quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Estado Islâmico 'revolucionou' o terrorismo, diz diretor do FBI

O Estado Islâmico 'revolucionou' o terrorismo ao procurar inspirar ataques de pequena escala cometidos por indivíduos em todo o mundo através de redes sociais, de comunicações criptografadas e de uma propaganda sofisticada, afirmou o diretor do FBI, James Comey, nesta quarta-feira.
"A Al Qaeda de nossos pais era um modelo muito diferente da ameaça que enfrentamos hoje", disse Comey em uma conferência de contra-terrorismo na cidade de Nova York.
Ele afirmou que, atualmente, o FBI tem "centenas" de investigações em curso em todos os 50 Estados do país envolvendo tramas em potencial inspiradas pelo Estado Islâmico.
Seus comentários se deram em um momento no qual os norte-americanos ainda se lembram com temor do atentado de duas semanas atrás, no qual um casal matou 14 pessoas a tiros na cidade de San Bernardino, na Califórnia, motivado por sua simpatia pelo Estado Islâmico.
O grupo radical está baseado na Síria e no Iraque, onde controla grandes porções de território e almeja criar um califado. Seus militantes assumiram a responsabilidade pelos atentados que mataram 130 pessoas em Paris no dia 13 de novembro.
Comey disse que o Estado Islâmico aperfeiçoou o uso das mídias sociais, e o Twitter em particular, para fazer contato com possíveis seguidores nos EUA e em outros locais.
"O Twitter funciona para vender livros, divulgar filmes, e funciona para terceirizar o terrorismo – para vender a morte", declarou Comey.

A facção sunita também emprega criptografia "de usuário a usuário" quando se comunica com indivíduos que acredita estarem dispostos a cometer massacres em seu nome, segundo o diretor.
Isso tem representado um desafio significativo para os investigadores, que muitas vezes se deparam com limitações mesmo de posse de mandados judiciais que lhes dão acesso a equipamentos.
Comey afirmou estar convencido de que as forças da lei e as empresas de tecnologia podem trabalhar juntas para resolver o problema sem comprometer a privacidade pessoal.
"Não vamos invadir a Internet. Não vamos ameaçar a segurança das pessoas".

Fonte: Reuters
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