segunda-feira, 9 de outubro de 2017

OTAN aumenta concentração de tropas na Romênia e alega ser "Medida defensiva"

A OTAN está posicionando uma nova força multinacional na Romênia ao longo do flanco oriental russo. O chefe da aliança militar, Jens Stoltenberg, disse que as ações da OTAN são puramente "defensivas".

Nos últimos meses tem havido um aumento na presença da aliança no Mar Negro, onde tem aumentado significativamente a presença de patrulhas aéreas da OTAN sobre a Romênia e a Bulgária.

Segundo a justificativa apresentada pela liderança da OTAN, as ações da aliança no leste europeu, principalmente próximo as fronteiras russasm tem sido uma alegada resposta da OTAN à posição da Rússia em relação a crise ucraniana.

"As ações da OTAN são defensivas, proporcionais e inteiramente de acordo com nossos compromissos internacionais" , concluiu Stoltenberg.
Segundo a alegação de Stoltenberg, os membros da OTAN estão preocupados com o acúmulo militar da Rússia próximo as fronteiras de seus vizinhos que fazem parte da aliança, e alega falta de transparência da Rússia em relação aos exercícios militares como o Zapad 2017, a qual foi encarada com desconfiança pelos representantes da OTAN, embora várias observadores de diversos países tenham sido convidados a acompanhar os exercícios.
"A Rússia é nossa vizinha. A Rússia está aqui para ficar. Não queremos isolar a Rússia. A OTAN não quer uma nova Guerra Fria. Nossas ações são projetadas para prevenir, não provocar conflitos " disse Stoltenberg.
Ainda não foi divulgado s números que irão compor esta força. Tal força deverá ser composta por contingente de 10 países membros da OTAN, a qual deverá incluir forças terrestres, aéreas e marítimas que  complementarão cerca de 900 militares dos EUA já posicionados naquela região.
A força multinacional está estacionada em uma base perto da cidade romena ao sul de Craiova. Além da Romênia, a Polônia é o maior contribuinte da força multinacional. A Bulgária, Itália e Portugal vão treinar com os demais contingentes da força em Craiova, enquanto a Alemanha também deverá enviar tropas para nova missão. Além das patrulhas marítimas exercidas normais pela OTAN, a presença marítima realizará visitas aos portos aliados, dando treinamento e realizando exercícios com as forças romenas e búlgaras.
Alguns países tem insistido na implantação do escudo de defesa contra mísseis balísticos da OTAN, que inclui um sítio na Romênia.
Os polacos por outro lado ainda insistem na complementação dessa capacidade com o sistema Aegis Ashore, conferindo uma maior capacidade de defesa, segundo disse Maciej Kowalski, analista da Fundação Polaca Casimir Pulaski.
As atividades militares da OTAN perto da fronteira russa foram repetidamente criticadas por Moscou, que acusou a aliança de minar o equilíbrio de segurança com a invasão a leste e as provocações militares.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse em um discurso na Assembléia Geral da ONU em Nova York no mês passado que a OTAN está atualmente buscando reviver o clima da Guerra Fria em vez de construir um diálogo com Moscou. A Rússia há muito está tentando remover o legado da Guerra Fria, mas não recebeu nenhum apoio em seus esforços dos parceiros no Ocidente, observou o ministro, lamentando que "alguns países ainda preferem a força que o diálogo".
"O Ocidente construiu sua política com base em um princípio, se você não está conosco, você está contra nós e prosseguiu com uma horrível expansão da OTAN a leste", disse Lavrov.
O representante permanente da Rússia na OTAN, Aleksandr Grushko, observou em julho que as atividades da OTAN na Europa Oriental "não só garantem uma presença militar reforçada dos aliados nas imediações das fronteiras da Rússia, mas sim representam um domínio intensivo do potencial teatro de operações militares".
No mês passado, a Rússia realizou os exercícios militares Zapad 2017, que ocorreram no território da Rússia e da Bielorrússia. Os exercícios envolveram cerca de 12.700 militares, incluindo até 5.500 militares da Rússia e cerca de 7.200 da Bielorrússia.
Os exercícios causaram histeria em vários países vizinhos da Bielorrússia, incluindo a Ucrânia, com o comandante-chefe do país, Viktor Muzhenko, afirmando em entrevista à Reuters que a Rússia teria retirado apenas algumas unidades da Bielorrússia.
"Quanto às unidades das tropas russas que participaram do exercício estratégico conjunto ZAPAD 2017", todos voltaram aos pontos de implantação permanente", declarou o porta-voz do Ministério da Defesa Russa, Igor Konashenkov, em setembro, acrescentando que as alegações de Muzhenko sobre "ocultar" as tropas russas na Bielorrússia, "demonstram a profundidade da degradação do Estado-Maior da Ucrânia e a incompetência profissional de seu líder".

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com Agências
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