quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gregos desaprovam pedido de ajuda para UE e FMI


Os gregos desaprovam a decisão do primeiro-ministro do país, Georges Papandreu, de pedir ajuda à União Europeia e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para terminar com a crise financeira do país, e temem conflitos sociais, segundo uma pesquisa publicada nesta terça-feira.

Um total de 60,9% dos gregos são contrários à decisão do governo de recorrer a esta ajuda financeira, e 70,2% não desejam que o FMI empreste dinheiro à Grécia, segundo a primeira pesquisa publicada no país desde que a Grécia oficializou o pedido de ajuda na sexta-feira.

O aumento do deficit grego --que apenas no ano passado foi de 13,7% do PIB-- provocou uma crise que levou o governo do país, na sexta-feira passada, a pedir a ativação de um empréstimo de emergência de 45 bilhões de euros.

No entanto, o nível de popularidade do primeiro-ministro continua algo, com 50,8% de aprovação. O Partido Socialista (PASOK), no poder, tem 30,6% de opiniões positivas, contra apenas 21% para o principal partido de oposição, Nova Democracia (direita).

Além disso, 67,4% dos 1.400 entrevistados pelo instituto Public Opinion para o canal de TV Mega temem conflitos sociais no país.


Alemanha

Os alemães, que a princípio serão os maiores colaboradores do pacote de ajuda à Grécia, também expressaram desaprovação em relação ao empréstimo.

Segundo a pesquisa realizada para a emissora francesa de televisão France 24 e para o grupo alemão WELT, 57% dos alemães consideram que uma ajuda financeira à Grécia é uma "decisão ruim". Apenas 33% dos entrevistados se declaram favoráveis a um apoio financeiro.

Em dúvida sobre a liberação de fundos para a Grécia, o governo alemão emitiu opiniões divergentes na segunda-feira, preocupado em acalmar os mercados financeiros.

No entanto, Berlim impõe como condição a apresentação pelo governo grego de um programa de redução dos déficits públicos e de reformas de vários anos.

"Por quê nós pagamos aos gregos por suas aposentadorias de luxo?", questiona o jornal Bild na primeira página nesta terça-feira, na qual acrescenta que um retorno ao dracma, a antiga moeda grega, "seria o melhor para o euro".

Fonte:France Presse
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