrair potenciais compradores para o modelo, enquanto trabalha no desenvolvimento do Tejas Mk-II. Especialistas citados pela Reuters afirmam que, embora confiável e tecnologicamente sólido, a aeronave enfrenta desafios para conquistar espaço no mercado global de aeronaves de combate.

As autoridades dos Emirados Árabes Unidos ainda não confirmaram se liderarão a investigação local. A Embaixada da Índia informou que está em contato permanente com os órgãos do país anfitrião. Até o momento, nenhuma causa oficial foi divulgada.


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com Reuters



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Dinamarca amplia modernização do Exército e adquire 44 novos veículos de combate CV90MkIIIC da BAE Systems

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A Dinamarca deu mais um passo decisivo em seu processo de modernização militar ao fechar contrato com a BAE Systems para a aquisição de 44 veículos de combate de infantaria CV90MkIIIC adicionais. O acordo, avaliado em aproximadamente US$ 450 milhões, inclui peças sobressalentes, suporte, logística e treinamento, elevando para 159 o total de veículos CV90 destinados ao Exército Real Dinamarquês.

A nova encomenda complementa o pedido anterior de 115 unidades firmado em 2024 e substitui o programa de extensão de meia-vida planejado para a frota atual de CV9035DK. A decisão reflete a prioridade do governo em atualizar rapidamente suas capacidades de combate terrestre com plataformas de última geração.

O Major-General Peter Boysen, Comandante do Exército Dinamarquês, destacou a urgência do programa. “O veículo de combate de infantaria é uma parte essencial do poder de combate da brigada pesada. Portanto, é crucial que adquiramos uma frota consolidada de veículos o mais rápido possível”, afirmou. Segundo ele, a meta é que os 159 novos CV90 estejam plenamente integrados até o final de 2030, colocando o país em um novo patamar de prontidão operacional.

Os CV9035MkIIIC adquiridos pela Dinamarca seguem o padrão do mais recente programa de modernização holandês, incorporando a nova torre CV90, uma evolução significativa em termos de design, ergonomia, letalidade e integração de sensores. A BAE Systems ressalta que o modelo é resultado de anos de experiência em combate, atualizações contínuas e compartilhamento de dados entre as nações usuárias, assegurando alta interoperabilidade no ambiente europeu e dentro da OTAN.

“Esta encomenda demonstra a confiança que as Forças Armadas Dinamarquesas depositam nas capacidades do CV90 e o nosso compromisso em fornecer soluções de alta qualidade que atendam às suas necessidades em constante evolução”, afirmou Tommy Gustafsson-Rask, diretor-geral da BAE Systems Hägglunds. Ele reforçou que o novo pacote tecnológico colocará a Dinamarca “na vanguarda da defesa moderna”.

A família CV90 é reconhecida como uma das plataformas de combate mais eficazes da classe de 20 a 38 toneladas. Flexível, pode operar uma ampla gama de sistemas de armas e sensores, permitindo engajar diferentes tipos de alvos em cenários variados. Já são mais de 1.900 veículos encomendados em 17 variantes, selecionados por 10 países europeus, oito deles membros da OTAN, com histórico operacional no Afeganistão, na Ucrânia e em missões internacionais na Libéria.

Com a ampliação da frota, a Dinamarca consolida sua posição entre os exércitos europeus mais bem equipados em veículos de combate de infantaria, reforçando sua capacidade dissuasória e sua integração plena às operações multinacionais da Aliança Atlântica.


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Saab intensifica campanha global e oferece aeronaves de vigilância GlobalEye ao Catar e à Arábia Saudita

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A sueca Saab ampliou sua campanha comercial no setor de aeronaves de vigilância aérea, oferecendo oficialmente o sistema GlobalEye ao Catar e à Arábia Saudita. A informação foi confirmada pelo CEO da empresa, Micael Johansson, em entrevista à agência Reuters, destacando que ambos os países demonstraram interesse na plataforma já adquirida pelos Emirados Árabes Unidos.

Segundo Johansson, as propostas já foram apresentadas e integram uma estratégia mais ampla da Saab para expandir a presença de suas aeronaves militares no Oriente Médio, uma região onde a demanda por capacidades de alerta antecipado e vigilância de longo alcance cresce em meio a tensões regionais e modernização das forças armadas. “Estamos em campanha e já lhes fizemos propostas. Agora aguardamos os próximos passos no processo decisório desses países”, afirmou.

O GlobalEye, plataforma baseada em jatos Bombardier modificados, combina radares de longo alcance, sensores avançados e sistemas de comando e controle, permitindo detectar aeronaves, mísseis, navios e alvos terrestres com elevada precisão. A solução tem atraído interesse crescente de diversos países. França e Emirados Árabes Unidos já têm encomendas firmadas, e outras nações avaliam o modelo, segundo o CEO.

Na última semana, o Ministério da Defesa dos Países Baixos anunciou, junto com parceiros da OTAN, a desistência da compra de seis aeronaves concorrentes Boeing E-7 Wedgetail. Com essa decisão, os holandeses passaram a considerar alternativas, e o GlobalEye entrou imediatamente na avaliação. “Agora eles estão analisando se podem ter outra capacidade, que estamos propondo, o GlobalEye”, disse Johansson.

Durante visita oficial ao Canadá, acompanhando a agenda do rei Carl XVI Gustaf e da rainha Sílvia, Johansson discutiu oportunidades industriais com autoridades do país. A Saab sinalizou disponibilidade para realizar transferência de tecnologia, com a Bombardier desempenhando parte dos trabalhos de integração de sensores e militarização dos chamados jatos “verdes”, tradicionalmente feitos na Suécia. O governo canadense, no entanto, ainda não tomou uma decisão.

Sobre aeronaves de combate, Johansson afirmou que a Saab não está conduzindo uma campanha ativa para oferecer o Gripen ao Canadá, embora esteja fornecendo informações para auxiliar Ottawa em sua avaliação. O caça sueco já esteve anteriormente entre os candidatos para substituir parte dos F-35 canadenses, após disputas comerciais entre o país e os Estados Unidos. A oferta da Saab continha ainda a proposta de fabricar os Gripen sob licença pela Bombardier, criando uma linha de produção nacional.

Enquanto isso, as linhas de montagem do Gripen na Suécia e no Brasil seguem com produção garantida. Johansson confirmou que ambas serão responsáveis pela fabricação dos caças destinados à Colômbia, dentro do acordo recentemente firmado com Bogotá, avaliado em US$ 3,6 bilhões.

Com forte presença industrial, propostas agressivas de cooperação e produtos reconhecidos pela capacidade tecnológica, a Saab consolida sua posição no mercado global. A expansão do interesse pelo GlobalEye confirma a tendência de maior competição internacional em sistemas de vigilância estratégica, um dos segmentos mais valorizados pelas forças aéreas modernas.


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com Reuters
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MBDA fecha primeiro contrato de exportação do sistema antidrone SKY WARDEN com país do Oriente Médio

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A MBDA anunciou a assinatura de seu primeiro contrato de exportação do SKY WARDEN, sistema avançado de combate a drones (C-UAS), com um país do Oriente Médio. O acordo marca um passo importante para a consolidação da solução no mercado internacional, ampliando seu papel como uma das tecnologias mais completas e adaptáveis no enfrentamento de ameaças aéreas assimétricas.

Lorenzo Mariani, executivo de Vendas e Desenvolvimento de Negócios do Grupo MBDA, destacou a relevância estratégica da assinatura. Segundo ele, o SKY WARDEN representa uma resposta inovadora a um cenário no qual drones, de diferentes portes, têm assumido protagonismo em conflitos modernos. “Assinar este contrato de exportação marca um passo crucial em nosso compromisso de garantir a segurança e a soberania de nossos parceiros ao redor do mundo. O SKY WARDEN combina tecnologia de ponta, flexibilidade sem precedentes e uma capacidade em constante evolução. Com ele, oferecemos proteção robusta e adaptável contra todas as ameaças de UAV, hoje e no futuro”, afirmou.

O SKY WARDEN tem se destacado também na Europa. O sistema venceu o Frontex C-UAS Prize 2025 e foi reconhecido como a melhor solução para proteger as fronteiras da União Europeia. Projetado como um sistema multicamadas, o conjunto é capaz de defender áreas sensíveis contra drones que variam do tipo micro aos modelos táticos, com alcance de até oito quilômetros. Sua arquitetura evolui a partir de um sistema de comando e controle (C2) multisensor e multiefetor desenvolvido pela própria MBDA, que utiliza inteligência artificial para detecção, classificação e identificação precisa de ameaças.

Entre seus efetores, o SKY WARDEN reúne opções complementares para neutralização de drones inimigos, como o laser CILAS HELMA-P, bloqueadores omni e direcionais, interceptadores de drones MBDA HTK (Hit-to-Kill) e o míssil Mistral 3, cuja taxa de sucesso ultrapassa 96%. Cada combinação de sensores e efetores pode ser customizada conforme o cenário operacional, permitindo que o sistema seja escalável e adaptado a necessidades específicas.

Outro diferencial é a modularidade. O SKY WARDEN pode ser instalado em posições fixas, para proteção de infraestrutura crítica, ou montado em veículos para garantir mobilidade. Também é compatível com sistemas de defesa aérea de médio alcance, como VL MICA e CAMM-ER, além de poder ser integrado a arquiteturas superiores de comando e controle.

O desenvolvimento da solução segue em expansão. A recente aquisição, pela MBDA, do laser HELMA-P da CILAS reforça a estratégia de ampliar continuamente o portfólio de efetores disponíveis no sistema.

Com este contrato, a MBDA fortalece sua presença global e reafirma seu papel central na evolução das capacidades de defesa aérea contra drones, um desafio cada vez mais determinante nos cenários militares contemporâneos.


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com MBDA


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Hungria recebe o segundo C-390 Millennium e se torna o primeiro país a completar sua frota

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A Embraer entregou à Força Aérea Húngara, nesta quinta-feira, sua segunda aeronave multimissão C-390 Millennium. A cerimônia ocorreu na Base Aérea de Kecskemét, com a presença do ministro da Defesa da Hungria, Kristóf Szalay-Bobrovniczky, autoridades militares e executivos da Embraer, marcando mais um passo decisivo na modernização da aviação de transporte húngara.

A Hungria recebeu sua primeira aeronave no final de 2024. Desde então, o C-390 demonstrou desempenho consistente, executando uma ampla variedade de missões com taxa de conclusão superior a 99%. Com a chegada da segunda unidade, o país se torna o primeiro operador mundial do C-390 a completar todas as aeronaves previstas no contrato firmado com a Embraer.

Durante o evento, o ministro da Defesa destacou o impacto estratégico da aeronave para as capacidades nacionais. Segundo Kristóf Szalay-Bobrovniczky, o C-390 supre uma lacuna histórica da Força Aérea Húngara. Ele afirmou que o país “se torna mais forte e mais capaz” com a introdução plena da capacidade de transporte aéreo multimissão. “Muito obrigado a todos que contribuíram para este processo”, completou.

Bosco da Costa Júnior, presidente e CEO da Embraer Defense & Security, ressaltou a importância do marco para a empresa e para a parceria com a Hungria. Ele afirmou que o C-390 oferece desempenho superior, maior flexibilidade e custos reduzidos ao longo do ciclo de vida, qualificando a aeronave como uma solução estratégica para missões militares e civis. “Esperamos expandir nossa cooperação para apoiar a Força Aérea Húngara em todas as suas necessidades operacionais atuais e futuras”, disse.

Projetado como uma plataforma multimissão, o C-390 Millennium é capaz de executar tarefas de transporte e lançamento de cargas e tropas, operações de busca e salvamento, apoio humanitário, evacuação aeromédica e reabastecimento em voo. As aeronaves húngaras são as primeiras no mundo a operar com uma Unidade de Terapia Intensiva modular, no formato roll-on/roll-off, ampliando sua flexibilidade para missões críticas e humanitárias.

Com a frota completa, a Força Aérea Húngara passa a dispor de uma capacidade moderna, confiável e alinhada às demandas contemporâneas de resposta rápida e mobilidade estratégica, reforçando também a presença do C-390 no cenário europeu e dentro da OTAN.


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Fuzileiros Navais escolhem viatura GM Defense ISV 4×4 para integrar o "SMACE", com míssil MAX 1.2AC e drone QX-2

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O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil definiu o GM Defense ISV 4×4 como a plataforma terrestre do Sistema de Mísseis Anticarro Expedicionário (SMACE), consolidando um marco na modernização das capacidades expedicionárias da Força. A decisão foi anunciada durante o Dubai Airshow, após avaliações que confirmaram a aderência da viatura aos requisitos operacionais do programa.

O CFN receberá inicialmente dois veículos GM Defense ISV 4×4, que terão integrados o SMACE com o míssil guiado de precisão MAX 1.2AC, desenvolvido no pela brasileira SIATT, e o drone QX-2, fabricado pela EDGE Group dos Emirados Árabes Unidos. Ambos os sistemas serão integrados pela SIATT, em um projeto que une sensores, poder de fogo, comunicações e consciência situacional em uma arquitetura expedicionária totalmente conectada e inovadora.

O ISV 4×4, já validado em operações militares, foi projetado para mobilidade extrema. Com peso aproximado de 2,2 toneladas, tração nas quatro rodas e proteção balística leve, ele utiliza o motor 2.8L Duramax produzido em São Paulo. O conceito do veículo segue a filosofia adotada pelas forças dos Estados Unidos na substituição dos HMMWV para funções leves, priorizando simplicidade operacional, agilidade e facilidade de manutenção em ambientes desafiadores. Sua estrutura modular permite receber equipamentos de missão, armamentos e enlaces de dados táticos, tornando-o ideal para operações de rápida projeção de poder.

O SMACE foi desenvolvido para dotar o CFN de uma capacidade inédita no país: combater com alta precisão a partir de forças leves, distribuídas e altamente móveis. O míssil MAX 1.2AC fornece o poder anti-carro, enquanto o drone QX-2 amplia o alcance da vigilância, reconhecimento e ataque, permitindo engajamentos mais precisos e coordenação em tempo real. Em conjunto, o sistema oferece consciência situacional avançada, engajamento rápido e integração plena entre os vetores terrestre e aéreo.

Segundo o planejamento, o primeiro conjunto do SMACE, composto por dois ISV 4×4 e seus sistemas embarcados, será entregue ao CFN em 2026 para avaliação operacional. A partir dessa etapa, a Força deverá expandir o número de unidades nos anos seguintes, consolidando uma nova doutrina expedicionária baseada em mobilidade, conectividade e letalidade ampliada.

A escolha do ISV 4×4 e a integração nacional conduzida pela SIATT reforçam a busca da Marinha por soluções inovadoras e interoperáveis, ao mesmo tempo em que fortalecem a Base Industrial de Defesa brasileira. O SMACE surge como um dos mais avançados sistemas anti-carro já concebidos na América Latina, alinhado às exigências contemporâneas de operações anfíbias e litorâneas.


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Embraer firma parceria estratégica com a ILIAS Solutions para elevar a eficiência de gestão de frotas do C-390 Millennium e A-29 Super Tucano

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A Embraer anunciou hoje a assinatura de um acordo de parceria estratégica com a ILIAS Solutions, empresa reconhecida globalmente por seus softwares de defesa orientados para missões. A colaboração visa modernizar e ampliar a eficiência da gestão de frotas dos operadores das aeronaves C-390 Millennium e A-29 Super Tucano, dois dos principais produtos da companhia brasileira no mercado militar internacional.

Pelo acordo, o pacote de software da ILIAS será integrado aos sistemas de manutenção e logística da Embraer, permitindo que forças aéreas obtenham um gerenciamento mais preciso e centralizado de suas operações. A solução unifica dados de manutenção, operação e cadeia de suprimentos, oferecendo maior capacidade de planejamento, melhor alocação de recursos e, sobretudo, mais prontidão para missões críticas.

Segundo Douglas Lobo, Vice-Presidente de Suporte ao Cliente e Pós-Vendas da Embraer Serviços & Suporte, a parceria representa mais um passo importante na expansão das capacidades de apoio ao cliente. “Essa parceria reforça a colaboração da Embraer com a base industrial dos Países Baixos e, ao mesmo tempo, nos permite oferecer aos nossos clientes uma solução de gestão de frotas de última geração para apoiar nossas aeronaves”, destacou.

Jean-Pierre Wildschut, CEO da ILIAS Solutions, ressaltou a relevância da aliança para ambas as empresas. “A ILIAS Solutions reconhece a importância da parceria com a Embraer, que amplia nossa consolidada oferta de gestão de frotas e entrega valor adicional aos clientes da Embraer”, afirmou.

O sistema oferece aos comandantes uma visão imediata e confiável do status operacional por meio de uma única fonte de dados. Com insights em tempo real, análises avançadas e suporte à tomada de decisão, a plataforma eleva significativamente a capacidade de resposta das forças aéreas em diferentes cenários de emprego.

A parceria ocorre em um momento em que o C-390 Millennium consolida sua posição no mercado global. Em operação desde 2019 com a Força Aérea Brasileira, desde 2023 com a Força Aérea Portuguesa e desde 2024 com a Força Aérea Húngara, a aeronave acumula mais de 99% de taxa de conclusão de missão, um marco de produtividade em sua categoria. Até agora, o projeto de transporte multimissão da Embraer já foi selecionado por 11 forças aéreas ao redor do mundo, incluindo oito países europeus e sete nações integrantes da OTAN.

Com a integração das soluções da ILIAS, a Embraer fortalece seu ecossistema de suporte e se posiciona para oferecer um pacote ainda mais competitivo, alinhado às exigências de eficiência, transparência e disponibilidade operacional que pautam as missões do século XXI.


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Primeiro UH-60M Black Hawk chega ao Brasil e dá início à renovação da Aviação do Exército

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O Exército Brasileiro recebeu, na manhã de 20 de novembro, o primeiro helicóptero UH-60M Black Hawk de sua nova frota. A aeronave desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos a bordo de um C-17A Globemaster III da Força Aérea dos Estados Unidos, matrícula 97-0048, pertencente ao 445th Airlift Wing. A chegada marca o início prático de uma das mais importantes modernizações da Aviação do Exército nos últimos anos.

O UH-60M recebido é o primeiro de um total de 12 helicópteros adquiridos em 2024 por meio do programa Foreign Military Sales (FMS). Ao contrário das aquisições via “Excess Defense Articles”, normalmente associadas a equipamentos excedentes das Forças Armadas dos EUA, o Brasil está recebendo aeronaves novas de fábrica, configuradas na versão mais atual do Black Hawk hoje disponível para produção e exportação.

O pacote contratado pode chegar a até US$ 950 milhões e inclui, além das aeronaves, motores sobressalentes T700-GE-701D, sistemas avançados de navegação, rádios táticos, transponders, equipamentos criptográficos, ferramentas de manutenção, treinamento e suporte logístico. Menos da metade do valor está diretamente associado aos helicópteros; o restante corresponde a serviços de capacitação, peças e assistência técnica, fundamentais para garantir elevada disponibilidade operacional durante todo o ciclo de vida dos HM-2A, designação oficial da nova frota no Exército Brasileiro.

A modernização permitirá substituir quatro UH-60L Black Hawk (HM-2) e oito AS532UE Cougar (HM-3), atualmente distribuídos entre o 2º Batalhão de Aviação do Exército (Taubaté/SP), o 3º BAvEx (Campo Grande/MS) e o 4º BAvEx (Manaus/AM). Essas aeronaves vêm enfrentando custos crescentes de manutenção e limitações de disponibilidade, tornando a chegada dos novos UH-60M essencial para preservar a capacidade operacional da Aviação do Exército.

Documentos norte-americanos ressaltam que a venda fortalece a cooperação estratégica entre Brasil e Estados Unidos e amplia significativamente a capacidade brasileira em transporte tático, evacuação aeromédica, apoio em desastres naturais, infiltração e extração de tropas e missões de segurança interna. 

A preparação da Aviação do Exército para operar o novo modelo já está em andamento. Militares participaram de cursos e treinamentos nos Estados Unidos, enquanto equipes da Sikorsky e do Exército norte-americano inspecionaram as instalações de Taubaté, que devem concentrar parte significativa das operações, manutenção e treinamento da frota.

O cronograma de entrega prevê a chegada do primeiro helicóptero em 2025, já cumprido com a chegada do exemplar recebido na última quinta-feira (20), com a entrega das demais unidades entre 2027 e 2029, conforme programação oficial. Após sua incorporação, os novos HM-2A Black Hawk serão distribuídos entre o 2º, 3º e 4º BAvEx, garantindo padronização, maior interoperabilidade e ganho expressivo em desempenho operacional.

A chegada do primeiro UH-60M representa um marco para a Aviação do Exército e consolida uma renovação estrutural que fortalecerá as operações em todo o território nacional, especialmente nas regiões de difícil acesso, onde a capacidade de manobra aérea é decisiva para o cumprimento das missões da Força.


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Paquistão apresenta JF-17C Block III e arsenal de armas guiadas no Dubai Airshow 2025

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A Força Aérea do Paquistão levou ao Dubai Airshow 2025 uma das exibições mais completas do evento no segmento de combate tático, apresentando o caça JF-17C Block III acompanhado de um amplo conjunto de armas guiadas de precisão de origem paquistanesa e chinesa. A participação reforça a estratégia de Islamabad de demonstrar maturidade tecnológica e capacidade autônoma crescente na integração de armamentos avançados.

O JF-17C Block III, versão mais moderna da plataforma desenvolvida em parceria com a China, foi exposto com mísseis ar-ar de médio e curto alcance PL-15E e PL-10E, além dos mísseis paquistaneses BREK e Al-Battar. O conjunto evidencia a evolução do vetor em termos de combate BVR (além do alcance visual) e performance em cenários de superioridade aérea, reforçando sua competitividade no mercado internacional.

Entre os armamentos apresentados, o destaque ficou para o míssil aerobalístico antirradiação CM-400AKG, de fabricação chinesa. A arma, conhecida por sua alta velocidade e capacidade de ataque contra alvos de elevada defesa, ganhou notoriedade por seu suposto papel na neutralização de um sistema indiano S-400 durante o confronto indo-paquistanês ocorrido em maio. Sua exibição em posição de destaque buscou consolidar a imagem do míssil como um multiplicador de poder estratégico.

A demonstração conjunta do caça e de seu arsenal sinaliza o avanço contínuo do Paquistão na modernização de sua aviação de combate, ao mesmo tempo em que evidencia a crescente integração de tecnologias de origem chinesa nos programas militares do país. No Dubai Airshow 2025, a apresentação da Força Aérea Paquistanesa reforçou a narrativa de que o JF-17C Block III já alcançou um novo patamar de capacidade operacional, ampliando tanto seu valor militar quanto seu potencial comercial no mercado global de defesa.


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Rússia apresenta o Su-57 no Dubai Airshow 2025 com novo motor Al-51F-1 e avanços em furtividade

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A Rússia levou ao Dubai Airshow 2025 uma de suas principais vitrines de tecnologia militar: o Sukhoi Su-57, apresentado na configuração T-50-9, atualmente a mais avançada em exibição pública do programa. A participação do caça de quinta geração no evento destacou a estratégia russa de reafirmar sua capacidade de desenvolvimento aeroespacial em meio à crescente competição internacional no setor.


Durante o salão, a Sukhoi e a fabricante de motores Lyulka-Saturn divulgaram detalhes sobre um novo propulsor destinado à aeronave, o Al-51F-1. A versão apresentada chamou atenção por incorporar bicos de escapamento serrilhados, uma solução voltada à redução da assinatura infravermelha e ao gerenciamento térmico, além de bicos achatados, vetorizados e com características de baixa observabilidade, elementos inéditos até então no programa.

As melhorias visam aproximar o Su-57 do desempenho esperado para caças de quinta geração plenamente maduros, reforçando parâmetros de furtividade, eficiência e manobrabilidade. Segundo engenheiros responsáveis pelo projeto, o novo motor deverá oferecer maior potência, melhor relação peso-empuxo e resposta mais rápida em regimes de combate.

Outro destaque revelado no Dubai Airshow 2025 foi a modernização do cockpit. A Sukhoi integrou ao Su-57 um display de grande área em peça única, seguindo a tendência das plataformas ocidentais e elevando a consciência situacional do piloto. A atualização amplia a capacidade de gerenciamento de sensores, armas e sistemas de missão, tornando o layout da cabine mais intuitivo e compatível com futuras evoluções da aeronave.

A presença do Su-57 no evento reforça o empenho da Rússia em posicionar o seu caça como uma alternativa competitiva no mercado global, ao mesmo tempo em que sinaliza avanços internos no desenvolvimento de tecnologias críticas para o vetor. Com o novo motor e as atualizações estruturais, o programa demonstra um esforço contínuo para maturar o Su-57 e consolidá-lo como peça central da aviação de combate russa nas próximas décadas.


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Visita técnica da Diretoria de Fabricação à IDV destaca processo dos kits CKD para as 420 novas VBMT Guaicurus

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Nos dias 20 e 21 de novembro de 2025, uma comitiva da Diretoria de Fabricação (DF) do Exército Brasileiro realizou uma série de visitas técnicas às instalações da IDV, em Bolzano e Piacenza, na Itália, além da Systems Car, empresa fornecedora da IDV, também localizada em Piacenza. A agenda contou com a participação da Capitão Rebeca Camurça, gerente técnica da Plataforma 6x6 Guarani, e do Tenente Reinaldo, gerente técnico do Projeto VBMT-LSR 4x4 Guaicurus.

A atividade teve como objetivo observar, de forma direta e com enfoque de engenharia, as linhas de produção e montagem de veículos que integram ou integrarão a frota do Exército Brasileiro. Entre eles, destacam-se a VBMT Guaicurus e a VBC Cav Centauro II, já em operação no País. A equipe brasileira acompanhou de perto os processos industriais e os padrões de qualidade empregados pela IDV, consolidando referências essenciais para os projetos conduzidos pela DF.


Um dos pontos altos da missão foi o acesso ao processo de montagem dos kits Completely Knocked-Down (CKD) destinados às futuras 420 unidades da VBMT Guaicurus, que serão fabricadas no Brasil em cumprimento ao Contrato nº 05/2024-DF. A observação minuciosa dessa etapa permitirá aprimorar a preparação da infraestrutura e dos fluxos produtivos nacionais para a fabricação local do blindado.

Além dos projetos diretamente ligados ao Exército Brasileiro, a comitiva também conheceu veículos de outros segmentos do portfólio da IDV, como as plataformas MTV e MUV, além de caminhões militares 8x8 e 6x6. Foi apresentada ainda a versão italiana da VBMT Guaicurus, contribuindo para ampliar o entendimento sobre soluções que podem dialogar com futuras necessidades da Força.


Segundo a DF, a participação da equipe em atividades dessa natureza é fundamental para o aprofundamento técnico e para a obtenção de parâmetros de referência que embasarão tanto a concepção de novos projetos quanto a condução dos programas atualmente em andamento. A missão também reforça o compromisso da Diretoria de Fabricação com a atualização tecnológica contínua e com a busca por maior autonomia industrial no setor de defesa.


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com Exército Brasileiro

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quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Marinha do Brasil e EDGE Group avançam em desenvolvimento de sistema antidrone

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A Marinha do Brasil e a EDGE Group deram continuidade à parceria iniciada com a assinatura de uma carta de intenções em abril de 2025, avançando para a próxima fase do desenvolvimento conjunto de um sistema antidrone para uso em locais estratégicos.

Durante o Dubai Airshow 2025, o acordo foi formalizado pelo Vice-Almirante Carlos Henrique de Lima Zampieri, Diretor de Sistemas de Armas da Marinha do Brasil, e por Hamad Al Marar, Diretor-Gerente e CEO do EDGE Group.

Um grupo de trabalho conjunto, composto por especialistas técnicos da Marinha e do EDGE Group, já foi estabelecido. Está prevista uma demonstração do sistema para dezembro de 2025, com o primeiro pacote de capacidades programado para entrega em 2026.

Esta é a primeira etapa de um processo mais amplo de colaboração entre a Marinha do Brasil e o EDGE Group, que futuramente poderá evoluir para o desenvolvimento de um escudo antimísseis. O programa faz parte de uma estratégia para fortalecer a eficácia operacional e as capacidades de combate a drones da Marinha brasileira.


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Consciência para Quem? A Polêmica Que o Brasil Evita Encarar

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O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído para reconhecer a contribuição afro-brasileira, promover o combate ao racismo e estimular reflexões sobre desigualdades históricas. No entanto, a data volta a gerar debate, especialmente entre setores que defendem uma abordagem mais ampla sobre identidade nacional e convivência social.

Críticos argumentam que “consciência” não deveria ter cor nem estar vinculada a um recorte racial específico. Para eles, consciência é um valor universal, um princípio humano que não se fragmenta entre grupos, raízes ou tonalidades de pele. Ao transformar um conceito universal em um tema racializado, há o risco de reforçar divisões em vez de superá-las.

Esse ponto é reforçado por uma comparação direta: qualquer tentativa de criar um hipotético “Dia da Consciência Branca” seria imediatamente e corretamente criticada, vista como segregadora, ofensiva e contraproducente. A reação negativa a tal ideia evidencia que a consciência não deve ser racializada. Se não faria sentido criar um dia baseado na consciência de um grupo específico, seja ele qual for, também se questiona o sentido de manter um modelo que, ao invés de integrar, pode acentuar fronteiras sociais.

No Brasil, país marcado pela miscigenação profunda de povos indígenas, africanos, europeus e imigrantes de diversas origens, alimentar divisões identitárias rígidas não reflete a realidade da própria sociedade. Para especialistas que defendem essa visão, o foco deveria estar na unidade nacional, e não na ampliação de categorias raciais que reforcem separações.

Não se trata de ignorar a história nem de minimizar injustiças, ao contrário. Os críticos reconhecem a importância de valorizar a herança afro-brasileira e de combater firmemente todas as formas de racismo. Mas defendem que a igualdade real se constrói com educação, oportunidades, cidadania e respeito todos os dias, para todos, e não por meio de datas que segmentam a consciência coletiva.

A reflexão proposta aponta para um caminho de integração: em vez de multiplicar rótulos raciais, o Brasil deveria fortalecer o que tem de mais singular, sua identidade plural, miscigenada e única. Para esses setores, avançar significa consolidar uma consciência comum, verdadeiramente humana, que não dependa de cor, origem ou divisão.

Ao tratar do tema, é importante reconhecer que o Brasil não precisa importar conflitos raciais que têm forte presença histórica e social em outros países, especialmente os que passaram por segregação institucionalizada. A realidade brasileira é distinta: somos um povo miscigenado, resultado de séculos de encontro entre diferentes culturas, povos e etnias. Existe racismo no Brasil? Sim, e deve ser combatido com rigor, mas de forma que fortaleça a união, não que alimente novos antagonismos.

Nesse contexto, políticas que incentivam divisões raciais ou que propõem modelos de “reparações” baseadas em culpas herdadas do passado não contribuem para a coesão nacional. Reconhecer os erros históricos, condená-los e impedir que se repitam é essencial. No entanto, criar benefícios, privilégios ou cotas baseados em um passado sofrido por pessoas que já não estão entre nós é um caminho que aprofunda separações em vez de superá-las. O foco deve estar na igualdade de oportunidades para todos os brasileiros, sem distinções forçadas que acabem por ressuscitar barreiras que a própria sociedade já caminhava para superar.


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EUA ampliam pressão sobre Maduro após autorização de operações clandestinas da CIA na Venezuela

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O ambiente geopolítico na América do Sul voltou a se tensionar após a revelação, publicada pelo The New York Times, de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou o início de operações clandestinas da CIA na Venezuela. A medida ocorre em meio ao envio do mais avançado porta-aviões americano, o USS Gerald R. Ford, para a região sob responsabilidade do Comando Sul (SOUTHCOM), acentuando a escalada entre Washington e o governo de Nicolás Maduro.

Segundo fontes anônimas citadas pelo jornal americano, as ações sigilosas podem fazer parte de uma estratégia mais ampla para preparar o terreno para uma possível campanha militar de maior escala contra Caracas. As informações surgem após meses de negociações diplomáticas entre representantes dos dois países, tratativas que não avançaram e que, segundo a Fox News, teriam incluído até mesmo uma proposta de Maduro para deixar o poder, mas apenas após “vários anos”, condição prontamente rejeitada pelo governo Trump.

Embora a Casa Branca ainda não tenha comentado oficialmente as alegações, o recrudescimento retórico é evidente. Em declarações recentes, Trump classificou Maduro como “terrorista” e afirmou que não descarta o envio de tropas terrestres americanas para o país vizinho. Ele também acusou o líder venezuelano de facilitar a entrada de detidos ilegais nos Estados Unidos, inflamando ainda mais o debate político interno.

Paralelamente ao discurso endurecido, Washington intensificou a presença militar na região. Desde o início do outono, as Forças Armadas dos EUA realizaram ao menos 21 operações contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas nas águas da América Central e do Sul. O secretário de Estado, Marco Rubio, também anunciou que o Cartel de los Soles, organização criminosa associada a figuras próximas ao chavismo, passará a ser tratado como grupo terrorista, reforçando a justificativa americana de que o país está engajado em um “conflito armado” contra cartéis transnacionais.

O envio do USS Gerald R. Ford, maior e mais moderno porta-aviões da Marinha dos EUA, gerou reações imediatas em Caracas. Maduro acusou Washington de tentar “fabricar uma nova guerra sem fim”, fazendo referência às intervenções no Iraque e no Afeganistão. Para o governo venezuelano, a presença do grupo aeronaval representa uma tentativa de desestabilizar a região e preparar uma ofensiva militar.

Do lado americano, autoridades sustentam que o destacamento do Gerald R. Ford integra uma campanha mais ampla de combate ao narcotráfico, alinhada à ampliação das operações da CIA, cuja nova diretriz busca fortalecer a coleta de informações e pressionar ainda mais o regime chavista.

Mesmo diante da escalada, Trump afirmou estar disposto a conversar com Maduro, ressaltando que “conversa com todos”. Ainda assim, o acirramento da postura política, diplomática e militar dos EUA indica que a crise venezuelana entrou em uma nova fase, marcada por movimentos mais assertivos e por um risco crescente de confrontos diretos.

A presença do porta-aviões americano e a autorização de operações clandestinas refletem um reposicionamento estratégico dos Estados Unidos, que, diante da persistente crise política e humanitária na Venezuela, buscam ampliar sua projeção de poder e moldar os rumos regionais, mesmo à custa de uma tensão crescente com Caracas.


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Exército avança na integração do SISDAC ao sistema NAPOS durante testes com o M109 A5+BR em Santa Catarina

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Militares da Diretoria de Fabricação (DF) acompanharam, entre os dias 11 e 13 de novembro, uma etapa essencial do processo de modernização da artilharia do Exército Brasileiro. No Campo de Instrução de Marechal Hermes (CIMH), em Santa Catarina, foram conduzidos testes de campo para a integração do Sistema Digitalizado de Artilharia de Campanha (SISDAC) ao Sistema de Navegação e Pontaria (NAPOS) das Viaturas Blindadas de Combate Obuseiro Autopropulsadas M109 A5+BR, operadas pelo 5º Grupo de Artilharia Autopropulsado (5º GAC AP), de Curitiba (PR).

A avaliação prática permitiu que a equipe técnica da DF acompanhasse de perto o desempenho dos sistemas durante atividades tático-operacionais, observando sua resposta em cenários reais de emprego. A coleta de dados e registros de funcionamento é vista como um passo determinante para aprimorar as próximas fases de desenvolvimento, bem como para ampliar o índice de nacionalização dos componentes que equipam a viatura.

O esforço faz parte de um programa contínuo do Exército para reduzir dependências externas e consolidar uma base industrial de defesa mais robusta, capaz de sustentar e evoluir sistemas estratégicos. A integração entre SISDAC e NAPOS representa um avanço significativo nesse processo, elevando a precisão, a agilidade e a eficiência do apoio de fogo autopropulsado.

Ao final da atividade, os responsáveis classificaram a ação como bem-sucedida, reforçando o compromisso da Diretoria de Fabricação com a modernização da artilharia brasileira. Os resultados obtidos contribuem diretamente para o fortalecimento da capacidade operacional da Força Terrestre e para a consolidação de soluções cada vez mais alinhadas às exigências do campo de batalha moderno.


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com Exército Brasileiro

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KNDS apresenta os primeiros carros de combate Leopard 2A8 para Alemanha e Noruega

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A KNDS Deutschland apresentou oficialmente os primeiros carros de combate Leopard 2A8 destinados à Alemanha e à Noruega, marcando o início da produção em série da mais nova versão do consagrado carro de combate europeu. O evento de lançamento contou com a presença de autoridades de alto escalão, incluindo o Ministro da Defesa alemão Boris Pistorius, o Ministro-Presidente da Baviera Markus Söder, a Secretária de Estado da Defesa da Noruega Marte Gerhardsen e o Inspetor do Exército Christian Freuding.

A encomenda conjunta representa um salto significativo para a modernização das forças blindadas dos dois países. No total, a Alemanha adquiriu 123 carros de combate Leopard 2A8, enquanto a Noruega comprou 54 unidades. Todas as plataformas estão sendo produzidas do zero, com foco em melhorias substanciais em proteção, eletrônica, optrônica e armamento. O primeiro lote alemão de 18 unidades foi solicitado em julho de 2023, logo após Berlim transferir 18 Leopard 2A6 para a Ucrânia. Em julho de 2024, mais 105 unidades foram adicionadas ao contrato.

Um dos destaques do Leopard 2A8 é a incorporação do sistema de proteção ativa Trophy, da israelense Rafael. O conjunto de quatro antenas de radar e dois lançadores é capaz de detectar e interceptar projéteis antes do impacto, aumentando de forma expressiva a sobrevivência da tripulação. O teto da torre também recebeu blindagem adicional contra submunições, refletindo as lições aprendidas em conflitos recentes, sobretudo na Europa Oriental.

O novo sistema de controle de tiro, totalmente digital, aliado a canais de visão diurna e noturna aprimorados para comandante e artilheiro, amplia a capacidade de engajamento em condições adversas. A plataforma oferece ainda visão panorâmica óptica e térmica combinadas, elevando a consciência situacional do motorista e de toda a guarnição, um diferencial importante no combate moderno.

No quesito poder de fogo, o Leopard 2A8 mantém o canhão 120mm/L55A1, compatível com munições programáveis de alto explosivo e projéteis cinéticos de última geração. Segundo a KNDS, essa combinação permite neutralizar alvos blindados a distâncias de até cinco quilômetros, reforçando o papel do veículo como protagonista no campo de batalha de alta intensidade.

Os carros de combate entrarão agora na fase de verificação integrada conduzida pela Bundeswehr e pela BAAINBw, em parceria com a indústria. A expectativa é que o Leopard 2A8 equipe a Panzerbrigade 45, sediada na Lituânia, a partir de 2027. A entrega das 123 unidades alemãs está prevista para ser concluída em 2030.

Além do Leopard 2A8, o evento também marcou o lançamento do obuseiro autopropulsado modernizado PzH 2000A4. A Bundeswehr encomendou 22 sistemas após transferir unidades para a Ucrânia. A nova versão apresenta melhorias em eletrônica, controle de tiro, manuseio e uma nova unidade de potência, além da atualização completa dos computadores de bordo com o sistema Centurion. O PzH 2000A4 também será submetido a verificação integrada antes de iniciar a produção em série, com entregas programadas entre 2026 e 2029.

A apresentação simultânea das duas plataformas reforça o esforço europeu para aumentar rapidamente sua capacidade militar terrestre, especialmente diante das pressões estratégicas decorrentes da guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo em que demonstra o ritmo acelerado de inovação industrial da KNDS para atender às demandas de defesa do século XXI.


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Leonardo e EDGE Group anunciam joint venture nos Emirados Árabes para desenvolver sistemas de defesa avançados

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A Leonardo, uma das maiores empresas de defesa e aeroespacial da Europa, e a EDGE Group, conglomerado estatal de tecnologia militar de Abu Dhabi, anunciaram na Dubai Airshow 2025 a criação de uma joint venture que promete fortalecer significativamente a capacidade industrial de defesa dos Emirados Árabes Unidos. A nova empresa, que será lançada oficialmente no próximo ano, terá foco no desenvolvimento, projeto e produção de sistemas de defesa de última geração.

Segundo as gigantes de defesa, a parceria atuará em áreas estratégicas como sensores avançados, plataformas integradas e soluções de comando e controle, tecnologias fundamentais para as Forças Armadas dos EAU e igualmente atrativas para mercados internacionais selecionados. Os produtos serão desenvolvidos a partir de soluções já consolidadas no portfólio da Leonardo, adaptadas às necessidades operacionais locais, ao mesmo tempo em que buscarão ampliar a presença global da EDGE Group.

Formalizada após um memorando de entendimento assinado no início do ano, a joint venture terá participação majoritária da EDGE Group, com 51%, enquanto a Leonardo deterá os 49% restantes. Para o CEO da Leonardo, Roberto Cingolani, o acordo representa o resultado de “meses de trabalho intenso entre os parceiros”, reforçando o compromisso mútuo de expandir capacidades industriais e tecnológicas nos setores de ar, terra, mar e eletro-óptica.

Hamad Al Marar, diretor-geral e CEO da EDGE Group, celebrou a parceria destacando que ela permitirá “adaptar soluções aos Emirados Árabes Unidos e a novos mercados inexplorados”, consolidando o país como um polo ascendente no cenário global de defesa. Al Marar também reforçou que o EDGE segue empenhado em ampliar colaborações estratégicas, especialmente com grandes empresas de defesa dos Estados Unidos, em um movimento que busca acelerar o desenvolvimento de tecnologias críticas e aumentar a competitividade do conglomerado nos próximos anos.

Além do desenvolvimento de produtos, a joint venture atuará em fases essenciais do ciclo industrial, como testes operacionais, industrialização e capacitação técnica. Um dos objetivos prioritários será formar uma força de trabalho local altamente qualificada, contribuindo para a autonomia tecnológica dos EAU e para a diversificação econômica promovida pelo governo de Abu Dhabi.

A parceria entre Leonardo e EDGE Group reflete uma tendência crescente no setor de defesa: a formação de polos industriais multinacionais capazes de integrar expertise ocidental, capacidade de investimento e ambições estratégicas de países emergentes, moldando um novo equilíbrio no mercado global de tecnologia militar.


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EUA planejam vender F-35 à Arábia Saudita em versão menos avançada para preservar a vantagem militar israelense

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Os Estados Unidos avançam com o plano de vender caças F-35 à Arábia Saudita, mas as aeronaves destinadas ao reino serão significativamente menos avançadas do que aquelas operadas por Israel. A decisão segue a legislação americana que determina a manutenção da vantagem militar qualitativa de Israel no Oriente Médio, um princípio que há décadas orienta as exportações de defesa de Washington para a região.

O anúncio da venda foi feito pelo presidente Donald Trump, mas autoridades americanas reforçaram que os F-35 sauditas não terão o mesmo pacote de capacidades da frota israelense, que inclui sistemas de armas mais sofisticados e equipamentos avançados de guerra eletrônica. Israel, inclusive, possui permissões exclusivas para modificar profundamente seus caças, integrando armamentos nacionais e incorporando recursos de interferência eletromagnética sem necessidade de autorização dos Estados Unidos.

Apesar dessas garantias, a Força Aérea Israelense registrou oposição formal ao negócio, alertando que a entrega dos F-35 ao reino poderia prejudicar sua superioridade aérea no ambiente regional. A preocupação foi detalhada em um documento enviado a autoridades políticas, conforme relatado pelo The Times of Israel.

Entre os pontos sensíveis está o míssil ar-ar AIM-260, a arma mais avançada atualmente associada às aeronaves de quinta geração americanas. Com alcance superior a 190 quilômetros, o míssil representa um salto tecnológico e, segundo especialistas como Douglas Birkey, dificilmente será oferecido à Arábia Saudita, mas provavelmente estará disponível para Israel.

O próprio F-35 é uma plataforma customizável, adaptada para cada país de acordo com pacotes de software e conjuntos específicos de sensores. Os modelos sauditas devem ser entregues com limitações tecnológicas, reforçando a política americana de conceder versões mais capazes apenas para suas próprias forças e para aliados estratégicos de maior confiança.

Além disso, Israel mantém ampla vantagem numérica e operacional: já opera dois esquadrões completos de F-35, com um terceiro a caminho, e acumula quase uma década de experiência prática com o caça mais avançado do mundo. A Arábia Saudita, por sua vez, estaria limitada a dois esquadrões com entregas previstas apenas para os próximos anos.

Antes da conclusão do acordo, será necessária uma avaliação formal da vantagem militar qualitativa de Israel, e o Congresso americano precisará aprovar a venda. Apesar do interesse geopolítico de integrar a Arábia Saudita aos Acordos de Abraão, autoridades reconhecem que a forte influência israelense no Capitólio pode representar um obstáculo adicional, ainda que uma oposição bem-sucedida exija maiorias qualificadas difíceis de alcançar.

Se concretizada, a venda colocará a Arábia Saudita em patamar semelhante a Catar e Emirados Árabes Unidos, países que já receberam propostas de aquisição do F-35. Contudo, esses acordos permanecem suspensos devido a divergências sobre prazos, capacidades e receios ligados ao acesso da China a tecnologias sensíveis.

Análise: um padrão que se repete

A atual discussão sobre a entrega de F-35 à Arábia Saudita remete a um padrão histórico nas relações de defesa dos Estados Unidos no Oriente Médio. Nas décadas passadas, algo semelhante ocorreu com a venda dos caças F-15 para Israel e para a própria Arábia Saudita. Embora ambos os países tenham recebido a mesma plataforma, Israel obteve primeiro versões superiores, com sistemas de armas mais avançados e maior liberdade de customização. Essa diferenciação, pensada para preservar a superioridade militar israelense, ecoa hoje nas negociações do F-35, demonstrando que a lógica estratégica americana permanece essencialmente a mesma, apenas aplicada à aeronave de quinta geração mais sofisticada de sua história.


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