quarta-feira, 7 de outubro de 2009

EUA dizem que estão no páreo com franceses na licitação de caças e promete transferir tecnologia


Um dia depois de o ministro Nelson Jobim (Defesa) reforçar publicamente a preferência do governo pela proposta francesa na licitação brasileira para compra de 36 caças, o vice-presidente da Boeing, Roberto Gower, afirmou que os americanos ainda se consideram em poder de igualdade na disputa.

Gower se reuniu nesta terça-feira com Jobim e sustentou que a Boeing está disposta não só em repassar a tecnologia de fabricação do F-18, como também dar autonomia para a FAB (Força Aérea Brasileira) fazer melhorias no projeto.

"Estamos comprometidos com a transferência de tecnologia e estamos focados nessa oferta de produção de aeronaves aqui no Brasil. Se o governo escolher nossa proposta, também terá autonomia para que a Força Aérea faça a manutenção e a melhoria nas plataformas dos jatos. Se fecharmos a negociação, a FAB terá autonomia para isso.

A Boeing disputa a licitação com a sueca Saab e a francesa Dassault, que oferecem ao Brasil os caças Gripen e Rafale, respectivamente. O vice-presidente da Boeing afirmou que a assinatura de um tratado de intenções entre o governo brasileiro e o francês no dia 7 de setembro não significou que o negócio está fechado.

"Estamos em boas condições de competição com os concorrentes. Acredito que somos capazes e temos a certeza que o Brasil vai considerar seriamente a oferta que colocamos na mesa", disse.

O vice-presidente da Boeing disse ainda que espera que o governo brasileiro defina o vencedor da concorrência ainda neste ano. Segundo Gower, se o caça F-18 for escolhido, estará nas mãos da FAB definir as etapas de produção que serão realizadas no Brasil. O executivo americano sustenta ainda que a escolha dos caças F-18 fará do Brasil um parceiro dos Estados Unidos, e não apenas um cliente comercial da empresa.

"O percentual de produção no Brasil vai definir na proposta final. A FAB vai analisar o tempo que ela precisa para analisar as propostas. Nós temos condições de fazermos partes da fuselagem e a asa juntos e entregar essa montagem juntos. A oferta da Boeing deve gerar cinco mil empregos e em adicional temos US$ 30 bilhões no programa", afirmou.

Jobim voltou a defender ontem, na Argentina, a superioridade da proposta francesa para a renovação da frota brasileira, no programa FX-2. "O presidente [da França Nicolas] Sarkozy falou em transferência de tecnologia irrestrita. Os EUA falam em transferência de tecnologia necessária. Não sei bem o que quer dizer a palavra necessária", disse Jobim.

O ministro questionou a disposição americana de transferir tecnologia. "Os precedentes americanos não são bons em matéria de transferência de tecnologia", disse. Tanto o governo dos EUA como a Boeing já ofereceram a transferência.

Fonte: Folha

Nota do Blog: Realmente os americanos são persistentes, mesmo com a eminente derrota de sua proposta frente a proposta Francesa ou a Sueca, que são bem mais atraentes ao planalto e aos nossos interesses, eles continuam acreditando.
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3 comentários:

  1. Uma coisa que eu admiro nos EUA é que eles não possuem o espírito de "vira lata" que muitos brasileiros (isso está mudando aqui, mas ainda tem uns desavisados) possuem.

    A autoestima é uma coisa que nós, brasileiros, precisamos melhorar muito. E a cada dia. Até mesmo para saber que o jogo só termina quando acaba. E que não devemos baixar a cabeça pra ninguém neste mundo.

    Mas mesmo assim, mesmo os EUA sendo muito perseverantes, acho que as chances do Super Hornet no FX2 são semelhantes às do Fluminense (de não cair pra segundona). Existem. Mas agora é só na base da fé....hehehe

    abraços a todos

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  2. Concordo contigo amigo Hornet,
    Nós brasileiros em geral, claro que há excessões, mas a maioria tem o hábito horrivel de depreciar as suas capacidades e baixam a cabeça para todos e ainda se auto agridem.
    O maior exemplo é vermos a politica, muitos dizem que só tem ladrã e safado, então se não esta bom porque não entram e lutam para mudar? Criticar e resmungar é facil, agora pra colocar as mãos na massa e mudar a realidade, isso poucos tem coragem.
    Mas a culpa é nossa por não inculcar em nossas crianças que somos um país grandioso e que podemos fazer tudo aquilo que nos propusermos se acreditarmos é nossos sonhos e lutarmos por eles. Eu creio nisso e vou morrer acreditando nisso, assim como passo isso aos meus filhos e irmãos.

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  3. Angelo,

    quem mais desacredita do Brasil é quem mais usufrui dele. E, é claro, tem os tontos que só sofrem mas caem nessa conversa.

    Para quem não tem opção de passar férias na Flórida (que lugar sem sal? Bons tempos que a elite queria passar férias em Paris!!! Muito melhor!!!...hehehe), a idéia de nação e de se construir um país cada vez melhor é mais arraigada.

    Vira latismo é síndrome de uma elite brasileira babaca que sonha com Miami, só se diz descendente de europeu (nunca dizem que são brasileiros, são sempre filhos de italianos, de alemães, de espanhóis etc.), mora na Barra da Tijuca (e similares) e crê piamente que tudo o que o Brasil faz é errado. São esses os vira latas (e tem sua claque desinformada pelos jornalões, que vive comendo farinha e arrotando peru assado).

    Isso é um saco sem tamanho...hehehe

    Mas isso está mudando, até esses cretinos do "viralatismo sport club" já estão ficando sem lugar no Brasil de hoje.

    abração meu amigo

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