sexta-feira, 7 de setembro de 2018

7 de Setembro - O que dizer destes 196 anos de Independência?

Neste dia 7 de setembro de 2018, vou me permitir sair um pouco da abordagem histórica que normalmente fazemos todos os anos, onde resolvi propor a nosso público uma reflexão: Qual rumo estamos dando ao nosso Brasil? Pessoal essa pergunta é bastante pertinente diante do momento em que vivemos hoje no nosso país.

Há menos de uma semana assistimos as chamas destruírem importante parte de nossa história e cultura, com as imagens transmitidas aos quatro cantos do mundo de nosso Museu Nacional e seu acervo de valor imensurável ardendo nas chamas da omissão. Ontem (6) mais uma vez fomos impactados por uma triste cena que não reflete de modo algum a postura de um país democraticamente maduro e politicamente estável, onde o candidato à presidência, Jair Bolsonaro, sofreu um atentado à faca durante comício na cidade de Juiz de Fora, sendo vítima do que eu classifico como extremismo partidário. Isso sem falar em outros acontecidos desde o último 7 de setembro, e pergunto a você leitor, que país estamos nos tornando?

Há 196 anos nos tornamos uma nação, onde precisamos da atitude de um príncipe português para dar um basta na condição de colônia e dar início ao que se chama país. Mas que país temos nos tornado nestes 196 anos de nossa independência? Qual tem sido nosso protagonismo em 196 anos de história? Me refiro a nós como povo, enquanto cidadãos brasileiros, os quais temos cada vez mais nos perdido diante de tantas crises políticas e mesmo de identidade como povo.

Ontem mesmo fui forçado a remover dois membros de um grupo de discussão que administro no Whatsapp devido a intolerância, onde me soou o alerta para a crise que se instala em nossa sociedade de maneira sorrateira, sob a máscara de "justiça social" ou "dividas históricas", as quais tem segregado nosso povo, criando abismos onde antes haviam laços de amizade, plantando um radicalismo e um nocivo pensamento de divisão, seja ela racial, regional, ideológica ou social. Esse "radicalismo" tem sido acentuado pela postura irresponsável dos pseudos defensores de determinadas ideologias, lembrando que o ideologismo nunca levou ninguém a lugar algum, pois vivemos uma grande diversidade, a qual não precisa ter beneficiada essa ou aquela classe, e isso esta muito longe do que eu chamaria de aceitável hoje, uma vez que tentam de todas as formas nos impor regras, nos impor uma forma de pensar e agir, uma clara tentativa de imposição do que para determinado grupo se considera "politicamente correto", e isso vai totalmente de encontro aos valores de uma sociedade madura e democrática, alienando completamente a consciência do individuo e dirigindo sua forma de raciocínio, quando o mesmo deveria ter total liberdade de pensamento e escolha, sem que os seus valores fossem imposto por uma cruzada contra tudo que é tido como valores.

Em 196 anos de independência pouco mudou, onde insistimos em manter as raízes herdadas dos idos tempos de colônia, uma postura servil e acomodada, onde mantemos a postura de assistir a tudo sem que tenhamos qualquer atitude para propiciar uma mudança em nós e nossa cultura, sim eu disse cultura, uma cultura onde não respeitamos nossos irmãos, onde preferimos criar "castas" à aceitar a individualidade de cada um, onde tentamos impor o que julgamos ser o "politicamente correto" ao invés de respeitar o espaço de cada um enquanto individuo. Castas onde assumimos através de cotas que dentre nós brasileiros existem classes e sub-classes, pois já não vemos mais nosso próximo como iguais, as "vitimas" somos nós mesmos dessa política incoerente, a qual diz defender direitos e igualdade, mas que cria abismos e desigualdade de oportunidades, onde essa mesma política que nos é vendida como ferramenta de inserção social, não passa de um divisor étnico, e pior que isso, os brasileiros desta etnia aceitam se achando justiçados, quando na verdade essa política de cotas é na verdade uma forma de inferiorizar essa classe, uma vez que julga a mesma incapaz de competir com os demais, lhe garantindo benefícios ao invés de oportunidades justas. Critico a cultura que se encontra arraigada em nossa sociedade, onde mesmo que involuntariamente nos deixamos iludir pelos "jeitinhos" e "esquemas" para facilitar, o que na verdade gera um problema muito maior, culminando em uma grave crise moral e ética, onde colhemos como fruto sórdidos esquemas de corrupção, corrupção essa que se alastrou de forma endêmica por todos os meandros políticos e sociais. E te pergunto, que brasileiro é você?

Hoje não precisamos declarar independência de uma nação, mas sim de valores corrompidos, de atos e posturas que destroem nosso país dia após dia, precisamos declarar independência da corrupção, do partidarismo, de ideologias baratas, da hipocrisia e nossa falta de atitude como vetor de mudanças. É chegada a hora de analisarmos quem somos nós, o que nos tornamos e o que queremos do futuro deste país, pois nós somos o Brasil.

Chega de ficar esperando que alguém vá fazer tudo por nós, chega de esperar um "salvador", chega de esperar que um "príncipe" venha as margens do Ipiranga declarar nossa independência destes valores corrompidos, destas políticas tão incoerentes e direcionadas ao benefício de uma pequena elite política. Somos Brasileiros!!! Somos uma só nação, somos um só povo, seja sulista ou nordestino, branco, negro ou mestiço, seja de esquerda ou direita, somos irmãos, temos que juntos, ombro a ombro conduzir os rumos deste gigante, pois existem muitos desafios e barreiras a serem vencidos, estamos em guerra contra nós mesmos, contra a corrupção, contra o radicalismo, contra a imposição de valores que não são os de nossa nação. 

A omissão nos custou parte de nossa história, o radicalismo manchou nosso processo democrático, e todos os dias vejo a sociedade sucumbir na lama ideológica, nas divisões impostas por pseudo defensores de direitos humanos, direitos estes que na verdade travestem interesses escusos de um determinado grupo. Chega de ser massa de manobra de movimentos "pseudo-sociais", chega de esmolas, nós temos que fazer valer o que reza nossa Constituição Federal.

Acorda Brasil!!! Independência ou Morte!!!



Agora se você quer conhecer um pouco sobre nossa independência, temos um rico acervo de artigos publicados em anos anteriores, os quais poderá acessar nos links abaixo:

A Independência do Brasil, como se deu?

Por Angelo Nicolaci - Jornalista, editor do GBN News, graduando em Relações Internacionais pela UCAM, especialista em geopolítica do oriente médio e leste europeu, especialista em assuntos de defesa e segurança

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