A Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) aprovou nesta sexta-feira a aplicação de "sanções econômicas e comerciais contra o regime golpista" de Honduras e a proibição da entrada ou permanência de responsáveis do golpe que levou Roberto Micheletti ao poder nos países do bloco.
A resolução foi aprovada por unanimidade na primeira sessão da sétima Cúpula Extraordinária da Alba, realizada na cidade boliviana de Cochabamba. A proposta foi feita por Patricia Rodas, chanceler do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya.
Rodas disse hoje diante dos líderes dos países da Alba que o diálogo em seu país "foi definitivamente rompido". A resolução estabelece também que a Alba não reconhecerá nenhum processo eleitoral realizado sob o governo golpista, assim como seus resultados.
Os membros do bloco também convocarão reuniões "extraordinárias e imediatas" de organismos regionais e internacionais como ONU, Organização dos Estados Americanos (OEA), União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e Grupo do Rio, entre outras, para discutir a situação em Honduras.
Além disso, o bloco bolivariano pedirá às Nações Unidas o estabelecimento de uma "Comissão Especial de Chanceleres" que exija do governo de fato hondurenho "respeito à inviolabilidade da missão diplomática" do Brasil em Tegucigalpa, onde Zelaya está refugiado desde 21 de setembro.
A citada comissão deverá exigir condições de segurança "humanitárias e adequadas" para a permanência de Zelaya, sua família e seus acompanhantes na embaixada brasileira em Honduras. "Os povos e governos da Alba expressam que não se darão por derrotados diante da intransigência do regime usurpador frente às resoluções da comunidade internacional, razão pela qual redobrarão seus esforços pelo restabelecimento da ordem constitucional em Honduras", diz a declaração.
Fonte: EFE
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