domingo, 12 de junho de 2016

Isso é problema nosso?

Em um país resolveram construir uma esquadra afim de defender suas riquezas da cobiça de seus vizinhos e outras nações poderosas. Então um grupo de homens se reuniu para construir um grande submarino que seria a capitânea e o expoente de poder desta humilde nação.

Durante a fase de projeto, todos se empenharam ao máximo e fizeram seu melhor, apesar do pouco domínio tecnológico e conhecimento técnico, esses homens unidos conseguiram a proeza de construir um grande submarino, muito superior aos seus homólogos, sendo numa obra prima da engenharia. Toda a equipe trabalhou incansavelmente dia e noite, assim no prazo previsto lançaram ao mar a grande embarcação. Assim a República do Omisso lançava seu primeiro submarino ao mar. Porém, ao longo das provas de mar do novo navio, batizado de "Futuro", estes homens começaram a dar espaço para o individualismo e se distanciaram um dos outros, com isso começaram a se preocupar apenas com si próprio e com sua área de atuação ignorando os demais e fazendo apenas o básico.

Assim, quando uma pane ou qualquer problema surgia e não era de sua área, eles simplesmente ignoravam e dizia: "Isso não é problema meu, o responsável que resolva". 

O individualismo e a omissão tomaram conta deles, e logo aprenderiam como a falta de compromisso pode ser fatal. O submarino estava em alto mar, navegando a pleno de suas capacidades, então um dos tripulantes identificou uma pane no sistema de propulsão nuclear, mas ignorou, dizendo: "isso não é responsabilidade minha, o técnico do reator que verifique", assim nem ao menos comunicou o comandante da embarcação. Outro tripulante identificou um vazamento no casco, porém, ignorou dizendo: "Acionar o comandante pra que? Só uma gotinhas de água, isso eles consertam quando voltar a base". Então o comandante ordenou um mergulho ate a cota limite para testar os sistemas, e eis que soaram os alarmes, a propulsão parou e o reator entrou em colapso, os sistemas eletrônicos de controle e comunicação foram comprometidos pelo pequeno vazamento que não foi estancado, logo uma catástrofe tomou o cenário e todos abordo se deram conta do grande erro que foi mergulhar no individualismo e alimentar a omissão. O submarino foi perdido com todos seus homens.

Essa é apenas uma parábola, mas é assim que muitos de nós brasileiros agimos inconscientemente ou conscientes, não é verdade? Todos já vivenciamos algum problema ocasionado diretamente por nossa omissão, e hoje vivemos um grande escândalo e crise politica/econômica por conta de nossa omissão como cidadãos.

Muitos vivem omissos do mundo ao seu redor, empurrando suas responsabilidades aos demais. Vivem na sociedade, porém não cumprem com seu papel de cidadão, só buscam seus direitos e mesmo burlam leis e regras para satisfazer seu desejo individualista e egoísta.

Estes "pseudos" cidadãos são os primeiros a reclamar quando a sua cidade alaga após uma chuva, porém jogam lixo nos córregos e na rua, reclamam das epidemias de dengue, zika e chicungunha, mas não tomam os cuidados necessários em suas casas e locais de trabalho para evitar o aumento dos casos. Reclamam da violência, fecham ruas e armam enormes protestos quando alguém é vítima da omissão na segurança pública, mas não lembram nem ao menos quem foram os representantes que elegeram para lutar por uma melhoria, se apartam da política, reclamam do governo, mas esquecem que o governo é reflexo de nós mesmos que os elegemos e devemos cobrar deles uma posição.

O grande "X" da questão é que nosso povo só abre os olhos quando já esta tudo perdido, e sofremos na pele o preço da omissão nas urnas, o peso de não buscarmos conhecer bem quem irá nos representar e o preço de não cobrarmos destes nossos representantes que cumpram suas promessas de campanha. 

Quem conhece a Constituição Federal? Acho que dá para contabilizar sem muito esforço, pois poucos conhecem seus direitos e deveres e se tornam marionetes, as famosas "massas de manobra" nas mãos de políticos mau intecionados e grupos políticos com ambições que vão contra tudo que é justo e aceitável a nossa nação. Não adianta falar de política sem compreender a política, temos de tomar um pouco de nosso tempo e estudar as ferramentas democráticas das quais dispomos e fazer uso delas em benefício de nossa nação, devemos deixar o individualismo de lado, deixar de dizer que a política é chata ou algo que não é do seu interesse, por que sim, a política é do seu interesse, ela é quem irá determinar o futuro que você viverá, e mesmo o presente. 

Devemos deixar de ser omissos e individualistas, como muitos que deixam para escolher o candidato em cima da hora alegando que é tudo a mesma coisa, sim é a mesma coisa porque você não buscou escolher o que se diferencia e busca mudanças. são a mesma coisa porque muitos vendem seus votos por cestas básicas ou favorecimentos. Enquanto perdurar a cultura da omissão, individualismo e corrupção, teremos um estado que não é nação, e como o submarino da parábola iremos afundar e talvez não mais vir a superfície.

Devemos olhar a política com olhar crítico e observador, devemos questionar e buscar respostas as perguntas que surgem, devemos fazer valer o direito democrático, é nossa vida, nosso país, o futuro de nossos filhos em jogo. 

Vamos mudar nossa maneira de pensar, vamos mudar a imagem de nosso país, mas isso começa dentro de nós, então faça sua parte e seja Cidadão. não empurre sua responsabilidade aos outros, faç sua parte. 

Hoje como no caso do submarino, nosso país afunda nas profundezas da corrupção devido a omissão de muitos que não soaram o alarme no inicio dos problemas, agora estamos mergulhados em meio ao caos econômico esperando um milagre, pois infelizmente não há muito o que esperar de um governo tão contaminado pela corrupção e individualismo. Mas como brasileiro eu não desistirei jamais, Brasil o filho teu não foge a luta jamais, acredito que como eu ainda existam muitos que pensam e agem como eu. Então, vamos salvar nossa nação? Faça sua parte


Por: Angelo Nicolaci -  Editor do GBN Notícias, graduando em relações internacionais pela UCAM, especialista em Geopolítica e defesa, Oriente Médio, Rússia e Leste Europeu, nacionalista e brasileiro acima de tudo.
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