terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Baleeiros japoneses zarpam rumo ao Oceano Antártico para caça

Quatro baleeiros japoneses zarparam nesta terça-feira (1º) rumo ao Oceano Antártico, acabando com a suspensão de um ano das expedições de caça às baleias, anunciou o governo do Japão.
"Dois baleeiros zarparam de Shimonosoki (sudoeste) com patrulheiro da agência esta manhã, enquanto o barco principal partiu de outro porto. Um quarto baleeiro zarpou de um porto do nordeste para unir-se à frota" afirmou à AFP uma fonte da Agência de Pesca.
A missão, que deve prosseguir até março, inclui um barco principal e mais três navios com uma tripulação total de 160 pessoas.
"Mais uma vez, uma frota de baleeiros zarpa para cometer um crime contra a natureza", denuncia em um comunicado Claire Bass, diretora da organização Humane Society International/UK.
A associação ecológica Sea Shepherd anunciou que um barco, o "Steve Irwin", vai zarpar de Melbourne (Austrália) para acompanhar frota japonesa e impedir que cometa "qualquer atividade ilegal".
O consumo de carne de baleia é uma tradição no Japão, um país de pescadores, onde o animal é caçado há muitos séculos. A indústria baleeira registrou seu auge após a Segunda Guerra Mundial, para alimentar um país que então passava fome.
Mas a degustação deste tipo de carne diminuiu à medida que o Japão se transformava em uma das economias mais ricas do planeta.
O país foi obrigado a renunciar à temporada de caça à baleia em 2014-2015 após uma denúncia da Austrália à Corte Internacional de Justiça (CIJ).
O tribunal considerou que a questão envolvia a pesca comercial e não científica, como alega o governo nipônico.
O Japão apresentou um novo plano de caça à Comissão Baleeira Internacional (CBI), que prevê a captura de 3.996 baleias Minke na Antártica nos próximos 12 anos.
O número representa a média de 333 por temporada, contra 900 do plano condenado pela justiça internacional.
O Japão caça baleias aproveitando uma brecha da moratória de 1986 que permite a caça com fins científicos. O governo não esconde, no entanto, que muitas baleias caçadas terminam sendo vendidas para o consumo.
Fonte: AFP
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