A OTAN deu um passo estratégico rumo ao futuro da guerra naval ao selecionar o consórcio MANGROVE, liderado pela Saab, para conduzir o projeto Allied Underwater Battlespace Mission Network (AUWB-MN). Lançado oficialmente em 1º de setembro de 2025, o programa pretende criar um novo padrão de interoperabilidade entre sistemas navais não tripulados e plataformas convencionais, fortalecendo a capacidade de resposta coletiva no domínio submarino.
O AUWB-MN busca desenvolver uma arquitetura de referência e um ambiente de testes que permitam a integração entre sistemas tripulados e não tripulados em operações conjuntas, tanto na superfície quanto abaixo da água. O objetivo é simples, mas de alto impacto: garantir que diferentes marinhas possam compartilhar informações em tempo real de forma segura e eficiente, independentemente da origem de seus sistemas.
Esse tipo de solução é cada vez mais crucial diante da crescente importância do espaço de batalha submarino, marcado pela expansão de frotas de submarinos convencionais e nucleares, além da intensificação do uso de drones navais para missões de vigilância, reconhecimento e guerra antissubmarino.
“À medida que todos os aspectos do domínio submarino crescem em importância estratégica, esta será uma contribuição fundamental para a nossa segurança e defesa marítima coletiva”, afirmou Mats Wicksell, chefe da área de negócios Kockums da Saab.
Cooperação multinacional
O projeto, selecionado em julho de 2025, faz parte da iniciativa Digital Ocean and Antisubmarine Warfare Barrier Smart Defence da OTAN e conta com o patrocínio de 12 países. O Reino Unido lidera o grupo, em parceria com Suécia, EUA, Austrália, Espanha, Alemanha, Itália, Portugal, Canadá, Países Baixos, Dinamarca e Noruega, todos já comprometidos a adotar o padrão que vier a ser estabelecido.
Além da Saab, o consórcio MANGROVE reúne empresas e centros de excelência como CETENA e IDS (Grupo Fincantieri), FlySight, GraalTech, Miraya, Saab UK, BlueBear, S2IX e a Universidade de Plymouth. A diversidade de atores evidencia não apenas o caráter multinacional, mas também a necessidade de unir competências tecnológicas distintas para enfrentar os desafios do ambiente subaquático.
“O AUWB-MN representa um avanço significativo na modernização de nossas capacidades de combate e na capacidade de os aliados da OTAN operarem juntos e de forma eficaz no domínio submarino futuramente”, destacou David Burton, da ASW Barrier – Smart Defence Initiative da OTAN.
A Saab se consolida, assim, como um ator central no esforço da OTAN para padronizar operações subaquáticas. Com presença em áreas que vão da aeronáutica à guerra submarina, a empresa sueca tem se posicionado como parceira estratégica de diversas nações.
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com SAAB
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