A manhã de sábado (20) foi marcada por tensões adicionais na região do leste europeu, quando aeronaves da Polônia e de aliados da OTAN foram mobilizadas para garantir a segurança do espaço aéreo polonês. A medida foi adotada após a Rússia lançar ataques aéreos contra o oeste da Ucrânia, em áreas muito próximas da fronteira polonesa.
De acordo com o comando operacional das Forças Armadas da Polônia, os caças aliados patrulharam o espaço aéreo do país, enquanto sistemas de defesa aérea e radares terrestres foram elevados ao mais alto nível de prontidão. “Aeronaves polonesas e aliadas estão operando em nosso espaço aéreo, enquanto os sistemas de defesa aérea e reconhecimento de radar baseados em terra foram levados ao mais alto estado de prontidão”, destacou o comunicado oficial publicado na rede X.
O alerta aéreo na Ucrânia foi generalizado por volta das 03h40 GMT, quando a Força Aérea Ucraniana informou sobre ataques de mísseis e drones russos. Cerca de uma hora e meia depois, por volta das 05h00 GMT, a operação preventiva das forças polonesas e aliadas foi concluída, com o encerramento da ofensiva russa.
O episódio ocorre em meio a um contexto de crescente tensão no flanco leste da OTAN. No início de setembro, a Polônia abateu supostos drones russos que teriam invadido seu espaço aéreo, enquanto, na última sexta-feira, três caças militares russos violaram o espaço aéreo da Estônia por cerca de 12 minutos, aumentando a preocupação entre os países da Aliança.
Paralelamente, autoridades polonesas seguem investigando a presença de drones não identificados em território nacional. No sábado, o promotor Dariusz Brodowski, porta-voz do Ministério Público distrital de Olsztyn, informou que o último de cerca de duas dezenas de drones que penetraram o espaço aéreo polonês entre os dias 9 e 10 de setembro foi localizado em um campo no município de Korsze, no nordeste do país. “Neste momento, acreditamos que este seja o último dos drones procurados”, declarou Brodowski à agência PAP.
O reforço da prontidão aérea e a sequência de violações de fronteira evidenciam o aumento da pressão militar sobre os países da OTAN vizinhos à Ucrânia. A situação reforça a necessidade de vigilância constante e cooperação entre aliados, diante da instabilidade gerada pela continuidade da guerra no leste europeu.
GBN Defense - A informação começa aqui
com Reuters
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