quarta-feira, 28 de abril de 2010

Irã quer aumentar relações bilaterais com o Brasil


A república islâmica busca intensificar o relacionamento diplomático e comercial com o Brasil, informou ontem em entrevista coletiva o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki.

O chefe da diplomacia iraniana fez esta declaração durante entrevista coletiva conjunta ao seu colega brasileiro, Celso Amorim, que se encontra em Teerã para preparar a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã, prevista para 15 de maio.

"Durante os dois últimos dias, tivemos boas reuniões, nas quais discutimos o assunto da troca de combustível nuclear", disse Mottaki. No entanto, ele acrescentou que a reunião mais importante será celebrada nesta tarde entre Amorim e o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

Mottaki defendeu também a expansão do relacionamento entre a república islâmica e o Brasil, indicando que as trocas comerciais poderiam crescer até cinco vezes mais em relação ao que é atualmente realizado. Segundo ele, "foram colocados os trilhos e o trem das relações corre de forma acelerada a favor dos interesses dos dois países".

O chanceler iraniano salientou que "existem boas potencialidades em questões de comércio, na realização de projetos, assim como em investimentos".

O estreitamento das relações entre Irã e Brasil seria benéfico também para toda a América do Sul, na visão de Mottaki. "Vemos um horizonte realista nas relações bilaterais e nos esforçaremos a favor do fortalecimento deste horizonte que beneficiaria tanto os dois povos quanto aos demais povos da região e do mundo", complementou.

Mais cedo, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, pediu ao Irã e às potências mundiais que demonstrem flexibilidade nas negociações de um acordo sobre o programa nuclear iraniano. Amorim disse ainda que o Irã deve garantir que seu programa nuclear não tem objetivos militares.

"O Irã deve poder ter atividades nucleares pacíficas, mas a comunidade internacional deve receber garantias de que não vai acontecer violação e desvio [da tecnologia nuclear] para fins militares", declarou Amorim em uma entrevista coletiva. "Às vezes existem dúvidas, o Brasil afirma que é preciso eliminar todas as ambiguidades".

O presidente Lula, que já alertou contra os riscos de isolar o Irã, visitará o país em maio, dando prosseguimento aos laços diplomáticos e econômicos crescentes entre Brasília e Teerã.

Fonte: Folha/EFE
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