quinta-feira, 19 de novembro de 2009

EUA e aliados preparam "medidas potenciais" contra Irã, diz Obama


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu com urgência nesta quinta-feira (19) à Coreia do Norte para dar "passos sérios" nas conversas para pôr fim a seu programa nuclear.

Obama fez o pedido durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente sul-coreano, Lee Myung Bak, com quem se reuniu na última etapa de sua viagem pela Ásia.

Em suas declarações, o presidente americano afirmou que "há semanas, o Irã não dá sinais de querer dizer sim" às propostas internacionais, ou porque isso faz parte de sua estratégia ou porque "se encontra emaranhado em sua própria retórica".

Segundo Obama, EUA e seus aliados no grupo das seis potências que negociam com o Irã --Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia, além de Washington-- estão "abordando consequências" para Teerã.

"Ao longo das próximas semanas, apresentaremos um conjunto de medidas potenciais" que se aplicariam ao Irã se esse país continuar não aceitando as propostas.

As seis potências pediram ao Irã que aceite uma proposta pela qual a República Islâmica enviaria seu urânio enriquecido a baixo nível à Rússia, onde se refinaria a um grau suficiente para seu uso em um reator médico em Teerã, uma iniciativa que Obama descreveu como "criativa e sensata".

Até o momento, o Irã não deu uma resposta clara. Na segunda-feira, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) expressou sua preocupação porque o reator clandestino iraniano descoberto em Qom indicaria que a República Islâmica segue ocultando parte de seu programa atômico.

O Irã assegura que suas atividades nucleares têm como fim procurar energia elétrica a sua população, enquanto as potências internacionais suspeitam que esse programa tem fins militares.

Em suas declarações, Obama destacou a "extraordinária unidade" da comunidade internacional neste aspecto.

Durante sua viagem asiática, que conclui hoje, o presidente americano abordou o programa nuclear iraniano com a Rússia e China, em reuniões com os presidentes Dmitri Medvedev e Hu Jintao.

Medvedev indicou seu apoio à imposição de sanções se Teerã não aceita as novas propostas, enquanto a Casa Branca assegura que, após as conversas com Hu, estão convencidos que poderão contar com o respaldo chinês.

Em declarações na terça-feira, o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança da Casa Branca, Jeffrey Bared, assegurou que possui "confiança em que, qualquer que seja a direção na qual vamos, no final do ano os chineses seguirão fazendo parte da frente unificada do Grupo dos Seis".


Fonte: Folha
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