terça-feira, 29 de setembro de 2009

Foco estratégico para o desenvolvimento

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Um país como o Brasil só poderá se tornar desenvolvido neste século se for simultaneamente competitivo e ambientalmente sustentável. Competitivo no âmbito de globalização pautada pela ressurreição da China. Ambientalmente sustentável em contexto energético determinado pela transição ao baixo carbono. Por isso, não pode continuar tão débil a percepção pública de que essas duas exigências dependem de idêntica opção estratégica. A de conseguir que toda a sociedade coloque o foco neste trio: CT&I, ciência, tecnologia e inovação.

O maior obstáculo é que, ao se enfatizar CT&I como viga mestra da estratégia de ecodesenvolvimento, o reflexo imediato é supor que os investimentos públicos iriam se concentrar apenas nas atividades do Ministério e das secretarias estaduais de Ciência e Tecnologia. E nada poderia ser mais equivocado do que essa apressada dedução, pois o desafio é quase inverso. O esforço será justamente levar a sociedade a perceber que o foco em CT&I sequer seria possível em abordagem setorial.

Não adiantará atribuir a tarefa a um pequeno subsistema isolado. Querer que CT&I seja foco estratégico significa que todas as estruturas governamentais, empresariais e associativas precisarão assumir esse trevo como prioridade. E será uma tarefa gigantesca. Talvez menos em áreas econômico-financeiras, educacionais, ou da saúde. Mas que certamente enfrentará fortes resistências conservadoras, além da inércia dos preconceitos, em inúmeros nichos acomodados às chamadas zonas de conforto, mais avessas à inovação.

Mesmo propensos a aceitar novidades com origem em conhecimentos tácitos, e até dispostos a adotar soluções tecnológicas já comprovadas, muitos desses grotões sociais desconfiam de laboratórios e pesquisadores. São cinco os séculos de passividade cognitiva que podem explicar por que continuam raras as empresas brasileiras que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

E para ilustrar a importância decisiva da focalização estratégica em CT&I, não há questão mais reveladora que a da transição ao baixo carbono, nome de batismo tardio para um processo que já tem mais de 35 anos.

A melhor maneira de se dar conta de sua evolução é prestar atenção à chamada "intensidade-carbono" das economias: a quantidade por unidade de produto de emissões de dióxido de carbono provenientes do uso de energias de origem fóssil. Isto é, desconsideradas as emissões de gases de efeito estufa causadas por desmatamentos, queimadas, pecuária, arrozais, represas de hidrelétricas etc.

No período 1980-2006, essa intensidade-carbono caiu mais do que um terço no clubinho dos países considerados desenvolvidos. De pouco mais de 600 gramas por dólar (g/$) para pouco menos de 400. Isso não vale para alguns sócios cuja decolagem foi muito tardia. Como Portugal, por exemplo, que em 1980 tinha baixíssima intensidade - 239 g/$ - e a aumentou para 323 em 2006. Ou Grécia, onde ela passou de 347 para 409 g/$. Mas com a notável exceção da Espanha, onde caiu de 417 para 357 g/$.

Os melhores desempenhos ocorreram em minúsculas e privilegiadíssimas nações. Como no Luxemburgo, onde a intensidade despencou de 1,3 kg/$ para apenas 424 gramas/$ (-67%). Ou na recordista Suíça, onde ela já era das mais baixas em 1980 - 289 g/$ - e ainda diminuiu muito, chegando a 183 g/$ em 2006 (-37%).

Todavia, houve excelentes desempenhos em economias maiores e mais complexas. No Reino Unido e França houve cortes de 50%. De 631 para 313 g/$, e de 484 para 241 g/$, respectivamente. Seguidas, por reduções superiores a 40% na Dinamarca, Irlanda, Finlândia, EUA e Bélgica. Quedas menores, mas próximas da média do clube (um terço) ocorreram no Canadá, Noruega, Holanda e Japão.

Evidentemente, foram bem mais díspares as trajetórias dos países do segundo mundo, ditos emergentes. O principal destaque é a China, com queda de intensidade simplesmente espetacular. Ela era a lanterninha em 1980, mas teve a segunda maior descarbonização do mundo, só perdendo para a do anão Luxemburgo, de 65%, caindo da terrível marca de 3,1 para 1,1 kg/$. Também houve quedas bem significativas, mesmo que inferiores, no Chile, México, Indonésia e até na Índia.

No extremo oposto, a pior evolução foi a da África do Sul, que já tinha uma das mais altas intensidades em 1980, e ela ainda subiu. Em 26 anos passou de 1,5 kg para 1,7 kg (+13%). Trajetória seguida pelos exportadores de petróleo, como o Irã, com pulo de 115%: de 403 para 866 g/$. Ou o Iraque, com salto triplo de 213%: de 480 g/$ para 1,5 kg/$.

No Brasil, a intensidade subiu tanto quanto na África do Sul (+13%), mas de um patamar inicial muitíssimo inferior: de 237 g/$ para 268 g/$.

De qualquer forma, toda essa diversidade não deve encobrir o âmago da questão. Nesse período, o declínio global da intensidade-carbono foi da ordem de um quarto. O CO2 emitido por uso de energias fósseis por dólar de PIB caiu de pouco mais de um quilo para 770 gramas.

Nesse contexto, o Brasil precisará enfrentar dois gravíssimos problemas. No curto prazo, zerar suas emissões mais jurássicas, que não entram nessas contas por resultarem de desmatamentos e queimadas, assim como minimizar várias outras que são provenientes da agropecuária, e para as quais as soluções são baratas práticas agronômicas e veterinárias.

No médio prazo, evitar a dependência de transferências de tecnologia quando o principal desafio passar a ser a contenção de emissões resultantes do uso de energias fósseis. E é certo que isso não vai ocorrer se muito antes não tiver sido colocado foco na CT&I.

Daí porque as rendas naturais da exploração do pré-sal que não sofram de restrições constitucionais precisarão ser integralmente reservadas para esse fim, mediante criação de um fundo que já deveria estar sendo chamado de socioambiental. Será absurdo pulverizá-las em destinações que podem ser das mais nobres, mas que impedirão a sociedade de ter foco naquilo que neste século será absolutamente decisivo para seu desenvolvimento.

Fonte: Valor Econômico
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EUA rejeitam relatório da ONU sobre Gaza

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Os Estados Unidos, novo membro do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, rejeitaram hoje o relatório apresentado pela missão investigadora da organização sobre a ofensiva israelense contra Gaza, em janeiro, por considerá-lo parcial e antiisraelense.

O relatório, que determinou que Israel e o movimento islâmico palestino Hamas cometeram crimes de guerra durante a ofensiva militar israelense em Gaza, foi apresentado hoje aos membros do CDH pelo presidente da missão de investigação, o juiz sul-africano Richard Goldstone.

Em discurso pouco depois do feito pelo embaixador israelense - que também rejeitou as conclusões -, o secretário de Estado adjunto para Democracia, Direitos Humanos e Trabalho dos EUA, Michael Posner, qualificou o relatório como "profundamente parcial" e "fraco" em sua metodologia.

Posner também denunciou o tratamento que Israel recebe no CDH em geral, dominado por países islâmicos e não-alinhados.

"Não se pode fazer uma equivalência moral entre Israel, um estado democrático com direito à autodefesa, e o grupo terrorista Hamas, que respondeu à retirada israelense de Gaza aterrorizando os civis no sul de Israel", disse o representante dos EUA, sobre o relatório. O documento constata que, durante a ofensiva, 1.400 civis palestinos morreram, além de três civis israelenses e dez soldados do país.

A rejeição dos EUA ao relatório se produz apesar dos pedidos de diversas ONGs, entre elas Human Rights Watch, a Obama para que aceite o documento como forma de fazer avançar o processo de paz na região.

Antes do discurso de Posner, o embaixador israelense do conselho, Aharon Leshno-Yaar, qualificou o relatório de "vergonhoso" e acusou a missão investigadora de guiar-se por motivos políticos, e não pelos direitos humanos.

Fonte : EFE
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Exercícios com Misseis no Irã gera repercussão mundial

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A decisão do Irã de testar novos mísseis capazes de atingir alvos em Israel, partes da Europa e bases americanas no Golfo Pérsico agravou ontem o impasse cada vez maior com os Estados Unidos e seus aliados sobre o programa nuclear iraniano. As manobras militares coincidem com a crescente tensão na disputa do Irã com o Ocidente, depois da revelação, na semana passada, de que Teerã está construindo sua segunda usina de enriquecimento de urânio.

– Hoje, o Irã realizou testes de mísseis com sucesso. Todos os alvos foram atingidos – informou a elite da Guarda Revolucionária iraniana. – O último estágio do míssil balístico Grande Profeta foi realizado, portanto, as manobras foram encerradas, com todos os alvos atingidos.

A emissora estatal Press TV confirmou que mísseis de superfície Shahab 3 foram testados durante exercícios da Guarda Revolucionária, que começaram no domingo, e estimou que o alcance do Shahab 3, que havia sido testado pela última vez em meados de 2008, é de até 2 mil quilômetros. Em vídeo gravado, a emissora mostrou um míssil sendo disparado em um terreno desértico, aos gritos de "Allahu Akbar" (Deus é grande).

A Casa Branca condenou as novas manobras, considerando-as uma "provocação" consistente com a postura mantida pelo Irã no cenário mundial, enquanto o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu mais "moderação" da república islâmica.

– Não é proibido por qualquer acordo internacional, mas é claro que quando lançamentos de mísseis ocorrem no topo da situação sem solução ao redor do programa nuclear do Irã, a situação é preocupante – disse Lavrov, em Nova York, após encontro com o ministro de Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki. – Tenho certeza de que moderação deve ser mostrada.

No domingo, antes da realização dos testes, o secretário norte-americano de Defesa, Robert Gates, insistiu que o caminho para convencer o Irã a abandonar seu programa nuclear estaria na diplomacia, e não numa ação militar.

– Embora não se retirem as opções da mesa, acho que ainda há espaço para a diplomacia – sugeriu Gates em entrevista divulgada pela rede de televisão CNN.

O secretário afirmou que o uso da força militar só serviria para ganhar tempo, mas não convenceria os iranianos a abandonarem sua busca por armas nucleares.

Na Alemanha, um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores preferiu chamar os testes de "perturbadores" e disse que não vão inspirar confiança diante das próximas negociações entre as seis maiores potências e a República Islâmica, marcadas para quinta feira.

Para a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, o Irã terá de apresentar "evidências muito convincentes" na reunião de que seu programa nuclear não tem fins bélicos.

– Vamos submetê-los a um teste em 1º de outubro – disse Hillary à rede CBS. – Eles podem abrir todo o seu sistema ao tipo de investigação abrangente que os fatos pedem.

O chefe de política externa da Europa, Javier Solana, que irá encabeçar a delegação ocidental nas negociações com o Irã em Genebra, também manifestou preocupação sobre o teste iraniano. Na semana passada, Solana afirmou que a notícia de que Teerã estaria construindo uma segunda usina de enriquecimento de urânio seria algo a ser resolvido "imediatamente" com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).

As potências ocidentais exigem que o Irã abandone seu programa nuclear, que acreditam visar ao desenvolvimento de armas nucleares, mas que, segundo o Irã, possui finalidade de apenas prover energia. As potências ofereceram incentivos, caso o Irã cumpra os pedidos. Em caso contrário, ameaçaram com mais sanções.

Brasil

Durante a abertura da Conferência Internacional Nuclear do Atlântico, no Rio de Janeiro, o ministro de Defesa Nelson Jobim negou que o Brasil apoie o programa nuclear do Irã.

– Não devemos aplaudir nenhum programa com proliferação de armas nucleares – afirmou.
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Impunidade impede paz no Oriente Médio.

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A impunidade pelos crimes de guerra cometidos no Oriente Médio atingiu um "ponto de crise", afetando a perspectiva de paz na região, disse nesta terça-feira o relator especial de direitos humanos da ONU, Richard Goldstone.
Depois de realizar um inquérito sobre a guerra da Faixa de Gaza, Goldstone pediu às autoridades de Israel e do Hamas que realizem investigações transparentes e confiáveis a respeito de atrocidades ocorridas no conflito de dezembro e janeiro últimos.

"Uma cultura de impunidade na região tem existido há tempo demais", disse Goldstone ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

"A falta de responsabilização por crimes de guerra e possíveis crimes de guerra contra a humanidade atingiu um ponto de crise; a corrente falta de justiça está afetando qualquer esperança de um processo de paz bem sucedido e reforçando um ambiente que fomenta a violência."

Israel diz que lançou a ofensiva militar em dezembro para impedir que militantes islâmicos disparassem foguetes contra seu território. Mas o grupo israelense de direitos humanos B'Tselem diz que 773 dos 1.387 palestinos mortos no conflito eram civis. O governo de Israel diz que foram mortos 709 combatentes e 295 civis. Do lado israelense, foram mortos dez militares e três civis.

Goldstone pediu que o Conselho, que reúne 47 países, adote o seu recente relatório, segundo o qual o Exército israelense e militantes palestinos cometeram crimes de guerra e possivelmente crimes contra a humanidade. A adoção do relatório implicaria que o caso seja submetido ao Conselho de Segurança da ONU, que poderia tomar providências.

O sul-africano Goldstone admitiu que a comissão de inquérito que ele chefiou, com quatro integrantes, sofreu uma "avalanche de críticas" por causa de suas conclusões, mas rejeitou a ideia de que houve motivação política no seu trabalho.

De acordo com ele, é importante também não imputar culpas coletivas. "O povo da região não deve ser demonizado", afirmou.

As delegações israelense e palestina devem se pronunciar no Conselho em Genebra, que debate durante todo o dia o relatório de Goldstone, antes de considerar resoluções a serem tomadas, ainda nesta semana.

Fonte: Agência Reuters
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Embraer nega preferência pelo Gripen NG

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A Embraer divulgou nota hoje negando que tenha manifestado preferência pelos caças suecos Gripen, da empresa Saab. Os suecos disputam com os franceses Rafale e com os americanos F-18 a licitação brasileira para compra de 36 caças.

"A Embraer esclarece que não participa diretamente do processo de seleção do novo caça F-X2 para a Força Aérea Brasileira e, diferentemente do publicado, não tem preferência por nenhuma das propostas encaminhadas", diz a nota da Embraer.

"A Embraer reitera seu incondicional apoio ao dito processo, sempre em estreito alinhamento com o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa."

O vice-presidente executivo para o mercado de defesa da empresa, Orlando José Ferreira Neto, disse ao jornal "Valor Econômico" que a proposta da sueca Saab é a melhor do ponto de vista de transferência de tecnologia.

Ontem, o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse que não iria levar em conta a opinião da Embraer no processo de escolha para a compra de novos caças para a Aeronáutica.

Ele informou que a Embraer avaliou as propostas feitas até agora, a pedido da própria Aeronáutica.

"Não cabe a Embraer ter opinião a respeito desse assunto. Quem cabe é o governo brasileiro, e a Embraer não é parte do governo brasileiro", afirmou Jobim, depois de participar da abertura de conferência internacional sobre energia nuclear (Inac), no Rio.

Jobim reafirmou que a queda dos caças franceses Rafale, na semana passada, não terá influência na decisão do governo brasileiro. Segundo ele, a informação inicial é que teria ocorrido erro humano. Ele, no entanto, não esclareceu se a fabricante francesa Dassault enviou informações sobre o acidente.

Fonte: Folha
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Concorrência entre AMX X L-159 para Força Aérea Afegã

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A Força aérea dos EUA espera receber uma segunda proposta para a concorrência que prevê a aquisição de um caça de ataque leve solicitado pela força aerea Afegã

A proposta apresentada na concorrência é do jato Vodochody Aero L-159, que irá competir contra uma oferta de caças Alenia/Embraer AMX , excedentes da força aérea italiana e apresentados pela Alenia, segundo Coronel Brad Grambo , comandante do 438ª Air Expeditionary Advisory Group da USAF.


A Aero Vodochody tem tentado a vários anos vender 48 L-159 excedentes da Força Aérea da Republica Tcheca, mas não ficou claro de imediato se a companhia é a fonte da proposta para o Afeganistão.

O Afghan National Army Air Corps esta considerando tanto jatos quanto turboélices. A exigência é para uma força de ataque leve até 2013, segundo o Maj-gen Mohammad Dawran

Além de ataque ao solo e missões de apoio aéreo aproximado, o caça de ataque leve também deve ser capaz de fornecer uma capacidade de defesa aérea, diz Grambo.

O comando central dos E.U.A enviou a exigência para o jato de ataque leve para o sistema de aquisições da USAF.

Colaboração: Luan
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Jobim nega pretenção brasileira de desenvolver armas nucleares

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, rebateu as afirmações do vice-presidente da República, José Alencar, e garantiu que o Brasil não investirá em armamento nuclear para defender os recursos do pré-sal no litoral brasileiro. Na semana passada, Alencar afirmou que tal investimento seria importante para garantir a manutenção desses recursos em mãos brasileiras, mas Jobim deixou claro que o país não tem esse objetivo, que, segundo ele, contrariaria a Constituição.

" As observações que o vice-presidente da República fez são observações que entram na sua posição especialíssima em termos de ter a manifestação das ideias próprias. Basta ver suas manifestações sobre juros " , destacou Jobim, que participou da International Nuclear Atlantic Conference (Inac), no Rio de Janeiro. "Mas o fato é que nós temos impedimentos constitucionais e não temos nenhuma pretensão", acrescentou.

Jobim também lembrou que já há na lei a previsão de destinação, para a Marinha, de parte dos royalties pagos pelas empresas que produzem petróleo no país e afirmou que qualquer discussão para aumentar essa fatia não deve ser tratada no curto prazo. "Vamos discutir no futuro, não agora", frisou.

Além de reafirmar que o programa nuclear brasileiro se destina a fins pacíficos, Jobim assegurou que o país não apoia o programa nuclear iraniano. "Não devemos aplaudir nenhum programa que passe pela proliferação de armas nucleares", disse.

Fonte: Valor Econômico
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Jobim anuncia que não cabe à Embraer opinar na decisão do FX-2

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou hoje (28) que o processo de análise dos aviões que a Força Aérea Brasileira (FAB) comprará para modernizar a sua frota não levará em consideração a opinião da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). A companhia havia sinalizado que a melhor opção seria a proposta sueca, que prevê maior transferência de tecnologia.

“Não cabe à Embraer ter opinião sobre esse assunto. Cabe ao governo brasileiro e a Embraer não é parte do governo brasileiro”, afirmou Jobim, que participou na manhã de hoje, no Rio de Janeiro, da abertura da Conferência Internacional Nuclear.

O prazo para que as concorrentes entreguem suas propostas foi prorrogado pela Aeronáutica e termina na próxima sexta-feira (2).

O ministro voltou a afirmar que a decisão do governo não será influenciada pelo acidente ocorrido na última quinta-feira (24) envolvendo dois caças Rafale. As aeronaves caíram no Mar Mediterrâneo, após colisão em pleno ar, durante voo de teste do Porta-Aviões Charles de Gaulle. O Rafale disputa a preferência da FAB com os modelos F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab.

“Não conheço o problema como se deu, mas há informações que talvez tenham sido problemas de erro humano, desligamento de equipamentos para treinamento em tempo real. Se isso (a possibilidade de os acidentes inviabilizarem a compra de aeronaves do mesmo modelo) fosse verdadeiro, não poderíamos estar comprando boeings”, disse.

Fonte: Agência Brasil
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EMBRAER declara preferência pelo SAAB Gripen NG

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A Embraer considera o caça sueco Gripen, do ponto de vista de transferência de tecnologia, a melhor opção para a empresa estabelecer uma parceria estratégica no contexto do programa F-X2. O contrato, que prevê a aquisição de 36 aeronaves de combate, no valor de US$ 2 bilhões, também é disputado pela francesa Dassault, com o caça Rafale, e pela americana Boeing, com o F-18 Super Hornet.

“Avaliamos as três propostas, a pedido da FAB e vimos que a oferta da empresa sueca Saab é a que vai assegurar ao Brasil o conhecimento e a agregação de tecnologia dentro da premissa “on the job doing”, ou seja, aprender fazendo”, disse o vice-presidente-executivo para o mercado de defesa da empresa, Orlando José Ferreira Neto.

O executivo parte do princípio de que o Gripen NG, versão mais avançada do Gripen C/D, e que ainda não foi fabricado, é o único que oferece oportunidade para o Brasil começar o desenvolvimento de um caça do zero. “Não estamos interessados em fabricar peças. Buscamos o domínio de conhecimento que ainda não temos e que nos será útil no desenvolvimento de futuras aeronaves.”

A afirmação de Ferreira Neto é compartilhada por grande parte das empresas que compõem a cadeia aeroespacial de São José dos Campos. “Sairemos da condição de pequenas empresas dependentes da Embraer para um grupo consolidado verticalmente, capaz de fornecer estruturas integradas complexas, não só para a Embraer como para o mercado externo”, afirma o diretor-executivo da Akaer, César Augusto da Silva.

A Akaer faz parte da holding T-1, que reúne as cinco empresas brasileiras envolvidas no projeto do novo caça sueco e será responsável pelo projeto e produção da fuselagem central, fuselagem traseira e asas. A fuselagem do Gripen, segundo Silva, é a mais complexa já feita no Brasil, pois envolve sistemas de alta tecnologia, como ligas de última geração e materiais avançados, do tipo composto. “O preço que iremos pagar pelos caças agora retornará para as empresas brasileiras em forma de empregos e de novas tecnologias.” Em cinco anos, segundo Silva, a T-1 estima que poderá exportar US$ 500 milhões e gerar 2.900 empregos diretos no Brasil.

Para a Embraer, o programa de um novo caça supersônico também irá trazer benefícios tecnológicos. “Temos interesse nas tecnologias envolvidas em um voo supersônico e na utilização de materiais avançados para fazer frente aos novos desafios que se impõem aos fabricantes de aeronaves”, disse Ferreira Neto.

A tecnologia dos radares de última geração, presente nos caças de combate, segundo Ferreira Neto, também pode ter aplicação na Aviação civil. Outra área de aprendizado é a de sistemas que otimizam consumo de combustível. “O programa F-X2 pode trazer informações de desenvolvimento importantes, que terão aplicação na aeronave cargueira KC-390, que estamos fazendo para a FAB.”

A capacitação da indústria nacional, segundo Ferreira Neto, é primordial para garantir a autonomia do país no futuro para fazer modificações nos aviões que a FAB vai adquirir e para construir um novo caça. “A proposta de transferência de tecnologia tem que estar baseada nesse tripé: autonomia, capacitação da indústria nacional e preparo para novos desafios.”

A proposta do francês Rafale e do americano F-18, na opinião do executivo da Embraer, é de fornecimento de aeronaves já prontas, o que limita a participação da indústria em atividades de desenvolvimento de novas tecnologias.

Fonte: Valor Econômico
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O PAC DAS FORÇAS ARMADAS

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O Brasil abriga riquezas cada vez mais escassas e cobiçadas pelo mundo: água, energia, alimentos e minerais. Com a descoberta das gigantescas reservas de gás e petróleo do pré-sal, essa cobiça se tornou ainda maior. Por esse motivo, o País precisa defender a floresta amazônica e suas reservas de água potável e de energia, enfrentando a competição global pelo petróleo e a disputa regional pelos aquíferos.

É com essa visão que o governo brasileiro elabora a Estratégia Nacional de Defesa (END), sancionada por decreto presidencial em 18 de dezembro de 2008. Seus principais objetivos são a reorganização das Forças Armadas, a reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e uma nova política de composição dos efetivos militares.

O Brasil tem 16.886 quilômetros de fronteiras territoriais e 7.367 quilômetros de fronteiras marítimas. Reforçar o controle e fiscalização dessas áreas e defender, no Atlântico Sul, as águas territoriais brasileiras, assim como proteger a Amazônia brasileira, são objetivos que requerem novas estratégias e recursos.

A END prevê que nos próximos 20 anos haverá uma alocação contínua e substantiva de recursos para compra, mas principalmente para a produção nacional de equipamentos, fortalecendo assim a Base Industrial de Defesa (BID), debilitada nos anos 1990 pela ausência de políticas que a sustentasse e pela falta de investimentos nas Forças Armadas.

Segundo a Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) - que tem 82 empresas associadas, se consideradas também as indiretamente envolvidas com a produção de equipamentos militares -, a BID poderá contar desde já com cerca de 300 empresas.`

O desafio, entretanto, é que a BID não se sustenta apenas com as demandas do mercado interno, como já se viu no passado. É preciso ganhar escala e exportar armas e equipamentos militares.

Nos anos 1980 a indústria bélica brasileira estava entre as 10 mais importantes do mundo. A Engesa vendia caminhões e blindados Cascavel e Urutu para as Américas, a Ásia e a África. À época, o seu tanque Osório era tido como um dos melhores. A Avibrás comercializava foguetes Astros II para o Oriente Médio. O Tucano, avião de treinamento da Embraer, foi adotado pela França e pela Inglaterra.

O Brasil chegou a exportar armas para 32 países. A Engesa forneceu blindados sobre rodas para 22 países, entre eles Líbia, Arábia Saudita e Iraque. Sua falência, nos anos 1990, se deveu a um calote de US$ no milhões dado por Saddam Hussein e a frustração de um contrato de venda de 300 tanques Osório para a Arábia Saudita.

O fato é que a BID encontra-se extremamente debilitada em razão da paralisação da década passada. Para reativar essa indústria, o governo Lula aprovou, em julho de 2005, a Política Nacional da Indústria de Defesa, envolvendo isenções tributárias, fortalecimento do setor privado, incorporação de novas tecnologias e fomento à exportação.

Os resultados já se fazem sentir. Suas exportações em 2005 foram de US$ 300 milhões, e em 2008 somaram US$ 750 milhões, a maior parte, no entanto, composta por equipamentos militares leves, como revólveres, metralhadoras pequenas e carabinas produzidas pela CBC, Taurus e Imbel.

Sua revitalização depende de um esforço de modernização, tornando-a tecnologicamente atualizada, competitiva, inovadora e diversificada. É com esses objetivos que o Brasil, nos últimos anos, tem procurado parcerias com a França, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Suas tentativas vinham esbarrando na negativa desses países em transferir tecnologia. Recentemente, entendimentos com o governo francês abriram novas perspectivas, consolidadas em um acordo de cooperação, firmado no final de 2008, que compreende várias frentes e iniciativas.

CAÇAS DE ÚLTIMA GERAÇAO

As notícias que dão conta do acordo militar entre a França e o Brasil anunciam a compra, pelo Brasil, de 36 aviões de ataque franceses, de alta tecnologia, o Rafale F3. O primeiro Rafale foi incorporado à Força Aérea francesa em 2001, que conta atualmente com 70 caças desse tipo e projeta ter 294 unidades em operação no médio prazo.

Na fase final da concorrência - um negócio de mais de US$ 2 bilhões em que foram pré-selecionados também suecos (Saab) e americanos (Boeing) - um elemento decisivo para a escolha dos franceses foi a disposição de transferência de tecnologia. As propostas foram evoluindo durante as negociações e chegaram ao ponto da Dassault, a fabricante do Rafale, se dispor a produzir no Brasil esse caça de última geração, criando uma linha de montagem para tanto e estabelecendo parcerias com mais de 50 empresas nacionais, com destaque para a Embraer. A depender do armamento que os caças vão transportar, o negócio pode até dobrar de valor.

Esse acordo de cooperação é também um investimento em longo prazo, pois a intenção da Força Aérea Brasileira é substituir toda sua frota de ataque pelo Rafale, o que significa algo entre 120 e 150 aviões a ser produzidos até 2025. Em uma iniciativa paralela, o Brasil, em cooperação com a África do Sul, está desenvolvendo um míssil de médio alcance, o A-Darter, como opção de armamento para esses novos caças.2




HELICÓPTEROS

O acordo França-Brasil prevê também a compra de 51 helicópteros EC 725 Cougar. Um helicóptero com duas turbinas, da classe de 11 toneladas, rápido, com grande volume para carga e acomodações, permitindo o transporte de até 29 combatentes, além dos 2 pilotos. É um veículo tático de transporte de tropas, para ataque ou evacuação de combatentes. Foi incorporado à Força Aérea Francesa em fevereiro de 2005.

A Helibrás, em Itajubá, Minas Gerais, irá construir esses helicópteros. Para isso, a Eurocopter investirá US$ 400 milhões na montagem de uma linha de produção brasileira, numa transferência completa de tecnologia. A Eurocopter é uma empresa do grupo franco-alemão EADS. Os primeiros helicópteros serão entregues em 2010. Exército, Marinha e Aeronáutica receberão 17 unidades cada.

Nas palavras do diretor do Departamento de Defesa da Fiesp, Jairo Cândido, as empresas brasileiras fornecerão todas as peças: “A ideia é conseguirmos um índice de nacionalização próximo de 100%. Isto é um projeto superior a US$ 1 bilhão”. 3




SUBMARINOS

Segundo alguns analistas, a parte mais importante do acordo França-Brasil é a construção de quatro submarinos convencionais da classe Scorptme, além de um casco maior - desse mesmo modelo - para acomodar o reator nuclear desenvolvido pela Marinha brasileira. Estes submarinos serão produzidos no Brasil e, para tanto, será preciso construir um novo estaleiro e uma nova base naval. O custo total previsto para esse projeto é da ordem de US$ 9 bilhões.

O submarino nuclear brasileiro permitirá uma nova estratégia: a da mobilidade, a de estar presente em qualquer área de interesse da Marinha. Sua grande velocidade, que pode ser utilizada por tempo ilimitado, sua possibilidade de estar submerso por meses e seu combustível que demora de 6 a 10 anos para ser consumido, criam novas condições de defesa dos interesses nacionais.

A Marinha brasileira já identificou no litoral sul do Rio de Janeiro, na baía de Sepetiba, o local para a construção deste novo complexo naval. O índice de nacionalização na produção dos Scorpene será bastante elevado, com milhares de itens produzidos por mais de 30 empresas brasileiras. O interesse nacional é de que empresas francesas transfiram a empresas brasileiras a capacidade de fabricação dos equipamentos necessários aos Scorpene.

Vale lembrar que o Brasil já constrói submarinos no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro. Com transferência de tecnologia alemã, foram fabricados quatro IKL-209. O último, o Tikuna, foi incorporado em dezembro de 2005.

Com um comprimento de 62 metros e diâmetro do casco de 6,20 metros, o submarino Tikuna desloca 1.550 toneladas submerso e atinge velocidades superiores a 20 nós, além de operar em profundidades maiores que 200 metros. Com uma tripulação de 7 oficiais e 29 praças, o submarino possui 8 tubos de torpedo e é movido por propulsão diesel-elétrica. Além dos torpedos, o Tikuna também poderá usar minas navais acústico-magnéticas MCF-0l/100 fabricadas pelo Instituto de Pesquisas da Marinha. O Tikuna é capaz de navegar 11 mil milhas na velocidade econômica de 8 nós. Submerso, o navio pode cobrir 400 milhas a 4 nós, sem precisar subir à superfície.4

A vantagem na escolha do Scorpène é a sua facilidade de transição para o submarino nuclear, a grande ambição brasileira. Seu casco hidrodinâmico, projetado para alto desempenho em velocidade e manobra, é derivado do submarino nuclear Rubis/Amethyste, mas mais compacto. O Scorpène utiliza tecnologias dos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate Subtics.

Como o acordo França- Brasil prevê, é da responsabilidade da Marinha brasileira o desenvolvimento do reator nuclear, que deve entrar em operação em 2013. Um acordo entre a Argentina e o Brasil, firmado em fevereiro de 2008, pode acelerar esse processo. Os dois países pretendem criar uma empresa binacional de enriquecimento de urânio, construir um modelo de reator nuclear e estabelecer um ciclo de combustível nuclear em conjunto. Nesse acordo também está previsto o lançamento de um satélite para monitorar a costa e o oceano.5




FRAGATAS


Ainda dentro do acordo França-Brasil serão construídas 6 fragatas, da classe Fremm, nos estaleiros do Arsenal da Marinha, no Rio de Janeiro, que para tanto sofrerá um processo de modernização. O custo previsto desta iniciativa supera os US$ 2 bilhões.

A fragata Fremm é um navio de 137 metros de comprimento com uma tripulação de 108 pessoas. Movida por uma turbina a gás General Electric/Avio, permite uma velocidade máxima de 27 nós (50 km/h), ou ainda, em operação silenciosa, a velocidade de 15 nós (28 km/h). A autonomia é de 11 mil quilômetros.

Essas novas fragatas multimissão são as mais modernas, foram concebidas a partir de um consórcio franco-italiano assinado em novembro de 2005. Os navios apresentam duas versões distintas, para atacar submarinos e para atacar alvos em terra. Com armamento pesado, a fragata terá capacidade de combate antiaéreo, com lançador vertical para 32 mísseis Áster 15 e, em outra versão, para lançar mísseis a mil quilômetros de distância.

O acordo franco-brasileiro é o mais abrangente, mas outras iniciativas anteriores já indicavam a disposição do governo brasileiro de modernizar e melhor aparelhar as Forças Armadas.

NAVIOS DE DESEMBARQUE

Este ano foi incorporado à Marinha brasileira o Almirante Sabóia, um navio de desembarque pesado, de origem britânica, que tem uma porta de proa que permite o encalhe na praia e a colocação direta em terra de até 16 tanques pesados, 34 veículos de vários tipos, entre eles os de transporte e blindados leves, além de levar até 534 militares. Outro navio da mesma classe, o NDCC Garcia D`Ávila, foi incorporado à Marinha brasileira em maio de 2008. Estas embarcações são destinadas a operações anfíbias, ribeirinhas e de apoio logístico móvel.

PORTA-AVIÕES

Neste cenário de reaparelhamento das Forças Armadas, não se pode ignorar a restauração do porta-aviões São Paulo, com novos sistemas e equipamentos, que volta à ativa em 2010 com esquadrões de helicópteros e caças Skyhawk. O São Paulo tem capacidade para transportar 17 helicópteros e 22 caças. É a maior embarcação da Marinha brasileira e coloca o Brasil entre os nove países no mundo que possuem porta-aviões.

CARROS DE COMBATE

A disposição de reaparelhar as Forças Armadas levou o Exército brasileiro, em dezembro de 2006, a comprar da Alemanha 250 carros de combate Leopard 1 A5, cujo primeiro lote de 60 unidades está sendo entregue este ano. No horizonte, se coloca a possibilidade de sua produção no Brasil.

A versão 1 A5 é a mais moderna da família Leopard 1, com avançados sistemas de controle de tiro, visão noturna ampliada para atirador e comandante do carro, blindagem reforçada na torre e suspensão reforçada. O A5 é capaz de disparar munições mais potentes que a versão AI (da qual o Brasil conta com 128 unidades), utilizando munição capaz de penetrar todos os tipos de blindagem atualmente em uso.

A INTEGRAÇÃO MILITAR DA AMÉRICA DO SUL

O Conselho de Defesa Sul-Americano, órgão da Unasul criado em março deste ano, pode cumprir um papel estratégico na afirmação da BID brasileira. Entre seus objetivos está “fomentar a cooperação militar regional e as bases industriais de defesa”. Para tanto, será feito um inventário das capacidades militares e se buscará uma padronização de equipamentos que permitam o consumo de materiais e serviços em grande escala. Ao buscar a BID regional, o Brasil tenta convencer seus sócios, acenando com a possibilidade de exportação para outros continentes.

Segundo dados do Balanço Militar da América do Sul em 2008, de 2003 a 2008 os investimentos em tecnologia militar na região passaram de US$ 24,7 bilhões para US$ 47,2 bilhões. O fato é que os gastos com defesa na América do Sul têm crescido substancialmente na última década, e analistas dizem que esta tendência vai continuar, apesar da crise mundial. Em 2008, os 12 países sul-americanos gastaram US$ 50 bilhões em defesa, sendo que deste total, US$ 15 bilhões foram para novos investimentos e manutenção de bens e serviços.`

Com a implantação da Base Industrial de Defesa da América do Sul, o Brasil e a Argentina tendem a se beneficiar com suas linhas de produtos com maior variedade e modernidade, como os que serão desenvolvidos pelo Brasil no acordo de cooperação com a França.

Fonte: Le Monde Diplomatique Brasil
Colaboração:Hornet
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Crise em Honduras

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Em Honduras vemos a declaração do governo golpista em tom de ameaça cobrando do Brasil uma posição sobre Zelaya, com claro tom de ameaça a nossa embaixada, que pelas leis internacionais é nosso território, e se houver uma invasão desta, isso será uma clara agressão ao Brasil, exigindo uma ação enérgica de nosso governo.

Pessoalmente, defendo uma intervenção enérgica para se chegar a um acordo diante deste impasse, visto que o governo golpista barrou a entrada da delegação da OEA. Ainda como agravante o governo de Michelleti emitiu decreto que da poder de proibir protestos públicos e suspender liberdade de expressão e de imprensa segundo sua vontade.

Nessas horas eu me pergunto: Onde esta a politica intervencionista norte-americana?
Todos nós sabemos bem a resposta a essa pergunta. Agora só resta esperar qual será o desfecho, uma vez que o Itamaraty rejeitou o últimato dado pelo governo golpista de Honduras.

Angelo D. Nicolaci (GeoPolitica Brasil)
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Brasil ainda não se deu conta de que é uma grande nação

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Segundo o presidente, país saiu da condição de 'receptor' para 'doador'.
'É possível mudar geografia política, comercial e econômica do mundo', diz

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo, durante o encerramento da 2ª Cúpula América do Sul-África, em Isla Margarita (Venezuela), que o Brasil ainda não se deu conta de que é uma grande nação.

"De que saiu da condição de país receptor para um país doador (...) Todos nós aprendemos a vida inteira a pedir recursos para os países ricos e a não assumirmos as responsabilidades de sermos países doadores, de dar tecnologia, de passar os conhecimentos que temos. Isso é uma coisa nova na América do Sul. Não faz muito tempo que a relação entre nós era muito pequena e distante", afirmou ele a outros chefes de Estado presentes.



Crise financeira

Segundo o presidente da República, a crise financeira interncional, que se agravou em setembro do ano passado com o anúncio de concordata do Lehman Brothers, mostrou que os países que tinham mais opções (para o comércio internacional) sofreram menos efeitos.

"Porque não dependíamos de um bloco ou de uma economia. Vocês percebem claramente que, na época da crise, todos os países ricos que defendiam o livre comércio foram os primeiros a se fecharem no protecionismo", questionou Lula.

De acordo com Lula, os países africanos são "testemunhas" da tentativa que o Brasil fez para negociar a rodada de Doha (de comércio mundial), "sobretudo pensando em abrir o mercado agrícola europeu para os países africanos, e não conseguimos".



Mudar a 'geografia' do mundo

Na visão do presidente, é possível mudar "a geografia política, comercial e econômica do mundo". "Não será possivelmente no meu governo. Possivelmente não será nos governos de muitos dos senhores [presidentes]. Mas, quem vier depois de nós, estará comprometido com uma lógica política que não existia há dez anos atrás", afirmou.

De acordo com Lula, não é possível que, depois da independência e da guerra civil, em alguns países da América do Sul e África, a maioria ainda esteja "colonizada economicamente porque depende de tecnologia, financiamento e mercado dos países ricos".

"Eu queria que vocês saíssem daqui com a certeza de que o século 21 pode ser o século da África, da América Latina e da América do sul. Basta que tenhamos clareza que dependemos muito mais de nossas decisões do que dos sonhos, das ajudas externas, que passamos todo o século 20 esperando e estamos esperando no século 21", concluiu.

Fonte: G1 Noticias
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Irã continua demonstração de força

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O Exército iraniano testou com sucesso nesta segunda-feira um míssil Sejil de duas fases, com alcance de 2.000 km, dentro de um exercício militar em que também foi disparado outro míssil de longo alcance, o Shahab-3, informaram a agência Fars e o canal em inglês Press-TV.

"Pela primeira vez, a Guarda Revolucionária tenstou durante exercícios militares um míssi de duas fases que utiliza combustível sólido", informou a agência Fars.

"Isto demonstra o aumento da capacidade estratégica e preventiva para enfrentar qualquer ameaça", completa a nota da Fars.

Hosein Salami, comandante da Força Aérea da Guarda Revolucionária, o exército ideológico do regime iraniano, afirmou à Press-TV que o míssil Sejil foi lançado paralelamente ao disparo de teste do Shahab-3, que também tem um alcance de 2.000 km.

Os dois mísseis têm capacidade para atingir o território de Israel, que fica a 1.000 km.

Salami falou com a imprensa no local de lançamento dos projéteis.

Teerã já testara no dia 20 de maio um míssil Sejil a partir da região de Semnan, ao leste da capital.

Em 12 de novembro de 2008, o Irã anunciou pela primeira vez ter testado este tipo de armamento, qualificado de "míssil de nova geração".

"O Sejil de duas fases, com dois motores, utiliza combustível sólido combinado e tem capacidades extraordinárias", declarou na ocasião o então ministro da Defesa iraniano, Mohamad Ali Najar.


Fonte: G1 Noticias
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Escalada á vista no confronto Irã X Ocidente

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O presidente iraquiano, Jalal Talabani, prevê uma escalada do confronto entre Irã e Ocidente sobre o programa nuclear iraniano e acredita que a presença de navios de guerra dos Estados Unidos na região representa uma advertência ao governo de Teerã.

"Se o Irã falhar em oferecer certas garantias (sobre seu programa nuclear), os países ocidentais podem chegar a impor novas sanções, mais duras que as atuais", afirma Talabani em entrevista divulgada nesta segunda-feira pelo jornal árabe "Al-Hayat".

Para o chefe de Estado iraquiano, "se o Irã não der uma resposta convincente, as sanções se endurecerão mais".

"E se aplicarão outras possíveis medidas se os países ocidentais se derem conta de que as sanções estão sendo inúteis", acrescenta.

Talabani evita se pronunciar sobre a possibilidade de haver um ataque militar de países ocidentais contra o Irã se as tentativas para superar o ponto morto em que se encontra a negociação internacional sobre o programa nuclear iraniano fracassarem.

No entanto, estima que a presença de naves de guerra americanas com baterias de mísseis em Haifa, em Israel, representa uma advertência ao Irã que deve ser tida em conta.

No entanto, Talabani descarta que, por enquanto, possa surgir um conflito armado entre EUA e Irã.

"Ao contrário, vejo um consenso não declarado sobre a necessidade de manter a situação de fato atual, em lugar de desejos de trocá-la", afirma.

Fonte: Folha
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Irã testa "Shahab-3".

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A televisão iraniana noticiou nesta segunda-feira que o país testou mísseis de longo alcance Shahab-3.

Os mísseis têm alcance de cerca de dois mil quilômetros, podendo atingir, em tese, Israel e bases americanas no Oriente Médio. Parte da Turquia também estaria no alcance dos Shahab-3.

No domingo, o Irã havia lançado dois mísseis de curto e médio alcance. Os canais estatais Al Alam e Press TV mostraram imagens de manobras militares nas quais os mísseis de curto alcance Tondar-69 e Fateh-110 foram lançados em um terreno semelhante a um deserto.

As TVs não precisaram o alcance dos mísseis, mas especialistas em defesa acreditam que o Fateh possa atingir alvos a 170 km de distância e o Tondar, a 150 km. Além disso, foram testados os mísseis Shahab-1 e Shagab-2. Segundo informação do comandante das Guardas Revolucionárias do Irã, general Hossein Salami, à televisão estatal iraniana em inglês Press TV, os mísseis de médio alcance podem atingir alvos entre 300 km e 700 km.

As manobras são realizadas após o recrudescimento das tensões entre o Irã, de um lado, e Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, de outro, por causa da informação, divulgada no fim da semana passada, de que Teerã está construindo uma nova usina de enriquecimento de urânio.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que a única finalidade da usina é produzir energia elétrica, e que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), responsável por monitorar as questões nucleares mundiais, foi informada dos planos iranianos há poucos dias, mais de um ano antes de as instalações entrarem em operação.

Mesmo assim, os três países condenaram a iniciativa iraniana, e o presidente americano, Barack Obama, afirmou que prefere uma solução diplomática para a crise.

Representantes iranianos e de seis potências militares mundiais (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha) se reúnem em Genebra, Suíça, na próxima quinta-feira, para discutir com o Irã uma série de temas, incluindo o programa nuclear iraniano

Fonte BBC Brasil
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domingo, 27 de setembro de 2009

Irã defende 2ª Usina nuclear com base em norma da AIEA

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O embaixador do Irã perante a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltaniyeh, acusou Estados Unidos, França e Reino Unido de desconhecer a norma internacional e tentar enganar o mundo.

Em entrevista concedida à rede de televisão estatal "PressTV" e divulgada hoje, o representante iraniano insistiu em que seu país não agiu de forma clandestina na construção da segunda usina de enriquecimento de urânio, denunciada esta semana pelos EUA.

A nova instalação estaria escondida sob uma colina perto da cidade santa de Qom, cerca de 150 quilômetros ao sudoeste de Teerã, e poderia abrigar cerca de 3 mil modernas centrífugas.

"Nego de forma categórica que tenha havido ocultação ou engano. É uma pena que os líderes desses três países não tenham assessores que lhes informem que, de acordo com as normas, só é obrigatório informar seis meses antes da introdução do combustível", disse.

Soltaniyeh insistiu, neste sentido, em que a usina ainda não recebeu material nuclear e que o Irã informou à AIEA em 21 de setembro que só estará em operações em 540 dias.

"Segundo o documento 153 da agência, não é necessário informar à AIEA antes" de 180 dias, disse.

O presidente americano, Barack Obama, com apoio do chefe de Estado francês, Nicolas Sarkozy, e do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, denunciou na sexta-feira o Irã por ocultar a usina e acusou o país de não respeitar a norma.

Além disso, exigiu que Teerã permita a inspeção da nova instalação em um prazo máximo de três meses.

No sábado, o chefe da equipe de negociação nuclear iraniana, Ali Akbar Salehi, afirmou que seu país permitirá a visita, mas que só está disposto a coordená-la com a agência da ONU.

Soltaniyeh respondeu este domingo à "PressTV" que o problema é que o Irã é "vítima da negligência daqueles que dizem conhecer a lei internacional".

"Falam perante as Nações Unidas, mas desconhecem o estatuto da AIEA", acrescentou o responsável iraniano, que disse que França, Estados Unidos e Reino Unido são os países que violam a normativa do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).

"São essas três nações as que, de fato, estão violando os artigos do TNP há mais de 40 anos", disse.

Neste sentido, Soltaniyeh afirmou que "o Reino Unido tem um programa secreto de submarinos nucleares, a França trabalha de forma contínua em armas nucleares, e os norte-americanos trabalham duramente na revisão das armas nucleares. Isso é engano e ocultação".

Os países ocidentais empreenderam "uma estratégia a longo prazo, com uma agenda secreta para ameaçar e destruir o espírito de cooperação entre a AIEA e o Irã, e encontrar uma desculpa ou um pretexto para sanções e outras medidas", disse.

Fonte: G1 Noticias
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Rafale terá limitação de Transferência de tecnologia

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A transferência de tecnologia oferecida pelo governo da França na venda dos caças modelo Rafale, fabricados pela Dassault, não inclui a revelação de segredos militares dos componentes eletrônicos de transmissão, identificação, direção de voo e de definição de alvo do Rafale “nuclear” – a aeronave equipada para transportar mísseis com ogivas atômicas. De acordo com o Palácio do Eliseu, sede do governo francês, esses aparelhos não constam da lista dos pedidos do Ministério da Defesa do Brasil.

O pacote de dispositivos a que o Brasil não terá acesso diz respeito a sistemas eletrônicos de novíssima geração, como o Identifying Friend or Foe (IFF), equipamento que permite distinguir aviões da própria esquadrilha de aeronaves estrangeiras. Além disso, estariam fora dos planos de transferência os componentes da versão nuclear, que poderiam ser armados com mísseis nucleares ASMP-A. Quanto à tecnologia nuclear em si, a transferência é proibida por tratados internacionais.

Questionado ontem, em Paris, sobre as informações a respeito da transferência de tecnologia, o almirante Edouard Guillaud, conselheiro militar do Palácio do Eliseu, definiu-as como “bobagem”. O militar reafirmou o que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, tem reiterado: “Transferência completa quer dizer exatamente isso: completa”. Guillaud afirmou que o repasse vai até onde é pedido pela licitação FX-2. “Haverá toda a transferência de tecnologia solicitada pelo governo brasileiro”, especificou.

Sobre os segredos técnicos dos equipamentos da versão nuclear do Rafale, o almirante disse que não estão incluídos. A profundidade do repasse de tecnologia é um dos pontos nevrálgicos da licitação FX-2, da qual participam ainda a americana Boeing, com o modelo F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com seu modelo Gripen NG. O tema é prioritário para o governo brasileiro, que planeja, a partir dos códigos fontes das aeronaves, construir seus próprios aviões no futuro.

Em resposta à exigência brasileira, a Saab promete desenvolver totalmente o caça com parceiros locais. O problema do Gripen NG é que parte de seus componentes é fabricada por empresas dos EUA, sobre os quais pairam dúvidas a respeito da possibilidade de repassar tecnologia. Já a Dassault e o Palácio do Eliseu falam em “transferência ilimitada”, enquanto a Boeing e a Casa Branca usam a expressão “transferência necessária”.

Fonte: Defesa@net
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Irã começa exercicio com mísseis

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O Irã começou exercícios militares na manhã deste domingo (27) realizando o disparo de dois mísseis de curto alcance, informou a rede de TV estatal árabe Al-Alam.

De acordo com a TV, tratam-se dos mísseis Tondar e Fateh 110.

A Guarda Revolucionária do Irã, tropa de elite do Exército do país, anunciou ontem que faria exercícios de defesa a partir de hoje utilizando "um grande número de mísseis".

De acordo com a Guarda Revolucionária, o objetivo deste exercício é "testar os programas de defesa do país, assim como manter e elevar sua capacidade de dissuasão".

O anúncio da simulação de guerra coincide com o aumento das tensões na disputa nuclear do Irã com o Ocidente, após a notícia de que o país está construindo uma segunda usina de enriquecimento de urânio.

A agência de notícias local Fars informou que o chefe do corpo da Guarda Revolucionária, general Ahmad Vahid Dastjerdi, foi nomeado ontem como vice-ministro da Defesa.

Antigo chefe da área Aeroespacial do Ministério da Defesa, Dastjerdi é, segundo a fonte, um dos arquitetos do programa de mísseis e satélites do Irã.

Médio e longo alcance

Testes com mísseis de médio e longo alcance também serão feitos, de acordo com declarações do comandante da força aérea da Guarda Revolucionária, Hosein Salami, à rede Press-TV.

"Vamos efetuar disparos com mísseis Zelzal, Tondar e Fateh 110 [curto alcance] hoje. À noite, faremos disparos de Shahab 1 e 2 [médio alcance] e amanhã de Shahab de longo alcance", declarou Salami.

Os mísseis Shahab 3 alcançam aproximadamente 2.000 km de distância. Disparados do Irã são, portanto, capazes de alcançar Israel.


Fonte: Folha
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Instalação de bases americanas na Geórgia não faz sentido, diz ex-presidente georgiano

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O ex-chefe da diplomacia soviética e ex-presidente georgiano, Eduard Shevardnadze, disse que o desdobramento de bases americanas na Geórgia, de cuja possibilidade informaram vários meios de imprensa ocidentais, "carece de sentido".

"A Geórgia não deve aceitar em seu território bases dos Estados Unidos. Considero que seu desdobramento não solucionará os problemas do país e não trará nada à Geórgia", disse Shevardnadze a um grupo de jornalistas.

As autoridades georgianas não fizeram até o momento comentário algum sobre as informações surgidas em meios de imprensa ocidentais de que Washington deve acertar com Tbilisi o desdobramento de várias bases americanos na Geórgia.

Fonte: Folha
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Comandante pede aos EUA aumento de tropas no Afeganistão

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- O chefe das forças ocidentais no Afeganistão entregou um pedido de aumento de tropas aos comandantes dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em um encontro na Alemanha, afirmou neste sábado seu porta-voz.

O general Stanley McChrystal fez o seu pedido por mais tropas ao chefe do Estado Maior do Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Mike Mullen, e ao comandante supremo da Otan na Europa, almirante James Stavridis, afirmou o tenente-coronel Tadd Sholtis, porta-voz de McChrystal.

Em um avaliação preparada no mês passado e que vazou para a imprensa nos últimos dias, McChrystal escreveu que sua missão pode falhar se não ganhar reforços. Atualmente, o Afeganistão tem mais de 100.000 soldados, dos quais 63.000 são norte-americanos.

A guerra se intensificou nos últimos meses. Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado neste sábado informou que 1.500 civis morreram neste ano, com agosto sendo o pior mês de todos e o 20 de agosto, dia das eleições, o maior em número de ataques desde 2001.

Agosto e julho também foram os meses com mais mortes para as tropas ocidentais, que lançaram grandes ofensivas.

Autoridades não disseram exatamente quantas tropas extras McChrystal precisa, embora autoridades de Defesa e do Congresso sugeriram que o pedido seria por cerca de 30.000 militares.

O presidente Barack Obama, que já pediu 21.000 soldados a mais para o Afeganistão neste ano, descreveu-se como um "ouvinte cético" no caso da necessidade de mais soldados.

Ele afirmou que não tomará uma decisão sobre o pedido de McChystal até finalizar uma reavaliação da estratégia norte-americana na região, um atraso que foi criticado pelos seus oposicionistas republicanos como um "esmorecimento." O vice-presidente, Joe Biden, é favorável à redução de tropas no país.

Uma pesquisa do instituto Gallup publicada na sexta-feira mostrou uma queda no apoio à guerra, com 50 por cento dos norte-americanos se declarando contrários ao envio de mais tropas, enquanto 41 por cento apoiavam o aumento. Obama disse que entendia as preocupações da população.

As evidências cada vez maiores de fraude na eleição presidencial afegã tornou mais difícil a defesa do envio de soldados para proteção do governo afegão.

Em um relatório da ONU divulgado neste sábado, o secretário-geral, Ban Ki Moon, disse: "Sérias fraudes eleitorais ocorreram, possíveis primeiramente, mas não exclusivamente, pela falta de acesso a regiões do país devido ao conflito corrente."

Resultados preliminares mostraram que o presidente, Hamid Karzai, venceu no primeiro turno, com 54,6 por cento dos votos, mas, se muitas urnas forem anuladas por fraude, ele ficará com menos de 50 por cento, e terá de se submeter a um segundo turno.

Fonte: Agência Reuters
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Comandante da Aeronáutica participa de 49ª Conferência dos Comandantes das Forças Aéreas Americanas

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O Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, participou, de 30 de agosto a 4 de setembro de 2009, na cidade de Santiago, no Chile, da 49ª Conferência dos Comandantes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER), evento anual do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA).

Neste fórum internacional, o Tenente-Brigadeiro Saito encontrou-se com os demais 17 Comandantes das Forças Aéreas membros do sistema, e tiveram a oportunidade de tratar diariamente sobre temas de interesses comuns.

Criado em 1961, o SICOFAA é uma Organização Internacional de caráter apolítico que tem por finalidade promover e fortalecer os laços de amizade que unem seus membros, bem como obter o apoio mútuo entre eles mediante a coordenação e a cooperação das Forças Aéreas.

Durante a reunião, os Comandantes das Forças Aéreas Americanas outorgaram ao Tenente Brigadeiro Saito a Medalha “Legión al Mérito Confraternidad Aérea Interamericana”, grau Gran Cruz, que foi recebida pelo Comandante durante esta 49ª CONJEFAMER. Os Comandantes, ainda, decidiram outorgar ao 5º Esquadrão de Transporte Aéreo o prêmio “Seguridad de Vuelo del SICOFAA”, por ter alcançado índices de destaque na área de Segurança de Vôo, prêmio este que foi recebido pessoalmente pelo Tenente-Brigadeiro Saito.

Ainda nesse fórum, os Comandantes decidiram que as Forças Aéreas continuem a trabalhar no tema principal que o SICOFAA vem estudando há mais de 2 anos. Trata-se do planejamento do Exercício Operacional “Cooperación I”, o qual será realizado no ano de 2010 no Chile. Este exercício servirá para treinar as Forças Aéreas Americanas em uma situação de desastre natural, onde elas terão a oportunidade de juntas atuarem em missões de busca e salvamento, resgate, apoio logístico e ações humanitárias, de forma que todas possam ajudar-se numa situação catastrófica.

A Força Aérea Brasileira, como membro fundadora do SICOFAA e participante assídua em todos os fóruns internacionais deste Sistema, participará do Exercício “Cooperación I” com suas aeronaves, tripulantes, equipes de resgate, pessoal de apoio e oficiais componentes do Estado-Maior Combinado, demonstrando, uma vez mais, o alto grau de comprometimento que a FAB possui em querer cooperar com as suas Forças Aéreas co-irmãs.

Fonte: EMAER
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FAB coloca o Brasil entre os países com tecnologia de ponta em sistema de busca

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A estação MEOLUT brasileira de dois canais iniciou sua operação nas instalações do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília, no último dia 3 de julho.

O fato reveste-se de importância ímpar para o Brasil, que assume a posição como 4º país do mundo - atrás do Canadá, Inglaterra e França, a implantar a tecnologia de ponta do Sistema COSPAS-SARSAT, a primeira estação instalada no Hemisfério Sul.

O Programa COSPAS-SARSAT é um esforço conjunto internacional com o objetivo de salvar vidas através da localização de radiobalizas de emergência. Seu segmento espacial é mantido pelos quatro países fundadores – EUA, Rússia, Canadá e França – cujos satélites são dotados de processadores para localização das balizas de emergência.

O segmento terrestre - composto por Estações de Usuário Local (LUT) e Centros de Controle de Missão (MCC) – é mantido pelos países signatários, mas viável a quaisquer interessados. Assim, o funcionamento do Sistema COSPAS-SARSAT pode ser explicado da seguinte forma: uma radiobaliza de emergência é acionada, seu sinal é recebido por satélites que o retransmite para as estações em terra (LUT), que automaticamente o processam e enviam sua localização aos MCC do país responsável pela região de busca e salvamento onde a baliza acionada se encontra.

Este MCC, por sua vez, analisa e encaminha esta posição aos Centros de Coordenação de Salvamento (RCC), aeronáuticos ou marítimos, que assumem a responsabilidade por prestar o Serviço de Busca e Salvamento, em nome do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) – elo central do Sistema de Busca e Salvamento (SAR).

Como funciona hoje - Atualmente, o segmento espacial do COSPAS-SARSAT conta com dois sistemas satelitais: o de órbita polar baixa (LEOSAR) e o geoestacionário (GEOSAR).

O LEOSAR é composto por satélites cujas órbitas são baseadas nos pólos terrestres, estando a uma altitude aproximada de 1.000 km, possuem a capacidade de calcular a posição das radiobalizas de emergência através do efeito Doppler, ou seja, mantendo sua velocidade constante, são capazes de identificar a diferença na frequência ao passar próximo a uma baliza, identificando sua posição por meio de cálculos efetuados pelas LUT, que recebem esses sinais dos satélites. No entanto, para garantir a precisão da posição, é necessária, ao menos, uma segunda passagem de um dos satélites da mesma constelação.

O GEOSAR funciona como complemento ao sistema LEOSAR, uma vez que esses satélites permanecem geoestacionários a 35.800 km da Terra, cobrindo cerca de um terço da superfície terrestre. Por não estarem em movimento em relação à superfície terrestre, esses satélites somente são capazes de localizar a baliza acionada se a mesma possuir um sistema de navegação GPS acoplada ao seu transmissor. Caso contrário, assumirá a função de fornecer o alerta antecipado, cientificando o segmento terrestre de que há uma baliza acionada e que se prepare para o recebimento de novos dados a partir do LEOSAR.

Por envolver tecnologia de ponta destinada ao salvamento de vidas humanas, o Sistema COSPAS-SARSAT não pode se dar ao luxo de estacionar no tempo e, desde o seu início na década de 80, se mantém em constante evolução. O estado da arte do Sistema, tecnologia já em estado operacional, é o sistema MEOSAR.


Fique por dentro

SAR: MEOSAR
Este novo sistema emprega satélites com órbitas médias (aproximadamente 2000 km), com a capacidade de procurar por sinais de emergência em um raio muito maior em comparação com os satélites de órbita polar baixa e, por utilizar os mesmos satélites dos sistemas de navegação.

MEOLUT (Medium-Earth Orbiter Local User Terminal - Terminal de Usuário Local de Órbita Média)
São estações terrestres especialmente desenvolvidas para receber e processar os sinais captados pelos satélites MEOSAR satelital (GPS, Galileo e GLONASS), tem a previsão de formar sua constelação com um número acima da constelação LEOSAR.

A previsão é que, em 2014, qualquer ponto da superfície terrestre seja visualizado simultaneamente por, pelo menos, cinco satélites, o que provocará um salto de qualidade na precisão da localização e reduzirá sobremaneira o tempo necessário à localização da posição, contribuindo diretamente para a economia e eficiência do emprego dos meios SAR em atendimento às emergências.

Além da capacidade de utilizar o efeito Doppler, o satélite MEOSAR usará o mesmo princípio utilizado pelos aparelhos GPS para determinar a posição: a diferença de tempo na recepção do sinal de diferentes satélites visualizados ao mesmo tempo. No entanto, esse cálculo não será feito pela baliza de emergência, mas diretamente nas MEOLUT, estações terrestres especialmente desenvolvidas para receber e processar os sinais captados pelos satélites MEOSAR.

Fonte: Revista Aeroespaço
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sábado, 26 de setembro de 2009

ASA - Lula e Chavez pede integração, Kadafi pede criação da "OTAS"

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A segunda cúpula América do Sul-África iniciou seus trabalhos neste sábado com declarações dos líderes latino-americanos Hugo Chávez e Luiz Inácio Lula da Silva celebrando a integração dos dois continentes, e pela proposta do líder líbio Muamar Kadafi de uma aliança militar nos moldes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

"Temos que fazer uma Otan para o sul e isso não é uma ação militar. Nós temos nossos direitos, temos criar organizações [desse tipo], disse Kadafi, na abertura da reunião de cúpula, na ilha de Margarita (norte da Venezuela).

"A América do Norte está ligada por todo o ponto de vista com a Europa, enquanto que no Atlântico sul há um vazio. Temos que criar uma aliança para poder garantir uma aliança histórica e estratégica que possa reduzir esse vazio, de modo que o sul se conecte como a Otan no norte", declarou o líder líbio.

Kadafi fixou como um possível objetivo que esta aliança esteja conformada até 2011, quando será realizada a próxima reunião de cúpula América do Sul-África, na Líbia. "Somos nós que vamos transformar o mundo", disse ele.

Na abertura do evento, o anfitrião e líder venezuelano Hugo Chávez, pediu que seus colegas agilizem a integração entre as duas regiões.

Ele pediu que seus colegas "deem visão estratégica e viabilidade" à integração com o objetivo de obter "resultados" no médio prazo.

O governante venezuelano comentou brevemente que ainda existem "desacordos" entre os delegados ministeriais para aprovar algumas partes da declaração final e do plano de ação, além dos documentos que os líderes reunidos na ilha venezuelana deverão revisar e assinar. "Mas 99% de seu conteúdo está acordado", afirmou Chávez.

O presidente venezuelano disse que os presentes devem aprovar a declaração final e o plano de ação e falou inclusive de um "terceiro documento" cujo conteúdo não informou.

O governante venezuelano destacou especialmente a necessidade de agilizar os mecanismos já criados na primeira Cúpula ASA, realizada em 2006 em Abuja.

"Temos que dar visão estratégica e viabilidade" à ideia de integrar América do Sul e África com a estruturação e o início de uma "agenda de trabalho para os anos 2010-2020", declarou o presidente venezuelano.

A segunda Cúpula América do Sul-África (ASA) começou hoje na ilha Margarita, na Venezuela, com a participação de mais de 30 chefes de Estado e de Governo.



Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou hoje convencido do sucesso do processo de integração entre os países sul-americanos e africanos e destacou que isso abrirá oportunidades inéditas de desenvolvimento para as duas regiões.

"No momento em que nos juntamos, podemos produzir oportunidades muito maiores do que as criadas pelo mundo desenvolvido em todo o século passado" para os países em vias de desenvolvimento, declarou Lula durante seu discurso.

O presidente brasileiro lembrou que a primeira Cúpula ASA foi organizada na Nigéria em 2006 em meio ao ceticismo sobre seu poder de convocação e seu resultado.

Após essa primeira reunião, a integração entre América do Sul e África "não parou de se fortalecer", disse Lula, que citou o aumento das "trocas comerciais em mais de 50%", e as "bem-sucedidas experiências compartilhadas no ramo da saúde e de energia".

Para ampliar ainda mais esse processo, o presidente propôs a criação de "um grupo de trabalho fixo, permanente" que determine, aborde e avance sobre "temas determinados" que permitam a ambas as regiões "chegar na próxima Cúpula com resultados extraordinários".

"Graças à integração, nossos países sofreram menos pela queda da demanda no mundo desenvolvido" derivada da crise econômica mundial, a qual, sustentou Lula, é de responsabilidade do mundo desenvolvido.

Para o presidente, aumentar os mecanismos de cooperação permitirá que os países sul-americanos e africanos avancem no "necessário" reforço de sua presença "na Organização Mundial do Comércio" (OMC) para forçar a aprovação de normas que abram o caminho para que o comércio seja uma verdadeira "alavanca de desenvolvimento para os países mais pobres".

Fonte: Folha
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Teste para ambição de liderança do Brasil

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A 2ª Cúpula América do Sul-África (ASA), que começa neste sábado em Isla Margarita, na Venezuela, é mais um teste para a integração entre os países dos dois continentes e um desafio para a ambição brasileira de se firmar como líder do chamado eixo "sul-sul".

A intenção brasileira de se fixar como liderança, no entanto, pode ser ofuscada durante o encontro pelo discurso "anti-imperialista" do anfitrião da cúpula, o presidente venezuelano Hugo Chávez, que pode aproveitar a presença de aliados seus, como o líder líbio Muamar Khadafi e os presidentes dos países da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), para marcar o tom do encontro.

Segundo uma fonte diplomática ouvida pela BBC Brasil, no entanto, o governo brasileiro tentará impedir que a cúpula se converta em uma espécie de encontro anti-imperialista.

"Nosso discurso é propositivo. Não somos anti nada ou alguém. Não adotamos esse discurso de polarização Norte-Sul", disse a fonte, que afirmou ainda que qualquer menção do tipo no documento final do encontro será vetada pelo Brasil.

Para o historiador Beluce Bellucci, diretor do Centro de Estudos Afro-Asiáticos da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, no entanto, esta abordagem anti-imperialista deve ser inevitável durante a cúpula.

"Ninguém pode negar o duro processo de dominação a que o continente africano foi submetido", afirma.

Segundo ele, esta questão impõe à cúpula o desafio de encontrar novas relações comerciais e políticas que sejam capazes de superar o histórico de colonização, a seu ver, ainda presente nas relações com a África.

"Passo adiante"

Para Bellucci, a cúpula pode marca um "passo adiante" na projeção do Brasil como liderança para com a África.

"O Brasil tem condições de estabelecer uma cooperação efetiva com o continente africano, estreitando laços com líderes como a África do Sul", afirma.

A ótica do governo brasileiro é de que, por meio de projetos de cooperação e comércio, o Brasil possa desempenhar um papel mais influente na redução das assimetrias econômicas e institucionais.

Dentro dessa lógica, o intercâmbio comercial Brasil-África saltou de US$5 bilhões, registrados em 2002, para US$ 26 bilhões em 2008.

Venezuela

A Venezuela também pretende fazer com que ações concretas de integração surjam a partir do encontro.

O presidente Hugo Chávez já afirmou que pretende que a cúpula gere um cronograma de integração entre os países dos dois continentes que cubra pelo menos uma década

"Não pode ser (apenas) uma cúpula mais", disse Chávez.

O vice-chanceler venezuelano para a África, Reinaldo Bolívar, afirma que os interesses econômicos no continente africano também não são poucos.

"A África é o primeiro continente em posse de minérios, possui 20% do petróleo mundial e é a segunda reserva de água da humanidade", afirmou.

Temas

Além de metas de cooperação em matéria de desenvolvimento, energia, comércio e cultura, a Cúpula América do Sul-África também deve tratar de outros temas de política internacional e economia.

O documento final do encontro deve trazer um pedido por uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A crise econômica mundial também deve fazer parte dos debates entre os chefes de Estado e representantes de governo dos 66 países presentes.

Apesar de não estar na agenda oficial, a crise política em Honduras deve ser tratada pelos líderes sul-americanos "pelo menos nas reuniões bilaterais", afirmou um membro da delegação venezuelana.

Depois da Cúpula América do Sul-África, que termina no domingo, o presidente Lula e seu colega venezuelano Hugo Chávez terão uma reunião bilateral para revisar a agenda política e de cooperação entre Brasil e Venezuela.

Fonte: BBC Brasil

Nota do Blog: Se nosso governo não abrir o olho e tomar as iniciativas para se firmar como lider do eixo America Latina - Africa, vamos perder espaço politico e passar a ser coadjuvante de Chavez, o que é um enorme golpe para nossa posição de lider regional e mesmo um sinal de alerta ao Itamaraty.
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Paraguai diz "Não" a presença americana

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O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, rejeitou a presença de cerca de 500 militares americanos no país em 2010, como parte do programa de cooperação conhecido como “Novos Horizontes”.

O programa, já realizado anteriormente em território paraguaio, prevê exercícios, assistência médica e perfuração de poços, entre outras iniciativas.

“Não é uma rejeição categórica. Mas simplesmente não acreditamos ser conveniente que o Comando Sul dos Estados Unidos esteja presente no Paraguai com 500 soldados para este tipo de exercícios”, afirmou o presidente durante uma entrevista coletiva na capital, Assunção.

Lugo afirmou ainda que a decisão está relacionada à postura da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) sobre os acordos regionais de defesa.

“A integração regional está em primeiro lugar”, afirmou.

Nesta semana, os ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos países que integram a Unasul se reuniram em Quito, no Equador, para discutir o acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos que prevê o uso de bases colombianas por tropas americanas.

O acordo tem gerado polêmicas na Unasul, formada por doze países, e foi tema da recente reunião entre os presidentes, em Bariloche, na Patagônia argentina.

Após o encontro em Quito, o chanceler paraguaio Héctor Lacognata pediu o fim da “carreira armamentista” na região.

Recentemente, Brasil e Venezuela, entre outros países, anunciaram investimentos na área de defesa.

Depois do anúncio do presidente Lugo, a embaixadora dos Estados Unidos no país, Liliana Ayalde, afirmou que os americanos respeitam a decisão, mas considerou a iniciativa como “lamentável”.

Segundo ela, a operação “Novos Horizontes” é de “caráter humanitário”, realizada há anos em vários lugares do mundo.

A embaixadora destacou que o programa inclui aspectos médicos, de engenharia (com obras em escolas e para água potável), além de treinamento de militares paraguaios, e é realizado em áreas afastadas e rurais.

Ayalde afirmou ainda que a operação é realizada em forma conjunta com o Exército paraguaio.

Segundo a imprensa paraguaia, a embaixadora descartou que a operação tenha outros objetivos, como vigiar a reserva Aquífero Guarani - – uma das maiores reservas subterrâneas de água do mundo.

De acordo com uma matéria publicada no jornal Ultima Hora, de Assunção, uma das principais reclamações sobre o programa é a de que, além dos exercícios, assistência médica e perfuração de poços, as tropas americanas fazem um trabalho de inteligência e observam o Aquífero Guarani, no departamento de São Pedro.

Fonte:BBC Brasil
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Brasil pesquisa motor hipersônico com velocidade seis vezes superior à do som

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As novas pesquisas sobre velocidade hipersônica mostram que o mundo está cada vez mais perto de superar os desafios que envolvem o desenvolvimento de aeronaves que voam em velocidades seis vezes superiores à do som. Para se ter uma ideia do que isso significa , o Concorde, que era supersônico, voava duas vezes a velocidade do som.

Com as novas pesquisas em curso, espera-se que num futuro próximo uma viagem entre o Rio de Janeiro e Nova York, por exemplo, seja feita em apenas duas horas. O Brasil não está de fora dessa corrida e a partir do próximo mês começa a testar, em um equipamento chamado túnel de vento, o motor do 14-X, veículo não tripulado, que em sua versão final será capaz de colocar satélites em órbita a velocidades ao menos seis vezes superiores à do som.

O projeto do 14-X conta atualmente com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que, juntos, já destinaram R$ 10,5 milhões ao projeto. Outros R$ 6 milhões estão previstos para este ano, através da Finep.

O veículo, em forma de asa delta, está sendo projetado por Tiago Cavalcanti Rolim, um jovem engenheiro do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em 2005. Na versão para voo, o 14-X terá 2,5 metros de comprimento e cerca de 300 quilos de peso.

Previsto para fazer seu primeiro voo em 2012, o 14-X, nome dado em homenagem ao 14 Bis, será lançado por um veículo de sondagem VS40. “Isso porque um motor hipersônico precisa de um foguete, com propulsão sólida, como estágio inicial de lançamento, para que a velocidade hipersônica seja atingida”, explica Rolim. Ao nível do mar, o 14-X voará a uma velocidade aproximada de 3 km por segundo.

Em outubro, serão iniciados os testes do processo de combustão do motor do 14-X no T-3, maior túnel de vento hipersônico da América Latina, que está instalado no laboratório de Aerotermodinâmica do IEAv, órgão do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos.

Pesando mais de 15 toneladas e medindo cerca de 24 metros de comprimento, o T-3 foi construído com recursos também da Fapesp. O projeto custou R$ 2,5 milhões e sua operação foi iniciada em dezembro de 2006. O túnel de vento é uma ferramenta fundamental para testar a eficiência do projeto de um veículo aeroespacial, pois consegue simular, de forma representativa, as condições e o ambiente encontrados durante o voo.

A reprodução das condições encontradas num voo hipersônico é uma tarefa ainda mais desafiadora, pois o veículo viaja a velocidades seis vezes superiores à do som.

“Além disso, o meio que circunda a aeronave não é somente o ar atmosférico, mas uma mistura de átomos, elétrons e íons, uma situação semelhante a que acontece, por exemplo, com veículos espaciais retornando à Terra”, detalha o coordenador do projeto do 14-X, Coronel da Aeronáutica Marco Antônio Sala Minucci.

Segundo o coordenador, durante o voo hipersônico podem ser geradas temperaturas superiores ao ponto de fusão da maioria dos metais convencionais.

Atualmente, apenas os Estados Unidos e a Austrália viabilizaram o voo atmosférico de veículos demonstradores, com duração menor que 10 segundos. O veículo demonstrador da Nasa (Agência Espacial Americana) é o X-43 e o HyShot, da Universidade de Queensland, é o demonstrador tecnológico da Austrália.

Em 2004 a Nasa quebrou o recorde de velocidade para uma aeronave com o modelo X-43A, que em apenas dez segundos atingiu 10 mil quilômetros por hora, algo próximo a Mach 10 (10 vezes a velocidade do som). O HyShot atingiu altitude de 300 quilômetros em trajetória vertical, através do foguete Terrier-Orion. No voo descendente o veículo australiano alcançou cerca de 35 quilômetros de altitude e Mach 7.6.

Em continuidade a esse programa, batizado de Hyperx, a Nasa e a Boeing estão desenvolvendo o veículo hipersônico X-51, que fará seu primeiro voo até o fim deste ano. A velocidade hipersônica alcançada pelo X-43A foi obtida por meio de uma nova tecnologia, a de motores do tipo “supersonic combustion ramjet”, conhecida pela sigla scramjet ou motores a propulsão aspirada.

A principal vantagem desses motores, segundo Minucci, é que o oxigênio necessário ao seu funcionamento é retirado do próprio ar atmosférico. “O sistema de propulsão scramjet, ao contrário dos atuais motores-foguete, não utiliza o oxigênio a bordo, que representa mais da metade do seu peso”.

Dessa forma, o peso total de decolagem do veículo pode ser reduzido e a quantidade de combustível necessária para a operação do foguete e o próprio veículo podem ser menores, resultando em uma redução significativa nos custos”, explica o pesquisador, que também é diretor do IEAv. Segundo ele, mais da metade do peso de um veículo a motor-foguete é devido ao oxidante.

Outra tecnologia de ponta que está sendo utilizada no projeto do 14-X é o conceito “waverider”, responsável pela sustentação da aeronave, através da formação de uma onde de choque na parte inferior do veículo. “A tecnologia waverider confere alta razão de planeio ao veículo, que voa mais longe com a mesma quantidade de combustível”,

Fonte: Valor Econômico
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Proposta da SAAB.

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Com a indicação da data final (02 Outubro) para a entrega das propostas revisadas os competidores do Projetos F-X2 reforçam suas campanhas.

Assim a Boeing, Dassault-Aviation e SAAB trabalham ativamente para lustrar suas propostas embora duas afirmem que as tinham prontas no dia 21 de Setembro.(SAAB e Dassault-Aviation)

Certas palavras passaram a ser mantras e adquiriram um significado especial no Projeto F-X2 uma delas é “Transferência de Tecnologia” e a “Independência de fornecimento”.

No dia 11 de Setembro a Força Aérea Brasileira emitiu o Esclarecimento sobre o Projeto F-X2 e detalhou os seguintes pontos como relevantes indicados pelo próprio Major-Brigadeiro-do-Ar Dirceu Tondolo Nôro, presidente da Comissão Gerencial do Projeto F-X2.

Os participantes (Rafale, Super Hornet e Gripen) estão sendo avaliados em cinco áreas prioritárias:

1 - transferência de tecnologia
2 - domínio do sistema de armas [pelo Brasil]
3 - acordos de compensação e participação da indústria nacional (offset)
4 - técnico-operacional
5 - comercial

Observa-se que em quatro das cinco áreas de avaliação a questão industrial-comercial está presente e somente no quarto item está a avaliação técnico-operacional.

Portanto a questão de transferência de tecnologia e participação da indústria nacional é de suma importância na avaliação conduzida pela FAB. Para evitar o que possa a ser uma simples sopa de letrinha o ministro Jobim alertou para o que significam os temos: “Ilimitada“ (transferência de tecnologia) adotada pelos franceses e a “necessária” adotada pela Boeing. E levantou a questão da liberdade de negociação dos suecos com o conteúdo de equipamentos americanos no Gripen NG.

Em um documento confidencial sobre a proposta da SAAB do Gripen NG BR. Há detalhes de todos os subsistemas e as suas procedências alguns fatos interessantes aparecem.

O único equipamento de procedência americana é a Turbina GE 414 e a unidade APU (Auxiliary Power Unit). Turbina é produzida na Suécia pela Volvo Aero com o nome de RM 12 . A própria Suécia fabrica ao menos 50% da turbina. Esta turbina equipa o Boeing F/A-18 E/F Super Hornet.

Na área de projeto a Suécia propõe um compartilhamento no desenvolvimento do avião. As Capacidade Essenciais a serem compartilhadas pelas equipes do Brasil e Suécia podem ser avaliadas no quadro abaixo:

- Weapon Integration (Integração de Armamento)
- Engine Integration (integração do motor)
- System Integration (integração de sistemas)
- Design Authority (Possibilidade de Projetar)
- Data links (Enlace de Dados)
- Electronic Warfare (Guerra Eletronica)
- Radar Cross Section ( Seção de Reflexão ao Radar)
- COTS Integration (Integração de sistemas Comerciais)
- Radar
- Aerodynamics (Aerodinâmica)
- Test & Evaluation (Avaliações e testes)
- Survivability (sobrevivência)
- Software development Desenvolvimento de Softwares)
- Tactical system integration (Integraçãode sistemas Táticos)
- Data recording systems (sistema de gravação de dados)
- Navigation functions (Funções de navehgação)
Os sub-sistemas do Gripen NG BR
e os países de origem

O mesmo que foi obtido pela África do Sul no fornecimento de estruturas e componentes para o Gripen será garantido ao Brasil. Assim SAAB oferece 40 % de participação no caça e que os componentes produzidos no Brasil serão usados nos caças a serem produzidos posteriormente na Suécia tanto para a Força Aérea da Suécia como para outros clientes.

O fornecimento de componentes e sub-sistemas pode ser avaliados na imagem que está nesta página. A lista dos componentes segue na tabela abaixo. As linha mais escuras da tabela indicam o Brasil como fornecedor, em todo ou em parte do sistema.

Sistema País

RADAR - Suécia - Europa
IRST - Infra Red Seach and Tracking - Brasil
Display Sistem - Brasil
Data Link Brasil - Suécia
Communication - Europa
Escape System ( Assento Ejetor)- Europa
Electrical System - Brasil
Enviromental Control System - Brasil
Fuel System ( Sistema de Combustível) - Europa
Hydraulic System - Europa
Electronic Warfare System (EWS) - Suécia
Main and Emergency Power System - Europa
Turbina and APU - EUA
IFF (Identification Friend Foe) - Brasil
Radome - Suécia
Reconnaissance System - Brasil
Flight Control System - Suécia
System Computers Brasil - Suécia
Navigation - Brasil
Telescopic Air to Air Refueling Probe - Europa
Airfrane (estrura) Brasil - Suécia - África do Sul
Gun (Canhão) Europa
Wheels & Brake Control System - Europa
Landing Gear ( Trem de Pouso)- Brasil

Fonte: Defesa@net

Nota: É muito interessante esta proposta, e deixa claro que não há a tal depêndencia de Washington, pois o único item americano é a turbina com seu APU (Unidade Auxiliar de Força em português).
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bin Laden exige retirada de tropas do Afeganistão

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A milícia talibã se juntou às ameaças contra a Alemanha feitas pela rede terrorista Al Qaeda por meio de uma gravação na qual anunciam futuros atentados em território alemão.

A Al Qaeda exigiu em vídeos divulgados nos últimos dias a retirada das tropas alemãs do Afeganistão.

Segundo a edição digital do semanário "Der Spiegel", no vídeo atribuído aos talibãs, aparece um miliciano identificado como "Ajjub" falando em alemão.

"Ajjub" adverte que a presença do Exército alemão no Afeganistão é um "convite" a agir contra a Alemanha.

O vídeo também mostra fotos do Portão de Brandeburgo, em Berlim; de estações ferroviárias; da popular Oktoberfest, a festa da cerveja em Munique; e de outros locais considerados como hipotéticos alvos de atentados.

Além disso, há na gravação imagens dos ministros do Interior alemão, Wolfgang Schauble, e da Defesa, Franz-Josef Jung.

Este é o sétimo vídeo desde o último dia 11 de setembro com ameaças concretas contra a Alemanha, aparentemente relacionadas aos ataques de 3 de setembro na cidade afegã de Kunduz, sob comando alemão, no qual cerca de 30 civis morreram.

Hoje, fontes do Ministério do Interior alemão confirmaram ter conhecimento da nova mensagem do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, com ameaças sobre a Europa, e acrescentaram que estavam encarando o ocorrido "muito a sério".

A mensagem possui legendas em alemão e em inglês, segundo o "Der Spiegel", e nela Bin Laden exige a retirada das tropas europeias do Afeganistão.

Aparentemente, Bin Laden fala também sobre o ataque das forças alemãs em Kunduz.

As autoridades alemãs reforçaram nos últimos dias as medidas de segurança em aeroportos, estações de trem e outros locais públicos.

Três dos vídeos mostram o suposto membro da Al Qaeda Bekkay Harrach, alemão de origem marroquina, que convoca os muçulmanos de língua alemã a se unir à "guerra santa" e ameaça dar um "amargo despertar" à Alemanha após as eleições gerais de domingo caso o novo Governo não ordene a retirada de suas tropas do Afeganistão.

Além disso, Harrach orientava os muçulmanos residentes na Alemanha a se manterem "afastados dos espaços públicos" por até duas semanas depois das eleições.

As mensagens de Harrach provocaram reações tanto do Departamento de Estado americano como das autoridades do Reino Unido. Ambos os países pediram para que seus cidadãos na Alemanha tomem precauções extras em seu cotidiano.
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