segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Israel estuda assinar tratado contra armas químicas, diz presidente

 
O presidente de Israel, Shimon Peres, disse nesta segunda-feira que seu país "estudará seriamente" assinar o tratado internacional que proíbe armas químicas. O Estado judaico é, junto com a Síria e o Egito, um dos países do Oriente Médio que ainda não assinaram o acordo.
 
O anúncio é feito após o ditador sírio, Bashar al-Assad, iniciar os trâmites para aderir ao contrato e entregar o estoque de armas químicas que possui. Damasco se desfez de seu arsenal após proposição da Rússia, que foi ratificada na sexta (27) por uma resolução no Conselho de Segurança da ONU.
 
A proposta fez com que os Estados Unidos reduzissem e adiassem a possibilidade de uma intervenção militar na Síria, como resposta ao ataque químico que, segundo Washington, deixou mais de 1.400 mortos em 21 de agosto.
 
"Tenho certeza de que nosso governo irá analisar isso seriamente", disse Shimon Peres, em entrevista coletiva durante visita de Estado a Haia, na Holanda, cidade que sedia a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq).
 
Peres disse que a Síria só assinou a convenção quando se deparou com a ameaça de força militar, mas acrescentou que Israel iria de toda forma considerar um pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que todos os países assinassem o tratado.
 
Israel permanece como um dos seis países no mundo que não assinaram a Convenção de Armas Químicas de 1997, depois da adesão síria neste mês. Assim como com seu arsenal nuclear, Israel nunca admitiu publicamente ter armas químicas.
 
No início deste mês, o ministro da Inteligência israelense, Yuval Steinitz, disse que o Estado judaico estaria pronto para discutir a questão quando houvesse paz no Oriente Médio. As outras nações que não assinaram a convenção são: Mianmar, Egito, Angola, Coreia do Norte e Sudão do Sul.
 
Nesta semana, inspetores da Opaq seguem para a Síria, a fim de fazer um inventário dos estoques químicos e munições para determinar como e onde destruí-los. Segundo os Estados Unidos, Damasco tem em seu poder cerca de mil toneladas de gases sarin, mostarda e XV.
 
A Síria passou décadas construindo seu programa de armas químicas, em grande parte para conter a superioridade militar de Israel no Oriente Médio.
 
Fonte: Reuters
Share this article :

0 comentários:

Postar um comentário

 

GBN Defense - A informação começa aqui Copyright © 2012 Template Designed by BTDesigner · Powered by Blogger