O governo brasileiro estuda limitar os investimentos vindos da China com o objetivo de impedir que o gigante asiático acesse áreas estratégicas, gere concorrência no mercado interno e passe a produzir em território nacional o que poderia importar do Brasil. O alerta para o risco da invasão chinesa em investimentos diretos (ou produtivos) partiu do setor agrícola, já que a China vinha investindo em compras de terras, que, para agricultores, seriam usadas para plantar soja a ser vendida no país asiático. Mas também há preocupação em áreas como mineração, telecomunicações e automóveis.
O Banco Central, preocupado com o impacto da medida nas contas externas, é contra e alega que o Brasil não deveria engessar os investimentos estrangeiros diretos em uma lei. Os investimentos diretos da China hoje são pequenos, cerca de 2% de todos os investimentos estrangeiros que o Brasil recebe, mas a entrada dos asiáticos no País vem aumentando rapidamente. Neste ano, até agosto, já vieram US$ 396 milhões da China para o setor produtivo. Embora as conversas entre os órgãos envolvidos estejam avançadas, as negociações sobre o assunto foram suspensas durante o período eleitoral.
Fonte: Estadão via Terra
Sugestão: Lucas U.
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