sexta-feira, 8 de julho de 2016

Com tecnologia, Rio tenta melhorar segurança nos Jogos

Polêmica do momento, a segurança do Rio de Janeiro é um problema e não apenas dos Jogos Olímpicos. Faltando menos de um mês para o início do evento, a cidade tem sido manchete negativamente por causa da violência urbana. Nesta semana, o próprio prefeito da cidade, Eduardo Paes, criticou as políticas estaduais na área e afirmou que felizmente o governo do estado não será o único responsável pela proteção durante o Rio-2016. Neste ponto, a tecnologia promete ser uma importante aliada para garantir a segurança não apenas durante a Olimpíada, mas antes e depois dela.
"Uma coisa é certa, sem tecnologia, o Brasil não enfrenta isso", diz a Dra. Maureen Flores, especializada em inovação no esporte e doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio. "A segurança é um ponto chave dos Jogos. Isto a gente tem certeza. Sem um investimento maciço em tecnologia, não vamos fazer frente a todas essas ameaças que estão na cidade", afirma.
Visando melhorar a situação do Rio nesse quesito, os Ministérios da Defesa e da Justiça e Cidadania têm destacado alguns de seus investimentos, tanto para prevenir ameaças internas quanto externas (como o terrorismo). Para tanto, foram atrás de parcerias com outros países e trouxeram ferramentas que devem ficar como legado para a segurança da cidade como um todo. As fontes são especialmente os Estados Unidos e Israel. Foi de lá que vieram, por exemplo, um satélite de baixa altitude, com capacidade de definição em até 50cm em um espaço de 450 quilômetros.
"Ele é capaz de visualizar e identificar objetos, pessoas, carros, mercadorias", disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante visita à Base Aérea de Campo Grande. Futuramente, o satélite será deslocado para a segurança das fronteiras brasileiras. Ainda foram comprados para ver a cidade do Rio de cima quatro balões estacionários, equipados com câmeras de alta definição e que passarão informações em tempo real para os centros de comando. Eles ficarão no Rio após as competições.
Ainda visando a segurança das fronteiras, uma parceria com os norte-americanos trouxe, segundo o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, um software de controle de passageiros que desembarcarão no Brasil. Isso deve ajudar a identificar a entrada de potenciais terroristas em solo brasileiro. Lembrando que o grupo Estado Islâmico ameaçou o Brasil como possível alvo de um atentado e que o País concedeu isenção de visto para visitantes dos EUA, Japão, Austrália e Canadá durante os Jogos.
Só durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a expectativa é de que o Rio receba entre 300 mil e 500 mil turistas estrangeiros. Além da capital fluminense, cidades como São Paulo também devem contar com esquemas especiais de segurança, tanto pelas partidas de futebol da competição (que não serão restritas ao Rio) quanto também porque irão receber diversas delegações estrangeiras antes da abertura do evento.
FORÇAS ARMADAS
O Exército Brasileiro, que auxiliará as forças de segurança pública na proteção dos Jogos Olímpicos, também se prepara para o pior. Com equipamentos importados de EUA, Japão, Itália, Alemanha e Israel, as Forças Armadas irão fazer a segurança das arenas por meio da área de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN). Com detectores específicos, eles têm capacidade de localizar substâncias potencialmente perigosas até sob o solo ou a distância.

Fonte: Estadão
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