quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Mídia estatal chinesa alerta Trump contra isolacionismo e pede manutenção do status quo

A mídia estatal chinesa alertou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o isolacionismo e intervencionismo, pedindo que, em vez disto, os Estados Unidos trabalhem ativamente com a China para a manutenção do status quo internacional.
Trump ameaçou quebrar acordos comerciais e buscar uma política externa mais unilateral sob o princípio de "primeiro os EUA" durante uma conturbada campanha eleitoral.
Mas a China e outros governos estrangeiros se mostram incertos sobre o quanto da retórica de Trump será traduzido para a política, porque em alguns momentos o republicano fez discursos contraditórios e deu poucos detalhes sobre como irá lidar com o mundo.
Trump teve a China como alvo em alguns momentos da campanha, culpando Pequim pela perda de empregos nos EUA e prometendo impor tarifas de 45 por cento em importações chinesas. O republicano também prometeu acusar a China de manipular sua moeda em seu primeiro dia de governo.
Políticas isolacionistas norte-americanas "aceleraram a crise econômica do país" durante a Grande Depressão, alertou um comentário da agência de notícias oficial chinesa, Xinhua, embora tenha destacado que "conversas eleitorais são somente conversas eleitorais".
A mídia chinesa criticou no passado os Estados Unidos e outras potências do Ocidente por intervenção no Afeganistão e Iraque e interferência em questões internacionais, como a Ucrânia.

"A história prova que o intervencionismo militar internacional dos EUA faz com que paguem custos políticos e econômicos desastrosos", segundo comentário da agência.

EUA deveriam ter se unido a banco de infraestrutura da China, diz assessor de Trump



Um dos principais conselheiros do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, repreendeu o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, por não ter se unido ao Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, na sigla em inglês), liderado pela China, insinuando uma possível mudança de política quando Trump tomar posse em janeiro.
O jornal South China Morning Post, de Hong Kong, noticiou que o conselheiro de segurança nacional de Trump, James Woolsey, classificou a oposição do governo Obama à formação do AIIB como "um erro estratégico" em uma carta à publicação.
Na carta, Woolsey disse esperar que a reação de Trump à iniciativa "Uma Estrada, Um Cinturão" seja "muito mais calorosa".
A China criou o banco de infraestrutura três anos atrás para promover a cooperação econômica em um corredor de países que vai do sudeste da Ásia à Europa.
O AIIB foi lançado oficialmente com 57 países, incluindo vários aliados dos EUA, como Reino Unido, Austrália e Coreia do Sul.
Pequim revelou o projeto de "Uma Estrada, Um Cinturão" e a criação do AIIB depois que a China foi excluída da Parceria Transpacífico, um acordo comercial de nações do Círculo do Pacífico encabeçado pelos EUA.

Fonte: Reuters
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