quinta-feira, 19 de julho de 2018

Navio-Escola “Brasil” realizará a XXXII Viagem de Instrução de Guardas-Marinha


No próximo domingo, 22 de julho, o Navio-Escola “Brasil” (U-27) desatracará da Base Naval do Rio de Janeiro para realizar a XXXII Viagem de Instrução de Guardas-Marinha (VIGM). A comissão tem como propósito complementar a formação dos novos oficiais da Marinha do Brasil, tendo ênfase na experiência prática dos conhecimentos teóricos adquiridos pelos militares na Escola Naval durante o ciclo escolar, contribuindo para aprimorar a formação cultural dos futuros Oficiais da Marinha do Brasil (MB) e representar o País e a Marinha nos portos visitados, promovendo o estreitamento dos laços de amizade com as nações amigas. Durante a VIGM, serão ministradas aulas práticas de navegação, meteorologia, marinharia, operações navais, controle de avarias e administração naval, realizando, dessa forma, uma importante fase de adaptação à vida de bordo.

Ao término da viagem, os Guardas-Marinha (GM) serão nomeados Segundos-Tenentes e serão distribuídos pelas diversas Organizações Militares (OMs) da Marinha no território nacional, respeitando as especificidades de suas qualificações. Aqueles pertencentes ao Corpo da Armada embarcarão nos navios da Marinha; os integrantes do Corpo de Fuzileiros Navais serão designados para os diversos Batalhões e Companhias Independentes; e os componentes do Corpo de Intendentes da Marinha serão designados para servir a bordo de navios ou unidades de Fuzileiros Navais.

Dos 208 Guardas-Marinha integrantes da Turma “Almirante Gastão Motta”, doze são militares do sexo feminino, todas do Corpo de Intendentes da Marinha, sendo as primeiras mulheres a concluir o ciclo escolar, e sete são estrangeiros, representantes de Angola, Líbano, Namíbia, Nigéria e Senegal, que cursaram a Escola Naval. Também realizarão a viagem jovens oficiais convidados das Marinhas amigas da Argentina, Bolívia, Chile, Estados Unidos da América, França, México, Paraguai, Portugal e Reino Unido, além de representantes do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e da Marinha Mercante Brasileira.

O roteiro da XXXII VIGM contempla quinze portos em dez países, com regresso ao Brasil planejado para dezembro de 2018. Serão visitadas as cidades de Natal, Belém e Fortaleza (Brasil), Las Palmas e Valência (Espanha), Toulon e Rouen (França), Pireu (Grécia), Gênova (Itália), Lisboa (Portugal), Londres (Inglaterra), Hamburgo (Alemanha), Baltimore e Miami (Estados Unidos da América) e Cartagena (Colômbia).

O Navio-Escola “Brasil” (U-27) foi construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, a partir do projeto desenvolvido pela Diretoria de Engenharia Naval, ambos órgãos da MB, utilizando o projeto do casco das Fragatas Classe “NITERÓI”. Sua construção foi iniciada em setembro de 1981, após dois anos, no dia 23 de setembro de 1983, o navio foi lançado ao mar. Foi incorporado à Marinha em 21 de agosto de 1986, substituindo o Navio-Escola “Custódio de Mello”O índice médio de nacionalização atingido ao final da construção foi de 60%.

O Navio-Escola “Brasil” é equipado com modernos sistemas, a maioria deles desenvolvidos pela MB e por empresas nacionais, destacando-se o Sistema de Simulação Tática e Treinamento (SSTT), importante recurso instrucional de operações navais para os GM; o Centro de Integração de Sensores para Navegação Eletrônica (CISNE); o Sistema de Controle de Avarias (SCAv) e o Sistema de Controle e Monitoramento da Propulsão (SCMP).

Um pouco de História Naval...

Durante o século XIX, diversos navios de guerra foram eventualmente utilizados para instrução de futuros Oficiais, os Guardas-Marinha. Desde pequenos navios que realizavam cruzeiros de poucos dias no litoral brasileiro, como o Patacho Aprendiz-Marinheiro, até grandes veleiros equipados com máquinas a vapor que chegaram a realizar viagens de circunavegação, como a Corveta Vital de Oliveira, em 1879, e o Cruzador Almirante Barroso, em 1888. O primeiro concebido, desde o início, como um navio-escola foi o Cruzador Benjamim Constant, um navio equipado como ferramenta de ensino prático para realizar longas viagens oceânicas com os Guardas-Marinha, que terminavam o aprendizado teórico na Escola Naval. Construído pelo estaleiro francês Société Nouvelle des Forges et Chantiers de la Méditerranée, entre 1891 e 1894, esse grande veleiro de três mastros, com 74 metros de comprimento e quase três mil toneladas de deslocamento, conduziu inúmeras turmas de Guardas-Marinha e Aprendizes-Marinheiros em cruzeiros de instrução pelo litoral brasileiro e por águas internacionais a partir de 1895.


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Com Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil
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