domingo, 14 de abril de 2019

Um substituto à Italiana para os A-1 da FAB?

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Durante a última edição da LAAD que ocorreu entre os dias 2-5 de Abril, o GBN News esteve buscando esclarecer uma suposta proposta para substituir nossa frota de aeronaves de ataque A-1B. Apesar do aparente interesse expresso pela Força Aérea Brasileira de substituir a atual dotação de aeronaves F-5 E/F-M e as variantes em serviço do A-1 pelos modernos F-39 E/F Gripen BR, fomos checar a procedência dessa proposta.

Conforme nos foi revelado por alguns de nossos contatos dentro do setor de defesa, a origem de tal proposta seria a italiana Leonardo, a qual procuramos para esclarecer a informação que recebemos. Durante nossas conversas com representantes da gigante italiana da defesa.

Segundo apuramos, a Leonardo está propondo à FAB como substituto as aeronaves de ataque A-1B em operação no Brasil, sua moderna aeronave M-346, apontando como a solução mais adequada para substituição do A-1 em serviço com a FAB, pois seu envelope de missão permitirá à FAB cobrir sua necessidade de treinamento para os futuros pilotos de F-39 Gripen E/F, sendo uma moderna plataforma de treinamento avançado que cobriria a lacuna entre o A-29 e o F-39, além da capacidade de prover treinamento avançado, o M-346 também se apresenta como a plataforma ideal para executar todas as missões hoje incumbidas ao A-1, sendo um verdadeiro LIFT.

O M-346 apresenta uma variada gama de capacidades de emprego, onde além de prover treinamento avançado e cumprir missões de ataque, exibe uma modesta capacidade de combate aéreo, podendo cumprir missões CAP (Patrulha Aérea de Combate na sigla em inglês), podendo cumprir algumas missões hoje executadas pelos caças F-5 EM.

Segundo nos foi informado, no ano passado alguns oficiais da FAB teriam tido a oportunidade de conhecer de perto as capacidades do M-346, o qual estava na base da Força Aérea Italiana em Galatina, Lecce, onde a Leonardo apresentou todo potencial do sistema de treinamento avançado baseado no M-346. Com base na experiência adquirida através do programa AMX, os italianos da Leonardo apresentaram á Força Aérea Brasileira o M-346 como proposta para fornecer uma moderna plataforma de treinamento e ataque, amparada pela já consagrada rede de apoio logístico que a empresa mantém com nossos A-1.

A ideia de operar uma aeronave como o M-346 em conjunto com os modernos F-39 Gripen BR, seria uma ótima solução para cobrir as necessidades operativas de nossa Força Aérea, provendo a mesma uma solução na qual se alia a capacidade de executar toda gama de missões previstas por nossa aviação de combate, desde o treinamento de nossos pilotos, passando pela conversão do A-29 ao F-39 passando por uma aeronave de treinamento avançado que permitirá aos mesmos uma melhor integração as capacidades exibidas pelo Gripen, além de permitir a FAB manter uma respeitável capacidade de ataque e interdição com uma dupla de aeronaves no "estado da arte" com custo acessível, mantendo a mesma dentro da realidade orçamentária brasileira.

Atualmente a empresa italiana possui contrato para a extensão do apoio logístico destinado as aeronaves A-1 da FAB, sendo uma das principais parcerias do Brasil no setor de defesa, responsável também pela modernização dos Super Lynx Mk21B da Marinha do Brasil. 

No setor de aviônicos, a Leonardo é uma grande fornecedora de soluções as nossas forças armadas, tendo fornecido cerca de 150 radares para as principais plataformas do Brasil, como o A-1, F-5, KC-390, P-95, Super Lynx Mk21B e o novo F-39 E Gripen, no qual a empresa fornece cerca 60% da eletrônica embarcada (radares de busca e rastreamento e controle de fogo, sistemas de identificação), abrangendo todo o espectro de sensores primários que garantem à aeronave uma superioridade "ISTAR" em termos de inteligência, vigilância, detecção e aquisição de alvos.

Vamos aguardar agora o posicionamento da FAB e os estudos que vem sendo conduzidos pela mesma com relação aos futuros vetores brasileiros, tendo sido recebida com bons olhos a proposta italiana, a qual tende a ser uma solução bem equacionada aos desafios que temos pela frente.



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terça-feira, 9 de abril de 2019

EUA voltam a pressionar Turquia, aquisição do S-400 pode impactar acordos entre Turquia e Brasil

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Nesta terça-feira (9), o Congresso norte-americano voltou a ameaçar Ancara com a possibilidade de aprovar uma lei que impediria a Turquia de receber os caças F-35, a medida seria uma forma de sancionar o país se a compra junto à Rússia do sistema de defesa aérea S-400 for concretizada, aumentando a pressão sobre Ancara.

Se a Turquia concretizar a aquisição do S-400, “nenhum F-35 chegará ao solo turco. E a participação turca no programa F-35, incluindo a fabricação de componentes, reparação e manutenção global das aeronaves será encerrada, retirando as empresas turcas da cadeia de fabricação e fornecimento do programa ”, escreveram os líderes do Comitê de Serviços Armados e do Comitê de Relações Exteriores do Senado.

“Estamos comprometidos em tomar todas as medidas legislativas necessárias para garantir que isso ocorra. A Turquia é um parceiro importante no programa F-35, mas não é insubstituível ”, acrescentaram os legisladores.

A medida visa dissuadir as decisões do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, enfatizando os custos econômicos se a Turquia perder a coprodução do F-35 e os custos geopolíticos se Erdogan rumar em direção a Moscou e se afastar da OTAN.

A carta é um sinal para Erdogan de que ele não pode confiar nos esforços diplomáticos pessoais do presidente dos EUA, Donald Trump, já que o Congresso ficará no caminho.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, disse na semana passada que a Turquia irá prosseguir com a aquisição do S-400, tendo “feito um acordo” e afirmando que Trump abriu as portas para manter as vendas do F-35 para a Turquia. Os comentários foram feitos quando os EUA interromperam a entrega de componentes do F-35 para a Turquia, limitando a produção em meses como alerta sobre a aquisição do S-400.

Os EUA tem feito lobby para reverter o curso tomado por Ancara, e ofereceu o sistema de defesa aérea Patriot fabricado pelos EUA como uma alternativa ao sistema S-400 russo.

A carta reconhece que o domínio aéreo dos EUA depende do F-35, "o maior programa de quinta geração do mundo", "com mais de 1 trilhão de dólares investidos e uma dúzia de parceiros internacionais, incluindo a Turquia". o S-400 "poderia permitir que os militares russos descobrissem como o F-35 opera".

"Com o S-400 programado para chegar à Turquia em julho e os F-35 programados para chegar em novembro, é hora do presidente Erdogan escolher", escreveram os legisladores. “É nossa esperança que ele escolha abandonar o S-400, defender os céus turcos com o sistema Patriot e salvar o acordo do F-35.”

Se Erdogan aceitar a entrega da S-400, “a Turquia será sancionada conforme exigido pela lei dos Estados Unidos sob o Ato Contra os Adversários da América. As sanções atingirão a economia turca, afetando os mercados internacionais, afugentando os investimentos estrangeiros diretos e prejudicando a indústria aeroespacial e de defesa da Turquia ”, alertam os legisladores.

Entre as “graves conseqüências” se a Turquia abandonar, ou for forçada a abandonar o programa F-35, seu investimento de 1,25 bilhões de dólares “será desperdiçado” e “não receberá mais as 100 aeronaves F-35 que pretende comprar”, sendo forçado a se contentar com um caça menos capaz que não chegará por muitos anos ”, segundo os senadores.

“Empresas turcas que produzem componentes para o F-35 verão seus pedidos secarem completamente. Suas instalações de manutenção, reparo, revisão geral e atualização do motor do F-35 verão todo o seu trabalho ser transferido para outras instalações na Europa”, escreveram eles. "A esperança do presidente Erdogan de tornar a indústria de defesa turca um pilar fundamental do crescimento econômico para o futuro será frustrada."

Eles se comprometem a "fazer tudo o que pudermos para ajudar a Turquia" se Erdogan se afastar do S-400 e se o presidente russo, Vladimir Putin, retaliar em setores econômicos onde Ancara confia em Moscou. Putin, dizem eles, "está tentando dividir a Turquia do Ocidente com os S-400".

"Sr. Putin teme e respeita uma Turquia estrategicamente ancorada no Ocidente e comprometida com a OTAN ”, escreveram eles. "Esperamos que o presidente Erdogan escolha esse futuro para a Turquia ao rejeitar o estratagema S-400 de Putin, cumprindo sua exigência de defesa aérea com o sistema Patriot e avançando como um parceiro crítico no programa F-35".

A pressão só tem aumentado entre os EUA e a Turquia, que ao que tudo indica se manterá firme em sua opção pela aquisição do S-400, algo que claramente demonstra uma tentativa a posição de Washington em suspender o acordo assinado com a Turquia em retaliação direta, negando a Turquia a liberdade de optar pelos sistemas que deseja operar em suas forças armadas, de certa forma violando algumas convenções internacionais.

A aquisição do S-400 pela Turquia pode resultar em um revés nos esforços realizados pela industria de defesa turca, a qual tem buscado desbravar novos mercados, dentre eles a América Latina, onde recentemente reforçou sua intenção de estabelecer parcerias mais complexas com países como o Brasil, tendo iniciado conversas com a gigante brasileira Embraer Defesa e Segurança, focando o mercado de asas rotativas e VANTs na região, conforme conferimos na última edição da LAAD 2019, para conferir clique a seguir "Turkish Aerospace e Embraer juntas?"

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com informações da Defense News

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F-35A é perdido durante exercícios no Japão

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Uma aeronave F-35A pertencente ao Japão desapareceu no Oceano Pacífico durante uma missão de treinamento. Esta é a segunda aeronave do tipo perdida em acidente na história do JSF, sendo o primeiro perdido fora dos EUA.
O F-35A realiza um voo de treinamento, quando desapareceu dos radares aproximadamente às 19h30 (horário local) nesta terça-feira (9). Todas comunicações com a aeronave foram perdidas, o que sugere que a aeronave caiu no Pacífico.
A aeronave perdida participava de um grande exercício envolvendo várias aeronaves da Base Aérea de Misawa, á cerca de 135 quilômetros a nordeste da cidade de Misawa, sendo parte de um treinamento noturno de rotina, a aeronave realizava um voo de cerca de meia hora antes de desaparecer.
Uma operação de busca e resgate está em andamento, contando com a Guarda Costeira japonesa, que enviou dois navios-patrulha para integrar as equipes de buscas a aeronave e seu piloto.
O F-35A foi implantado em Misawa em janeiro de 2018. O Ministério da Defesa do Japão assinou originalmente um acordo para aquisição de 42 aeronaves do tipo, porém, em novembro do último ano manifestou interesse em ampliar esse número para mais 100 aeronaves.
O F-35A é a variante de pouso e decolagem convencional, sendo a mais simples das três variantes desenvolvidas do moderno caça construído pela Lockheed Martin, a qual conta com uma variante de decolagem vertical F-35B e o F-35C destinada às operações embarcadas.
O Japão é um dos maiores operadores deste caça no mundo, sendo um importante parceiro do programa que visa ser a mais importante aeronave da primeira metade do século XXI, sendo um programa controverso que tem enfrentado inúmeros problemas e atrasos ao longo de sua existência, superando o orçamento inicial e chegando a ter seu cancelamento avaliado pelos EUA há alguns anos. Embora o F-35 tenha sido atormentado por uma série de problemas de hardware e software, o incidente desta terça-feira (9) seria apenas o segundo acidente com a aeronave registrado até agora.
Em setembro do ano passado, metade de sua frota de F-35 teve que sofrer um recall após um acidente na Carolina do Sul. Em 2017, um F-35 dos EUA operando no Japão perdeu parte de sua fuselagem durante o voo, durante uma missão de treinamento de rotina.
Em fevereiro, um caça F-2 da Força Aérea Japonesa caiu no Mar do Japão, a cerca de 130 km de sua base aérea em Fukuoka. Os dois tripulantes ejetaram com sucesso e foram resgatados pelas equipes de busca e salvamento.
Ainda não há qualquer indicação do que poderia ter causado a perda da aeronave, mas um investigação criteriosa será realizada tão logo se recupere os destroços da aeronave.

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com agências
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T129 "ATAK" -Turkish Aerospace e Embraer juntas?

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A indústria turca surpreendeu com uma presença forte nesta edição da LAAD, o maior e mais importante evento do setor de defesa na América Latina. A LAAD 2019 foi uma importante vitrine para as indústrias da Turquia e seu variado leque de soluções em defesa. Dentre as várias empresas presentes, a Turkish Aerospace Industries (TAI) foi a que mais chamou atenção, despertando a curiosidade do público, realizando as vésperas do evento um tour de demonstração de seu helicóptero de ataque, o T129 “Atak” pelo Brasil, incluindo avaliações no CAvEX em Taubaté e em Brasília. O GBN News foi até a TAI descobrir um pouco mais sobre os planos turcos para o mercado latino americano e a importância do Brasil nesta estratégia.

Após contatar a equipe de comunicação social da empresa, marcamos uma entrevista com Tomer Özmen, Vice-Presidente responsável pela área de marketing e comunicação da empresa. A conversa contou com a participação da Ana Carbonieri que nos auxiliou na entrevista.

O primeiro ponto que buscamos foi obter mais informações sobre o T129 “Atak”, que sem sobra de dúvidas roubou a cena nesta edição da LAAD, despertando a curiosidade de nosso público. Mas como já é nossa marca registrada, buscamos ir além das informações técnicas e especificações da aeronave, pois esses pontos já foram exaustivamente abordados pelas mídias brasileiras. Miramos então nas questões que levaram a TAI a trazer tal aeronave ao Brasil e conhecer um pouco mais sobre as perspectivas da empresa com relação ao mercado de defesa Latino Americano, tendo em vista o grande investimento que as indústrias de defesa da Turquia fizeram em sua participação nesta edição da feira.

O primeiro ponto que Özmen nos esclareceu é o importante papel do T129 “ATAK” na estratégia da TAI, não apenas para o Brasil, onde a empresa pretende participar da futura concorrência do Exército Brasileiro que irá buscar um helicóptero de ataque, categoria na qual se insere o T129 “Atak”. Mas além do exército brasileiro, a TAI pretende oferecer seus helicópteros a outras nações latino americanas. Özmen nos apresentou um pouco sobre as características dessa aeronave, ressaltando suas qualidades de combate e sistemas que garantem ao T129 uma consciência situacional bastante relevante, contando com vasto arsenal e possibilidades de emprego, além de vários recursos de defesa, incluindo sistemas EW, RWR, LWS, MWS e CMDS, os quais serão mais detalhados em artigo específico sobre a aeronave.

O ponto que mais nos despertou atenção foi quando Özmen nos falou sobre as perspectivas da TAI em relação ao Brasil, onde deixou claro que não vieram a esta edição da LAAD visando apenas vender o T129 as forças armadas brasileiras, mas sim buscar uma ampla parceria com a indústria de defesa brasileira, em especial a EMBRAER. Com relação a essa parceria, o objetivo dos turcos é a criação de uma linha de fabricação de aeronaves de asas rotativas e VANTs com a Embraer, para então oferecer em conjunto ao mercado latino americano suas avançadas tecnologias a partir do Brasil, onde o escopo da cooperação envolve transferir à indústria brasileira a expertise no projeto e produção deste tipo de aeronaves, além de estabelecer uma linha de suporte pós-venda para seus produtos no país.

Com relação a esta perspectiva, Özmen informou que a diretoria de ambas empresas estaria iniciando uma série de reuniões visando um entendimento neste sentido, e que tais conversas estão caminhando positivamente, o que poderá em breve render o anúncio de uma parceria ampla entre a TAI e a Embraer Defesa & Segurança (EDS). Tal perspectiva nos surpreendeu, e caso as negociações venham a frutificar, seria algo extremamente interessante para a EDS, pois possibilitaria à Embraer adentrar um novo e rentável mercado, tirando a Helibrás da posição de única fabricante de helicópteros no Brasil, ampliando as opções no mercado brasileiro.

Outro produto que a TAI coloca na mesa de negociações visando o mercado latino americano, inclui o VANT ANKA, para o qual também está disposta a transferir a tecnologia e a linha de produção para o Brasil a fim de atender a demanda do mercado latino. Özmen enfatizou que vieram este ano ao Brasil com um único objetivo em mente, fechar uma extensa parceria com a indústria brasileira de defesa, para a qual estão dispostos a realizar uma extensa transferência de tecnologia e atuar em conjunto no mercado internacional, citando vários cases de parcerias desenvolvidas pela TAI, como o fornecimento de componentes e sistemas para as gigantes Boeing, para a qual fornecem vários componentes do Boeing 787 Dreamliner, e a Airbus, com quem atuam como parceiros no desenvolvimento do cargueiro A400M.

Özmen frisou que a reunião com a Embraer será um divisor de águas para indústria aeroespacial turca, que pretende atuar fortemente no mercado latino americano tendo o Brasil como ponto de partida, contando com uma série de produtos que atendem aos requisitos das forças armadas desta região do globo, aliados ao baixo custo de aquisição e operação, o que, se somado ao nome da gigante brasileira de defesa, poderá resultar num enorme sucesso no mercado de defesa.

A TAI já mira a concorrência do Exército Brasileiro, na qual uma vitória seria uma importante porta de entrada para o vasto mercado neste continente, lembrando que uma parceria ampla com a Embraer pode significar maior peso na proposta a ser apresentada ao Exército Brasileiro, tendo em vista a grande expertise da EDS em absorver novas tecnologias e atender as exigências de nossas forças armadas. É importante frisar que a Embraer possui larga experiência neste tipo de negócio, sendo a indústria de defesa nacional que mais tem atuação em projetos estratégicos de defesa do Brasil, atuando no Programa Gripen-BR (FX-2), recentemente sagrando-se vencedora, em parceria com a alemã TKMS, no Programa CCT da Marinha do Brasil, além de ser responsável por vários programas de modernização e desenvolvimentos brasileiros.

Ainda aproveitando essa conversa, indaguei a Özmen sobre a curiosa aeronave de quinta geração que estava representada por uma maquete exposta no stand, tratando-se do Turkish Fighter, ou TF, programa de desenvolvimento para uma moderna aeronave com concepção stealth, a qual deve resultar no substituto das aeronaves F-16 hoje operadas pela Turquia. Como curiosidade, a mesma pode ter outro importante papel, podendo vir a se tornar a opção turca caso Washington resolva não cumprir o acordo de entrega das aeronaves F-35 a Turquia, algo que vem sendo alvo do atrito entre ambos os países devido a opção de Ancara em obter o sistema de defesa aérea S-400 de origem russa.

Resumindo o que conversamos, a TAI está em busca de estabelecer uma ampla parceria com a Embraer no campo de asas rotativas e VANT’s, porém, nos resta aguardar o desenrolar dessas conversas, as quais podem resultar na criação de uma nova e potencial linha de produtos da gigante brasileira, que há algum tempo tem demonstrado uma nova visão estratégica, passando a oferecer não apenas aeronaves de asas fixas, manutenção e soluções em modernizações, mas começa a se inserir em diversos campos da defesa, com uma forte possibilidade de estender sua atuação as asas rotativas, assim como vem adentrando o campo da construção naval com a vitória no Programa CCT. Vamos aguardar o desenrolar das negociações e torcer para que tenhamos uma grata surpresa.

Aproveito para deixar aqui nosso agradecimento à equipe da TAI, que nos proporcionou uma aprazível oportunidade de conhecer melhor a empresa e suas perspectivas em relação ao Brasil.


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Piloto holandês atinge sua própria aeronave!

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Um piloto de F-16 holandês conseguiu um feito raro, conseguindo atingir a sua própria aeronave com um disparo do seu canhão Vulcan durante um exercício de tiro real.

O fato ocorreu durante um exercício de treinamento envolvendo duas aeronaves F-16 que sobrevoavam a ilha de Vlieland em 21 de janeiro, o piloto abriu fogo com seu canhão Vulcan e após realizar uma manobra de mergulho e recuperação foi atingido por seus próprios projéteis, causando danos ao motor e a fuselagem de sua aeronave.

O piloto não se feriu no incidente, tendo realizado todos procedimentos de emergência e pousando em segurança na Base Aérea de Leeuwardem.

Curiosamente em outro dia 21, mas desta vez em setembro de 1956, o piloto de testes da Grumman, Tom Attridge, enquanto realizava um voo de testes de rotina, foi misteriosamente atingido por projéteis que atravessaram a fuselagem e o canopy de sua aeronave, forçando-o a realizar um pouso de emergência, a aeronave foi “abatida” enquanto sobrevoava os limites de uma zona para ensaios em voo nos EUA, muito distante de qualquer área de conflito.

Attridge estava voando uma missão para avaliar o novo sistema de armas do F-11F Tiger, onde disparou uma série de rajadas com seus canhões de 20mm, após os disparos Attridge aumentou o ângulo de descida e realizou novos disparos. Foi então que após aproximadamente um minuto após a primeira rajada, sua aeronave foi surpreendentemente atingida por seus próprios projéteis, conforme concluiu as investigações posteriores ao ocorrido.

O feito repetido em 21 de janeiro pelo piloto holandês é considerado "um em um milhão", mas há uma explicação cientifica para o ocorrido.

Segundo uma matéria publicada explicando o ocorrido em 1956, onde o piloto norte americano abateu sua própria aeronave, basta um pouco de matemática elementar para entender o que aconteceu. O F-11F Tiger disparou seus projéteis de 20mm á 13.000 pés (4.000 m) e foi atingido quando estava voando á 7.000 pés (2.100 m). Sabemos que os projéteis saíram dos canhões a mais de 2.000 km/h e que o F-11F estava em voo supersônico, a aproximadamente 1.300 km/h. 

Fonte: Aeromagazine
Assim, ao serem disparadas a velocidade dos projéteis era muito superior à do F-11F, o que significa que não havia nenhuma maneira das trajetórias se cruzarem. Porém, agora vamos a explicação pela física. Depois de alguns quilômetros os projéteis diminuem significativamente sua velocidade por seu deslocamento em um fluído, no caso o ar, que realiza uma elevada resistência. O avião continuava na mesma velocidade, graças ao uso de um motor, o que os projéteis evidentemente não dispunham, viajando apenas pela energia cinética, ou seja, a energia do disparo.

Assim, ao manter sua trajetória de mergulho o avião encontrou os projéteis, que possivelmente estavam nesse momento na mesma velocidade (ou até mais devagar) que o F-11F. Talvez seja mais fácil ganhar na loteria, mas o piloto Tom Attridge estava na frente das balas que havia disparado segundos antes, o que possivelmente também aconteceu no caso do F-16 holandês.

Realmente um feito que não acontece qualquer dia, tanto que só temos dois relatos da ocorrência deste tipo de caso. Algo que é muito incomum ocorrer, mas como já está demonstrado, não é impossível ocorrer.


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com pesquisa em várias fontes

Colaborou: Joaquim Guerreiro
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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Novas asas para os P-3AM da FAB? O GBN News foi conferir na fonte

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Uma das perguntas que tem sido feitas repetidamente em nossas redes sociais, diz respeito a revitalização das asas de nossas aeronaves de patrulha P-3AM, um problema que a Força Aérea Brasileira enfrenta desde que o problema estrutural foi identificado nas aeronaves adquiridas na metade da primeira década do século XXI. Tal problema até então não teve solução, apesar da proposta realizada pela Lockheed Martin no inicio do programa P-3BR para dotar tais células com novos conjuntos de asas, algo que não prosperou devido ao orçamento limitado para o programa. 

Oriundos dos estoques da US Navy, foram adquiridas 12 células, as quais foram ofertadas ao Brasil. Inicialmente foram selecionadas as melhores células estocadas no deserto, mas segundo apuramos, devido a demora em se concretizar o negócio com a liberação da verba para aquisição, então tais células foram destinadas a outros clientes, quando finalmente foi liberado os recursos, tivemos que nos contentar com as células que haviam restado disponíveis nos estoques americanos, estas estavam relativamente em bom estado, porém, posteriormente foram identificados problemas estruturais com os conjuntos de asas. 

Após a aquisição das 12 células, das quais apenas 8 se tornariam operativas, com 3 delas sendo destinadas a canibalização e uma mantida para treinamento, foi realizado o processo no qual conforme citamos acima, a proposta norte americana de troca das asas foi descartadas, tendo sido vencedora a proposta do grupo EADS-CASA, hoje Airbus, que devido ao limitado orçamento destinado ao programa de modernização, resultou apenas em um paliativo aos problemas estruturais identificados, o que hoje leva a Força Aérea Brasileira à necessidade de realizar um programa mais complexo de extensão do ciclo operacional de tais aeronaves. Neste momento que entra em campo a brasileira AKAER, empresa com expertise no campo de engenharia de estruturas aeronáuticas que vem ao longo de sua existência acumulando diversos cases de sucesso neste campo, sendo uma das parceiras da SAAB no programa Gripen NG, inclusive sendo responsável pelo projeto de seções de grande complexidade desta moderna aeronave, qualificada como Empresa Estratégica de Defesa pelo governo brasileiro.

O projeto de revitalização das aeronaves P-3AM teve ponto inicial no ano de 2018, quando a Akaer descobriu que a L3 Communications Integrated Systems estava descontinuando sua linha de suporte as aeronaves P-3 pertencentes a US Navy, o que resultou na oportunidade de obtenção de todo ferramental e documentação técnica referente ao suporte dos P-3 Orion, incluindo todo documental e ferramental para construção de novas asas.

Tendo em vista essa oportunidade, a FAB destinou recursos para implementação no Brasil de uma linha destinada a produção dos kits de asas para os P-3AM operados no Brasil, o que resultará em uma solução viável e a capacitação nacional de nossa industria para prover a solução necessária para manter nossos P-3AM voando por muitos anos.

Tendo tudo isso em mente, aproveitamos a oportunidade proporcionada pela LAAD 2019 e obter mais informações a respeito deste projeto diretamente da Akaer. Então, nosso editor Angelo Nicolaci partiu em busca desta importante informação. No stand montado pela Akaer na LAAD 2019, conversamos com Fernando C. Ferraz, Vice-Presidente de Operações da industria brasileira, que nos recebeu e esclareceu um pouco sobre o programa de revitalização pelo qual irá passar nossos P-3AM.

A Akaer adquiriu três kits prontos de asas para o P-3, os quais estavam estocados nos EUA com a descontinuidade do suporte aos P-3 por lá, além dessa aquisição, a Akaer esta recebendo todo ferramental e documentação gerada ao longo de décadas de serviços realizados pela L3 nos P-3 da US Navy, sendo no momento o maior desafio a consolidação de toda essa documentação em um único conjunto de documentos, pois como nos explicado, tais serviços estruturais eram realizados através de ordens de serviço específicos, tratados como manutenção, mas a junção e consolidação de todo esse acervo documental resultará na documentação necessária para produção integral de novas asas para os P-3.

A FAB objetivava inicialmente estender o ciclo operacional dos P-3AM até 2028, porém, com a solução de novas asas para estas aeronaves, esta vida pode ser estendida muito além de 2028, o que dará uma grande capacidade à FAB para manter sua frota em operação. 

Durante dois anos a Akaer buscou no mercado parceiros para desenvolver uma solução para os P-3, mas apenas agora, após conseguir a solução junto a L3, surgiram duas empresas durante a LAAD 2019 oferecendo soluções para o P-3. 

A L3 iniciou o serviço nas asas dos P-3 como solução pontual, realizando o serviço inicialmente em duas aeronaves, mas daí surgiu a demanda de se realizar o serviço de manutenção estrutural em outras aeronaves, e esses serviços eram realizados em componentes específicos, o que gerou uma documentação fragmentada, onde no final foram realizadas a recuperação das asas de 35 aeronaves para os EUA, se a L3 soubesse que os americanos chegariam a esse número, teria sido mais barato realizar a construção de uma asa nova ao invés de apenas executar serviços em pontos específicos de cada aeronave. Mas com tudo isso, eles obtiveram um grande conhecimento estrutural da aeronave, o qual resultou na construção de kits de asas completos para o P-3, além de um vasto acervo de documentos técnicos relativos a manutenção e construção dos componentes das asas, e todo esse acervo e conhecimento técnico esta sendo adquirido pela Akaer e servirá de base para o desenvolvimento no Brasil da produção destas asas.

A Akaer vai montar os kits da semi asa externa em suas instalações, já o kit do caixão central e sua manutenção será montado no Parque de Material a ser designado pela FAB, provavelmente seja na Base Aérea do Galeão no Rio de Janeiro, devido principalmente a necessidade de se possuir pista. 

O ponta pé inicial neste projeto foi dado no final de 2018, quando equipes da Akaer participaram de treinamentos nos EUA para se obter a capacitação técnica necessária para execução dos serviços previstos. Os primeiros conjuntos de asas que serão revitalizadas no Brasil pela Akaer, vão ser levados ás modernas instalações da Akaer, localizada no complexo industrial em São José dos Campos. Já todo processo de desmontagem e montagem dos conjuntos, como já dito, serão realizadas no Parque de Material da Base Aérea no Rio de Janeiro.

A revitalização que irá garantir aos P-3AM uma grande extensão de seu ciclo de vida útil, terá como principal foco a substituição de diversos elementos da asa, como os revestimentos superiores, longarinas dianteiras e traseiras, painéis superiores dos caixões centrais asa/fuselagem e entre outras ações. Esse projeto irá solucionar os problemas gerados pela fadiga estrutural das asas, o que limitaria a vida operacional dessas aeronaves.

As aeronaves P-3AM de patrulha marítima são hoje o principal meio empregado na vigilância das águas territoriais brasileiras e contam com uma moderna suíte eletrônica, contando com modernos sistemas e sensores embarcados, os quais garantem a efetiva capacidade da aeronave cumprir com suas missões, sendo a aeronave capaz de detectar, localizar, identificar e, quando necessário, atacar alvos de superfície e submarinos, sendo o único vetor aéreo capaz de desempenhar as atividades de busca e salvamento em toda área marítima sob a responsabilidade do Brasil. Tirando os problemas estruturais que são alvo das soluções em desenvolvimento pela Akaer, o P-3AM tende a se manter como um importante meio a ser empregado pelas próximas décadas na função de Patrulha Marítima de longo alcance no Brasil.

A Akaer tem um planejamento estratégico que visa implementar um centro de treinamento, centro de serviços e possui aporte da FINEP para o desenvolvimento de seus projetos, sendo um dos cases nacionais de sucesso no campo da engenharia, principalmente no que diz respeito aos projetos estratégicos em desenvolvimento no Brasil, tendo iniciado sua participação no programa Gripen NG antes mesmos da definição deste como a opção brasileira no programa FX-2, indo além dos off-sets previstos pelo programa brasileiro. Realmente é um grande orgulho ver a capacidade de engenharia brasileira ganhando reconhecimento no mercado internacional, principalmente se levarmos em consideração os desafios que a mesmas enfrentam com a falta de uma política de incentivo voltada a pesquisa e desenvolvimento tecnológico no campo de defesa, sem contar os inúmeros cortes orçamentários que enfrentam nossas forças armadas, e isso impacta diretamente nas empresas nacionais que desenvolvem projetos destinados ao mercado de defesa.

“As Forças Armadas precisam cumprir suas missões e para isso necessitam de equipamentos operacionais. Num cenário de restrição orçamentária, a solução de melhor custo benefício é a Modernização & Revitalização que estende a vida útil e aumenta a disponibilidade dos equipamentos que as Forças Armadas já possuem. A Akaer traz também uma abordagem diferente da normalmente trazida pelas OEM’s e/ou fornecedores de equipamentos isolados. No caso da Akaer, as soluções adotadas são focadas nas análises de engenharia que, em um primeiro momento, permitam a revitalização e/ou extensão da vida operacional das soluções existentes, com um mínimo de intervenção”, segundo destaca o presidente e CEO da Akaer, Cesar Augusto Teixeira Andrade e Silva.

A equipe do GBN News agradece aos esclarecimentos e informações concedidas pela Akaer, deixando aqui nossas congratulações pelas conquistas que a empresa vem colecionando ao longo de sua existência, e ficamos no aguardo do convite para conhecer as instalações da empresa voltadas a esse novo desafio que é a produção das novas asas do P-3AM da Força Aérea Brasileira. 

Em breve pretendemos realizar uma visita ao Esquadrão Orungam e conhecer um pouco mais das particularidades envolvidas nas operações de Patrulha Marítima desenvolvidas por aquela OM, trazendo aos nossos leitores um pouco mais de conhecimento e da doutrina desse importante esquadrão de nossa Força Aérea Brasileira.

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domingo, 7 de abril de 2019

Esclarecendo a atual condição dos Submarinos Brasileiros

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Muitos tem me enviado questionamentos sobre a disponibilidade de nossos submarinos da Classe "Tupi" e "Tikuna", tendo em vista muitas especulações, mantive o padrão já consagrado de nosso à frente do GBN News, fomos até a fonte e questionamos a Marinha do Brasil quanto algumas questões comuns em nossos grupos de discussão.

Na primeira questão levantada, a qual diz respeito a disponibilidade de nossos submarinos, nos fora informado que atualmente temos submarino "Tupi" em operação, enquanto os submarinos "Timbira" e "Tapajó" aguardam o início dos reparos necessários. Já os submarinos "Tamoio" e o "Tikuna" estão passando pelo Período de Manutenção Geral (PMG), com previsão de conclusão em 2021.

Estes submarinos estão basicamente sofrendo a Modernização do Sistema de Direção de Tiro, além da revisão de diversos itens previstos pelo processo. Apesar da maior parte dos nossos submarinos estarem passando por manutenção, estão previstos exercícios de lançamento de torpedo e de salvamento e resgate do submarino, além de Operações Conjuntas com os navios da Esquadra, movimentações para a manutenção do nível de adestramento da tripulação do submarino e formação de pessoal ao longo de 2019, o que demonstra que em breve ao menos dois dos submarinos em processo de reparos deverão se somar ao "Tupi" na faina. 

É preciso ter em mente a dimensão do desafio de se manter uma força submarina em operação, para termos uma ideia dos desafios logísticos são enfrentados, por exemplo, o submarino "Riachuelo", que ainda esta em fase terminal de preparação para inicio das provas de mar, a equipe técnica da Marinha do Brasil terá de realizar a catalogação dos novos equipamentos e sobressalentes para cumprir as rotinas de manutenção, conforme necessidade. Já nas classes "Tupi" e "Tikuna", o maior desafio é o fato de alguns equipamentos terem sido descontinuados, o que dificulta a substituição ou o reparo.


Apesar da proximidade de chegada dos novos submarinos Classe "Riachuelo", ainda não há previsão de baixa dos atuais meios, a Marinha do Brasil continua na avaliação de cenários e estuda as melhores datas.

A Marinha vem considerando uma eventual transferência dos submarinos "Tupi"/"Tikuna" da Base Almirante Castro e Silva (BACS) para o Complexo Naval de Itaguaí, mantendo a BACS funcionando como base de apoio dos atuais submarinos, como uma possibilidade a ser pensada no futuro.

Atualmente os simuladores dos submarinos classe Tupi permanecem no Centro de Adestramento Almirante Atila Monteiro Aché (CIAMA), em Niterói, sendo eles o Treinador de Imersão, o Treinador de Ataque, o Centro de Treinamento Tático, o Tanque de Treinamento de Escape de Submarino e o Simulador de Passadiço. Em Itaguaí, os simuladores referem-se aos Submarinos Classe Riachuelo, S-BR, sendo eles o Simulador de Imersão, Simulador Tático, Simulador de Superfície, Simulador IPMS, Simulador de Alagamento e Simulador de Escape.

Em breve pretendemos fazer uma visita à bordo de nossos submarinos e trazer um pouco mais da doutrina de emprego e operação destes fantásticos meios de nossa esquadra.

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Esclarecendo a circunstância da queda da aeronave de Ataque A-1B

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Uma aeronave AMX A-1M da Força Aérea Brasileira, pertencente ao 3º/10º GAV, Esquadrão "Centauro", foi perdida na última sexta-feira (5) durante exercícios realizados na região sul do Brasil. Ambos os tripulantes da aeronave conseguiram ejetar com segurança e foram resgatados pela equipe SAR que operava um H-36 Caracal.
A aeronave que fazia parte do treinamento de simulação de combate aéreo além do alcance visual (BVR), do qual participam diversas outras aeronaves e esquadrões até a próxima terça-feira.
O exercício em questão faz parte do calendário de adestramentos previstos anualmente pela Força Aérea Brasileira, e nada tem haver com qualquer suposta "intervenção" na Venezuela, como publicado pelas mídias sensacionalistas e produtores de fake news. Nós do GBN News em respeito aos nossos leitores e nos atendo aos valores do jornalismo, os quais há muito tem sido descartados por pseudo jornalistas que tendem a criar a todo momento falsas notícias, viemos esclarecer que exercícios deste cunho são realizados há anos pela FAB, bem como diversos outros exercícios realizados também pelo Exército Brasil e a Marinha do Brasil.
Tais exercícios e manobras, em nada tem haver com uma "intervenção" a outra nação, pois trata-se da preparação de nossas forças para defesa de nosso território, tendo por objetivo manter a capacidade técnica e o nível de qualificação dos diversos meios e setores operativos das três armas.  Tais exercícios não se limitam ao Brasil, há diversas ocasiões em que temos militares nossos participando ativamente de exercícios conjuntos no exterior, onde se absorve conhecimento e pratica em variados cenários.
Este ano ainda ocorrerão diversos grandes manobras, pois diferente do que muitos pensam, militares não ficam nos quartéis sem o que fazer, pelo contrário, a rotina militar é extremamente ativa, com diversos treinamentos e atividades diárias, as quais a grande mídia e os sensacionalistas que nunca foram á uma OM desconhecem.

    No último ano de 2018, por exemplo, o GBN News esteve acompanhando ao menos três grandes manobras de várias que ocorreram ao longo do ano, e trouxemos aqui uma cobertura ímpar destes exercícios, debaixo de chuva e de Sol intenso, no Litoral Capixaba, no Planalto Central ou no Nordeste do país, o árduo trabalho de nossas armas, mostrando como realmente funcionam as forças armadas, ensinando sem fantasias ou devaneios o que é doutrina e emprego militar.
    É extremamente preocupante como tem crescido o número de fake news, principalmente envolvendo temas tão sérios, e o mais grave é que existem muitas pessoas que ainda caem na rede desses fanfarrões e espalham aos quatro cantos essas inverdades. 
    Quando falam em intervenção na Venezuela, basta uma pequena lida em nossa Constituição Federal para compreender que não há qualquer respaldo legal para tal ação por parte de nosso governo, isso sem falar em outras dezenas de fatores que são ignorados pelos sensacionalistas de plantão que a toda hora inventam uma nova MENTIRA para ganhar seguidores e views. 
    O jornalismo se encontra decadente, com diversos veículos e mídias entregues à ideologias e tornando-se extremamente tendenciosos. O profissionalismo esta em baixa neste mercado, até mesmo na mídia especializada em defesa hoje contamos nos dedos as mídias e jornalistas comprometidos com os valores da profissão. Então desconfie de tudo que for miraculoso e sensacionalista, não caia nas ditas fontes anônimas ou especuladores de plantão.
    O GBN News esta de olho e trabalhando para trazer um conteúdo ímpar e de qualidade a você leitor, esteja atento!
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    Conhecemos o TA-2 "Armadillo", interessante inovação brasileira

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    Uma das nossas gratas surpresas durante nossa cobertura da LAAD 2019, foi conhecer melhor o sistema TA-2 “Armadillo”, desenvolvido e produzido pela brasileira Mac Jee, empresa nacional que utilizou recursos próprios para o desenvolvimento deste sistema que despertou o interesse de diversas delegações que visitaram esta edição da LAAD.

    Conversamos com Gerente de Projetos, Emerson Rosa, que nos esclareceu um pouco mais sobre as características do sistema, o qual deu especial atenção ao fato da Mac Jee ter realizado todo investimento com recursos próprios, algo que podemos considerar uma imensa conquista, primeiro se considerarmos os imensos custos e desafios enfrentados pela indústria nacional de defesa, segundo, por se tratar de um desenvolvimento independente de qualquer programa das forças armadas, uma aposta e tanto.

    Quando questionado sobre os maiores desafios que encontraram neste projeto, Emerson disse que o maior obstáculo encontrado durante o processo foi a escassez de mão de obra especializada, sendo uma grande lacuna no Brasil, onde é extremamente difícil encontrar engenheiros capacitados para desenvolver sistemas de defesa, principalmente pela ausência de cursos específicos nas universidades brasileiras voltados para este estratégico setor


    O sistema Armadillo TA-2 foi desenvolvido para oferecer ao mercado um sistema compacto de lançador de foguetes, representando uma capacidade de apoio de artilharia com foguetes de grande mobilidade e considerável poder de fogo, isso tudo somado a facilidade de conduzir o meio ao teatro de operações, sendo aerotransportável. O sistema que conta com tripulação de apenas dois homens, sendo um motorista e um operador, conta com uma suíte eletrônica que entrega a capacidade de designação de alvos até 10 quilômetros, tanto de dia quanto a noite, contando com sistema de nivelamento do veículo automático, capaz de realizar lançamentos em 360º, empregando duas cargas de 48 foguetes SBAT 70mm ou Mk.66, a qual é remuniciada automaticamente.

                                                                    Foto: Luiz Gomes - GBN News
    O sistema tem como grande solução a garantia de discrição, onde o sistema de lançamento fica retraído dentro da viatura portadora, com isso o inimigo não consegue identificar a aplicação da viatura, sendo este o objetivo maior do projeto. Apenas no momento do lançamento é que a viatura expõe o sistema lançador de foguetes, oferecendo uma grande versatilidade de emprego, com grande mobilidade. Para termos uma ideia do que isso representa, entre a parada e o lançamento dos foguetes, o sistema leva apenas 60 segundos, possibilitando uma rápida tomada de posição de tiro e posterior evasão do local, conferindo um alto índice de sobrevivência com relação a resposta inimiga ao ataque.

    O protótipo que conferimos no stand montado na LAAD, está montado sobre uma viatura HUMVEE 6.5L V8, porém, o Emerson esclareceu que o objetivo não é oferecer o sistema com esta plataforma, ficando a cargo do cliente a escolha da plataforma na qual será integrado o sistema, sendo apenas requerido que a plataforma escolhida atenda alguns requisitos mínimos para que possa receber o envelope.

     Foto: Luiz Gomes - GBN News
    Emerson nos contou que entre o início do desenvolvimento deste conceito e a produção do primeiro protótipo, a Mac Jee demandou dois anos de pesquisa e desenvolvimento, alcançando o nível de maturidade em que se encontra o sistema, sendo um sistema inteiramente nacional. O sistema de comunicação do TA-2 é fabricado pela IMBEL, que também é fornecedora do material para produção dos foguetes SBAT-70 e Mk.66 oferecidos no pacote pela Mac Jee, algo que é muito positivo e torna uma solução atraente as nossas forças armadas.

    O TA-2 Armadillo irá iniciar uma série de avaliações no CAEX, onde o Exército Brasileiro irá realizar um intenso programa de avaliações que irá resultar na homologação deste moderno sistema desenvolvido no Brasil. Segundo nos foi informado, a Mac Jee já possui um cliente para o sistema, porém, devido as cláusulas contratuais não pode revelar o nome do primeiro operador do “Armadillo”. Além deste cliente, durante a LAAD foi demonstrado um forte interesse por várias delegações da América Latina e África, o que sinaliza um vasto mercado para essa indústria brasileira, principalmente se levarmos em consideração o custo de aquisição do mesmo, chegando à aproximadamente ¼ do custo de uma viatura lançadora da família ASTROS.

    Foto: Luiz Gomes - GBN News
    O sistema “Armadillo” é uma atraente opção para dotar as forças armadas brasileiras, em especial o Corpo de Fuzileiros Navais, sendo uma viatura capaz de prestar apoio as operações de desembarque, sendo um sistema interessante para apoiar as tropas, principalmente pelo caráter expedicionário da instituição e as características que apresenta o sistema TA-2 “Armadillo”, provendo ao CFN a capacidade de apoio de fogo de artilharia com alta mobilidade, sendo um sistema de logística simplificada e conteúdo nacional, o que torna muito baixo e atraente os custos de operação.

    Agradecemos ao Emerson por nos receber e esclarecer um pouco mais para nosso público sobre este sistema inovador desenvolvido por brasileiros com tecnologia nacional e que tende a ser um grande sucesso no mercado de defesa.


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