Fontes da administração alemã indicam que Berlim está considerando retirar-se da cooperação com a França no programa do Futuro Sistema Aéreo de Combate (FCAS). Segundo a mídia alemã, a insatisfação com a carga de trabalho do projeto e o papel dominante da indústria francesa são os principais fatores que motivam a revisão da parceria.
Entre as alternativas em análise, a Alemanha avalia a participação em projetos de caças de sexta geração do GCAP, liderados pelo Reino Unido, Itália e Japão. Analistas observam paralelos com o programa de aeronaves de patrulha marítima MAWS, que foi dissolvido após a Alemanha optar pela compra de oito Boeing P-8A Poseidons via FMS, enquanto a França seguiu independentemente com o Airbus A321MPA.
Especialistas destacam semelhanças com os conflitos industriais e políticos que deram origem ao Dassault Rafale francês e ao programa multinacional Eurofighter na década de 1980. Atualmente, França, Alemanha, Espanha e Bélgica são parceiras no FCAS, mas a Espanha já manifestou oficialmente sua insatisfação com o andamento do programa.
O FCAS está projetado para substituir os caças Eurofighter da Força Aérea Alemã por volta de 2050 e atuará de forma complementar à frota de 35 caças F-35A Lightning II, adquiridos dos Estados Unidos. Diante dos desafios e divergências crescentes, não está descartada a possibilidade de Berlim ampliar ainda mais sua frota de aeronaves norte-americanas, reforçando a presença dos EUA no espaço europeu de defesa.
A situação coloca o futuro do FCAS sob forte escrutínio, evidenciando a complexidade das cooperações multinacionais em projetos de alta tecnologia e os desafios de equilibrar interesses estratégicos, industriais e políticos entre aliados.
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