quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ministro diz que inteligência não detectou ameaças terroristas para a Rio-2016

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (1) que os órgãos de inteligência brasileiros não detectaram até o momento nenhuma ameaça terrorista ao país em razão da realização da Olimpíada no Rio, em agosto.
Segundo o ministro, nem os setores de inteligência das Forças Armadas nem a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) identificaram ameaças ou sinais de que grupos terroristas internacionais estariam planejando ações durante os Jogos.
A fala do ministro contradiz informação divulgada em abril deste ano, de que a Abin teria identificado um perfil em uma rede social de um terrorista do Estado Islâmico que teria feito ameaças ao Brasil. As postagens foram feitas em novembro do ano passado e o militante teria feito referências explicitas às Olimpíadas.
Jungmann afirmou nesta quarta, que não há ameaça, embora nesse caso haja o fator do imponderável. O ministro afirmou que os órgãos de inteligência brasileiros têm trocado informações com órgãos de países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Israel e Rússia e até agora nada entrou no radar.
"Os órgãos de inteligência das forças têm contato com os de diversos países. E nosso radar não existe até agora nenhuma ameaça. Essa é uma área que você tem que contar com a imprevisibilidade, mas até aqui nós não temos nenhum alerta, nenhum risco de que esteja ocorrendo uma operação externa de alguma entidade terrorista no mundo com foco no Brasil", disse.
O ministro participou, nesta quarta-feira, da cerimônia de transmissão de cargo da presidência do BNDES, no Rio.
Questionado especificamente sobre o caso do militante do Estado Islâmico e a repercussão junto à Abin, o ministro afirmou não haver alerta.
Ele afirmou que perguntou sobre o caso diretamente ao general do exército Sérgio Etchegoyen, ministro do GSI, que controla a Abin, que teria negado a existência de um alerta específico do tipo.
Jungmann lembrou que o Brasil não tem perfil para atrair o interesse de grupos radicais, já que não há no território nacional "conflitos étnicos, religiosos ou de fronteira". Não existiria, portanto, segundo ele, "razões para que esses grupos venham a cometer algum tipo de atentado".
"Eu desconheço. Eu não tenho essa informação. No que diz respeito aos nossos órgãos de informação, não temos no radar essa informação. Não se percebeu nenhum movimento no sentido de se promover algo. Eu perguntei diretamente ao ministro Sérgio Etchegoyen se ele confirmava isso e ele negou. Disse que não tem essa informação. Volto a repetir: para os nosso órgãos de inteligência, sobretudo as parcerias internacionais, até aqui nada detectado", disse.

Fonte: Folha
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