domingo, 10 de setembro de 2017

Sul coreanos se manifestam contra implantação de sistema THAAD

Na última quinta-feira (7), caminhões do exército dos EUA levaram mais quatro lançadores do sistema anti-mísseis THAAD para ser implantado em um antigo campo de golfe na Coréia do Sul, porém, os mesmos precisaram de apoio da policia local para chegar ao destino, pois manifestantes tentaram bloquear a estrada de acesso e houve choque entre policiais e manifestantes contrários a implantação do sistema norte americano.

Duas baterias dos lançadores do sistema THAAD já estão em operação, e as quatro restantes aguardam a conclusão de um estudo ambiental para definir o local de sua implantação.

Na quarta-feira (6), o Ministério da Defesa da Coréia do Sul aprovou a implantação de seis lançadores em resposta à detonação subterrânea de uma arma nuclear que acredita-se ser uma bomba de hidrogênio pela Coréia do Norte. Segundo informou o Ministério da Defesa da Coréia do Sul, a implantação de lançadores do sistema THAAD adicionais, serão uma medida provisória, afim de dar uma resposta aos testes norte coreanos.

A colocação do sistema THAAD em Seongju, a cerca de 300 Km ao sul de Seul, tem despertado uma série de protestos por parte dos moradores locais, uma vez que a implantação do sistema na localidade a torna um alvo estratégico em caso de um ataque por parte dos norte coreanos.

A implantação de baterias adicionais do sistema THAAD é parte de uma estratégia de defesa autorizada pelo secretário de Defesa norte americano, Jim Mattis, tendo o plano sido aprovado pelo presidente Trump, medida adotada como resposta aos testes nucleares da Coréia do Norte e ao lançamento de mísseis balísticos e seu desenvolvimento, o que pode resultar em pouco tempo na concepção de um ICBM capaz de atingir o continente americano.

Tanto a Coréia do Sul quanto o Japão possuem sistemas de defesa aérea Patriot, e o Japão teria manifestado interesse em instalar o sistema THAAD em seu território, principalmente após um míssil norte coreano cruzar impunemente o norte de seu território.

Conforme já noticiamos aqui no GBN News, os recentes testes norte coreanos tem resultado no aumento significativo dos orçamentos de defesa de nações asiáticas dentro do raio de alcance norte coreano, sendo os mais marcantes o aumento nas despesas de defesa da Coréia do Sul e Japão, onde tiveram a liberação do presidente Trump para que possam realizar a aquisição de diversos sistemas de defesa junto aos EUA. 

Em especial, o Japão recentemente apresentou uma nova proposta para aumento do orçamento de defesa para 2018, onde busca alocar recursos necessários para atualizar seus sistemas de defesa de mísseis, O Japão procura adquirir o sistema de defesa contra mísseis balísticos Aegis Ashore da Lockheed Martin, embora não mencionasse especificamente o radar Raytheon AN/SPY-6 atualmente em desenvolvimento que a recentemente foi apontado pela Reuters como interesse do Japão. Ainda estão no escopo a aquisição dos mísseis Raytheon SM-3 Block IB/IIA e PAC-3 Missile Segment Enhancement para defesa de mísseis balísticos. O primeiro será instalado nos destroyers de mísseis guiados da Força de autodefesa marítima do Japão, que são capazes de realizar a defesa de mísseis balísticos e  o Japão planeja aumentar o número de navios capazes com dois inicialmente e chegando a oito navios até 2021.

Trump deu aprovação inicial ao pedido da Coréia do Sul para alterar os limites do tamanho de suas ogivas de mísseis para duplicar sua força explosiva.

Sob um acordo de 2012, os mísseis da Coréia do Sul foram restritos a um alcance de cerca de 800km e ogivas de cerca de 450kg. O novo arranjo permitiria ogivas de cerca de 900kg.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, sugeriu quinta-feira (7) que Pequim está disposta a acompanhar as sanções adicionais da ONU contra a Coréia do Norte, as quais se opõe a Rússia, em acordo com os esforços para abrir um diálogo com o Norte.

"Dado os novos desenvolvimentos na península coreana, a China concorda que o Conselho de Segurança da ONU deve dar uma nova resposta e tomar as medidas necessárias", disse Wang.

"Quaisquer novas ações tomadas pela comunidade internacional contra a Coréia do Norte devem servir para restringir os programas nucleares e de mísseis, ao mesmo tempo que são propícios ao reinício do diálogo e da consulta", disse Wang.

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com agências
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