domingo, 29 de outubro de 2017

"Construímos, estamos construindo e construiremos mísseis", diz o presidente iraniano diante da tensão com EUA

O Irã não vai parar de produzir mísseis, estocar ou "usar" qualquer arma para se defender, já que isso não viola nenhum acordo internacional, disse o presidente Hassan Rouhani.

Falando neste domingo (29), o presidente iraniano disse que "construíram, estão construindo e continuarão construindo mísseis", o que de acordo com Rouhani, não viola os acordos internacionais. "Nós produziremos quaisquer armas, de qualquer tipo que precisarmos, armazenaremos e usaremos a qualquer momento para nos defender", acrescentou Rouhani. A afirmação surge quando as tensões entre Teerã e Washington tem aumentado diante da posição do presidente Trump com relação ao acordo nuclear estabelecido com o Irã.

Na quinta-feira (26), os EUA realizaram uma votação, na qual quase que unanimemente foram aprovadas novas sanções contra o programa de mísseis balísticos de Teerã. 

"Uma estratégia iraniana chave é melhorar suas capacidades de mísseis balísticos para promover suas ambições hegemônicas regionais", disse Scott Taylor. Segundo ele, o projeto de lei visa prejudicar as tentativas do Irã progredir em seu intento, "identificando e sancionando as empresas, bancos e indivíduos que ajudam os programas de mísseis do Irã".

Rouhani também criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse no início de outubro que não reconheceria o cumprimento pelo Irã do acordo nuclear. Em vez disso, ele adiou o assunto no Congresso para estabelecer novas condições.

"Você está desconsiderando negociações passadas e acordos aprovados pelo Conselho de Segurança da ONU e espera que outros negociem com você" , disse Rouhani, aparentemente ao líder dos EUA. A decisão de Trump provocou uma reação internacional na época, com a Federação de Política Externa da UE, ressaltando que o acordo nuclear do Irã não era um acordo bilateral, mas sim multinacional. Por isso, não era "para nenhum país" deixá-lo cair.

O acordo nuclear iraniano (Plano Integral Conjunto de Ação) foi ratificado em Viena em julho de 2015. O acordo foi alcançado entre Teerã e P5 + 1, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, França, Rússia, Reino Unido e EUA) mais a Alemanha.

No início de outubro, o vice-ministro iraniano de Relações Exteriores, Abbas Araghchi, disse que Teerã não acredita que sejam necessárias inspeções adicionais em instalações nucleares iranianas. Não há necessidade de alterar ou adicionar capítulos ao Plano de Ação Conjunta, afirmou.

Também este mês, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que cancelar o acordo prejudicaria a segurança global. "Restaurar as sanções do Conselho de Segurança da ONU ao Irã está fora de questão", acrescentou Lavrov. O observador da ONU e da IAEA, declarou repetidamente que o Irã está cumprindo o acordo.

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com agências
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