segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Brasil investe em 11 novos UH-60L Black Hawk

A Força Aérea Brasileira (FAB) publicou no Diário Oficial da União sua intenção de adquirir onze helicópteros Sikorsky UH-60L Black Hawk, provenientes do programa Blackhawk Exchange Sales Team (BEST), do Exército dos Estados Unidos. O contrato, estimado em 229,9 milhões de dólares, será firmado por inexigibilidade de licitação, conforme previsto na Lei nº 14.133/2021, e inclui também a modernização da frota já existente com a aplicação da solução integrada BrIFD G5000H.

Com a chegada dos novos helicópteros, a FAB passará a contar com 24 unidades Black Hawk em operação, somando as 13 aeronaves já em serviço às 11 previstas na negociação. A medida fortalece a padronização interna e amplia a interoperabilidade com o Exército Brasileiro, que também opera o modelo. No entanto, enquanto a FAB opta pela versão UH-60L modernizada, o EB adquiriu recentemente a versão UH-60M, mais atualizada, equipada com motores T700-GE-701D, aviônica digital avançada e maior capacidade de carga, refletindo diferentes estratégias de aquisição entre as Forças.

O Black Hawk é reconhecido mundialmente por sua versatilidade e robustez, sendo empregado em transporte de tropas, apoio logístico, operações especiais, evacuação aeromédica e ações humanitárias. No Brasil, o modelo foi incorporado inicialmente pela FAB e teve sua estreia em missões internacionais de grande relevância, como na MOMEP (Missão de Observadores Militares Equador-Peru), na década de 1990, onde desempenhou papel essencial em apoio logístico e de transporte. Desde então, consolidou-se como vetor estratégico em operações de paz e também em missões no território nacional, sobretudo em áreas de difícil acesso.

Ao padronizar e modernizar sua frota de UH-60L, a FAB amplia a mobilidade aérea e a capacidade de resposta rápida em crises e desastres, além de reforçar a integração com os Estados Unidos, principal operador mundial do modelo. A interoperabilidade com o Exército Brasileiro, que já utiliza a versão M, tende a favorecer missões conjuntas de grande escala, ainda que em níveis tecnológicos distintos. Essa complementaridade pode, inclusive, estimular futuros debates sobre a convergência de modelos e a adoção de estratégias comuns de aquisição e suporte logístico no âmbito das Forças Armadas.

O processo de contratação segue aberto a manifestações externas, em conformidade com a Súmula nº 255/2010 do Tribunal de Contas da União, com prazo de dez dias úteis. A tramitação está a cargo do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMASP).

A decisão evidencia uma aposta na consolidação de plataformas comuns entre as Forças Armadas, buscando maior eficiência logística e operacional, ainda que em diferentes estágios de modernização, reforçando o papel do Black Hawk como peça-chave na aviação de asas rotativas do Brasil.


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