Em comunicado público, publicado em 19 de setembro de 2025, a ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) e a AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil), manifestaram-se sobre a decisão do juiz da 3ª Vara Federal de São José dos Campos, que indeferiu os pedidos formulados pelas entidades em Ação Civil Pública contra a Boeing do Brasil, relacionados à cooptação de profissionais altamente qualificados de empresas que integram a Base Industrial de Defesa e Segurança brasileira.
O comunicado, reproduzido na íntegra, afirma:
"Em recente decisão, o juiz da 3ª Vara Federal de São José dos Campos indeferiu os pedidos formulados pela ABIMDE - Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança e pela AIAB - Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil em Ação Civil Pública em face da Boeing do Brasil, pela cooptação de profissionais altamente qualificados de empresas que integram a Base Industrial de Defesa e Segurança brasileira.
A ABIMDE e a AIAB reafirmam a importância da pauta para seus associados e seguirão com o debate junto às instituições brasileiras sobre a necessidade de implementação de políticas públicas para retenção de profissionais qualificados de setores estratégicos do país."
A decisão judicial, embora desfavorável às associações, coloca em evidência um tema crítico para o setor de defesa e aeroespacial brasileiro: a retenção de profissionais altamente especializados. Em setores estratégicos, a perda de talentos qualificados para empresas estrangeiras pode impactar a capacidade nacional de inovação, desenvolvimento tecnológico e competitividade internacional.
ABIMDE e AIAB destacam que, mesmo diante do indeferimento da ação, a questão permanece central para a sustentabilidade da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS). A mobilização das entidades reforça a necessidade de políticas públicas que incentivem a permanência de profissionais em empresas brasileiras, garantam carreiras atrativas e protejam o conhecimento estratégico do país.
Especialistas em gestão de talentos e indústria de defesa ressaltam que a retenção de profissionais em setores críticos é uma prática adotada globalmente, e o fortalecimento de mecanismos nacionais nesse sentido é essencial para assegurar a soberania tecnológica e a competitividade brasileira no mercado internacional.
A postura da ABIMDE e da AIAB demonstra comprometimento com a proteção da indústria nacional e a valorização de seus profissionais, mantendo o diálogo com o governo e reforçando a importância de políticas estruturadas de retenção de talentos estratégicos.
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