segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Governo da Colômbia diz que não submeterá ao Congresso acordo de bases com os EUA


A Colômbia descartou nesta segunda-feira a possibilidade de submeter ao Congresso e à Corte Constitucional do país o acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, como recomendou um tribunal.

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, está disposto a assinar um acordo que dá aos Estados Unidos o acesso a sete instalações militares na Colômbia para lançar operações contra o narcotráfico e a guerrilha.

O acordo causou polêmica na região, depois que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que se trata de um plano dos EUA para invadir seu país e frear sua revolução bolivariana.

Às vozes de protesto de Chávez somaram-se às dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Nicarágua, Daniel Ortega, enquanto o tema foi debatido na União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

"Cumprem-se e foram cumpridos todos os requisitos, não há necessidade de levá-lo ao Congresso, tampouco era requisito aprová-lo pelo Conselho de Estado para consultas sobre o tráfego de tropas porque aqui não há tráfego de tropas", disse a jornalistas o chanceler Jaime Bermúdez.

O Conselho de Estado emitiu na semana passada um parecer sobre o acordo de cooperação militar da Colômbia com os EUA. Embora o parecer do tribunal tenha caráter reservado, a imprensa informou que foi feita uma recomendação ao governo para submeter o acordo militar ao Congresso e à Corte Constitucional.

Funcionários do governo colombiano explicaram que levar o acordo militar ao Congresso nos meses que antecedem as eleições legislativas e presidencial atrasaria sua análise e aprovação, o que deixaria no limbo a cooperação entre Bogotá e Washington.

Os EUA são o principal aliado da Colômbia na luta contra o narcotráfico e a guerrilha, e Uribe se tornou um importante aliado do governo de Washington na América Latina.

Fonte: Reuters
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3 comentários:

  1. Prezado Angelo
    Agora ficou uma grande dúvida sobre quem é pior se o Chávez ou Uribe.
    Ambos estão no seu 3 mandato (salvo engano)e a não apreciação do congresso e da corte suprema me faz crer que i Ulribe está preparando uma cabeça de ponte futura na América do Sul, em especial voltado para Amazônia.
    Abraço

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  2. Na minha opinião são dois formatos de populismo latino-americano e de centralismo político. Ambos com projetos pouco democráticos no que tange ao "osso do poder" (não vão largar tão cedo, os dois).

    Um totalmente voltado para os EUA e outro totalmente de costas aos EUA. Mas ambos muito iguais, quase idênticos, para não dizer idênticos.

    E o curioso é que a mídia chama um de ditador e o outro de presidente. Na minha análise os dois são iguais. Ou ditadores ou presidentes, seja lá como for, deviam ser chamados da mesma forma.

    abraços a todos

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  3. Hornet e Lucas,

    Eu concordo com o ponto de vista de vocês, ambos são farinha do mesmo saco, só que na america latina sempre quem tem apoio dos EUA é visto como certinho e quem se opõe é vilão, um peso duas medidas.

    Com relação a cabeça de ponte, realmente eu vejo com receio as atitudes de Uribe.

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