O presidente do Equador, Rafael Correa, deu posse nesta quarta-feira a seis novos ministros, entre eles o das Finanças e o de Recursos Naturais (Petróleo), como parte da maior reestruturação do gabinete em seus três anos de governo (até 2013).
Wilson Pástor, ex-presidente da estatal Petroecuador, substituiu Germánico Pinto na pasta de Recursos Naturais; e Patricio Rivera a María Elsa Viteri na de Finanças.
Pástor também assumiu a presidência temporária da Opep, exercida pelo Equador.
Também foram investidos David Chiriboga como ministro da Saúde, Erika Silva no ministério da Cultura, Manuel Baldeón na secretaria de Ciência e Tecnologia e Domingo Paredes, na da Água.
Depois de admitir falhas de seu governo em áreas como a do petróleo, o chefe de Estado fez há duas semanas nove mudanças simultâneas nos ministérios de áreas estratégicas, como os de Telecomunicações e Política Econômica.
Correa foi reeleito em 2009 para quatro anos, com a possibilidade de estender seu mandato até 2017.
O presidente do Equador, que em 2007 reduziu de 50% para 1% os lucros extraordinários das empresas de petróleo por conta do alto preço do óleo, endureceu sua posição contra as transnacionais dentro de seu projeto para recuperar o controle sobre a produção de hidrocarbonetos.
"Não estamos brincando aqui. Estou preparando uma lei para facilitar expropriações e nacionalizações que será levada à Assembleia Nacional. Com esse instrumento, faremos o que teremos de fazer no momento apropriado", declarou Correa recentemente, em entrevista ao canal Telesur, com sede em Caracas.
O presidente deseja apresentar uma legislação destinada a expropriar os campos das companhias de petróleo estrangeiras que se negarem a assinar novos contratos de prestação de serviços, mediante os quais o Estado pagará os gastos de operação e reconhecerá uma margem de utilidade para ficar com toda a produção.
Fonte: AFP
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