sábado, 24 de abril de 2010

EUA tentam relançar processo de paz no Oriente Médio


O emissário americano para o Oriente Médio, George Mitchell, se reuniu nesta sexta-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em uma nova tentativa de relançar o processo de paz.

Após o encontro de Mitchell com Netanyahu, dirigentes israelenses se mostraram otimistas com a retomada das negociações com os palestinos.

Netanyahu revelou que está pronto para trabalhar com o presidente (americano) Barack Obama. "Somos sérios. Esperamos que os palestinos respondam. É preciso fazer avançar o processo (de paz)".

O premier israelense e Mitchell tiveram "uma boa entrevista sobre o relançamento do processo de paz" e voltarão a se reunir no domingo, informou o gabinete de Netanyahu após o encontro.

O presidente Shimon Peres também se mostrou otimista sobre a possibilidade de ressuscitar o processo de paz, bloqueado desde o final de 2008. "Sua presença é um sinal verde para continuarmos" as discussões, disse a Mitchell.

O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse ter a "impressão de que há um intenso esforço para que (as negociações) sejam relançadas".

"Imagino e espero com força que, talvez em duas semanas, ocorram conversações indiretas", declarou Ehud Barak.

Mitchell se reuniu com Abbas em Ramallah, na Cisjordânia, e ao final do encontro o principal negociador palestino, Saeb Erakat, declarou à AFP que as discussões foram muito "positivas".

"Abbas afirmou a Mitchell que está muito interessado no sucesso dos esforços americanos, mas destacou que a colonização praticada pelo governo israelense impede seu avanço.

Segundo o departamento americano de Estado, "o objetivo imediato é levar (israelenses e palestinos) formalmente a um diálogo indireto, no qual poderão abordar os temas a fundo, e esperamos anunciar isto em um futuro próximo".

Na véspera, Netanyahu reafirmou sua posição de manter a colonização em Jerusalém Oriental, anexada em 1967, contrariando Washington e os palestinos.

No início de março, o governo israelense autorizou a construção de 1.600 casas em Jerusalém Oriental, no momento em que o vice-presidente americano, Joe Biden, visitava Israel.

A colonização israelense, em particular em Jerusalém Oriental, é o principal obstáculo para reiniciar as negociações de paz, suspensas desde a última guerra de Gaza, de dezembro de 2008 a janeiro de 2009.

Fonte: AFP
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