sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Drone dos EUA mata 15 civis no Afeganistão, diz ONU

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Ao menos 15 civis foram mortos e outros 13 ficaram feridos em um ataque de um drone dos Estados Unidos no leste do Afeganistão, informou a Organização das Nações Unidas na quinta-feira, pedindo por uma investigação independente sobre o incidente.
O ataque aéreo ocorreu na quarta-feira, atingindo o que autoridades norte-americanas disseram ser alvos do Estado Islâmico na província de Nangarhar.
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A missão de assistência da ONU no Afeganistão (Unama) disse que alguns militantes podem ter sido mortos no ataque, mas que muitas das vítimas eram civis, incluindo estudantes, um professor, e membros de famílias consideradas "pró-governo".
"A Unama reitera a necessidade de todas as partes do conflito em manter suas obrigações sob a lei humanitária internacional", informou a ONU em comunicado.
"A Unama pede ao governo e forças militares internacionais para realizarem uma investigação independente, imparcial, transparente e efetiva sobre este incidente".

Fonte: Reuters
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Finlândia detonou míssil russo para esclarecer caso de MH17

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O presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, confirmou nesta sexta-feira (30) que seu país detonou em segredo um míssil antiaéreo russo do sistema Buk para auxiliar as autoridades da Holanda a esclarecer a queda do voo MH17 da Malaysia Airlines em julho de 2014, no qual morreram 298 pessoas.
Niinistö convocou uma entrevista coletiva de urgência para explicar o papel da Finlândia nas investigações do grupo de analistas internacionais que na quarta-feira (28) apresentaram um relatório, onde concluem que o avião foi abatido por um míssil disparado por uma bateria Buk de origem da Rússia em uma zona ao leste da Ucrânia controlada por separatistas pró-Rússia.
O líder finlandês se mostrou inusualmente zangado em seu encontro com a imprensa devido ao vazamento a um meio holandês dos testes realizados na Finlândia por parte de alguém próximo à investigação.
Segundo Niinistö, a Promotoria holandesa entrou em contato com as autoridades finlandesas no outono de 2014 para pedir ajuda na investigação, já que a Finlândia tinha em seu poder mísseis antiaéreos Buk de fabricação russa similares aos que, segundo os primeiros indícios, derrubaram o avião.
Entre outros testes, a Promotoria holandesa pediu à Finlândia que detonasse um dos mísseis e enviasse os restos do projétil para que pudessem ser examinados por especialistas.
"Nessa solicitação, a Holanda pediu que o assunto fosse levado totalmente em segredo até que fosse apresentadas acusações e se iniciasse o processo penal, momento no qual seriam revelados os testes realizados na Finlândia", afirmou Niinistö.
O presidente e o governo finlandês decidiram ter acesso ao pedido holandesa e manter os testes técnicos em segredo, apesar da cláusula de confidencialidade do contrato de compra dos mísseis Buk e a possível reação da Rússia.
"O pedido da Holanda nos causou muitas dores de cabeça e longas reflexões. Certamente que a Finlândia queria ajudar a resolver esse horrível crime, mas existiam as limitações do direito internacional do comércio", disse Niinistö.
As autoridades finlandesas informaram ao Kremlin do pedido da Promotoria holandesa no final de 2014 e comunicaram que pensavam em colaborar na investigação da tragédia, embora não chegaram a tratar o tema de forma bilateral.
Desde então, a Finlândia enviou "material" à Holanda várias vezes, segundo Niinistö, embora sempre tentando respeitar as condições de confidencialidade do contrato assinado com a Rússia. 

Fonte: EFE via Exame

Nota do GBN: Os testes servem para concluir que foi um míssil disparado por uma bateria Buk que efetuou o disparo que derrubou o MH-17, agora, provar que tal sistema era de posse dos separatistas apoiados pela Rússia é outro assunto, uma vez que vale ressaltar que a Ucrânia possuía este tipo de equipamento deslocado para a região e estava em operação na localidade do ocorrido, algo que demandará muita investigação e trabalho de campo, uma vez que há diversos interesses geopolíticos envolvidos na questão, dentre eles o interesse da Ucrânia e da OTAN em condenar Moscou pelo ato que resultou na morte de todos á bordo da aeronave.
Também acho muito importante a mudança nas regras de voos vigentes, onde deveria ser fechado o sobrevoo a aeronaves civis e zonas de conflito, mesmo sendo eles de baixa intensidade, medida tal que teria salvado as vidas no voo MH-17.
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A vovó iraquiana que o Estado Islâmico não consegue matar

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Wahida Mohammed tem 39 anos de idade. É mãe de duas jovens de 20 e 22 anos e também avó. Há algum tempo, no entanto, ela se tornou uma das mais importantes líderes de uma força especial popular que luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI). 
Envolvida no combate ao terrorismo desde 2004, Wahida liderou um grupo especial para derrotar células do EI em Tikrit (cerca de 170 quilômetros da capital Bagdá). O sucesso dessa operação, fez dela uma figura importante nas Unidades de Mobilização Popular do Iraque, uma organização militar reconhecida pelo governo e que reúne 40 milícias predominantemente xiitas.
Conhecida pela força e organização com a qual lidera 70 homens, Wahida tem uma vida difícil, como a de milhares de iraquianos que sofrem com a guerra. De acordo com uma entrevista concedida à rede de notícias CNN, já recebeu dezenas de ameaças de morte, incluindo de Abu Bakr al-Baghdadi, o líder do autoproclamado califado do EI no Iraque e na Síria.
“Sou mais procurada por eles que o nosso primeiro-ministro”, gabou-se ao contar nas mãos quantos carros-bomba já foram estacionados perto de sua casa. Na luta contra o grupo extremista, perdeu dois maridos, o pai, o irmão, além da sua ovelha, cachorro e passarinhos. “Mas nada vai me fazer parar de lutar”, disse ela que se descreve como dona de casa.
Sua fama no Iraque, no entanto, vai além das suas habilidades militares. Nas redes sociais, Wahida postou imagens gráficas que mostram o destino dos militantes do EI que tem o azar de cair em suas mãos: são decapitados e têm suas cabeças depois colocadas em uma panela com água fervente.
Wahida esteve nos últimos dias envolvida na recuperação do controle da cidade de Shirqat, que fica a 80 quilômetros ao sul de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque e que está sob controle dos jihadistas há meses. O grupo foi completamente expulso há alguns dias, o que possibilitou que 250 famílias forçadas a se deslocar em razão da violência pudessem finalmente retornar para suas casas.

Fonte: Exame
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DUKWs e CamAnf - Caminhão ou barco : Ambos!!!

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Recentemente em minhas idas e vindas, me deparei com um veículo curioso, tratava-se de um caminhão anfíbio da Segunda Guerra, achei muito interessante e quando cheguei em minha casa passei a pesquisar sobre a curiosa viatura, a qual também serviu a Marinha do Brasil, sendo empregada pelo Corpo de Fuzileiros Navais. Contatei o CCSM e solicitei informações sobre a viatura e seu histórico no CFN.

Os DUKW originalmente desenvolvidos pela GMC durante a Segunda Guerra mundial, apesar de seu nome lembrar a palavra “pato” em inglês, trata-se de uma sigla para os veículos militares da época, onde a letra D corresponde ao ano de 1942, U corresponde a categoria do veículo sendo Utilitário, K define o tipo sendo um Veículo sobre rodas e W significa que possui dois eixos de hélices traseiros.

O mesmo surgiu da necessidade de um veículo anfíbio capaz de se deslocar tanto por terra como por mar, realizando a ligação entre os navios e a cabeça de praia, sendo capaz de transportar tanto tropas como cargas e equipamentos ao teatro de operações, além disso o mesmo deveria ser capaz de transpor cursos de águas e rios onde não houvessem pontes disponíveis para travessia. A GMC venceu o contrato e passou a construir o GMC DUKW 353, projetado por Rod Stephens Jr, que adotou o chassis GMC 353 de 2,5 Ton. Equipado com o motor 269 de 6 cilindros em linha, que desenvolvia 94cv e uma caixa de 5 marchas. A versão original podia transportar ate 12 homens completamente equipados e contava com uma posição para fixação de uma metralhadora .50 para sua proteção, lembrando que o mesmo não possuía blindagem, mas recebeu algumas placas afim de reduzir esse ponto fraco da viatura.

Com o passar do tempo a viatura ganhou novas atualizações e versões de maior capacidade chegando a versão capaz de embarcar 59 homens equipados ou cargas com igual peso, sendo capaz de transportar até mesmo um Jeep 4x4 de ¼ Ton. O desempenho em estradas era muito bom para época, chegando aos 80km/h e no mar uma velocidade de ate 10km/h. Ao longo de sua produção, o DUKW teve cerca de 21.147 viaturas produzidas.

Mas vamos abordar a sua chegada e atuação no Brasil. Tendo sido oriundos da França, excedentes das viaturas do tipo na Europa, foram incorporadas 34 viaturas ao Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) em novembro de 1970 e foram embarcados rumo ao Brasil pelo porto de Antuérpia, na Bélgica.

O veículo podia operar tanto na água quanto em terra e possuía a forma de um barco. A capacidade para transporte da versão adquirida pelo CFN era de até 59 homens totalmente equipados (ou o equivalente em cargas), como um jeep 4x4, de ¼ de tonelada, e mais um pequeno efetivo de soldados, sendo de grande valia nas operações de desembarque realizadas naquela época.



Assim como se deu em diversos países em que operou, o grande sucesso do DUKW resultou na concepção de uma viatura nacional semelhante, tendo por base seu desenho, o que levou a empresa brasileira “Biselli Viaturas e Equipamentos Industriais LTDA” a projetar e construir em série de viaturas substitutas muito similar aos DUKWs originais. Esses estudos tiveram início em 1978 e o novo veículo recebeu a denominação de CamAnf (Caminhão Anfíbio), projetado sobre o chassis de um caminhão Ford F-7000, com capacidade de transportar até cinco toneladas de carga em terra ou águas calmas. Em mar agitado, essa carga teria de ser reduzida para 2,5 toneladas. 

A adoção de um novo motor diesel, o Detroit 4-53 N, de 145cv, tornou a versão desenvolvida no Brasil muito superior ao DUKW original, seja na versatilidade, seja na adoção de um guincho traseiro de duplo emprego, capaz de puxar cargas atrás e à frente, graças a uma cobertura por onde passa o cabo de reboque.

A velocidade em terra era um pouco inferior ao DUKW americano, chegando aos 72 km/h e mas na água tinha um desempenho sensivelmente melhor, alcançando 14 km/h, com autonomia de 480 km e até 18 horas de navegação, com um peso aproximado de 13.500 kg. Os pneus eram à prova de impactos de projetis, com rodagem simples, com sistema de inflar e desinflar em qualquer tipo de terreno. Possuía um sistema elétrico de 12 volts, com tração 6x6 e direção hidráulica.

A produção inicial previa algo em torno de 25 viaturas, porém, apenas cinco foram construídos e operados pelo CFN. Sua carroceria era toda de aço laminado a frio, com estrutura de proa reforçada. Eles prestaram bons serviços ao CFN, mas nunca chegaram a ser produzidos em série, devido ao surgimento de veículos mais modernos e blindados, como, por exemplo, os CLAnf, que vieram a substituir estas viaturas no CFN em 1988.

Linha de montagem do CamAnf 

Infelizmente não consegui rastrear o paradeiro destas 5 viaturas, restando apenas alguns DUKWs originais expostos. Os CamAnf poderiam ter sido direcionados á Defesa Civil, tendo em vista suas características únicas e de grande valor em operações de resgate em casos de calamidade pública, como inundações e cheias que atingem diversas áreas do Brasil, seguindo o exemplo da opção de sua utilização no resgate as vítimas do furacão Katrina nos EUA.

Em particular, eu gostaria muito de conseguir adquirir uma dessas viaturas, primeiramente com intuito de preservar parte da história de nossa indústria e do nosso CFN, segundo por meu interesse de apresentar a mesma ao público geral em eventos e mesmo proporcionar aos nossos amigos a oportunidade de realizar um passeio em Búzios ou outras belas cidades de nosso litoral embarcados em um meio que foi de grande valor na história, tendo sido um tipo de viatura que com certeza contribuiu de maneira considerável nas operações lá atrás, na Segunda Guerra Mundial, onde pode desembarcar tropas e meios sem os quais a vitoria aliada seria muito mais difícil.

                          Ficha Técnica (Brasil) :











Por: Angelo Nicolaci, Editor do GBN News, jornalista, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em Geopolítica do Oriente Médio, Rússia e Leste Europeu, estudioso das questões geopolíticas e de defesa brasileira e pesquisador da história militar.


Nota de agradecimento: Quero agradecer a equipe do Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil, a qual me forneceu alguns dados para a concepção desta matéria.

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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Ministério da Defesa revisa resoluções sobre licenças para exportação de armas

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O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou nesta quinta-feira (29) que o Ministério da Defesa está revisando as resoluções que tratam da licença de exportação de armas por empresas brasileiras, que dependem de autorização prévia das Forças Armadas.
"Estamos fazendo uma atualização da resolução dessa área
buscando objetividade e transparência", disse o ministro. "Tem que atualizar."
Há cerca de três semanas, a Reuters revelou que a Taurus vendeu 8 mil armas ao Iêmen, país sob sanção da Organização das Nações Unidas, através de Fares Mana'a, listado também pela ONU como um dos maiores traficantes de armas do mundo. [nE6N1B3005] Uma segunda venda, de 11 mil armas, foi suspensa depois de ter sido descoberta pela Polícia Federal.
Para fazer a venda, que precisa de autorização das Forças Armadas, a Taurus obteve uma licença prévia de exportação autorizada pelo Comando Militar do Sul, de número 788/2013, como se as armas estivessem sendo exportadas para o Djibouti, país separado do Iêmen apenas por um braço de mar, o estreito de Bab al-Mandab.
As informações constam de uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra dois ex-executivos da empresa, Leonardo Sperry e Eduardo Pezzuol, diretamente ligados à negociação com Mana'a. De acordo com o MPF, a empresa cometeu crime de falsidade ideológica ao pedir a licença para vendas ao Djibouti para redirecioná-las ao Iêmen.
Secretário-geral do Ministério da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna reconheceu nesta quinta que a Taurus fez a venda em cinco remessas, mas repetiu o discurso da empresa, de que ao saber do real destino das armas - pistolas e revólveres - suspendeu a venda e devolveu o dinheiro ao país. Ressaltou, ainda, que a Defesa apenas "verifica a legalidade da documentação".
Luna afirma que a informação de que Mana'a teria intermediado a venda e vindo ao país, como denunciaram os procuradores "nunca foi confirmada", apesar de o Ministério Público ter documentos provando não apenas a entrada de Mana'a no país com um passaporte falso, mas a tentativa da empresa de obter um convite oficial, via Itamaraty, para que o traficante viesse ao Brasil conhecer a fábrica, no Rio Grande do Sul.

O processo contra os ex-executivos da Taurus corre em segredo de Justiça. Os advogados de Sperry e Pezzuol afirmam que todas as suas ações foram feitas dentro da política da empresa. Já a Taurus alega desconhecimento das ações dos seus funcionários e que, ao saber do real destino das armas, teria sustado a venda.

Fonte: Reuters
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Forças Armadas atuarão nas eleições,diz Jungmann que defende militares na reforma da previdência

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As eleições municipais deste ano terão pelo menos 25 mil homens em 408 municípios, de acordo com números preliminares dos pedidos feitos ao Ministério da Defesa pela Justiça Eleitoral, informou nesta quinta-feira o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
O número de pedidos, que ainda não foi fechado, segundo Jungmann, está acima da média de eleições anteriores, que ficou em torno de 300 cidades.
"Há um crescimento sim, porque a média histórica ficaria em torno de 300 ou trezentos e poucos municípios e já estamos com 408, engajando 25 mil homens em 14 Estados. Esse número não é final, porque novos municípios devem ser apontados pela Justiça Eleitoral até o fim da semana", afirmou o ministro em entrevista coletiva.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, já foram registradas 20 mortes de candidatos a prefeitos e vereador até agosto. Nos últimos dois dias foram registrados mais homicídios e tentativas de homicídio em mais quatro Estados, entre eles o assassinato de José Gomes da Rocha (PTB), candidato a prefeito em Itumbiara (GO), quando o vice-governador do Estado, José Eliton (PSDB) também foi baleado.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Jungmann também falou sobre mudanças no sistema previdenciário, cuja proposta está sendo elaborada pelo governo. O ministro tratou do tema depois de reunião com o presidente Michel Temer, onde foi apresentada a nova versão do plano estratégico da defesa, que será encaminhado ao Congresso nas próximas semanas.

Na entrevista, o Jungmann voltou a defender um tratamento diferenciado aos militares na reforma da Previdência, alegando que os servidores das Forças não são funcionários públicos comuns.
"Em qualquer país do mundo as Forças Armadas são um encargo da União. Os militares têm uma cláusula de morrer pelo país. Não é privilégio, é reconhecimento da singularidade. Tratar desiguais igualmente é injustiça", defendeu.
Jungmann ressaltou, no entanto, que os militares estão dispostos a "dar a sua parte", dentro da sua singularidade.
A questão dos militares ainda é um ponto que não está fechado na discussão da reforma. O governo pretendia propor uma regra colocando todos os servidores, inclusive os das Forças, em um regime único, o que causou irritação entre militares.
O governo ainda discute como mexer na Previdência militar, que tem um déficit, segundo o próprio Jungmann, de 11 bilhões de reais.

Fonte: Reuters
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Moscou tem direito de decidir sobre o apoio militar á Síria

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A decisão de Moscou em fornecer apoio militar ao governo sírio foi sem sombra de dúvidas, um movimento correto e adequado para resolver a situação, disse Boris Dolgov, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Orientais da Academia Russa de Ciências em entrevista nesta quinta-feira (29).

O especialista foi entrevistado após a sua visita à Síria. "A decisão da Rússia de apoiar a liderança legitimamente eleita na Síria foi sem dúvida apropriada", disse Dolgov.

"O apoio militar e diplomático ao governo sírio foi o movimento mais apropriado e adequado para resolver a situação. Deve-se notar que, ao longo do ano que passou desde que foi tomada uma decisão sobre a utilização da força-tarefa da Rússia na Síria, as operações militares russas têm sido um sucesso e ajudaram na luta contra o islamismo radical, em primeiro lugar, contra o Estado islâmico. Não há dúvidas sobre isso ", disse o especialista.

"O conflito na Síria já não é um conflito regional, já se transformou em palco de um conflito global", acrescentou.

"A interferência russa na situação na Síria ainda não esmagou totalmente o islamismo radical e o Estado islâmico no país devido a uma série de fatores, em primeiro lugar, fatores políticos", o especialista lembrou.

O especialista também compartilhou suas observações feitas durante sua visita à Síria. "O que temos visto é um evidente sucesso das tropas do governo e o apoio da população a liderança síria", disse Dolgov.

Note-se que 85% da população síria vive no território controlado pelo governo da Síria, enquanto na verdade é impossível viver em outros territórios com execuções de opositores do Estado Islâmico que estão ocorrendo lá e não há o abastecimento de alimentos, nem eletricidade, nem medicamentos e as pessoas estão fugindo de lá. Assim, os refugiados internos têm realmente duplicado a população Damasco. "

O especialista também comentou sobre a situação com o ataque aéreo dos EUA sobre as posições do exército sírio perto de Deir-ez-Zor.

"Sem dúvida, os acordos russo-americanos foram interrompidas por culpa dos Estados Unidos como o ataque aéreo dos EUA contra posições sírias de forma deliberada e esta é a opinião dos próprios sírios", disse Dolgov.

"Este ataque aéreo contra os militantes do Jabhat al-Nusra para fazer imediatamente uma tentativa de ofensiva na cidade de Deir-ez-Zor, uma cidade onde a maior parte da população apoia Bashar Al Assad, foi apenas a firmeza do exército sírio que salvou a cidade de um massacre, que os militantes certamente teriam realizado lá agora", disse o especialista.

Crise síria pode ser resolvida por meios militares e políticos


Na opinião do especialista, as perspectivas de resolução da crise síria agora "cabe ao campo militar e político".

"É perfeitamente óbvio que a paz não pode ser alcançada sem suprimir os maiores grupos radicais islâmicos filiados ao EI", disse o especialista.

"É esperado que a derrota dos grandes grupos militantes para garantir que os pequenos agrupamentos, que agora realmente concordam com um cessar-fogo, mas são impedidos de fazer por organizações maiores e com capacidade de combate, isso irá mudar a trégua e o início de um processo político e da retomada das negociações inter-sírias para a resolução política do conflito ", disse Dolgov.


Omissão da Rússia na situação na Líbia foi um erro


O especialista disse que a forma como a Rússia agiu no conflito líbio foi um grande erro político e diplomático.

"Comparando as ações da Rússia na Síria e a forma como o lado russo agiu no conflito líbio, os peritos e o estado russo hoje percebe que a Rússia cometeu um grande erro político e diplomático naquele momento", disse Dolgov.

"Na Líbia, perderam bilhões investidos pela indústria de defesa russa na entrega de armamentos para os líbios. Agora, estamos testemunhando um colapso do Estado na Líbia, onde grupos radicais islâmicos estão operando livremente e uma onda de refugiados desse país varreu a Europa. No entanto, a própria Europa é responsável por este fluxo de migrantes forçados ", disse o especialista.


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Tensão aumenta com ameaças dos EUA contra a Rússia

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Nesta quinta-feira (29), os ânimos entre russos e norte americanos esquentaram, após declarações irresponsáveis de representantes norte americanos, os russos responderam e demonstraram firmeza em sua posição a respeito da Síria e sua politica externa, algo que acende um alerta no horizonte e pode ser o princípio de uma escalada que poderá resultar em uma nova "Guerra fria" entre as duas grandes potências.

O GBN teve acesso á algumas notícias referentes ao posicionamento e resposta russa e publica abaixo:

"As últimas declarações do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby são no mínimo cínicas e contradizem as normas de humanismo", disse Maria Zakharova, porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta quinta-feira (29).

"Havia esperança de que pela manhã estas declarações seriam repudiadas não só por causa de sua irrelevância, mas em geral a sua não conformidade com quaisquer normas diplomáticas e normas de humanismo", disse Zakharova. "Infelizmente, isso não ocorreu."

"Eu gostaria de abordar Washington com uma chamada para a partilha de todas as informações pertinentes à sua disposição, se ele tem evidências de planos para atos terroristas ou ataques prováveis ​​contra alguns cidadãos russos que Kirby mencionou", disse Zakharova em entrevista coletiva. "Caso contrário, pode ser interpretada de maneira diferente, como um ato de ocultação."

Maria Zakharova
Zakharova enfatizou: "Quero observar que tais declarações são feitas por uma pessoa que tinha anos no serviço militar em sua carreira Se as pessoas permitem falar de seus colegas em tal tom e com tal cinismo, então eu quero perguntar: o que está no futuro?"

Ela acrescentou que os contatos entre a Rússia e os EUA sobre a Síria não foram quebrados.

"Para a tensão de ser desarmada, não há necessidade de reuniões entre os ministros (dos Negócios Estrangeiros), mas há uma necessidade de evitar isso", Zakharova observou. "Nós podemos nos encontrar muitas vezes e gastar nossa energia em martelar acordos só para ouvir algumas declarações desumanas mais tarde na TV, dizendo que as tropas russas serão enviados para casa "em sacos de corpos ".

"Quanto a contatos com os EUA, eles não foram cortados, nós não batemos a porta", disse ela. "Alguma troca de informações continua, os contatos não foram quebrados."

Falando sobre o futuro dos acordos russo-americanos, a diplomata ressaltou que Moscou estava "pronto para seguir o caminho determinado pelo Grupo de Apoio a Síria e o Conselho de Segurança das Nações Unidas."

Na quarta-feira (28), o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby disse que uma das consequências da guerra na Síria poderiam ser "ataques extremistas" contra os interesses russos, talvez até em cidades russas", "E a Rússia vai continuar a enviar tropas para casa em sacos para corpos," disse ele.


política sem saída no Médio Oriente


De acordo com Zakharova, Washington deveria ter vergonha de continuar teimosamente a sua política sem saída no Oriente Médio.

"Não se pode excluir que esta estratégia errônea dos EUA, que trouxe os americanos a um impasse na região, vem como resultado da administração dos EUA estar fazendo a vontade de seus chamados aliados na região que foram estimulando a ação, incluindo as mudanças no regime ", disse a diplomata.

"Não é vergonhoso admitir os erros de seu curso. É uma vergonha continuar persistindo e seguir o caminho errado, varrendo tudo o que é razoável, lógico e a única coisa correta nesta situação, embora conscientes de que o curso é errado e vai levar a lugar nenhum, " ela disse.


A ameaça de sanções


De acordo com Zakharova, as ameaças de impor sanções contra a Rússia sobre a Síria é um disparate completo, eles são destinados a pessoas que não acompanham a situação.

"Por que as sanções impostas, o que a Rússia tem a ver com isso ... não há explicação para isso", disse ela. "Isso (as ameaças de impor sanções) é destinado a pessoas que não estão monitorando a situação", disse ela.

"A Rússia é um mal, ela será declarada responsável pela queda do Boeing da Malásia, e na Ucrânia como um todo, então porque não colocar a culpa pela Síria sobre ela também?" ela disse, listando acusações infundadas. "Escusado será dizer ... Isso é um disparate completo", disse o diplomata.

Ela disse que a abordagem da Rússia difere da abordagem dos países ocidentais. "Eles têm uma abordagem:. Remover Assad e depois olhar como construir tudo de novo. Esta lógica não provou o seu valor em lugar algum", acrescentou a diplomata.

"Quando o desejado não foi alcançado, é lançada uma campanha de mídia, que se encaixa na lógica de uma campanha para isolar a Rússia", Zakharova observou.


Aumento da tensão EUA x Rússia

Rússia terá de levar em conta se deverá reavaliar a dissuasão nuclear e tomar medidas para garantir a sua segurança nacional, disse o Ministério do Exterior russo nesta quinta-feira (29) ao comentar as declarações do secretário de Defesa dos EUA Ashton Carter sobre as questões de dissuasão nuclear.

"Não é apenas a sua Russofobia, que infelizmente se tornou demasiadamente alta nos últimos tempos, mas uma norma nos discursos públicos por representantes da administração Obama", disse o ministério.

Ele expressou "séria preocupação com a mencionada disposição para usar as suas potencialidades nucleares em caso de um conflito armado com a participação da Rússia com o objetivo de evitar que nosso país tenha possibilidade de usar armas nucleares para repelir a agressão", disse o ministério.

"É claro que terá que manter em mente as abordagens norte-americanas e tomar as contra medidas necessárias para garantir a nossa segurança nacional", disse o ministro.

Os EUA devem perceber possíveis consequências de suas declarações sobre a dissuasão nuclear para a segurança e a estabilidade internacional, acrescentou.


É extremamente preocupante o acirramento na disputa de liderança na impasse Sírio entre as duas potências, o que pode levar á degradação da relação entre EUA e Rússia, podendo levar á uma nova guerra não declarada e a tensão contínua como a que o mundo vivenciou no período da Guerra Fria entre EUA e União Soviética.


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