O candidato opositor afegão Abdullah Abdullah apoiou hoje o pedido do general Stanley McChrystal, chefe militar americano no Afeganistão, de enviar mais tropas a seu país, embora disse que a segurança não depende tanto dos soldados mas da eliminação da corrupção.
Abdullah, que foi entrevistado hoje em vários programas de televisão americanos, assegurou não ter muita fé no segundo turno que convocou o presidente Hamid Karzai após as denúncias de fraude eleitoral.
Segundo disse à rede "Fox News", não apoiará os resultados do segundo turno de 7 de novembro se Karzai não realiza reformas para melhorar a transparência do processo eleitoral.
Na "CNN", disse apoiar o envio de mais tropas americanas a seu país, em um momento em que o presidente Barack Obama está elaborando uma nova estratégia militar para o país asiático.
Há algumas semanas McChrystal solicitou o envio de 40 mil soldados adicionais para poder vencer aos grupos insurgentes no país, pedido que Obama está estudando.
Na entrevista à "CNN", o ex-ministro de Assuntos Exteriores negou que vá formar um Governo de união nacional com Karzai.
"Deixei o Governo de Karzai há três anos e meio e nunca pensei em voltar a me aliar a ele" disse.
"Meu interesse em ser candidato não é entrar e fazer parte do mesmo Governo, ser parte da mesma situação em deterioração. Meu interesse é mudar o país, é trazer novas esperanças a meu povo", sustentou.
Em declarações à Fox, também que seus eleitores não veriam com bons olhos que fizesse parte de um Governo de união nacional, dado que não têm "confiança" na capacidade de Karzai de eliminar a corrupção da administração e reduzir a ameaça e a violência extremista.
No primeiro turno, Karzai obteve 54,6% dos votos, suficiente para proclamar-se presidente sem necessidade de segundo turno, mas após o cálculo da fraude a percentagem caiu a 49,67%, abaixo da necessária maioria absoluta.
Fonte: EFE
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