O comandante das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, o general norte-americano Stanley McChrystal, advertiu nesta quinta-feira (1º) em Londres sobre a piora da situação de segurança do país.
"A situação é séria e escolho essa palavra com muito, muito cuidado", afirmou o general McChrystal, em discurso no Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), na presença do ministro da Defesa do Reino Unido, Bob Ainsworth.
McChrystal, citado pela agência local de notícias local "PA", pediu que não se considere definido nem o sucesso nem o fracasso no apoio militar ao governo afegão. "Minha avaliação é de que a situação está piorando em alguns aspectos", disse.
"A violência está aumentando e não é só porque há mais forças da coalizão. Está aumentando porque a insurgência cresceu. Temos que reverter a tendência atual e o tempo é algo que realmente conta", afirmou o general americano.
McChrystal apresentou ao presidente americano, Barack Obama, um plano para aumentar a presença militar internacional no Afeganistão, que inclui o envio de mais 40 mil soldados.
O chefe militar reiterou que é essencial munir a missão internacional com os meios que precisa para ter sucesso e que os responsáveis pela operação devem adotar um enfoque "fundamentalmente novo" para conseguir derrotar os talibãs.
"Isso vai ser decidido nas mentes e nas percepções do povo afegão. Devemos redefinir a luta. O objetivo é a vontade do povo afegão. Devemos proteger os afegãos de todas as ameaças, do inimigo e de nossas próprias ações", assinalou McChrystal, partidário de uma guinada radical na estratégia.
O principal erro desde o início da operação internacional no Afeganistão, em 2001, foi, para ele, ter demorado muito tempo para perceber que estavam enfrentando "uma insurgência séria".
"Destinamos recursos insuficientes a nossas operações, em algumas áreas atuamos abaixo de nossas possibilidades e em algumas áreas não nos coordenamos bem", explicou.
Fonte: G1 Notícias
Nota do Blog: A história se repete mais uma vez. Os EUA e seus aliados estão repetindo o mesmo erro cometido pela ex-URSS, ao invadir o Afeganistão, onde a principio dominou o território e após certo tempo enfrentou um forte movimento insurgente apoiado pelos EUA, e vale lembrar que hoje o talibã tem tais capacidades de guerrilha e combate, graças a consultoria americana, que hoje enfrenta um forte desgaste de sua maquina de guerra naquele país distante e de relevo montanhoso, que dificulta a sua invasão por povos que desconhecem o terreno. A mais de 2 mil anos Sun Tzu escreveu em "A arte da guerra" digamos que um manual ainda muito atual do ponto de vista estratégico para analisar o campo de batalha e o inimigo, mas pelo que parece os EUA e os aliados esquecem as lições passadas e confiam apenas na tecnologia, que lá por aquelas bandas não trouxe nenhum resultado de vulto para aquele cenário de operações. A cada dia vemos mais ataques contra as tropas, e a cada dia vemos mais soldados mortos voltando a seus países dentro de caixões cobertos por seus pavilhões nacionais.
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