segunda-feira, 26 de setembro de 2016

C-23B Sherpa para reativação da asa fixa no Exército Brasileiro?

Recentemente gerou polêmica o anúncio do envio de oficiais do Exército Brasileiro nos EUA para avaliar as aeronaves C-23B desativadas do exército dos EUA. Muitos que participam de grupos de discussão tem demonstrado indignação com a notícia publicada recentemente em diversas mídias.

A verdade é que, assim como aconteceu em 1997, quando a Marinha do Brasil resolveu adquirir um lote de 23 aeronaves A-4KU Skyhawk do Kuwait com fins de reativar sua aviação de asa fixa. O mesmo se dá no momento com o Exército Brasileiro, que busca retomar sua capacidade de deslocar suas tropas e meios através de meios aéreos próprios, independente da Força Aérea Brasileira. Cabendo aqui relembrar que o EB perdeu sua aviação de asa fixa lá atrás, no ano de 1941, quando da criação da Força Aérea Brasileira, teve de transferir todo seu inventário e meios á nova força que surgia com a incumbência de operar os meios aéreos. O que nos leva a crer que a compra de oportunidade seja a via escolhida pelo EB afim de retomar os céus.

Já com vista a suprir suas necessidades de deslocamento aéreo em zonas remotas e de pouca infraestrutura como a Amazônia, o EB esta se programando para dar um passo rumo a obtenção dos meios aéreos necessários para atender ás suas demandas. Com isso, o corpo militar presente nos EUA que esta responsável pela modernização dos M-109 A5, irá aproveitar a ocasião e avaliar o estado das aeronaves em questão e os custos de aquisição e preparação das mesmas para retomar as operações, desta vez sob o cocar do Exército Brasileiro.

Vale lembrar que o C-23B Sherpa é uma aeronave robusta e muito bem preparada para o perfil de operação esperado pelo EB, porém, também vale salientar que as mesmas foram muito voadas nos EUA, ainda que os 16 exemplares em questão sejam oriundos da Guarda Nacional, com isso possuindo menos horas voadas que os exemplares que operaram no Iraque e Afeganistão, ressalto que as mesmas não sofreram qualquer processo de modernização ou atualização, o que pode gerar não apenas um custo a mais após sua aquisição, mas também há de se considerar o histórico deste tipo que registrou diversos acidentes durante sua vida operacional. 

Mas como no caso da Marinha do Brasil, o EB provavelmente irá fechar a aquisição das mesmas com intuito de em um primeiro momento reativar sua aviação de asa fixa e posteriormente buscar a obtenção de um meio mais adequado e moderno á sua força. Algo que vejo como arriscado e dispendioso, seja por conta da idade das aeronaves em questão, quer seja pela possibilidade de se investir em um meio mais moderno, atual e capaz, como seria a aquisição tão logo se cumpra a fase de homologação do KC-390 ou mesmo de aeronaves C-130J usadas, tendo em vista a confiança e robustez do Hércules e os bons serviços prestados pelo mesmo no Brasil e mundo afora, além de se otimizar a logística de nossas tropas, mantendo um mix de aeronaves aos quais permita a obtenção de sobressalentes em lotes consideráveis para atender ambas as forças, o que reduziria os custos operacionais e simplificaria os parques de manutenção. Embora os C-23B em avaliação sejam equipados com motores bem conhecidos em terras brasilis, o P&W PT6 A­-65AR. 

Mas como tudo no Brasil, cada um tem um ponto de vista e jamais busca uma convergência, o que infelizmente nos leva á uma política retrograda e ineficaz em diversos aspectos de nossa nação.

A proposta norte-americana poderá incluir a venda de todo o ferramental, material de apoio e manutenção, sobressalentes, motores reservas, componentes, manuais e documentação, mais a entrega das aeronaves na condição em que se encontram, com ou sem a realização de serviços necessários para recolocá-las em condições de voo.


O C-23B Sherpa tem capacidade para transportar até 30 soldados equipados, com tripulação de dois pilotos e um mecânico de voo. O alcance máximo é de 1.240 Km, com velocidade média de quase 400 km/h.
Vamos aguardar o desenrolar das negociações e em breve traremos mais informações a respeito.
Características gerais

  • Tripulação: três (dois pilotos além de engenheiro de voo)
  • Capacidade: 18-30 passageiros
  • Comprimento: 17,7 m
  • Envergadura : 22,8 m
  • Altura: 5,0 m
  • Área da asa: 42,4 m²
  • Peso vazio : 7,276 kg
  • Max. peso de decolagem : 11,610 kg
  • Motores: 2 × Pratt & Whitney Canada PT6 A-65AR turboélice , 1.424 shp  cada
Desempenho
  • Velocidade máxima : 468 km/h
  • Velocidade de cruzeiro : 422 km/h
  • Raio de Ação: 1.907 Km
  • Teto de serviço : 28.000 pés (5.303 m)



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