quarta-feira, 21 de abril de 2010

Véu Islâmico causa polêmicas na Europa


A expulsão de uma jovem muçulmana espanhola de origem marroquina de um colégio do subúrbio de Madri por utilizar o veu islâmico desencadeou nesta quarta-feira um debate inédito na Espanha sobre o polêmico adereço.

A decisão de um instituto de Pozuelo de Alarcón, nos arredores de Madri, cujo regulamento interno proíbe que alunos assistam às aulas com a cabeça coberta, seja com veus, gorros ou chapéus, desatou a ira das associações muçulmanas causou também divergência no governo.

Em resposta à polêmica, a direção da instituição decidiu na terça-feira à tarde não modificar seu regulamento.

Algumas amigas de Najwa Malha, a estudante expulsa, assistiram às aulas utilizando o "hijab" (veu islâmico) como prova de solidariedade, segundo imagens televisivas.

Associações que representam a comunidade muçulmana na Espanha anunciaram nesta quarta-feira sua intenção de recorrer ao Tribunal Constitucional para denunciar que o regulamento interno de um colégio "não pode se colocar acima da lei" e atentar contra o direito de educação de um estudante.

A região de Madri, governada pela direita, apoia o instituto, enquanto no governo socialista alguns ministros emitiram opiniões divergentes, entre apelos à tolerância ou pelo respeito à educação laica.

Se, por um lado, a ministra de Assuntos Sociais, Trinidad Jiménez, disse que não havia necessidade alguma "nem de proibir, nem de regular" o tema, a ministra da Igualdade, Bibiana Aído, afirmou que era "pessoalmente" contra a utilização do veu islâmico pelas mulheres na Espanha.

As autoridades regionais propuseram transferir a aluna para outro colégio da região que não aplique este tipo de regulamento rigoroso.

Em 2007, houve outra expulsão na Espanha por causa do "hijab" em uma escola de Gerona (nordeste), mas pouco depois a aluna foi readmitida.


Sarkozy quer elaboração de lei para proibir véu islâmico

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, ordenou hoje a elaboração de um projeto de lei com o objetivo de impedir mulheres muçulmanas de utilizarem, na rua e em outros locais públicos, tradicionais véus islâmicos que cobrem o rosto. Na tentativa de impedir o uso do véu feminino em lugares públicos, Sarkozy preferiu ignorar as recomendações de especialistas consultados pelo governo segundo os quais tal medida provavelmente seria declarada inconstitucional.

A decisão de buscar uma proibição total, e não limitada, pegou os analistas políticos de surpresa. Caso o projeto de lei vá adiante, a França se colocaria na mesma posição de países como a Bélgica, que se mobiliza para proibir totalmente o uso do véu por considerar que a cultura islâmica estaria em conflito com "valores europeus".

Sarkozy já declarou em diversas ocasiões que considera os véus islâmicos um mecanismo de opressão à mulher e que seu uso "não é bem-vindo" na França. Luc Chatel, porta-voz do governo francês, disse hoje, depois da reunião semanal de gabinete, que o presidente decidiu seguir adiante com a ideia de apresentar em maio um projeto de lei ao Parlamento com o objetivo de banir totalmente o uso da burca e de outros véus similares em público.

"Isto é um transgressão, ou até mesmo uma agressão, no que concerne à liberdade do indivíduo", denunciou Abdellatif Lemsibak, integrante da Federação Nacional de Muçulmanos da França. "Os muçulmanos têm o direito a uma manifestação ortodoxa de sua religião. Estou chocado", prosseguiu.

A França é um país secular que abriga a maior população islâmica da Europa, estimada atualmente em cerca de 5 milhões. As autoridades locais consideram o véu incoerente com a igualdade entre os gêneros ao mesmo tempo em que temem a disseminação de uma forma radical do Islã dentro de suas fronteiras.

Fonte: Folha / Estadão

Nota do Blog: O preconceito e a intolerância cada dia maior com tudo que vem do Oriente Médio tende a elevar as possibilidades de choques entre as culturas islâmicas e as ocidentais, podendo ser um estopin para o atrito entre tais povos e propiciando um vasto território a ser explorado pelos radicais do Islã.

Quanto a minha opinião eu vejo como um atentado a liberdade individual que tanto prezamos no ocidente, onde esta a liberdade para os povos de culturas que diferem das nossas? A liberdade pregada pelos EUA e os seus pares europeus não são na pratica o que se poderia esperar, uma vez que só é aceitável o que eles julgam ser o correto, desrespeitando a liberdade religiosa e uma cultura milenar, que deve ser respeitada, pois se o povo que adere ao Islã decidir abolir o veu, que seja decisão deles, não é correto e nem um pouco salutar nós ocidentais interferirmos nas culturas de outros povos, impondo o que nós queremos, o nosso modo de vida.

Por isso eu admiro meu país, aqui no Brasil respeitamos todos, independente de credo ou etnia, ainda que alguns afirmem que existe racismo e preconceitos de classe, que na verdade são criados pelas proprias classes que se dizem prejudicadas.
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