quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um dado que pode ajudar a entender o nosso GAP educacional



Se somarmos o orçamento anual das 20 maiores universidades do mundo (composta por universidades basicamente dos EUA, Inglaterra, França e Alemanha) ele será maior que o investimento que TODA a América Latina faz em educação, do pré-primário até a Universidade.

No caso do Brasil, especificamente, tem dois problemas crônicos pra se resolver.

a) Entender que democratização da educação é totalmente diferente de massificação da educação. Desde o acordo MEC-USAID (em 1969) que a educação no Brasil passou a ser tratada como forma de lucro e não como direito de cidadania. Logo, massificou-se a educação mas não se democratizou a educação. O pobre continua tendo educação mediocre (quando a tem), seja nas escolas secundárias públicas ou seja nas universidades privadas (no Brasil existe essa "pérola", a escola pública em geral é uma porcaria e a universidade privada, em 99% dos casos, não serve pra nada, é um lixo total. Enquanto isso permanecer, é difícil mudar alguma coisa no país. É preciso em primeiro lugar o Estado recuperar a qualidade da escola pública e punir severamente os açougues da educação - as faculdades e universidades privadas -, no sentido de exigir qualidade. Uma universidade particular, para funcionar, deveria, no mínimo, estar no mesmo nível de uma Universidade Federal média, caso contrário deveria ser fechada);

b)Entender que educação formal (que se aprende na escola e universidade) é conhecimento crítico. Nada que ver com "pedagogia do amor" (coisa do abestalhado do Chalita, ex-secretário de educação do PSDB de SP), nada que ver com lucro (coisa dos vampiros da educação) e nada que ver com treinamento (pra quem acha que educação é treinamento profissionalizante, seja nas escolas ou universidades). Educação formal é conhecimento crítico. Ou é isso, ou não é nada. Quem treina profissional são as escolas técnicas. Mas essas não podem ser confundidas com as escolas regulares. Cada coisa no seu lugar. Nem todo mundo precisa saber como funciona uma máquina qualquer de fábrica, mas todo mundo precisa ler Machado de Assis e saber quem foi Isaac Newton. Isso é sinal de civilidade.

O Brasil, depois da catástrofe do governo FHC (que foi um dos piores da história para a educação), comandado pelo vampiro do MEC chamado Paulo Renato (atual secretário de educação de SP), dá sinal que pode sair do lodo. Mas ainda tem lodo até o pescoço.

abraços a todos

Comentado por nosso colaborador Hornet
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1 comentários:

  1. Apenas uma correção a mim mesmo (hehehe).

    O acordo MEC-USAID foi assinado em 1968 (e não em 1969, como está no texto). Equivoquei-me nas datas.

    abraços a todos

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